Confirmando



N/A: Oi de novo! eu sei que demorei pra postar e isso que o cap. tava pronto há alguns dias. Mas não deu mesmo. Entretanto, acho que a trama vai deixa-los satisfeitos o suficiente pra me perdoar e comentar! Bjos!



- Eu te amo – eles disseram ao mesmo tempo, ofegantes.

Ela sentiu o mundo girar, o tempo parar. Nada mais importava a não ser a sensação de plenitude que a invadia por estar ali, com ele...

Acordou com o barulho da chuva na janela, ainda confusa com as imagens em sua mente. Pareciam tão reais...mais reais do que de costume...

Levantou-se, ignorando a pequena tontura que sentiu ao ficar de pé e desceu até a cozinha, enrolada no edredom. Já havia algum tempo em que aquelas imagens atormentavam-na, mais especificamente depois que ela e Harry dormiram no sofá da sala. Depois daquele dia, sonhos cada vez mais estranhos, onde imagens de batalhas com cobras gigantes ou outros tipos, tomavam conta de sua mente. Isso quando não eram cenas constrangedoras...

Pegou a caneca de chá e foi até a varanda. Como não conseguiria voltar a dormir, o melhor a fazer era tomar o chá enquanto tentava compreender o que passara em sua mente. Surpreendeu-se ao ver Harry, olhando a chuva, sentado no banco para onde ela se dirigia.

Ele viu-a aproximar-se e esboçou um sorriso ao vê-la enrolada naquele edredom gigantesco que ele sabia ser seu favorito.

Já faziam quatro meses que Gina havia voltado para casa e desde então nada havia mudado. Harry achava que teria que se conformar em vê-la encarando-o como um simples desconhecido embora agora as coisas estivessem mais fáceis por causa da convivência entre eles.

- Sem sono? – perguntou ela sentando-se ao lado dele.

- Pois é, acontece às vezes – respondeu ele, olhando para o nada.

- Quer um chá? – perguntou ela apontando para a própria xícara.

- Não, obrigado – disse ele.

- Não está com frio aqui fora? – perguntou Gina.

- Um pouco – respondeu Harry.

Ela entregou a ele um pedaço do edredom.

- Dá para nós dois – disse ela – Vamos, não quero que você vire um picolé.

Harry riu e aproximou-se mais dela para que pudessem repartir o cobertor. Aquele movimento pareceu familiar a ela e Gina mal sabia que Harry acabara de pensar exatamente em uma das vezes em que haviam compartilhado aquele mesmo edredom.


- Não vai dormir, sr. Potter? – perguntou Gina sentando-se ao lado dele em frente à árvore de natal.

- Estou sem sono – respondeu ele encarando a árvore.

- Pois eu também – disse ela bocejando ao que ele riu – Vou ficar aqui com você.

- Você deveria ir dormir – disse ele.

- É claro que não vou dormir – disse ela sentando-se toda enrolada naquele edredom amarelo ao lado dele – Acha que vou deixar você abrir os presentes antes da manhã de natal?

Harry sorriu e a trouxe mais para perto, enrolando-se no edredom junto com ela.

- Obrigado – disse ele.

Gina não disse nada, apenas se acomodou melhor nos braços dele e ambos ficaram ali, sentindo a presença um do outro enquanto observavam a árvore adornada, até adormecerem.


- Por que não consegue dormir? – perguntou Gina.

- Não sei – respondeu Harry - Acho que às vezes tento evitar os pesadelos.

- Tem muitos deles?

- Não mais... já tive, mas já faz um tempo que pararam.

- Então tem medo que eles voltem. – sugeriu ela.

- É, acho que sim. – responde Harry.

- Deviam ser sonhos desagradáveis já que você fica sem sono até sob a perspectiva quase nula de tê-los novamente – disse Gina.

- É... – disse ele pensativo acreditando que ninguém seria capaz de traduzir aquilo com a mesma perfeição que Gina. A amnésia, apesar de tudo, não parecia ter atingido a área que a tornava perfeita.

- O que foi? – perguntou ela – Está com uma expressão tão...engraçada.

Ocorreu a Harry que ele estivesse com cara de idiota. Balançou a cabeça para os lados para afastar os pensamentos, antes de responder.

- Não foi nada – disse ele - Mas e você, porque não conseguiu dormir?

- Motivos parecidos com os seus, de alguma forma.

- Pesadelos? – sugeriu.

- Gina balançou a cabeça, pensativa.

-Não sei se poderia chamar assim. – disse ela.

-Não entendo – disse ele confuso.

Ela acomodou-se melhor sobre o banco, deixando a caneca de chá sobre a mesinha ao lado.

-São como flashes, mas acontecem quando estou dormindo. Parecem reais demais para serem sonhos. Então eu acordo e fico pensando sobre eles, tentando encaixá-los em algum lugar, como um quebra-cabeça.

- Acha que são memórias voltando?

- Não sei...estou pensando em tentar confirmar algumas. – disse ela encarando-o e Harry sentiu que havia algo ali, naquele olhar, como se ela estivesse com algo que precisava realmente saber, mas não por simples curiosidade, como na maioria das vezes.

- Você está bem? – perguntou ele preocupado

- Acho que sim – disse ela com as bochechas levemente avermelhadas - Posso te fazer uma pergunta?

- Claro – respondeu ele querendo ajudar. Tudo que pudesse fazer para que Gina se lembrasse de algo, ele faria.

- Nós já tivemos...quero dizer, fizemos...ahn...você sabe...? – ela abaixou os olhos.

Harry também não a encarou, mas sua resposta não demorou muito a vir.

- Já.

- Oh – disse ela puxando o cobertor mais para perto.

- Você disse que estava tudo bem – apressou-se ele a dizer; não queria que ela pensasse que ele havia forçado alguma coisa – Eu nunca...

- Eu sei que não me forçaria a nada – disse Gina – Mal conheço você, mas eu sei.

- Não queria que pensasse...

- Eu não pensei – disse ela.

- Ok... – disse ele nervoso.

Silêncio foi tudo que lhes restou durante os dez minutos seguintes durante os quais a chuva ficava mais leve e Gina terminava de beber seu chá. Então, abruptamente, ela levantou a cabeça.

- Desde...ahn...quantas...- ela riu constrangida - Quero dizer...

- Uma vez – respondeu ele tentando aliviar o clima.

- Certo – disse ela esperando mais alguma informação.

- Há uns quatro meses. - explicou ele vendo a garota fitá-lo atentamente.

Era estranho estar ali tendo aquela conversa com ela. Harry era o único que tinha aquela lembrança e parecia surreal demais ter que dizer a Gina, afinal, tudo acontecera com ela também!

- Como...?

- Foi uma semana depois do Natal – explicou ele corando – Todos já tinham ido dormir, nós nos sentamos aqui para conversar, eu te contei que iria embora em poucos dias para ir atrás de Voldemort e que iria sozinho. Você compreendeu tudo, como sempre – ele sorriu infeliz.

Ela permaneceu quieta, encarando-o com aquela expressão firme no rosto.

- Você não disse mais nada, apenas pegou a minha mão e me levou até seu quarto. Eu estava nervoso, mas você parecia tão segura... No fundo eu sabia que também estava com medo, mas você sempre soube disfarçar essas coisas...ou eu sempre fui muito ruim pra perceber...não sei ao certo.

Gina riu

- Eu perguntei a você se tinha certeza, disse que poderíamos parar, mas você disse que estava tudo bem, então...

- Eu sei – interrompeu ela.

- Sabe? – perguntou ele confuso.

Eu fico revendo aquela noite...partes daquela noite – explicou Gina – Não sabia se era real, por isso perguntei a você. Desculpa se te constrangi.

Harry riu.

- Tudo bem, é uma das coisas que fazia você rir. Eu sempre fiquei meio sem graça com essas coisas. – disse Harry fazendo-a sorrir – Bom, pelo menos você lembra de algo, quer dizer que logo vai lembrar de tudo.

- Espero que sim – disse ela - Gostaria de me lembrar de você.

- Tomara que se lembre.

Eles ficaram em silêncio por mais alguns instantes, encarando o céu nublado e agora sem chuva, iluminado pela lua. Então Gina fez a pergunta que ficara lhe incomodando desde que começara a ter aqueles sonhos e que não tivera coragem de perguntar nem mesmo a Hermione.

- Foi minha...

- Primeira vez? – perguntou ele vendo-a confirmar com a cabeça – Foi sim. – confirmou, vendo-a respirar profundamente.

Gina fez menção de querer perguntar mais uma coisa, mas desistiu. Harry, entretanto, respondeu, pois já sabia o que era.

- E minha também – disse ele.

Gina sorriu. Ele lera seus pensamentos.

- Juntos...

Harry escorou-se melhor no banco e fechou os olhos por alguns minutos, tentando impedir que os sentimentos o invadissem.

- Aham...

Ela ficou quieta alguns minutos, ora o encarando, ora encarando o chão, até que finalmente ficou assistindo a chuva parar de cair. Harry continuou escorado, de olhos fechados por um longo tempo, até o momento em que Gina falou novamente.

- Nossa... - disse ela - Deve ter sido realmente forte... o que aconteceu entre a gente.

Harry sorriu, relembrando-se daquele momento.

- Foi sim – confirmou ele

- Nos amávamos muito, não é? – disse ela

Ele já não conseguia mais controlar o nó que se formara em sua garganta, nem a dor que aquilo lhe causava.

- Eu ainda te amo.

Gina pareceu sem graça com aquilo. Eles sempre evitavam aquele tipo de conversa porque Gina sabia que Harry sofria com a situação e ela não queria fazê-lo sofrer ainda mais.

- Desculpe, não devia ter dito isso... – disse ele com raiva da falta de autocontrole - Não quero te deixar mais confusa do que já está...apenas... queria que soubesse.

Ela sorriu e segurou a mão dele, pressionando-a de leve.

- Obrigada. – disse Gina – É bom saber.

Eles ficaram em silêncio pelo longo espaço de tempo que se seguiu, até que Gina encostou sua cabeça no ombro dele e Harry a segurou firmemente, sentindo-a adormecer ali, naquele espaço que parecia ter sido feito especialmente para ela.



N/A: E aí? O que acharam? Não tenho mto tempo pra escrever, mas quero pedir comentarios e agradecer a todos! mil bjos

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