As conseqüências



N/A: Meus queridos, aqui estamos com o primeiro capítulo. Espero que curtam bastante. Ainda há muito o que acontecer, então esperem e verão! Respostas às reviews no final. Bjos!




Chegaram ao St. Mungus e foram correndo até a sala de espera, onde os Weasley estavam. O hospital estava cheio, haviam pessoas feridas em todas as partes, mas nenhuma parecia infeliz, na certa porque a notícia de que Voldemort fora derrotado já chegara aos ouvidos de todos.

Gui e Fleur tinham serias espoliações pelo corpo e Carlinhos quebrara o braço em um duelo com um comensal, mas os outros estavam bem. Lupin acabava de voltar de uma das enfermarias dizendo a todos que Tonks estava bem, ainda que desacordada. O sr. Weasley estava abraçando a esposa que chorava compulsivamente em uma poltrona.

- Harry, querido, ainda bem! – exclamou a sra. Weasley levantando-se para abraça-lo. – Mas olhe só para você, está todo machucado!

- Como a Gina está? – perguntou ele.

- Está sendo operada – disse ela com a voz embargada.

- O que aconteceu com ela? Nunca vou me perdoar se...

- Vamos esperar notícias, Harry – interveio o sr. Weasley nervosamente – Vai dar tudo certo.

- Harry, você está todo machucado, precisa de um curandeiro – disse a sra. Weasley limpando sua camisa manchada de sangue e poeira.

- Eu estou bem – disse ele desprezando as dores pelo corpo – Não vou sair daqui antes de saber o que está acontecendo com a Gina.

- Não vai sobreviver para descobrir se não consertar esse ferimento aí do lado – disse Hermione - e mal está conseguindo andar com essa perna.

- Hermione tem razão – disse Lupin – Você deve ter quebrado uma costela.

- Não se preocupem comigo – disse Harry – Alguém já explicou alguma coisa?

- Não, nada - disse o sr. Weasley – Harry, eles ainda vão demorar, porque não vai dar um jeito nesses ferimentos? Não pode ficar assim.

- Eles têm razão, Harry – disse Hermione – Venha, vamos encontrar alguém pra fazer uns curativos.

Eles carregaram Harry até uma das enfermeiras. Todas as pessoas por quem passava o encaravam com admiração, apontavam, choravam e até faziam menção de abraçá-lo. Harry ficou contente quando a enfermeira encontrou uma sala vazia e fechou a porta para que pudesse fazer os curativos. Em seguida, pediu que descansasse e permitiu que Rony e Hermione entrassem. Os dois já haviam sido tratados e pareciam bem.

Houve um momento em que nenhum dos três falou, um momento durante o qual Harry deixou-se tomar pelo fato de que Voldemort não existia mais e que ele, Harry, estava vivo e livre para sempre de tudo que lhe dizia respeito. Deixou-se invadir pelas lembranças daquela última batalha, sobre o que acontecera, sobre o que lhe havia sido revelado, sobre o que fizera, sobre o que tentara evitar. E, de repente, a dor não existia mais. Houvera um momento em que ele perdera a noção do que era, talvez pelos remédios, talvez pela quantidade de dor já suportada anteriormente ou simplesmente porque dor física já não era importante. Tudo que lhe importava era Gina.

- Porque ela tinha que ir até lá? – lamentou-se Harry.

- Se não fosse, não seria ela – disse Rony dando de ombros.

- Chama-se “teimosia” – disse Lupin entrando no quarto – Acho vocês sabem do que eu estou falando.

- E eu nem teria conseguido sem ela – disse Harry chateado – Se ela não estivesse lá... se não fosse por ela... – ele suspirou pesadamente e apoiou as mãos na cabeça - É tudo minha culpa.

- Ah, não! Nem comece, Harry. – ralhou Rony – Tudo que não precisamos agora é de você se martirizando.

- E o que espera que eu faça? – explodiu Harry sentando-se na cama – Que diga que está tudo bem com a sua irmã sendo analisada por uma dúzia de médicos na sala ao lado?

- Não, Harry – disse Lupin pacientemente – Mas não adianta nada ficar se culpando; Gina foi até lá porque quis, é responsabilidade dela o que fez e acho que assumir isso por ela seria uma ofensa.

Silêncio. Silêncio foi tudo que se seguiu. Lupin tinha razão, mas isso não melhorava em nada seu estado de ânimo. Somente uma coisa seria capaz de fazê-lo...

- Eu não vou mais ficar aqui – disse Harry saindo da cama e indo até a sala de espera no momento exato em que o curandeiro entrava. – Como ela está?

- Chegou aqui muito mal – disse ele – Fizemos o possível para reverter os feitiços, mas ainda não sabemos que conseqüências terão acarretado. E, infelizmente, também não sabemos quando e se ela vai acordar.

Molly voltou a chorar, abraçada ao marido que fazia um grande esforço para se conter. Rony segurou-se em Hermione que o abraçou com força e o carregou para uma cadeira. Fleur sentou-se ao seu lado com um Gui alarmado em seus braços, Fred e Jorge pareciam estar em outro planeta e Carlinhos entrara em uma espécie de estado de choque.

- Ela vai ficar bem, não vai? – perguntou Harry utilizando o resto de bom senso existente em si.

- Ainda não sabemos – respondeu o curandeiro – Lamento.

- Lamenta! – exclamou Harry – É só isso?

- Harry, tente se acalmar – pediu Lupin.

- Não vou me acalmar – gritou Harry segurando o curandeiro firmemente pelas vestes – O que podemos que fazer? Qualquer coisa...

- Só nos resta esperar. – sentenciou ele fazendo o possível para conter o garoto – Escute, sr. Potter, teve um dia terrível; todos nós somos e seremos eternamente gratos pelo que fez. Entendo o quão desesperado o sr. deve estar...

Harry riu. “Desesperado” parecia tão trivial perto do que ele realmente sentia que quase não acreditou nas palavras do homem a sua frente.

- Sr. Potter – disse a enfermeira que o havia atendido anteriormente –

O sr. precisa se acalmar e voltar para seu quarto, deve repousar aqui esta noite ou as poções não farão o efeito necessário.

- Por favor, sr. Potter – pediu o curandeiro gentilmente – Asseguro-lhe que fizemos o possível, precisa confiar em mim.

- Vamos, Harry – pediu Lupin puxando-o para longe do médico.
Harry encarou o homem e, aos poucos, sentiu suas mãos soltando suas vestes e o pânico tomar conta de si. E se Gina nunca mais acordasse? E se...

- Ao menos posso vê-la? – pediu ele encarando o chão, inconformado.

- Claro, a enfermeira vai acompanhá-lo.

Eles saíram em direção ao quarto de Gina sem que Harry visse ou falasse com mais alguém. Não sabia se conseguiria faze-lo naquele dia.

A enfermeira abriu a porta do quarto e Harry pode ver Gina adormecida sobre as cobertas. Estava sem ferimentos aparentes apesar das ataduras sobre a cabeça e parecia tão linda que Harry nem podia acreditar que estava entre a vida e a morte.

Quando a enfermeira fechou a porta do quarto, deixando-os sozinhos, Harry sentou-se na cama ao lado dela e tocou em sua mão, assustando-se ao perceber o quão fria estava.

- Gina, eu estou aqui – disse ele contendo uma lágrima que teimava em querer escapar de seus olhos – Eu disse que faria de tudo para voltar pra você e eu voltei. Precisa voltar pra mim agora, por favor.

Ela não se mexeu, tampouco deu sinais de que estava escutando.




N/A: Eu juro que há muito mais além, mas eu precisava introduzir essa fic direito, heheh. O que acharam? Preciso de comentários!

E é isso, pessoal! Nos falamos no próximo capítulo! Mil bjos

Pati Mello

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