Afastamentos



N/A: E aqui estou eu novamente com mais um capítulo. E agora faltam apenas dois! Não deu pra postar antes, sorry, mas vcs sabem como é essa coisa de natal, ano novo e tudo mais, não? Agora, acho que não vou deixa-los tão satisfeitos quando com o capítulo anterior, mas confiem em mim, certo?

Aproveitem a fic!

Bjos


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Capítulo 12

Afastamentos

Era madrugada quando ela acordou sentindo o peso do braço dele em sua barriga. Sorriu ao encarar o garoto ao seu lado. Eles haviam ficado conversando no quarto dela após o jantar e acabaram adormecendo.

Eram raros os momentos em que ela o via dormir tão tranquilamente. A guerra estava matando mais do que em qualquer outro momento e Harry ficava cada vez mais transtornado com tudo. Ele, Rony e Hermione haviam voltado da caça aos horcruxes, há dois meses, após terem destruído a taça de Hufflepuff, pois Rony ficara ferido demais para continuarem.

Desde então, Harry demonstrava estar cada vez mais angustiado. Além de ressaltar as condições arriscadas em que Gina se encontrava, manifestava a vontade de procurar o penúltimo horcrux diariamente e ela achava difícil convence-lo de que, se não pensasse antes, jamais conseguiria, pois nem tinham idéia de em que objeto o horcrux poderia estar.

Virou-se na cama, ficando de barriga para cima e encarou o teto. Harry havia colado dezenas de pequenas estrelas luminosas ali quando eles estavam felizes o suficiente com o reatar do namoro.

Mas as coisas haviam mudado. Gina sabia que era questão de tempo até Harry ter outro surto de herói e terminar o relacionamento para protegê-la. Ela podia até perceber que o garoto estava, assim como ela, cada vez mais apaixonado e, consequentemente, preocupado na mesma proporção, de forma que Harry sofria por ter que optar entre os sentimentos dele e a preocupação com a segurança dela.

Tudo que ela queria é que aquela maldita guerra acabasse de uma vez, que tudo ficasse bem e o jovem ao seu lado pudesse, enfim, viver em paz, como nem mesmo sabia ser possível, junto com ela, sob aquela pequena, fosforescente e artificial constelação.

- Lembra quando coloquei estas estrelas aí?

Ela sorriu; Harry havia acordado.

- Claro que sim – disse ela ainda encarando o teto – O melhor apanhador do mundo quase caiu da vassoura duas vezes.

Harry fez uma careta.

- É, certo – disse ele a contragosto – Mas não caí!

Gina sorriu marotamente e virou seu rosto para beijá-lo. Era para ser apenas um selinho bobo para que ela pudesse continuar a provocá-lo, mas ele não permitiu. Ao invés disso, puxou-a para mais perto e aprofundou o beijo, sentindo-a corresponder ao virar-se para ele, aproximando seus corpos. Não demorou muito para que Harry sentisse estar perdendo o controle sobre si e logo Gina pôde sentir uma movimentação estranha abaixo do ventre que, definitivamente, não pertencia a ela.

Harry parou imediatamente, corando. Gina quase riu ao dar-se conta do por que.

- Desculpe – disse ele constrangido – Eu não... quero dizer...

- Tudo bem – disse ela sorrindo de leve – É natural.

Harry riu, embaraçado e ela beijou-o delicadamente nos lábios..

- Além do mais - disse ela aproximando seu corpo do dele e tornando difícil seu respirar – Acho muito bom.

E sem dar-lhe chances de compreender corretamente o que ela quis dizer, Gina voltou a beijá-lo.

Harry não tinha idéia de quanto tempo haviam levado para que Gina o trouxesse para cima de si e ele começasse a puxar a camisola dela para cima, mas soube que não havia sensação melhor do que sentir as mãos dela abrirem sua camisa e correrem por suas costas, sem impedimentos.

As respirações tornaram-se ofegantes, os olhos estavam fortemente fechados e os corpos, suados. Gina suspirou alto quando ele, à procura de mais dela, levantou tanto sua camisola que quase a despiu completamente. Assustado com tamanha falta de controle, Harry parou.

Gina soltou um lamento quando seus lábios separaram-se dos dele; então abriu os olhos e encarou as íris verdes.

- O que houve? – perguntou ela.

Harry permaneceu sobre ela, mas não mais a tocava. Estava apavorado demais com a dimensão do que intencionava fazer para que movimentasse um único músculo.

- Harry? – perguntou ela preocupada – Harry, você está bem?

Aquilo estava errado, mas parecia tão certo que ele nem conseguia raciocinar. Sua mente gritava algo quem, há minutos atrás, ele achava ter sido um “pare agora”, mas não poderia ter certeza naquele momento pois seu cérebro havia explodido quando Gina o havia beijado daquela forma doce que o enlouquecia. Era terrível saber que não poderia continuar, quando tudo que ele queria era aproveitar aquele momento com ela.

- Eu te amo – disse ele como se aquilo doesse, seus lábios muito próximos aos dela.

Gina sorriu calmamente e acariciou o rosto do garoto.

- Eu também te amo – disse ela levantando uma das pernas, roçando na dele. – E agora você vai entender o quanto.

E dizendo isso ela beijou-o novamente, puxando o corpo dele para mais perto do seu. Harry não resistiu continuou beijando-a de volta, permitindo-se sentir todas as coisas maravilhosas que ela era capaz de proporcionar a ele. Num impulso, ele tirou a camisola dela, deixando-a apenas com uma pequena combinação de malha branca. Ele quase lamentou por aquelas peças de roupa; aquelas duas pequenas peças que cobriam muito menos do que seria necessário para fazê-lo se conter, mesmo que ele achasse que nada poderia fazê-lo quando estava com Gina.

Ela suspirou quando Harry correu as mãos por seu corpo e começou a desamarrar a caça do pijama dele, sem estar totalmente certa sobre o que fazia e, ao mesmo tempo, sabendo que aquela era a única certeza que tinha no mundo. Ele havia tomado seus lábios novamente quando ela, finalmente, conseguira desatar o nó das calças dele e começava a puxá-las para baixo, mas então, Harry pareceu tenso e parou.

- Não podemos – disse ele parando de beijá-la, embora seus lábios continuassem a tocá-la enquanto ele sussurrava – É uma loucura.

Gina sorriu. Ele devia estar preocupado.

- Eu sei – disse ela – Mas é a loucura mais certa de todas.

Então ela levou suas mãos até a calça dele; intencionava livrá-lo daquele pedaço incomodo de pano de uma vez por todas, mas Harry colocou suas mãos sobre as dela e as afastou.

- Não dá. – disse ele sério, agora afastando seu corpo do dela e sentando-se na cama, colocando os pés para fora, por via das dúvidas e apoiando o rosto nas mãos, tentando colocar as idéias em ordem. – Não podemos.

Gina estranhou a reação dele. Ninguém normal pararia naquela hora; não naquela hora. Ela sentou-se na cama também, mas continuou coberta pelo lençol.

- É claro que podemos – disse ela como se aquilo fosse óbvio – Olha só pra gente.

Ele encarou-a e depois a si próprio. Gina estava enrolada com o lençol, mas ele podia ver boa parte dos ombros dela quase nus a não ser pela fina alça branca que os cobria; e ele estava sem camisa e tinha as calças desamarradas com um pedaço da roupa de baixo já aparecendo. Imediatamente, amarrou o cordão da calça; depois pegou a camisola dela, que havia ido parar, de alguma forma, no chão e entregou a Gina.

- É melhor você se vestir. – disse ele sem encará-la. Doía ter que fazer aquilo, mas era preciso.

Gina encarou-o com um misto de desgosto e incredibilidade. Não dando atenção para a camisola nas mãos do namorado, ela levantou-se, acendeu as luzes e parou em frente a ele. Harry arregalou os olhos.

- Gina... – disse ele estupefato – O que está fazendo?

Gina ergueu uma das sobrancelhas e colocou as mãos na cintura de um jeito impaciente.

- Relaxa Harry, não vou estuprar você.

Harry engasgou com a própria saliva e ofereceu a camisola a ela novamente.

- Você realmente precisa vestir isso.

- Vai me explicar qual é o seu problema se eu vestir? – perguntou ela cruzando os braços em frente ao corpo.

Harry bufou. Ela era realmente muito teimosa.

- Vou, Gina – disse ele com raiva – Agora se vista.

Gina puxou com força a camisola das mãos de Harry e a vestiu bem em frente a ele, sem qualquer delicadeza. Depois o encarou novamente. Harry ficara observando-a vestir-se atentamente, como se estivesse lutando contra si mesmo. Aquela visão a fez sentir pena, então ela sentou-se ao lado dele na cama e segurou sua mão.

- O que está havendo, Harry?

Ele percebeu a mão quente dela tocar a sua e sentiu-se ainda pior pelo que estava prestes a fazer. Com o coração pesado, puxou sua mão, fazendo-a retesar-se.

- Isso não está certo – disse ele – Não podemos mais fazer isso, é muito perigoso.

- Sempre será perigoso – disse Gina.

- Seria pior... – disse ele – Gina, você não entende!

- Eu entendi da última vez – disse ela com a voz firme – Foi você que quis voltar quando chegou aqui com Rony ferido há dois meses, eu nunca insisti.

- Eu sei, eu sei, mas...

- Então não me trate como se eu não fizesse idéia do que se passa na sua cabeça – interrompeu ela – Eu entendo, Harry, mas não sei o que está te impedindo de dizer qual o problema dessa vez. Quando você chegou aqui com Rony e Hermione, me disse que só queria ficar comigo independente do que fosse; eu relutei, mas aceitei...

- Eu estava apavorado, Rony estava à beira da morte – explicou ele ignorando as últimas palavras dela; não poderia ficar ouvindo sem dizer o mesmo – Foi naquele momento que ele e Mione perceberam o quanto precisavam ficar juntos, antes que fosse tarde; eu achei que seria o mesmo conosco.

- Então ficou comigo por impulso? – indagou ela sabendo que não era isso

- Você sabe que não! – disse ele – Fiquei com você porque te amava; porque te amo...- Mas estamos indo longe demais e isso aumenta os riscos.

- E há como ficarem maiores? – perguntou ela – Sabe, eu estava te estranhando nos últimos dias. Eu achei que mais cedo ou mais tarde faríamos exatamente o que quase fizemos agora a pouco e, ao mesmo tempo, percebi que quanto mais longe íamos, mais apavorado você ficava. – continuou - Então, quando estamos nos acertando você simplesmente manda eu me vestir?

- Não podemos fazer isso – disse ele – É forte demais, haverá muito mais em risco. E se continuarmos juntos, faremos. Eu não vou conseguir resistir mais...

Ela o encarou. Sabia que ele faria isso, mas esperava poder estar com ele antes, ao menos para fazê-lo entender que o amor só o fortalecia. Harry menosprezava demais aquele poder.

- Você sabe que eu não quero ter que me afastar de você – disse ele – Sabe que isso me mata por dentro.

- Eu sei – ela disse, compreensiva.

- Você é a mulher da minha vida – disse ele – Eu amo você mais do que tudo, mas não posso, simplesmente não posso...

- Eu já entendi, Harry – disse ela – Não se preocupe.

Ele sabia que ela entendia, mas às vezes achava melhor que ela gritasse com ele ou simplesmente fizesse aquela cara determinada que expressara ainda há pouco, quando ficara em frente a ele, quase sem roupas, apenas para que ele pudesse gritar mais alto e extravasar a própria frustração.

- Eu vou embora amanhã – disse ele – Vou procurar o quinto horcrux.

- Mas você não sabe o que é – protestou ela – Precisa pensar mais, estudar mais Voldemort, recolher mais pistas.

- Já faz um ano que estou em busca desses malditos objetos e só falta um para chegar até Nagini e Voldemort – disse ele - Não vou demorar mais, há pessoas morrendo.

- Vai sair por aí a esmo. – concluiu ela e Harry sabia que ela jamais o julgaria por isso..

- Eu preciso – disse ele tocando na mão dela - Não posso pedir que me espere, mas quero que saiba que farei de tudo para voltar para você.

Gina sorriu para ele e Harry pode ver a certeza e a força que o olhar dela transmitia.

- Eu sei que vai – disse ela.

Então Harry levantou-se da cama, pegou a própria camisa e foi em direção à porta. Não suportaria mais ficar ao lado dela sem tocá-la como gostaria; o simples tocar de suas mão havia feito com que seu corpo inteiro reclamasse por um contato maior.

- E Harry... – disse ela vendo-o abrir a porta.

- O que foi? – perguntou ele sabendo que ela diria algo que o faria pensar durante os próximos tempos em que ficariam longe um do outro.

- Quero que saiba que antes que isso acabe e independente do que estiver acontecendo entre nós... vamos terminar o que começamos hoje – disse ela sem corar – Você pode estar muito apavorado agora, mas antes de você enfrentar Voldemort, eu serei sua.

Sabia que ela tinha razão. Ela sempre teria razão e ele sempre seria aquele que teria que lutar contra aquilo até o dia em que não suportaria mais e se rendesse, sentindo-se feliz por fazê-lo. Então sorriu para ela e, antes de sair pela porta, apenas repetiu as palavras que Gina lhe havia dito há poucos minutos.

- Eu sei que vai.






Acordou sentindo cheiro de hospital e lamentou não poder reconhecer todo o resto de forma tão correta quando aquilo. Abriu os olhos e focalizou o teto branco, então encarou a cadeira ao lado de sua cama e viu Harry sentado ali, observando-a.

- Oi – disse ela.

- Olá – disse ele – Como se sente?

- Como se tivesse desmaiado – brincou ela, mas ele não riu – Há quanto tempo fiquei desacordada?

- Meia hora – disse ele – Seus pais devem estar à caminho.

- Contou a eles dobre o tratamento? – perguntou ela.

- Só a eles, mas eu tinha que contar – explicou-se – Não podia esconder que você estava hospitalizada.

- Eu sei, eu entendo – disse ela – Obrigada por não falar aos meus irmãos.

- Tudo bem, seus pais disseram que vão inventar alguma história a eles sobre seu desmaio.

- Ok.

Eles ficaram em silêncio por algum tempo, sem se encararem.

- Tive um sonho ainda há pouco – disse ela.

Harry não disse nada, então ela continuou:

- Sobre uma vez que terminamos. Acho que foi a segunda porque você contou que a primeira vez foi em Hogwarts e esta foi no meu quarto.

Harry lembrou-se daquela ocasião; da ocasião em que ela disse que seria sua e, no ano seguinte, realmente foi.

- Você... lembrou de tudo?

- Tudinho – disse ela sorrindo marotamente – Inclusive da parte em que praticamente desfilei na sua frente só de calcinha e sutiã.

Harry riu. Havia sido realmente hilário.

- Eu nem acredito que fiz aquilo – disse ela rindo.

- Era o seu jeito de protestar: deixando-me sem graça

Gina lançou-lhe um pequeno sorriso e ficou em silêncio por alguns instantes antes de dizer:

- Fico me perguntando se causaria o mesmo efeito se lhe perguntar sobre agora a pouco... o que foi aquele beijo?

Harry abaixou os olhos, parecendo constrangido e, para a surpresa dela, culpado.

- É, parece que sim – disse ela sentando-se na cama e recostando-se melhor entre os travesseiros – O que foi aquilo, Harry?

Ele balbuciou algumas coisas sem sentido antes, de conseguir encontrar as palavras certas.

- Aquilo foi... – ele suspirou antes de completar – Foi algo que eu não pude conter.

- Acho que você já tinha contido demais, não é mesmo? – brincou ela, mas ele não riu – Harry, está tudo bem.

- Não está tudo bem! – disse ele – Olha só onde você veio parar!

- O médico disse que isso poderia acontecer por causa do tratamento. – argumentou ela.

- Você sabe que não teve nada a ver com o tratamento desta vez – contrapôs ele – Sabe que foi... nós... foi tudo minha culpa – disse ele sem deixa-la protestar – Rony e Hermione tinham razão, eu pressionei você, estou fazendo um monte de besteiras aqui.

- Você não me pressionou, eu te beijei porque quis – disse ela – E isso não é culpa sua, simplesmente aconteceu.

- Não teria acontecido se eu tivesse me mantido longe de você – disse ele.

- E acha que conseguiria? – indagou ela – Acha que eu mesma conseguiria?

Ele não disse nada, então ela continuou com um ar saudoso.

- Sabe, achei que ia me lembrar de tudo – disse ela – Estava tudo tão claro, era como se eu soubesse exatamente o que fazer quando estava com você. E, por um momento, as lembranças vieram tão fortes...e eu até podia ver... e então...

- Desmaiou – disse Harry parecendo nervoso – Gina, não posso mais ficar tão perto de você, se isso acontecer novamente... não está certo, isso não pode se repetir.

- E se eu quiser que se repita? – perguntou Gina impetuosamente, sentindo a leve tontura que indicava que as memórias viriam.

- E se eu não me importar? - Ela havia perguntado a ele, naquele mesmo tom.

- Não podemos – disse ele tirando-a do transe momentâneo – É errado, você não se lembra...

- E isso me impede de sentir? – interrompeu ela

Mas antes mesmo que ele pudesse dizer qualquer coisa, o Sr. e a Sra. Weasley invadiram o quarto e a matriarca abraçou Gina parecendo extremamente preocupada.

Harry aproveitou a agitação para dar uma última olhada na garota e sair discretamente do quarto e voltar para a Toca, arrumar suas coisas e preparar-se para a mudança. Iria comprar o apartamento e sair da casa dos ruivos o mais rápido possível.


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N/A: Não me matem! Eu prometo que serei boazinha! Além do mais, se me matarem, não tem mais fic, na? com a impressão de que é só por isso que as pessoas não vão me matar

Certo, agora vamos ver se as pessoas comentam mais pra elogiar ou xingar... Aguardo vcs!

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