Revelações... uma chance...



Lilian sonhava tranquilamente. Estava num campo de flores, parecido com o que havia no jardim de Thiago, mas só com lírios brancos. Estava sozinha. Vestia um longo vestido branco, que esvoaçava tremulamente com a suave brisa que soprava.
- Lilian…
Se virou. Thiago andava pra ela. Vestia um fato branco também. E sorria, com aquele sorriso lindo que era tão dele.
- Thiago? O que está fazendo aqui? Melhor… o que estamos fazendo aqui?
- Não sei… mas você me chamou… e eu vim…
Lhe ofereceu um buquet de lírios brancos.
- Lírios para um lírio… o meu lírio… – disse ele, se aproximando para beijá-la.
- Não, espera, eu…
Mas não conseguiu acabar a frase. Acordou com batidas fortes na porta. Se levantou e abriu. O que viu a fez se assustar. Anna estava na sua frente, toda molhada e coberta de sangue e arranhões.
- Lily… me ajuda… – foram só as palavras que ouviu dizer antes de a ver cair no chão, inconsciente.
- Anna… Anna, fala comigo… – Lilian abanava a amiga, que não reagia. A deixou e bateu na porta em frente.
- O que foi?
Thiago ainda colocava os óculos, muito ensonado, com um olho fechado e outro meio aberto, coçando a cabeça, com os cabelos ainda mais arrepiados. Mas, ao ver Lilian na frente dele, que apontou pra Anna caída no chão, sem dizer nada, despertou.
- O que aconteceu? – perguntou ele, correndo pra Anna e a pegando no colo, a levando pro quarto de Lilian e a deitando na cama dela.
- Eu… eu não sei… eu estava dormindo e acordei com umas batidas fortes na porta. Abri e ela… ela desmaiou na minha frente…
Lilian falava, gesticulando, ainda sem saber como reagir.
- Espere aqui.
Thiago saiu do quarto a correr. Voltou instantes depois com sua mãe.
- Lily, querida, o que houve?
Lilian repetiu tudo o que dissera a Thiago pra Lilibeth. Esta pediu para eles saírem do quarto. Um silêncio constrangedor se impôs entre eles.
- Você acha que ela vai ficar bem?
Lilian falava com voz chorosa.
- Claro que sim… vamos a ver, e foi só um resfriado… – respondeu ele, sorrindo timidamente e passando a mão pelos cabelos, acabando por arrancar um sorriso de Lilian.
Viram a porta se abrir e a cabeça de Lilibeth surgindo por detrás dela, que chamou Thiago.
- Vá na cozinha e me traga chocolate.
Ele assentiu com a cabeça e se preparava para correr quando deu de caras com Lilian.
- Entra ai.
Entraram no quarto dele.
- Eu já volto. Deite aí e durma.
Falava suavemente, mas dava pra notar que dava uma ordem.
- Na sua cama? – perguntou Lilian, apontando.
- Tem algum problema? O único a ter pulgas é o Sirius e não eu…
Os dois riram baixo.
- Não consigo dormir.
- Então fique sentada na poltrona. Mas não saia daqui, ouviu?
- Sim, papai!
Eles voltaram a rir. Thiago saiu e fechou a porta. Lilian ainda estava de pé. Começou a observar o quarto. Dava para notar que Thiago era filho único. Ali, nada faltava. Havia de tudo. Todos os brinquedos que uma criança pudesse querer. Até mesmo uma mini-vassoura encostada num canto. “Gente rica é outra coisa…”, pensou ela, sorrindo. Se sentou na cama, que era uma réplica das do dormitório masculino grifinório, mas com cortinas azuis escuras. O colchão era fofo, confortável. Deu pulinhos na cama, sentada. Sorriu. E olhou pra cima.
Algo em cima de um armário lhe chamou a atenção. Uma coisa com dois olhos brilhantes. Era… era…
- Accio ursinho !
O boneco voou para as suas mãos. Era um ursinho castanho, peludinho, fofo, com dois olhos verdes ternurentos, um lacinho vermelho no pescoço, de braços abertos. Ela pegou nele e apertou. Uma vozinha saiu do urso. “Thiago, te amo”, repetindo se se apertasse de novo. Lilian sorriu. Se deitou na cama, de barriga pra cima e com o boneco nos braços. Sentia o cheiro de Thiago na almofada.
- Thiago, te amo.
Sem querer, tinha apertado o ursinho novamente. “Até você, ursinho?”, pensou Lilian, se deitando de lado, inspirando novamente o cheiro que emanava da almofada.




Thiago entregara o chocolate à mãe.
- É muito grave? – perguntou ele.
- Não, acho que não… os arranhões são muito superficiais. Apenas tem um pouco de febre. Logo de manhã estará acordando. Se precisar, eu chamo, ok?
Abanou a cabeça e a mãe lhe depositou um beijo na testa, afagou sua cara, numa expressão que dizia meu orgulho e fechou a porta.
Thiago entrou no seu quarto. Esperava ver Lilian sentada na poltrona, mas o que viu o fez sorrir francamente.
Ela estava deitada na sua cama, abraçada ao seu ursinho com uma mão e à sua almofada com a outra. Dormia calmamente, inspirando paz. Ele se sentou perto dela, na cama. Primeiro, ficou só olhando. Mas o impulso foi mais forte que ele e começou a passar a mão pelos cabelos ruivos dela. E, vagarosamente, a beijou. Não foi um beijo intenso, foi um beijo vagaroso, calmo, dado de maneira a não perturbá-la. Quando se separou dela, ainda dormia. Se levantou e se sentou na poltrona, a observá-la. Lilian devia ter apertado o ursinho com mais força, porque ele soltou um novo Thiago, te amo . Thiago sorriu e pensou, olhando pra ela, “Pena que só o ursinho fala isso…”. E assim ficou, durante todo o resto da noite.




Lilian acordou com o sol lhe batendo nos olhos. Entreabriu um olho e deixou o outro fechado.
- Bom dia, dorminhoca!
Thiago sorria pra ela. Se espreguiçou e ficou olhando o teto, em silêncio. Depois voltou a cabeça pra ele.
- Eu dormi aqui toda a noite?
- Sim.
Se sentou e apoiou os braços por trás das costas.
- E você ficou ai?
- Sim. Não gostou de dormir ai? Era duro, o colchão?
- Não, mas…
- Então, porque reclama?
- Nada, nada…
Se sentou na beira da cama. Reparou que o ursinho ainda estava ao seu lado.
- Você dormia com ele?
- Sim…
- Até que altura? Mesmo antes de ir pra Hogwarts?
- Adianta afirmar a pés juntos que não? – respondeu ele, rindo.
- Não.
E riram os dois.
- A Anna… você sabe se ela está melhor?
- Nada como irmos lá ver, né?
Saíram do quarto e bateram na porta em frente.
- Entrem.
Lilibeth estava sentada na poltrona, perto da cama, e falava animadamente com Anna, que sorria.
- Anna!
Lilian correu para perto da amiga, a abraçando intensamente, sendo correspondida.
- Você ta bem?
- Sim…
- O que aconteceu?
- Depois te explico… vocês falaram alguma coisa pro Remo?
Lilian e Thiago trocaram olhares.
- Não, a gente não viu ele…
De repente, sentiram alguém na porta do quarto. Era Remo. Vinha sujo de terra, lama, todo despenteado e ofegante. Ainda coxeava.
- Anna… você… você…
- Está tudo bem.
Ela falava calmamente. Parecia que… nada tinha acontecido…
- Mas eu…
- Eu sei. Eu apenas apanhei um resfriado. Não se preocupe.
Lilian sabia que a amiga ocultava algo mais. Algo relacionado com aquilo que tinha lhe contado. Mas não iria falar nada. Era Anna quem tinha de contar.
- Meninos, vamos. Os dois pombinhos têm que conversar… – disse Lilibeth, empurrando Thiago e Lilian pra fora do quarto, fechando a porta em seguida.
Dentro do quarto, Remo pegava na mão de Anna, que sorria. Mas dava pra notar que estava cansada.
- De certeza que está tudo bem?
- Sim.
- Eu não machuquei você?
- Não mais que o habitual numa primeira vez, suponho…
Remo sabia que ela não estava bem. E que não falava tudo.
- Anna…
- Remo… você disse que estava tudo acabado entre nós… eu compreendo que queira continuar com sua decisão… não o obrigo a nada… o que aconteceu ontem foi por minha vontade e não pra te prender e…
Ele colocou os seus dedos sobre os lábios dela.
- Sshh… não diga nada. Me escuta… Quando acordei e não te vi, percebi que é você com quem eu quero ficar. Mesmo sendo quem sou. E não suportei, sequer, pensar que tinha te perdido. Portanto, não vou te deixar de novo.
- Remo…
Os dois se abraçaram.
- Além disso, quem iria ser a vítima do Lobo Mau aqui? – dizia Remo, fazendo cócegas em Anna, que ria.




Thiago e Lilian tinham descido pra tomar café, ainda de pijama. Entretanto, apareceram Eliza e, depois, Sirius.
- Bom dia!
- Bom dia, Liz… – responderam os dois ao mesmo tempo.
- Bom dia!
- Bom dia, Sirius… – respondeu Lilian, pois Thiago dormia com a cara apoiada na mão, de boca meio aberta e óculos tortos na ponta do nariz.
- O que é que deu nesse aí? – perguntou Sirius, apontando pro amigo.
- Problemas noturnos … – respondeu Lilian, bocejando e se espreguiçando. Sirius olhou pra Eliza e os dois sorriram marotamente.
- Pontas… acorda, cara…
Mas nada. De repente, Sirius, conseguiu fazer com que o braço de Thiago escorregasse e ele batesse com a cara em cima da mesa.
- HEY, SEU CACHORRO DE UMA FIGA! O QUE PENSA QUE TA FAZENDO, HEIN? DEPOIS SE DIZ MEU AMIGO!!! SUA BESTA!!! SEU IDIOTA!!!...
- PUXA, PONTAS! VOCÊ NÃO REPAROU QUE TAVA FAZENDO POLUIÇÃO SONORA?
- EU?!
- É! DO JEITO QUE RONCAVA!
- EU NÃO TAVA RONCANDO!
- NÃO, IMAGINA! TAVA APENAS FAZENDO UNS BARULHINHOS TÃO BAIXINHOS QUE QUASE SE OUVIAM LÁ NA CHINA!
- DÁ PRA PARAR, VOCÊS DOIS? QUE DROGA!
Os gritos que Lilian dera sobrepunham-se aos dos dois garotos. Ela estava levantada, com as mãos sobre a mesa. Seus cabelos estavam completamente desgrenhados.
- Mas Lily, eu…
- CALA A BOCA, POTTER!
- He he… toma… – começou Sirius a dizer.
- VOCÊ TAMBÉM, BLACK! SE EU OUVIR MAIS UM GRITO QUE SEJA DA PARTE DE VOCÊS DOIS, EU VOU AZARAR VOCÊS DE MANEIRA A NUNCA MAIS FALAREM NA VIDA! E NÃO VAI SER NADA AGRADÁVEL PRA VOCÊS! – disse Lilian, se levantando e saindo da cozinha, bufando.
- Thiago, o que você fez pra ela? – perguntou Sirius, sussurrando.
- Eu?! Nada! – respondeu Thiago, no mesmo tom.
- Vocês sabem como ela é, né? Estressadinha… – respondeu Eliza, no mesmo tom também.
- EU OUVI ISSO, SRTA. WHITE! O AVISO SERVE PRA VOCÊ TAMBÉM! – ouviram eles da escada. Os três deram uma gargalhada.




Passaram dois dias desde o desmaio repentino de Anna. Ela já tinha se recomposto e ela e Remo, que também estava melhor, tinham voltado a namorar. Eliza e Sirius andavam num… como dizer… pega pega … entendem o que quero dizer? Thiago e Lilian também se entendiam, mas… começavam a se sentir… estranhos… na presença um do outro… havia vezes em que suas mãos se tocavam e parecia que o mundo desaparecia… só existiam eles dois… e, outras vezes, ficavam se olhando fixamente… até havia momentos em que não conseguiam reagir quando um se dirigia ao outro. Todos notavam, mas ninguém dizia nada.
Uma tarde, conversavam todos na sala, quando, num momento de silêncio, Thiago, que estava sentado ao piano, começou a tocar. Tocava uma música calma, muito bonita. Tocava muito descontraído, por vezes até fechando os olhos. Ninguém ousou falar. Os seus dedos percorriam as teclas do piano como se tocassem numa coisa que lhe pertencesse e fosse muito valiosa, mas também muito frágil: suaves mas imperioamente. Era como se fossem velhos conhecidos, os dedos e as teclas. Tinham uma conversa profunda, que tocava todos os pontos do piano. E que tocava o fundo da alma de cada um.
Sentimentos estranhos percorriam Lilian. Nunca pensara ver Thiago Potter, o galinha e o arrogante de Hogwarts, assim… como uma pessoa normal … começou a penar que talvez tivesse sido muito dura com ele… é, tinha mesmo… talvez devesse dar uma chance… afinal, ele até era um bom amigo, daqueles com A grande! Mas… seria só isso?
Não soube explicar porquê, mas sentiu que uma lágrima rolava em sua face. E Thiago parou de tocar.
- Então? Parou porquê? – perguntou Eliza, que estava com a cabeça encostada no ombro de Sirius.
- Porque a Lily ta chorando… – respondeu Thiago.
Todos olharam pra ela.
- Me desculpem. Eu ando um pouco… sentimental… – disse Lilian, enxugando a lágrima com a mão.
- Você só toca piano, Thiago? – perguntou Anna.
- Não. Também toco violão.
- Correção, meu caro senhor Potter! – falou Sirius, se levantando e esticando o dedo indicador, falando em tom pomposo, ajeitando a roupa – Tocamos!
- Quanta modéstia! – exclamou Eliza, rolando os olhos.
- Você reclama mas bem que gosta… – falou Sirius, a olhando fixamente, com as caras a milímetros.
- Er… isso não vem ao caso… – respondeu ela, corando violentamente, fazendo todos rir.
- Eu também sei tocar piano. – disse Anna.
- É verdade, a gente às vezes, lá em Hogwarts, vamos numa salinha que tem instrumentos e ela toca pra gente! – disse Eliza, ainda um pouco corada.
- Sério? Então toca um pouco, pra gente ouvir! – exclamou Thiago, se levantando e cedendo o lugar a Anna.
- Eu só toco se a Lily me acompanhar. Cantando.
Lilian olhou pra Anna. E os outros olharam pra ela.
- Sem chance. – disse ela, cruzando os braços.
- Lily… vamos… você canta tão bem! – falava Eliza, abanando a mão da amiga.
- Lily… somos só nós… você não vai cantar em frente da escola toda, vai? – disse Remo, puxando a mão dela.
Depois de muita insistência…
- Ah, ta bom. Eu canto. Mas nada de comentários, ouviram? – todos abanaram a cabeça.
- O que quer que eu toque, Lily?
- O que quiser.
Anna começou dedilhando o piano, arrancando umas notas suaves do mesmo. Então, se ouviu a voz de Lilian. Era como cristal. Linda, profunda, suave mas intensa.

Just like I predicted, we’re at the point of no return
(Como tinha previsto, estamos num ponto sem regresso)
We can’t go backwards, and no corners have been turned
(Não podemos voltar atrás e nenhuma esquina foi virada)
I can’t control it, if I sink or if I swim
(Não posso controlar, se me afundo ou se nado)
‘Cause I chose the waters that I’m in
(Porque escolhi as aguas em que estou)

Cantava virada para Anna, de costas para os outros. Não conseguia ver suas caras, mas sabia que a observavam. Principalmente Thiago. Sentia os seus olhos cravados nas suas costas. Pensou que a voz lhe ia falhar, mas continuou.

And it makes no difference who is right or wrong
(E não faz diferença quem está certo ou errado)
I deserve much more than this
(Eu mereço muito mais que isto)
‘Cause there’s only one thing I want
(Porque só há uma coisa que eu quero)

Thiago não conseguia tirar os olhos de Lilian. Era como se aquela voz o hipnotizasse. Só faltavam as asinhas e a auréola, para ser um anjo. Era linda… maravilhosa… divina… perfeita… mas não era sua… por enquanto…

If it’s not what you’re made of, you’re not what I’m looking for
(Se não é do que você é feito, você não é quem eu procuro)
You were willing but unable to give me anymore
(Você estava pronto mas incapaz de me dar algo mais)
There’s no way, you’re changing
(Não há maneira, você está mudando)
‘Cause some things will just never be mine
(Porque algumas coisas nunca vão ser minhas)
You’re not in love this time… but it’s alright
(Você não está apaixonado agora… mas não há problema)

Lilian virou as costas a Anna… percorreu o piano com o dedo e parou na janela. Via o exterior. E sentia o olhar de Thiago cada vez mais forte. Parecia queimar. Que sentimento estranho era aquele? “É apenas o Potter, Lilian…”, pensava ela.

I hear you talking, but your words don’t mean a thing
(Eu ouço você falar, mas as suas palavras não significam nada)
I doubt you ever put your heart into anything
(Eu duvido que alguma vez você fez algo com o coração)
It’s not much to ask for, to get back what I give in
(Não é muito a pedir, ter de volta o que entreguei)
But I chose the waters that I’m in
(Mas eu escolhi as águas em que estou)

Thiago viu Lilian se virar, o encarando. Aquelas palavras pareciam feitas pra eles… ela o olhava fixamente, mas ele não desviou o olhar. Nem ela. Naquele momento, só existiam eles dois.

And it makes no difference who is right or wrong
(E não faz diferença quem está certo ou errado)
I deserve much more than this, ‘cause there’s only one thing I want
(Eu mereço muito mais que isto, porque só há uma coisa que eu quero)
If it’s not what you’re made of, you’re not what I’m looking for
(Se não é do que você é feito, você não é quem eu procuro)
You were willing but unable to give me anymore
(Você estava pronto mas incapaz de me dar algo mais)
There’s no way, you’re changing
(Não há maneira, você está mudando)
‘Cause some things will just never be mine
(Porque algumas coisas nunca serão minhas)
You’re not in love this time… but it’s alright
(Você não está apaixonado agora… mas não há problema)

Lilian tinha voltado para junto de Anna. Mas desta vez se colocou por detrás dela, com as mãos em seus ombros. E olhava para Thiago. E ele olhava para ela. Eliza, Sirius e Remo olhavam de um para o outro, como num jogo de pingue-pongue.

What’s your definition of the one?
(Qual é a sua definição do único?)
What do you really want him to become?
(O que é que você realmente quer que se torne?)
No matter what I sacrifice it’s still never enough
(Não importa o que eu sarifice, nunca é o suficiente)

Num impulso, Lilian subiu no banco do piano e do banco pra cima do piano. Todos se espantaram. Especialmente Thiago. Era essa a Lilian monitora, perfeita, calma, que não desrespeitava as regras, nem gostava de dar nas vistas? Surpreendente…

Just like I predicted, I will sink before I swim
(Como tinha previsto, eu me afundarei antes de nadar)
‘Cause these are the waters that I’m in
(Porque estas são as águas em que eu estou)

Não sabia porquê, mas tinha subido pra cima do piano. Ela não era daquele jeito… nunca gostou de dar nas vistas… “Onde está a Lilian e o que você fez com ela?”, pensava, sorrindo, enquanto cantava.

If it’s not what you’re made of, you’re not what I’m looking for
(Se não é do que você é feito, você não é quem eu procuro)
You were willing but unable to give me anymore
(Você estava pronto mas incapaz de me dar algo mais)
There’s no way, you’re changing
(Não há maneira, você está mudando)
‘Cause some things will just never be mine
(Porque algumas coisas nunca serão minhas)
You’re not in love this time
(Você não está apaixonado agora)
You’re not in love this time
(Você não está apaixonado agora)
You’re not in love this time
(Você não está apaixonado agora)

Lilian acabou como tinha começado. Calma e suavemente. Anna acabou de tocar também. Lilian se virou e sorriu para a amiga, mas colocou o pé em falso. Thiago saltou do lugar e a apanhou no colo. Todos começaram a aplaudir.
- Pode me por no chão… – disse Lilian, muito baixo, olhando fundo nos olhos dele.
- Acho que não… – disse ele, no mesmo tom.
- Porquê?
- Porque estou adorando tê-la assim…
Lilian corou e virou a cara. Thiago a colocou no chão e passou a mão pelos cabelos.
- Realmente, você canta muito bem! – disse Remo, que tinha se sentado ao lado de Anna no banco do piano.
- Ah, mas não sou só eu. Essas duas aí – apontou para Eliza e Anna – também cantam. E muito bem, por sinal.
- A Anna nunca ouvi. Mas a Eliza eu sei que canta bem… – disse Sirius.
- Como você sabe? – perguntou Eliza, desconfiada.
- Quer mesmo que eu diga?
- Quero.
- Uma vez eu fui no seu quarto, mas você estava tomando banho. E então eu ouvi você cantando… – respondeu ele, sorrindo marotamente.
- Você me espiou, Sirius Black? – perguntou ela, indignada, de braços cruzados e sobrancelha levantada.
- Não. Apenas a ouvi cantar.
- Acho bom… – respondeu ela, olhando de lado pra ele.
- Não que eu não quisesse espreitar… – falou Sirius, sorrindo marotamente de novo.
- Humpf… nem se atreva… – disse Eliza, bufando, fazendo todos rir.
- Já que vocês se exibem tanto – falou Anna num tom debochado, apontando para Thiago e Sirius – porque não tocam pra gente um pouco?
- Ta combinado! – disse Thiago, contente – Mas hoje não. Amanhã vamos pro jardim, fazemos um piquenique e eu e o meu querido Almofadinhas – passou a mão por cima do ombro de Sirius – tocamos pra vocês.
- Pontas… – disse Sirius, seriamente.
- O que foi?
- Amanhã vamos pra casa da minha prima Andy, esqueceu?
As meninas se olharam, espantadas.
- Como é que é? – disseram ao mesmo tempo.
Sirius bateu com a mão na testa.
- Esqueci de falar…
E lhes contou tudo. Quando acabou, elas começaram a falar, alteradas.
- Você devia nos ter avisado. E se tivéssemos algo combinado?
- É mesmo! E você quer nos levar! E se ela não quiser a gente lá?
- Verdade! E nem temos roupa adequada! O que vamos vestir?
Sirius, Thiago e Remo olhavam pra elas, espantados.
- Uou… calma… – falou Sirius, levantando as mãos – primeiro, se tivessem algo combinado, a gente saberia. Segundo, ela insistiu que vocês fossem. Terceiro, ela providenciou roupa pra vocês. Mesmo que não tivesse feito isso, vocês ficariam bem com qualquer trapinho… – falava na maior descontração.
- Você só pode tar brincando! – exclamou Eliza.
- Eu já falei que ela providenciou roupa… calma… meu Merlin… mulheres, quem entende! – Sirius levantou as mãos pro alto.
- Almofadinhas, não estresse… e quanto ao piquenique, não se preocupe. De certeza que a Andy não espera a gente antes da noite, né? – perguntou Thiago.
- Er…
- Pois… era o que pensava… – falou Thiago, marotamente, depois de ver Sirius levantar a sobrancelha – Portanto, amanhã iremos fazer um piquenique e à noite vamos pra casa da Andy. Combinado?
Todos concordaram.




Eliza e Sirius jogavam Snap Explosivo, que ele deixava ela ganhar de propósito só para fazer aquela carinha de cachorro perdido, que a fazia lhe dar um beijo na bochecha… por vezes não era bem na bochecha, mas eles pareciam não se importar. Anna dormia no colo de Remo, que dormia também. Lilian estava sentada numa poltrona, lendo o mesmo livro pela terceira vez. Thiago a observava, muito sossegado. Tinha um pergaminho e uma pena e rabiscava algo, levantando a cabeça de vez em quando para olhá-la, voltando a rabiscar algo novamente.
- Droga!
Thiago, Eliza e Sirius viraram as cabeças. Até Remo tinha acordado. Lilian tinha fechado o livro furiosamente.
- Eu já sei, palavra por palavra, o que está escrito nesse livro! Juro, que se ler esse livro mais alguma vez, me atiro no lago!
Começaram a rir. Thiago enrolou o pergaminho, se levantou, o colocou no bolso e pegou na mão dela.
- Vem.
Ela olhou pra ele, curiosa. Ele sorriu, como que dizendo “Confia em mim”. Pegou na mão dele e o seguiu. Subiram as escadas, até um corredor acima dos quartos. Andaram pelo corredor. Era igual ao corredor dos quartos, mas estes tinha quadros bruxos nas paredes, com alguns antepassados de Thiago. Só podiam, eram tão parecidos… Quando eles passavam, alguns acenavam a Lilian, outros assobiavam e diziam “Boa, Thiago!” e outros não faziam nada. Thiago não dizia nada e Lilian também não. Caminhavam em silêncio e de mãos dadas. Chegaram perto de duas portas juntas.
- Fecha os olhos.
Ela o olhou desconfiada, pondo as mãos na cintura.
- Vá! – disse ele, sorrindo.
Ela sorriu de volta e obedeceu. Sentiu ele a puxando, e se deixou levar.
- Pode abrir.
Quando abriu os olhos, quase caiu, com o espanto. Era o sítio mais belo que tinha visto. O chão era de mármore, branco e preto. No meio havia um tapete azul com um P dourado no meio. As janelas eram enormes, até ao teto e, em vez do parapeito, havia banquinhos. Uma escadaria subia para outro andar. O teto tinha anjinhos rosados que perseguiam um pomo de ouro, montados em vassourinhas douradas. Mas nada disso era relevante para Lilian. O que lhe importava era o que revestia as paredes. Estantes que se prolongavam por toda a parede estavam cheias de livros.
- Isto é… maravilhoso…
- Já não tem que ler aquele livro. Pode ler esses. Enquanto estiver nesta casa, são seus.
Não conseguiu dizer nada. Apenas se virou e o abraçou fortemente. Thiago ficou surpreso, mas acabou retribuindo o abraço. Quando se separaram, ele viu que os olhos dela brilhavam.
- Não vai chorar, vai? – perguntou ele, pondo a mão dele por baixo do queixo dela. Ela abanou a cabeça.
- Venha.
Começaram a subir as escadas. Ali era um mini-escritório, com uma mesa de madeira e uma cadeira. Era simples, mas não menos bem decorado.
- Meu pai costumava vir aqui, mas como eu fazia muito barulho, decidiu deixar pra mim… – disse Thiago, sorrindo, encostado numa parede. Lilian também sorriu.
Tinha duas poltronas pequenas e, nas paredes, quadros estáticos. Ela se aproximou para ver melhor. No primeiro se via um jovem usando um equipamento de quadribol grifinório, com uma vassoura numa mão e o pomo de ouro esvoaçando um pouco acima da outra. Ele se encontrava sentado num cubo vermelho com uma cortina, vermelha também, por trás. Tinha cabelos pretos arrepiados e, por detrás dos óculos, olhos esverdeados. E olhava pro pomo.
- É você? – perguntou Lilian.
- Não. É meu pai.
“Nossa… ia jurar que era o Thiago… coisinha mais parecida…”, pensava ela, enquanto andava pro quadro seguinte. Um jovem de cabelos castanhos, quase loiros, e olhos cor de mel estava nele. Vestia o uniforme também grifinório. Metade da sua cara se encontrava na escuridão.
- O Remo?
- Sim. Minha mãe pintou.
- Sério?
- Sim, ela adora pintar. Não sei como ela faz, mas pinta de um jeito… se você olhar bem, verá que, por vezes, os olhos dele ficam amarelos, igual os dias que ele… bem, você sabe…
- Sei…
E passou para o quadro seguinte. Esse era o melhor de todos. Nele, um garoto de cabelos negros, muito bem penteados, e olhos azuis, quase cinza, vestindo um fato preto, de gravata, sapatos e manto da mesma cor, estava sentado em cima de duas caixas e apoiava o pé em cima de outra. O braço esquerdo estava apoiado em cima do joelho e a mão pendia. Ao fundo, se encontrava o lago, com suas margens cheias de árvores. E uma delas debruçava seus ramos por cima dele.
- Esse é o Sirius? – perguntou Lilian, apontando e rindo.
- É ele, sim. – respondeu Thiago, rindo também.
- Sua mãe que fez também?
- Sim.
- Espera só até a Liz saber disso!
- Não! Se o Sirius souber que alguém viu esse quadro, ele me mata! – respondeu Thiago, puxando Lilian, que não pode ver os outros quadros.
- Mas ele não sabe?
- Você acha que ele vem aqui? Sirius Black, numa biblioteca? Não creio! – respondeu Thiago, fazendo caretas e arrancando gargalhadas de Lilian.
- E você? Vem aqui muitas vezes? – perguntou ela, se sentando numa poltrona e ele na outra.
- Ta duvidando?
- Ah… pensei que o ilustre Thiago Potter não se desse ao trabalho sequer de botar os pés numa biblioteca… – respondeu ela, fazendo uma vénia, o que fez Thiago gargalhar.
- Ah, não sou nenhum Remo… – ela olhou pra ele com a sobrancelha levantada – afinal, tenho uma reputação de Maroto a manter…
- Um maroto que dormia com ursinho… – falou ela, mirando as unhas.
- Ahm ahm… posso continuar?
- Claro, claro…
Soltaram risos.
- Como eu tava dizendo, não passo a minha vida aqui dentro, não. Mas venho aqui muitas vezes, pra descansar, ler, pensar…
- Você pensa? – falou Lilian num tom irónico. Thiago olhou pra ela com um olhar assassino e ela levantou as mãos num gesto de “Pronto, pronto… não ta mais aqui quem falou…”
- … pensar, compor músicas, refletir, treinar feitiços… coisas assim sabe?
Ela sorriu.
- Sei.
Thiago olhou pra janela.
- Você quer ver uma coisa maravilhosa? – perguntou ele, num tom baixo, lhe pegando na mão. Ela acenou afirmativamente. – Então anda.
Se levantaram e Thiago abriu uma porta que dava para uma varanda. Mas não era uma varanda igual à que ela tinha no quarto. Era uma varanda enorme, dava até pra dar uma festa ali. Se aproximaram da beira. Tinha uma vista maravilhosa sobre todo o jardim da mansão Potter, que era ainda maior do que ela imaginava.
- Olhe…
Thiago apontou pro céu. O sol se punha vagarosamente. Apresentava tons alaranjados e vermelhos. Passava de rosa a vermelho, laranja, amarelo e terminava azul, já com estrelas.
Era o pôr-do-sol mais bonito que Lilian já tinha visto. Não só pelo lugar, mas também pela companhia. Esses dias tinham sido maravilhosos. Conhecera uma nova faceta do Arrogante Potter , como lhe chamava por vezes. Ele não parecia mais um arrogante… era sensível, divertido, amigo… chegava até a ser carinhoso… sentimentos afloravam na sua cabeça. Olhou pra Thiago. Tinha os olhos fechados e parecia sentir o vento soprar. Ela sorriu. Durante seis anos não suportara, sequer, ouvir falar no nome dele. Agora estava na casa dele, ao lado dele, como se fossem grandes amigos. Se lhe dissessem isso há alguns meses, ela diria que, se isso acontecesse, para a internarem em S. Mungus.
- Abriram vagas, então… – murmurou Lilian, com a cabeça baixa, sorrindo. Quando a levantou, os olhos de Thiago a encaravam. Pareciam ler o fundo da sua alma. Eram uns olhos lindos… brilhavam ou seria o efeito do pôr-do-sol?
Não soube dizer. Apenas sentiu seus lábios se colarem. Começou por ser um beijo suave, mas se intensificou. Ela correspondeu ao seu beijo. Sentiu frio e calor ao mesmo tempo. Suas pernas fraquejavam mas sentia que podia enfrentar o mundo. Vários pensamentos corriam na sua cabeça. Uma vozinha igual à de Eliza conversava com ela na sua mente.

Eu não posso…
Deixa de ser boba! Você pode e você quer!
Não! Ele é o Potter!
E então? Você pareceu não se importar com isso ultimamente…
Nós somos só amigos…
Sei… amizades dessas já deram casamento…
Você pode parar de falar?
Porquê? Estou tocando na ferida? Verdades doem, não é?
NÓS SOMOS SÓ AMIGOS!
Me engana que eu gosto, ruivinha…

Lilian e Thiago se separaram. Melhor, apenas seus lábios se separaram. Os seus corpos continuavam muito próximos.
- Lily… eu te amo… – disse ele, roucamente, perto dela, seus narizes se tocando.
“Eu também…”, pensou ela. Mas não disse nada. Um silêncio reinou, apenas interrompido pelo barulho das suas respirações.
- Lily… fala alguma coisa…
Começaram a se separar. Thiago agarrava Lilian pelos ombros, que parecia não estar ali.
- Lily…
- Thiago, eu… não posso…
Se desprendeu dele e saiu correndo, só parando no seu quarto.
Ainda na biblioteca, Thiago estava sentado numa das poltronas, com a cara por detrás das mãos. Chorava.
- Porquê? Será que você não entende que eu te amo, Lilian Evans?...




Quando o dia amanheceu, todos tinham se levantado e preparavam tudo. Iriam levar um cesto com comida, pro caso de começar a chover e desaparecer tudo de novo.
Thiago não conseguia encarar Lilian. Tinha medo que ela o rejeitasse de novo, apenas só com o olhar. Lilian também não o conseguia encarar. Tinha medo de não resistir e correr para seus braços. Assim sendo, evitaram qualquer conversa entre eles.
- Lily… o que aconteceu ontem pra você e o Thiago estarem assim? – perguntou Eliza.
- Nada. Não aconteceu nada. Você e o Sirius…
- Não mude de assunto, mocinha! – Eliza a interrompeu – Isso não vem agora ao caso! Me conte tudo.
- Não conto nada, porque não há nada para contar… – disse Lilian, dando de ombros.
- Ta, sei… depois venha com essas conversas de bla, bla, bla, eu amo ele mas ele não ta nem ai… e eu vou dizer “Bem feito, Lilian Evans. Quem mandou você ser cabeça dura?”
- Você é uma rica amiga… com amigas dessas, quem precisa de inimigos? – disse Lilian, amuada.
- Lily… eu sou sua amiga sim. Se não fosse, não lhe diria essas coisas…
- Eu sei…
- Então pare de ser boba. Vai lá falar com ele.
Lilian e Eliza se abraçaram e ela foi ter com Thiago, que estava num canto, passando os dedos pelas cordas do violão.
- Thiago…
- Sim?
Ele nem levantou a cabeça para olhá-la. Não queria que ela o visse quase chorando.
- Desculpa por ontem eu ter saído correndo… eu… não soube como reagir… eu…
- Não tem problema.
A sua voz soava fria. Pelo menos ele tentava que assim fosse.
- Thiago…
- Não tem problema, Evans .
Ele a tinha chamado de Evans… céus, garoto irritante, esse!
- Olha, Potter, eu vim aqui pedir desculpas, o que você quer mais? Que eu me ajoelhe a seus pés? Que implore? Pois fique sabendo que isso não vai acontecer não!
- Não. Não quero nada disso. Apenas quero uma chance.
Ele se levantou e a olhava.
- Uma chance?
- Sim. Quero fazer você perceber que eu não estou brincando. Que é pra valer.
Lilian virou as costas.
- Você só pode estar brincando mesmo! Nós andamos seis anos feito gato e rato, sempre discutindo! Você nunca deixou nenhum garoto se aproximar de mim, sempre dava um jeito de assustar os coitados! E vivia agarrando tudo o que era garota! E agora quer que eu acredite que mudou?»
- Você esteve comigo durante todas estas férias! Não acredito que ainda pense que é armação!
- Não… não penso… mas me custa acreditar…
- Por isso lhe peço uma chance… se você não acreditar em mim depois disso, eu sumo da sua vida. E nunca mais vou incomodar você… nunca mais ouvirá falar de Thiago Potter…
Lilian se virou de frente para Thiago.
- Uma chance, Potter. Uma.
Ele sorriu. E ela retribuiu.




- Então Thiago… toca alguma coisa pra gente… – disse Eliza, que estava sentada entre as pernas de Sirius, no chão.
- É… você só sabe mexer nas cordas do violão e sorrir abobalhado… – disse Anna, maliciosamente, que estava na mesma posição de Eliza, mas com Remo.
- Ahm ahm… – Thiago se levantou e começou a fazer uma apresentação – a pedido de várias famílias, o estimado, querido, amado, gostoso, lindo, perfeito…
- Anda logo, veado! – gritou Sirius, fazendo todos rir. Thiago fez de conta que nem ouviu.
- … sem pulgas… – Sirius cruzou os braços algo como “Eu não tenho pulgas” – eu, o sr. Thiago Pontas Potter, vou tocar uma música dedicada a alguém especial…
Olharam todos para Lilian, que estava da cor dos seus cabelos.
- Ahm ahm…
- Ah, sim… o Sirius vai me acompanhar… – disse Thiago, com uma expressão de aborrecimento.
Sirius se levantou, ajeitou a camisa, murmurou um “Com sua licença, gatinha”, conjurou um violão e se sentou ao lado de Thiago, num muro pequeno que havia.
Começaram a tocar calmamente, e a voz de Thiago soou grave e profunda.

Wondering the streets in a world underneath at all
(Caminhando pela rua, num mundo abaixo de tudo)
Nothing seems to be, nothing tastes as sweet
(Nada é o que parece, nada sabe tão doce)
As what I can’t have
(Como o que eu não posso ter)

Tocava de olhos fechados. Lilian olhava pra ele. “Meu Merlin, como ele é bonito…”, pensava, enquanto suspirava e enrolava o cabelo na ponta do dedo. “Pára com isso, Lilian Anne Evans!”.

Like you and the way that you’re twisting your hair
(Como você e a maneira que você enrola o seu cabelo)
Round your finger
(À volta do seu dedo)

Ela fazia exatamente isso quando ele cantou essa parte, olhando diretamente em seus olhos, sorrindo. Ela corou e abraçou os joelhos.

But tonight I’m not afraid to tell you
(Mas esta noite não tenho medo de lhe dizer)
What I feel about you
(O que sinto por você)
I’m gonna muster every ounce of confidence I have
(Eu vou reunir toda a coragem que eu tenho)
And cannon ball into the water
(E ser como bola de canhão na água)
I’m gonna muster every ounce of confidence I have
(Eu vou reunir toda a coragem que eu tenho)
For you I will, for you I will
(Por você eu faço, por você eu faço)

Lilian lembrava as palavras de Thiago quando ela tivera aquele sonho terrível… Por você, eu faria tudo isso de novo e muito mais … seria verdade, quando ele afirmava que a amava, realmente? Um arrepio percorreu seu corpo.

Forgive me if I stutter
(Me desculpe se eu gaguejo)
From all of the clutter in my head
(Com todo esse abarrotamento na minha cabeça)
Cuz I could fall asleep in those eyes
(Porque eu poderia adormecer nesses olhos)
Like a water bed
(Como numa cama de água)

Thiago olhava para Lilian fixamente. Ele tinha certeza que aquelas palavras não iam deixá-la indiferente. “Pelo menos, tentei…”, pensava.

Do I seem familiar, I’ve crossed you in hall ways
(Pareço familiar, eu me cruzei com você em corredores)
A thousand times, no more camouflage
(Um milhão de vezes, sem mais camuflagem)
I want to be exposed, and not be afraid to fall
(Eu quero ficar exposto, e não ter medo de cair)

Lilian lembrava todas as vezes que se cruzavam em Hogwarts… “Bom dia, meu lírio”, “Só se for pra você. O meu acabou de piorar”, “Quer sair comigo?”, “Qual a parte do NÃO que você não percebeu, Potter?”… e sorria.

I’m gonna muster every ounce of confidence I have
(Eu vou reunir toda a coragem que eu tenho)
And cannon ball into the water
(E ser como bola de canhão na água)
I’m gonna muster every ounce of confidence I have
(Eu vou reunir toda a coragem que eu tenho)
For you I will
(Por você eu faço)

As vozes dos dois garotos se conjugavam na perfeição. E tocavam maravilhosamente bem. Parecia que os seus dedos se fundiam com as cordas.

You always want what you can’t have
(Você sempre quer o que não pode ter)
But I’ve got to try
(Mas eu tenho que tentar)
I’m gonna muster every ounce of confidence I have
(Eu vou reunir toda a coragem que eu tenho)
For you I will
(Por você eu faço)
For you I will
(Por você eu faço)
For you I will
(Por você eu faço)

Continuaram tocando. Mas Thiago se levantou do muro onde estava sentado e subiu pra cima dele, o que fez todos rirem. Sirius abanou a cabeça, numa expressão de “Cara maluco…”. Thiago parecia uma estrela de rock maluca, mesmo.

If I could dim the lights in the mall
(Se eu pudesse reduzir as luzes do shopping)
And create a mood, I would
(E criar um ambiente, eu o faria)
Shout out your name so it echos in every room
(Gritar o seu nome para que ecoasse em todo o lado)
I would
(Eu faria)
That’s what I’d do, that’s what I’d do
(Era o que eu faria, era o que eu faria)
That’s what I’d do, to get through to you
(Era o que eu faria para chegar até você)

Ele cantava alto, com a cara levantada pro céu. Ela sorria. “É mesmo exibido…”, pensava ela, mas desta vez sem aquele toque de raiva com que o fazia das outras vezes. Não, desta vez pensava nisso com um certo divertimento. E carinho também.

I’m gonna muster every ounce of confidence I have
(Eu vou reunir toda a coragem que eu tenho)
And cannon ball into the water
(E ser como bola de canhão na água)
I’m gonna muster every ounce of confidence I have
(Eu vou reunir toda a coragem que eu tenho)
For you I will
(Por você eu faço)
You always want what you can’t have
(Você sempre quer o que não pode ter)
But I’ve got to try
(Mas eu tenho que tentar)
I’m gonna muster every ounce of confidence I have
(Eu vou reunir toda a coragem que eu tenho)
For you I will
(Por você eu faço)
For you I will
(Por você eu faço)

Thiago saltou do muro e andou até Lilian. Se ajoelhou na sua frente, cantando a última parte num murmúrio rouco, mesmo juntinho à cara dela.

For you I will
(Por você eu faço)

Sentiram alguém bater palmas. Viraram a cabeça e viram os seus vizinhos. Era apenas Joel quem batia.
- Parabéns, Thiago! Realmente, vocês tocam muito bem…
- Como vocês entraram aqui? – perguntou Sirius, com voz séria.
- Ora, pedimos licença à mãe do Thiago. Não íamos entrar sem sermos convidados.
Sirius e Thiago, que estava já de pé, trocaram olhares.
- Além de que era uma extrema falta de educação. – se virou para Lilian – Lily, será que eu posso falar com você? Em particular.
- Sim, claro… – respondeu ela, se levantando e olhando para Thiago, que fechava a cara e cruzava os braços. Joel pegou sua mão e a levou para um sitio mais afastado.
- Senti muito sua falta, Lily… – dizia ele, pegando ainda na mão dela.
- Ah, foi?... eu também… – respondeu ela, um pouco constrangida.
- Sério?
Ela forçou um sorriso e abanou a cabeça afirmativamente.
- Então eu quero convidá-la para um passeio, amanhã, o dia todo.
- Ah, sinto muito… amanhã não vai dar… não estaremos por aqui. Terá que ser noutro dia…
Não o dava a notar, mas sentia um pouco de alivio.
- Não tem problema. Eu virei depois… mm – falava ele, enquanto lhe beijava a mão. Lilian começava a se sentir incomodada. Virou a cabeça e o que viu não lhe agradou nem um pouco. Jo estava pendurada no pescoço de Thiago. “Piranha…”, pensava ela.
- Algo lhe está incomodando, querida?
- Não, não… me lembrei que está quase na hora de irmos…
E voltaram para perto dos outros.




Jo tinha se agarrado ao pescoço de Thiago.
- Thi! Estava morrendo de saudades!
- Er… sim… – respondeu ele, tentando se desfazer do abraço.
- O que foi? Não sentiu minha falta não? – perguntou ela, fazendo biquinho.
- Senti… claro que senti…
As palavras lhe saíam a custo. Mas porque seria que aquela garota tinha aparecido agora? Que saco!
Ela continuava falando, mas ele nem tomava atenção. Olhou para Sirius, que também estava de pé e fazia gestos, insinuando que a garota era maluca. E abafava o riso, quando Thiago dava de ombros.
- Oi! Você deve ser o Sirius.
Sirius se virou. Na frente dele estava uma garota de cabelos pretos azulados, lisos, que terminavam ondeados, de olhos azul-safira. E um corpo escultural.
- É… sou eu mesmo…
- Eu sou a Maribel, mas pode me chamar de Mari. Sou amiga deles.
- Ah, sei…
A garota deu um beijo no cantinho da boca dele.
- Ahm ahm…
Por detrás dele, estava Eliza, de braços cruzados, sobrancelha levantada e batendo o pé, com cara de poucos amigos (ou até nenhuns…)
- E você é?
- Eu sou a Liz, mas pode me chamar de Eliza. Sou namorada dele…
E fez um sorrisinho cínico, que fez Sirius arregalar os olhos e tossir, para abafar o riso.
- Ah… mas o Bruno me disse…
- O Bruno está desatualizado… não é, amor ?
E se agarrou ao braço de Sirius.
- É sim, querida … – respondeu ele, entrando no jogo. Estava adorando vê-la assim, morrendo de ciúmes.
- Está falando sério, Liz?
Era Bruno quem falava.
- Estou sim. – respondeu ela.
Ele baixou a cabeça. Quando a levantou novamente, sorria como se nada fosse.
- Então felicidades. Pena que não saiba escolher alguém que não a faça sofrer… – disse ele, enquanto agarrava em Maribel e virava as costas.
- O que é que esse idiota ta querendo dizer? – falou Sirius, se preparando para ir atrás dele.
- Nada! Quieto! Dor de cotovelo é uma coisa terrível! – disse Eliza, puxando o braço dele, o que o fez acalmar.
- Com que então namorados, hein, dona Liz? – disse ele, sorrindo marotamente e a agarrando pela cintura.
- Só disse isso para aquela oferecida sair daqui… que garotas, meu Merlin!... mas nem pense que eu…
- Com ciúmes, gatinha? – a interrompeu Sirius, cada vez mais próximo.
- Eu?! Ora, faça-me o favor, Sirius! – reclamou Eliza, se soltando e indo ter com Remo e Anna, bufando.
- Liz, espera! Eu tava brincando! Liz… – dizia Sirius, correndo atrás dela.




- Thiago/Lily… – falaram Lilian e Thiago ao mesmo tempo, sorrindo depois.
- Ta na hora da gente ir, né? – perguntou ele, passando a mão furiosamente pelos cabelos, enquanto olhava para Joel, que sorria. (N/A: já tou começando a enjoar de tanto sorriso…)
- Sim… penso que sim… – respondeu ela, olhando de um pro outro, alternadamente.
- Então vá chamar o resto do pessoal que eu preciso dar uma palavrinha ao nosso vizinho
Lilian ia começar a dizer que ele não lhe dava ordens, mas achou melhor não. Virou costas e foi.
- Pode falar, Thiago.
- Não se aproxime muito da Lily. Ela não é pro seu bico.
- Devo então pensar que é pro seu…
- Não desconverse. Ela é uma garota especial. Não merece que brinquem com ela.
- Mas eu não vou brincar com ela. Ela e eu…
- Chega! – Thiago apontou o dedo pra ele – Não se aproxime dela. E eu espero não ter que repetir.
- Está me ameaçando, Thiago? – perguntou Joel, sarcasticamente.
- Não. Considere isso um aviso.
Virou as costas e foi ter com seus amigos.
- Vamos? – perguntou Remo.
- Sim. Vamos aparatar lá. – respondeu Sirius.
- Todos juntos? – perguntou Lilian.
- Vocês – Thiago apontou pras meninas – ficam junto da gente. Vamos dois a dois. Nós – apontou para eles – sabemos o caminho… – falou marotamente.
Fizeram pares. Escusado será dizer que ficaram Anna e Remo, Eliza e Sirius (que ouvia ela resmungar algo como “Vamos juntos, sim, mas nem ouse abusar da sorte, ouviu?”) e Lilian e Thiago.
Thiago agarrou Lilian pela cintura. A segurava como se fosse dele, olhando feio para Joel, que continuava a sorrir.
- Podem ir andando. A gente vai embora! – gritou Thiago.
- Iremos, sim… – respondeu Bruno.
A última coisa que Lilian viu, antes de ir, foi um brilho estranho nos olhos do quarteto. Fechou os olhos. Quando voltou a abri-los, estava numa casa estranha, mas não menos elegante.

















Pronto… aí está mais um capitulo… aaarrghhhhh… que falta de criatividade…. Logo nesse capitulo…. Aaaarrrghhhhh….
Antes de começarem a me atirar o que quer que seja, ou de me quererem lançar alguma maldição, ou feitiço, eu vou explicar o que aconteceu: eu fui a um espetáculo ao ar livre, durante o dia, e fiquei 5 horas ao sol… sim, 5 horas… resumindo, apanhei um escaldão e fiquei desidratada… se perguntam, valeu a pena? Valeu!!!!
Então tive de ir ao hospital, levar soro… tadinha de eu… *snif snif* mas não há problema, porque enquanto estive lá, fui adiantando o próximo capitulo!!!! Portanto, o outro não vai demorar tanto tempo!!!!!
Explicações dadas, vamos às respostas dos comentários….
Pérola Black - ah, obrigada… você acredita que eu acordei as 3 da manhã com esse capitulo na cabeça e não consegui dormir enquanto não escrevi tudo? É de gente doida, mesmo… eu também acho que ficou meio pesado, mas fazer o que, ne?... ainda bem que gostou… espero que goste desse também!!!! Muitos beijos da SUA fã!!!!
Cicy Padfoot - tive que parar mesmo, senão depois, ficava sem graça, ne?... picante… huahuahuahua… sempre ouvi dizer que os mais quietos são os piores… rsrsrsrsrsrs obrigado por ter comentado!! Volte sempre!! Beijos!
Dani Evans Potter - não há problema se não comentar logo, desde que depois compense o atraso…. Huahuahuahua ela teve uma festa linda, sim… eu me inspirei numa que eu tive, sabe?... *autora viajando* bem, voltando à resposta… como eu já disse pra Cicy, os mais quietos são os piores… huahuahuahua… você chorou a ler? Então teve algum impacto! Fico contente! Não por você ter chorado, obvio! A Anna não parece, mas é uma pessoa muito forte… ela mostra a sua força nos momentos mais difíceis… dai ela ser uma menina tão especial… palmas pra ela mesmo!!!! Obrigada pelo comentário!! Espero que goste desse capitulo também!! Muitos beijos
Ana Lívia - foi um capitulo quente sim… mas pronto… vai demorar a haver mais algum… se é que vai haver… quanto a Anna… não sei se você leu o aviso, mas so posso dizer algo mais quando for o capitulo mais dedicado a eles… tai o T/L!!!! espero que goste!!! Obrigada pelo comentário! Valeu! Muitos beijos!
mandinha potter - como eu já disse, os mais quietos são os piores!!! Huahuahuahua… você pode dizer o nome sim… eu ainda não tive ideias pra isso… quanto a Lily e o Thiago, ai esta a resposta… meio tristonha… ela devia ter dito que sim… ah, ruiva cabeça dura… enfim… não deixo morrer, não, mas vou fazer sofrer um pouco… ah, como eu sou ma… rsrsrsrs… valeu pelo comentário!!! Muitos beijos
Danielle - obrigada… escritora não, vai ver e as editoras não gostam do que eu escrevo… nah… prefiro assim… ainda bem que você leu!!! Você não é chata não! E eu não quero matar de curiosidade, apenas não postei mais cedo por causa do que aconteceu!!!! Obrigada por ter lido e comentado! Muitos beijos!
Violeta Potter - ah, obrigada… muito obrigada mesmo… desculpa ter demorado tanto… ai esta o capitulo… espero que também goste… valeu pelo comentário! Volte sempre! Muitos beijos!
Amanda Delacourt Black - obrigada… ele comentou, sim… essas palavras vindas de você até me deixam envergonhada… você, que escreve tão bem… você e seu irmão! Ai… já nem sei o que dizer… você me deixou da cor dos cabelos da Lilian… obrigada mesmo… *autora de cabeça baixa e rodando a ponta do sapato* valeu… muitos beijos…
Luuh - você disse sim… loool… ainda bem que gostou assim tanto!!!! Sim, é minha primeira… é, foi triste mesmo… esse assunto é triste… tadinho dele… eu tive que fazer ele cair pro capitulo ter sentido…. Se bem que eu acho que não teve muito sentido não… mas pronto… a Anna só daqui a dois capítulos, quem sabe eu não digo o que aconteceu com ela? Nossa, como sou má, não?.... valeu pelo comentário!!!! Muitos beijos!!!!
Sirius Aluado Potter - ai… parecer final… *autora coça a cabeça*… é, é de Portugal mesmo… mas como eu adoro (adoro não, amo! Se pudesse me mudava pra ai!) o Brasil, me “atrevi” a escrever assim… ta estranho agora, mas eu prometo que vou ser uma boa menina e esclareço tudo, ta?... assim não dá, você quer tirar a piada toda da fic?... acertou um pouco… não, não sabia… mas dá mesmo, ele merece… parece que vai ser o meu, mesmo… ; valeu pelo seu comentário!!!! Muitos beijos… ah! E não precisa de tom pomposo… afinal, somos da mesma idade… ;)
Jukx - é, você tem razão… se calhar o Draco se esconde um pouco no papel de durão… mas fazer o quê? Pedalada nele! (valeu, Sirius!!!!) não é chata nada, que é isso? Eu passo sim, ta prometido!!!! Muito obrigada por comentar! Muitos beijos
Babi Black - ah, obrigada… tenho que dar… senao perdia piada… eles terminaram mas não terminaram… já deu pra ver nesse capitulo, ne?... são mesmo… mas a gente gosta, ne?... *piscadela* talvez você saiba, mas só daqui a dois capítulos… *eu adoro ser má… como é possível?* obrigada!!!! Valeu pelo comentário!!!! Muuuuitos beijos
Thaís Potter - obrigada… assim vocês me deixam mal habituada…. *cora* espero bem que não demore pra postar não!!!! Huahuahuahua… essa figura foi feita pela minha salvadora Dani Evans Potter, a quem vou ficar agradecida pelo resto da vida!!!!! E obrigada a você também, pelo comentário!!! Muitos beijos
Natália Regina - obrigada… ainda bem que gostou… ai está o próximo!!!! Espero que goste!!! Te adicionei sim!!! Muito obrigado e muitos beijos!
Bobo Zip - obrigada… *mas essa gente quer me deixar pior que o sirius e o thiago juntos? So pode!* esses garotos pensam que as meninas não “pescam” nada do assunto… o que fazer? São Marotos… acho que as suas perguntas só vão ser respondidas daqui a dois capítulos… enfim… não me mate, mas tem que ser…. Pode mandar beijos, que eu não me importo… *piscadela* huahuahuahua! Valeu pelo comentário!!! Muitos abraços e beijos pra você!!!!
Mabia Evans - ainda bem que gostou!!!!!! Eu também te adoro!!!! Muitos beijoooosssss!!!!!
Graci Carrie - não tem problema, desde que comente de vez em quando… rsrsrsrs… obrigada… *eu não digo?* não demoro mais tempo não… o próximo já ta quase… muito obrigada!!! Muitos beijos!
Lu Black - huahuahuahua… não precisa de ficar elogiando a minha pessoa, num sabe? Eu faço o que posso…. Huahuahuahua… gostei… rsrsrsrsrs… ta postado, espero que também goste desse!!!! Obrigada!!! Valeu! Muitos beijos
tai…. Acabei… essa gente quer me deixar me achando como tudo…. Tanto elogio!!!! *cora e começa a rodar o sapato*… bem… continuando… as musicas que eu coloquei são What you’re made of – Lucie Silvas , quando a Lilian canta e For you I will – Teddy Geiger , na vez do Thiago… são lindas… eu achei que se enquadravam tão bem… pronto… deixando de devaneios… se alguém me quiser adicionar no msn, não tem problema, pode adicionar, apenas me avise que é da floreios, ta? Ah, sim, o mail… *garota distraída… por Merlin* ai vai: [email protected] . não tem problema nenhum… ate mesmo se quiserem que passe as musicas… ou mesmo só pra conversar… espero que tenham gostado desse… confesso que não achei grande coisa… mas o que fazer? Eu fiz ele com o soro espetado num braço e caneta na outra mão!!!! Bem, tou ficando muito chata… vou indo!!!
Muitos beijuxxxxx

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