O último dia em Hogwarts



Harry desceu até o saguão principal onde encontrou Ron sentado na escada, sozinho e com cara de tédio.
- O que está fazendo aqui sozinho Ron? – perguntou Harry batendo em suas costas enquanto Hermione, Gina e Luna seguiam para a porta.
- Estava esperando vocês, vão aonde? – perguntou o menino se levantando
- Vamos andar por ai - disse Harry puxando o amigo – vamos.
Harry seguiu com Ron até a saída do colégio que agora estava tudo em ordem. Dumbledor havia lançado um feitiço para que todas as portas, janelas e objetos quebrados voltassem ao normal, fazendo o castelo parecer novo.
Os seis amigos seguiram até o lago para nadarem um pouco. Quando chegaram Hermione fez um sinal com a varinha e em minutos a lula gigante apareceu para brincar com todos, Luna fez logo amizade com a Lula e ficou escorregando em seus tentáculos todo momento. Harry e Gina ficaram na areia namorando, davam alguns beijos e riram quando a Lula pegou Ron e o pendurou pelo pé.
Duas horas mais tarde seguiram até o campo de quadribol. Harry, Ron e Gina correram para pegarem suas vassouras, ficaram voando durante uma hora mais ou menos enquanto Hermione e Luna ficaram conversando na arquibancada. Quando desceram seguiram para os jardins.
- Quando será os jogos de quadribol? – perguntou Ron a Harry – McGonagall disse que seria depois que acabasse as aulas durante as férias.
- Bem, eu soube que parece que não terá quadribol esse ano – disse Luna se intrometendo na conversa – eu ouvi McGonagall falando para a Srta Ponfrey um pouco antes de você chegar.
- Mas que coisa horrível, tem que ter jogo, senão vai ficar sem graça – disse Ron inconformado andando pelo corredor principal – temos que falar com McGonagall, olha ela lá, MCGONAGALLL!!!!
McGonagall estava andando pelo corredor calmamente olhando os alunos ao seu redor, quando ouviu Ron parou e esperou eles virem em sua direção.
- Professora McGonagall – disse Harry parando de correr – nós gostaríamos de saber uma coisa.
- O que Senhor Potter? – perguntou ela olhando todos – O que querem saber?
- Gostaríamos de saber se terá quadribol este ano? – perguntou Ron animado
- Lamento informar, mas o quadribol fora cancelado, pelo fato de termos atrasado – disse ela – agora acho melhor vocês irem para seus quartos, já são quatro e meia da tarde e precisam se arrumar para o banquete.
- Ok. – disseram todos.
A professora deu um tapinha nas costas de Harry e seguiu seu caminho. Harry concordou com os demais que deveriam ir para seus quartos que a um tempo não viam.
Harry e Ron seguiram para seu quarto enquanto Gina e Hermione iam para o delas e Luna seguia sozinha para o dela.

Os dois meninos entraram no quarto e seguiram para suas camas arrumadinhas e confortáveis, bem diferentes de como estavam quando haviam visto da ultima vez.
Ron se jogou na cama se esticando todo como se morresse de saudade de sua cama querida, já que a semanas não dormia em seu quarto e sim com Fleur.
- Bem Ron, eu vou tomar banho e já volto – disse Harry tirando a blusa e seguindo para o banheiro – vai arrumando sua mala, que quando eu voltar eu arrumo a minha.
Harry entrou no banheiro para tomar banho, porém aquele banho seria diferente, seria o último de sua vida na escola de Hogwarts, teria que aproveitar todas as gotículas de água que caiam em cima de seu corpo.
Quinze minutos depois Harry saiu do banho enrolado na toalha, Ron entrou logo em seguida. Harry se trocou e seguiu para sua cama para arrumar suas malas, foi colocando primeiramente as roupas de frio, depois colocou as calças, depois as roupas de calor e por ultimo o uniforme do colégio deixando apenas o uniforme que ele usava e a roupa que ele usaria no dia seguinte.
Ron saiu uns vinte minutos depois apressado para continuar a arrumar suas malas.
- Então Ron, como vai você e Fleur? – perguntou Harry sentando na cama – Depois de tudo que aconteceu como estão?
- Nós conversamos e resolvemos continuar juntos – disse ele colocando a blusa – sabe, não foi culpa dela ter me mordido, foi o instinto vampiro dela, ela não sabia o que estava fazendo, da mesma forma que eu não sabia que estava atacando vocês.
- Você se lembra disso? – perguntou Harry – Você era um vampiro.
- Não, Luna me contou – disse ele – que horas são?
- Seis e meia, que horas começa o banquete?
- As sete horas – disse Ron – mas McGonagall disse para nós do sétimo ano chegarmos mais cedo.
Harry concordou com a cabeça e esperou Ron acabar de arrumar suas malas. Quando deu seis e trinta e cinco Ron acabou de arrumar as malas e seguiu junto a Harry em direção ao refeitório onde teria o banquete de encerramento.

Harry chegou na porta do refeitório e encontrou Hermione com Gina e Luna, Lilá, Simas e Dino estavam encostados na parede.
Hermione parecia triste e desanimada, talvez pelo fato dela ter sido expulsa e não ter sabido nada se voltaria ou não para o colégio. Ela enquanto trabalhou com Merlim estudava bastante o conteúdo do colégio para que se ela voltasse não precisaria rever todo o conteúdo.
Logo em seguida chegou Draco, Crabe e Goyle que deu um aceno com a cabeça de cumprimento. Draco agora estava muito mais doce e amigável do que das outras vezes, depois de todo o que ocorreu ele mudou muito.
Minutos depois, McGonagall chegou, vários alunos já estavam na porta a espera do começo do banquete.
- Harry, vem comigo, preciso falar uma coisa com você – disse Gina o puxando para um canto – vem comigo.
Gina e Harry saíram deixando Hermione e Ron sozinhos. Um silêncio constrangedor tomou conta dos dois meninos presentes que ainda estavam sem conversar, os deixando sem graça e constrangidos.
- Olha – disseram os dois juntos – quero falar com você.
Os dois riram sem graça.
- Fala você primeiro Ron – disse Hermione.
- Não fala você – disse ele rindo
- Não você primeiro – disse ela
- Não primeiro as damas, vai pode falar – disse Ron sendo cavalheiro.
Hermione concordou com a cabeça.
- Bem, Ron quero pedir desculpa por tudo que ocorreu – disse ela – sabe, por tudo, pela briga com a Fleur e com todo o resto sabe.
- Não fui eu, eu fui o culpado, não se culpe, eu fui uma besta de ter brigado com você e....
- Me desculpa? – perguntaram os dois juntos.
Os dois concordaram com a cabeça e se abraçaram se reconciliando. Luna chegou correndo e atrasada com muita pressa.
- Me desculpa gente – disse ela – me atrasei ao guardar minhas roupas e.... Aiiiiii!!!!
Luna estava com tanta pressa que acabou levando um escorregão caindo em cima de alguém que felizmente a segurou, McGonagall.
- Tome cuidado Srta Lovegood – disse McGonagall ajudando Luna a se levantar - andem, todos que não são do sétimo ano é para entrarem e esperarem a cerimônia começar.
Gina e Luna deram as mãos e entraram no refeitório, Hermione entrou junto um pouco triste já que não iria se formar. Vários alunos entraram junto as duas deixando somente o pessoal do sétimo ano e McGonagall.
- Bem, pessoal prestem atenção, nós iremos falar o nome de cada aluno, e quando ouvirem seu nome entrem e se sentem nas cadeiras em frente a mesa dos professores.
Todos entenderam, McGonagall entrou no refeitório e se sentou em sua cadeira ao lado de Dumbledor, Hermione estava a sua direita enquanto Fleur e Krum sentavam nas pontas das mesas. Todos do refeitório cochichavam ao ver Dumbledor sentado, algo normal de se ver já que todos acharam que o mesmo estava morto e enterrado, sendo que todos chegaram até a ver ele sendo enterrado.. Snape agora também estava sentado em seu lugar habitual.
Dumbledor se levantou olhando para todos, esperou por alguns minutos todos ficarem em silêncio o que não demorou.
Harry olhava pela fresta da porta entreaberta.
- Bem, para começar, iremos chamar os alunos do sétimo ano que estão se formando hoje aqui em nossa escola – disse ele sorridente – depois eu darei todas as explicações,então primeiramente eu chamo da casa da Lufa Lufa Armina Corcrill.
Todos da Lufa Lufa se levantaram e bateram palmas para a menina morena que entrou no salão, a menina seguiu pelo corredor entre as mesas das casas e se sentou na primeira cadeira.
- Bem agora eu chamo da casa da Sonserina Arvando Lustrud.
Sonserina se ergueu em felicidade, o menino de cabelos compridos e castanhos seguiu em direção a segunda cadeira ao lado da menina.
Pouco a pouco o movimento do lado de fora do salão foi diminuindo, e a ansiedade de Harry aumentava, estava cada vez mais próximo de seu nome e logo ele deveria entrar e se sentar na cadeira que o esperava.
- Agora chamo da casa da Corvinal Harold Decreti.
Corvinal se levantou batendo palmas, Luna estava entre eles. Dumbledor deu um suspiro e abriu um enorme sorriso ao ler o próximo nome da lista.
- Agora que entre, da casa da Grifinólia, o aluno Harry Potter.
A mesa da Grifinólia se levantou em palmas,Gina parecia uma louca batia palmas e gritava, assoviava e muito mais, a mesa de Lufa Lufa e Sonserina apenas davam palminhas ainda sentados enquanto Corvinal fazia o mesmo com apenas uma exceção Luna, que pulava de felicidade enquanto seus companheiros de casa a olhavam de cara feia.
- VAI HARRY!!! – gritava ela em pé no banco – VAI LÁ MULEQUE.
Harry sorria de nervosismo e de felicidade por estar completando um fase em sua vida e por ver todos seus amigos batendo palmas e o contemplando ao entrar. Chegou nas cadeiras e se sentou ao lado de Harold que dava palminhas.
Dumbledor foi falando vários e como se previa não disse o nome de Hermione que pareceu derramar uma lágrima.
- Agora da casa de Grifinólia Ronald Weasley.
Grifinólia novamente pulou de felicidade, Gina batia palmas como nunca. Fleur que estava sentada na mesa principal até se levantou para comemorar a entrada do namorado.
Alguns nomes depois e todos os alunos já haviam entrado, Dumbledor então mandou todos se acalmarem e se sentarem pois iria falar.
- Boa Noite a todos aqui presentes, para começar temos várias coisas para esclarecer por aqui, bem, primeiramente devo dizer que eu Alvo Dumbledor nunca estive morto, estava em um lugar, escondido e preparado para qualquer perigo deixando vocês nas mãos de alguém que eu sei que cuidaria muito bem de vocês, Merlim que não pode estar presente hoje, bem devo lhes informar também uma coisa que talvez poça deixar vocês um pouco espantados mas eu garanto que é algo que é o melhor para todos – disse Dumbledor suspirando – bem, como vocês viram o ataque que ocorreu aqui foi planejado e feito por ninguém menos do que Voldemort, ele prendeu todos com a missão de matar Harry Potter que felizmente conseguiu fugir e com enorme poder e coragem conseguiu finalmente depois de anos e mais anos o destruir totalmente.
Todos do salão sussurraram ao ouvirem aquele nome, muitos colocaram as mãos na boca e outros tremeram.
- Então felizmente a partir de hoje estamos livres daquela maldição chamada Lord Voldemort – suspirou Dumbledor – também temos que informar que o professor Severo Snape me matou ano passado de propósito em um pacto meu e dele feito antes de tudo acontecer, nós combinamos dele me matar para que fosse mais fácil de investigar Voldemort, agora sobre alguns alunos, primeiramente gostaria de dizer que o aluno Draco Malfoy fora perdoado por tudo o ocorrido, ele se arrependeu e se redimiu de todos seus erros feitos, portanto merece a compreensão e amizade de todos, devemos também lembrar também da aluna e ex aluna Pansy Parkson e Cho Chang que foram iludidas pelo poder de Voldemort.
Harry sentiu um arrepio em sua espinha ao ouvir o nome de Cho Chang e ao lembrar tudo o que ela fez. Draco sentiu o mesmo ao ouvir o nome de Pansy.
- Agora por ultimo, devo informar que esquecemos de chamar um aluno aqui hoje, esse aluno fora injustiçado e condenado injustamente – disse ele olhando para Harry - mas agora está pronto para voltar para o colégio e ser considerado sim um aluno de Hogwarts, bem, da casa da Grfinólia, chamo agora a aluna Hermione Granger que fora reincorporada no colégio de Hogwarts e tem todo o direito de se sentar ao lado de seus outros companheiros.
Hermione arregalou os olhos ao ouvir aquilo, estava feliz, estampava um largo sorriso no rosto que mostrava para todos sua felicidade. A menina se levantou rapidamente e seguiu para sua cadeira ao lado de duas meninas da Sonserina, enquanto todos do salão batiam palmas para ela, Harry, Ron, Gina, Luna e Krum batiam palmas fervorosamente mostrando toda a sua felicidade.
- Agora, nós iremos começar a entregar os diplomas aos alunos do sétimo ano, mas antes quero dizer algumas palavras – disse Dumbledor – Bem, ao atravessarmos aquela porta entramos em uma etapa em nossa vida muito importante, a etapa do aprendizado, a etapa onde aprendemos tudo sobre o que iremos fazer durante toda a nossa vida, passamos por vários desafios e aventuras de acordo com os anos, mais do que normal, mas quando atingimos o ultimo estágio dessa etapa sentimos algo maravilhoso dentro de nós, algo que nos revigora, algo que nos enche de orgulho e de felicidade, por isso quero que todos aqui presentes do sétimo ano apreciem esse momento como o melhor de sua vida, como se fosse o ultimo dia da vida de cada um aqui presente, eu já passei por isso, vocês estão passando e seus filhos irão passar e verão como isso é maravilhosamente recompensador e orgulhoso para nós.
Todos bateram palmas fortes para o diretor que enxugava os olhos molhados por lágrimas, junto a McGonagall e Hagrid que soluçava.
- Agora nós vamos chamar aluno por aluno para darmos o diploma, primeiro devem passar pelo professor Hagrid, depois por mim e logo após por McGonagall,depois sigam para a mesa de cada casa, bem agora eu chamo Armina Corcrill.
Lufa Lufa gritou novamente em grande felicidade.
Nome a nome aumentava a ansiedade de Harry que esperava com grande felicidade aquele momento.
- Agora suba Harry Potter!
Grifinólia pulou de alegria, era tanto barulho que Harry nem conseguia ouvir direito. Harry subiu a escadinha que dava na mesa dos professores, primeiro foi até Hagrid, deu um forte abraço no grande amigo que lhe ajudara tantas vezes.
- Parabéns Harry, você me dá muito orgulho – disse Hagrid dando uma folha de pergaminho enrolada, enquanto chorava – parabéns.
Harry pegou a folha e seguiu para Dumbledor que lhe deu um abraço e sem dizer nada lhe entregou o diploma, seguindo foi até McGonagall que tinha uma flor na mão, a abraçou e pegou a flor vermelha, depois desceu do altar onde ficava a mesa e seguiu até a mesa da Grifinólia.
Minutos depois Dumbledor e os outros professores se sentaram, Hermione e Ron já estavam ao lado de Harry que estava abraçado a Gina que comemorava.
- Bem caros alunos iremos falar quais os alunos passaram na P.A. P.U. – exclamou Dumbledor – , cada professor responsável pela sua respectiva casa irá falar quais alunos não passaram.
- Da casa de Lufa Lufa – se levantou Trewlaney que era a professora da casa –não passaram no exame os alunos Ormigan Giaquemo e Karoline Stresser
Todo o salão ficou quieto, na mesa de Lufa Lufa apenas palavras de consolo saiam.
Professor Flitwick se levantou
- Da casa de Corvinal não passaram no exame os alunos Corvy Creyte e Polly Widstorm.
Todos continuaram em silêncio, menos uma menina Luna que não tinha um pintgo de vergonha.
- Não chore Polly – dizia ela em um tom alto que todos escutavam – isso é normal, ano que vem você tenta, não é gente?
Todos continuaram em silêncio, Harry e seus amigos davam risadinhas da amiga.
- Da casa de Sonserina – levantou se Snape com cara de limão azedo – não passaram no exame os alunos Luziadas Dropping e Emilia Bustroud.
Sonserina entrou em desespero, Emilia parecia desmaiar enquanto Luziadas chorava.
- Bem, agora da casa da Grifinólia – disse McGonagall – não passaram na P.A.P.U. os alunos Lilá Brown e Ronald Weasley.
Ron pareceu ter engolido a própria mão, estava estático e pasmo, enquanto Lilá começou a chorar. Hermione começou a rir escondida de Lilá, já que nunca fora muito chegada a ela desde o sexto ano, enquanto dava palmadinhas em Ron que ficara branco.
- Bem, parabéns a todos os que passaram, e aos que não conseguiram estudem para o ano que vem conseguirem entrar na faculdade – disse Dumbledor – agora iremos começar o banquete mas antes tenho mais uma coisa para dizer, temos aqui em hogwarts um novo fantasma da Grifinólia que dividirá seu posto com Nicollas Quase Sem Cabeça, chamo aqui para nós o novo fantasma cujo nome é..... Sirius Black.
O coração de Harry pareceu pular de sua boca, aquele nome há tempos não ouvia, e ele nunca imaginou que poderia finalmente o ver novamente, seu querido padrinho que fora morto em seu quinto ano no ministério. Achou que ele havia ido e que nunca mais voltaria, que nunca poderia ver seu único parente tirando seus avós.
Então uma coisa transparente acinzentada veio voando pelo corredor do salão, era Sirius, estava com uma capa preta cobrindo se corpo, sua cabeça ainda possuía bigodes e barba e seus cabelos eram compridos até os ombros do mesmo jeito que Harry o vira da ultima vez.
O fantasma entrou sem olhar para Harry, subiu até onde estava Dumbledor e o cumprimentou com um gesto de amizade.
Hermione, Gina e Luna se espantaram igualmente a Harry ao ver ele entrando.
- Bem, então agora, comam, podem comer o maravilhoso banquete – disse Dumbledor.
Dumbledor abriu os braços e vários pratos de comida surgiram nas mesas deixando todos satisfeitos.
Mas Harry não conseguia comer, apenas tinha olhos para a mesa dos professores, onde seu padrinho estava em pé ao lado de Dumbledor olhando tudo ao seu redor.
Harry saiu do refeitório boquiaberto ao lado de Hermione e Ron, Gina e Luna já haviam ido para seus quartos.
- Ai Harry! – exclamou Hermione na subida da escada de mármore ao tombar para ao lado após Harry ter batido em seu ombro – Calma, eu sei que está surpreso por tudo mas...
- Surpreso? Eu não estou surpreso, estou nervoso, paralisado, estático – disse Harry entrando no corredor da Grifinólia – sabe o que é ver alguém que você jurava estar morto?
- E daí? – disse Ron – pior eu que não passei no exame, mamãe vai me matar.
Hermione suspirou, pedindo ajuda e paciência para agüentar os dois.
- Harry, é normal você estar desse modo, mas pense com sabedoria, você poderá voltar a falar com ele, com seu padrinho de quem sempre gostou e sempre sentiu orgulho – disse Hermione parando em frente a porta de seu quarto – logo você vai poder falar com ele e esclarecer tudo, contar segredos e muito mais, agora Harry, pense bem nisso e vai dormir, que amanhã teremos uma longa viagem.
Hermione parou de falar, olhou por cima dos ombros dos dois meninos e abriu um largo sorriso.
- Bem, acho que agora vocês vão poder conversar Harry – disse Hermione abrindo a porta do quarto – eu vou entrar, e você Ron vai para o seu quarto, tchau.
Hermione fechou a porta deixando Harry e Ron confusos e cheios de dúvidas, com quem mais Harry poderia conversar se Ron deveria ir para seu quarto? Isso causou um silêncio entre os dois.
- Harry – disse uma voz atrás dos dois meninos.
Harry se virou rapidamente para ver quem era a pessoa que estava em suas costas, ao se virar o menino acabou por levar um enorme susto, era Sirius, seu padrinho, que estava atrás dele olhando os dois meninos com carinho.
Ron olhou para Harry meio sem jeito, cumprimentou com a cabeça Sirius e seguiu até seu quarto que não era muito longe de lá.
- Sirius eu.... – disse Harry.
- Não fale nada Harry, eu deverei lhe explicar tudo – disse Sirius não deixando Harry falar – bem, para começar não sei se você sabe mas os mortos só viram fantasmas se quiserem voltar para o mundo dos vivos.
- E você quis voltar? - perguntou Harry
- Sim, eu precisei voltar, precisaria terminar de cuidar de você, mas até os mortos virarem fantasmas demora um tempinho, e esse tempinho durou dois anos para mim – disse Sirius olhando Harry com seus olhos transparentes – eu voltei um dia antes do ataque, e na noite anterior do dia primeiro de junho estava eu rondando pelos jardins do castelo e fui surpreendido por uma magia que fez eu apagar – disse ele olhando uma menina que sussurrava no ouvido de outra ao vê lo – ai quando acordei estava eu em meio a vários fantasmas preso naquela jaula, tentei falar com você mas não tinha chance, eram muito fantasmas em torno de mim, por grande sorte fomos soltos ontem de noite quando todos voltaram.
- Mas e agora? – perguntou Harry – Está tudo bem?
Sirius abriu um largo sorriso no rosto branco e transparente, mostrando seus dentes.
Harry sorriu logo em seguida vendo a alegria do padrinho em sua frente.
- Estou ótimo Harry – disse ele girando no ar – como vê, posso voar, flutuar, atravessar paredes e até me dissolver tudo o que sempre quis quando era adolescente.
- E você vai ficar em Hogwarts? – perguntou Harry curioso – É que eu queria te ver sempre já que esse é meu ultimo ano.
- É, eu vou ficar aqui sim, por um tempo apenas depois vou ver com Dumbledor se posso ir para minha casa, queria dar uma arrumadinha nela, deixa la mais moderna e bonita, mas você tem que me ajudar ok?
- Claro – disse Harry com um belo sorriso no rosto – e o monstro?
- Bem ele foi morar com os Malfoy, Narcisa deve estar amando ele, aliás ele levou o quadro de minha mãe para lá – disse Sirius rindo – a Sra Malfoy deve estar amando seus berros.
Harry e Sirius lançaram gargalhadas juntos. Finalmente Harry havia dado uma gargalhada sincera e feliz.
- Bem Harry, acho melhor eu ir andando – disse Sirius se virando – ou melhor flutuando, tchau, nos vemos amanhã.
Harry acenou com a mão com um belo sorriso estampado de orelha a orelha, estava feliz e alegre, em dois anos de tristeza e infelicidade finalmente havia conseguido ter um momento de risadas e alegria, um momento de felicidade e de paz interior.
Ao entrar no quarto se deparou com Ron deitado na cama babando no travesseiro, estava dormindo como um bebê que acabara de adormecer no leito de sua mãe.
Harry se despiu e deitou se na cama para dormir, se colocou embaixo das cobertas e adormeceu em instantes, em um sono belo e calmo que por anos não tinha.
- Harry acorda – dizia uma voz no ouvido de Harry – acorda, já está na hora.
- Mais cinco minutinhos – disse Harry se virando na cama.
- Acorda seu preguiçoso, se não ir rápido iremos perder as carruagens para o trem – disse a voz que balançava Harry – já são seis e quinze da manhã, as carruagens saem as sete, vamos logo.
Harry começou a murmurar e a se contorcer na cama, quanto mais ele sentia vontade de dormir mais era balançado o que o deixava com mais raiva. Finalmente depois de tanto ser balançado Harry abriu os olhos, viu todo o quarto arrumado e Ron sentado em sua cama com as mãos em seus ombros.
- O que você quer? – perguntou Harry se levantando e esfregando os olhos – Que horas são?
- Seis e quinze – disse Ron se levantando e seguindo até a porta – as carruagens saem a sete, e eu acho que você tem que se despedir de muita gente ainda.
Harry colocou seus óculos e pegou suas roupas dobradas no pé da cama. Cinco minutos depois já estava pronto para sair, acompanhou Ron até a saída do quarto e antes de fechar a porta olhou por todo o quarto, olhou cada detalhe, olhou sua cama, o banheiro, o armário, a escrivaninha e o lustre, estava com uma tristeza por ter que deixar tudo aquilo e de nunca mais ver, porém uma felicidade era maior, a felicidade de saber que iria deixar Hogwarts para ir para um lugar maior e melhor onde irá aprender tudo o que deve para ser alguém na vida.
Harry fechou a porta e seguiu pelo corredor até a escada de mármore onde desceriam para o saguão de entrada.
Quando chegaram no saguão viram Hermione, Gina e Luna sentadas na borda da escada esperando os dois.
- Que demora vocês dois – disse Hermione – porque não chegaram mais cedo?
- Porque Harry demorou horas para acordar – disse Ron rindo – mas e ai passaram bem a noite?
- Muito bem – disse Gina pegando nas mãos de Harry – sonhei com você meu amor.
- O que? – disse Ron espantado – qual foi o sonho? Posso saber?
- Oi meu amor – disse uma voz feminina atrás de Ron – tudo bem?
Ron se virou e viu sua namorada Fleur toda arrumada, com um vestido azul.
- Oi amorzinho – disse Ron – você já vai?
- Vou com vocês, mesmo os estagiários indo antes – disse ela pegando em sua mão – eu resolvi ir no trem e passar as férias com você, agora vem aqui para um cantinho, quero falar um negocinho.
Ron concordou com a cabeça e os dois seguiram juntos até um canto embaixo da escada.
Hermione olhou para cima como se estivesse sem paciência, Harry e Gina se sentaram nos últimos degraus abraçados e Luna olhava tudo quieta.
Então de repente Victor Krum desce correndo, passa por Harry e Gina, seguindo pelo lado de Hermione sem olha la como se nem a conhecesse.
Hermione achando aquilo estranho correu em direção a Krum que estava próximo a porta.
- Victor! – chamou Hermione pegando em seu braço – Espere.
Victor parou olhando para baixo, respirando alto o menino deu um suspiro e se virou olhando Hermione. A menina o olhava com um olhar estranho como se não estivesse entendendo nada o que aconteceu.
- Victor, onde você vai? – perguntou ela soltando seu braço – Porque saiu correndo?
- Eu ia embora, ia esperar lá fora as carruagens já que vou embora antes de vocês – disse Krum – e eu estava com pressa, por isso que eu vim correndo.
Hermione ficou inconformada, como seu namorado poderia ir embora e não se despedir.
- Você ia embora sem no mínimo me dizer tchau? – perguntou Hermione inconformada – Victor, eu sou sua namorada ou por acaso eu não passei de uma aventura para você?
Krum deu um suspiro e a empurrou para a parede.
- Hermione, você não é minha namorada – disse ele fixando o olhar – pelo menos não de amor.
- O que? Mas Victor eu te amo e....
- Não, você não me ama, você gosta muito de mim, o que passamos juntos foi muito legal, mas não deve continuar se não existe amor dos dois lados – disse ele – você não me ama, ama outra pessoa, eu não guardo mágoa de você, pelo contrário lhe agradeço pelos maravilhosos momentos, mas eu sei que você estará melhor ao lado da certa.
- Mas então quem é a pessoa que eu amo? – perguntou Hermione nervosa – Anda me responde.
- Eu não preciso te responder, você sabe quem é o seu verdadeiro amor – disse ele dando um beijo em seu rosto – agora eu preciso ir, as carruagens dos estagiários irão sair em minutos, mas vou te dizer uma coisa, vá atrás do seu verdadeiro amor, não perca ele de vista novamente.
Victor acenou com a mão, deu as costas e saiu do castelo em direção as carruagens que estavam do lado de fora.
Hermione ficou parada e pensativa, pesava em tudo que Krum havia lhe dito, em cada letra que saira de seus lábios.
Harry estava abraçado com Gina na escada, seus malões já tinham sido encaminhados para as carruagens, quando ouve um som atrás de si.
- Harry – disse uma voz
Harry se virou e viu Dumbledor em pé na escada, ao seu lado estava McGonagall, Hagrid e Snape o olhando.
O menino se levantou e Gina seguiu com Luna para um canto para esperar.
- Harry, quero lhe dizer que estou muito orgulhoso de você – disse Dumbledor seguindo próximo a Harry – você foi um dos alunos que mais me deu trabalho em torno desses anos, mas eu concordo quando dizem que você é uma lenda, uma grande lenda que deverá ser lembrada para sempre.
- Imagina diretor – disse ele sendo modesto – não exagera.
- Não estou exagerando Harry, você marcou a história e ficará nela sendo lembrado por várias gerações – disse ele abrindo os braços – me dê um abraço Harry.
Harry seguiu até o diretor e o abraçou, mas aquele abraço não foi um comum como os outros, foi um abraço diferente, uma relação de amizade, uma conecção de poder uma passagem de sentimentos que um passou para outro.
- Bem Merlim queria estar aqui mas teve que voltar para sua casa – disse Dumbledor voltando ao normal – teve problemas com suas fadas mordentes.
Dumbledor deu uma piscadela para Harry e seguiu para fora do castelo onde algumas carruagens pousavam no chão.
Depois veio McGonagall que lhe deu um abraço apertado de amizade e de despedida.
- Adeus Harry – disse ela – mesmo você nos deixando em várias confusões mas iremos sentir muitas saudades de você, Sr Makenzzi solte seu companheiro de casa.
McGonagall seguiu até a confusão que acontecia entre dois alunos. Harry olhou tudo achando graça, quando voltou a olhar os professores viu uma mão estendida em sua frente, era Snape.
- Parabéns Potter – disse ele balançando a mão segurando a de Harry – você foi e será um grande exemplo para todos.
- Obrigado professor – disse Harry sem graça.
Snape seguiu para a porta para ver se as carruagens haviam chegado. O próximo e ultimo que estava a sua frente era Hagrid, estava com suas melhores roupas e com suas barbas molhadas de lágrimas.
- Está chorando Hagrid? – perguntou Harry dando risadinhas – Para com isso.
- Ah Harry – chorou Hagrid.
Hagrid estendeu as mãos e abraçou o menino, mas o tamanho do gigante era tanto que fez Harry não conseguir tocar o chão. O abraço era tão forte que Harry perdia a respiração a cada aperto que Hagrid dava.
- Chega Hagrid – dizia Harry – me põe no chão.
Hagrid colocou Harry no chão e foi enxugar seus olhos com o dedo.
- Adeus Harry, quero que você saiba que eu adoro você – disse ele chorando e soluçando – espero nos vermos mais vezes.
- Lógico que nos veremos Hagrid, você sabe onde é a casa dos meus avós? – perguntou Harry sorrindo – Então, vai me visitar você será bem vindo lá em nossa casa.
Hagrid agradeceu com a cabeça e chorando seguiu até a porta do castelo onde estava Snape. Harry puxou Gina para perto e se sentou novamente na escada olhando tudo ao seu redor.
- Elas foram grandes pessoas em sua vida não é Harry? – perguntou Gina o abraçando – Espero que você seja muito feliz.
- Eu serei Gina, eu serei.
- Olá de novo Harry – disse uma voz atrás do casal – não vai se despedir de mim?
Harry se virou com Gina e viram Sirius parado olhando os dois abraçados. Harry e Gina se levantaram rapidamente.
- Olá Sirius – disse Gina sem graça – bem Harry eu vou com Luna até e já volto.
Gina se despediu dos dois e seguiu com Luna até um canto.
- Olha o meu afilhado, já ta namorando – disse Sirius rindo – eu acho a Gina uma maravilhosa menina, muito simpática e delicada e além de tudo muito bonita, você tem um ótimo gosto Harry, um maravilhoso gosto.
- Espere ai Sirius, ela é minha namorada, não sua – disse Harry rindo – não se esqueça.
- Eu sei Harry, bem quero lhe falar que bem, parabéns por ter chegado até aqui e ter passado na Faculdade, espero que você seja muito feliz – disse ele – e que seja feliz em sua nova casa.
- Você sabe como ela é? – perguntou Harry – Já foi lá?
- Uma vez, quando ia batizar você, é uma casa de tamanho médio, um carpete de madeira, cortinas brancas, sofá azul celeste entre muitas outras coisas.
Harry sorriu novamente com a afirmação do padrinho, estava ansioso para ver sua nova casa, seu novo quarto e sua nova família.
Hermione estava encostada na parede, pensativa e séria, pensava em tudo o que Krum disse, sobre seu amor e que deveria ir atrás dele, ela não sabia o que fazer, poderia agir sensatamente mas seu coração falava mais alto e mandava ela agir por impulsão.
A menina respirou fundo e seguiu em frente, passou por alguns alunos que conversavam, passou por McGonagall e pela confusão dos alunos, depois passou por Harry e Gina sentados e seguiu para um canto atrás da escada onde Ron e Fleur estavam. Quando ela chegou viu os dois se beijando, que pararam automaticamente ao vê la.
- Ron eu preciso falar com você – disse Hermione séria – é urgente.
- Agora não dá – disse ele sem graça – estamos ocupados.
- É urgente Ron – disse ela – venha comigo, é muito urgente.
Ron suspirou com um pouco de raiva mas se levantou e seguiu até Hermione. A menina mandou ele segui la até o canto onde falara com Victor. Quando chegaram Hermione o segurou pelas mãos e olhou em seus olhos.
- Pronto Hermione o que quer? – perguntou ele – o que tem de tão urgen....
Ron fora surpreendido por um beijo de Hermione, um beijo rápido porém sentimental.
- Hermione, o que deu em você? – perguntou Ron – O que foi isso?
- Ron, cala a boca e presta atenção, desde o primeiro ano que eu gosto de você, sempre gostei de você, sempre te achei bonito, sempre adorei seu jeito largado, sempre tive ciúmes de você, eu, eu, eu sempre amei você - respirou fundo – e eu quero, quero que você seja meu namorado.
Ron ficou boquiaberto com tudo aquilo, não sabia o que dizer, estava estático e paralisado, se sentia surpreso e espantado.
- Bem.... Hermione... Eu não sei, sabe você tem o Victor e eu...
- Eu e Victor terminamos e eu me dei conta que quem eu verdadeiramente amo é e sempre foi você – disse ela.
- Mas eu tenho a Fleur e....e eu não posso deixa la assim – disse ele gaguejando – eu gosto dela e......
- Esquece – disse Hermione olhando para baixo – esquece tudo o que eu disse, você não me quer e eu entendo isso, pode voltar para sua francesinha, com licença.
Hermione o deixou e correu até a porta do colégio onde uma fila se formava para entrarem nas carruagens.
- Oi amorzinho, o que ela quer agora? – perguntou Fleur o abraçando pelas costas – O que tinha de tão urgente?
- Fleur, eu gosto muito de você e.... – Ron olhou nos olhos da menina – mas eu preciso te dizer algo........

Harry entrou no trem ao lado de Hermione, Gina e Luna pois Ron havia ficado para trás em outra carruagem. Os quatro andaram pelo corredor em busca de uma cabine vazia. Encontraram a ultima cabine com apenas uma pessoa, Neville.
- Vamos entrar, só tem ele mesmo – disse Gina entrando – vem Harry.
Gina, Harry e Luna entraram na cabine, Hermione que fora a ultima foi surpreendida por alguém segurando seu braço, a menina se virou rapidamente.
- Não vai, preciso falar com você – disse Ron a olhando – preciso de você, sua presença faz uma enorme diferença em minha vida.
- O que Ron? – perguntou Hermione – O que está querendo dizer?
- Eu pensei em tudo o que você me disse e percebi que minha vida sem você não faz sentido, eu preciso de você, fica comigo, namora comigo.....
- E Fleur? – perguntou ela se aproximando do menino
- Nós terminamos, fica comigo, me beija.
Os lábios dos dois foram se aproximando lentamente, até que em instantes selaram um beijo de amor e de felicidade. Um beijo que uniria os dois talvez pelo resto da vida de cada um.
- Vem, eu achei uma cabine vazia, podemos ficar lá – disse Ron puxando Hermione pelo braço – vem.
Hermione concordou e saiu correndo com ele até a cabine mostrada.
Enquanto isso no interior da cabine Harry e Luna achavam estranho ausência de Hermione.
- Porque ela não entrou? – perguntou Harry olhando para fora – Estranho não?
- Deixa ela, estava triste depois que falou com o Krum, devem ter terminado – disse Luna olhando o corredor – mas eu acho que deve ter sido até melhor para ela, o que você acha Harry? Harry? Harry?
- Deixe eles Luna – disse Neville se levantando olhando Gina e Harry se beijando – estão apaixonados, vamos deixa los sozinhos.
- Concordo.
Os dois se levantaram e saíram da cabine deixando os dois sozinhos lá num laço de amor, afeto e carinho.
- Acho que deveríamos fazer o mesmo Luna - disse Luna andando pelo corredor – o que acha?
- Cala a boca Neville – disse ela rindo – sou muita areia para o seu caminhão.
O trem parou na estação fazendo o barulho das chaminés, Harry desceu de mãos dadas com Gina, Luna e Neville desceram logo atrás. Logo Harry reconheceu suas famílias a uns dois metros de distancia. Todos seguiram para eles, quando chegaram Gina abraçou sua mãe, ao seu lado estavam todos os seus irmãos, Fred, Jorge, Carlinhos, Gui e seu pai Sr Weasley, todos estavam felizes.
- Que emoção Gina, cadê o Ronald? – perguntou Sra Weasley – queria vê lo.
- Sei lá, sumiu lá dentro, oi papai.
Ao lado da Sra Weasley estava um homem alto, com roupas normais de trouxas com cabelos louros escuros até os ombros, o pai de Luna. A menina lhe deu um grande abraço e um beijo no rosto.
Atrás do homem estavam um casal de senhores com roupas de trouxas e outro casal mais jovem, eram os pais de Hermione e os avós de Harry.
- Olá Harry – disse sua avó o abraçando – como vai?
- Ótimo vó e vocês? – perguntou Harry dando a mão para o avô – Estão bem?
- Estamos ótimos, faz anos que não nós não vamos aqui – disse seu avô – sempre vínhamos buscar Lilliam, lembra Ávila?
- Lógico, então Harry, ansioso para conhecer sua nova casa? – perguntou sua avó – acho que sim.
- Como vocês conseguiram pegar a minha guarda? – perguntou Harry.
- Entramos na justiça, nós descobrimos que o que você disse era verdade, falamos com várias pessoas e quando soubemos fomos na justiça imediatamente – disse ela rindo – se bem que acho que seu tio e minha filha até gostaram de não ter você por perto, se soubesse como Petúnia me decepcionou.
Logo em seguida Hermione e Ron saíram do trem, os dois estavam sorridentes e alegres, chegaram em seus familiares e cumprimentaram todos.
- Porque demoraram os dois? – perguntou a mãe de Hermione
- Estávamos conversando – disse Hermione vermelha.
- Olha mamãe, me desculpe por não ter passado na prova......... – disse Ron
- Não diga nada, em casa conversamos – disse Sra Weasley curta e grossa.
Gina deu a mão para Harry fazendo todos pararem para olhar o acontecido, os dois olharam para as famílias e sorriram.
- Bem papai, mamãe, eu e Harry queremos dizer que nós estamos juntos – disse ela com cuidado – estamos namorando.
Um silêncio pairou diante de todos, Sr Weasley pareceu engolir sua própria língua, mas nada passava de apenas uma surpresa, logo um grande sorriso apareceu em seu rosto a abraçou os dois.
- Parabéns vocês dois – disseram Sr e Sra Weasley – gostamos muito de Harry.
- Parabéns Harry – disse seu avô – sua namorada é muito bonita, uma bela ruivinha.
- Obrigado – disse Harry vermelho.
Enquanto isso uma menina loura de cabelos longos e brilhantes saia do trem, escondida e reprimida, triste de um certo modo, era Fleur, estava tristonha e chorando por ter acabado tudo com seu namorado Ron.
- Porque está chorando? – perguntou uma voz masculina nas costas de Fleur.
A menina se virou curiosa para saber quem era a suas costas e viu Gui Weasley, seu ex cunhado que sempre fora apaixonado por ela.
- Nada, estou bem – disse ela enxugando os olhos – e você?
- Mais ou menos – disse ele chegando mais perto – estaria melhor se você me contasse seu problema, quem sabe poderia te ajudar, gostaria de tomar um café comigo?
A menina sorriu e mesmo ainda triste aceitou o convite de Gui para ir tomar um café.
Luna e seu pai se despediram de todos e se foram, Hermione e os Granger foram logo em seguida, depois os Weasley saíram da estação deixando Harry sozinho com seus avós.
- Então Harry, vamos? – perguntou o avô do menino – Deve estar cansado.
- Estou, cansado e com sono – disse ele.
- Que bom, poderá estrear seu quarto novo – disse sua avó sorridente – reformamos o antigo quarto de sua mãe, está a sua cara.
Harry abriu um longo sorriso por ouvir aquilo, era sim um motivo besta de se sorrir mas não para Harry que sempre sofreu muito, dormia em um armário e depois em um quarto bagunçado e feio, usava roupas usadas e era feito de empregado doméstico enquanto seus tios se divertiam, talvez aquele simples quarto onde ele passaria sua primeira noite seria o começo de uma vida nova e sem tristezas, sem morte e sem mistérios e além de tudo uma vida com amor e com carinho dados por alguém que o ama de verdade.

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