Caldeirão Furado



Izabella Bella Black: Dá pena de Sirius, mas é tudo culpa de JK que colocou os fatos como se ele fosse o ruim até o final (o que é ótimo no livro, mas é ruim pra LHP). Tudo bem, por um lado você tem razão sobre ele perguntar porque assim percebeu que tinha algo errado, mas por outro... Ele não precisava continuar insistindo tanto. 
É impossível não lembrar de Lily e James mesmo no Halloween. Eu também já imaginei isso tanto, e até já li algumas fics sobre isso...
Eu não gosto muito do quinto livro, porque eu acho ele muito depressivo... E a morte de Sirius não ajudou em nada. Eu ainda acho muita sacanagem ele morrer. Até porque ele podia ter entrado em coma ou ido para outro lugar, porque um véu matar ele... Foi estranho. Se tu quiser, eu li uma fic PERFEITA sobre a vida do Sirius. É a About Sirius Black da Ster, no Nyah.
Sério? A que eu achei melhor até agora é a que eu ‘to, a quarta (sim, acabei a terceira!), até porque surgiu Cas agora. Também prefiro o Dean, óbvio. Sinceramente, eu não gosto muito de Sam, eu acho a personalidade dele irritante e odeio como tudo é voltado para ele na série, muito mais que Dean. Já notou que os melhores episódios são os que são mais focados em Dean e Sam quase não aparece? 
Eu realmente amo Dean. Eu acho ele um personagem muito complexo, e simplesmente perfeito. Ele apesar de tudo, tenta fazer um mundo melhor e luta contra todos se for preciso para salvar quem ele ama. E tipo, você consegue perceber que ele queria ter uma vida normal também, mas ele nunca se queixa da vida que ele leva enquanto Sam fica a 1ª e uma parte da 2ª temporada reclamando de não poder ter uma vida normal, falando de Jessica isso, Jessica aquilo. Fora que mostra até ele pequeno tentando fazer o Sam ter uma vida normal. Eu estava quase sem aguentar o Sam reclamando.
Odeio quando ficamos sem tempo pra fazer nada... Eu fico muito estressada. Mas fico feliz que você continue acompanhando LHP 
Beijos,
Biaa.

E aqui esta o capitulo!
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— Posso ler o próximo? — Neville perguntou.


— Acho melhor fazer uma pausa. — Josh sugeriu. — Estou morrendo de vontade de ir no banheiro.


— E eu to com fome. — Rony apoiou a ideia.


— Você esta sempre com fome, Ronald. — Hermione revirou os olhos se fingindo de irritada, mas acabou dando risada da cara que o Rony fez, e o tom de vrmelho que o rosto dele chegou.


— Pra falar a verdade, eu também estou com fome. — Remus falou dando uma piscada na direção de Rony com um sorriso de lado.


Todo mundo acabou concordando que estava na hora de uma pausa, e Sirius e Regulus foram incumbidos de fazer o almoço, o que surpreendeu todo mundo quando eles se prontificaram a fazer essa tarefa, mas ninguém reclamou depois que provaram da comida feita pelos irmãos Black.


Depois de satisfeitos todos os desejos que a natureza mandava, todos sentaram-se e Neville começou a ler:


Harry levou vários dias para se acostumar àquela estranha liberdade nova.


— Oh ou, Potter vai pirar com o poder! — Frank brincou e os Marotos junto com os gêmeos entraram na brincadeira.
Nunca antes ele pudera se levantar quando quisesse nem comer o que lhe desse vontade. Podia até ir aonde desejasse, desde que não saísse do Beco Diagonal, e como essa longa rua de pedras era repleta das lojas de magia mais fascinantes do mundo, Harry não sentia desejo algum de romper a palavra dada a Fudge e voltar ao mundo dos trouxas.


— Não sei se isso é bom ou não. — Regulus falou.


— É um pouco perigoso deixar um adolescente de 13 anos por conta própria. — Snape concordou.


James teve que concordar, ele se sentiria muito melhor se Harry fosse ficar com o Rony ou a Hermione pelo resto das férias.


— Só um pouco? — Remus perguntou sarcástico.
Todas as manhãs ele tomava o café no Caldeirão Furado, onde gostava de observar os outros hóspedes: bruxas do interior, franzinas e engraçadas, que vinham passar o dia fazendo compras; bruxos de aspecto venerável discutindo o último artigo do Transfiguração Hoje; bruxos de ar amalucado; anões de voz roufenha; e, uma vez, alguém, que tinha a aparência suspeita de uma bruxa malvada, pedira um prato de fígado cru, o rosto semi-escondido por uma carapuça de lã.


— Nem um pouco estranho. — Dorcas falou fazendo careta à menção de fígado cru.


— Ou nojento. — Lyssi ajudou.
Depois do café Harry saía para o pátio dos fundos, puxava a varinha, batia no terceiro tijolo a contar da esquerda, acima do latão de lixo, e se afastava enquanto se abria na parede o arco para o Beco Diagonal.


— Eu nunca me canso de ver o Beco Diagonal. — Alex comentou com um ar sonhador.


— E Hogwarts.


— E o Ministério da Magia.


— E Hogmead.
O garoto passou os dias longos e ensolarados explorando as lojas e comendo à sombra dos guarda-sóis de cores vivas à porta dos cafés, em que os seus companheiros de refeição mostravam uns aos outros as compras que tinham feito ("é um lunascópio, meu amigo — é o fim dessa história de mexer com tabelas lunares, me entende?") ou então discutiam o caso de Sirius Black ("pessoalmente, não vou deixar nenhum dos meus filhos sair sozinho até que ele esteja outra vez em Azkaban").


Sirius fez uma careta e se encolheu. Ele sabia que ele era inocente, mas ouvir tudo isso estava começando a mexer com ele. Marlene viu a reação de Sirius e se aproximou dele e apertou sua mão.
Harry não precisava mais fazer os deveres de casa debaixo das cobertas, à luz de uma lanterna; agora podia se sentar à luz do sol, na calçada da Sorveteria Florean Fortescue, terminar suas redações e até contar com a ajuda ocasional do próprio Florean, que, além de conhecer a fundo as queimas de bruxas em fogueiras, ainda oferecia a Harry, a cada meia hora, sundaes de graça.


— As vantagens de ser Harry Potter não param de se acumula. — Alice comentou.


— Eu quero sundae de graça. — Lene concordou.
Depois de ter reabastecido a carteira com galeões de ouro, sicles de prata e nuques de bronze retirados do seu cofre no Gringotes, Harry precisava se controlar muito para não gastar tudo de uma vez.


Hermione deu risada pensando nos programas trouxas que seguiam pessoas ricas enquanto elas gastavam seu dinheiro, ela acabou comentando em voz alta o que fez a sala inteira imaginar Harry em um programa de TV deste tipo.


Precisava se lembrar o tempo todo de que ainda lhe faltavam cinco anos de escola e que se sentiria mal em pedir dinheiro aos Dursley para comprar livros de bruxaria,


— Como se você fosse precisar. — James falou baixinho para não aborrecer os que não eram tão favorecidos em dinheiro na sala.


 e se segurou para não comprar um belo conjunto de bexigas de ouro maciço (um jogo de bruxos parecido com o de bolas de gude, em que as bolas espirram um líquido fedorento na cara do outro jogador quando ele perde um ponto). Harry se sentiu tentadíssimo, também, por um modelo perfeito de uma galáxia em movimento, dentro de um grande globo de vidro, e que teria significado que ele jamais precisaria assistir a uma aula de astronomia na vida.


— Harry, Harry, Harry. — Fred começou em tom reprovador. — Não sabia desse seu lado consumista.


Harry apenas deu risada.


Mas a coisa que mais testou a força de vontade de Harry apareceu em sua loja preferida, a Artigos de Qualidade para Quadribol, uma semana depois do menino ter chegado ao Caldeirão Furado.
Curioso para saber a razão do ajuntamento diante da loja, Harry foi entrando com jeitinho e se espremendo entre as bruxas e bruxos até conseguir ver um tablado recentemente erguido, em que haviam montado a vassoura mais deslumbrante que ele já vira na vida.


— Harry, você ta no time, essa é um investimento que não seria consumismo! — James falou.
— Acabou de ser lançada... Um protótipo — comentava um bruxo de queixo quadrado para o companheiro.
— É a vassoura mais rápida do mundo, não é, papai? — perguntou a vozinha aguda de um menino mais novo do que Harry, que se pendurava no braço do pai.
— O time internacional da Irlanda acabou de mandar um pedido para sete desses vassourões! — informou o proprietário da loja aos presentes. — E o time é o favorito para a Copa Mundial!


— Viu?! Compra ela logo!
Uma bruxa corpulenta, na frente de Harry, se mexeu e o menino pôde ler o cartaz ao lado da vassoura:

FIREBOLT
Fabricada com tecnologia de ponta, a Firebolt possui um cabo de freixo, superfino e aerodinâmico, acabamento com resistência de diamante e número de registro entalhado na madeira. As cerdas da cauda, em lascas de bétula selecionadas à mão, foram afiladas até atingirem a perfeição aerodinâmica, dotando a Firebolt de equilíbrio insuperável e precisão absoluta. A Firebolt atinge 240km/Hora em dez segundos e possui um freio encantado de irrefreável ação. Cotação a pedido.


 


— Harry vai ter sonhos com essa vassoura. — George falou dando risada.
Cotação a pedido... Harry nem queria pensar quanto ouro a Firebolt custaria. Jamais desejara tanto alguma coisa em toda a sua vida — mas jamais perdera uma partida de Quadribol com a sua Nimbus 2000, e qual era a vantagem de esvaziar seu cofre no Gringotes para comprar uma Firebolt, quando já possuía uma excelente vassoura?


— Harry... — James falou desapontado.


— O menino ta certo, Potter. — Severus falou.— Se ele tem uma vassoura que faz tudo que tem que fazer e ele nunca perdeu um jogo, pra que comprar outra? — antes que James pudesse responder ele continuou. — Ele pode muito bem usar o dinheiro pra coisas mais construtivas, como ajudar quem precisa.


James odiava admitir, de novo, mas Snape estava certo.
Harry não pediu a cotação, mas voltou, quase todos os dias depois disso, só para admirar a Firebolt.
Havia, no entanto, coisas que Harry precisava comprar.
Ele foi à Botica para reabastecer seu estoque de ingredientes para poções e, como agora suas vestes escolares estavam vários centímetros mais curtas nos braços e nas pernas, ele visitou a Madame Malkin — Roupas para Todas as Ocasiões e comprou novos uniformes.
E, o mais importante, tinha que comprar os novos livros para o ano letivo, que incluiriam duas novas matérias: Trato das Criaturas Mágicas e Adivinhação.


— Você também caiu na besteira de escolher Adivinhação, hã? — Lyssi falou.


— Acho que todo mundo caiu. — Sirius respondeu, ele ainda não tinha se recuperado do trauma que foi sua primeira aula de Adivinhação.
Harry teve uma surpresa quando parou para olhar a vitrine da livraria. Em vez da decoração habitual com livros de feitiçaria gravados a ouro, do tamanho de lajotas, havia uma grande gaiola de ferro com uns cem exemplares de O Livro Monstruoso dos Monstros. Páginas arrancadas voavam para todo o lado, enquanto os livros se agrediam e se atracavam em furiosas lutas livres e mordidas agressivas.


— Quem seria louco de comprar esse livro? — Alice perguntou.
Harry puxou a lista de livros do bolso e consultou-a pela primeira vez.
O Livro Monstruoso dos Monstros estava arrolado como o livro-texto para a matéria Trato das Criaturas Mágicas.


— E como eles vão usar o livro se essa porcaria fica tentando morder a pessoa? — Frank falou. — Sinceramente, quem é esse professor?


— Você vai ver. — Gina falou sorrindo.
Agora ele compreendia por que Hagrid dissera que o livro futuramente seria útil. Sentiu alívio; andara imaginando se o amigo ia querer ajuda para cuidar de um novo bicho de estimação apavorante.


Todos deram risada.
Quando Harry entrou na Floreios e Borrões, o gerente veio correndo ao seu encontro.
— Hogwarts? — perguntou o homem sem rodeios. — Veio comprar os seus livros?


— Oi, tudo bem sim, esta um dia maravilho, não esta? — Sirius falou sarcastico
— Vim. Preciso...
— Saia do caminho — disse o gerente empurrando Harry para o lado com impaciência. Em seguida, puxou um par de luvas muito grossas, apanhou um bengalão nodoso e rumou para a porta da gaiola em que estavam os exemplares de O Livro Monstruoso dos Monstros.
— Espere aí — disse Harry depressa —, já tenho um desses.
— Já? — Uma expressão de imenso alívio espalhou-se pelo rosto do gerente. — Graças a Deus. Já fui mordido cinco vezes esta manhã...


— Coitado.
Um barulho alto de papel rasgado cortou o ar; dois livros monstruosos tinham agarrado um terceiro e começavam a destruí-lo.


— Como ele espera vender um livro que esta todo destruído e faltando paginas?
— Parem com isso! Parem com isso! — exclamou o gerente, enfiando a bengala pelas grades e separando os livros à força. — Nunca mais vou ter essas coisas em estoque, nunca mais! Tem sido uma loucura! Pensei que já tínhamos visto o pior quando compramos duzentos exemplares de O livro Invisível da Invisibilidade, custaram uma fortuna e nunca achamos os livros... Bem... Tem mais alguma coisa em que possa lhe servir?


— Esses dois livros são do mesmo autor, não é possível!
— Tem — disse Harry, consultando a lista de livros —, preciso de Esclarecendo o Futuro, de Cassandra Vablatsky.
— Ah, vai começar a estudar Adivinhação? — perguntou o gerente descalçando as luvas e conduzindo Harry ao fundo da loja,


— Não, não, magina.


 onde havia um canto reservado para esse assunto. Em uma mesinha estavam empilhados livros como Prevendo o imprevisível; Proteja-se Contra Choques e Bolas rachadas; Quando a Sorte se Transforma em Azar.
— Aqui está — disse o gerente, que subira em um escadote para apanhar um livro grosso, encadernado de preto. — Esclarecendo o Futuro. Um bom guia para todos os métodos básicos de adivinhação do futuro, quiromancia, bolas de cristal, tripas de aves...


— Nem começa, Dorcas. — Marlene falou quando viu a amiga abrindo a boca para fazer um comentário.
Mas Harry não estava escutando. Seu olhar havia pousado em outro livro, que fazia parte de um arranjo em outra mesinha: Presságios de morte: O que fazer quando se sabe que vai acontecer o pior.


— Deprimente, Potter. — Lene comentou.
— Ah, eu não leria isso se fosse você — disse o gerente de passagem, procurando ver o que Harry estava olhando. — Você vai começar a ver presságios de morte por todo lado. Só isso já é suficiente para matar a pessoa de medo.
Mas Harry continuou a encarar a capa do livro; tinha um cão preto do tamanho de um urso, com olhos brilhantes, que lhe parecia estranhamente familiar...


— Para de pensar besteira, Harry! — Lily falou brava.


— Desculpa.
O gerente pôs nas mãos de Harry o livro Esclarecendo o Futuro.
— Mais alguma coisa? — perguntou.
— Sim — respondeu Harry, desviando o olhar dos olhos do cão e consultando, meio atordoado, a lista. — Ah... Preciso de Transfiguração para o Curso Médio e de O Livro Padrão de Feitiços, 3º série.
Harry saiu da Floreios e Borrões dez minutos depois, com os livros debaixo do braço, e tomou o rumo do Caldeirão Furado sem reparar aonde ia, esbarrando em várias pessoas.
Subiu as escadas fazendo barulho, entrou em seu quarto e despejou os livros em cima da cama.


— Não vou nem comentar na sua falta de educação, mocinho!


 Alguém estivera ali limpando o quarto; as janelas abertas deixavam entrar o sol. Harry ouviu os ônibus passarem lá embaixo, na rua dos trouxas que ele não via, e o som dos transeuntes invisíveis no Beco Diagonal. Viu de relance o seu reflexo no espelho acima da pia.
— Não pode ter sido um presságio de morte — disse à sua imagem em tom de desafio. — Eu estava entrando em pânico quando vi aquela coisa na Rua Magnólia... Provavelmente era apenas um cão sem dono...
Ele ergueu a mão automaticamente e tentou achatar os cabelos.


— Ainda não desistiu? — James perguntou achando graça no filho tentando domar o cabelo Potter.
— Você está empenhado em uma batalha perdida, meu querido — disse sua imagem com a voz rouca.


— Vou fingir que isso é normal. — Frank falou.
À medida que os dias se passavam, Harry começou a procurar por todo lugar aonde ia um sinal de Rony ou de Hermione. Muitos alunos de Hogwarts vinham ao Beco Diagonal agora, com a proximidade do ano letivo.


— Por que todo mundo sempre deixa tudo para a ultima hora?


 Harry encontrou Simas Finnigan e Dino Thomas, companheiros da Grifinória, na Artigos de Qualidade para Quadribol, onde eles também haviam parado para namorar a Firebolt; encontrou também o verdadeiro Neville Longbottom, um menino de rosto redondo e muito desmemoriado, à porta da Floreios e Borrões. Harry não parou para conversar; Neville parecia ter extraviado a lista de livros e estava levando um carão da avó, uma senhora de aparência colossal.


— Desculpa, Nev, achei melhor não atrapalhar.


— Tudo bem, Harry.
Harry desejou que a senhora jamais descobrisse que ele fingira ser Neville quando estava fugindo do Ministério da Magia.
Harry acordou no último dia de férias, com o pensamento de que finalmente iria se encontrar com Rony e Hermione no dia seguinte, no Expresso de Hogwarts. Levantou-se, se vestiu e saiu para dar uma última espiada na Firebolt, e estava pensando onde iria almoçar, quando alguém gritou seu nome e ele se virou.


— Harry! HARRY!


— Quem é o doido?
E ali estavam eles, os dois, sentados na calçada da Sorveteria Florean Fortescue. Rony parecendo incrivelmente sardento, Hermione muito bronzeada, os dois acenando para ele freneticamente.


— Ah — Disse Fred.


— Agora tudo faz sentido. — concordou George.


Rony e Hermione ficaram indignados enquanto os gêmeos e os Marotos riam abertamente, o resto da sala estava tentando esconder as risadas, e falhando.
— Finalmente! — exclamou Rony, rindo-se enquanto o amigo se sentava. — Fomos ao Caldeirão Furado, mas disseram que você tinha saído, fomos à Floreios e Borrões, à Madame Malkin e...


— Stalker!
— Comprei todo o meu material escolar na semana passada — explicou Harry. — E como é que vocês sabiam que eu estava hospedado no Caldeirão Furado?
— Papai — disse Rony com simplicidade.
O Sr Weasley, que trabalhava no Ministério da Magia, é claro que soubera da história toda que acontecera com a tia Guida.
— É verdade que você transformou a sua tia em um balão? — perguntou Hermione num tom muito sério.


— Ai, minha barriga! — Sirius falou enquanto se contorcia de dar risada junto com o resto da sala.
— Eu não tive intenção — respondeu Harry, enquanto Rony rolava de rir.— Simplesmente... Perdi o controle.
— Não tem a menor graça, Rony. — disse Hermione rispidamente. — Francamente, fico admirada que Harry não tenha sido expulso.
— Eu também — admitiu Harry. — E nem expulso, pensei que ia ser preso. — E olhou para Rony. — Seu pai não sabe por que Fudge não me castigou, sabe?


— O que ele deveria ter feito. — Severus falou, o que causou a sala toda, menos Hermione e Regulus, a olhar feio para ele. — Como ele espera que os outros cumpra as regras? Desculpa, Harry, mas não é só porque você derrotou Voldemort, mais de uma vez devo acrescentar, que você esta isento das leis.


— Eu sei. — Harry falou lembrando dos eventos que antecederam seu sexto ano, quando ele se tocou de uma coisa. — Hey, você me chamou de Harry!


Snape apenas revirou os olhos.
— Provavelmente porque era você, não é? — Rony sacudiu os ombros ainda rindo. — O famoso Harry Potter e tudo o mais. Eu nem gostaria de ver o que o Ministério faria comigo se eu transformasse minha tia em balão.


— Viu? Até o Ronald concorda comigo.


— Como assim até o Ronald?


Mas não se esqueça, eles teriam que me desenterrar primeiro, porque mamãe já teria me matado antes. Em todo o caso, pode perguntar ao papai hoje à noite. Estamos hospedados no Caldeirão Furado, também! Assim você pode ir para a estação de King’s Cross conosco amanhã! Hermione também está lá!
A garota confirmou com a cabeça, radiante.
— Mamãe e papai me deixaram lá hoje de manhã com todas as minhas coisas de Hogwarts.
— Fantástico! — exclamou Harry feliz. — Então você já comprou os livros e todo o resto?
— Olhe só para isso — disse Rony, tirando uma caixa comprida e fina de uma sacola e abrindo-a. — Uma varinha nova em folha. Trinta e cinco centímetros e meio, salgueiro, contendo um fio de cauda de unicórnio.


— Finalmente, hein. — James falou sorrindo.


— Né! — Rony concordou.


 E compramos todos os nossos livros... — Ele apontou para uma grande saca embaixo da cadeira. — E aqueles livros monstruosos, hein? O balconista quase chorou quando dissemos que queríamos dois.


— Ainda quero saber que professor é tão louco para usar esse livro. — Alice disse.
— E isso tudo o que é, Mione? — perguntou Harry, apontando não para uma, mas para três sacas estufadas na cadeira junto à amiga.
— Bem, é que vou fazer mais matérias novas do que vocês, não é? Comprei os livros de Aritmancia, de Trato das Criaturas Mágicas, de Adivinhação, de Estudo das Runas Antigas, de Estudo dos Trouxas...


— Ela é pior que a Lily! — Lena disse assustada.
— Para que é que você vai fazer Estudo dos Trouxas? — perguntou Rony, revirando os olhos para Harry. — Você nasceu trouxa! Sua mãe e seu pai são trouxas! Você já sabe tudo sobre trouxas!
— Mas vai ser fascinante estudar os trouxas do ponto de vista dos bruxos — disse Hermione muito séria.


— Eu fiz a mesma coisa, Mione. — Lily falou. — Achei fascinante!


— Muito. Adorei a perspectiva deles nas guerras trouxas e nos eletrodomésticos.


Antes que as duas começassem a conversar e não parassem mais Neville achou melhor continuar lendo.
— Você está planejando comer ou dormir este ano, Mione? — perguntou Harry, enquanto Rony dava risadinhas abafadas. A garota não ligou para os dois.


— É uma boa pergunta. — Dorcas falou.


— E varias dessas aulas aconteciam ao mesmo tempo na nossa época. — Alice contou. — Como você planeja ter tempo pra todas.


— Mágica. — Mione falou sorrindo.
— Ainda tenho dez galeões — disse ela examinando a bolsa.
— É meu aniversário em setembro, e mamãe e papai me deram um dinheiro para eu comprar um presente de aniversário antecipado.
— Que tal um bom livro? — perguntou Rony inocentemente.
— Não, acho que não — disse Hermione controlando-se. — O que eu quero mesmo é uma coruja. Quero dizer, Harry tem a Edwiges e você tem o Errol...
— Não tenho, não — respondeu Rony. — Errol é uma coruja de família. Meu mesmo só tenho o Perebas. — E tirou o rato de estimação do bolso. — Quero mandar examinar ele — acrescentou, pousando Perebas na mesa a que estavam sentados. — Acho que o Egito não fez bem a ele.
Perebas estava mais magro do que de costume, e seus bigodes pareciam decididamente caídos.


Agora que Harry parou para pensar nos eventos do terceiro ano ele entendeu porque Perebas, ou Rabicho, estava com uma aparência tão ruim.
— Tem uma loja para criaturas mágicas ali. — disse Harry, que agora conhecia o Beco Diagonal como a palma da mão. — Você podia ver se eles têm algum produto para o Perebas, e Mione podia comprar a coruja.
Assim dizendo, eles pagaram os sorvetes e atravessaram a rua para ir a Animais Mágicos.
Não havia muito espaço dentro da loja. Cada centímetro das paredes estava escondido por gaiolas. Era malcheirosa e barulhenta porque os ocupantes das gaiolas guinchavam, gritavam, palravam, sibilavam. A bruxa ao balcão estava ocupada ensinando a um bruxo como cuidar de um tritão com dois rabos,


— Isso é possível? — Alex perguntou olhando para os nerds da sala.


— Aparentemente sim. — Remus respondeu dando de ombros, mostrando que ele também não tinha ideia, assim como os outros nerds.


por isso Harry, Rony e Hermione aguardaram, examinando as gaiolas.
Havia dois enormes sapos roxos que engoliam, com um ruído aquoso, um banquete de moscas-varejeiras mortas.


— Nojento. — Marlene falou fazendo careta.


Uma tartaruga gigante, o casco incrustado de pedras preciosas, cintilava junto à janela. Lesmas venenosas, cor de laranja, subiam lentamente pela parede do seu aquário, e um coelho branco e gordo não parava de se transformar em cartola de cetim e novamente em coelho, com um grande estalo. Havia ainda gatos de todas as cores, uma gaiola barulhenta de corvos, uma cesta de engraçadas bolas de pêlo creme que zuniam alto, e, em cima do balcão, um gaiolão de ratos negros e luzidios que brincavam de dar saltos se apoiando nos longos rabos lisos.
O bruxo do tritão de dois rabos saiu e Rony se aproximou do balcão.
— É o meu rato — disse à bruxa. — Ele tem andado meio indisposto desde que voltamos do Egito.
— Põe ele aqui no balcão — pediu a bruxa, tirando do bolso um par de pesados óculos de armação preta.
Rony catou Perebas do bolso interno


— O bolso não é lugar para carregar um rato, Rony. — Sirius falou se fingindo de desapontado.


e depositou-o ao lado da gaiola dos seus companheiros de espécie, que pararam os saltitos e correram para as grades para ver melhor.
Como todo o resto que Rony possuía, Perebas, o rato, era de segunda mão (pertencera ao irmão de Rony, Percy) e era um pouco maltratado. Ao lado dos reluzentes ratos na gaiola, ele parecia particularmente lastimável.
— Hum — fez a bruxa, levantando Perebas. — Que idade tem esse rato?
— Não sei — respondeu Rony. — Ele é bem velho. Foi do meu irmão.
— Que poderes ele tem? — perguntou a bruxa, examinando Perebas atentamente.


Se transformar em um bruxo filho de uma mãe. Harry pensou em vários outros xingamentos, mas não disse nada.
— Ah... — A verdade é que Perebas jamais revelara o menor vestígio de poderes interessantes, o olhar da bruxa se deslocou da orelha esquerda e esfiapada de Perebas para a pata dianteira, que tinha um dedinho a menos, e deu um muxoxo alto.
— Este aqui já sofreu muito na vida — disse ela.
— Já estava assim quando Percy me deu — respondeu Rony se defendendo.


— Você falou como se o rato fosse uma coisa.


Rony queria responder que ele deveria ter deixado o rato no Egito ou deixado o Bixento comer ele, mas não queria levantar nenhuma suspeita, então só deu de ombros.
— Não se pode esperar que um rato comum ou rato de jardim como esse viva mais do que uns três anos — disse a bruxa. — Agora se o senhor estiver procurando alguma coisa mais resistente, talvez goste de um desses...
Ela indicou os ratos negros, que imediatamente recomeçaram a saltar. Rony resmungou:
— Exibidos.


— Odeio quando vendedores fazem isso. — Lyssi reclamou e ganhou uns comentários de aprovação
— Bem, se o senhor não quiser outro, pode experimentar um tônico para ratos — disse a bruxa, levando a mão embaixo do balcão e apanhando um frasquinho vermelho.
— Está bem. Quanto...
Rony se encolheu quando uma coisa enorme e laranja saiu voando do teto da gaiola mais alta e aterrissou na cabeça dele, e em seguida avançou e bufou com violência para Perebas.
— NÃO BICHENTO, NÃO! — gritou a bruxa, mas Perebas escapuliu entre as suas mãos como uma barra de sabão molhado, aterrissou de pernas abertas no chão e disparou para a porta.


— Bichento? Que tipo de nome é esse? — Sirius perguntou soando realmente confuso pelo nome, causando risadas em todos.
— Perebas! — berrou Rony, correndo atrás do rato; Harry seguiu-o.
Os dois levaram quase dez minutos para recuperar Perebas, que se refugiara embaixo de um latão de lixo à porta da Artigos de Qualidade para Quadribol. Rony tornou a enfiar o rato trêmulo no bolso e se endireitou, massageando os cabelos.
— Que foi aquilo?
— Ou um gato muito grande ou um tigre muito pequeno — disse Harry.


— Um tigre anão! — Alice falou sorrindo. — Eu quero um tigre anão.


— Como você vai cuidar de um tigre, Ali? — James perguntou.


— Com muito amor e carinho, oras!
— Aonde foi a Mione?
— Provavelmente comprando a coruja.


Eles refizeram o caminho pela rua apinhada de gente até a Animais Mágicos. Quando iam chegando, viram Hermione sair, mas ela não trazia coruja alguma. Seus braços envolviam com firmeza um enorme gato laranja.


- Um gato? – Frank meio que resmungou. Ele odiava gatos. Sirius e Marlene tiveram que concordar, eles sempre preferiram cachorros, não é atoa que a forma animaga de Sirius é um cachorro.


— Devia ter comprado um cachorro se não ia comprar uma coruja. — Sirius disse. — Cachorros são muito mais fieis ao seu dono do que gatos.


— Mas fazem a maior bagunça. — Fred argumentou.


— E precisam de atenção constantemente. — Hermione se defendeu.


E estava estabelecida uma disputa para ver qual animal era o melhor: gatos ou cachorros. Depois de muita briga, Lyssi gritou que queria ler o livro logo e que no papel só dizia que todos teriam que estar na mesma sala, não falava nada sobre petrificar algumas pessoas.
— Você comprou aquele monstro? — perguntou Rony,


- E Rony ganha o prêmio de discrição do ano – falou Fred batendo no irmão.


boquiaberto.


— Bichento não é um monstro, só é incompreendido. — Dorcas falou.


— Você fala isso porque não teve que conviver com essa peste.


— Ronald!
— Ele é lindo, não é? — disse Hermione radiante.
Era uma questão de opinião, pensou Harry.


- O que quer dizer que ele é feio – brincou Sirius e levou uma tapa de Hermione – Aí!


A pelagem do gato era espessa e fofa, mas ele decididamente tinha pernas arqueadas e uma cara de poucos amigos,


- Ele só é tímido – retrucou Hermione.


estranhamente amassada, como se tivesse batido de frente numa parede de tijolos.


- Ele não é assim! Você é muito malvado! – reclamou Hermione, chateada.


Agora que Perebas não estava à vista, porém, o gato ronronava satisfeito nos braços de Hermione.


- Bem, pelo menos ele é esperto – falou Harry.


Até Rony teve que concordar.
— Mione, essa coisa quase me escalpelou! — reclamou Rony.


- Problema teu – brincou Lene e recebeu um olhar assassino de Rony – Desculpa?
— Foi sem querer, não foi, Bichento? — perguntou Hermione.
— E o que vai ser do Perebas?


- Era pra ter morrido logo – resmungou Harry.


 — disse o menino apontando para o calombo no bolso do peito. — Ele precisa de descanso e sossego!


Rony olhou enjoado pro livro. Se ele soubesse quem Perebas era antes....


Como é que vai ter isso com esse bicho por perto?


— Isto me lembra que você esqueceu o seu tônico para ratos — disse Hermione, batendo o frasco vermelho na mão de Rony. — E pare de se preocupar, Bichento vai dormir no meu dormitório e Perebas no seu, qual é o problema?


- O resto do tempo? – sugeriu Lily, que não estava com um bom pressentimento.


Coitado do Bichento, a bruxa disse que ele está na loja há séculos; ninguém quis o gato.


Regulus se controlou para não dizer “não sei o motivo”.
— Por que será? — perguntou Rony com sarcasmo,


Bem, parece que alguém fez isso por ele. Mas Regulus não ficou muito feliz em ver que pensara igual a um Weasley.


a caminho do Caldeirão Furado.
Encontraram o Sr. Weasley sentado no bar, lendo o Profeta Diário.


Caretas de Harry e Hermione.
— Harry! — exclamou ele, erguendo a cabeça e sorrindo. — Como vai?


- Me sentindo ignorando – falou Rony e Hermione concordou.
— Bem, obrigado — respondeu o garoto enquanto ele, Rony e Hermione se reuniam ao Sr. Weasley com todas as compras que tinham feito.


- Passa na cara que é rico – brincou Lene, mas não foi legal, já que Rony era, bem, pobre. Ela se esqueceu disso.
O Sr. Weasley pôs o jornal de lado e Harry viu a foto de Sirius Black, agora muito sua conhecida, encarando-o.


- Tão tocante como você já me reconhece – ironizou Sirius.


— Como não reconhecer sua cara de zumbi, caro padrinho? — Harry entrou na brincadeira tentando amenizar o ambiente.


— Assim você que ofende, querido afilhado.
— Então eles ainda não pegaram o homem? — perguntou.
— Não


- Graças – James suspirou aliviado.


— respondeu o Sr. Weasley, parecendo muito sério. — O Ministério nos tirou do nosso trabalho normal para tentar encontrá-lo, mas até agora não tivemos sorte.


- O Sr. Weasley não trabalha com alguma coisa de artefatos trouxas? – perguntou Alice, confusa. Acenos. – E mesmo assim tiraram ele do trabalho dele? Que estupidez.


— Mas se for parar pra pensar, o Ministro avisou os trouxas, então o Sr. Weasley entra na “caça às bruxas”. — Remus pensou em voz alta.
— Nós receberíamos uma recompensa se o apanhássemos? — perguntou Rony. — Seria bom ganhar mais um dinheirinho...


- Assim você me magoa, querendo ganhar dinheiro pela minha captura – Sirius falou falsamente magoado. Embora, ele realmente estivesse abalado pela ideia.
— Não seja ridículo, Rony — disse o Sr. Weasley, que a um olhar mais atento parecia muito tenso. — Black não vai ser apanhado por um bruxo de treze anos.


- Não tenho certeza disso – resmungou Severus.


- Nem vem – reclamou Sirius, mas estava sorrindo para o espanto de todos, principalmente de Snape. – Eu só seria apanhado por um bruxo muito competente. Ou uma bruxa muito gata – sorriu malicioso, sendo repreendido por Marlene.


— Ou um trio de idiotas que não sabem ter um ano normal. — George comentou.


Os guardas de Azkaban é que vão levá-lo de volta, escreva o que digo.


- Não. Você errou – falou Gina.
Naquele momento a Sra. Weasley entrou no bar, carregada de sacas e acompanhada pelos gêmeos, Fred e Jorge, que iam começar o quinto ano em Hogwarts;


- Nós mesmos.


— Os mais divos Weasleys.


Percy, o recém eleito monitor-chefe;


- Metido.


e Gina, a caçula e única menina da família.
Gina, que sempre teve um xodó por Harry, pareceu ainda mais constrangida do que de costume,


Gina corou.


talvez porque o menino lhe salvara a vida no ano anterior, em Hogwarts. Ela ficou muito corada e murmurou um "olá", sem olhar para Harry.


Gina não acredita que ela fora aquela menina um dia. Ela progrediu muito.


Percy, porém, estendeu a mão solenemente como se ele e o colega jamais tivessem se encontrado e disse:
— Harry. Que prazer em vê-lo.
— Olá, Percy — respondeu Harry, tentando conter o riso.
— Você está bem, espero? — continuou Percy pomposo, durante o aperto de mãos. Parecia até que estava sendo apresentado ao prefeito.


- Nossa. Ele é doido.
— Muito bem, obrigado...
— Harry! — exclamou Fred, empurrando Percy com os cotovelos e fazendo uma grande reverência. — É simplesmente esplêndido encontrá-lo, meu caro...
— Maravilhoso — disse Jorge, empurrando Fred para o lado e, por sua vez, apertando a mão de Harry. — Absolutamente maravilhoso.


A sala riu.


- Essa foi ótima – elogiaram os Marotos.


- Obrigado, obrigado – agradeceram os gêmeos, orgulhosos.
— Agora chega — interrompeu-os a Sra. Weasley.
— Mãe! — exclamou Fred como se tivesse acabado de avistá-la, apertando-lhe a mão também: — É realmente formidável encontrá-la...


- E inesperado – completou Jorge.
— Eu já disse que chega — disse a Sra. Weasley, descansando as compras em uma cadeira vazia. — Olá, Harry, querido. Suponho que tenha sabido das nossas eletrizantes novidades?


- Não exatamente eletrizantes.


 — Ela apontou para o distintivo de prata novinho em folha no peito de Percy. — É o segundo monitor-chefe na família! — exclamou, inchada de orgulho.


- Por quê? – Sirius ficou chocado.
— E o último — resmungou Fred para si mesmo.
— Não duvido nada — disse a Sra. Weasley, franzindo a testa de repente. — Estou reparando que até hoje vocês dois não foram promovidos a monitores.


A sala explodiu em risadas. Aqueles dois sendo monitores? De jeito nenhum.
— E para que é que nós queremos ser monitores? — perguntou Jorge, parecendo se indignar até com a própria ideia.


- Porque eu estava indignado!


 — Isso tiraria toda a graça da vida.


- Ei! – reclamaram Rony, Hermione, Lily e Remus.
Gina abafou o riso.
— Vocês deviam dar um exemplo melhor para sua irmã! — ralhou a Sra. Weasley.


- Eu não preciso de exemplos.
— Gina tem outros irmãos para lhe dar exemplo, mãe


- Exemplos demais – resmungou Gina.


 — disse Percy com altivez.


— Vou mudar de roupa para o jantar...


- Vou vestir minha veste de gala – falou Fred, imitando a voz de Percy.


A sala riu.
Ele desapareceu e Jorge deixou escapar um suspiro.
— Bem que a gente tentou trancar ele numa pirâmide — disse a Harry. — Mas a mamãe flagrou a gente no ato.


- Que pena – ironizou Dorcas.
O jantar àquela noite foi muito agradável. Tom, o dono do bar-hospedaria, juntou três mesas na sala, e os sete Weasley, Harry e Hermione traçaram cinco pratos maravilhosos.


- Traçaram? Você é estranho, Harry – falou Neville enquanto o resto da sala trocava olhares maliciosos.


- Obrigado – Harry deu de ombros decidindo ignorar a mente poluída de seus companheiros.
— Como vamos para a estação de King’s Cross amanhã, papai? — perguntou Fred quando enfiavam a colher em um suntuoso pudim de chocolate.
— O Ministério vai mandar dois carros.


- O quê?


 — disse o Sr. Weasley. Todos ergueram os olhos para ele.
— Por quê? — perguntou Percy, curioso.


Harry se mexeu, inconfortável na cadeira.
— Por sua causa, Percy — disse Jorge, sério. — E vão botar bandeirinhas em cima dos capôs, com as letras TC...
—... Significando Tremendo Chefão — completou Fred.


- Estávamos inspirado naquele dia – sorriram Fred e Jorge.
Todos, à exceção de Percy e da Sra. Weasley, deram risadinhas baixando o rosto para os pudins.


- Até o papai – falou Rony.
— Por que é que o Ministério vai mandar carros, pai? — Percy repetiu a pergunta, num tom muito digno.


- Que não combina com ele – falou Gina.
— Bem, como não temos mais nenhum — disse o Sr. Weasley —, e como trabalho lá, eles vão me fazer esse favor...


- Isso não é verdade – apostou Frank.
Sua voz era displicente, mas Harry não pôde deixar de notar que as orelhas do Sr. Weasley tinham ficado vermelhas, iguais às de Rony quando o pressionavam.


- Que fofo – Sirius perturbou.


Rony corou.
— E ainda bem — disse a Sra. Weasley, animada. — Vocês fazem ideia de quanta bagagem têm juntos? Que bela figura vocês fariam no metrô dos trouxas...


- E como vocês vão nos outros anos? – James perguntou.
 Todo mundo já está de mala pronta ou não?


- Aposto que não.


— Rony ainda não guardou todas as coisas novas no malão — disse Percy, com voz de sofredor. — Largou tudo em cima da minha cama.


- Ninguém precisava saber.
— É melhor você subir e guardar tudo direito, Rony porque não vamos ter tempo amanhã cedo — disse a Sra. Weasley alto, para o filho sentado mais longe. Rony amarrou a cara para Percy.


- Claro, ele podia ter ficado calado – resmungou Rony.
Depois do jantar todos se sentiram satisfeitos e cheios de sono.
Um a um foram subindo para os quartos para verificar as coisas para o dia seguinte. Rony e Percy estavam hospedados no quarto ao lado de Harry.


- Eu sempre fico com os piores quartos.


Ele acabara de fechar e trancar seu malão quando ouviu vozes zangadas através da parede, e foi ver o que estava acontecendo.


- Curioso? Não, imagina – ironizou Neville.
A porta do quarto doze estava entreaberta e Percy gritava:
— Estava aqui, em cima da mesa-de-cabeceira, eu o tirei para polir...
— Eu não peguei, está bem? — berrava Rony em resposta.
— Que está acontecendo? — perguntou Harry.
— Meu distintivo de monitor-chefe sumiu — respondeu Percy virando-se irritado para Harry.


- E quem liga?
— E o tônico para ratos de Perebas também


Era melhor nem ter aparecido, pensou Hermione.


 — falou Rony, jogando as coisas para fora do malão para procurá-lo. — Acho que deixei o frasco no bar...


- Então, vá lá pegar.
— Você não vai a lugar nenhum até achar o meu distintivo — berrou Percy.


- Não é culpa dele que você perdeu o seu distintivo – falou Regulus.
— Eu vou buscar o remédio do Perebas. Já fiz a mala — disse Harry a Rony, e desceu.


- Boa ideia.


Harry estava no corredor a meio caminho do bar, agora mal iluminado, quando ouviu outras duas vozes zangadas que vinham da sala.


- Ninguém tá calmo hoje, né? – Lyssi perguntou.


Um segundo depois, ele as reconheceu como sendo as do Sr. e da Sra. Weasley.


- Mamãe e papai discutindo? – Gina ficou surpresa.


Hesitou, sem querer que eles soubessem que os ouvira discutindo,


- As pessoas não ficam muito felizes com outras ouvindo a sua discussão – falou Harry.


mas a menção do seu nome o fez parar, e, num segundo momento, se aproximar da porta da sala.


Ninguém podia culpar Harry por querer saber algo dele.
—... Não faz sentido não contar a ele — o Sr. Weasley dizia, veemente. — O garoto tem o direito de saber. Tentei dizer isso a Fudge, mas ele insiste em tratar Harry como criança.


- Quem aposta que estão escondendo algum segredo? – Lene sorriu dramaticamente.


O menino já tem treze anos e...
— Arthur, a verdade iria aterrorizar Harry! — disse a Sra. Weasley com a voz esganiçada. — Você quer mesmo mandar Harry de volta à escola com essa ameaça pairando sobre a cabeça dele? Pelo amor de Deus, ele está feliz sem saber de nada!


- E inseguro – resmungou Harry. As pessoas tinham mania de querer esconder as coisas deles quando ele preferia saber, não importa o quão ruim fosse.
— Não quero fazê-lo infeliz, quero deixá-lo de sobreaviso! — retrucou o Sr. Weasley. — Você sabe como são o Harry e o Rony andando por aí sozinhos, já foram parar na Floresta Proibida duas vezes!


- Culpados – falou Rony.


Mas Harry não pode fazer isto este ano!


- E nos outros ele podia?


Quando penso o que poderia ter acontecido a ele na noite em que fugiu de casa! Se o Nôitibus não o tivesse apanhado, aposto que ele estaria morto antes do Ministério encontrá-lo.


- Bem, parece que alguém ou algo quer te matar.


— Só pra variar um pouco dos outros anos.
— Mas ele não está morto, está são e salvo,


Por enquanto, pensou Harry.


 então qual é o sentido...
— Molly, dizem que Sirius Black é doido, e talvez seja, mas ele foi suficientemente esperto para fugir de Azkaban,


- Obrigado – Sirius agradeceu com um sorriso de escárnio.


 e isto é uma coisa que todos supõem que seja impossível.


- Nada é impossível para Sirius Black – recitou James Potter.


Sirius sorriu para o amigo. Era uma frase que ele vivia repetindo.


 Já faz três semanas e nem sinal dele,


- Fico feliz por isso – falou Remus e Regulus concordou.


 e não dou a mínima para o que Fudge vive declarando ao Profeta Diário, estamos tão próximos de apanhar Black quanto estamos de inventar uma varinha que funcione sozinha.


- O que só comprova a incompetência do ministério – falaram Snape e Regulus.


A única coisa de que temos certeza é que Black está atrás de...


— Mas Harry está perfeitamente seguro em Hogwarts.


- Por que eu estaria atrás de Harry? – Sirius perguntou.


Ninguém respondeu. Era complicado demais.


Sirius ficou com um mau pressentimento. Mas ele sabia que não faria mal a Harry nunca.
— Achávamos que Azkaban era perfeitamente segura. Se Black foi capaz de sair de Azkaban, então é capaz de entrar em Hogwarts.


- Hogwarts não é um lugar seguro – falou Hermione, pensativa. Depois de tudo que eles passaram, não tinha como aquele lugar ser seguro e se fosse, ela não estava interessada em ver o lugar inseguro.
— Mas ninguém tem realmente certeza de que Black esteja atrás de Harry...


Sirius encarou Harry, que a todo custo evitava olhar para ele. Será que ele tinha feito alguma coisa para ele? Mas, se tivesse, como o outro o trataria tão bem?
Ouviu-se um baque seco na mesa e Harry não teve dúvida de que o Sr. Weasley tinha dado um soco na mesa.
— Molly, quantas vezes preciso lhe dizer a mesma coisa? A imprensa não noticiou porque Fudge não queria que houvesse escândalo, mas Fudge foi até Azkaban na noite em que Black fugiu.


- E mesmo assim ele não o impediu.


Os guardas lhe disseram que Black andava falando durante o sono havia algum tempo.


- Ótimo. Agora eu sou um sonâmbulo.


Sempre as mesmas palavras: "Ele está em Hogwarts... Ele está em Hogwarts." Black é desequilibrado, Molly, e quer ver Harry morto.


- Claro que não! – falou Sirius horrorizado. Talvez ele fosse mesmo desequilibrado, mas querer matar alguém? Principalmente Harry? Nunca.


Se você quer saber, ele acha que se matar Harry vai trazer Você-Sabe-Quem de volta ao poder.


- Eu não sou burro – rosnou Sirius.


Black perdeu tudo naquela noite em que Harry deteve Você-Sabe-Quem, e passou doze anos sozinho em Azkaban pensando nisso..


Essa parte era verdade. Sirius sabia. Se James morresse e ele fosse preso... Ele não pensaria em mais nada.
Fez-se silêncio. Harry chegou mais perto da porta, desesperado para ouvir mais.


- Não se isso faria algum bem, Harry – Gina falou.
— Bem, Arthur, você deve fazer o que acha que é certo. Mas está se esquecendo de Alvo Dumbledore. Acho que nada poderá fazer mal a Harry em Hogwarts enquanto Dumbledore for o diretor.


Regulus revirou os olhos. Dumbledore não era um deus, mas as pessoas pareciam se esquecer disso.


Suponho que ele esteja sabendo de tudo isso.


- Até parece que alguém ia pensar em esconder isso de Dumbledore – falou Alex.
— Claro que sabe. Tivemos que lhe perguntar se se importava que os guardas de Azkaban tomassem posição junto às entradas da escola. Ele não ficou muito satisfeito,


- E quem ficaria?


 mas concordou.
— Não ficou satisfeito? Por que não ficaria satisfeito, se os guardas estão lá para agarrar o Black?


- Por que vamos ter que conviver com os Dementadores? – sugeriu Neville.
— Dumbledore não gosta dos guardas de Azkaban.


-  E quem gosta?


— disse o Sr. Weasley deprimido. — Nem eu, se você quer saber... Mas estar lidando com um bruxo como Black, por vezes a gente tem que se aliar com gente que se prefere evitar.


- Vocês preferem um Dementador a mim? – Sirius nunca fora tão insultado na vida dele.


- A você não. Ao que as pessoas pensaram que você era – Gina corrigiu.


Dizer que Sirius estava abalado era pouco. Ele nunca pensou que fosse se tornar tão temido. Era exatamente o que queria evitar quando fugiu de casa.


- Ei, eu estou aqui – falou Lene, o olhando firmemente – Eu nunca acreditaria que você fizesse... Essas coisas... E qualquer um com um pouco de cérebro também.


- Obrigado – falou Sirius. Ele nem sabia explicar o quanto aquilo era importante para ele. Ele precisava que alguém dissesse que acreditava nele, que alguém estivesse lá por ele pela primeira vez na vida, ele sabia que James, Remus e Peter sempre acreditaram nele, mas eles são praticamente irmãos para ele. Ele precisava que alguém, que não fosse seu irmão, ou quase, acabasse com as dúvidas que ás vezes tinha sobre a sua própria personalidade. Ele não queria se tornar um monstro, não queria se transformar naquilo que sua mãe trabalhou tão duro para transforma-lo.


- Eu vou sempre estar aqui para você, Sirius – falou Lene.


Sirius não conseguiu se segurar mais depois daquelas palavras, do jeito que ela estava olhando para ele. Simplesmente a beijou.


Ele nunca tinha desejado tanto beijar uma garota antes na vida, mas Marlene era diferente, sempre foi. Ela nunca ficou ao seus pés, como o resto da população feminina de Hogwarts, também nunca ligou para o que as outras pessoas pensavam dela, ela sempre dizia que não importava o que ela fazia as pessoas iam colocar algum defeito, então ela fazia o que gostava e que se dana-se o que os outros falassem. Foi isso que atraiu os olhares de Sirius, mas agora ele via o quão fiel ela era ao seus amigos e não pode resistir. Eles esqueceram dos outros ali, que estavam rindo, felizes pelos dois.


Nada era mais importante para eles do que aquele momento que eles desejavam faz tempo.


- Eu também vou estar aqui para você, Marlene. Sempre. – falou Sirius. E ele falava sério. Ele não tinha planos de a deixar ir embora nunca mais, não agora que ele finalmente tinha conseguido o que queria faz tempo, afinal cachorros quando pegam o osso, não largam mais, certo? Para confirmar isso, a puxou para sentar no colo dele, deixando os braços ao redor dela.


- Finalmente! – James comemorou com Remus.


Gina sorriu para Lene.


- Fico feliz por vocês. — Gina falou com um sorriso enorme, se lembrando de quando beijou Harry pela primeira vez.


- Obrigada, falou.


Se eles salvarem Harry... Então nunca mais direi uma palavra contra eles


- Obrigado pelo carinho – falou Harry.


— disse o Sr. Weasley cansado. — Já está tarde, Molly, é melhor subirmos...
Harry ouviu as cadeiras serem mexidas. O mais silenciosamente que pôde, correu pelo corredor até o bar e desapareceu de vista.


- Harry ninja em ação.


A porta da sala se abriu, e alguns segundos depois o ruído de passos lhe informou que o Sr. e a Sra. Weasley estavam subindo as escadas.


- Você conseguiu – falou James.


- Claro – respondeu numa altitude típica de James.
O frasco de tônico para ratos estava debaixo da mesa à qual o grupo se sentara mais cedo. Harry esperou até a porta do quarto do Sr. e da Sra. Weasley se fechar, depois tornou a subir levando o vidro.
Encontrou Fred e Jorge agachados nas sombras do patamar,


- O que vocês estavam aprontando? – Lily estreitou os olhos.


- Nada – falaram inocentemente.


rindo a mais não poder de ouvir Percy desmontar o quarto que ocupava com Rony, à procura do distintivo.


- Foram vocês – os Marotos afirmaram, com um sorriso.
— Está conosco — sussurrou Fred a Harry — Andamos dando uma melhorada nele.


- Melhorada? – perguntaram Sirius e Lene juntos, sorrindo depois.
No distintivo agora se lia Tremendo Chefão.


Lily somente balançou a cabeça, sem esperanças.
Harry forçou uma risada,


- Obrigado, Harry – os gêmeos falaram magoados.


- Desculpa – pediu.


foi entregar a Rony o frasco de tônico para ratos, depois se trancou em seu quarto e foi se deitar.
Então Sirius Black estava atrás dele.


Sirius fez uma careta. Claro que ele não podia ficar feliz por muito tempo.


Isto explicava tudo. Fudge tinha sido indulgente porque ficara aliviadíssimo de encontrá-lo vivo.


- O alívio faz coisas estranhas com as pessoas – falou Dorcas.
Fizera Harry prometer não sair do Beco Diagonal onde havia um grande número de bruxos para vigiá-lo.


- Agoniante – falou Josh.


E ia mandar dois carros do Ministério para levá-los à estação no dia seguinte, de modo que os Weasley pudessem cuidar de Harry até ele embarcar no trem.


- Pelo menos uma coisa boa surgiu disso tudo – falou Alex.
Harry ficou deitado ouvindo a gritaria abafada no quarto vizinho e imaginando por que não se sentia mais apavorado.


- Porque você é estranho e não pode ter reações normais? – falou Lyssi.


Sirius Black matara treze pessoas com uma maldição;


Lene abraçou Sirius mais forte, que a abraçou de volta.


O Sr. e a Sra. Weasley obviamente pensavam que Harry entraria em pânico se soubesse da verdade.


- Porque é o que uma pessoa normal faria – sugeriu Neville.


 Mas, por acaso, Harry concordava inteiramente com o Sr. Weasley que o lugar mais seguro da terra era aquele em que Alvo Dumbledore acontecesse de estar.


- Eu esperava mais – Regulus estava desapontado – Depois de tudo que já aconteceu, você ainda achar que Dumbledore pode impedir algo? – ou quer, acrescentou em pensamento.


- Eu tinha treze anos – justificou Harry. Ele não queria que Regulus ficasse desapontado com ele.


As pessoas não diziam sempre que Dumbledore era a única pessoa de quem Lord Voldemort já tivera medo? Com certeza Black, sendo o braço direito de Voldemort, não teria também igual medo do diretor?


- Essa lógica, embora boa, é falha – falou Frank – Simplesmente porque as pessoas não são iguais.
E agora havia os guardas de Azkaban de quem todos não paravam de falar.


Harry fez uma careta. Ele realmente odiava Dementadores.


Eles pareciam deixar as pessoas paralisadas de pavor e, se estavam de prontidão a toda volta da escola, as chances de Black entrar lá pareciam muito remotas.


- Mas você conseguiu – falou Harry – Você me ajudou.


Sirius suspirou aliviado. Ele ajudou Harry. Ele não o machucou.
Não, considerando tudo, a coisa que mais incomodava Harry era o fato de que suas chances de visitar Hogsmeade agora eram zero.


- Sério? – Alex estava incrédulo.


- Harry é doido – concordou Lene.


- Ei!
Ninguém iria querer que Harry deixasse a segurança do castelo até Black ser apanhado;


- O que seria uma boa ideia se tivesse mesmo um assassino atrás de você – falou Hermione.


aliás, Harry suspeitava que todos os seus movimentos seriam atentamente vigiados até que o perigo passasse.


- E foram – resmungou o moreno.


Lily ficou com pena dele, mas feliz que ele estava seguro. Mesmo que Sirius não fosse uma ameaça.
Olhou zangado para o teto escuro. Será que achavam que ele não sabia se cuidar?


- Sim – falou Josh.


Já escapara de Lord Voldermort três vezes;


- Nem me lembre disso – falou James.


não era um completo inútil...


- Claro que não. Mas mesmo assim...
Sem que ele quisesse, a imagem do animal nas sombras da Rua Magnólia perpassou sua mente. 


Harry sorriu se lembrando que era Sirius.


Que é que se faz quando se sabe que o pior está por vir...


- Tomar um banho – falou Dorcas. E quando todos os encararam completou – Eu gosto de água.
— Eu não vou ser morto


- Não vai – prometeu Regulus. Ele teria certeza disso. Não importava o que acontecesse.


— disse Harry em voz alta.
— É assim que se fala, querido — disse seu reflexo, cheio de sono.


- Você se chamou de querido? – Sirius fez uma careta.


- Me deixa quieto – resmungou Harry – Vai falar com a namorada que é melhor.


Marlene sorriu e olhou para Sirius, que a encarava com um sorriso bobo. Ele ainda não acreditava que eles estavam juntos. Ela beijou Sirius.


— Vocês não vão ficar de melação não, né? 



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Comentários (3)

  • Tati Rodrigues

    Não me deixem ansiosa, por favor continuem.

    2014-11-18
  • Izabella Bella Black

    Olá aconteceu alguma coisa? Já faz algum tempinho que não atualiza a fic. Não me deixe na curiosidade. Espero que esteja tudo bem. Beijos.

    2014-11-15
  • Izabella Bella Black

    Adorei o capitulo, só não gostei muito do Sirius ficar com a Marlene, afinal sempre imagino ele comigo. Sobre o quinto livro eu gosto dele, por causa das partes que todos os alunos se juntam contra a cara de sapa velha, Doleres Umbridge. Mas tambem acho que Sirius não precisava ter morrido, me lembro de que quando  li isso no livro chorei muito, ate assustei minha familia por isso. Eu vou dar uma olhada nessa fic que você falou. Bem eu gosto da primeira temporado por que ali ainda não começa a ser focado em demonios e anjos, por isso gosto dela. Sim já percebi isso tambem, esse episodio são os melhores, por mostrarem mais o Dean. Sim o Dean queria uma vida normal com a mãe e o pai dele, por que de certa forma por causa de demonios os pais foram tirados dele e agora ele vê o irmão indo para o mesmo lado que eles, é injusto com ele que presa tanto a familia. Eu tambem não aguento quando o Sam começa a reclamar da vida que leva, sempre tinha vontade de dar uns tapas nele e dizer supere e siga em frente e pare de reclamar, tenho pena do Dean que o aguenta deste pequeno. Agora acalmou um pouco tenho um pouquinho mais de tempo, mais ainda tenho provas para fazer no final do mês, mais não se preocupe irei acompanhar LHP ate o final.Beijos. 

    2014-11-01
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