O Correio Coruja




Capítulo 1 - O correio coruja


Todos estavam reunidos já, animados com a ideia de começar o terceiro livro. Menos os que sabiam sobre a prisão de Sirius.


- Sirius... – Harry hesitou. Como dizer ao seu padrinho que ele seria preso por um crime que ele não cometeu?


- O que, filhote? – perguntou Sirius divertido.


- Eu preciso falar com você... Em particular – falou Harry, tensamente e se levantou do seu lugar.


- E o livro? – perguntou Dorcas.


- Depois, Do – falou Lene, pressentindo que não vinha boa coisa.


Harry e Sirius saíram da sala sem dizer mais nada.


- Sirius... Eu... Preciso te avisar de uma coisa – Harry falou nervosamente, tentando colocar as ideias no lugar.


- O que foi? – Sirius perguntou desconfiado. Ele sabia que era algo muito ruim, mas também sabiam que ele era mais forte do que as pessoas jamais iriam imaginar.


- No meu terceiro ano, todos achavam que você tinha sido cometido um crime. Você estava preso há 12 anos, mas conseguiu escapar da prisão – contou rapidamente Harry.


Sirius ficou pálido, mas não disse nada. Não era como se houvesse algo que pudesse ser feito e ele não iria se abater por algo que não podia ser mudado. Ele também sentia que ele podia chorar se pensasse demais sobre isso e não queria o fazer.


- É só isso?


Harry hesitou. Ele não achava que seria uma boa ideia contar a Sirius que ele achava que ele tinha traído os Potters. Sirius estava controlado demais.


- Sim – falou e deixou Sirius ali sozinho por alguns minutos.


A sala já estava quieta quando Sirius voltou. Todos tinham perdido a animação de ler esse livro.


Harry Potter era um menino bastante fora do comum em muitas coisas.


- Acho que todos concordamos nisso - riu Regulus.


Para começar, ele detestava as férias de verão mais do que qualquer outra época do ano.


- Ok, definitivamente estranho – concordou Sirius, ignorando porque o seu afilhado odiava a s férias.


Depois, ele realmente queria fazer seus deveres de casa,


- Isso não parece com você – provocou Hermione.


mas era obrigado a fazê-los escondido, na calada da noite.


Lily suspirou. Ela estava revoltada com a irmã. Ela achava que Petúnia era mais do que isso.


E, além de tudo, também era bruxo.


- E o que isso tem de errado? – perguntou Gina.


- Bem... Bruxos não são tão comuns assim – falou Harry.


- São mais do que você pensa – falou James.
Era quase meia-noite e Harry estava deitado de bruços na cama, as cobertas puxadas por cima da cabeça como uma barraca, uma lanterna em uma das mãos e um grande livro encadernado em couro


- Lendo? – Hermione arregalou os olhos e Harry corou.


(História da Magia de Batilda Bagshot),


Harry e Hermione trocaram olhares, se lembrando da falsa Batilda.


- De todas as matérias, você escolhe essa? – gemeu James.


Lily deu um sorriso orgulhoso.


aberto e apoiado no travesseiro. Harry correu a ponta da caneta de pena de águia pela página, franzindo a testa, à procura de alguma coisa que o ajudasse a escrever sua redação, "A queima de bruxas no século XIV foi totalmente despropositada — discuta".


- Isso é muito fácil – Fred revirou os olhos.
A caneta pousou no alto de um parágrafo que pareceu a Harry promissor. Ele empurrou os óculos redondos para a ponta do nariz, aproximou a lanterna do livro e leu:


- Agora teremos que ler sobre isso? – reclamou Alex e levou um tapa de Lyssi.


Marlene sorriu para os dois.
Os que não são bruxos (mais comumente conhecidos pelo nome de trouxas) tinham muito medo da magia na época Medieval, mas não tinham muita capacidade para reconhecê-la.


Snape revirou os olhos.


Nas raras ocasiões em que apanhavam um bruxo ou uma bruxa de verdade, a sentença de queimá-los na fogueira não produzia o menor efeito.


- Ainda bem.


O bruxo, ou bruxa, executava um Feitiço para Congelar Chamas e depois fingia gritar de dor, enquanto sentia uma cocegazinha suave e prazerosa. De fato, Wendelin a Esquisita gostava tanto de ser queimada na fogueira que se deixou apanhar nada menos que quarenta e sete vezes, sob vários disfarces.


- Entendemos porque ela é esquisita.
Harry prendeu a caneta entre os dentes e passou a mão embaixo do travesseiro à procura do tinteiro e de um rolo de pergaminho.


- Isso que é desorganização – riu Sirius.
Devagar e com muito cuidado, retirou a tampa do tinteiro, molhou a pena e começou a escrever, parando de vez em quando para escutar, porque se algum dos Dursley, a caminho do banheiro, ouvisse sua pena arranhando o pergaminho, ele provavelmente ia acabar trancafiado no armário embaixo da escada pelo resto do verão.


- Eu realmente odeio eles – falou James, friamente. Era agoniante ver o que eles tinham feito para o seu o filho. A única coisa que os faziam ainda serem capazes de respirar era o fato que eles eram a família de Lily.
A família Dursley, que morava na Rua dos Alfeneiros, 4, era o motivo pelo qual Harry jamais aproveitava as férias de verão.


- Ou a vida de forma geral – rosnou Lily. Ela era incapaz de acreditar no que a irmã dela tinha feito com o próprio sobrinho.


Tio Válter, tia Petúnia e o filho deles, Duda, eram os únicos parentes vivos de Harry.


- Não mais – sorriu Harry.


Eram trouxas e tinham uma atitude muito medieval com relação à magia. Os pais de Harry, já falecidos,


Harry lançou um olhar para os pais.


que tinham sido bruxos, nunca eram mencionados sob o teto dos Dursley. Durante anos, tia Petúnia e tio Válter tinham alimentado esperanças de que, se oprimissem Harry o máximo possível, seriam capazes de acabar com a magia que houvesse nele.


- O que é extremamente idiota – apontou Frank.


Para sua fúria, tinham fracassado. Agora, viviam aterrorizados que alguém pudesse descobrir que Harry passara a maior parte dos últimos dois anos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.


- Ninguém tem como saber – Alice revirou os olhos.


O máximo que podiam fazer, porém, era trancar os livros de feitiços, a varinha, o caldeirão e a vassoura de Harry no início das férias de verão e proibir que o menino falasse com os vizinhos.


- Pelo menos isso – falou Josh.


- Não era como se eu fosse querer falar com os meus vizinhos mesmo – falou Harry, tentando aliviar o clima pesado.
A separação dos seus livros de feitiços tinha sido um verdadeiro problema para Harry, porque os professores em Hogwarts tinham passado muitos deveres para as férias.


- E depois ficou pior – resmungou Rony.


Uma redação, particularmente espinhosa, sobre poções redutoras fora pedida pelo professor de quem Harry menos gostava, o Profº. Snape,


Snape fez uma careta.


- Desculpe – pediu Harry.


- Tudo bem.


que ficaria encantado de ter uma desculpa para castigá-lo com um mês de detenção.


- Não vou mentir, eu ficaria – falou Snape, mas se referido ao "Snape do futuro".


Por isso Harry tinha aproveitado uma oportunidade que surgira na primeira semana de férias.


- Esse é o meu garoto – falou James.


Quando tio Válter, tia Petúnia e Duda foram ao jardim admirar o novo carro da companhia a serviço do tio Válter (em altas vozes para que toda a rua o visse),


Todos fizeram caretas, reprovando a idiote deles.


Harry desceu silenciosamente as escadas, arrombou a fechadura do armário sob a escada, apanhou alguns livros e os escondeu em seu quarto.


- Estamos orgulhosos – falaram os gêmeos juntos, sorrindo para Harry.


- Obrigado. Tá no sangue – Harry respondeu e os marotos sorriram orgulhosos.


Desde que não deixasse manchas de tinta nos lençóis, os Dursley não precisariam saber que ele estava estudando magia à noite.


Lily deu de ombros, nem ela poderia reclamar disso. Ele estava fazendo isso para aprender.


- Isso prova que você é mesmo filho de Lily e James – riu Marlene – Você fez algo a cara de James, mas para um propósito que Lily usaria.
Harry tomava muito cuidado para evitar problemas com seus tios no momento, pois eles já estavam bastante mal-humorados com o sobrinho,


- E quando não?


só porque o menino recebera um telefonema de um coleguinha bruxo uma semana depois de entrar em férias.


- Quem ligou?
Rony Weasley,


- Ok, por que logo ele? – resmungou Gina.


- Ei! – brigou Rony.


- Você é péssimo com essas coisas – respondeu a irmã.


que era um dos melhores amigos de Harry em Hogwarts, descendia de uma família em que todos eram bruxos.


- Me diga alguma coisa que eu não sei – resmungou Alex, entediado.
Isto significava que ele sabia um montão de coisas que Harry desconhecia, mas Rony jamais usara um telefone antes.


- Mas não é difícil usar um – respondeu Hermione.


E, por azar, fora o tio Válter que atendera a ligação.


- Harry, eu acho que alguém jogou uma maldição em tu só pode – falou Dorcas – Que azar.
— Válter Dursley.
Harry que, por acaso, se achava na sala àquela hora, gelou ao ouvir a voz do amigo responder.
— ALÔ! ALÔ! ESTÁ ME OUVINDO? QUERIA... FALAR COM... O... HARRY... POTTER!
Rony gritou


- Você não pode ser normal, não é? - repreendeu a namorada.


com tanta força que tio Válter deu um salto e afastou o fone a mais de um palmo da orelha com uma expressão em que se misturavam a fúria e o susto.


- Dessa vez, eu ainda entendo o trouxa um pouco – disse Regulus e deu de ombros quando todos o encaram – Eu não gosto de pessoas gritando comigo, vocês gostam?
— QUEM É QUE ESTÁ FALANDO? — berrou ele em direção ao bocal. — QUEM É VOCÉ?


- Um fantasma.
— RONY... WEASLEY! — berrou Rony em resposta, como se ele e tio Válter estivessem falando de extremidades opostas de um campo de futebol.


Lily colocou a mão no rosto, para conter o temperamento dela.
— SOU... UM AMIGO... DE... HARRY... DA ESCOLA...


- Melhorou tudo agora – ironizou Sirius, irritado. Seu afilhado iria se ferrar por causa disso.
Os olhinhos de tio Válter se viraram para Harry, que estava pregado no chão.
— NÃO TEM NENHUM HARRY POTTER AQUI!


- Mentir é feio – brincou Dorcas.


Harry fechou a cara, lembrando-se de Umbridge. Cerrou os punhos, sentindo a raiva cresce dentro de si. Ele odiava aquela vaca. Olhou para a sua mão e as palavras continuavam gravadas ali "não devo contar mentiras" e ele lembrava da dor como se tivessem sido feito ontem. A única diferença era que agora era menos visível que antes, a pessoa teria que estar procurando para ver.


- Harry? Tudo bem? – perguntou Regulus baixo.


- Sim – mentiu Harry.


O outro mandou um olhar dizendo claramente que não acreditava nele, mas não insistiu. Agradeceu a Regulus por isso.


— vociferou ele, agora segurando o fone com o braço esticado, como se receasse que o aparelho pudesse explodir.


- É fisicamente impossível que isso exploda agora sem nada acontecer – falou Remus.


— NÃO SEI DE QUE ESCOLA VOCÊ ESTÁ FALANDO! NUNCA MAIS TORNE A LIGAR PARA CÁ! FIQUE LONGE DA MINHA FAMÍLIA!
E atirou o fone no gancho como se estivesse se livrando de uma aranha venenosa.


Rony fez uma careta.
A briga que se seguiu foi uma das piores da vida de Harry.


- Desculpe, Harry.


- Tudo bem. Você não sabia.


- Nós nunca sabemos – rebateu Hermione irritada – Você precisa nos contar as coisas para evitarmos e...


- Hermione, isso é passado – interrompeu Harry. Ele não queria ninguém falando disso.
— COMO É QUE VOCÊ SE ATREVE A DAR ESTE NÚMERO PARA GENTE COMO... GENTE COMO VOCÊ!


- Dando...


— berrara tio Válter, salpicando Harry de cuspe.
Rony obviamente percebera que metera Harry em uma encrenca, porque não telefonou mais.


- Obrigado por isso.


A outra grande amiga de Harry em Hogwarts, Hermione Granger, tampouco o procurara.


Hermione deu um sorriso culpado.


O menino suspeitava que Rony tinha avisado à amiga para não telefonar, o que era uma pena, porque Hermione, a bruxa mais inteligente da turma deles,


Hermione corou.


tinha pais trouxas, sabia usar o telefone perfeitamente bem e provavelmente teria o bom senso de não dizer que frequentava Hogwarts.
- Verdade – concordou a morena.


Com isso, Harry não ouvira uma única palavra de nenhum dos seus amigos de bruxaria durante cinco longas semanas,


- Vocês podiam ter mandado uma carta, não teria problema.


- Não tínhamos certeza disso e poderia piorar tudo.


e este verão estava saindo quase tão ruim quanto o anterior.


- Animador.


Havia apenas uma coisinha que melhorara — depois de jurar que não iria usar sua coruja para remeter cartas aos amigos, Harry tivera permissão de soltar Edwiges, à noite.


Alice sorriu.


Tio Válter concordara com isso diante da barulheira que o bicho aprontava quando ficava preso na gaiola o tempo todo.


Dorcas parecia prestes a comentar alguma coisa, mas desistiu.
Harry terminou de escrever sobre Wendelin, a Esquisita e parou mais uma vez para escutar. O silêncio da casa às escuras só era interrompido pelos roncos sonoros e distantes do seu enorme primo, Duda.


Apesar de não saber o que achar de Duda, Harry tinha certeza de uma coisa: Ele não sentia falta nenhuma dos roncos do primo.
Deve ser muito tarde, pensou Harry. Seus olhos comichavam de cansaço. Talvez terminasse a redação na noite seguinte...
Ele repôs a tampa do tinteiro; puxou uma fronha velha debaixo da cama; guardou dentro a lanterna, a História da magia, a redação, a caneta e a tinta; Levantou-se da cama e escondeu tudo sob uma tábua solta do soalho debaixo da cama.


- Meu menino – sorriu James.
Em seguida, pôs-se em pé, esticou¬-se e verificou a hora no despertador luminoso sobre a mesa-de-cabeceira.


- Por que você precisa de um despertador? Não vai ter nada pra fazer no outro dia mesmo.
Era uma hora da manhã. Harry sentiu uma contração engraçada na barriga. Fizera treze anos de idade havia uma hora e não tinha se dado conta disso.


Todos começaram a dar parabéns para Harry, ignorando o fato que isso fora há anos.
Mas outra coisa fora do comum em Harry é que ele não ligava nem um pouco para os seus aniversários.


- Mas obrigado por me desejarem feliz aniversário – acrescentou ele para não ser um total estraga prazeres.


Nunca recebera um cartão de aniversário na vida.


Todos pareciam abalados com essa informação.


Os Dursley não tinham dado a mínima atenção aos doze últimos e ele não tinha razão alguma para supor que fossem se lembrar deste agora.


- Mas quem liga para eles? – tentou Harry.
Harry atravessou o quarto escuro, passou pela espaçosa gaiola vazia de Edwiges e foi abrir a janela. Debruçou-se no peitoril, achando gostoso o ar fresco da noite que batia em seu rosto depois de ter passado tanto tempo debaixo das cobertas. Fazia duas noites que Edwiges andava fora. Mas Harry não estava preocupado — a coruja já ficara fora tanto tempo assim antes.


- E ela é bem inteligente – falou Alice.


Mas o garoto desejou que ela voltasse logo —, era a única criatura na casa que não se esquivava quando o via.


Lily e James, assim como os demais, precisaram se aclamar.
Harry, embora continuasse pequeno e magricela para sua idade, crescera alguns centímetros desde o ano anterior. Seus cabelos muito pretos, porém, continuavam como sempre tinham sido — teimosamente despenteados, por mais que ele fizesse.


- Eu gosto deles assim – elogiou Gina e sorriu para o namorado.


Os olhos por trás das lentes eram verde vivo, e na testa havia, claramente visível através dos cabelos, uma cicatriz fina, em forma de raio.


Harry fez uma careta.
De todas as coisas fora do comum em Harry, essa cicatriz era a mais extraordinária de todas. Não era, como tinham fingido os Dursley durante dez anos, uma lembrança do acidente de carro que matara seus pais,


Rosnados.


- Essa mentira sempre foi muito cruel.


porque Lily e James Potter não tinham morrido em um acidente de carro.


- Claro que não.


Tinham sido assassinados, assassinados pelo bruxo das trevas mais temido do mundo nos últimos cem anos, Lord Voldemort.


Todos ficaram terrivelmente quietos, lembrando do que podia acontecer se eles não impedissem Voldemort.


Harry escapara desse mesmo atentado com uma simples cicatriz na testa, no lugar em que o feitiço do bruxo, em vez de matá-lo, tinha se voltado contra o próprio feiticeiro. Quase morto, Voldemort fugira...
Mas Harry voltara a defrontar com ele outra vez em Hogwarts.


- Um local que devia ser seguro – rosnou Regulus. Ele ainda não aceitava que Dumbledore não sabia quem Voldemort era. Como o outro podia ser tão cego?


Ao se recordar do último encontro, ali parado à janela escura, Harry teve de admitir que era uma sorte ter chegado ao seu décimo terceiro aniversário vivo.


- E talento.


- Você está vivo porque merece viver, Potter, me escute – Gina estava irritada com Harry. Quem ele era para falar da própria vida assim – Você está vivo porque o mundo decidiu que você era importante. Porque é para estar. Porque você faria falta para todos os seus amigos. Para mim. Porque te amamos.


Harry deu um sorriso triste.


- Eu sei – o que os outros não entendiam era que Harry não podia parar de se culpar por todos os outros que morreram por ele, no lugar dele. Ele não era capaz de superar isso.
Examinou o céu estrelado à procura de um sinal de Edwiges, voando ao seu encontro talvez com um rato morto pendurado no bico, contando receber elogios. Mas ao olhar distraidamente por cima dos telhados, Harry demorou alguns segundos para perceber o que estava vendo.


- Será um carro voador? – riu Sirius se lembrando do segundo ano.
Recortado contra a lua dourada, e sempre crescendo, vinha um bicho estranhamente torto voando em sua direção. Harry ficou muito quieto esperando o bicho descer. Por uma fração de segundo ele hesitou, a mão no trinco da janela, pensando se devia fechá-la.


- Provavelmente.


Mas, nessa hora o bicho esquisito sobrevoou um lampião da Rua dos Alfeneiros e Harry identificando o que era, saltou para o lado.
Pela janela entraram três corujas, duas delas segurando uma terceira que parecia desmaiada.


- Isso é uma cena diferente do normal.


Pousaram com um ruído fofo na cama do menino e a coruja do meio, que era grande e cinzenta, tombou para o lado, imóvel. Trazia um grande pacote amarrado às pernas.


- Coitada – falou Alice.
Harry reconheceu a coruja desmaiada na mesma hora — seu nome era Errol e pertencia à família Weasley.


- Vocês deviam ter dado o pacote para outra coruja.


O menino correu para a cama, desamarrou os barbantes que envolviam as pernas de Errol, soltou o pacote e, em seguida, levou a coruja para a gaiola de Edwiges. Errol abriu um olho lacrimejante, deu um pio fraquinho de agradecimento e desatou a beber água em grandes sorvos.


- Não acredito que vocês a deixaram voar sabendo como ela estava – falou Alice irritada para os Weasley, que resolveram não encarar a fúria da menina.
Harry se virou para as corujas restantes. Uma delas, a fêmea grande, branca como a neve, era a sua Edwiges. Ela também trazia um pacote e parecia muito satisfeita consigo mesma.


Regulus deu um sorriso de lado.


Deu uma bicadinha carinhosa em Harry quando ele soltou sua carga, depois saiu voando pelo quarto para se juntar a Errol.


- Eu amo a sua coruja – Alice sorriu e Harry sorriu de volta.
Harry não reconheceu a terceira coruja, um belo espécime pardo, mas soube imediatamente de onde viera, porque além de trazer o terceiro pacote, ela trazia uma carta com o escudo de Hogwarts.


- Hogwarts? – questionou Snape.


- Hagrid – Lily respondeu simplesmente.
Quando Harry acabou de aliviá-la de sua carga, ela sacudiu as penas, cheia de si,


- Coruja metida.


abriu as asas e saiu voando pelo céu noturno.
O menino sentou-se na cama e apanhou o pacote de Errol, rasgou o papel pardo e encontrou um presente embrulhado em ouro, primeiro cartão de aniversário de sua vida.


Lily controlou a tristeza que sentia.


Com os dedos trêmulos, ele abriu o envelope. Caíram dois papéis — uma carta e um recorte de jornal.
O recorte fora visivelmente tirado do jornal dos bruxos, o Profeta Diário, porque as pessoas nas fotos em preto e branco estavam se mexendo. Harry apanhou o recorte, alisou-o e leu.


 


FUNCIONÁRIO DO MINISTÉRIO DA MAGIA GANHA GRANDE PRÊMIO
Arthur Weasley chefe da Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas no Ministério da Magia, ganhou o Grande Prêmio Anual da Loteria do Profeta Diário.


- Isso é ótimo – sorriram os marotos, apesar de não conhecerem Arthur direito e o prêmio provavelmente não ser muito alto (não significaria nada para James e Sirius) ele era bem legal com Harry.
A Sra. Weasley, encantada, declarou ao Profeta Diário:
"Vamos gastar o ouro em uma viagem de férias ao Egito, onde nosso filho mais velho, Gui, trabalha para o Banco Gringotes como desfazedor de feitiços."
A família Weasley vai passar um mês no Egito, de onde voltará no início do ano letivo em Hogwarts, escola que cinco dos seus filhos ainda frequentam.


- Que ótimo – falou Lyssi.
Harry examinou a foto em movimento, e um sorriso espalhou-se em seu rosto ao ver os nove Weasley acenando freneticamente para ele, diante de uma enorme pirâmide.


- Esse dia foi ótimo – falaram os Weasleys sonhadores.


A Sra. Weasley, pequena e gorducha, o Sr. Weasley, alto e um pouco careca, os seis filhos e filha, todos (embora a foto em preto e branco não mostrasse) com flamejantes cabelos vermelhos.


- O que é muito improvável, geneticamente falando – disse Remus e todos o ignoraram.


Bem no meio da foto se achava Rony, alto e desengonçado com o seu rato de estimação, Perebas, no ombro e o braço passado pelas costas da irmã, Gina.


- De olho em Gina já? – Sirius falou malicioso.


- SIRIUS!


Harry não conseguia pensar em ninguém que merecesse mais ganhar um monte de ouro do que os Weasley, que eram gente muito fina e extremamente pobre. Ele apanhou a carta de Rony e a desdobrou.


 


Caro Harry,
Feliz aniversário!


Todos sorriram, felizes com o primeiro aniversário razoável de Harry.
Olhe, estou muito arrependido daquele telefonema. Espero que os trouxas não tenham engrossado com você. Perguntei ao papai e ele acha que eu não devia ter gritado.


- O Sr. Weasley está certo – falou Hermione.
O Egito é incrível.


- Realmente é – falaram Sirius e Regulus juntos.


- Vocês já foram para o Egito? – todos perguntaram surpresos, inclusive os marotos.


- Eu tinha nove anos e Regulus sete – Sirius deu de ombros. Foi antes dos pais dele decidirem que Sirius não era mais digno de nada bom.


- Eu fui de novo ano passado e é melhor do que eu me lembrava – confessou Regulus. Ele evitou dizer que Walburga o levou para lá para esquecer que Sirius tinha fugido de casa, só traria culpa ao irmão.


- Eu queria ter ido de novo – Sirius respondeu, mas sabia que nunca viajaria de novo com o resto da família.


- Por que você nunca falou nada? – perguntaram James e Remus.


- Nunca surgiu o assunto – mentiu Sirius. A verdade era que odiava lembrar da sua vida de antes de Hogwarts, era doloroso.


Gui nos levou para ver os túmulos e você não ia acreditar nos feitiços que os velhos bruxos egípcios lançavam neles. Mamãe não quis deixar a Gina ver o último. Só continha esqueletos mutantes de trouxas que violaram o túmulo e acabaram com duas cabeças e outras esquisitices.
Nem consegui acreditar quando o papai ganhou a Loteria do Profeta Diário. Setecentos galeões! A maior parte foi gasta nesta viagem, mas eles vão me comprar uma varinha nova para o próximo ano letivo.


- Ainda bem – todos suspiram aliviados. Apesar de ter sido útil que a varinha estivesse ruim era mais seguro uma normal.
Harry lembrava-se bem demais do dia em que a velha varinha de Rony se partira.


- Todos lembramos.


Acontecera quando o carro em que os dois voaram para Hogwarts batera de encontro a uma árvore nos jardins da escola.


Remus deu um sorriso culpado. O salgueiro lutador fora colocado para ele.

Estaremos de volta uma semana antes do ano letivo começar e vamos a Londres comprar minha varinha e os livros da escola.
Alguma chance de nos encontrarmos lá? Não deixe os trouxas arrasarem você!
Faça uma força para ir a Londres, Rony.
P.S. Percy agora é monitor-chefe. Recebeu a carta de nomeação na semana passada.


Os Weasleys, Neville e Hermione reviraram os olhos.

Harry tornou a admirar a foto. Percy, que estava no sétimo e último ano em Hogwarts, parecia muito cheio de si. Prendera o distintivo de monitor chefe no fez que usava num ângulo elegante sobre os cabelos bem penteados, seus óculos de aros de tartaruga faiscavam ao sol do Egito.


Harry fez uma careta. Ele não gostava muito de Percy.
Harry voltou então sua atenção para o presente e o desembrulhou.


- Só agora? – perguntou Neville.
Dentro havia um objeto que parecia um pequenino pião de vidro. Debaixo, mais um bilhete de Rony.


 


Harry — Isto é um "bisbilhoscópio" de bolso. Dizem que quando tem alguma coisa suspeita por perto, ele acende e gira.


- Eficaz.
Gui falou que é porcaria que vendem a bruxos turistas e que não é confiável porque ontem, durante o jantar, ficou acendendo o tempo todo. Mas ele não percebeu que Fred e Jorge tinham posto besouros na sopa dele.


- Culpados – os gêmeos falaram dramaticamente enquanto a sala ria.
Tchau,
Rony.


Harry pôs o bisbilhoscópio em cima da mesa-de-cabeceira, onde o pião ficou parado, equilibrado sobre a ponta, refletindo os ponteiros luminosos do despertador. O menino admirou-o feliz por alguns segundos, então apanhou o pacote que Edwiges lhe trouxera.
Dentro deste também havia um presente embrulhado, um cartão e uma carta, desta vez de Hermione.


A menina sorriu.

Caro Harry,
Rony me escreveu contando o telefonema que deu para o seu tio Válter. Espero que você esteja bem.
Estou de férias na França


- Que chique – Marlene sorriu para a morena.


- Como é lá? Sempre tive vontade de ir para lá – falou Dorcas.


- Lá é ótimo – Hermione concordou.


neste momento e não sabia como ia mandar o meu presente para você — e se eles abrissem o pacote na alfândega?—, mas então a Edwiges apareceu!


Alice sorriu. A coruja era muito mais inteligente que a maioria.


Acho que ela queria garantir que você recebesse alguma coisa no seu aniversário, para variar comprei o seu presente pelo reembolso coruja; vi um anúncio no Profeta Diário (mandei entregar o jornal no meu endereço de férias; é tão bom continuar em dia com o que está acontecendo no mundo dos bruxos).


- Joga na cara, Hermione – riu Harry.
Você viu a foto de Rony com a família que saiu no jornal na semana passada? Aposto que ele está aprendendo um monte de coisas. Estou com inveja — os bruxos do Egito antigo são fascinantes.


- Mas a França também é um ótimo lugar – replicou Remus.


Hermione assentiu.
Aqui também tem histórias de bruxaria locais interessantes.
Reescrevi todo o meu trabalho de História da Magia para incluir algumas coisas que descobri.


- Você é estranha – falou Alice, mas riu.
Espero que não fique grande demais — são dois rolos de pergaminho a mais do que o Profº. Binns pediu.


- Ok, percebemos que você é esforçada – falou Lyssi.


Hermione corou.


Rony diz que vai a Londres na última semana de férias. Você também vai poder ir? Será que sua tia e seu tio vão deixar? Espero realmente que possa. Se não, a gente se vê no Expresso de Hogwarts no dia 1º de setembro!
Afetuosamente,
Hermione.
P.S. Rony contou que Percy virou monitor-chefe. Aposto como ele está realmente satisfeito. Quem não parece ter gostado é o Rony.


Rony corou.

Harry deu risadas enquanto punha a carta de Hermione de lado


- Você estava rindo da minha carta? – Hermione estreitou os olhos.


- Não, de jeito nenhum – mentiu.


- Estou de olho, Sr. Potter – brincou.


e apanhava o presente. Era muito pesado. Conhecendo a amiga, ele teve certeza de que seria um livrão cheio de feitiços complicados, mas não era. Seu coração deu um enorme salto quando ele rasgou o papel de embrulho e viu um belo estojo de couro preto, com dizeres em letras prateadas: Estojo para manutenção de vassouras.


- Ótimo presente – elogiou James.
— Uau, Hermione! — exclamou Harry baixinho,


Hermione sorriu para o amigo.


abrindo o estojo para ver dentro.
Havia um frasco grande de líquido para polir cabos, uma tesoura prateada e reluzente para aparar cerdas, uma pequena bússola para prender na vassoura em viagens longas e um manual "Faça a manutenção da sua vassoura".


Os jogadores de Quadribol estavam babando na descrição.
À exceção dos amigos, o que Harry mais sentia falta de Hogwarts era o Quadribol,


- Claro. Quadribol é vida – falou Sirius e James concordou.


o esporte mais popular do mundo mágico — extremamente arriscado,


Lily fez uma careta.


muito excitante,


Regulus sorriu. Isso era verdade.


que se jogava montado em uma vassoura. Harry, por acaso, era um ótimo jogador de Quadribol:


- O melhor – corrigiu Gina sorrindo.


fora o menino mais novo do século a ser escolhido para um time da casa em Hogwarts.


- Convencido – brincou Lene.


Uma das coisas que Harry mais prezava na vida era sua vassoura de corrida, uma Nimbus 2000.


Os Weasleys, Neville e Hermione mandaram olhares de pena para Harry.
Harry pôs o estojo de couro de lado e apanhou o último embrulho.
Reconheceu os garranchos no papel pardo do embrulho na mesma hora: eram de Hagrid, o guarda-caça de Hogwarts.


James, Remus, Sirius e Lily sorriram. Eles adoravam Hagrid.


Ele rasgou o papel de embrulho externo e viu um pedacinho de alguma coisa em couro verde, mas antes que conseguisse desfazê-lo direito, o embrulho estremeceu de um modo estranho e o que havia dentro se fechou com um estalo — como se a coisa tivesse mandíbulas.


- A coisa está viva? – perguntou Dorcas assustada.


Neville lançou um olhar para Harry, suspeitando que já sabia o que presente era. Harry acenou confirmando.
Harry congelou. Sabia que Hagrid jamais lhe mandaria uma coisa perigosa de propósito,


James concordou.


mas, por outro lado, seu amigo não tinha a visão de uma pessoa normal sobre o que era perigoso.


- Hagrid é... diferente – falou Alice.


Todos sabiam que Hagrid já fizera amizade com aranhas gigantescas,


Regulus conteve o impulso de comentar isso.


mas nocivas, com cães de três cabeças


- Mas Canino é legal – falou Hermione.


dados por gente que ele encontrara em bares, e contrabandeara ovos de dragão,


- Olha os esquemas – brincou Lene.


um bicho ilegal,


- Não me diga.


para dentro da cabana em que morava.
Harry cutucou o embrulho, nervoso. A coisa tornou a se fechar com ruído. O garoto apanhou o abajur na mesa-de-cabeceira, agarrou-o com firmeza com uma das mãos e ergueu-o acima da própria cabeça, pronto para desferir uma pancada.


- Harry versão lutador: ativado – Sirius falou e todos riram.


Então agarrou o resto do papel de embrulho com a outra mão e puxou.
E a coisa caiu — um livro.


- Mas o quê? Um livro?


Harry só teve tempo de reparar na bela capa, adornada com um título dourado, "O Livro Monstruoso dos Monstros", antes do livro virar de lombada e começar a correr pela cama como um caranguejo esquisito.


- Coisas normais sabe – ironizou Regulus.
— Ah, ah — gemeu Harry.
O livro caiu da cama com um barulho metálico e arrastou-se rápido pelo quarto. O menino o seguiu furtivamente. O livro foi se esconder no espaço escuro embaixo da escrivaninha.


- O que é esse livro afinal? – questionou Snape curioso.


- Meu livro didático – gemeu Harry. Ainda não acreditava que aquele tenha sido o livro dele por um ano.


Rezando para os Dursley não terem acordado, Harry ficou de quatro


Sirius fez uma cara maliciosa.


e tentou apanhá-lo.
— Ai!
O livro se fechou sobre sua mão e se afastou do menino se sacudindo e andando adernado sobre as capas.


- Ok, isso é estranho.
Harry saiu correndo, ainda agachado, e se atirou para frente conseguindo achatar o livro. Tio Válter soltou um grunhido sonolento e alto no quarto ao lado.


- Não acorde – pediu Lyssi, cruzando os dedos.
Edwiges e Errol observaram com interesse quando Harry abraçou com força o livro que se debatia,


- Só faltavam rir de mim – brincou Harry.
correu até a cômoda e pegou um cinto, com que o amarrou firmemente.


- Aleluia!


O livro monstruoso estremeceu de raiva, mas não conseguiu mais se agitar e morder, então Harry atirou-o na cama e apanhou o cartão de Hagrid.


- Espero que ele explique alguma coisa – falou Josh.

Caro Harry,
Feliz aniversário.
Achei que isto pudesse lhe ser útil no ano que vem.
Não vou dizer mais nada aqui. Conto quando a gente se encontrar.


- Misterioso.
Espero que os trouxas estejam tratando você bem.


- Não.
Tudo de bom,
Hagrid.


Pareceu a Harry um mau agouro que Hagrid pudesse achar que um livro que morde tivesse utilidade futura,


Regulus concordava.


mas pôs o cartão do amigo ao lado do de Rony e Hermione, sorrindo mais satisfeito do que nunca.


Todos sorriram.


Agora só sobrava a carta de Hogwarts.
Reparando que era bem mais grossa do que de costume,


- Hogsmeade – adivinhou Alex, sorrindo. Harry sorriu, concordando.


Todos ficaram felizes que agora pelo menos Harry poderia sair um pouco de Hogwarts.


Harry abriu o envelope, puxou a primeira página do pergaminho de dentro e leu:


 


Prezado Sr. Potter,
Queira registrar que o novo ano letivo começará em 1º de setembro. O Expresso de Hogwarts partirá da estação de King‘s Cross, plataforma 9 e ½, às onze horas.
Os alunos de terceiro ano têm permissão para visitar a aldeia de Hogsmeade em determinados fins de semana.


Os Marotos sorriam cúmplices. Eles não iam para lá só nos fins de semana.


Assim, queira entregar a autorização anexa ao seu pai ou guardião para que a assine.
Estamos anexando, nesta oportunidade, a lista de livros para o próximo ano.
Atenciosamente,
Profª. McGonagall
Vice-Diretora.


Harry tirou do envelope o formulário de autorização para ir a Hogsmeade e leu-o, mas já não sorria.


- Por quê? – perguntou Frank.


Seria maravilhoso visitar Hogsmeade nos fins de semana; ele sabia que era um povoado só de bruxos, em que nunca estivera.


O sorriso de James desapareceu. Era horrível notar as pequenas coisas que ele fizera e que seu filho nunca pudera fazer.


Mas como é que ia convencer o tio Válter ou a tia Petúnia a assinar o formulário?
Ele olhou para o despertador. Eram agora duas horas da manhã.
Decidindo que se preocuparia com o formulário de Hogsmeade quando acordasse,


- Melhor – falou Regulus, que estava com sono só de pensar em ir dormir as duas da manhã.


Harry voltou para a cama e se esticou para riscar mais um dia no calendário que fizera para contar o tempo que faltava para regressar a Hogwarts.


- Estava quase voltando – sorriu Harry.
Tirou então os óculos e se deitou, de olhos abertos, de frente para os três cartões de aniversário.


Sirius estava triste por Harry. Três cartões de aniversário não era muita coisa.
Mesmo sendo muito fora do comum, naquele momento Harry Potter se sentiu como todo mundo:


- Acho que foi a única vez na vida – brincou Fred.


feliz, pela primeira vez na vida, porque era o dia do seu aniversário.


James e Lily silenciosamente prometeram mudar isso.

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Comentários (3)

  • Juh_Lynch

    Olha quem voltou depois de um século fora da Floreios e Borrões?! Sim, eu. Nossa, falei como se minha volta fosse extremamente importante. Desculpe não ter comentado os último capítulos de LHP2, mas eu não tenho entrado aqui ultimamente, então quando eu entrei ontem, eu fiquei tipo "ai meu Merlin, elas terminaram a fic!", e fiquei super animada. Eu não tenho entrado nem aqui nem no Nyah! porque eu estava querendo terminar de ler Naruto, porque o último capítulo de Naruto vai sair em quatro semanas, e eu queria terminar com todo mundo, mas agora estou quase terminando, então não estou muito preocupada. O que posso dizer? EU SIMPLESMENTE AMO ESSA FIC. Gente, e LHP3 vai ser super legal, porque vai ter a suposta traição de Sirius, e eu fiquei pensando se as pessoas vão se revoltar ali, achando que ele realmente é um assassino, mas se eu não estou enganada, eu acho que já falaram para todos ali que quem traiu os pais do Harry foi Peter e não Sirius, estou certa? Ou estou sonhando, não sei, tanto faz. Bom, achei o último cap de LHP2 super, super, super divo com a Marlene admitindo a si mesma os sentimentos que tinha pelo Sirius, e a Dorcas dando um "oi? Acordaa" no Sirius. Super divos! Bom, acho que é isso, e, por favor, não demore para postar! Beeeeeeeijos! Xoxo <3

    2014-10-16
  • Naddsh

    Ohayou! Adorei, apenas gostaria que o Sirius não tivesse sido avisado ainda, pois se ele fosse avidado sdó quando soubessem ia ter mais razão, ams de resto adorei! Matta Ne!  

    2014-10-12
  • Izabella Bella Black

    Adorei o capitulo. Super ansiosa para o proximo. Beijos.

    2014-10-11
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