O novo correio-coruja



Nota Bia: Queria avisar logo que essa fanfic ignora completamente todos os acontecimentos de Cursed Child. Todos. Também queria pedir desculpas pela demora, mas para vocês terem noção de como está a vida estou usando a única hora livre de estudo do meu sábado para escrever aqui.


Izabelle Belle Black~~> Eu demoro um ano, mas não desisto. Prometo. Entendo, mas eu acho aquele capítulo bem chatinho, mesmo sendo útil. Será que nós não conseguimos nos infiltrar no meio da leitura e sequestrar os dois? Tudo que eu peço na vida é um Harry e um Regulus. Só isso.
Houve um erro de continuidade ai.
Poxa, eu estava na duvida da idade do McNair, mas como pesquisei e não achei nada, resolvi deixar assim mesmo.
Minhas férias estavam ótimas. Uma pena que eu não possa mais voltar para elas. Beijos.

Capítulo 22 - O novo correio-coruja




— Harry! — Hermione estava puxando a manga do garoto, com os olhos no seu próprio relógio.


- Mais fácil que olhar o seu - murmurou Hermione.


— Temos exatamente dez minutos para voltar à ala hospitalar sem que ninguém nos veja, antes que Dumbledore tranque a porta...


- É o suficiente, mas vocês vão ter que correr - avisou James.


— Ok — disse Harry, parando de contemplar o céu


- Poxa, mas isso é tão legal - falou Jorge.


— vamos...


Os dois saíram pela porta às costas deles e desceram uma escada de pedra circular muito estreita.


- Foi feita para alguém cair, aposto - falou Lene.


Quando chegaram embaixo ouviram vozes.


- Espero que de pessoas.


- Pode ser fantasmas.


Colaram o corpo contra a parede e escutaram.


- Parecem crianças - murmurou Lily.


Pareciam as vozes de Fudge e Snape.


- É de se imaginar que você saberia reconhecer a voz de Snape depois de todo esse tempo de aula - repreendeu Lily.


- Eu reconheci - se defendeu Harry - Eu só não tinha certeza.


Lily ainda o olhou desconfiada.


Os dois caminhavam depressa pelo corredor no qual terminava a escada.


- Então é verdade que Hogwarts tem um fim - brincou Dorcas.


—... Só espero que Dumbledore não crie dificuldades — dizia Snape.


Regulus deu um sorriso irônico, demonstrando o que pensava sobre isso, mas ficou quieto.


— O beijo será executado imediatamente?


Lene olhou para Sirius discretamente, não conseguindo controlar a preocupação.


— Assim que Macnair voltar com os dementadores. Todo esse caso Black tem sido muitíssimo constrangedor.


- Mas o ministério já deveria estar acostumado - resmungou Lyssi.


Nem posso lhe dizer como estou ansioso para informar ao Profeta Diário que finalmente o capturamos...


- Claro que você está ansioso para isso e não para deixar a população segura - resmungou Lene.


Acho provável que queiram entrevistá-lo, Snape...


Lily encarou o amigo. Severus não tinha muito jeito para entrevistas.


- Se o repórter não sair correndo... - comentou Sirius acidamente.


Snape sorri friamente para ele de volta.


E quando Harry tiver voltado ao normal, espero que se disponha a contar ao Profeta exatamente como foi que você o salvou...


- Não acho que Harry vai ficar muito feliz com isso - comentou Rony.


- Não fiquei nem um pouco.


- Se bem que você fez aquela entrevista no quinto ano... - Neville falou e todos olharam curiosos para Harry.


- É, mas era um caso totalmente diferente - Harry interrompeu, sorrindo com a lembrança de Luna. Gostava bastante da amiga e sentia falta dela ali.


James estava curioso, pensando no que faria dar uma entrevista. Realmente esperava que fosse uma coisa boa e normal, como chamar atenção para alguma instituição de caridade.


Harry cerrou os dentes. Viu de relance o sorriso presunçoso de Snape, quando o professor e Fudge passaram pelo lugar em que ele e Hermione estavam escondidos.


Snape deu de ombros. Se ele tinha um momento para estar presunçoso, era naquela hora.


O eco dos passos dos homens foi se distanciando. Os dois garotos esperaram alguns minutos para ter certeza de que tinham realmente ido embora,


- Não, eles deram a volta e gritaram "surpresa!" - Fred revirou os olhos.


então começaram a correr na direção oposta.


- Uma boa ideia - comentou Lene.


Desceram uma escada, depois outra, correram por um corredor,


- Eu já teria me perdido - comentou Neville.


então ouviram uma risada escandalosa à frente.


- Mas não pode ser Sirius, então quem é? - brincou Remus.


— Pirraça!


- Ele não! - Gina resmungou - Ele vai atrapalhar tudo.


— murmurou Harry, agarrando o pulso de Hermione.


- Você é muito brusco - reclamou Hermoine.


- Certo, da próxima vez que estivermos super apressados eu paro e te convenço a ir antes de te puxar - falou Harry.


— Aqui!


Eles se precipitaram para dentro de uma sala de aula à esquerda, na hora "H".


James e Sirius se entreolharam rindo. Aparentemente eles tinham uma ideia muito diferente do que era hora H do que Harry.


Ao que parecia, Pirraça vinha saltitando pelo corredor apregoando bom humor, rindo de se acabar.


- O que quer dizer que ele acabou de ferrar com alguém - falou Neville. Detestava o poltergeist e sua risada escandalosa.


— Ah, ele é horrível! — sussurrou Hermione, o ouvido encostado à porta.


- Eu me senti como uma criança curiosa nessa hora - confessou. Rony sorriu para ela.


— Aposto como está nessa excitação toda porque os dementadores vão liquidar Sirius...


- Obrigado - o Black ironizou - Bom saber que alguém está feliz.


- Desculpe - falou Hermione, culpada.


— Ela tornou a consultar o relógio.


- Acho que já está virando um hábito obsessivo.


— Três minutos, Harry!


- É melhor vocês correrem - avisou Remus, ansioso.


Os garotos aguardaram a voz satisfeita de Pirraça sumir ao longe,


- Bem, acho que essa foi a única hora na qual foi útil Pirraça ser lerdo.


então abandonaram a sala e desataram a correr.


- Vocês correm muito - observou Lyssi.


- Sempre estamos com pressa.


— Hermione, que é que vai acontecer, se não conseguirmos voltar antes de Dumbledore trancar a porta? — ofegou Harry.


- Nada bom, eu garanto - falou Frank, olhando preocupado para Harry.


- Ainda bem que não precisamos descobrir; conseguimos chegar a tempo.


— Nem quero pensar! — gemeu Hermione, verificando novamente o relógio.


- Como eu falei, obsessivo - disse Sirius.


— Um minuto!


- Vocês conseguem! - torceu Lene, ignorando que eles já tinham dito que haviam conseguido.


Os dois tinham chegado ao fim do corredor em que ficava a entrada para a ala hospitalar.


- Um lugar que eu conheço muito bem - comentou Harry.


Lily lançou um olhar repreensivo.


— Ok... Estou ouvindo Dumbledore — disse Hermione tensa.


- Nunca achei que ouvir Dumbledore fosse ser algo ruim - comentou Hermione.


Regulus fez uma careta.


— Vamos, Harry!


Saíram sorrateiramente pelo corredor.


- É bom que vocês já tem prática nisso - comentou Gina.


A porta da enfermaria se abriu. Apareceram as costas de Dumbledore.


- Ainda assim, duvido que ele não saiba que vocês estão aí - comentou Remus.


- Ele provavelmente estava esperando que nós voltássemos logo - concordou Harry.


— Vou trancá-los — os garotos o ouviram dizer. — Faltam cinco minutos para a meia-noite.


- É estranho ouvir isso - comentou Josh - É como se o tempo não tivesse passado.


Srta. Granger, três voltas devem bastar.


- Foi mais que o suficiente - concordou Hermione.


Boa sorte.


- Obrigado. Nós realmente precisamos - falou Harry.


Dumbledore recuou para fora da enfermaria, fechou a porta e puxou a varinha para trancá-la magicamente.


Regulus levantou uma sobrancelha para isso. Parecia um ato exagerado para ele.


Em pânico, Harry e Hermione correram ao seu encontro.


- Você realmente não sabe andar, Harry - comentou Dorcas.


- Não é minha culpa se sempre tenho que correr por causa de uma ameaça de morte - ele replicou, num tom gentil.


Dumbledore ergueu os olhos e apareceu um largo sorriso sob seus compridos bigodes prateados.


- Ainda acho estranho o bigode dele - comentou Hermione, causando olhares estranhos - É realmente fora do comum!


- Ok... - replicou Rony, um pouco assustado, para a namorada.


— Então? — perguntou ele baixinho.


Acho que daria para ver se eles não tivesse conseguindo, Regulus pensou acidamente. Não gostava de Dumbledore e nunca gostaria; o velho bruxo sempre parece manipulador demais para ele e agora mais ainda.


— Conseguimos! — disse Harry ofegante. — Sirius já foi, montado em Bicuço...


- Sempre quis voar em um hipogrifo mesmo - falou Sirius, com um largo sorriso.


Dumbledore sorriu radiante para os garotos.


- Será que Dumbledore queria voar em um também? - brincou Sirius.


— Muito bem! Acho que... — Ele escutou atentamente para verificar se havia algum ruído no interior da ala hospitalar.


- Existe feitiços para isso também - falou Gina.


- Mas é mais rápido simplesmente se calar e ouvir - retrucou Jorge.


— É, acho que vocês também já foram,


- Porque essa não é uma frase nem um pouco estranha - falou Lene.


entrem, vou trancá-los...


- Com magia - pediu Regulus, esperançosamente.


Harry e Hermione entraram na enfermaria.


- Missão cumprida.


Estava vazia exceto por Rony, que continuava deitado imóvel na cama ao fundo.


- É porque vocês saíram por alguns segundo só - murmurou o ruivo.


Ao ouvirem o clique da fechadura, Harry e Hermione voltaram às suas camas,


- Fingindo que são inocentes... - Alice balançou a cabeça, mas ela sorria.


e a garota guardou o Vira-Tempo dentro das vestes.


- Eu já estava acostumada - falou Hermione.


- Ainda não acredito que você passou o ano inteiro sem nos contar sobre o vira-tempo - reclamou Rony.


- Eu não podia falar.


- Uma regra a mais, uma regra a menos, qual diferença faz? - falou Rony e se encolheu sob o olhar fulminante de Hermione.


- Toda - a garota retrucou.


Um instante depois, Madame Pomfrey saiu de sua sala.


- Madame Pomfrey realmente tem um instinto admirável - falou Harry, com carinho.


— Foi o diretor que eu ouvi saindo?


- Acredito que sim - murmurou Lene.


Será que já posso cuidar dos meus pacientes?


- Sim, nesse exato momento - comentou Lily de modo entusiasmado. Quanto mais rápido Harry fosse tratado, melhor. Ele já passara muito tempo sozinho.


A enfermeira estava muito mal-humorada.


- Eu também ficaria se Dumbledore ficasse tentando mandar meus pacientes dormirem - comentou Lyssi.


Harry e Hermione acharam melhor aceitar o chocolate que ela trazia sem resistência.


- E quem resistiria a chocolate? - murmurou Remus, horrorizado.


Madame Pomfrey ficou vigiando para ter certeza de que eles o comessem.


Regulus riu, imaginando a cena.


- Bem, ela foi esperta - comentou.


Harry deu um pequeno sorriso.


- Nós iríamos comer de qualquer jeito - ele falou protestando.


Mas Harry mal conseguia engolir.


Regulus levantou uma sobrancelha.


- Okay, talvez não - Harry cedeu.


Ele e Hermione estavam esperando, escutavam, os nervos vibrando desafinados...


- Os nervos de vocês não estavam vibrando desafinados - comentou Frank e começou uma longa explicação até Lene o interromper, após trocar olhares com Alice.


Então, quando aceitaram o quarto pedaço de chocolate de Madame Pomfrey,


- Certamente vocês estão comendo só por causa de Madame Pomfrey - Remus levantou uma sobrancelha.


- Aluado, eu acho que você devia se casa com essa enfermeira - comentou Sirius, causando um olhar feio do amigo.


- Sirius! - repreendeu Lily, apontando para Dorcas com a cabeça.


- Ah, é, desculpe. Eu esqueci que o meu Remus não está mais livre - falou Sirius.


Dorcas franziu a testa.


- Você fala como se eu estivesse o mantendo preso - comentou.


- Não, não. Eu sei que não. Só não estou acostumado a dividir Remus - disse Sirius, tentando se concertar e causando expressões divertidas de James e Remus.


- Só para deixar claro, Sirius, eu não sou gay. Desculpe, mas não estou interessado em você - disse Remus em um tom triste - Todo esse papo de me dividir... Você terá que aceitar que eu estou com Dorcas - falou, com uma falsa pena.


- Vá se foder, Aluado, eu não sou gay¹- disse Sirius, irritado, causando mais risadas dos outros.


- Está tudo bem, Sirius, eu entendo sua queda por Remus. Não estou chateada - falou Dorcas, entrando na brincadeira também.


Sirius ia replicar, mas no fim somente cruzou os braços e revirou os olhos.


Regulus observava o irmão, divertido. Era bom ver Sirius tão relaxado assim e, para ser sincero, ele estava com um pouco de inveja da amizade do irmão com as outras pessoas dali. Mas então Regulus olhou para o lado e viu Harry e sorriu. Ele já tinha um amigo ali que valia por muitos, embora ainda sentisse falta dos seus amigos de Hogwarts, especialmente Raya.


eles ouviram ao longe o ronco de fúria que ecoava em algum ponto do andar acima...


- Escola mal assombrada? - sugeriu Rony.


- Não acho que seja o caso - falou Alex.


— Que foi isso? — perguntou Madame Pomfrey assustada.


- Coitada, tem que proteger a si mesma e a vocês três - falou Gina, com pena da mulher.


Agora ouviam vozes raivosas,


- Quem é agora? - resmungou James.


que iam se avolumando sem parar.


Frank franziu a testa. Essa(s) pessoa(s) não tinha(m) o mínimo de educação para sair aumentando a voz cada vez mais assim.


A enfermeira tinha os olhos na porta.


- Tem...


-... Um feitiço para isso. É, todos entendemos, Regulus - Sirius interrompeu, cansado.


Regulus lançou um olhar assassino para o irmão, mas ficou quieto.


— Francamente, vão acordar todo mundo! Que é que eles acham que estão fazendo?


- Discutindo?


Harry tentava ouvir o que as vozes diziam.


- Você é muito curioso - murmurou Alex, em um tom de voz confuso.


- Sou assim desde que eu nasci - Harry deu de ombros.


Elas foram se aproximando...


- Por que alguém iria para perto de uma enfermaria gritando?


— Ele deve ter desaparatado, Severus.


- Não se pode desaparatar dentro de Hogwarts - lembraram Lily e Hermione juntas, sorrindo após.


Devíamos ter deixado alguém na sala vigiando.


- Não tinha ninguém vigiando um prisioneiro altamente perigoso. Não sei por que não estou surpreso - comentou Fred.


Quando isto vazar...


- O problema é as pessoas descobrirem e não o que aconteceu. Claro - comentou Neville, frustado.


— ELE NÃO DESAPARATOU! — vociferou Snape, agora muito próximo.


James sorriu divertido. Era bom ver Snape fora do controle, parecendo um louco.


— NÃO SE PODE APARATAR NEM DESAPARATAR DENTRO DESTE CASTELO!


Snape olhou estranhamente para Lily e Hermione.


ISTO... TEM... DEDO... DO... POTTER!


- Você está acusando meu filho de algo?


- Ele é realmente culpado, James, você sabe - comentou Lily.


- É, mas ele não sabia disso!


- Que diferença faz? - falou Lily.


Snape assistia a discussão com interesse.


- Mas Lily ele... - James começou a falar, mas foi interrompido.


- Chega! - pediu Harry.


— Severus... Seja razoável... Harry está trancado...


- Bem, isso é que conveniência - comentou Jorge.


PAM.


A porta da ala hospitalar se escancarou.


- Isso está errado - comentou Alice - A ala hospitalar deveria ser mais respeitada.


Fudge, Snape e Dumbledore entraram na enfermaria. Somente o diretor parecia calmo.


- Snape acabou de perder a chance de vingança dele - comentou Lene.


De fato, parecia que estava se divertindo.


Sirius sorriu ao ouvir isso.


Fudge tinha uma expressão zangada.


- Nenhuma novidade.


- Francamente, esse cara nunca tá feliz - reclamou Lene.


Mas Snape estava fora de si.


James e Sirius sorriram um para o outro enquanto Remus revirava os olhos.


- Bom saber que eu ainda tenho essa capacidade - murmurou Sirius.


— DESEMBUCHE, POTTER! — berrou ele. — QUE FOI QUE VOCÊ FEZ?


Lily lançou um olhar feio para Snape.


- Você não precisa gritar com o meu filho, Sev.


Snape nada disse.


Harry deu um sorriso feliz. Sempre quis ver sua mãe o defendendo de Snape e embora isso ainda fosse diferente do que imaginara, ainda era surreal.


— Professor Snape! — protestou esganiçada Madame Pomfrey.


Lyssi fez uma careta. Odiava vozes esganiçadas.


— Controle-se!


— Olhe aqui, Snape, seja razoável — ponderou Fudge.


- Finalmente está sendo útil - reclamou Alice.


— A porta esteve trancada, acabamos de constatar...


Regulus revirou os olhos. Francamente, era estupidamente fácil abrir e trancar uma porta com magia.


— ELES AJUDARAM BLACK A ESCAPAR,


- E ainda bem que fizeram isso - acrescentou Lene, sorrindo para eles.


EU SEI! — berrou Snape, apontando para Harry e Hermione. Seu rosto estava contorcido; voava cuspe de sua boca.


- Seu seboso! - murmurou Sirius, horrorizado. E até mesmo Snape parecia envergonhado com a situação.


— Acalme-se, homem! — ordenou Fudge. — Você está falando disparates!


- E ainda é melhor que o que você fala - murmurou Gina.


— O SENHOR NÃO CONHECE POTTER!


Harry levantou a sobrancelha, entretido com a admissão que Snape o conhecia.


— berrou Snape em falsete. — FOI ELE, EU SEI QUE FOI ELE QUE FEZ ISSO...


- Eu me pergunto como você tem tanta certeza disse - falou Frank.


Snape deu de ombros.


- Potter sempre está mentido em tudo e Sirius é o padrinho dele. Parece óbvio.


— Chega, Severus — disse Dumbledore em voz baixa.


- Isso é ainda mais perigoso que os gritos de Harry.


— Pense no que está dizendo.


Snape enfureceu-se com a sugestão de que ele não estava pensando quando estava certo. Dumbledore podia ser um mentiroso excelente.


A porta esteve trancada desde que deixei a enfermaria dez minutos atrás. Madame Pomfrey, esses garotos saíram da cama?


Hermione sorriu culpada.


— Claro que não! — respondeu Madame Pomfrey com eficiência.


- Ela é ótima - sorriu Harry.


— Eu os teria ouvido!


- Essa é a vantagem de não conviver com Lily; você ainda tem a audição - falou Sirius - Eu não tenho mais graças aos gritos dela a James.


Lily corou.


- Eu não sou tão ruim assim! - falou, mas James somente levantou a sobrancelha.


— Aí está, Severus — disse Dumbledore calmamente. — A não ser que você esteja sugerindo que Harry e Hermione sejam capazes de estar em dois lugares ao mesmo tempo,


- É exatamente isso que eu estou sugerindo - murmurou Snape.


receio que não haja sentido em continuar a perturbá-los.


Snape revirou os olhos. Pobres doentes que não podiam ser perturbados.


Snape ficou parado ali, procurando, olhando de Fudge, que parecia extremamente chocado com o procedimento do professor,


- Fudge não entende nada sobre Dumbledore - Harry disse com um suspiro. Tudo teria sido mais prático se o ex-ministro entendesse.


para Dumbledore cujos olhos cintilavam por trás dos óculos.


- Acho que Dumbledore comprou esses óculos só para dar mais destaque aos olhos - comentou Hermione.


Snape deu meia-volta, as vestes rodopiando para trás, e saiu enfurecido da enfermaria.


- Parece um adolescente - comentou Lene. Snape o olhou friamente.


— O homem parece que é bem desequilibrado


- Eu não sou desequilibrado - falou Severus, recebendo um aceno de concordância de Lily.


— disse Fudge, acompanhando-o com o olhar. — Eu me precaveria se fosse você, Dumbledore.


- Eu não atacaria Dumbledore sem motivo - murmurou Snape.


- Sem motivo?


— Ah, ele não é desequilibrado


- Obrigado - disse Snape.


— disse Dumbledore em voz baixa. — Apenas sofreu um grave desapontamento.


- Uma pena mesma - Sirius fingiu ficar magoado.


— Ele não é o único! — bufou Fudge. — O Profeta Diário vai ter um grande dia!


- Odeio esse jornal - reclamou Harry.


- Você não é o único - murmurou Neville.


Tivemos Black encurralado e ele nos escapa entre os dedos outra vez!


- Só posso dizer que isso é falta de competência - disse Gina com um sorriso angelical.


Só falta agora a história da fuga do hipogrifo vazar,


- Outra ação ridícula do ministério.


para eu virar motivo de pilhérias!


- Você já é.


Bom... É melhor eu ir notificar o Ministério...


- Você ainda não notificou? - Alice perguntou chocada. Seria a primeira coisa que ela teria feito.


— E os dementadores? — disse Dumbledore. — Serão retirados da escola, eu espero.


- Hogwarts não pode continuar com eles - falou Lily decidida, ao que todos concordaram - Criaturas horrendas.


— Ah, claro, eles terão que se retirar — disse Fudge, passando os dedos, distraidamente, pelos cabelos. — Nunca sonhei que tentariam executar o beijo em um garoto inocente...


- Você devia ter previsto isso - falou Frank, incrédulo. Aquele homem não pensava.


Completamente descontrolado...


- Como sempre - comentou Harry, causando um olhar curioso de Regulus.


Não, mandarei despachá-los de volta a Azkaban ainda hoje à noite...


- Melhor lá que em uma escola - comentou Frank.


Talvez devêssemos estudar a colocação de dragões à entrada da escola...


- Fudge é meio louco - falou Regulus, incrédulo.


- Eu ia gostar disso, mas acho que não daria certo - concordou Alice.


— Hagrid iria gostar


- Disso não há dúvidas - murmurou James.


— disse Dumbledore, sorrindo para Harry e Hermione.


- É tão estranho ouvir só Harry e Hermione - comentou Neville - Eu já fico esperando o nome Rony.


Rony revirou os olhos, enquanto Potter e Granger sorriam.


Quando o diretor e Fudge iam saindo do quarto, Madame Pomfrey correu até a porta e tornou a trancá-la.


Harry sorriu, divertido com a atitude da enfermeira. Madame Pomfrey era engraçada.


E resmungando, aborrecida, voltou à sua salinha.


- Eu me pergunto o que ela fica fazendo lá - disse Sirius.


- O que pessoas normais fazem, Sirius - respondeu Lily.


- Então, eu não tenho a menor ideia - disse ele.


Ouviu-se um gemido baixo na outra ponta da enfermaria.


Sirius resmungou algo obsceno, sendo ignorado por todos.


Rony acordara.


- Já estava na hora - disse Gina, feliz. Rony sorriu para a irmã.


Eles o viram sentar-se, esfregar a cabeça e olhar para todos os lados.


- Claro, eu acordei em um lugar totalmente diferente - disse Rony.


— Que... Que aconteceu? — gemeu ele. — Harry? Por que estamos aqui?


- Estamos na enfermaria porque resolver tirar um cochilo - brincou Harry, Rony revirou os olhos.


Onde é que foi o Sirius?


- Está livre - falou Marlene, sorrindo. Ainda estava feliz com a soltura de Sirius.


Harry fez uma careta. Livre não é a palavra que ele usaria para descrever a situação de Sirius.


Onde é que foi o Lupin? Que está acontecendo?


- Agora mais nada - disse Neville.


Harry e Hermione se entreolharam.


James sorriu, reconhecendo essa ação como a mesma que realizara muitas vezes com Sirius, Remus e Peter.


— Você explica — pediu Harry, servindo-se de mais um pedaço de chocolate.


- O quê? Estava bom - ele resmungou, sob o olhar crítico de Lily.


- Eu estou feliz por você estar comendo mais, filho, só que na próxima vez por favor coma uma fruta ou algo saudável - ela explicou.


Quando Harry, Rony e Hermione deixaram a ala hospitalar ao meio-dia do dia seguinte, foi para encontrar um castelo quase deserto.


- Detesto Hogwarts assim - falou Lissy - O bom do castelo é que sempre tem muita gente.


- Ou nem tanta assim - comentou Frank, comparando a quantidade de estudante de outros colégios.


O calor sufocante e o fim dos exames sinalizavam que todos estavam aproveitando ao máximo mais uma visita a Hogsmeade.


Regulus sorriu. Adorava os passeios de Hogsmeade, principalmente os que fizera em companhia a Raya e a Theo.


Nem Rony nem Hermione, porém, tiveram vontade de ir,


- Coincidência? - Sirius deu um sorriso malicioso.


assim, os dois e Harry perambularam pelos jardins,


- Harry só fica atrapalhando o romance dos dois - Fred fingiu desaprovação.


ainda discutindo os acontecimentos extraordinários da noite anterior e se perguntando onde estariam Sirius e Bicuço naquela hora.


- Bem longe, eu espero - falou Lily.


Sentados perto do lago, observando a lula gigante agitar preguiçosamente seus tentáculos à superfície das águas, Harry perdeu o fio da conversa contemplando a margem oposta do lago. O cervo galopara em sua direção ali, ainda na noite anterior...


James deu um sorriso triste. Queria que realmente tivesse sido ele que houvesse salvado o filho, mas Harry tivera que se salvar.


Uma sombra caiu sobre eles e, ao olharem, depararam com um Hagrid de olhos muito vermelhos, enxugando o rosto úmido de suor com um lenço do tamanho de uma toalha de mesa, e sorrindo para os três.


- Essa é uma visão meio contraditória - comentou Dorcas.


— Sei que não devia me sentir feliz depois do que aconteceu ontem à noite


- Relaxe, que isso nunca impediu ninguém antes - comentou James azedo, pensando em todas as pessoas que comemoraram a morte dele e Lily.


— disse ele. — Quero dizer, a nova fuga de Black e tudo o mais, mas sabem de uma coisa?


— O quê? — perguntaram os garotos em coro, fingindo curiosidade.


- Vocês são péssimas pessoas - falou Lene.


- Melhor isso do que fazer cara de tédio - falou Alex.


Lene deu um sorriso para o garoto.


— Bicuço! Ele fugiu! Está livre! Passei a noite toda festejando!


- Espero que sem bebida - Lily falou.


- Querida, é de Hagrid que estamos falando - disse James.


Snape fez uma careta ao ouvir o querida.


— Que fantástico! — exclamou Hermione lançando a Rony um olhar de censura porque ele parecia prestes a cair na risada.


- É impressionante que você conseguiu não rir - falou Neville.


- Eu sei, certo? - concordou Rony.


— É... Não devo ter amarrado ele direito


- Realmente, esse ministério é muito incompetente - disse Jorge, rindo.


— concluiu Hagrid, apreciando os jardins. — Estive preocupado hoje de manhã, vejam bem...


Dorcas revirou os olhos. Todos tinham que se preocupar o tempo todo em Hogwarts?


Achei que ele podia ter topado com o Prof. Lupin por aí,


- É provável considerando que moramos no mesmo lugar e eu dou aulas para vocês - comentou Remus.


mas o professor disse que não comeu nada ontem à noite...


- Remus... - Dorcas começou a falar, preocupada - Você não pode ficar sem comer.


Remus sorriu para ela, feliz em ver a sua preocupação, mesmo que desnecessária.


— Quê? — perguntou Harry depressa.


— Caramba, vocês não souberam?


- Como assim vocês foram os últimos a saber de algo? - Neville estava chocado.


Harry deu de ombros.


- É algo que acontece quando você está ocupado voltando no tempo para salvar seu padrinho.


— disse Hagrid, o sorriso se desfazendo.


Alice e Lily trocaram olhares, não gostando nada do que parecia que iria acontecer.


Em seguida, baixou a voz, ainda que não houvesse ninguém à vista.


- Nem cuidado é muito - comentou Lene, fazendo que todos de 1977 lembra-sem de Moody.


Houve um momento de silêncio tenso antes de a leitura continuar.


— Hum... Snape anunciou para os alunos da Sonserina hoje de manhã...


- Claro que anunciou - resmungou Sirius.


- Eu tenho que manter minha casa informada, Black.


Achei que, a essa altura, todo mundo já soubesse...


- Bem, você já percebeu que não - comentou Josh.


O Prof. Lupin é lobisomem, entendem.


- Perfeitamente - disse Rony, rindo depois com Remus.


E esteve solto na propriedade ontem à noite.


- Disso nós soubemos - falou Harry.


Ele está fazendo as malas agora, é claro.


- Não! - James e Sirius gritaram juntos. Remus só olhou para o chão. Tinha sido bom enquanto durou.


- Não pode fazer isso - concordou Lily.


- Tem que ter algo que você possa fazer! - disse Lene, estressada.


- Você pode assinar um contrato mágico prometendo tomar a poção todo mês ou algo assim - concordou Frank.


Dorcas não gritou feito os outros. Simplesmente segurou a mão de Remus firmemente, ficando em silêncio. Esperou o menino virar-se para ela e então disse que sentia muito. Ele balançou a cabeça.


Não estava triste, exatamente, pois chegar a ter ensinado em Hogwarts ia muito além das expectativas de vida que ele possuía. Mas estava decepcionado de ter que desistir do sonho.


— Ele está fazendo as malas? — repetiu Harry alarmado. — Por quê?


- Acho que isso é bem claro - falou Remus, quietamente.


— Vai embora, não é? — disse Hagrid, parecendo surpreso que Harry tivesse feito uma pergunta daquela.


Pela primeira vez na vida, Regulus concordou com Hagrid.


— Pediu demissão logo de manhã.


- REMUS! Não acredito que você fez isso - disse Sirius, parecendo muito com uma mãe no momento. Era engraçado.


- Eu sei o que eu faço, Sirius - Remus retrucou, cansado.


Diz que não pode arriscar que isto aconteça de novo.


Regulus ficou levemente impressionado com a responsabilidade do rapaz.


Harry levantou-se depressa.


— Vou ver o professor — avisou a Rony e Hermione.


Lily deu um sorriso. Neste momento, Harry estava igual a James Potter.


— Mas se ele se demitiu...


—... Parece que não há nada que a gente possa fazer...


Frank estava impressionado. Era uma das poucas vezes que o trio aceitava que não tinha nada que pudessem fazer.


— Não faz diferença. Continuo querendo ver o professor.


- Obrigado por não me deixar ir embora sem falar comigo, Harry - disse Remus.


Harry sorriu para ele.


Encontro vocês aqui depois.


- Isso foi meio rude - comentou Gina - Eles podiam querer ir com você.


Harry deu de ombros.


- Não era o que parecia.


A porta da sala de Lupin estava aberta.


- Sempre soube que você era adepto a política de portas abertas.


- Claro.


O professor já guardara a maior parte dos seus pertences. O tanque vazio do grindylow estava ao lado de sua mala surrada, aberta e quase cheia. Lupin curvava-se sobre alguma coisa em sua escrivaninha e ergueu a cabeça quando Harry bateu na porta.


Lily sorriu ao ver a educação de Harry, mesmo com a porta aberta, ele ainda bateu.


— Vi-o chegando — disse Lupin com um sorriso.


James sorriu tristemente. Não queria que Remus tivesse que ir embora, mas pelo menos Harry teria uma última conversa com ele.


E apontou para o pergaminho que estivera examinando. Era o Mapa do Maroto.


Remus, James e Sirius se entreolharam. Milhares de memórias passaram pelas mentes deles.


— Acabei de encontrar Hagrid — disse Harry. — E soube dele que o senhor pediu demissão. Não é verdade, é?


- Teria sido melhor se não fosse - comentou Gina, pensando em todos professores ruins que tiveram depois de Lupin. Com exceção de Bartolomeu Crouch Jr, ironicamente.


— Receio que seja — Lupin começou a abrir as gavetas da escrivaninha e a esvaziá-las.


- Demissões sempre são um processo muito triste - comentou Neville.


— Por quê? — perguntou Harry. — O Ministério da Magia não está achando que o senhor ajudou Sirius, está?


- Eles não teriam como saber disso - falou Rony, firmemente.


Lupin foi até a porta e fechou-a.


- Agora a conversa ficou séria - brincou Sirius.


— Não. O Prof. Dumbledore conseguiu convencer Fudge que eu estava tentando salvar as vidas de vocês — ele suspirou.


Mais uma prova de como Dumbledore é manipulador, pensou Regulus.


— Isso foi a gota d"água para Severus. Acho que a perda da Ordem de Merlim o deixou muito abalado.


- Não acho que foi só isso - falou James, olhando para Sirius.


Então ele... Hum... Acidentalmente deixou escapar hoje, no café da manhã, que eu era lobisomem.


- Severus! - Lily falou horrorizada.


Snape deu de ombros. Não achava certo o que tinha feito, mas não iria se desculpar.


- Filho da puta! - xingou Sirius, levantando-se para bater em Snape. James ia se levantar também, mas Lily ameaçou ficar sentada perto de Snape se ele fosse também, então ele só ficou o agredindo verbalmente.


Remus segurou Snape e o convenceu a não agredir Severus fisicamente. Por enquanto.


— O senhor não está indo embora só por causa disso! — espantou-se Harry.


Josh sorriu. Era engraçado ver a inocência de Harry.


Lupin sorriu enviesado.


— Amanhã a essa hora, vão começar a chegar as corujas dos pais...


- Não vão! - falou James, em negação.


Eles não vão querer um lobisomem ensinando a seus filhos, Harry.


- Isso é um preconceito ridículo - disseram Lyssi e Josh juntos.


E depois de ontem à noite, eu entendo. Eu poderia ter mordido um de vocês...


- Mas só porque você não tomou a sua poção - disse Dorcas, apertando a mão de Snape.


Isto não pode voltar a acontecer nunca mais.


- Mas você não precisa sair de Hogwarts para garantir isso - protestou Gina.


- Eu preciso - contradisse Remus. Como ele pudera ter sido tão burro ao ponto de colocar todas aquelas crianças em perigo?


— O senhor é o melhor professor de Defesa contra as Artes das Trevas que já tivemos!


- Isso é um fato - concordou Hermione.


— disse Harry. — Não vá embora!


- Isso mesmo, escute ao meu filho - pediu James - Remus, você não pode fazer isso.


- Eu acho que eu acabei de fazer, James - disse Remus.


Lupin sacudiu a cabeça e ficou calado.


- Eu tenho muita experiência para saber mais do que discutir com o filho de Lily e James - disse James, causando risadas de todos, menos Snape.


Continuou a esvaziar as gavetas. Então, enquanto Harry tentava pensar em um bom argumento para convencê-lo a ficar,


- Nenhum argumento que você pensar será bom o suficiente, Harry - falou Remus suavemente. Não queria que o menino se culpasse por isso.


- Agora eu sei disso e eu entendo sua escolha - falou Harry.


Lupin falou:


— Pelo que o diretor me contou hoje de manhã, vocês salvaram muitas vidas ontem à noite, Harry.


- Então Dumbledore confia o suficiente em você para te contar tudo - disse Lily, orgulhosa.


- Ou ele adivinhou que Harry, Rony e Hermione contariam tudo para Remus de qualquer jeito - falou Gina.


Lily virou irritada para a nora, mas não disse nada, sabendo que a ruiva estava certa.


Se eu tenho orgulho de alguma coisa que fiz este ano, foi o muito que você aprendeu comigo...


- Olha quem está ficando convencido - disse Sirius.


Me conte sobre o seu Patrono.


- É um Patrono perfeito - falou Gina com orgulho. Lembrava de como tinha ficado impressionada na primeira vez que o vira.


— Como é que o senhor soube? — perguntou Harry espantado.


- Deve ser Dumbledore, já que ele sabe de tudo - murmurou Frank.


— Que mais poderia ter afugentado os dementadores?


- Ok, errei - falou Frank - É Remus que é inteligente mesmo.


Harry contou a Lupin o que acontecera. Quando terminou, o professor voltara a sorrir.


James sorriu feliz para o filho. Pelo menos, Harry conseguira fazer o humor de Remus ficar melhor.


— É, seu pai se transformava sempre em cervo.


- Em um viado - corrigiu Sirius.


- Cervo.


- V-I-A-D-O.


- De novo não - resmungou Remus e lançou um feitiço silenciador nos dois que ficaram emburrados.


Você acertou... É por isso que o chamávamos de Pontas.


Sirius abriu um sorriso irônico, mas não pode falar nada.


Lupin jogou seus últimos livros em uma caixa,


- Quais eram os seus livros? - perguntou Hermione, interessada.


- Não sei ainda - disse Remus - Mas já tenho alguns que eu considero meus preferidos e que acho difícil você conhecer... - disse e listou vários nomes.


Hermione então entrou em um grande debate sobre livros com ele, sendo que Frank e Lily interferiam também.


James e Sirius olharam para a cara um do outro e após uma comunicação silenciosa revirou os olhos.


fechou as gavetas da escrivaninha e virou-se para fitar Harry.


James bateu no ombro de Remus e exigiu (sem falar) que ele tirasse o feitiço dele e de Sirius. Depois uma longa discussão silenciosa, Remus concordou.


— Tome, trouxe isto da Casa dos Gritos ontem à noite


- O quê? Um graveto? - questionou Josh.


— disse, devolvendo a Harry a Capa da Invisibilidade.


- Ainda bem, eu já estava prestes a deserdar Harry - falou James, sério.


- Ainda bem que Remus achou então - falou Harry, assustado.


- Harry, seu pai está brincando - disse Lily lançando um olhar irritado para James. Harry era inseguro o suficiente sem eles falarem coisas assim.


— E... — ele hesitou e em seguida devolveu o Mapa do Maroto também.


- Mandou bem, cara! - disse Sirius.


— Não sou mais seu professor, por isso não me sinto culpado por lhe devolver isso também.


- O estranho é que você tenha se sentido culpado antes - falou James - Marotos primeiro, emprego depois.


- Então não é só Hermione quem precisa rever as suas prioridades - disse Harry.


Não serve para mim,


- Não mais - disse Remus e trocou sorrisos com James e Sirius.


e me arrisco a dizer que você, Rony e Hermione vão encontrar utilidade para o mapa.


- Nisso você pode contar conosco - falou Hermione.


- Esse mapa foi útil em várias ocasiões - concordou Rony.


Harry recebeu o mapa e sorriu.


- Espero que tenha agradecido também - comentou Lily, desconfiada.


— O senhor me disse que Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas tinham querido me atrair para fora da escola...


- Não há dúvidas disso - comentou Sirius, rindo com James e Remus.


- Harry, meu filho não foi feito para assistir todas as aulas - disse James.


Lene, Dorcas, Regulus, Frank e Alice assistiam a cena divertidos. Mas Lily não estava tão contente assim.


- Mas o meu filho foi feito para ser o melhor aluno de todos - replicou ela - E não um delinquente feito o pai - resmungou.


Isso fez com que o sorriso no rosto de Harry desaparecesse. Delinquente era uma das palavras preferidas dos Dursleys para se referir a James Potter.


O senhor disse que eles teriam achado graça.


- E achamos - concordou James.


— E teríamos — respondeu Lupin, abaixando-se para fechar a mala.


- Cuidado para não machucar as costas que você já está velho - zoou Sirius.


— Não tenho dúvida em afirmar que James teria ficado muitíssimo desapontado se o filho dele jamais descobrisse as passagens secretas para fora do castelo.


James acenou com a cabeça, concordando. Não que alguém precisasse o olhar para saber que ele concordava.


Ouviu-se uma batida na porta. Harry guardou apressadamente o Mapa do Maroto e a Capa da Invisibilidade no bolso.


Lily revirou os olhos. O filho tinha puxado muito a James.


Era o Prof. Dumbledore. Ele não pareceu surpreso de encontrar Harry ali.


- Vai ver Dumbledore também tem um Mapa do Maroto - murmurou Rony.


- Eu não ficaria surpreso - disse Neville.


— O seu coche já está no portão, Remus — anunciou ele.


- Então não há mais tempo para mudar de ideia - falou James, desapontado.


- Foi uma decisão minha, James.


- As pessoas mudam de ideia o tempo todo.


— Obrigado, diretor.


Lupin apanhou sua velha mala e o tanque vazio do grindylow.


- Devia deixar ai para dar mais trabalho para o próximo professor.


— Bom... Adeus, Harry — disse sorrindo.


- Por que você disse adeus? Você não é mais o professor dele, mas nem por isso tem que sumir - reclamou Lily.


- Eu espero que eu não suma - disse Remus, sinceramente. Não queria deixar Harry sozinho de novo.


— Foi realmente um prazer ser seu professor.


Lily sorriu, satisfeita. Era bom saber que no fim Harry tinha sido um bom aluno.


Tenho certeza de que voltaremos a nos encontrar.


- Não irei sumir, então - falou Remus aliviado.


Diretor, não precisa me acompanhar até o portão, posso me arranjar...


- Não seja rude - reclamou Dorcas.


Harry teve a impressão de que Lupin queria sair o mais rápido possível.


- Ele provavelmente queria - concordou Lene.


— Adeus, então, Remus — disse Dumbledore sério.


Lupin empurrou ligeiramente o tanque do grindylow para poder apertar a mão de Dumbledore. Então, com um último aceno para Harry e um breve sorriso, Lupin saiu da sala.


- Como assim você nem abraçou o meu filho? - disse James, revoltado.


Remus revirou os olhos.


Harry se sentou na cadeira desocupada, olhando tristemente para o chão.


- Tá vendo como você deixou o meu filho? - continuou James.


Ouviu a porta se fechar e ergueu a cabeça. Dumbledore continuava na sala.


- Estou sentindo que virá uma conversa profunda - murmurou Lyssi.


— Por que tão infeliz, Harry? — perguntou em voz baixa. — Você deveria estar se sentindo muito orgulhoso depois do que fez à noite passada.


- Exatamente - concordou Lily.


— Não fez nenhuma diferença


- Mas é claro que fez! - disse Lene, revoltada - Harry Potter, você salvou a vida de Sirius Black. Isso fez toda a diferença! Se não fosse pelo que você, uma pessoa inocente estaria morta e o culpado nunca teria que encarar o que fez. Ou Peter estaria morto e mesmo assim, Sirius seria capturado e dessa vez Remus iria ser preso também.


Lily observou a amiga com um sorriso, feliz em ver a preocupação dela com Harry.


— disse Harry com amargura. — Pettigrew conseguiu fugir.


- E isso é péssimo, mas eu tenho certeza que alguma hora ele terá o que merece - disse Frank.


— Não fez nenhuma diferença? — repetiu Dumbledore baixinho.


- Dumbledore concorda comigo - disse Lene, orgulhosa.


— Fez toda a diferença do mundo, Harry.


- É, Harry, fez toda a diferença - repetiu Sirius, dando um sorriso grato.


Você ajudou a desvendar a verdade.


- Harry Potter, o Detetive - anunciou Jorge.


Salvou um homem inocente de um destino terrível.


- Não muito sobre o inocente... - brincou James, Sirius riu com ele.


Terrível. A palavra despertou uma lembrança na cabeça de Harry.


- Lá vem um pensamento viajado - implicou Gina.


Maior e mais terrível que nunca... A predição da Profª. Trelawney!


- Eu ainda não acredito que aquela mulher realmente consegue fazer algo - resmungou Hermione.


— Prof. Dumbledore, ontem, quando eu estava fazendo o exame de Adivinhação, a Profª. Trelawney ficou muito... Muito estranha.


- Ele vai dizer que é muito normal - disse Rony, sério.


— Verdade? — disse o diretor. — Hum... Mais estranha do que de costume, você quer dizer?


- E eu achando que isso era impossível.


— É... A voz dela engrossou


Sirius fez um comentário que foi prontamente ignorado por todos.


e os olhos giraram e ela falou... que o servo de Voldemort ia se juntar a ele antes da meia-noite... Disse que o servo ia ajudá-lo a voltar ao poder.


Harry deu um sorriso frio. Pettigrew era um covarde.


— Harry ergueu os olhos para Dumbledore. — E então ela meio que voltou ao normal, mas não conseguiu se lembrar de nada que tinha falado.


- Isso já é doença - murmurou Rony.


Ela... Ela estava fazendo uma predição de verdade?


Regulus trocou olhares com Sirius, ambos lembrando de como a família Black acreditava nessas coisas.


Dumbledore pareceu levemente impressionado.


- Você conseguiu algo impossível; impressionar Dumbledore - comemorou Neville.


— Sabe, Harry, acho que talvez estivesse — disse pensativo. — Quem teria imaginado? Isso eleva para duas o total de predições verdadeiras que ela já fez.


- E qual foi a outra? - perguntou Alice.


Os Weasley, Hermione e Harry trocaram olhares.


Eu devia dar à professora um aumento de salário...


- Não, por favor - pediu Hermione.


— Mas... — Harry olhou, perplexo, para o diretor. Como é que Dumbledore podia ouvir uma notícia dessas com tanta calma?


- É porque ele já ouviu notícias muito piores e inesperadas - disse Dorcas suavemente. Harry sorriu para ela.


— Mas... Eu impedi Sirius e o Prof. Lupin de matarem Pettigrew!


- E você estava certo - disse Lily.


Assim vai ser minha culpa se Voldemort voltar!


- Claro que não! - disse James imediatamente - Harry, você não pode se culpar por salvar uma vida.


- Nunca - reforçou Lily firmemente - Não é com você o que a pessoa fará depois de você a salvar, Harry. Mas sim o que você decide fazer quando tem a chance de evitar que uma vida acabe.


— Não vai, não — disse Dumbledore em voz baixa. — A sua experiência com o Vira-Tempo não lhe ensinou nada, Harry?


- Me ensinou que Hermione é realmente louca por fazer isso durante um ano inteiro! - disse Harry.


- Eu fiz o que precisava para estudar - Hermione defendeu-se.


As consequências de nossos atos são sempre tão complexas, tão diversas, que predizer o futuro é uma tarefa realmente difícil...


- Mas não impossível - murmurou Regulus quietamente.


Lyssi o escutou e sorriu para ele.


- Certamente não.


A Profª. Trelawney, abençoada seja, é a prova viva disso...


- Não que você fosse capaz de adivinhar isso ao ver a aula dela - disse Rony.


Você teve um gesto muito nobre salvando a vida de Pettigrew...


E olhe onde isso me deixou, pensou Harry amargurado.


— Mas se ele ajudar Voldemort a voltar ao poder...


- Você não terá nada a ver com isso - disse Frank.


Harry sorriu, grato pelo apoio.


— Pettigrew lhe deve a vida.


- Uma pena que ele não lembre disso - murmurou Harry.


- Você pode lembrá-lo disso. Você sabe disso, certo? - perguntou Regulus.


Você mandou a Voldemort um emissário que está em dívida com você...


Regulus sorriu. Nunca diria isso, mas estava concordando com Dumbledore.


Quando um bruxo salva a vida de outro, forma-se um certo vínculo entre os dois...


- Um vínculo do qual você pode tirar proveito - murmurou Regulus.


E estarei muito enganado se Voldemort aceitar um servo em dívida com Harry Potter.


- Isso só mostra o quanto ele estava desesperado - murmurou Harry.


— Eu não quero ter nenhum vínculo com Pettigrew! — exclamou Harry.


- Acredite, esse vínculo você quer - disse James sério. Isto era uma coisa séria.


— Ele traiu os meus pais!


- Ninguém está dizendo que você tem que suportá-lo, só tirar proveito do vínculo - disse Lene.


— Assim é a magia no que ela tem de mais profundo e impenetrável, Harry. Mas confie em mim... Quem sabe um dia você se alegrará por ter salvado a vida de Pettigrew.


- Dumbledore está certo - afirmou Sirius, simplesmente.


- Bem, esse dia ainda não chegou - murmurou Harry.


Harry não conseguiu imaginar quando seria isso.


- Uma coisa que nunca mudou - resmungou.


Dumbledore parecia ter adivinhado o que o garoto estava pensando.


- Dumbledore parece ler mentes - murmurou Neville.


E ele realmente consegue. Só espero que ele não estivesse fazendo isso nesse momento, pensou Harry.


— Conheci seu pai muito bem, tanto em Hogwarts quanto depois, Harry


- Sério? Eu não diria isso exatamente. Apesar que eu realmente fui algumas vezes para a diretoria - falou James, pensativo.


— disse o diretor com carinho. — James teria salvado Pettigrew também, tenho certeza.


James acenou com a cabeça, rigidamente. Por um lado, realmente não iria quer que seus amigos matasse Pettigrew. Mas ele ainda queria que Peter morresse por causar a morte de Lily.


Harry olhou para o diretor. Dumbledore não riria, podia lhe contar...


- Dumbledore é um excelente ouvente - disse Gina. Lembrava de como ele a apoiara depois de todo o episódio da Câmara Secreta.


— Ontem à noite, eu pensei que tinha sido o meu pai que tinha conjurado o meu Patrono.


James balançou a cabeça, triste. Bem que ele gostaria.


Quero dizer, pensei que estava vendo ele quando me vi atravessando o lago...


- Vocês são tão parecidos que confundem até a si mesmo - comentou Sirius.


- Nem somos tão parecidos assim - discordou James.


- Vocês parecem irmãos gêmeos! - disse Rony.


- Só que Harry tem o olho mais bonito - comentou Fred em uma voz gay.


— Um engano normal — disse Dumbledore gentilmente. — Imagino que já esteja cansado de ouvir dizer, mas você é extraordinariamente parecido com James.


- A genética valorizou o que era bom - disse James, convencido.


- O que isso quer dizer? - reclamou Lily.


- Nada, amor.


Exceto nos olhos... Você tem os olhos de sua mãe.


- Uma pena - murmurou Lily, causando uma série de protestos imediatos, sendo o mais efetivo o de James Potter.


Harry sacudiu a cabeça.


- Tá vendo, Harry concorda comigo - falou Lily desesperada.


- Eu não estava concordando com você - contradisse Harry e Lily baixou a cabeça, derrotada.


— Foi burrice minha pensar que era ele — murmurou o garoto.


Snape concordava com esse pensamento.


— Quero dizer, eu sei que ele está morto.


James fez uma careta.


— Você acha que os mortos que amamos realmente nos deixam?


- Acredito que não - concordou Dorcas.


- Sim - replicou Regulus na mesma hora.


Claro que depois disso houve um grande debate filosófico, sendo que a maioria concordava com Dumbledore.


Você acha que não nos lembramos deles ainda mais claramente em momentos de grandes dificuldades?


- Mas... - James começou a falar, mas se calou. Harry não tinha o que lembrar.


O seu pai vive em você, Harry, e se revela mais claramente quando você precisa dele. De que outra forma você poderia produzir aquele Patrono?


Tenho certeza que todo o treinamento com Lupin não teve nada a ver, pensou Regulus sarcástico.


Pontas reapareceu ontem à noite.


James sorriu para Harry.


- Um Pontas muito melhor que eu - disse.


Harry balançou a cabeça.


Levou um momento para Harry compreender o que Dumbledore acabara de dizer.


- É porque Dumbledore gosta de complicar as coisas - disse Alice.


— Ontem à noite Sirius me contou como eles se tornaram Animagos — disse o diretor, sorrindo. — Uma realização fantástica, e não é menos fantástico que tenham ocultado isso de mim.


- Obrigado, obrigado - James e Sirius faziam reverências como se estivessem agradecendo aplausos.


Lene e Lily reviraram os olhos.


Então me lembrei da forma muito incomum que o seu Patrono assumiu,


- Você quis dizer a de viado? - provocou Sirius.


- Cervo - retrucou James de volta.


Alice revirou os olhos e mandou os dois calarem a boca logo.


quando investiu contra o Sr. Malfoy


Gina fez uma careta.


na partida de Quadribol contra Corvinal. Sabe, Harry, de certa forma você realmente viu o seu pai ontem à noite...


- Eu não diria isso - disse James, triste.


Você o encontrou dentro de si mesmo.


- É a melhor parte de mim - murmurou Harry para James.


James sorriu, orgulhoso.


E Dumbledore saiu da sala deixando Harry com seus pensamentos muito confusos.


- Ele tem esse dom - murmurou Hermione.


Ninguém em Hogwarts sabia a verdade do que acontecera na noite em que Sirius, Bicuço e Pettigrew desapareceram, exceto Harry, Rony, Hermione e o Prof. Dumbledore.


- Resumindo, as mesmas pessoas que sempre sabem de tudo - Neville revirou os olhos.


À medida que o trimestre foi chegando ao fim, Harry ouviu muitas teorias diferentes sobre o que realmente acontecera,


- Eu lembro delas - comentou Gina - Era cada viagem.


- As pessoas conseguiram fazer com que tudo ficasse ainda mais impressionante do que já era - concordou Rony.


mas nenhuma delas sequer se aproximava da verdadeira.


- Ninguém nunca iria imaginar que Sirius era inocente - comentou Jorge.


Malfoy estava enfurecido com a fuga de Bicuço.


- Uma pena.


Acreditava que Hagrid encontrara um jeito de contrabandear o hipogrifo para um lugar seguro, e parecia indignado que ele e o pai tivessem sido enganados por um guarda-caça.


- Vocês não deviam se sentirem mal por isso. Afinal, vocês não tem culpa de não serem inteligentes quanto Hagrid - comentou Sirius.


Snape deu sorriso sarcástico, mas ficou calado.


Entrementes, Percy Weasley tinha muito a dizer sobre a fuga de Sirius.


- Sobre o que ele não tem muito a dizer? - reclamou Fred.


— Se eu conseguir entrar para o ministério, apresentarei várias propostas sobre a execução das leis da magia!


- Que não serão aceitas - disse Gina.


— disse ele à única pessoa que queria escutá-lo, sua namoradinha Penelope.


- Até hoje eu não entendo como alguém iria querer namorar com ele - comentou Rony.


- Não que ela seja muito legal também - complementou Hermione.


Embora o tempo estivesse perfeito, embora a atmosfera estivesse tão animada,


- Por que eu sinto que vem algo ruim? - comentou Dorcas.


embora ele soubesse que tinham realizado quase o impossível ao ajudar Sirius a continuar livre,


- Não, você realizou o impossível - disse Sirius.


Harry jamais chegara tão desanimado a um final de ano letivo.


- Nossa - disse Lene - Por que tudo isso, jovem?


- Meu melhor professor de DCAT estava indo embora.


Com certeza não era o único aluno que lamentava a partida do Prof. Lupin.


Remus sorriu, emocionado com isso.


A turma inteira de Defesa contra as Artes das Trevas amargara a demissão do professor.


- Eu não acredito nisso - sussurrou, surpreso. Ele tinha conseguido conquistar todos aqueles estudantes?


Eu acredito - disse Dorcas - Só é natural que eles te amem.


Remus sorriu para ela.


— Quem será que vão nos dar o ano que vem? — perguntou Simas Finnigan deprimido.


- Um maluco - resmungou Neville. Odiava Moody² por aquela aula horrível sobre as maldições imperdoáveis.


— Quem sabe um vampiro — sugeriu Dino Thomas esperançoso.


- Infelizmente, não foi um vampiro - disse Gina irônica.


Não era apenas a partida do Prof. Lupin que estava pesando na cabeça de Harry. Ele não podia deixar de pensar, e muito, na predição da Profª. Sibila Trelawney.


- Harry... Não fique pensando nessas coisas. Elas não levam a nada - disse Lily.


Ficava imaginando onde estaria Pettigrew, se já teria procurado guarida com Voldemort.


- Não acho que Voldemort tenha muito o que oferecer - disse James.


Mas o que mais deprimia o ânimo de Harry era a perspectiva de regressar à casa dos Dursley.


- Não acredito que você ainda terá que retornar para lá! - disse Alice, indignada.


Durante talvez meia hora, uma gloriosa meia hora, acreditara que iria passar a morar com Sirius...


- Teria sido perfeito - murmurou Sirius.


- Teria - concordou Harry.


O melhor amigo dos seus pais...


- Eu nunca disse nada sobre Sirius ser o meu amigo - disse Lily.


- Querida, você nem precisa dizer - falou Sirius e deu uma piscadinha.


Seria a segunda melhor coisa do mundo depois de ter o seu pai de volta.


- Ou a minha mãe - acrescentou e Lily sorriu.


E ainda que não ter notícias de Sirius Black fosse decididamente uma boa notícia,


Lene bateu em Sirius e ele soltou um gritinho (fazendo com que os meninos rissem).


- Por que você me bateu?


- Por que você não mandou cartas por Harry? - ela perguntou rapidamente.


- Eu achei que fosse mais seguro, para ele, esperar! - defendeu-se Sirius.


Lene respirou fundo, acalmando-se.


- Okay então.


pois significava que ele conseguira se esconder com sucesso,


- Espero que você seja ótimo nisso - disse Lene.


Harry não podia deixar de se entristecer quando pensava no lar que poderia ter tido e na circunstância de isso ter se tornado impossível.


Todos olharam para Harry com pena.


Os resultados dos exames foram divulgados no último dia do ano letivo.


- Só para aumentar a tensão.


Harry, Rony e Hermione tinham passado em todas as matérias.


- Muito bem - disse Lily e abraçou o filho feliz.


- Eu seria deserdado se não passasse - disse Rony.


- Que nada, não passamos em astronomia e mamãe superou - disseram Jorge e Fred.


Harry se admirou de ter se dado bem em Poções.


- Todos ficamos surpreso com isso - disse Gina.


Suspeitava, muito perspicazmente, que Dumbledore talvez tivesse interferido para impedir Snape de reprová-lo de propósito.


Uma pena, Snape revirou os olhos.


- Você não faria isso - Lily defendeu Snape.


O comportamento de Snape com relação a Harry na última semana tinha sido alarmante. O garoto não teria achado possível que a aversão do professor por ele pudesse aumentar, mas sem dúvida isto acontecera.


- Até eu percebi que estava pior - disse Neville.


Um músculo tremia incomodamente no canto da boca fina de Snape toda vez que ele olhava para Harry, e o bruxo flexionava os dedos todo o tempo, como se eles comichassem para apertar o pescoço de Harry.


Eu devo querer muito matar o menino, pensou Snape.


Percy conseguira excelentes notas nos exames de N.I.E.M.‘s (Níveis Incrivelmente Exaustivos em Magia);


- Nenhuma surpresa nisso - disse Rony.


Fred e Jorge passaram raspando nos exames para obter seus N.O.M.s (Níveis Ordinários em Magia). Entrementes, a casa de Grifinória, em grande parte graças ao seu espetacular desempenho na conquista da Taça de Quadribol, ganhara o Campeonato das Casas, pelo terceiro ano consecutivo.


- Todo ano desde que Harry entrou em Hogwarts - disse James, orgulhoso.


- E Rony, Neville e Hermione - acrescentou Sirius.


Isto significou que a festa de encerramento do ano letivo se realizou em meio a decorações vermelhas e douradas, e que, na comemoração geral, a mesa da Grifinória foi a mais barulhenta do Salão.


- Sempre é, mesmo quando a Sonserina ganha - disse Lene.


- Claro. Os sonserinos não comemoram a vitória ai - disse Regulus com um sorriso malicioso. Ah, aquelas festas eram sem duvidas as melhores.


Até Harry enquanto comia, bebia, conversava e ria com todos,


- Um ato excepcional para o Trio - disse Fred.


conseguira esquecer a viagem de regresso à casa dos Dursley no dia seguinte.


- Queria dizer que eu esqueci também - disse Lily.


Quando o Expresso de Hogwarts deixou a estação na manhã seguinte, Hermione comunicou a Harry e a Rony uma notícia surpreendente.


- Está decidindo pular um ano letivo? - sugeriu Lyssi.


- Claro que não - disse Hermione horrorizada.


- Bem, você tem capacidade para isso.


- Obrigada - disse Hermione, corada.


— Fui ver a Profª. McGonagall hoje de manhã, pouco antes do café.


- Os professores realmente não podem ter paz.


Resolvi abandonar Estudos dos Trouxas.


- É uma matéria muito boa - falou Frank, chateado.


— Mas você passou na prova com trezentos e vinte por cento! — exclamou Rony.


- Excelente nota - disse Remus, impressionado.


— Eu sei — suspirou Hermione — mas não vou poder viver outro ano igual a este. Aquele Vira-Tempo estava me levando à loucura. Eu o devolvi.


- Sábia decisão - disse Hermione.


Sem Estudos dos Trouxas e Adivinhação, vou poder ter um horário normal outra vez.


— Ainda não consigo acreditar que você não tenha nos contado. Pensávamos que éramos seus amigos.


- E vocês são - ela prometeu.


— Prometi que não contaria a ninguém — disse Hermione com severidade.


- Você leva tudo muito a sério.


Era algo sério.


Ela se virou para olhar para Harry, que observava Hogwarts desaparecer de vista por trás de um morro. Dois meses inteiros até poder revê-la...


- Parece até que está falando de uma amante.


- Não, mais Hogwarts é o lugar que eu mais amo - afirmou Harry veemente.


— Ah, se anima, Harry! — disse Hermione triste.


- Eu estava ficando depressiva por sua causa.


- Desculpa?


- Só dessa vez.


— Eu estou bem — se apressou o garoto a dizer. — Estou só pensando nas férias.


- Porque Harry Potter não gosta de férias - disse Fred.


— É, eu também tenho pensado nelas — disse Rony. — Harry você tem que vir ficar conosco.


- Acredite, você não quer isso mais que eu.


Vou combinar com mamãe e papai, depois te ligo. Agora já sei usar um feletone...


- Sabe tanto que não sabe o nome - implicou Gina.


- Eu quase acertei - defendeu-se Rony.


— Um telefone, Rony — corrigiu-o Hermione. — Sinceramente, você é quem devia fazer Estudos dos Trouxas no ano que vem...


Rony fingiu que não tinha ouvido o comentário.


- Rony finalmente está ficando inteligente, evitando brigas que ele não pode ganhar - disse Neville.


— Vai haver a Copa Mundial de Quadribol agora no verão! Que é que você acha, Harry?


- Eu acho maravilhoso - disse Harry - Os jogos são... algo que eu nunca tinha visto antes - falou sonhador.


Vem ficar com a gente e aí podemos assistir aos jogos!


- Vão, por favor - implorou James, animado. Harry tinha que ver a Copa Mundial de Quadribol.


Papai geralmente arranja entradas no ministério.


- Sabia que aquele lugar servia para algo - disse Gina.


Esta proposta teve o efeito de animar Harry bastante.


- Se isso não animasse também, nada mais iria - disse Neville


— É... Aposto que os Dursley iriam gostar que eu fosse, principalmente depois do que fiz com a tia Guida...


Todos explodiram em risadas, lembrando do acontecido.


Sentindo-se bem mais alegre, Harry jogou várias partidas de Snap Explosivo com Rony e Hermione


- E perdi várias delas - comentou.


e, quando a bruxa com a carrocinha de lanches chegou,


- Ela trabalha ai desde sempre né? - perguntou Lene curiosa.


Sirius deu de ombros.


ele comprou uma enorme refeição, mas nada que tivesse chocolate.


- Isso mesmo, seja saudável - disse Lily.


Mas a tarde já ia avançada quando aconteceu a coisa que o deixou realmente feliz...


Lily sorriu, mesmo sem saber o que era já estava contente.


— Harry — chamou-o Hermione de repente, espiando por cima do seu ombro. — Que é essa coisa do lado de fora da sua janela?


- Espero que não seja grades de novo - disse Alex.


- Não, Harry estava feliz, lembra? - disse Josh.


- Ah, é verdade - disse Alex.


Harry se virou para olhar. Havia uma coisa muito pequena e cinzenta que aparecia e desaparecia de vista do lado de fora da janela.


- Um passarinho? - sugeriu Lyssi.


- Quase - replicou Harry, sorrindo.


Ele se levantou para ver melhor e concluiu que era uma coruja minúscula, carregando uma carta demasiado grande para o seu tamanho.


- Que absurdo! De quem é está coruja? - questionou Alice, irritada. Isso era uma exploração.


Os Weasleys e Harry se entreolharam, mas ficaram calados.


A coruja era tão pequena, na realidade, que não parava de dar cambalhotas no ar, impelida para cá e para lá pelo deslocamento de ar do trem.


- Ela não devia estar entregando nada ainda - reclamou Alice.


Harry baixou depressa a janela, esticou o braço e recolheu-a.


- Um gesto bondoso - falou Alice.


Ao tato, ela lembrava um pomo de ouro muito fofo.


- Você não está a chamando de gorda, está? - perguntou Gina, com um olhar mortal. O namorado engoliu em seco e balançou a cabeça, negando com convicção.


O garoto recolheu a coruja cuidadosamente pra dentro.


Alice sorriu para Harry.


A ave deixou cair a carta no banco e começou a voar pela cabine dos garotos, aparentemente muito satisfeita consigo mesma por ter se desincumbido de sua tarefa.


- Ela nem percebe o abuso que sofreu - disse Alice, triste.


Edwiges deu um estalo com o bico numa espécie de digna censura.


- Sua coruja é muito orgulhosa - disse Alice com carinho. Não conhecia Edwiges, mas ela já era um dos seus animais preferidos.


Bichento se aprumou no assento, acompanhando a coruja com os seus enormes olhos amarelos.


- Esse seu gato... - disse Frank.


- Só é inteligente - disse Hermione, revirando os olhos. Estava cansada das teorias de conspiração que envolviam seu animal de estimação.


Rony, reparando nisso, segurou a coruja para protegê-la do perigo iminente.


- Não acredito que você ainda desconfie assim de Bichento! - protestou Hermione, indignada.


- Ele não deixou de ser um gato, deixou? - retrucou Rony de volta.


Harry apanhou a carta. Vinha endereçada a ele.


Sirius sorriu, já imaginando que tinha sido ele quem havia mandado. Sabia que iria escrever a Harry assim que achasse seguro o suficiente.


O garoto abriu a carta e gritou:


— É do Sirius!


Sirius e Harry trocaram sorrisos. Era bom saber que era tão importante um para o outro.


- Foi como ganhar um presente de natal - disse Harry, feliz.


Lily tentou sorrir, mas uma vozinha na cabeça dela não a deixava parar de se culpar pelo ficar ficar tão feliz quanto algo tão simples por receber uma carta do padrinho. Era para ele as receber todo dia e ainda ficar revoltado por ser obrigado a perder o tempo dele com isso, ou qualquer outra coisa que meninos normais pensassem aos treze anos!


— Quê? — exclamaram Rony e Hermione excitados. — Leia em voz alta!


- E se tivesse algo privativo? - perguntou Lene, mas não falava sério. Sirius nem tivera tempo para trocar segredos com Harry.


Caro Harry,


Espero que esta o encontre antes de você chegar à casa dos seus tios.


- Já vi que algo deu certo - murmurou Sirius.


Não sei se eles estão acostumados com correios-coruja.


- Não exatamente.


Bicuço e eu estamos escondidos. Não vou lhe dizer onde, caso esta coruja caia em mãos indesejáveis.


- Uma boa decisão - Regulus concordou com o irmão. Sirius sorriu para ele. Elogios eram raros entre os Blacks.


Tenho minhas dúvidas se ela é confiável,


- É mais confiável que melhores amigos hoje em dia - comentou James acidamente.


Todos se entreolharam tensos, mas ninguém falou nada.


mas foi a melhor que consegui encontrar e me pareceu ansiosa para se encarregar da entrega.


- Mas você devia ter o bom senso de não a mandar - reclamou Alice.


- Desculpe - pediu Sirius.


Acredito que os dementadores ainda estejam me procurando, mas eles não têm a menor esperança de me encontrar aqui.


- Você deve estar em um lugar trouxa - disse Frank pensativo.


- Provavelmente - concordou Sirius.


Estou planejando deixar os trouxas me verem em breve, muito longe de Hogwarts, de modo que a segurança sobre o castelo seja relaxada.


- Isso é muito legal da sua parte - disse Lyssi, sorrindo.


- Obrigado - disse Sirius.


Há uma coisa que não cheguei a lhe dizer durante o nosso breve encontro.


- Só uma - brincou Harry.


- Não reclame. Agora você irá ter que me aturar dizendo muitas coisas - disse Sirius.


- Está ótimo para mim - disse Harry.


Fui eu que lhe mandei a Firebolt...


- Obrigado, Almofadinhas - disse James.


- De nada, Pontas - respondeu Sirius sincero - Eu só queria ver o meu afilhado podendo jogar o melhor jogo do mundo.


— Ah! — exclamou Hermione triunfante. — Estão vendo! Eu disse a vocês que tinha sido ele!


- Vocês vão brigar sobre isso de novo? - Gina revirou os olhos.


— É, mas ele não tinha enfeitiçado a vassoura, tinha? — retrucou Rony. — Ai!


A corujinha, agora piando feliz em sua mão, bicava-lhe um dedo, no que parecia ser uma demonstração de carinho.


- E é - disse Gina, defendendo a coruja.


...Bichento levou a ordem de compra à Agência-Coruja para mim.


- Estou dizendo que seu gato não é normal - murmurou Frank.


Usei o seu nome, mas mandei sacarem o ouro do meu cofre em Gringotes.


- Você não precisava fazer isso - disse James.


Regulus franziu a testa.


- Como você conseguiu ter acesso ao seu cofre?


Sirius deu de ombros.


Por favor, considere a vassoura o equivalente a treze anos de presentes do seu padrinho.


- Não é suficiente - brincou Harry - Terá que me dar vários outros presentes.


- Com certeza - ironizou Sirius.


Gostaria também de me desculpar pelo susto que lhe dei aquela noite, no ano passado, quando você abandonou a casa do seu tio. Minha esperança era apenas dar uma olhada em você antes de iniciar viagem para o norte, mas acho que a minha aparição o assustou.


- Mais uma prova que não existe isso de adivinhação - disse Hermione, arrogantemente.


Regulus a encarou com desprezo, mas não disse nada.


Estou anexando outro presente para você, e acho que ele tornará o seu próximo ano em Hogwarts mais prazeroso.


James olhou para Sirius confuso. Do que o amigo estaria falando? Harry já tinha tudo que precisava: capa, mapa de Hogwarts e amigos.


Se algum dia precisar de mim, mande me dizer.


- Idiota. Ele é o seu afilhado, ele precisa de você sempre - disse Lene.


- Mas eu não posso estar lá para ele sempre - disse Sirius tristemente.


- Não podia - corrigiu Lene - Agora você pode.


Sua coruja me encontrará.
Escreverei novamente em breve.


- É melhor que escreva, Sirius Black - ameaçou Lily.


- Sim, mamãe - replicou.


Sirius.


- Não precisava assinar - brigou James, preocupado com o amigo e o filho.


- Foi só para eu saber quem eu era - Harry tentou tranquilizar.


Harry espiou ansioso dentro do envelope. Havia outro pedaço de pergaminho. Examinou-o depressa e se sentiu inesperadamente aquecido e satisfeito como se tivesse bebido uma garrafa de cerveja amanteigada quente, de um gole só.


James e Lily sorriram amplamente, felizes em ouvir como Harry estava bem.


Pela presente, eu, Sirius Black, padrinho de Harry Potter, dou-lhe permissão para visitar Hogsmeade nos fins de semana.


- Isso é ótimo! - disseram Dorcas, Lene, James e Remus empolgados.


- Mas Sirius é um fugitivo, então como isso é válido? - questionou Frank confuso.


- Porque Dumbledore sabe a verdade - lembrou Harry.


- Ainda assim... Esses registros devem ficar em algum lugar - comentou Regulus.


— Dumbledore vai aceitar esta autorização!


- Acho que ele tinha aceitado até mesmo se você pedisse para sair próximo ano - disse Neville.


— exclamou Harry alegremente. O garoto tornou a olhar para a carta de Sirius. — Espera aí, tem um P.S.


Achei que o seu amigo Rony talvez quisesse ficar com a coruja,


- Somente se ele cuidar bem dela - ameaçou Alice.


- Ele cuidou - Harry a tranquilizou.


pois é minha culpa que ele não tenha mais um rato.


- Não acho que Rony ligue para isso - murmurou Jorge.


- Mas é um ótimo presente.


Os olhos de Rony se arregalaram. A corujinha continuava a piar agitada.


- Ela é imperativa, não?


- Só um pouco.


— Ficar com a coruja? — perguntou o garoto hesitante. Ele mirou a ave um momento; depois, para grande surpresa de Harry e Hermione, ofereceu-a para Bichento cheirar.


- Isso que é uma mudança - disse Neville, entre gargalhadas.


— Qual é a sua avaliação? — perguntou Rony ao gato.


- Não me surpreenderia se ele respondesse.


- Certo, Frank - Hermione falou irritada.


— Isto é decididamente uma coruja?


Bichento ronronou.


- Está vendo? Uma resposta - o Longbottom irritou a Granger.


Rony olhou divertido para os dois.


— Para mim é o suficiente — disse Rony feliz. — É minha.


- Espero que a use para falar com Harry - disse Josh.


- Com certeza.


Harry leu e releu a carta de Sirius até a estação de King‘s Cross.


Sirius sorriu, emocionado.


E continuava a apertá-la na mão quando ele, Rony e Hermione passaram a barreira da plataforma 9 e ½. Harry localizou o tio Vernon imediatamente. Estava parado a uma boa distância do Sr. e da Sra. Weasley,


- Uma pena que meus pais tenham chegado tão perto desse... porco - disse Gina.


espiando-os desconfiado, e, quando a Sra. Weasley abraçou Harry, as piores suspeitas do tio a respeito do casal pareceram se confirmar.


- Realmente, uma pena que eles não estejam nas expectativas de Vernon - ironizou Harry.


— Eu ligo para falar da Copa Mundial! — gritou Rony para Harry


- Bom ligar mesmo - concordou James, ansioso.


quando o amigo acenou um adeus para ele e Hermione, e saiu empurrando o carrinho com sua mala e a gaiola de Edwiges em direção ao tio, que o cumprimentou da maneira habitual.


- Ou seja, fez algo rude e grosseiro? - sugeriu Dorcas.


- Algo assim - replicou Harry.


— Que é isso? — rosnou, olhando para o envelope que Harry ainda segurava na mão. — Se é outro formulário para eu assinar, pode tirar o cavalinho...


- Não preciso mais de você para isso - falou Harry, arrogante.


James nunca sentiu-se tão orgulhoso.


— Não é, não — respondeu Harry alegremente. — É uma carta do meu padrinho.


- O melhor padrinho do mundo - acrescentou Harry.


- Obrigado - disse Sirius, envergonhado.


— Padrinho? — engasgou o tio Vernon. — Você não tem padrinho!


- Eu queria ter visto isso - disse Hermione divertida.


— Tenho, sim — respondeu Harry animado. — Era o melhor amigo da minha mãe e do meu pai.


- Já disse que eu não sei nada sobre Sirius ser o meu melhor amigo - comentou Lily.


- E eu já disse que todos sabem que você me ama - replicou Sirius, piscando em seguida.


- Nem tente roubar Lily - advertiu James, em um tom divertido.


- Com medo da competição, James? - provocou Sirius.


- Não. Com medo da reação de Marlene - disse James, fingindo estar assustado ao olhar para a morena.


Lene fez uma cara irritada, mas depois piscou para Lily e James.


E é um assassino condenado, mas fugiu da prisão dos bruxos e está foragido.


- Neste momento, eu estou até feliz dessa imagem minha - disse Sirius, rindo de se acabar.


Mas ele gosta de manter contato comigo... Saber das minhas notícias... Verificar se estou feliz...


- Muito boa essa! - disseram os gêmeos, entre os risos.


Todos, até mesmo Snape, não estavam conseguido controlarem as risadas.


- Eu sempre soube que você era um Maroto, Harry - disse James, ainda rindo no meio das palavras.


Harry sorriu.


E, abrindo um largo sorriso ao ver a cara de horror do tio Vernon,


- Your shit from the past will come back to haunt you, a boomerang effect, a reminder, to taunt you. So mark my words, for life to be rich... Never forget: Karma‘s a bitch³ - cantarolou Lyssi, feliz - Música trouxa - explicou depois.


- Combinou bem com a situação - falou Gina.


Harry rumou para a saída da estação, Edwiges chocalhando à frente,


- Ainda vou conhecer essa coruja - disse Alice decidida.


para o que prometia ser um verão muito melhor do que o anterior.


- Acabou - anunciou Jorge.


- Harry, você pode ficar conosco um pouco? - pediu Lily - Faz um tempo que você não fica comigo e James.


James concordou, parecendo um pouco triste.


- Desculpe - Harry pediu, envergonhado. Para ele, não era simples equilibrar o pouco que tempo livre que tinha. Queria conversar com Rony e Hermione, como sempre. Passar um tempo com a namorada, aproveitando para matar a saudade de todos os meses que passara separado dela. Divertir-se com os gêmeos e conhecer mais de Sirius e Remus adolescentes. Descobrir mais sobre os misteriosos irmãos Paltrown. Conversar com Alice, Dorcas, Lene e Frank. E, claro, queria passar um tempo com Regulus, que se tornara rapidamente seu melhor amigo - Eu fico com vocês - disse.


Eles se levantaram e foram para um quarto vazio conversarem.


- Então, Harry... - começou Lily - Eu sei que você já sabe disso, mas é algo que eu preciso falar. Você precisa nos ouvir dizer isso. Eu e James... Nós sentimos muito. Por não estar com você quando cresceu, por não ter te dado condições de vida melhores - disse.


- Está tudo bem, mãe - disse Harry, tentando evitar que os pais se sentissem mal por sua causa.


- Não, não está - afirmou James firmemente - Harry, eu queria te dar tudo. Queria que você sempre tivesse roupas novas, adequadas ao seu tamanho, vassouras de quadribol perfeitas, livros e óculos. E eu sei que eu podia ter te dado tudo isso se eu estivesse vivo; dinheiro é o que não falta pra família Potter. Mas mais que tudo isso, eu queria ter sido um bom pai para você, como o meu foi para mim. Queria estar com você desde quando estivesse aprendendo a engatinhar até você sair de casa. Queria te levar para Hogwarts pela primeira vez, ir ao Beco Diagonal, ver um jogo de Quadribol. Te ensinar a jogar. Perturbar quando você estivesse afim de alguém pela primeira. Estar perto quando você tivesse pesadelos, contar histórias para você dormir. Eu queria tanto fazer isso tudo com você que dói e eu não posso imaginar o quão pior isso deve ser para você. Eu perdi todas essas fases da sua vida e eu nunca irei me perdoar por isso - falou James, por fim. Ele estava pensando nisso fazia tempo.


Harry olhou para o pai surpreso. Nunca esperou ouvir isso de James, no entanto, uma parte dele sempre quis ouvir algo assim vindo pai. E sim, como ele queria que a vida dele houvesse sido assim. Mas não tinha sido e ele tinha se tornado uma pessoa completamente diferente por causa disso. Não havia sentido em se culpar por todas as coisas que não aconteceram. Harry só estava grato da oportunidade de conhecer James e Lily e talvez mudar as coisas, melhorar a vida das pessoas.


- E isso é tudo culpa nossa - disse Lily, baixo - Nós tínhamos um bebê e resolvermos continuar lutando na guerra. Por que nós não fugimos quando eu estava grávida? - perguntou ela, irritada. Se ela tivesse feito isso, Harry teria crescido com ela e James.


James concordou com a cabeça. Não gostava da ideia de deixar a Inglaterra, mas era um sacrífico que ele faria em paz por Harry.


- Mas eu nunca perdoaria vocês por não fazer nada - disse Harry, repentinamente irritado - Como vocês acham que eu ia me sentir ao saber que vocês estavam participando ativamente da luta contra um louco e se retiraram por minha causa? Que vocês eram umas das poucas pessoas que não corriam ao nome de Voldemort e por minha causa foram embora? Como eu contaria as pessoas que meus pais eram heróis, mas eles decidiram fugir? Que vocês abandonaram tudo, todos os seus princípios, tudo o que vocês achavam certo, para me dar a oportunidade de ser feliz? Que tipo de felicidade vocês acham que eu teria vivendo uma vida de covarde? Como vocês acham que iam lidar com o fato que iriam receber noite após noite a notícia que mais um amigo de vocês morreu? Como vocês iam abandonar Sirius? Lily, você ia deixar Alice para trás? E Remus? - Harry despejou, liberando toda a raiva que tinha sentido pela ideia. Ele nunca iria se perdoar se as coisas fossem assim e, pior, nunca iria respeitar James e Lily.


James e Lily estavam chocados. Nunca tinham esperados que Harry fosse agir assim perante essa ideia. Eles só queriam a chance de uma vida tranquila com ele. Mas também sabiam que o menino estava certo. Eles jamais poderiam abandonar seus amigos e princípios e ainda assim viverem felizes. Não podiam ficar sentados, sem fazer absolutamente nada, enquanto acontecia uma guerra civil no país deles.


- Você está certo - falou Lily, por fim - Eu só queria que as coisas fossem diferentes - ela disse.


Harry deu um pequeno sorriso.


- E elas serão, mãe. Eu prometo.


xxxx


Sirius aproximou-se de Lene e a chamou para conversar, estranhamente sério. Lene trocou olhares com Dorcas e então se levantou, seguindo o namorado para um lugar mais vazio do jardim.


- O que você queria falar? - perguntou Lene, assim que eles se sentaram, estranhando o silêncio do namorado.


Sirius respirou fundo, sem saber muito bem por onde começar. Era um Black, agradecimentos nunca foram ensinados a ele.


- Lene, eu tenho que agradecer - disse e depois parou incerto.


- Pelo quê, Sirius? - ela questionou confusa. Não entendia o ponto daquela conversa.


Sirius pensou em todos os esses últimos dias, em como sua visão de mundo fora alterada drasticamente e como ele sentira-se uma pessoa terrível. Em como ele precisou de alguém junto dele em cada passo do caminho. Em como cada risada ou palavra de Marlene McKinnon o impedira de ir insano.


- Por ficar cuidando de mim nesses últimos dias. Ler esse livro foi muito difícil e eu honestamente não sei se conseguiria sem você - disse Sirius - Sei que nem sempre sou a pessoa mais fácil do mundo, mas espero que saiba que você é uma das coisas que me faz mais feliz na vida, Marlene.


- Sirius... - ela disse feliz. Não entendia nem como alguém era capaz de sentir-se tão bem quanto ela se sentia nesse instante - Eu fiz tudo isso simplesmente porque me importo com você. Eu acho que você é uma daquelas raras pessoas pelas quais vale a pena lutar.


Sirius sorriu também, sentindo-se feliz com as palavras da namorada. Nunca fora uma pessoa de envolver-se emocionalmente, sempre fora mais físico, mas valia a pena envolver-se totalmente com Lene. Ele apertou a mão dela e a sentiu apertar de volta.


xxxx


Regulus olhou em volta, sentindo-se deslocado sem a presença de Harry e Sirius ali na sala. Não tinha muito o que fazer nem com quem falar; não era como se fosse amigo de nenhuma das pessoas que estava ali. Nessa hora, sentiu mais falta do que o normal de Raya e Gael, seus melhores amigos em Hogwarts. Ele queria estar com eles, jogando conversa fora ou sentado em cima da mesa de uma sala vazia que tinham descoberto (era o lugar preferido deles para beber).


Mas ao invés disso, estava ali, sentado sozinho e sem nada para fazer. Parecia um idiota.


Remusgando mentalmente, decidiu dar uma volta e não ficou surpreso ao ver Severus fazer o mesmo. Ele também não pertencia a este lugar.


- Acho que devíamos nos considerarmos sortudos de estarmos no meio de tantos grifinórios e ainda não termos sido mortos - comentou, aparecendo ao lado de Snape.


- Ou é sorte deles que nós tenhamos sido tão legais e os aturado todo esse tempo - disse Snape, dando um leve sorriso.


Regulus sorriu de volta, procurando algo para dizer.


- Mas pelo que eu sei você é um destaque em DCAT, estou certo? - perguntou após alguns segundos.


Snape sorriu convencido.


- É uma das minhas melhores matérias. Mas na verdade as pessoas acham isso porque eu prático alguns feitiços não usuais - disse Severus.


Agora Regulus ficou realmente interessado. Nada como atrair um Black como as palavras "não usuais" ou "não exatamente legal". Pediu para Snape explicar mais. Qualquer conhecimento podia ser a diferença entre vida e morte na guerra.


xxxx


- O que você acha que Regulus está fazendo conversando com Snape? - perguntou Rony, suspeito. Não gostou nenhum um pouco de ver os dois sonserinos tão amiguinhos.


Hermione deu de ombros. Não gostava muito de Regulus, pois achava o menino muito moralmente flexível e preconceituoso. Mas isso não significava que só porque ele estava conversando com Snape, ele estava tramando algo. Provavelmente os dois só estavam conversando sobre conhecidos ou escola.


- Vamos lá, Hermione, você acha que algo bom pode vir dessa amizade? - questionou Rony.


- Claro que não - disse Hermione - Mas não sou eu quem tem que julgar isso. Se eles quiserem serem amigos, sejam.


- Eu sei, eu sei. É só que... - Rony hesitou -...Eu fico preocupado com o Harry.


- Com o Harry? - Hermione piscou confusa.


- Sim. É, bem, ele está bem amigo do Regulus. Mas não sei se Regulus é uma pessoa boa - disse por fim.


Hermione sorriu para o namorado. Sabia que ele estava só cuidando de Harry.


- Rony, o Harry é bem grandinho para ser amigo de quem ele quiser. Ele sabe, mais do que ninguém, quando alguém está tentando o manipular ou fazer mal - disse Hermione. Ela hesitou antes de acrescentar - Eu também não gosto muito de Regulus. Mas ele parece se preocupar verdadeiramente com o Harry.


- Eu sei que ele não quer fazer mal a Harry - explicou Rony - Mas o que eu acho é que talvez ele seja uma má influência. Talvez ele faça mal a Harry sem nem saber.


Hermione pensou em todas as conversas que Harry e Regulus tinham entre si e viu-se incomodada pelo fato que não tinha ideia do que eles falavam nessas horas.


- Talvez - concordou Hermione, por fim.


xxxx


Neville, Frank e Alice aproveitavam o tempo livre para lanchar e conversar. Queriam se conhecer melhor.


- Então no quinto ano, eu saí correndo quando eu vi a sua mãe... - contava Frank.


-...E eu fiquei com raiva de você por uma semana inteira por isso - disse Alice sorrindo.


- E você? Já gostou de alguém? - perguntou Frank.


Neville imediatamente parou de rir e corou, desviando o olhar.


Alice e Frank se entreolharam. Isto era um claro sim.


- Quem foi? - perguntaram em uníssono.


Neville olhou para o lado, conferindo se não tinha ninguém perto.


- Vocês tem que jurar não contar para ninguém, certo? - ele pediu.


- Somos seus pais, Nev. Não iremos contar para ninguém - disse Alice e revirou os olhos.


- Ok. Eu já tive uma queda pela Gina4 - contou, olhando para o chão logo depois.


Frank e Alice olharam um para o outro, sem saberem como reagir a isso.


- Mas isso foi há muito tempo - Neville disse, ignorando a surpresa dos pais - E tudo mudou quando... - ele parou de falar, mais envergonhado ainda.


- Quando o quê? - perguntou Alice ansiosa. Era bom ter uma confirmação que o seu filho não estava apaixonado pela namorada do amigo dele e o filho da melhor amiga dela.


- Quando eu conheci Luna - disse com um sorriso e os pais já souberam que este deviam ser um caso sem solução. Era realmente paixão. Principalmente porque ele começou a descrever a menina logo depois.


xxxx


Lyssi, Alex e Josh estavam em uma conversa tranquila quando foram chamados por Dorcas e Remus. Curiosos, eles se aproximaram.


- O que vocês acham de jogarmos algum jogo agora? - questionou Dorcas, simpática.


Os irmãos se entreolharam, mas rapidamente aceitaram. Não custava nada interagir um pouco.


xxxx


Quando Sirius voltou com Marlene, encontrou Remus jogando com Dorcas e os irmãos Paltrown. Achou a cena curiosa e não queria interromper, mas queria falar com o Lupin. Tocou de leve no ombro do amigo que se virou para ele e pareceu entender tudo. Assentiu, falou algo para Dorcas e se levantou.


- Você sabe onde está James? - perguntou Remus.


- Estou indo procurá-lo agora - respondeu Sirius.


Não demorou muito e o encontraram, deitado com a cabeça no colo de Lily, com Harry sentado na outra ponta da cama.


- James? Você pode vir aqui um instante? - pediu Sirius.


James respirou fundo. Não queria se mover, estava em um lugar perfeito. Mas tinha atender o pedido do amigo. Então levantou-se do lugar e seguiu os amigos. Os três fizeram uma parada na cozinha e pegaram as bebidas alcoólicas. Todos sabiam que iam precisar disso se fossem falar de Peter.


- Eu ainda não acredito que ele traiu a gente - disse Sirius, por fim.


- Aquele filho da mãe - concordou Remus.


- Não sei o que eu vou fazer para não quebrar a cara dele quando o ver em Hogwarts novamente - falou James, tomando um gole na garrafa de alguma substância que não sabia o que era e nem se importava.


- Eu confiei nele - disse Remus.


- Todos confiamos - disse Sirius.


- Eu vou matá-lo - anunciou James. Nenhum dos amigos protestou.




¹ - Okay, só queria deixar claro que não tenho problema com homossexualidade. Mas não acredito que o Sirius em específico iria agradecer por ser chamado de uma coisa que ele não é, no caso gay.


² - Se eu não me engano, Neville não chega a saber que o professor "Alastor Moody" era na verdade Bartolomeu Crouch Jr.


³ - Está música realmente existe e pertence a Dj Stephanie. A tradução do trecho é mais ou menos assim: Sua merda do passado irá voltar para lhe assombrar, um efeito boomerang, um lembrete, para lhe zombar. Então grave as minhas palavras, para a vida ser rica... Nunca esqueça: Karma é uma vadia.


4 - Ok, antes que comecem a shippar Neville/Gina ou algo assim, somente coloquei aqui porque acho algo realmente provável de ter acontecido considerado que os dois eram bem amigos e o Neville não falava muito com outras garotas. Mas não interesse em usar isso em um futuro próximo.


Nota: Nem acredito que esse é o capítulo final de Lendo Harry Potter 3. Espero que vocês tenham gostado.


Queria saber a opinião de vocês sobre Cursed Child e se alguém vê Scream (ainda não superei a morte de um personagem de lá). Também queria agradecer por vocês lerem LHP3 até aqui e LHP4 está vindo.

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Comentários (1)

  • Izabella Bella Black

    Oi, primeiramente já era para eu ter respondido esse capitulo a bastante tempo, porém não me acostumei a utilizar o site novo, para a minha sorte no meu not mais velho, ainda funciona o site antigo, então estou comentando por ele. Em segundo amei o capitulo, e sobre a demora não se preocupe te entendo, também estou cheia de materia para estudar. Pode montar o plano que eu aceito sequestrar os dois. Eu também queria voltar para as minhas ferias.... Ri muito com o comentario do Sirius sobre o reporter sair correndo. Eu amo Hogwarts, mais se estudasse lá me perderia toda hora, já os livros milhares de vezes mais até hoje não sei quantos andares tem o castelo e nem os caminhos. Realmente apesar de tudo Dumbledore é um bocado manipulador. Também não consigo imaginar Sirius gay, nada contra, porém para mim isso não combina em nada com o pouco que sabemos sobre ele. Uma perguntinha Raya é a personagem que sugeri? Ela vai entrar logo na historia? Tenho que concordar é muito engraçado ver Snape fora de si e Dumbledore sugerindo que ele está imaginando coisas, quando tudo realmente aconteceu. Acho que o momento que mais tenho raiva de Sanpe é esse, ele não tinha nada que falar sobre o Remo, principalmente que isso não era da conta dele. Uma coisa, se os livros estão sendo lidos depois do roubo ao banco, então Harry já esteve na mansão Malfoy e Pedro já morreu e ele morreu por causa do vinculo, quando Harry o lembrou que ele devia a vida dele a Harry e a mão que Voldemort deu para ele o estrangulou quando Pedro excitou. É engraçado a reação do Rony ao descobrir que a coruja era dele. Adorei a conversa entre Harry, Tiago e Lily, para mim ambos expressaram suas opniões e decisões de certa forma. Outra perguntinha o melhor amigo de Reggulus, além de Raya é Theo ou Gael? É que no começo esta escrito Theo e no final Gael. E tem algumas partes em que você escreveu Snape no lugar de Sirius. Sobre Cursed Child, parece uma fanfic mal escrita pelo o que li, até agora não li o livro, pois sei que vou me decpicionar muito com a historia. Até LHP4. Beijos

    2016-09-24
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