Conhecendo a família Tonks...e



Era uma sala pequena, comparada com a da mansão Potter, mas estava bem decorada. Sentados em poltronas estava um casal. Um homem alto, moreno, nem gordo nem magro, de olhos castanhos escuros, quase pretos, e uma mulher alta, muito branca, de longos cabelos pretos e olhos azuis, sorriam para os novos visitantes. Eram ambos ainda jovens.
- Si!
- Andy!
A mulher correu ao encontro de Sirius e ambos se abraçaram fortemente. Riam, falavam, ele colocou a mão no ombro dela e ela bagunçou os cabelos dele. Voltaram a rir e a se abraçar.
- Andy, estes são meus amigos.
- Ah, então esses que são os tão falados Marotos! Muito prazer. Andromeda Tonks.
Cumprimentou os garotos.
- Essas são Lilian Evans, Anna Buthenford e… Eliza White…
Andromeda cumprimentava as meninas conforme Sirius falava seus nomes. E, ao chegar perto de Eliza, olhou para Sirius e sorriu francamente, ao que Eliza corou.
- Fico contente de virem todos. Amigos do Sirius são meus amigos também! Esse é o meu marido, Ted!
Se cumprimentaram e continuaram a falar.
- Mamãe?
Na porta da sala estava uma menininha de mais ou menos, três, quatro anos, com uma camisola branca até aos pés, descalços, arrastando uma boneca de trapos. Seus cabelos eram prateados, apertados em duas trancinhas de cada lado e suas olhos eram violeta. Estavam vermelhos, de chorar.
- Nymphadora! O que foi, meu bem?
A mulher foi ao seu encontro e a pegou no colo.
- Tive um… um…
- Pesadelo? – perguntou Andromeda.
- Isso…
Se agarrou à mãe, enterrando a cabeça no seu peito.
- Pronto, pronto, já passou.
A mãe a embalava, tentando acalmá-la. Se sentou na poltrona e continuou falando com os visitantes.
- Então estão passando as férias todos juntos? – perguntou ela, ainda embalando a menina.
- Sim. – respondeu Sirius.
- Então deve ser festa todo o dia! – exclamou Ted, sorrindo, e agarrando a boneca da filha.
- Todo o dia não… quase! – respondeu Thiago, passando a mão pelos cabelos. Todos riram.
Continuaram conversando, para se conhecerem um pouco melhor. Passado algum tempo, Andromeda se levantou.
- Vamos. Já ta mais que na hora de ir dormir!
- Andy… você nem parece minha prima… – disse Sirius, fazendo aquela cara de cachorro perdido – A gente não precisa de ir tão cedo…
- Sirius Black… deixa de ser chato e me obedeça… eu posso ser sua prima, mas sou mais velha! – disse ela, sorrindo marotamente – Portanto, seguindo na minha frente!
- Não. Tem que ser atrás. A gente não sabe o caminho… – respondeu Sirius, fazendo uma carinha inocente. Todos riram.
Enquanto subiam as escadas, Sirius reparou que a sua nova priminha tinha agora os cabelos pretos e, de vez em quando, ao entreabrir os olhos, eles eram azuis.
- Andy…
- Sim?
- Ela é…
- Sim. Puxou à mãe… – respondeu ela, sorrindo. Sirius sorriu também e afagou a cara da prima.
- Chegámos. Aqui ficam as meninas e aqui os meninos.
Eram dois quartos, um ao lado do outro, cada um com três camas de dossel.
- Espero que durmam bem. Até amanhã, crianças! – ela se despediu, rindo e entrando numa porta mais à frente, com a filha, saindo depois sozinha e seguindo com o marido para outra porta.
As meninas entraram no quarto delas, sendo imitadas pelos garotos.
- Almofadinhas, sua prima nem parece ser irmã daqueles dois estropícios! – disse Thiago, tirando a camisa. (N/A: ai ai… *suspiro*)
- Pontas, por alguma razão ela é minha prima preferida, cara! – respondeu Sirius, tirando a camisa também. (N/A: meu Merlin… eu hoje morro… *duplo suspiro*)
- Você reparou que a Nymphadora é…
- Sim, Aluado… ela é uma metamorfómaga… a Andy também é… (N/A: eh… Aluado… desconversou… a camisa?)
De repente, ouviram um estrondo e viraram as cabeças. Eliza estava caída no chão, dentro do quarto deles. Parecia ter aberto uma passagem na parede.
- Liz! Você está bem? – disse Sirius, indo logo ter com ela e lhe oferecendo o mão pra se levantar, que ela aceitou.
- Sim… sim…
Se levantou, mas tropeçou de novo e caiu nos braços de Sirius. Levantou a cabeça e reparou que ele sorria.
- Oi! Tudo bem? – disse ele, sorrindo marotamente. Ela não respondeu. Apenas se soltou dele e ajeitou a camisola, virando as costas e passando para o seu quarto, onde Anna e Lilian abafavam o riso.
- Isso é uma passagem? – perguntou Thiago, apontando.
- Não, Thiago, isso é uma janela… – respondeu Lilian, em tom debochado.
- Também te amo ruivinha! – disse ele, ao que Lilian revirou os olhos – Será que…
- Não Thiago, só dá para abrir deste lado! – respondeu Anna, depois de ter entrado no quarto deles, beijado Remo e ter dito algo no seu ouvido que o fez corar – Escusam de tentar abrir… só a gente que pode… boa noite…
- Boa noite, Liz! – gritou Sirius.
- Ela respondeu algo como “Vá se atirar pra debaixo de um trem, seu trasgo”… muito romantismo, não acham? Boa noite, garotos! – disse Anna, ironicamente, fechando a porta, deixando um Sirius com cara abobalhada e dois garotos rindo, do outro lado.
- Mas o que foi que eu fiz dessa vez? – perguntou Sirius, levantando as mãos pro alto.
- Simples, Almofadinhas… – respondeu Thiago, deitado, com as mãos na nuca – você, simplesmente, existe…
Remo e Thiago começaram a gargalhar e Sirius se jogou na cama, se virou pra parede e resmungou um Boa noite , que fez os dois garotos gargalhar ainda mais.
Do outro lado da passagem, três garotas também conversavam.
- Liz, o que foi isso? – perguntou Lilian, espantada.
- Não foi nada… – resmungou ela.
- Eliza Marie White… fala tudo agora! Ou será que temos que usar Veritaserum em você? – disse Anna, cruzando os braços.
- Já falei que não foi nada! Agora apaga essa luz que eu quero dormir! – disse Eliza, se voltando pra parede.
Anna e Lilian piscaram o olho e apagaram a luz. Quando estava tudo em silêncio, Anna falou num tom muito baixo:
- Lily… você viu a maneira como o Sirius olhava aquela garota?
- Vi…
- Que garota? O que foi que aconteceu? – disse Eliza, se sentando na cama, acendendo a luz de novo a agarrando a varinha – Falem agora, senão vão se arrepender!
As duas garotas começaram a gargalhar.
- O que foi? Qual é a piada? – perguntou Eliza, cruzando os braços, o que fez elas gargalharem ainda mais.
- Liz… porque você não diz a verdade? – disse Lilian, se sentando na cama da amiga, ainda rindo.
- Que verdade?
- Liz… você ama o Sirius e morre de ciúmes dele… – disse Anna, fazendo o mesmo que Lilian.
- Mentira!
- Eliza… – disseram as duas ao mesmo tempo, cruzando os braços e levantando as sobrancelhas.
- Pronto, ta bom, eu confesso… – disse ela, se levantando – Eu amo aquele idiota… sinto que é com ele que eu quero passar o resto da minha vida… como se diz nos casamentos trouxas, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe…
As duas amigas sorriram francamente.
- Quero aprender com ele o que é a vida e quero lhe ensinar o que é o amor, a compaixão, a ternura, o carinho… – falava com lágrimas nos olhos – mas sei que não posso…
- Não pode porquê? – perguntou Anna.
- Porque ele não é homem de uma mulher só. Ele faria comigo o que fez com as outras: brincaria comigo e depois eu perderia a piada e ele jogaria fora… e eu não quero isso…
- Mas ele te ama, Liz! O Remo me disse… – começou Anna a dizer, sendo interrompida por Eliza.
- O Remo não conhece o Sirius. Eu não conheço o Sirius. Ninguém conhece. Duvido mesmo que até ele se conheça… ele é, sempre foi e sempre será um galinha… um conquistador…
- Mas você nos contou que ele ia tentar mudar por você… – disse Lilian.
- Eu disse isso, mas… acho que me iludi… ele nunca irá mudar… por ninguém… muito menos por mim… – Eliza falava e as lágrimas rolavam pela face.
- Liz…
- Chega. É hora de dormir, porque amanhã eu não quero estar com olheiras! – disse Eliza, forçando um sorriso, expulsando as amigas da sua cama e apagando a luz.
Do outro lado da passagem, um garoto de cabelos pretos e olhos azuis estava encostado na portinha da passagem, de olhos fechados, e uma lágrima rolava pela cara.
- O que eu tenho de fazer pra você ficar comigo? Eu te amo, Liz…




O dia amanheceu com um sol tímido, que se escondia por detrás das nuvens. As garotas se levantaram e desceram as escadas, um pouco perdidas.
- Por aqui, meninas! – chamou Andromeda, da porta. Usava um pequeno avental por cima das jeans, uma camisola branca e um lenço na cabeça, com seus cabelos pretos soltos.
Entraram na cozinha e Ted estava supervisionando a filha, que comia sossegadamente.
- Bom dia, meninas! – disse ele, tirando a colher da mão da menina e começando a dar comida na boca dela, que se recusou a comer.
- Sra. Tonks, muito obrigada por ter trazido nossas coisas… – começou Eliza.
- Senhora? Nossa, sou assim tão velha? – disse Andromeda, sorrindo. Tinha a mesma expressão de Sirius. Eliza corou. – Me tratem por Andy, ta? Não tem que agradecer…
- Mamãe! – chamou a menina.
- Sim?
- O papai quer me dar a comida na boca! Ele sabe que eu consigo comer sozinha ! – disse ela, cruzando os braços.
- Ted… você sabe que a sua filha é muito auto-suficiente… deixa ela… – disse Andromeda, enquanto servia as meninas. Nymphadora sorriu satisfeita e continuou a comer.
As meninas conversavam com Andromeda e Ted, animadamente, até que os garotos desceram.
- Bom dia! – disse Thiago, se sentando ao lado de Lilian. Sirius se sentou frente a Eliza ao lado de Nymphadora e Remo na outra ponta, frente a Anna.
- Bom dia! Peço desculpa, mas eu vou ter que ir trabalhar. Vejo vocês logo, certo? – disse Ted, se levantando, dando um beijo na cabeça da filha e beijando a mulher, saindo de seguida.
- Eu não conheço vocês. Quem são? – perguntou Nymphadora ao grupo – Você se parece muito com a mamãe! – disse ela, apontando para Sirius.
- É porque eu sou primo dela. E seu também. – respondeu ele.
- Ah! E você, também é nossa prima? – perguntou ela a Eliza.
- Não.
- Como você se chama?
- Eliza.
- Você é bonita. Gosto de você.
Eliza sorriu.
- E você, como se chama?
- Thiago.
- Você apanhou algum choque? – perguntou ela.
- Não, porquê? – perguntou Thiago de volta.
- Parece que seu cabelo apanhou… parece os chifres de um cervo… – falava ela, batendo com o dedinho no queixo, fazendo todos gargalhar. “Ao menos ela sabe a diferença…”, disse Thiago, cutucando Sirius.
- Nymphadora! – repreendeu a mãe.
- O que foi? É verdade… – disse ela, fazendo uma cara de cachorro pidão que parecia Sirius.
- Almofadinhas… essa garota é uma fotocópia de você… – disse Remo, ao que Sirius concordou, rindo.
- Você tem um cabelo bonito! – disse Nymphadora, apontando para Lilian.
- Você acha?
- Acho… parece um… um… foguinho…
Voltaram a gargalhar. Lilian corou um pouco, ao ver Thiago piscar o olho.
- Você também é bonita. – apontou pra Anna.
- Obrigada… você também é.
- Eu sei!
Sirius gargalhou. Realmente, a garota era uma versão dele, no feminino.
- Como você se chama?
- Remo.
- Você tem cara de Lobo Mau… – disse Nymphadora, com uma careta, fazendo todos rir e Remo corar um pouco, mas rir também – Mas gostei de você. Querem vir brincar comigo?
- Nymphadora, deixa de ser uma menina chata! – disse Andromeda, tirando a filha da cadeira alta onde estava e a pondo no chão – Eles são crescidos, não vão ter paciência pra brincar com você…
A menina fez uma cara de amuada e cruzou os braços.
- Não tem problema. A gente vai. – disse Sirius, pegando a priminha no colo e dando um beijo na bochecha de Andromeda, saindo de seguida pro quintal, que era bem maior do que aparentava.
Sirius atirava a prima ao ar e a apanhava de seguida. Ela ria imenso. O riso dela contagiava todos. “Realmente, acho que ele daria um ótimo pai…”, pensava Eliza, “Ah, o que você ta pensando, hein? Se deixe disso, garota!”.
- Então, você quer brincar de quê? De boneca? – perguntou Anna.
Ela fez uma careta.
- Não? Então, esconde-esconde? – perguntou Remo.
Ela abanou a cabeça negativamente.
- Então… de casinha, acertei? – perguntou Thiago.
Ela riu e abanou a cabeça de novo.
- Hum… então… de pega-pega? – disse Lilian.
- Também não…
- Garotinha esquisita, hein? – disse Sirius, fazendo cócegas a Nymphadora, que ria – Só falta dizer que quer jogar Quadribol!...
Um sorriso se formou na cara dela. Todos se olharam, espantados.
- Você quer jogar Quadribol?
Ela acenou afirmativamente, rindo. Sirius a colocou no chão.
- Você sabe jogar?
- Sei. Eu pratico com meu pai.
- Ele não é trouxa? – perguntou Thiago.
- É sim. Mas aprendeu… a custo, mas aprendeu…
- E sua mãe, sabe que você joga? – perguntou Sirius.
- A gente joga sem ela saber… – respondeu ela, sorrindo marotamente, fazendo Thiago e Sirius gargalhar.
- E as vassouras?
- Ali, naquela casinha.
Eles foram lá e havia 5 vassouras, o que implicava que dois deles ficassem de fora.
- Eu e o Remo ficamos… – disse Eliza, ao que Remo concordou. Ela, porque tinha vertigens. Ele, porque era mais apreciador de ver do que propriamente jogar – Assim, poderemos soltar o pomo sem haver conflito de interesses… – continuou, rindo das caras emburradas dos garotos.
Concordaram.
- Então as equipes são eu e o Thiago contra vocês três! – disse Sirius, tocando no narizinho da prima, que ria.
- Vocês têm certeza? – perguntou ela, sorrindo marotamente.
- Claro! Nós até estamos em vantagem… – disse Thiago, despenteando a menina, que continuava rindo.
- Vocês que sabem…
A menina correu pra junto de Anna e Lilian.
- Tentem defender os goles. Mesmo que alguns entrem, não faz mal.
- E o pomo? – perguntou Lilian.
- Deixem isso comigo… – respondeu Nymphadora, correndo pra buscar as vassouras.
- Anna… essa menina tem mesmo três anos? – perguntou Lilian, espantada.
- Você sabe que eu não sei? – respondeu Anna, na mesma expressão.
- Qual de vocês é o apanhador? – perguntou Nymphadora.
- O Thiago. E de vocês? – perguntou Sirius.
- Eu.
Os dois garotos gargalharam. Tava na cara quem seria o vencedor.
- Quem ri por ultimo, ri melhor! – falou Lilian.
- Errado! Quem ri por ultimo não entendeu a piada, foguinho ! – falou Thiago, fazendo Sirius gargalhar.
Subiram todos nas vassouras. Thiago fazia duplo trabalho, defendendo os balaços, ajudando Sirius, e vendo se o pomo aparecia. Anna e Lilian defenderam bastantes goles, mas deixaram entrar outros tantos, para satisfação dos dois garotos. Também marcavam e, passado algum tempo, estavam a 50-70. A favor dos garotos, claro.
De repente, Thiago viu o pomo. Mas Nymphadora também. “Ta no papo!”, pensou Thiago, enquanto mergulhava na sua direção.
Mas, a seu lado, Nymphadora mergulhava também. Já perto do chão, eles continuavam a descer vertiginosamente. Lá em cima, tudo parou. Não conseguiam tirar os olhos daquele duelo. O pomo mudou de rumo repentinamente, subindo, mas eles continuaram a descer e rasaram o chão, subindo também, até uma certa altitude. Continuaram a voar, agora em linha reta, perseguindo a bolinha dourada. Thiago se colocou de pé, em cima da vassoura, esticando o braço. Estava quase a apanhá-lo quando sentiu alguma coisa no seu pescoço. Nymphadora trepou por seu braço a apanhou o pomo, perante o olhar incrédulo de Thiago, saltando de seguida pra sua vassoura.
- Desculpa, mas as meninas ganharam! – disse ela, triunfante, olhando pra ele.
- Cuidado! – gritou Thiago.
A vassoura dela bateu num ramo e ela começou a cair. Sirius impulsionou a sua vassoura e mergulhou a toda a velocidade, conseguindo agarrá-la por um braço e a puxando pro seu colo.
- Distraída, hein, mocinha? – disse ele, sorrindo.
- Um pouco… – respondeu ela, corando ligeiramente.
- Nymphadora Tonks!
Era Andromeda. Estava cá em baixo, de mãos na cintura e uma expressão brava.
- Sim, mamãe querida? – disse Nymphadora, já cá em baixo. Sirius e Thiago se olharam e sorriram marotamente. Ela era mesmo prima de Sirius.
- Não me venha com essas conversas de mamãe querida . Quantas vezes eu falei que não quero você em cima de vassouras?
Ela não respondeu.
- Você tem treinado.
- Sim. – respondeu Nymphadora, prontamente.
- Com quem?
- Sozinha.
Sirius olhou pra ela. Era, realmente, uma destemida. “Vai para a Grifinória, de certeza!”, pensava ele, satisfeito.
- Espere até seu pai saber disso. E hoje, sem sobremesa.
- Mamãe…
- Nem venha com essa carinha, comigo não pega. Pró seu quarto.
Nymphadora não disse mais nada. Apenas se virou para Sirius e perguntou:
- Sua mãe também era assim?
Ele sorriu francamente.
- Sim. – respondeu. Andromeda sorriu também.
Ela entrou e subiu.
- Andy, você não acha que ta sendo muito dura com ela? Ela só tem três anos… – disse Thiago.
- Quase quatro. Às vezes parece que tem dez. Me assusto com ela. Quer ser tão adulta, se comporta como uma, que parece que… ah, sei lá… parece que nem sei ser mãe direito…
- Andy, você me parece ser a melhor mãe do mundo! – disse Sirius, abraçando a prima.
- E você, mocinho, merecia ficar sem sobremesa também! – falou ela, rindo, tal como os outros.
Entraram.




- Meninas, eu sei que vocês não têm vestido, portanto eu arranjei uns pra vocês, estão lá no vosso quarto. Experimentem e escolham, ta? Vocês, garotos, também podem escolher alguns fatos que eu deixei lá no vosso quarto.
Concordaram e se preparavam para subir.
- Sirius, espera. Fica.
O resto saiu.
- Fala, Andy.
- Como você cresceu!
Ele sorriu.
- Tava cheia de saudades suas!
- E eu suas! Você lembra quando ia passar férias lá em casa?
- Se lembro! Você passava os dias escondido no meu quarto!
- Fugindo de meu irmão e suas irmãs!
E riram.
- É! Elas eram umas pestes! – falou Andromeda, com voz embargada, de cabeça baixa.
- Você ainda sente falta delas? – ela levantou a cabeça.
- Sinto. Elas eram ruins, e tudo isso, mas eram minhas irmãs. Elas só eram daquele jeito porque nossas mães as obrigavam…
- Eu sei… – disse ele, pegando na mão dela, sorrindo.
- Você sente falta dela, não é? – perguntou Andromeda.
- Por vezes. Ela foi meu primeiro amor.
- Si…
- Ela era diferente do todas as garotas que já conheci. Ela despertava todo o desejo em mim… eu amava a Bellatriz, Andy…
Fora da cozinha, perto da porta, Eliza escutava tudo, com as mãos na boca. Ele… Bellatriz… não podia ser… podia?
- E agora?
- Agora não sei o que sinto… só sei que não é amor…
- Você a ama, não é? – perguntou Andromeda.
- Quem?
- A Eliza.
- Andy, eu…
- Não precisa disfarçar. Eu vi como vocês se olham.
- Como a gente se olha? Nos olhamos normalmente, oras!
- Sirius… vocês se olham como duas pessoas que se amam… e não me venha com besteiras, não se esqueça que ta falando comigo…
- Andy…
Eles sorriram.
- Ta certo. Eu confesso. Eu amo a Eliza. Ela é a mulher da minha vida. Eu quero tê-la pra mim. Quero que ela seja a mãe dos meus filhos. Quero envelhecer junto dela.
- E isso é pra valer? – perguntou ela, sorrindo por causa do que ele tinha dito.
- Como, pra valer?
- Eu conheço sua fama, priminho. Você é mais conhecido em Hogwarts que os prórpios fundadores. Principalmente pela população feminina… – disse ela, rindo.
Sirius riu também.
- Pois… mas é pra valer. Eu deixaria até de ser um Maroto, se ela me pedisse.
Então era sério, mesmo. Os Marotos eram a prioridade numero um para Sirius. Eliza sorria e chorava ao mesmo tempo. Sem pensar, entrou na cozinha.
- Você fala sério?
Sirius e Andromeda olharam pra ela.
- Você estava aí? – perguntou Sirius, sério.
- Você não respondeu a minha pergunta.
Andromeda se levantou.
- Andy, onde você vai? – perguntou ele.
- Vou ver as meninas, podem precisar de ajuda. E vou espreitar minha filha, ta muito sossegada… vocês têm muito que conversar.
Passou por Eliza e a tocou no braço. As duas sorriram francamente.
- Eliza, eu…
- Responda. É sério?
Sirius respirou fundo.
- Sim. Eu deixaria de ser um Maroto, se isso provasse a você que eu te amo.
Eliza nunca tinha ouvido Sirius falar tão seriamente. E ela se abriu num sorriso só.
- Porquê essa cara? – perguntou ele, desconfiado.
- Porque agora eu sei que você fala verdade… que você me ama de verdade…
Andou pra ele e, agarrando sua cara com as duas mãos, o beijou ternamente.
- Então quer dizer que namoramos? – perguntou ele, sussurrando no ouvido dela.
- Ainda não ouvi o pedido oficial… – respondeu ela no mesmo tom, rindo.
Sirius pegou nela e a colocou em cima de uma cadeira. Pegou na varinha, disse Sonorus e começou a falar.
- Atenção pessoal! Por favor, a vossa atenção!
- Sirius, o que é que você está fazendo? – falou Eliza, com uma voz assustada.
Todos apareceram na porta.
- Caros espetadores, agradeço a vossa ilustre presença, e quero que sejam testemunhas do maravilhoso evento que vai decorrer…
- Sirius, desmbucha! – falou Nymphadora, bocejando, do mesmo jeito que ele fazia quando Thiago comunicava algo, fazendo todos rir.
- Pronto, pronto… Eliza Marie White, você quer namorar comigo, o humilde, gostoso, divino, enfim, perfeito, Sirius Black?
Eliza rolou os olhos e disse “Modeeeeesto…”, mas sorriu.
- Quero.
Sirius voltou à voz normal, agarrou Eliza pela cintura e a rodopiou, enquanto todos batiam palmas e diziam “É isso aí!”, “Tava mais que na hora!”, enquanto voltavam pros seus quartos.
- Agora só falta a gente, ruivinha! – disse Thiago, no ouvido de Lilian.
- Tou vendo que você ainda acredita no Papai Noel… – respondeu Lilian.
- Quem?
- Esquece, Thiago… esquece… – respondeu Lilian, rindo, e entrando no quarto, seguida por Anna e Andromeda, com Nymphadora dormindo no colo, que riam também.
Sirius e Eliza estavam abraçados, na cozinha.
- E então? Agora somos namorados? – perguntou ele, inspirando o perfume de jasmim dos cabelos dela.
- Hum… não sei não…
Ele olhou pra ela, que sorria.
- Como é que é?
- Tenho umas pequenas condições…
- Você não vai pedir pra eu deixar de ser um Maroto, vai? – perguntou ele, assustado.
- Hum… deixa eu pensar… – falou ela, batendo com a ponta do dedo nos lábios, mas, vendo a cara cada vez mais assustada dele, soltou uma gargalhada – Acha, bobinho? Claro que não…
Ele suspirou.
- Maaas… eu que mando, ta?
Ele sorriu marotamente.
- Claro…
- Ah! E se você olhar, sequer, pra outra garota, você é um cachorro morto!
Ele soltou uma gargalhada rouca.
- Sabia que você fica linda quando ta com ciúmes? – disse ele, dando beijinhos na bochecha, no nariz e na boca dela.
- Nem tente fazer brincadeiras dessas! Olhe que eu tenho maneira de saber se você aprontou, hein? – disse ela, já na porta do quarto.
- Eu sei fazer oclumância… – respondeu ele, sorrindo marotamente.
- Ah, é? E eu tenho vários motivos com que me vingar… sabe… um deles até tem o nome de Bruno… – respondeu ela, trocista, enquanto abria a porta. Sirius ficou sério.
- Liz, nem pense que…
- Na não… – respondeu ela, abanando o dedo – eu que mando, esqueceu? Até já, cachorrinho… – disse ela, soltando um beijinho, antes de fechar a porta.
“Essa garota vai me deixar louco antes da hora, por Merlin!”, pensava ele, enquanto entrava no quarto.




- Eliza Marie White!
Mal Eliza fechou a porta, Lilian e Anna estavam de braços cruzados à sua espera.
- Com que então, “eu queria ficar com ele pra sempre, mas não posso…”, blá blá blá… – falava Lilian, gesticulando – Sua falsa! – e colocou as mãos na cintura.
Eliza atirou a cabeça para trás e gargalhou, o que fez todas rirem.
- Não pensem que eu não tenho medo… tenho sim, conhecendo o Sirius como conheço… mas… algo me diz que não tenho nada a perder…
Anna e Lilian sorriram. E foram acabar de escolher os vestidos. Eliza ficou sozinha com Andromeda.
- Andromeda, eu…
- Me trate por Andy. Afinal, somos quase primas!
Elas riram.
- Andy, é verdade que o Sirius e a Bellatriz…
Andromeda sorriu francamente.
- Você ouviu essa parte… é verdade. Ela foi o primeiro amor dele. Talvez o único. Até você aparecer.
Eliza corou.
- Não se preocupe, Liz. Ele realmente te ama. Mas fala com ele sobre a minha irmã. De certeza que ele vai te explicar tudo o que você quiser saber.
Eliza compreendeu o que Andromeda queria dizer. Se ela e Sirius tinham uma relação, que, em princípio, seria duradoura, a confiança devia ser a base de tudo. E ninguém melhor do que ele para falar.
- Obrigada, Andy!
- Que nada. Vá escolher o seu vestido. Quero vocês deslumbrantes!
As duas riram.




No quarto ao lado, três garotos falavam.
- Ai Eliza! Como eu te amo! – falava Thiago, com as duas mãos na cara e pestanejando. Remo ria.
- Você só fala isso porque é um encalhado, seu cervo … – disse Sirius, ironizando a ultima palavra.
- Foi mal, Pontas… – disse Remo, abafando o riso.
Thiago pegou em duas almofadas e jogou nos dois, começando uma guerra. Quando terminaram, penas voavam por todo o lado.
- E agora, Almofadinhas? – perguntou Remo, tentando recuperar o fôlego.
- Agora o quê? – respondeu Sirius, na mesma.
- Vai deixar de ser um Maroto? – perguntou Thiago, também sem fôlego.
- Hey… eu tou encoleirado mas não tou morto não! Ranhoso, me aguarde!
Os três riram e voltaram ao mesmo.




Durante a tarde, as meninas ajudaram Andromeda a escolher as decorações, enquanto os garotos brincavam com Nymphadora na sala. Ela jogava Snap Explosivo com Sirius, que estava todo chamuscado e coçava a cabeça.
- Eu não entendo… ela me ganha sempre! – dizia ele.
- Isso é porque você não repara que ela usa sempre o mesmo tipo de jogada de cinco em cinco rodadas…
- Remo… você é mesmo mau! Traidor de uma figa! – disse Nymphadora, de braços cruzados, fazendo Thiago e Sirius gargalhar e Remo rir, encolhendo os ombros – Desafio você para um Xadrez Bruxo! Duvido que me ganhe!
Realmente, ela era um Sirius de saias. Começaram a jogar. Moviam as peças com uma rapidez impressionante. Chegaram a um ponto do jogo que nenhum dos dois pode ganhar.
- Bom jogo, Nymphadora! – exclamou Remo.
- Você também jogou bem! – ela se levantou e se agarrou ao pescoço dele, lhe dando um beijo na bochecha – Quando crescer, quero casar com um homem feito você!
- Eu?! – perguntou ele, corado.
- É. Inteligente. Não como esses dois aí!
- O que a gente tem de mal? – perguntou Thiago, que ria da cara do amigo.
- Quer mesmo que eu responda? – disse ela, com uma expressão trocista – Eu não vou acabar com alguém do meu lado que tenha uma idade mental inferior à minha!
E, rindo, fugiu pra cozinha.
- Hey, Pontas… ela chamou a gente… – começou Sirius.
- … de crianças? – terminou Thiago.
- Será que é tão óbvio assim? – disse Remo, sorrindo marotamente.
- Nymphadora! – gritaram os dois, se levantando e correndo atrás da menina, que estava no colo de Eliza.
- Repete o que você falou, se tiver coragem! – disse Sirius, se preparando para pegá-la.
- Sirius Black!
Eliza olhava pra ele com uma expressão séria, mas ele não aguentou e começou a rir, junto com Thiago.
As meninas tinham decidido fazer pãezinhos, da maneira trouxa, claro, muito mais divertido. Então estavam todas de avental e lenço na cabeça, cobertas de massa de pão e farinha.
- Sim, amor?... – disse ele, tentando não rir, mas não aguentando.
- Veio ajudar?
- Não…
- Então dê o fora! Se não ajuda, não estorva!
E se virou de novo para as formas e para a massa, ainda com Nymphadora nas ancas. Thiago se aproximou de Lilian e roubou um bocado de massa, sendo severamente repreendido por ela, mas acabou por lhe dar um beijo sonoro na bochecha, fugindo de seguida pra sala. Ela ficou da cor dos seus cabelos e acabou por se queimar no fogão, o que deu origem a muitas gargalhadas da parte de Anna. Sirius se aproximou de Eliza, por trás, e a agarrou pela cintura, sussurrando no ouvido dela.
- Sabia que você fica maravilhosa no papel de mãe e dona de casa?
- Sério? – falou ela, trocista, piscando o olho a Nymphadora, que ria, e pegou um bocado de massa.
- Sério… quem sabe não podemos começar a treinar?
- Treinar?
- Sim… algum dia teremos filhos… precisamos treinar…
- Tem certeza?
- Hum hum…
- Acho que não!
Pegou no bocado de massa e enfiou na boca dele, o deixando com a boca cheia. Eliza e Nymphadora riram e Eliza deu um selinho em Sirius, o expulsando depois da cozinha.
- Liz?
Ela se virou, sorrindo. “Nossa, que garota linda! A minha garota!”, pensava ele.
- Precisa de sal! – disse ele, de boca cheia, rindo, arrancando gargalhadas das meninas.




O dia do aniversário de Andromeda chegou. As pessoas começariam a chegar por volta das 11h00, portanto, teriam que estar prontos, o mais tardar, 10h45.
Os garotos estavam prontos. Usavam fatos parecidos, apenas mudava a cor. O de Remo era todo preto, o de Thiago era branco com detalhes em preto e o de Sirius era preto com detalhes em branco. Pareciam nobres do século XV. Esperavam as meninas junto com Ted, que tinha o fato parecido com o deles, mas em branco. E, como sempre, elas estavam demoradas.
- Mas será que essas garotas não conseguem chegar uma vez que seja a horas? – perguntava Sirius, impaciente.
- E isso não é nada. Espere só pelo dia do seu casamento! – exclamou Ted, fazendo todos rir.
Ouviram passos na escada. Olharam e viram Nymphadora descer. Vinha com um vestido preto de veludo, com uma fita larga de cetim branco na cintura, que dava um enorme laço nas costas, e uma fitinha da mesma cor na cabeça, prendendo seus cabelos pretos cacheados. Ted abriu os braços e ela saltou para eles.
- Princesinha do papai! – murmurou ele, dando um beijinho no narizinho dela, que sorriu.
A seguir, desceu Anna. O seu vestido era simples, mas muito bonito. Todo preto, comprido, de veludo, justo. As mangas eram de tecido preto transparente, desde os ombros até ao pulso. O decote era quadrado e, no peito, tinha uma tira com bordados. Usava também uma fitinha de veludo no pescoço. O seu cabelo estava preso num coque, deixando duas mechas de cada lado soltas propositadamente.
- Remo…
- Hum?...
- A Anna ta uma gata! – exclamou Sirius.
- Almofadinhas… você já é comprometido. E ela também! – disse Remo, oferecendo o braço a Anna, que aceitou, sorrindo.
- Eu não sou ciumento… e você, como bom amigo que é, e também sendo um Maroto, tem que dividir! – disse Sirius.
- Será que poderia repetir, senhor Black?
Ele virou a cabeça. Lilian descia a escada, sorrindo. Thiago estava boquiaberto.
- Repetir o quê?
- Isso de dividir. A Liz vai adorar saber!
Lilian usava um vestido branco e preto. Começava por ser justo até a cintura e depois alargava. A parte de cima tinha um decote quadrado e, a meio, um triângulo de tecido preto ia até a cintura. O resto era branco. As mangas iam até ¾ e tinham um enfeite dourado que as prendia, e, por baixo, continuavam com outro tecido, preto, rendilhado. Na cintura, o vestido tinha umas bolinhas muito pequenas. A saia era branca e se abria em duas partes, mostrando uma outra saia preta por baixo. Usava uma gargantilha preta e os cabelos estavam soltos, mais vermelhos que nunca. Acabou de descer as escadas e fechou a boca de Thiago, agarrando o braço dele.
- Você não vai contar pra Liz, vai? – perguntou ele, sorrindo marotamente.
- Me contar o quê?
Era a vez de Eliza aparecer. Seu vestido era preto e branco. Usava o que parecia uma camisola de seda branca, justa, comprida e, por cima, como se fosse um manto preto, apenas preso entre o peito e a cintura, sendo apertado num nó. As mangas acabavam largas, um pouco antes do pulso. Seus cabelos estavam soltos e um pouco cacheados.
- Como você está maravilhosa… – disse Sirius, beijando a mão dela. Eliza agradeceu com uma vénia, sorrindo trocista.
- Vocês sabem se a Andy demora muito? – perguntou Ted, agora impaciente. Nymphadora tinha a cabeça encostada em seu ombro e Sirius a divertia, fazendo caretas.
- Eu não sei… ela entrou no quarto dela e nunca mais a vimos… – disse Anna.
- Não é preciso esperar mais.
Andromeda aparecia agora. Estava deslumbrante. Usava um vestido preto, com detalhes dourados até a cintura. A saia era pouco rodada, lisa. No pescoço, um alfinete redondo tinha as iniciais A. B. . Usava ainda um pequeno manto, que lhe dava pela cintura, todo bordado. Tinha os cabelos soltos, lisos, que caíam pelas costas.
Eliza pensava que, mesmo não sendo uma Black no sentido literal da palavra, impunha presença.
- Vamos? Os convidados estão chegando! – disse Andromeda, agarrando o braço do marido.
Seguiram para o quintal.




Cá fora, tudo estava decorado na perfeição. Começaram a chegar os convidados. Primeiro apareceram os amigos de Andromeda, antigos colegas de Hogwarts. Depois, os amigos de Ted. Entretanto, os amigos do casal. E, por fim, os pais e familiares de Ted. Ninguém da família de Andromeda, a não ser Sirius, estava presente. E eles duvidavam se estariam.
Todos conversavam animadamente e mimavam Nymphadora, que estava adorando ser o centro das atenções. Acabou por ir brincar com outras crianças da sua idade, que tinham vindo com os pais.
Eliza tinha puxado Sirius para um canto, para poder falar com ele.
- Sirius, eu preciso falar com você…
- Falar? Eu pensei que tivéssemos vindo aqui para outro tipo de conversas… – disse ele, marotamente, a agarrando pela cintura e a puxando para si. Ela riu.
- É sério. – disse ela, tentando parecer séria.
- Ta bom. Fala.
Ela começou a falar, a medo, sem saber muito bem qual seria a sua reação.
- Como você sabe, eu ouvi a sua conversa com a Andy…
- Sei… gatinha curiosa! – disse ele, sorrindo marotamente.
- Inclusive a parte em que vocês falaram de sua prima e irmã dela… a Bellatriz…
A cara dele ficou séria. Muito séria mesmo. Se levantou e virou as costas a Eliza.
- Sirius… se não quiser contar, eu entendo… me desculpa ter tocado nesse assunto… – ela andou para ele e o abraçou por trás.
- Não. Você tem razão. Não podemos ter nada sério se existirem segredos entre nós. Posso detestar o meu passado, mas sem ele não seria o que sou hoje. E eu adoro o que sou.
Ela sorriu, já de frente para ele. Ele retribuiu o sorriso. Se sentaram num muro que havia.
- Eu e Bellatriz nunca nos demos bem – começou ele – e até hoje continuamos a nos dar mal. Mas houve uma época de nossas vidas em que não foi bem assim.
Eliza o escutava atentamente. Notava que era difícil para ele estar a contar aquilo. E apertou sua mão, sorrindo.
- Tudo se passou numa férias de Verão. Como de costume, minha tia Albertha e suas três filhas, Andromeda, Belltriz e Narcisa, foram passar férias em minha casa. Andromeda, esse anjo, passava os dias trancada no quarto. Narcisa andava sempre com Regulo. Só sobrava eu e Bellatriz. Ela sempre foi uma menina mimada. Sempre teve tudo o que quis. Minha tia não conseguira moldar Andromeda a lei dos Black, graças a Merlin, então o fazia com suas outras duas filhas. Com a ajuda da minha querida mãe.
Eliza não dizia nada. Ouvia apenas. Sabia que, se falasse, ele não conseguiria continuar.
- Como Bellatriz era mais velha que Narcisa, eles as duas concentravam seus esforços nela. Bellatriz era a perfeita Black. Sabia como andar, como falar, como se comportar, nunca se alterava, nunca demonstrava suas emoções… e tinha um passatempo: fazer a minha vida um Inferno… ainda mais do que já era…
Fez uma pequena pausa.
- Sirius, se quiser, pode pa…
- Não. – interrompeu – Eu vou continuar. – e continuou – Todo o santo dia, ela fazia questão de me lembrar como eu era amado naquela família. Você sabe como eu sou, ne? Não gosto de ser tratado abaixo de cão… – Eliza sorriu – a gente se azarava, eu aplicava uns Orbis nela e ela uns Cruciatos em mim. Mas eu acabava sempre por ser o culpado e ela a vitima… – sorriu. Mas então se lembrou das noites passadas pendurado no candelabro, pelas mãos, e sacudiu a cabeça – Houve uma noite de tempestade, em que eu acordei e fui beber agua. Desci para a cozinha e, um pouco depois, ela apareceu…

* FLASHBACK *
Sirius bebia água na cozinha quando uma sombra apareceu nas suas costas. Se sentindo observado, se virou.
- Ah… é você…
Na porta da cozinha estava uma garota muito bonita. De cabelos pretos, brilhantes, lisos, que caíam por suas costas, olhos azuis, capazes de paralisar qualquer garoto, e apenas usando uma camisola preta, comprida, justa, de alças, que realçava as curvas generosas do seu corpo.
- Esperava alguém, priminho ? – falou ela, sarcasticamente.
Bellatriz, sua prima Bellatriz, era capaz de ter qualquer garoto a seus pés. Bastava estalar os dedos e viriam correndo. Era assim com Malfoy, com Crabbe, Goyle… entre outros… mas ele não. Não a suportava. Tinha raiva daquela garota mimada, aquela garota que tinha uma pedra no lugar do coração… chegava a sentir ódio… e sentia uma outra coisa, que não sabia dizer o quê…
- Não. Não esperava ninguém. Apenas não queria ter uma noite de pesadelos. Coisa que acontece cada vez que eu vejo sua cara. Boa noite.
E se preparava para ir embora, quando um trovão rebentou e ela se agarrou a ele, tremendo. Seria possível?, pensou. Bellatriz Black, a menina perfeita, com medo de uma simples trovoada?
- O que foi? Pare de me agarrar! – disse ele, asperamente, tentando se desfazer dela.
Mas, quando ela olhou para cima, seus olhos se encontraram e ele viu uma nova faceta de sua prima. Ela estava chorando!
- Então? Não tenha medo… – ele falava muito baixo, quase num murmúrio, agarrando o queixo dela, se aproximando.
Quando deu por si, se beijavam. Era um beijo diferente de todos os que já tinha dado. Parecia que suas vidas dependiam daquilo. Era como se se alimentassem daquele beijo. Parecia que sugavam a energia um do outro. Mas não queriam parar. Por fim, se separaram.
- O que é a que gente ta fazendo? – falava ele, mais para si mesmo, com as mãos na cabeça.
- Foi apenas um beijo. Você me beijou. Apenas isso. Você me beijou. – respondeu ela, muito baixo, de costas viradas. Estaria arrependida?
- Eu te beijei, mas você também quis! – exclamou ele, apontando o dedo para ela. Ela se virou. Sorria e seus olhos brilhavam.
- Sim. Eu quis. E agora quero mais!
Agarrou o pescoço dele e voltaram a se beijar intensamente.
* FIM DO FLASHBACK *


- Começou tudo aí. Durante o dia, nos tratávamos como sempre, ela continuava odiosa e fria. Mas quando chegava a noite, aquele frio dava lugar a uma fogueira de paixão…
- De noite? – perguntou Eliza, não aguentando mais – Quer dizer que você e ela…
- Sim… eu perdi a minha virgindade com ela e ela comigo… – inspirou bem fundo, vendo a expressão de espanto que Eliza fazia – eu a amava como nunca amei ninguém… passou a ser difícil controlar o que sentia… dava por mim a olhá-la… ninguém notava, mas houve um dia alguém que notou…
- A Andy…
. Sim, a Andy. Ela falou comigo, tentando me avisar que era perigoso o que estávamos fazendo, eu e Bellatriz, mas eu neguei tudo, disse que ela tava maluca, imaginando coisas… no fundo, no fundo, eu sabia que ela tinha razão, mas não quis saber… eu e ela fazíamos planos, queríamos fugir, casar…
Eliza estava cada vez mais surpresa. Casar? Com aquela… coisa?...
- Até que uma noite, tudo mudou. Depois de termos… dormido … juntos – Sirius também não sabia muito bem como abordar esse assunto com Eliza. Pela primeira vez se sentia tímido com ela – me disse que tínhamos de acabar tudo. Eu fiquei fora de mim, furioso. Como, acabar tudo? E os nosso planos, nossa vida, nosso futuro? Ela riu na minha cara e disse que eu tinha sido um idiota se tivesse acreditado nisso… que eu tinha sido nada mais que uma diversão na sua vidinha monótona… lhe perguntei se tudo o que tínhamos passado não significava nada e ela respondeu que não, e que as mulheres também sabem usar os homens e deitar fora, quando fartam, e que amor era para os fracos…
Respirou fundo. E continuou.
- Nunca mais consegui olhar na cara dela depois disso. É claro que não consegui deixar de amá-la logo, mas, pouco a pouco, o sentimento que eu tinha foi morrendo. Soube, pouco depois, que estava noiva do Rodolfo Lestrange… realmente, se merecem… – deu um suspiro – e pronto, esse é um dos grande segredos de Sirius Black, uma das ovelhas brancas da família Black! – terminou, sorrindo, olhando para Eliza – Nunca contei isso pra ninguém.
- Você ainda pensa nela? – perguntou ela.
- Penso. – Eliza virou a cara – Penso, mas não com amor. Amo você. Nunca esqueça isso.
Ela virou a cabeça de novo, sorrindo. O abraçou.
- Eu te amo… – murmurou ela.
- Eu também… – respondeu ele, também num murmúrio.
Voltaram para junto dos amigos.




Estavam todos sentados numa mesa, conversando. Sirius olhava para sua prima. Andromeda dançava com Ted, com a cabeça no ombro dele. Pareciam um casal de namorados. Depois da conversa que tivera com Eliza, pensava… e se tivesse sido diferente? E se ele e Bellariz tivessem sido felizes? Será que também eles estariam assim, dançando juntos? Quem saberia, também casados? Sacudiu a cabeça. Agora, não existia mais ele e Bellatriz, mas sim ele e Eliza. Dali em diante, só Eliza. Mais ninguém.
- Quer dançar? – perguntou Thiago a Lilian.
- Porque não? – respondeu ela, aceitando a mão que ele lhe oferecia.
Sirius sorriu. Finalmente, seu amigo, seu irmão, estava se entendendo com a ruivinha dele. “Graças a Merlin!”, ouviu Eliza comentar com Anna. Ela e Remo também foram dançar.
- Quer vir dançar, cachorrinho? – perguntou Eliza, com voz ternurenta.
- Claro!
Quando se preparavam para o fazer, eis que um barulho os fez virar a cabeça. Não era possível… não podia ser…
- Feliz Aniversário, irmãzinha
Era Bellatriz. E, atrás dela, Narcisa. Os olhos de Bellatriz e Sirius se encontraram. Por um momento, pareceu-lhe ver a mesma garota que o abraçava e lhe dizia que iriam passar a vida toda juntos, mas depois viu gelo naquele olhar. E passou a desprezá-la ainda mais.
- Bella… Cissa… vocês vieram… – foi só o que Andromeda conseguiu dizer. Se notava na sua voz que não esperava as irmãs.
- Viemos, sim… você pode ter casado com um trouxa, mas não deixa de ser nossa irmã… – disse Narcisa, sorrindo. Tinha uma expressão de carinho.
Bellatriz murmurou “Tira esse sorriso idiota da cara, Narcisa” e ela parou de sorrir.
- Sim, você é nossa irmã… – Bellatriz fez uma expressão de “infelizmente” – não podíamos deixar de lhe dar os parabéns…
- E mamãe? Como está? – perguntou Andromeda.
- Bem. Mas não sei porque pergunta. Você não se importou com ela, nem connosco, quando saiu de casa para casar com esse… trouxa…
Falava com um misto de superioridade e desprezo na voz. Andromeda levou as mãos à cara. Chorava.
- Você é mesmo idiota ou gosta de parecer?
Era Sirius quem falava.
- Ora, ora… se não é o nosso priminho querido… o traidor da família… aquele que adora se dar com traidores de sangue… realmente, tem lógica… os traidores se dão lindamente!
Começou a andar pela festa. Todos a olhavam. Olhou para Narcisa e mexeu a cabeça, num gesto que a mandava segui-la, e ela obedeceu. Se sentaram em duas cadeiras, sozinhas numa mesa.
- Podem continuar a festa. A não ser que estejam adorando me olhar…
A música recomeçou a tocar. Andromeda estava agora sentada, chorando, com Nymphadora nas suas pernas, dizendo “Não chore, mamãe” e Ted a consolando.
Eliza estava chocada. Já tinha visto Bellatriz algumas vezes, em Hogwarts, aliás, ela não era muito mais velha. Realmente, era muito bonita. Não havia dúvidas porque Sirius tinha gostado dela. A sua beleza não passava despercebida. Mas o que tinha de bela tinha de má.
Incomodada, disse a Sirius que voltaria num instante. Ia beber um copo de água na cozinha. Não que não houvesse ali o que beber, mas queria sair um pouco daquele ambiente. Beijou Sirius e foi.
Quando Eliza saiu, Sirius pousou, acidentalmente, o olhar em Bellatriz. Ela o olhava, desafiadoramente. Sirius abanou a cabeça, em sinal de reprovação, e foi ter com Andromeda.
- Narcisa, fique aqui. – disse Bellatriz, se levantando.
- Mas…
- Fique. Eu estou mandando.
Se levantou e deixou a irmã sentada na mesa. Caminhou no sentido da casa, com um sorriso imponente no rosto.




Eliza bebia calmamente. Estava tentando absorver ainda o que tinha acontecido.
- Ah, que pena… eu pensava que a cozinha iria estar vazia… e limpa… o que fazer?
Era Bellatriz. “Droga… que sorte! Realmente, as cozinhas são o meu karma…”, pensava Eliza, enquanto se virava, a encarando. Bellatriz usava um vestido todo preto, com decote em V, de mangas compridas e os cabelos soltos. Tinha um ar cansado, mas não perdia a beleza. Nem a superioridade.
- Não se preocupe. Eu estava de saída…
Eliza passou por ela.
- Você acha que ele te ama?
Eliza parou e se virou.
- O quê?
- Você ouviu muito bem. Não pense que ele te ama. Ele não ama ninguém. Só a mim. Não consegue ver que ele está te usando para me esquecer?
Eliza estava furiosa.
- Como você sabe? Você se acha demais… e está muito enganada… ele pode não me amar, mas também não ama você…
- Você que se engana… basta eu estalar os dedos e ele virá correndo… – disse Bellatriz, enquanto estalava os dedos. Eliza sorriu cinicamente.
- Ora… você acha que ele iria amar uma serpente feito você? Você pode ter dormido muitas noites com ele e eu nenhuma, mas… surpresa das surpresas! Com quem ele está agora? Acho que isso já diz tudo… adeus, priminha
E virou as costas.
- Expelliarmus !
Era Sirius. Eliza, ao virar as costas, não reparou que Bellatriz tinha agarrado a varinha e se preparava para azará-la.
- Liz, você está bem? – perguntou ele.
- Sim, eu…
- Saia daqui. Eu preciso ter uma conversinha com Bellatriz…
Eliza olhou para ele.
- Nunca se esqueça do que eu te disse… eu te amo… – murmurou ele, a beijando.ela sorriu e foi.
Num canto, Bellatriz o olhava.
- Além de traidor, agora anda metido com uma mestiça… tsc tsc… deplorável…
Mas ele não dizia nada. Apenas olhava pra ela. A sua expressão estava inalterável.
- Você podia ter sido um grande bruxo… mas não… preferiu se juntar aos traidores… sempre ouvi dizer que os ratos são os primeiros a abandonar o navio…
Mas nada.
- Você não diz nada? Quem cala, consente… além do mais…
- Ora, cala a boca, Bellatriz!
Ela o olhou, espantada.
- Você não me manda calar!
- Mando sim! E mando de novo! Cala a boca!
Ela sorriu.
- Ora, não me diga que ainda ta chateado comigo? Não gostou de ter sido usado, foi?
Ela tocara precisamente no assunto mais doloroso. E sorria.
- Ora, sua…
Sirius a agarrou no braço esquerdo. Mas, quando o fez, ela soltou um grito de dor. Ele levantou a manga do vestido. E lá estava ela. A Marca.
- Bella… o que… o que você fez?
Ele a largara e ela caíra no chão, agarrada ao braço. Procurou a varinha e a achou.
- Fiz o que deveria ter feito. Me juntei ao Senhor das Trevas… o maior bruxo de todos os tempos…
Falava com um brilho estranho no olhar.
- Você desgraçou sua vida… você se condenou…
- Não. Condenado está você. Você e todos os sangue-ruins.
Estava agora de pé. Ele a olhava, espantado.
- Se junte a ele, Sirius. A nós. Vem comigo. Juntos, eu e você, podemos governar o mundo, do lado dele…
Se aproximou dele e colocou as mãos em seu pescoço.
- Eu sei que você ainda me ama… se vier comigo, eu… eu deixo o Lestrange… pense nisso… eu e você… como nos velhos tempos…
E encostou os seus lábios nos dele, mas não obteve reação. Sirius tirou as mãos dela do seu pescoço e a afastou.
- Não. Você se engana. Eu já deixei de te amar faz tempo. Aliás, nunca te amei…
- Isso é mentira! – ela gritava.
- Não. É verdade. A diversão era você, e não eu. E eu nunca vou me juntar a esse… lordezinho idiota… diga a ele que Sirius Black não vai lhe dar esse prazer…
Bellatriz o olhava com ódio.
- Crucio ! – ela gritou.
- Protego ! – falou ele, a tempo de se defender do ataque – Você se esquece que eu já tou barra em me esquivar desses ataques? Pensei que os Comensais recrutassem bruxos inteligentes… – disse ele, sarcasticamente, brincando com a varinha entre os dedos.
- Você vai se arrepender. De tudo. Ele vai acabar com vocês todos, os traidores de sangue, os sangue-ruins e até com os mestiços, como a sua namoradinha…
- Dê o fora. Aproveite e leva sua irmã… mas se lembre de uma coisa… se algum dia quiser tocar num fio de cabelo, sequer, da Eliza ou de um amigo meu, terá que me matar primeiro.
Ela sorriu maquiavelicamente.
- Cuidado com o que deseja… pode virar realidade, priminho
Saiu da cozinha, deixando pra trás um Sirius aliviado e triste, ao mesmo tempo.




Quando voltou pra junto dos amigos, as duas já tinham ido embora, e eles riam.
- Então? Qual foi a piada? – perguntou Sirius, tentando parecer alegre – A Lily tornou a dar um tapa no Pontas?
- Bem… também… – respondeu Thiago, passando a mão pela cara, fazendo todos rir.
Eliza olhou para Sirius, sorrindo. Afagou sua cara. Ele retribuiu o sorriso e colocou a mão dele por cima da dela.
- Não. O que aconteceu foi que sua priminha Nymphadora tentou se armar em vedeta. Resumindo, a Cissa foi com o cabelo rosa-chiclete pra casa! – explicou Remo, rindo.
- Boa, Nymph! – exclamou Sirius, pegando a prima ao colo, que ria.
- Eu gostei a cor… talvez use mais tarde, quando for mais velha! – falou Nymphadora, sentada nos ombros de Sirius.
- Nem pense, menina! – exclamou Ted.
- É melhor começar se habituando, papai! – disse ela, cruzando os braços e fechando a cara, fazendo todos rir.




Uma música calma tocava. Nymphadora dormia descansada no colo de Remo, abraçada à boneca. Anna estava a seu lado. Conversavam. Andromeda e Ted estavam junto dos pais dele, rindo. Lilian e Thiago voltaram a tentar dançar, mas com ela dizendo “Volte a se armar em engraçadinho e vai voltar a sentir a minha mão na sua cara!”. O normal, portanto…
- Sirius?
Ele olhou para ela. Eliza sabia que aquele reencontro não tinha sido nada fácil. Mas a maneira como as pessoas reagem aos contratempos é o que nos faz amadurecer. E isso era o que fazia dele uma grande pessoa.
- Sim?
- Será que podemos terminar aquilo que começamos há pouco?
- O que era, mesmo? Deixa eu lembrar… ah! Já sei! Íamos a caminho do meu quarto… acertei?
Falava marotamente. Eliza rolou os olhos, mas acabou por rir.
- Vem. Vamos dançar…
Ela estendeu a mão e ele pegou. Sirius agarrava Eliza pela cintura e ela o agarrava pelo pescoço. Se moviam ao som da música.
- Quando eu pedi pra você me contar, eu não imaginei que…
- Liz… ninguém ia saber… você quis saber a verdade, é normal… não tem problema…
Ele esticou um braço e ela deu uma volta, ficando juntos apenas pela mão. Voltou a puxá-la para si.
- Eu já disse que te amava?
Ela sorriu.
- Já. Mas pode dizer de novo, eu não me importo…
Ele sorriu também. E a beijou. Quando acabaram de se beijar, Eliza falou.
- Desculpa. Será que você poderia repetir? Não percebi muito bem a ultima parte…
Sirius gargalhou. E voltou a beijá-la. Naquela altura soube que tudo o que sentira por Bellatriz fazia parte do passado. Um passado distante que fazia questão de esquecer.
- A sua boca sabe a morango… – murmurou Eliza.
- O quê?! – exclamou ele, olhando pra ela, rindo.
- A sua boca… sabe a morango… e menta…
Ele riu novamente.
- Você é que ainda não provou o resto. Te garanto que o meu corpo é uma verdadeira salada de frutas…
Falava marotamente. Eliza não pode evitar uma gargalhada.




Estavam já vestidos normalmente, quando se despediram. Aqueles momentos nunca eram alegres.
- Adeus Andromeda, Ted, Nymphadora! – dizia Anna, se despedindo de cada um.
- Adeus Remo. Eu disse que você nunca iria me ganhar… – murmurava Nymphadora no ouvido dele, enquanto o abraçava. Remo sorriu.
- Eu ainda quero a desforra!...
Lilian e Thiago também se despediram deles. Nymphadora sussurrou algo no ouvido de Thiago, que o fez sorrir e dizer “Pode deixar!”.
- O que foi que ela te disse, Thiago? – perguntou Lilian, curiosa.
- Disse pra eu tomar conta do meu foguinho … – respondeu ele, sorrindo marotamente, fazendo Lilian corar.
- Adeus Andromeda. Obrigada por tudo! – disse Eliza, enquanto a abraçava.
- Você vai voltar pra nos visitar? – perguntou Nymphadora a Sirius.
- Claro. Sempre que puder. – respondeu ele, a abraçando fortemente. Depois do abraço, ela estendeu os braços para a mãe, pedindo colo.
- Adeus, prima! – exclamou Andromeda para Eliza, piscando o olho e sorrindo. Eliza também sorriu. Antes de irem, ela ainda ouviu Nymphadora falar…
- Mamãe… prima? Como, prima? Ela disse que não era nossa prima. Eu perguntei…
- Um dia eu te explico, meu bem… um dia eu te explico…












Então… mais um capitulo que saiu… eu disse que não ia demorar tanto… demorou mais do que eu tinha previsto porque tive esperando o parecer final da minha beta (sim, agora sou uma escritora VIP, tenho beta…), a minha querida ‘fada-madrinha’ Pérola Black…. Vocês devem conhecer, da fic “Harry Potter e os Colares Gémeos”… se não conhecem, vão ler… é muito bom mesmo… (publicidade gratuita, hein, Pérola…).
Confesso que gostei de escrever esse capitulo… pra variar… a inspiração foi minha amiga, desta vez… graças a Merlin!!!!
Bem, vamos às respostas dos comentários:

Bobo Zip - a biblioteca deles é o meu ideal de biblioteca… EU QUERO UMA DESSAS SÓ PRA MIM!!!! Desculpa… huahuahuahua…graças a Merlin, ne? Já tava mais que na hora dessa ruiva cabeça dura começar a ter juízo… o Thiago merece, ne?... ah, isso do piquenique são devaneios românticos que me dão… *cora* mas fico contente que gostou… melhorei, sim, obrigada… mas ainda fiquei mais pirulas que dantes… portanto não ligue… huahuahuahuahua… mas obrigada… oba!!! Ele mandou beijos pra mim!!!! Huahuahuahuahua… beijos pra você também!!!
Lia Black - é… eu me coloquei no lugar da lily… é um pouco complicado, eu sei, não consigo perceber como ela resiste ao Thiago… mas você entendeu, ne?... hum… ainda bem que você gosta de comentários grandes… as vezes tenho medo que não gostem muito… ah, obrigada… mas não ta TÃÃÃÃOOO boa assim… *vocês querem me deixar pior que o sirius e o thiago juntos, ne?* acho que não demorei muito, demorei?... *cora* daqui a pouco vou me esconder por detrás da tapeçaria da parede, de tão vermelha que eu tou… ainda bem que você gostou… me deixa muito feliz!!!! Obrigada pelo comentário!!! Muitos beijos!!!!
Aninha* - ok, esteja à vontade!!!! Já li a sua e já comentei!!!! Ta muito boa mesmo!!!! Tou adorando!!! Obrigada por ter passado por cá!!!! Muitos beijos
Pérola Black - Oiii Pérola!!!! Hum… você já leu a primeira parte, e a segunda?? O que achou?? Sim, os olhinhos do urso são iguais os da Lily… eu pensei em por a cor dele vermelho, sabe? Mas aí dava muito nas vistas… os antepassados do Thiago são muito caras de pau… huahuahuahuahua… as musicas que eu escolhi são lindas, ne? Não por eu ter escolhido, elas são mesmo!!!! E acho que se enquadram tão bem… o remo e a anna só podiam ter se entendido, ne? Não fazia sentido ficaram mal depois do que aconteceu… já ta rolando um clima sim… apaixonada?... ah, que é isso?... *cora* muito obrigada, ‘fada-madrinha’ *sim, pessoal, essa é minha beta!!!! Palmas pra ela!!!!* te adoro!!!! Muitos beijos!!!!
Dani Evans Potter - obrigada… *cora… acho que vou ficar permanentemente da cor dos cabelos da lily…* o por-do-sol é das coisas mais lindas que existem, e como esse parzinho também é dos mais lindos, aproveitei e juntei os dois… huahuahuahua… a musica é linda mesmo… eu sei que o cantor dá assim um arzinho de sirius… cabelos pretos, olhos azuis… hum… *autora viajando* hã? Ah, sim, a resposta… a anna… eu não posso dizer agora… talvez eu diga no próximo capitulo, hein?... talvez… a liz é demais… diz que não, que não, mas morre de ciúmes… não demorei muito, demorei, minha salvadora? Rsrsrsrsrsrsrs…. Obrigada pelo comentário!!! Muitos beijos!!!
Iaçanã - obrigada… acho que não vão não… porque eles acabaram a escola de magia… num dos capítulos eu digo isso… no capitulo em que eles tão todos na piscina e o Joel conta isso pra Lily… no capitulo 10… portanto… mas não há problema… onde tem esse sexteto, tem briga e reconciliação… huahuahuahua… Obrigada pelo comentário!!! Muitos beijos!!!
Lala Potter Malfoy - obrigada… *por merlin… eu não digo?* não demorei, demorei?... eu já passei e já comentei!!!!! Beijos pra você também!!!! Obrigada!!! Volte sempre!!!
Luh - é você disse…. Huahuahuahua… obrigada… é, o Thiago é um romântico… a Lily é uma lerda mesma… ruiva cabeça dura… falando a verdade, quem não agarrava ele? Se bem que eu prefiro o cachorrinho, ne?... ai ai *suspiro profundo* ah, que é isso? Eu passei e vou continuar passando… gostei mesmo… eu não demorei muito!!!! Não aconteceu nada com você, aconteceu?.... huahuahuahua… muitos beijos!!!!
carlapiks - obrigada…. Não demorei… ai ta o capitulo!!! Espero que tenha gostado… muitos beijos!!!
Marília Evans Potter - Oi, prima!!!! *sobrenome igual… rsrsrsrsrs* obrigada!!!! Sim, se eles não aparecessem, não tinha sentido, ne?.... são mesmo… até me da raiva… (e fui eu que os inventei, imagina se não fosse…)… tou adorando!!!! Não há problema, se me adicionou!!!! Eu não me importo… huahuahuahuahua… ah, que é isso *realmente… sirius e thiago, ao pé de mim, vocês são uns meninos em termos de modéstia… huahuahuahuahua* não demorei!!!! Muitos beijos!!!
Ana Lívia - obrigada… são lindas mesmo… eu digo e repito, a lily é uma ruiva cabeça dura… um cara desses assim, cantando, se declarando… por merlin… ta bom, ta bom, ela tem suas razoes, mas ele já deu mais que provas… é, o Joel e o seu povão… povinho… são odiosos… eu mato, pode deixar!!!! Mas não agora!!!! Obrigada de novo… não, não demorei… muitos beijos e obrigada pelo comentário!!!!
Hermione W. Potter - obrigada… *tou cada vez ficando mais sem graça…* são uma gente horrorosa, ne?... você acha que não?.... obrigada… ai, agora tou da cor dos cabelos da lily de novo… vocês vão me deixar mal habituada… já ta atualizada!!!! Espero que goste!!!
Danielle - Oi!!! Obrigada por ter avisado!!!! Eu já li e já comentei!!!! O meu já ta atualizado!!!! Muitos beijos!!! Obrigada pelo comentário!!!

já respondi a todos… acho eu… se me esqueci de alguém, as minhas desculpas e o meu muito obrigado pelo comentário!!!! Volte sempre e comente!!!!
Espero que tenham gostado….serio…
Bem, agora não sei quando postarei o próximo… ainda so escrevi uma pagina… eu tenho as ideias na cabeça, mas passa-las para o papel… difícil… INSPIRAÇÃO!!!! VEM CÁ!!!! Huahuahuahuahua…
Bem, vou indo!!!!!
Muitos beijuxxxxxx



P.S.: e comentem tambem!!! nao custa nada....

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