Grifinória versus Corvinal



Comentários
Yoko Takamoto~~> Obrigada! Fico muito feliz de saber disso :) Tento fazer os personagens mais profundos que dá para fazer em uma história desse estilo é e bom saber que vale o esforço.
Gio BlackMcGonagall~~> Oi! Seja bem vinda! Obrigada, assim você me deixa com vergonha kkk. Eu me emocionei muito escrevendo LHP também, porque é uma história que realmente está me acompanhando através dos anos. Eu acho esse livro muito triste para ler com Sirius e eu quis refletir isso em LHP, quis me aprofundar bem nisso e fico feliz que consegui. Vamos confessar que os Marotos são os melhores amigos que alguém queria ter. Não vamos desistir, prometo que iremos até o sétimo (e provavelmente um bônus, mais ai já é outra história). Uma ótima sugestão, quando você percebi que não estou dando tanto destaque para Sirius e Regulus e vou tentar incluir uma cena séria deles no próximo capítulo. Amo o Regulus, com certeza é o meu personagem preferido, porque o acho o mais humano. Se você sabe de uma que eles se dão bem por favor me diga, eu iria adorar lê. Aliás amo tanto Regulus que não consigui evitar o colocar na minha outra fanfic minha, Heaven Knows, e também o amo lá. Já tiveram algumas cenas de James com ciúmes de Sirius, mas nunca é demais certo? :) Sei que atualizações rápidas não é exatamente o foco de LHP, mas juro que eu me esforço muito para postar o mais rápido possível sem perder a qualidade. Demora, mas saí. Prometo. Pode me mandar mensagem quando estiver preocupada. Relaxe, eu entendo. Espero que goste desse cap. Beijos.
Izabella Bella Black~~> Obrigada! Eu quero muito ~sonha acordada. Verdade, não adiantar viver no passado. Mas as coisas sempre ficam tão inacabadas quando alguém morre. Você tem razão, mas acho que Sirius é muito duro com ele mesmo, embora não pareça. Eu queria te dar um spoiler agora, mas acho que não posso. Ok, não mais me conter. ATENÇÃO LEITOR, SE NÃO QUEIIRA UM SPOILER DO SEXTO LIVRO - SIM, VAI DEMORAR - ACONSELHO NÃO LER ESSA PARTE. REALMENTE NÃO RECOMENDO. VAI ESTRAGAR A GRAÇA. DESISTA. OK, ESCOLHA SUA CONTINUAR. SPOILER: Draco Malfoy virá para LHP... Mas só no sexto livro. Sim, isso trará confusões. Sim, eu vou amar. Já tinha decidido isso com Gi e Gaby e cheguei a prometer a Gi, então promessa é divida. Não, não vai rolar Dramione. FIM DO SPOILER. LIVRE PARA LEITURA NORMAL. Admito que eu também não gosto quando alguém estraga meus livros. Fico com muita raiva, mas tento entender. Eu ri muito com essa parte, mas Olívio realmente deveria fazer um tratamento. Acho que esse casamento não daria certo. Inteligência máxima aqui. Queria muito saber como seria o meu Patrono. Ou o meu Bicho Papão. Mães são especiais. Remus não deixaria ninguém comer os seus preciosos chocalates fora em momentos extremos. Não tem como não rir da cara de Gina nessa cena. Acho o conto da caixa de Pandora legal, mas longe de ser um dos melhores. Harry tem cara de santo, mas só isso. Brincadeira, ele não faria nada de errado, fora provocar, claro. Eu não posso falar nada sobre os irmãos, não agora. Imagina como Harry seria problemático com Sirius e James de influência. Mesmo assim, ainda acho algo expecional ele ter conseguido dominar a arte do Patrono tão cedo. Acho que ele poderia se sair muito melhor se esforçasse. Não são exatamente divertidas por conta do que eles estão apredendo, mas eles tem um companheiro muito bom que realmente facilita a aula. Adoro escrever sobre todos, mas especialmente sobre os Black. Eu amei escrever esse final. OK, confesso que sou apaixonada por Regulus. Pronto, falei. Obrigada pelo comentário. Beijos.
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Nota Bia: SIM, EU NÃO MORRI. Pode ser chocante, mas aqui estou.


Quero pedir desculpas porque não quis demorar de jeito nenhum, mas o que aconteceu foi o seguinte: Depois do dia de junho, tive que resolver várias coisas de presentes das minhas amigas, coisas das minha viagem e provas. Dividi o cap com Mila e viajei dia 5 de julho. Mas tinha conseguido mandar minha parte antes para ela. Quando eu voltei de viagem, dia 24, ela me confirmou que não tinha terminado ainda. Esperei mais um pouco, mas então me ofereci para fazer o que faltava. Só que ai o computador dela resolveu quebrar e adivinhem sumir com o cap. A sorte não estava ao nosso favor.


Enfim, queria muito poder prometer postar mais rápido e sei que vou conseguir postar antes da quantidade de tempo que esse demorou, mas não posso prometer rapidez, porque as coisas são muito agitadas na minha escola na segunda metade do ano e minhas notas não estão perfeitas.




Capítulo 13 - Grifinória versus Corvinal


Parecia o fim da amizade entre Rony e Hermione.


- Vocês são muito dramáticos – Lene revirou os olhos.


- Mas dessa vez parecia mesmo – falou Neville.


Estavam tão zangados um com o outro que Harry não conseguia ver como poderiam, um dia, fazer as pazes.


- Quem diria virar namorados – falou Harry, olhando para o casal.


Rony e Hermione sorriram um para o outro e Harry fingiu estar enjoado.


- Mas todo mundo briga um dia – falou Lily, olhando diretamente para Snape.


Ele deu um pequeno sorriso. Sabia que ela estava dizendo que estava tudo bem entre eles.
Rony estava enfurecido porque Hermione nunca levara a sério as tentativas de Bichento para devorar Perebas,


- Não me arrependo – murmurou a morena.


Dorcas olhou para ela assustada. Não imaginava que Hermione fosse tão violenta.


não se dera o trabalho de vigiá-lo de perto e continuava fingindo que o gato era inocente, sugerindo que Rony procurasse Perebas embaixo das camas dos garotos.


- Por um lado, ninguém sabe onde esse rato está mesmo – ponderou Frank - Mas o gato de Hermione parece suspeito mesmo.


Por sua vez, Hermione insistia ferozmente que Rony não tinha provas de que Bichento devorara Perebas,


- Eu não ia precisar de provas para ficar com raiva – comentou Gina.


que os pêlos talvez estivessem no dormitório desde o Natal,


- Improvável.


e que o garoto alimentara preconceitos contra o gato desde que Bichento aterrissara na cabeça dele na Animais Mágicos.


- Bem, isso é verdade – falou Neville.


- O que você queria que eu fizesse? Que eu amasse o gato? – retrucou Rony.
Pessoalmente, Harry tinha certeza de que Bichento comera Perebas,


- Obrigada pelo apoio – ironizou Hermione.


- De nada – Harry sorriu falsamente – Mas você queria que eu pensasse o quê? É simples, Hermione, é um gato que comeu um rato. Natureza simples – falou.


Hermione revirou os olhos irritada.


- Por que eu sempre duvido das situações impossíveis que você se mete, não Harry? – replicou.


Harry suspirou derrotado.


- É, você tem razão.


e quando tentou mostrar a Hermione que todas as evidências apontavam nessa direção,


Rony olhou para Harry com pena. Sabia o suficiente de brigas com Hermione para saber que essa não fora a melhor ideia.


a garota zangara-se com ele também.


- Claro, ninguém quer que os outros discordem – falou Dorcas calmamente.
— Tudo bem, fique do lado do Rony, eu sabia que você ia fazer isso!


- Vocês sempre me deixam sozinha – resmungou Hermione.


Neville olhou com pena para ela. Conhecia bem o sentimento para odiá-lo.


- Desculpe – pediram Harry e Rony juntos.


Hermione revirou os olhos, mas sorriu um pouco.


— disse ela com voz aguda. — Primeiro a Firebolt, agora Perebas, tudo é minha culpa, não é?


Lily olhou com pena para a morena. Sobre a vassoura, ela estava totalmente certa e sobre o Perebas, bem, ela via o que conseguia e queria ver.


Então me deixe em paz, Harry tenho muito trabalho a fazer.


- Trabalho é que não faltou para você esse ano – comentou Rony.
Rony estava realmente sofrendo muito com a perda do rato.


- Rony faz o tipo sensível? – Fred franziu a testa, confuso.


- Não posso mais amar meu animal? – perguntou Rony, enquanto se sentia enjoado em lembrar quem o rato realmente era.


- Não – respondeu Harry com ódio.


James e Lily trocaram olhares assustados. Por que Harry estava agindo assim com um pobre animal?
— Vamos, Rony, você vivia dizendo que Perebas era chato


- Não é só porque algo é chato que você não gosta – falou Lene – Eu, por exemplo, gosto de Sirius.


- Nossa, valeu – ironizou Sirius.


- De nada – falou Marlene, com os olhos brilhando de malícia.


Sirius não resistiu e a puxou para um beijo. Gostava de tanto de poder estar ali com ela, de ela ser sua. Era inacreditável que houvesse uma pessoa tão perfeita para ele como Lene.


— disse Fred para consolá-lo. — E seu rato estava doente havia séculos, estava definhando. Provavelmente foi melhor para ele morrer depressa, de uma engolida,


- Nossa, que vida boa – ironizou Gina.


Morte boa – corrigiu Fred.


provavelmente nem sofreu.
— Fred! — exclamou Gina, indignada.
— Ele só fazia comer e dormir, Rony, você mesmo dizia — argumentou Jorge.


- Não é porque você fala que você realmente quer que aconteça – replicou Sirius, pensando em todas vezes que já falara mal da família e que falara sobre horríveis desejos.
— Ele mordeu Goyle para nos defender uma vez!


- Ou para se defender – resmungou Harry.


— disse Rony, infeliz. — Lembra, Harry?
— É, é verdade — confirmou o amigo.
— Foi o ponto alto da vida dele — disse Fred, incapaz de manter a cara séria.


- Nem venham – reclamou Fred quando foi encarado – Queria ver se fossem vocês ali. A maioria não teria o auto controle que eu tive.


— Que a cicatriz no dedo de Goyle seja uma homenagem eterna a memória de Perebas.


Como se ele merecesse homenagens, pensou Harry amargo.


Ah, sai dessa, Rony, vai até Hogsmeade e compra um rato novo. Que adianta ficar se lamentando?


Hermione fez uma careta para Fred, precisava ficar reclamando na única vez que ele fora sensível.
Numa última tentativa de animar Rony, Harry o convenceu a ir ao último treino do time da Grifinória,


- Não é tão legal ficar olhando – comentou Lene.


- Mas é importante para a técnica – falou Regulus.


Harry concordou.


antes da partida com Corvinal, para poder dar uma volta na Firebolt quando terminassem.


- Aí sim – falou Josh, sorrindo depois.


Isto pareceu, por um momento, desviar os pensamentos de Rony em Perebas


- Finalmente – falou Neville.


Rony fez uma careta para ele.


("Grande! Posso tentar fazer uns gols montado na vassoura?"),


- Tentar – frisou Jorge, rindo.


Rony corou.


- Eu não sou tão ruim assim... sou?


Harry fez uma careta para Jorge.


- Não, não é – prometeu para o amigo inseguro.


e os dois saíram para o campo de Quadribol juntos.


- Nada como um jogo com seu amigo – James sorriu.
Madame Hooch, que continuava a supervisionar os treinos da Grifinória para vigiar Harry, ficou tão impressionada com a Firebolt quanto todo mundo que a vira.


- Claro, ela também ama voa vassoura mais rápida da época – falou Dorcas num tom de óbvio.
A professora pegou a vassoura antes da decolagem e expôs aos jogadores sua opinião profissional.


- Não que alguém tivesse pedido – comentou Fred.
— Olhem só o equilíbrio deste modelo! Se a série Nimbus tem algum defeito, é uma ligeira queda para a cauda, observa-se que depois de alguns anos isto se transforma num arrasto.


James começou a discutir sobre a vassoura com Sirius e Frank.


Snape e Lily estavam entediados.


Atualizaram o cabo também, mais fino do que as Cleansweeps, lembra as antigas Silver Arrows, uma pena que tenham parado de fabricá-las.


- Eu tenho uma – comentou Sirius.


Harry riu da cara do padrinho.


- Seu velho.


- Ainda sou mais bonito – retrucou Sirius.


- Sonha – falou James – Ele é o meu filho. Então é a pessoa mais bonita no mundo, depois de mim. E Lily.


- Acho bom – concordou Lily, rindo.


- Eu vou ter que discordar – falou Lene.


E foi assim que a sala entrou em uma grande discussão sobre quem era o mais bonito.


Hermione se cansou do barulho e idiotice e fez com que todo mundo calasse a boca. Ela tem moral.


Foi nelas que aprendi a voar, e também eram excelentes vassouras...


- Eram – falou Alex com desprezo. Essa vassoura é muito ultrapassada.
E a professora continuou nessa disposição por algum tempo até que Olívio a interrompeu:


- Olívio pediu para alguém parar de falar de Quadribol? – perguntou Jorge, que estava distraído, assustado.


- Não, mas é só para ele poder jogar - falou Fred.
— Hum... Madame Hooch? Será que a senhora podia devolver a vassoura a Harry? Temos que treinar...


- Treinar é bom – concordou James, com um brilho obsessivo nos olhos.
— Ah, certo... Tome aqui, Potter — disse ela. — Vou me sentar ali adiante com Weasley...


- Hooch. Minha companhia preferida – falou Rony.


- Vou ficar com ciúmes assim – ironizou Hermione.
Ela e Rony deixaram o campo e foram se sentar na arquibancada, e o time da Grifinória se agrupou em torno de Olívio para ouvir as últimas instruções para o jogo do dia seguinte.


- Prestem atenção – ordenou Sirius se esquecendo que isso já tinha sido há alguns anos (ou seria?).
— Harry, acabei de descobrir quem vai jogar como apanhador na Corvinal.


- Nossa, assim parece até um apanhador secreto.


- Não, é porque eles mudaram de apanhador – explicou Harry.


É a Cho Chang:


Gina fez uma careta.


uma garota do quarto ano e muito boa...


- Ela não é boa. Ela é horrível.


Para ser sincero eu tinha esperanças de que ela não tivesse voltado à forma,


- Ninguém duvida – comentou Josh.


ela teve alguns problemas com contusões... — Olívio fez cara feia para assinalar seu desagrado pela plena recuperação de Cho Chang,


Hermione olhou para o livro irritada. Esses meninos passavam dos limites por causa do Quadribol.


depois continuou: — Por outro lado ela monta uma Comet 260, que vai parecer uma piada ao lado da Firebolt.


Regulus deu um sorriso malvado, apoiando.


— Olívio lançou um olhar de fervorosa admiração à vassoura de Harry,


Fred revirou os olhos. Olívio era tão previsível.


depois disse: — Muito bem, pessoal, vamos...
Então, finalmente, Harry montou na Firebolt, e deu impulso para levantar vôo.
Foi melhor do que ele jamais sonhara.


James olhou entusiasmado por livro. Ele estava imaginando como seria essa vassoura e sonhava em voar nela. As vassouras do futuro deviam ser muito avançadas.


A Firebolt virava ao menor toque;


Regulus acenou aprovando


parecia obedecer a seus pensamentos em vez de suas mãos;


Sirius soltou um suspiro, apaixonado. Lene o repreenderia se ela mesma não estivesse babando.


ela atravessou o campo a tal velocidade que o estádio se transformou em um borrão verde e cinza;


Lily fez uma careta, mas não falou nada para não arranjar briga. Não podia entender como alguém gostava disso.


- A minha é muito mais lerda – reclamou James.


- Deve ser por causa da sua época – zoou Harry.
Harry mudou de direção tão instantaneamente que Alicia Spinnet soltou um grito,


- E olha que ela é uma ótima jogadora – falou Jorge.


e no instante seguinte ele entrou em um mergulho absolutamente controlado,


Regulus estava impressionado. Não era tão fácil controlar um mergulho, principalmente em sua primeira vez com uma vassoura nova.


raspando o gramado com as pontas dos pés antes de tornar a subir nove, doze, quinze metros no ar.


- Eu me sentia vivo – falou Harry sonhador.


Gina deu um sorriso. Gostava de ver o namorado feliz assim.
— Harry, vou soltar o pomo! — gritou Olívio.


- Demorou – reclamou Jorge.
O garoto virou a vassoura e apostou corrida com um balaço em direção às balizas; venceu-o com facilidade, viu o pomo disparar das costas de Olívio e em dez segundos já o tinha seguro na mão.


- Dez segundos? – James perguntou de queixo caído.


Harry deu de ombros.


- Eu estava empolgado.


- Podemos perceber – falou Frank, animado.
O time aplaudiu enlouquecido.


- Claro, queria ver que outra reação eles poderiam ter depois de uma captura tão boa – Regulus falou.


Harry sorriu para ele.


Harry tornou a soltar o pomo, deu-lhe um minuto de dianteira


- Assim é mais justo – concordou Lene com um sorriso.


e disparou atrás dele, desviando-se dos outros jogadores; depois, localizou-o próximo ao joelho de Katie Bell,


Os gêmeos sorriram com a lembrança da amiga.


fez uma volta em torno da garota e apanhou o pomo mais uma vez.


- Harry, você é ótimo – falou Sirius, enlouquecido. Harry tinha um talento incrível, ainda mais que o de James.
Foi o melhor treino que ele já fizera;


- Foi mesmo – concordaram os gêmeos.


os jogadores, inspirados pela presença da Firebolt na equipe, realizavam movimentos impecáveis,


Fred e Jorge sorriram orgulhosos.


e, no momento em que voltaram ao chão, Olívio não teve uma única crítica a fazer,


- Foi um momento de emoção.


o que, como Jorge Weasley enfatizou, era a primeiríssima vez que acontecia.


- Não exagerem – falou Lily, revirando os olhos.


- Ham... Eles não estão exagerando não – falou Harry.
— Não vejo o que é que vai nos deter amanhã! — disse Olívio.


- E isso é difícil – falou Harry – Olívio procura estar preparado para cada pequeno detalhe.


— A não ser que... Harry, você resolveu o seu problema com o dementador, não resolveu?


- Claro, porque ele conseguiu dominar a arte de fazer um Patrono em um segundo – falou Snape, sarcástico – Todos conseguem.
— Resolvi — disse Harry pensando no seu débil Patrono e desejando que ele fosse mais forte.


- Paciência, Harry – falou Remus.
— Os dementadores não vão aparecer outra vez, Olívio.


- Não vão mesmo – falou Lily com olhos assassinos.


Harry tremeu ligeiramente.


Dumbledore explodiria


- Isso não seria uma imagem agradável.


— disse Fred, confiante.


- Claro, confiança é tudo – falou Fred, superior.
— Bem, esperemos que não — disse Olívio. — Em todo o caso... Bom trabalho, pessoal. Vamos voltar para a Torre... Dormir cedo...


Hermione resmungou sobre o quão era errado ele controlar a hora de sono deles, ao que Rony perguntou a Harry se ela era louca, já que ela vivia os mandando dormir.
— Eu vou ficar mais um pouco; Rony quer dar uma volta na Firebolt


Rony suspirou se lembrando do maravilhoso passeio que fizera naquela vassoura.


— avisou Harry a Olívio, e, enquanto os outros jogadores se dirigiam aos vestiários, Harry foi ao encontro de Rony,


- Harry destoa – brincou Sirius.


que saltou a barreira que separava o campo das arquibancadas com o mesmo fim. Madame Hooch adormecera onde estava.


- Isso que é uma boa supervisão – comentou Josh.
— Manda ver — disse Harry, entregando ao amigo a Firebolt.


- É preciso muita confiança para isso – falou Lyssi séria. Não era qualquer um que pegava emprestado a sua vassoura.
Rony, uma expressão de êxtase no rosto, montou na vassoura e disparou pela crescente escuridão, enquanto Harry andava em volta do campo, observando-o.


- Eu ficaria muito impaciente – comentou Lene.


Já anoitecera quando Madame Hooch acordou assustada, ralhou com os garotos por não a terem acordado


- Ela que dorme e põe a culpa na gente – resmungou Rony.


e insistiu que voltassem ao castelo.


- Até parece que vocês ficam lá dentro mesmo – comentou Neville.
Harry pôs a Firebolt no ombro, e ele e Rony saíram do estádio sombrio,


- O estádio não é sombrio – reclamou Gina.


discutindo o desempenho suavíssimo da vassoura, sua fenomenal aceleração e suas curvas precisas.


Hermione e Lily reviram os olhos. Que futilidade.


Estavam na metade do trajeto para o castelo quando Harry, olhando para a esquerda, viu uma coisa que fez seu coração dar uma cambalhota no peito


Alex riu da descrição de Harry, ele pensava tudo de um modo tão engraçado.


— um par de olhos que luziam na escuridão.


- Quando você que as coisas não podem ficar mais estranhas... – comentou Dorcas.


Harry sorria lembrando-se de quem era os olhos.
Harry paralisou, o coração martelando as costelas.


- Essa é uma frase que eu não ouço todo dia – murmurou Jorge.
— Que foi? — perguntou Rony.
Harry apontou. Rony puxou a varinha e murmurou:
— Lumus!
Um raio de luz se projetou


- Não me diga.


pelo gramado, bateu no pé de uma árvore e iluminou seus ramos; lá, agachado entre as folhas que brotavam, estava Bichento.


- Era só o gato? – Alice suspirou aliviada.
— Dá o fora daqui! — bradou Rony


- Trate melhor meu gato – exigiu Hermione.


curvando-se para apanhar uma pedra caída no chão, mas antes que pudesse fazer mais alguma coisa, Bichento havia desaparecido com um único movimento do longo rabo amarelo-avermelhado.


- Esse seu gato é muito estranho, Hermione – comentou Frank.


- Ele só é muito inteligente – defendeu.
— Está vendo? — exclamou Rony, furioso, largando a pedra no chão. — Ela continua deixando o gato andar por onde quer,


- Você queria que ela fizesse o quê? O colocasse sobre prisão domiciliar? – Dorcas ironizou.


provavelmente comendo uns dois passarinhos como guarnição para acompanhar o Perebas...


- Não é assim também – falou Lene.
Harry não comentou nada. Inspirou profundamente sentindo o alívio invadi-lo;


- Alívio?


por um momento tivera certeza de que aqueles olhos pertenciam ao Sinistro.


- Não me diga que você acreditou nisso – Hermione falou critica.


- Eu era jovem – Harry se defendeu.


Hermione revirou os olhos.


Os dois garotos retomaram, mais uma vez, a caminhada para o castelo.


- Uma caminhada que nunca acaba.


Um pouco envergonhado pelo momento de pânico, Harry não comentou nada com Rony, nem olhou mais para a esquerda nem para a direita até chegarem ao bem iluminado saguão de entrada.


- Parecem duas crianças – criticou Gina.


Os dois coraram.
Harry desceu para tomar café na manhã seguinte com os outros garotos do dormitório,


- A gangue toda reunida – brincou, olhando para Rony e Neville.


todos os quais pareciam achar que a Firebolt merecia uma espécie de guarda de honra.


- Garotos são idiotas quando se trata de vassouras.


Quando Harry entrou no Salão Principal, as cabeças se voltaram para a vassoura, e houve muitos comentários excitados.


- Claro, todos são fofoqueiros – Lene revirou os olhos.


Harry viu, com enorme satisfação, que todo o time da Sonserina fazia cara de assombro.


- Hora da vingança – riu James.


Lily o repreendeu.
— Você viu a cara dele? — perguntou Rony com vontade de rir, virando-se para olhar Malfoy. — Ele nem consegue acreditar! Genial!


- É justo – falou Neville, sorrindo.


Olívio, também, usufruía da glória que a Firebolt refletia.


- Dica para conseguir amigos: tenha uma vassoura legal – brincou Alice.
— Ponha ela aqui, Harry — sugeriu o capitão, ajeitando a vassoura no meio da mesa e girando-a cuidadosamente de modo a deixar a marca visível.


- Para mostrar que Harry ostenta – falou Lyssi brincando. Revirou os olhos quando viu que alguns não entederam.


Os alunos das mesas da Corvinal e da Lufa-Lufa não demoraram a ir olhá-la de perto.


- Esse povo sem vergonha – falou Lily – Agora para estudar ninguém vai.


Cedrico Diggory


Harry empalideceu. Ainda tenha pesadelos com a morte dele e ainda sentia por tudo que aconteceu.


Gina, Neville, Hermione, Jorge e Fred também se sentiram mal e com pena de Harry.


Os outros notaram o clima tenso, mas perceberam que é melhor não perguntar.


se aproximou para cumprimentar Harry por ter adquirido uma substituta tão esplêndida para sua Nimbus


Harry deu sorriso triste. Gostaria tanto que isso fosse possível ainda. Mas agora ele estava morto.


Gina simplesmente se aproximou do namorado e o abraçou. Sabia o quanto ele estava triste, ela mesma estava.


e a namorada de Percy, Penelope Clearwater, da Corvinal, chegou a perguntar se podia segurar a Firebolt.


- Ela não era tão ruim – falaram os gêmeos pensativos.


- Ela era legal – corrigiu Gina.
— Ora, ora, Penelope, nada de sabotagem! — disse Percy cordialmente,


- Não acredito que ele tentou fazer uma piada – murmurou Rony surpreso.


- Percy é legal – Gina repreendeu o irmão.


enquanto ela mirava a Firebolt.
— Penelope e eu fizemos uma aposta — contou ele ao time. — Dez galeões no vencedor da partida!


- Quem é você e o que fez com Percy? – murmurou Jorge admirado.


- Percy faz coisas assim, só que não em casa – contou Gina – Ele também não gosta de deixar vocês saberem.
A garota tornou a pousar a vassoura,


- Essa vassoura vai de mão em mão.


agradeceu a Harry e voltou à sua mesa.


- Uma separação muito triste – chorou Fred.
— Harry, não deixe de ganhar — recomendou Percy num sussurro urgente. — Eu não tenho dez galeões.


Os Weasleys riram.


- Nada como apostar sem


Estou indo, Penny! — E correu para comer uma torrada com a garota.


- Que romântico – murmurou Lene.
— Tem certeza que você sabe montar nessa vassoura, Potter?


- Não, ele não sabe e por isso conseguiu pegar o pomo em 10 segundos – ironizou Regulus.


— disse uma voz arrastada e fria.


- Me deixa adivinhar... Malfoy? – Gina fingiu pensar.


- Não sei como você acertou – Harry fingiu surpresa.
Draco Malfoy chegara para dar uma espiada, seguido de perto por Crabbe e Goyle.


- Eles estão com inveja – sorriu Neville.
— Acho que sim — disse Harry, descontraído.


- Muito bem. Não deixe Malfoy te atingir – Hermione aprovou.


— Tem muitas características especiais, não é?


- Tenho certeza que você está com inveja delas – murmurou Josh, mas seu tom era de divertimento.


— disse Malfoy, os olhos brilhando de malícia. — Pena que não venha com um pára-quedas,


- Ele não precisa, tá?


para o caso de você chegar muito perto de um dementador.


James xingou Malfoy de coisas não muito legais.
Crabbe e Goyle deram risadinhas.


- E eles sabem fazer outra coisa?
— Pena que você não possa acrescentar braços na sua, Draco — retrucou Harry. — Assim ela poderia apanhar o pomo para você.


- Wow – murmurou Lene – Essa foi superior.


James e Sirius sorriam orgulhosos, e até Remus se permitiu dar um pequeno sorriso.


- Gostei do estilo, Harry – murmurou Regulus divertido.


Harry sorriu para eles.


- Até eu tenho que admitir que essa foi boa – falou Lily e Hermione concordou.
Os jogadores da Grifínória deram grandes gargalhadas.


- Claro, foi muito divertido – falaram os grifinórios presentes no dia da cena juntos.


Os olhos claros de Draco se estreitaram e ele se afastou.


- Ficou com medo de levar outro fora – murmurou Dorcas.


Os dois garotos observaram Draco se reunir aos demais jogadores da Sonserina,


- A gangue da Sonserina.


que juntaram as cabeças, sem dúvida para perguntar a ele se a vassoura de Harry era realmente uma Firebolt.


Harry deu um sorriso. Achava que era uma das únicas horas que tinha gostado de algo caro. Com certeza, a vassoura tinha valido a pena.
As quinze para as onze, o time da Grifinória saiu em direção ao vestiário.


Lene sorriu. Amava os momentos de união antes do jogo.


O tempo não poderia estar mais diferente do que o do dia da partida com Lufa-Lufa.


- Ainda bem – Lyssi suspirou aliviada. Gostava de um tempo mais calmo na hora de jogar.
Fazia um dia claro e frio com uma levíssima brisa; desta vez não haveria problemas de visibilidade


- Pelo menos isso – disse Lily.


e Harry, embora nervoso, estava começando a sentir a excitação que somente uma partida de Quadribol era capaz de produzir.


- Eu sei o que você quer dizer – falaram todos os jogadores juntos. Era algo que realmente só esse esporte era capaz de proporcionar.


Eles ouviram o resto da escola entrando, mais além, no estádio. Harry despiu as vestes negras da escola,


- Que sexy – brincou Lene.


- Eu sei – respondeu Gina, para a irritação dos irmãos.


Harry resolveu se esconder dos Weasleys por segurança.


- Eu nunca entendi porque as nossas vestes são tão negras, são tão pesadas – resmungou Dorcas.


- Eu sei o que você quer dizer – concordou Alice – Dá uma depressão só de olhar para elas. Parece que você está indo para um enterro.


tirou a varinha do bolso e enfiou-a na camiseta que ia usar por baixo do uniforme de Quadribol.


- Para que uma camisa por baixo da do uniforme? – James perguntou revirando os olhos.


- Deixe o seu filho fazer o certo – repreendeu Lily.


- O nosso – corrigiu James e a puxou para um beijo.


Severus achou que ia vomitar.


Só esperava que não fosse preciso usá-la.


- Não vai.


De repente lhe ocorreu uma dúvida: Se o Profº. Lupin estaria no meio da multidão, assistindo à partida.


Remus deu um sorriso leve.


- É claro que estarei lá para você.
— Vocês sabem o que temos de fazer — disse Olívio quando o time se preparava para deixar o vestiário.


- E ele não podia deixar a gente sair sem um discurso – Jorge revirou os olhos.


— Se perdermos esta partida, estaremos fora do campeonato.


- Isso não pode acontecer – falou James com firmeza.


Vocês só têm que voar como fizeram no treino de ontem, e vamos nos dar bem!


- Vamos ser excelentes – corrigiu Fred.
Os jogadores saíram do vestiário para o campo debaixo de tumultuosos aplausos.


Snape revirou os olhos. Grifinórios.


O time da Corvinal, vestido de azul, já estava parado no meio do campo.


- Bando de apressado.


A apanhadora, Cho Chang,


Gina fez uma careta.


Harry deu um pequeno sorriso. Apesar de tudo, ainda gostava de Cho.


era a única menina da equipe.


- Coitada.


Era mais baixa do que Harry quase uma cabeça,


James riu, imaginando o filho e essa menina juntos.


e, por mais nervoso que estivesse, ele não pôde deixar de reparar que era uma garota muito bonita.


Gina fechou a cara.


- Calma, amor, você é muito mais bonita – sussurrou Harry para ela.


James e Sirius se animaram. Era a primeira vez que Harry demonstrava o interesse em alguma garota (finalmente também...).


- Já pode ficar, filho – disse James simplesmente, e se desviou de Lily que foi bater nele.


- Cho é legal – falou Neville.


- Ela não precisa ser não – falou Sirius.


Cho sorriu para ele


James e Sirius deram sorrisos maliciosos.


quando os times ficaram frente a frente, atrás dos capitães, e o garoto sentiu uma ligeira pulsação na região do baixo ventre que ele achou que não tinha relação alguma com o seu nervosismo.


James e Sirius sorriam tanto que parecia que o Natal tinha chegado mais cedo. Era tão empolgante ver Harry finalmente parecendo um garoto normal, embora muito nervoso.
— Wood, Davies, apertem-se as mãos — disse Madame Hooch, eficiente, e Olívio apertou a mão do capitão de Corvinal.


- Não vejo sentido em fingir que vocês vão ser civilizados – murmurou Josh.


— Montem nas vassouras... Quando eu apitar... Três, dois, um...
Harry deu o impulso para subir, e a Firebolt voou mais alto e mais veloz do que qualquer outra vassoura;


James deu um sorriso satisfeito.


ele sobrevoou o estádio e começou a espiar para todos os lados à procura do pomo,


- Acho que é para isso que você foi – comentou Lene.


Harry revirou os olhos.


prestando atenção aos comentários que estavam sendo irradiados pelo amigo dos gêmeos Weasley, Lee Jordan.


- Lee – falaram os gêmeos com saudades – É o melhor de todos.


- Para aguentar vocês tem que ser mesmo – falou Alex, brincando.


- Claro que não! Somos perfeitos – os gêmeos falaram modestamente.


- Claro, claro – falou Gina num tom que deixava claro que ela não concordava.
— Foi dado início à partida, e a grande novidade é a Firebolt que Harry Potter está montando pelo time da Grifinória.


- Pausa para a propaganda da vassoura – murmurou Alice.


Segundo a Qual Vassoura, a Firebolt será a montaria escolhida pelos times nacionais para o Campeonato Mundial deste ano...


- Meu filho está usando a vassoura nacional – James chorou de emoção.


- James...? Você sempre usa a nacional também – lembrou Remus.


- Mesmo assim – falou emocionado.


Harry olhou para o pai, duvidando que eles fossem mesmo parentes.
— Jordan, você se importa de nos dizer o que está acontecendo no campo?


- Sim.


— interrompeu-o a voz da Profª. McGonagall.


- Ah, então, não – Sirius mudou de opinião rapidamente.
— Certo, professora, eu só estava situando os ouvintes... A Firebolt, aliás, tem um freio automático e...


Os gêmeos deram um sorriso de saudade. Sentiam falta do amigo fiel.
— Jordan!
— Ok, Ok, Grifinória tem a posse da goles, Katie Bell


Os gêmeos sorriram. Também sentiam falta dela.


da Grifinória está voando em direção à baliza...


- Vai! – torceram os grifinórios.
Harry passou veloz por Katie,


- Cuidado para não atrapalhar.


à procura de um reflexo dourado, e reparou que Cho Chang o seguia muito de perto.


Claro que seguia, pensou Gina acidamente.


Não havia dúvida de que a garota era um excelente piloto


- Há dúvidas sim – murmurou Gina.


- Gi... – pediu Harry.


- Tudo bem, ela sabe voar – concedeu de má vontade.


James observava com um sorriso. Parecia que os Potters tinham herdado o gosto por meninas ciumentas, embora Gina ainda fosse mais que Lily.


— não parava de cortar sua frente, forçando-o a mudar de direção.


- É uma ideia boa, mas não acho que vá funcionar por muito tempo – avaliou Regulus.
— Mostre a ela sua aceleração, Harry! — berrou Fred


- Ouvi falar que esse Fred era muito lindo – o próprio falou.


Todos reviram os olhos.


ao passar disparado


- Tem que ser assim.


em perseguição de um balaço que seguia na direção de Alicia.


Harry impulsionou a Firebolt quando contornaram as balizas da Corvinal, e Cho ficou para trás.


Gina deu um sorriso satisfeito.


No momento exato em que Katie conseguia marcar o primeiro gol da partida


Todos os grifinórios comemoraram como se a partida estivesse acontecendo naquela hora.


e o lado do campo da Grifinória enlouquecia de entusiasmo,


- Ficar parando é que não iam – comentou Fred.


Harry viu... O pomo estava perto do chão, esvoaçando próximo à barreira.
Harry mergulhou; Cho percebeu o seu movimento


- Claro que ela percebeu, ela não tem mais nada para fazer do que ficar olhando para você – resmungou Gina.


- Mas ela estava em um jogo de Quadribol – protestou Alex.


Ele se encolheu com o olhar assassino da ruiva.


Gina realmente teria que trabalhar nos ciúmes dela.


e disparou atrás dele. O garoto foi aumentando a velocidade, tomado de excitação; os mergulhos eram sua especialidade,


Lily revirou os olhos. Claro que a parte mais perigosa era a especialidade dele.


estava a três metros...
Então um balaço, arremessado por um dos batedores de Corvinal,


- Filho da p...


- Nem disse ainda o que ele fez.


- Foda-se!


- James!


-... Ele é do time adversário.


saiu a roda, Harry nem viu de onde;


- Isso é culpa da sua distração – e a palavra foi dita com tanto veneno que nem Harry acreditou.


- Ei, Gi, eu amo você. Você – falou Harry, sério.


- Eu sei. Desculpe... É que eu sinto tanto ciúme e eu não estou acostumada – falou arrependida – Eu também te amo.


ele mudou de rumo, evitando o petardo por um dedo, e, naqueles segundos cruciais, o pomo sumiu.


Sirius xingou o garoto idiota da Corvinal por fazer seu trabalho bem.


- Odeio quando isso acontece – falou Regulus para Harry – Pelo menos, não acontece muito.


Harry assentiu.


- O pior é quando os apanhadores inventam de me seguir. A maioria dos apanhadores quando joga contra mim pela primeira vez tenta, mas eles nunca tentam outra vez.


Havia um tom de orgulho que não era comum de Harry e Lily não podia estar mais feliz pela capacidade do seu filho e a felicidade que isso trazia a ele, mesmo que odiasse o esporte.


Eu não tentaria isso – falou Regulus com um tom entre desafio e promessa.


- Você já me seguiu – Harry provocou de volta, falando do jogo de Quadribol deles.


- Eu não te seguir – corrigiu Regulus – Só o pomo. Que é um pouco mais importante.


- Dá no mesmo.


- Não, não dá.


- Dá sim.


E Regulus e Harry começaram uma grande discussão como duas crianças emburradas e teimosas.


Sirius olhou admirado e invejoso. Nem ele tinha muitas discussões bestas assim com o irmão.
Houve um grande "ooooooh" de desapontamento da torcida de Grifinória, mas muitos aplausos de Corvinal para o seu batedor.


- Isso é só a felicidade de conseguir adiar um pouco a vergonha de perder para a gente – falou Lene com desprezo.


Jorge Weasley deu vazão ao que sentia lançando um segundo balaço diretamente contra o autor do arremesso,


James aprovou.


- Depois me dizem que esse jogo não é violento – resmungou Hermione.


que, por sua vez, foi forçado a dar uma cambalhota em pleno ar para evitar a colisão.


- Tá vendo? – perguntou Rony – Ele ficou bem.


- Mas só porque ele evitou!


- E...?


- Deixa para lá, Rony.
 Grifinória lidera por oitenta pontos a zero,


Os alunos da Grifinórias fizeram caras metidas, especialmente Fred e Jorge.


- Oitenta a zero é um número muito bom – comentou Regulus.


e olhe só o desempenho daquela Firebolt!


- Ou do dono dela – disse Gina dando um sorriso para o namorado.


James fez uma piada maliciosa sobre os dois para Sirius que riu com ele.


Potter agora está realmente mostrando o que ela é capaz de fazer,


- Porque ele não fez isso antes – resmungou Lily.


vejam como muda de direção — a Comet de Chang simplesmente não é páreo para ela,


- Ou ela – murmurou Gina baixinho.


o balanceamento preciso da Firebolt é visível nesses longos...


Hermione estava começando a ficar cansada e com sono.
— JORDAN! VOCÊ ESTÁ GANHANDO PARA ANUNCIAR A FIREBOLT?


- Provável.


- Ele amaria – falou Fred.


- Quem não? – retrucou Frank – Não ter que fazer nada demais e ainda ganhar para isso?


VOLTE A IRRADIAR O JOGO!


- Não sei como McGonagall ainda nega que é fã de Quadribol.


- Ela não nega mais – falaram os gêmeos orgulhosos, como eles que tivessem realizado essa mudança. Talvez tivessem.
Corvinal começou a jogar na retranca; já tinha marcado três gols,


Sirius começou a xingar o time da Corvinal.


o que deixava Grifinória apenas cinqüenta pontos à frente e se Cho apanhasse o pomo antes deles, Corvinal ganharia a partida.


- Isso não pode acontecer – ameaçou James. Ele já tinha aceitado uma derrotada; não aceitaria mais nada. Não se tratando de Quadribol.


- Querido, não ligue para o seu pai. Acho que ele já se esqueceu dos jogos que ELE perdeu – falou Lily para o filho, olhando repreensivamente para James.


Harry sorriu para ela.


- Tudo bem, está tranquilo. Não perdi esse jogo.


- Ainda bem. E... Pera, o que você quer dizer com os jogos que eu perdi? – James finalmente processou o que Lily disse e se virou para ela irritado.


- Bem, eu me lembro de um menino que eu encontrei uma vez que tinha perdido um jogo de Quadribol e estava triste e...


James ficou pálido.


- Não vamos falar sobre isso.


Lily deu de ombros. Mas não conseguiu evitar a memória de voltar...


FLASHBACK ON


- Olá? Potter? – Lily Evans pergunta para a figura de massa humana escondida encolhida em um lugar atrás de uma armadura no corredor vazio.


Ele não se moveu.


- Potter! – Lily chamou mais uma vez e nada. Aproximou-se e chamou de novo, sem sucesso.


Decidiu tentar mais uma vez e sabia que tinha algo muito errado com James quando ele somente levantou a cabeça e pareceu levar infinitos segundos para focar no rosto dela. E Lily não pode evitar perceber como os olhos estavam vermelhos.


- Ah, oi, Evans.


- Tudo bem? – ela perguntou hesitante e se arrependeu disso no mesmo segundo. Era claro que não estava tudo bem. Era só olhar para a cara de James que você diria que algo estava errado. E ele a tinha chamado pelo sobrenome, o que era algo muito sério para ele.


- Sinceramente? Você ao menos se importa?


Lily hesitou. Ela sabia que não deveria se importar. A questão é que com Lily era impossível não se importar. Esse era o seu grande problema. Importava-se demais com tudo, era muito sensível, muito envolvida.


E naquele instante estava envolvida com a imagem daquele menino sentado no chão derrotado.


A questão era...


- Você se importa se eu me importo? – ela jogou de volta.


Ele parecia que não responderia, que iria fingir que não tinha ouvido a questão. Mas muito tempo depois acenou com a cabeça, confirmando o que todos já sabiam. Sim, James Potter se importava que Lily Evans se importasse. Não necessariamente só sobre uma coisa. Mais como sobre tudo.


- Então... É claro que eu me importo, James.


Ele sorriu por breves segundos, surpreendido com o uso do primeiro nome.


Lily não sabia se deveria se aproximar mais de James, afinal, ele ainda era o babaca que ela não suportava na maior parte do tempo. O mesmo que se achava e que não tinha problemas em se me ter em problemas alheios.


Bem, parecia que dessa vez James não seria o intrometido.


- Conte o que aconteceu – pediu Lily, tomando a decisão de que iria até o fim com isso. Sentou-se ao lado do garoto, encostando-se.


James soltou um riso irônico.


- Você vai me achar ainda mais idiota por isso.


- Eu não ligo.


- Eu ligo – James falou – Mas acho que sua opinião sobre mim não pode piorar muito mais...


Lily quase revirou os olhos. James era muito dramático.


- Diga logo, James.


- Eu estava chorando por causa do Quadribol.


Ok. Agora Lily entendia porque ela o acharia mais idiota.


- Como assim? – perguntou chocada.


- Sabe quem me ensinou a jogar Quadribol? Meu pai. Ele ia todo dia jogar comigo, ia a todos os jogos. Não economizava tempo, nem dinheiro para isso. O maior sonho dele é que eu jogue em um time profissional – falou James – E sabe o que eu fiz hoje?


Lily somente balançou a cabeça, sem entender onde aquilo iria chegar.


- Tinha um dono de um time profissional que Sirius conseguiu o contato para mim. Ele veio para me ver jogar. Tudo que eu tinha que fazer era jogar bem hoje – nesse ponto a voz dele soou irritada e então completou desanimado: - E eu perdi. Perdi o jogo e ainda gritei com os meus colegas de time na frente dele. Agi como um louco. Ele veio me dizer que por ele as minhas chances no Quadribol estão nulas...


Lily não soube o que dizer depois de ouvir tudo isso. Soava péssimo para ela que nem era fã do esporte, imagina para ele que sonhou com esse dia, com o dia que faria o pai orgulhoso.


Porque, Lily sabia, que James estava fazendo isso pelo pai. Não que ele mesmo não gostasse do esporte, ele amava. Mas ele amava por causa do pai.


Pela primeira vez, Lily Evans teve pena de verdade de James Potter. Pela primeira vez, simpatizou de verdade com ele e pelo que ele estava passando. Pela primeira vez, o viu como ser humano.


- Ei... – falou, tentando pensar em algo para consolar o garoto – Não é tão ruim assim, ele disse isso, mas ele é só uma pessoa. Não pode te proibir de jogar.


James sabia que não era fácil assim como Lily pensava, mas simplesmente sorriu para ela e agradeceu.


Os dois ficaram em silêncio por mais um tempo, James ainda triste, mas, confortado pela presença de Lily.


- Eu gosto de jogar Quadribol – falou James de repente – É diferente. Lá, posso esquecer todos os problemas e me divertir. Quando estou voando, eu sei quem eu sou e o que fazer.


Lily sorriu. Parecia um discurso de um apaixonado (o que James era de certa forma).


- E você vai continuar a jogar.


- Mas eu nunca vou ser um jogador profissional – reclamou James.


- Talvez. Mas você tem que jogar. Disseram-me que você é muito bom e... – Lily hesitou – Quem mais eu iria ver jogar?


James abriu um sorriso, o primeiro verdadeiro desde o começo da conversa. Talvez não conseguisse jogar profissionalmente mesmo. Porém, isso não era tão importante agora. Não tanto quanto o fato que Lily iria vê-lo. Ele.


- Você vai mesmo? – perguntou esperançoso.


Lily olhou para ele. Sim, ele ainda era mimado e irritante, mas ela percebeu que também sentia uma afeição esquisita por ele, quando se sentiu ficar mais alegre só por causa do sorriso e o olhar esperançoso dele. Muito melhor que segundos atrás. E não podia negar que queria fazer isso por ele.


Disse a si mesma que era somente porque era uma boa pessoa.


- Sim – respondeu.


James deu um sorriso para ela e os dois voltaram ao silêncio até decidirem que era hora de voltar. Andaram perto um do outro, mas sem se falar.


Para quem via de fora, nada tinha mudado.


Contudo, eles sabiam que tinha.


Lily ainda odiava os jogos de Quadribol, ainda odiava a multidão, a euforia. Mas não tinha nada no mundo que a fizesse faltar um jogo. Quando perguntado porque ia, a ruiva só respondia que gostava de ver o esforço das pessoas.


Ela não aceitou os convites de James para sair até muito tempo depois, mas ia só por ele para os jogos.


Flashback off


Lily sorriu. Aquilo tinha sido o começo de tudo.


Harry reduziu a altitude, evitando por um triz um artilheiro de Corvinal,


- Por um triz? – Hermione olhou para Harry.


- O importante é que evitei.


Hermione revirou os olhos.


e esquadrinhou nervosamente o campo, um lampejo de ouro, um adejar de asinhas, o pomo estava circulando a baliza de Grifinória...


- Ótimo lugar – falou Lene com ironia.
Harry acelerou, os olhos fixos no pontinho dourado à frente,


Regulus ficou ansioso.


mas nesse instante, Cho apareceu de repente,


Gina xingou.


bloqueando sua visão...
— HARRY, ISSO NÃO É HORA PARA CAVALHEIRISMOS!


Lily deu um sorriso orgulhosa. Até no esporte seu filho era educado.


— berrou Olívio quando o garoto deu uma guinada para evitar a colisão.


-Pois é – concordou Gina.


— SE FOR PRECISO, DERRUBE-A DA VASSOURA!


- É necessário – Frank falou e todos os jogadores concordaram. Ninguém nunca disse que Quadribol era fácil e que sacríficos não eram feitos.
Harry se virou e avistou Cho; a garota estava sorrindo.


- E agora meu filho perde o fôlego – brincou James.


- Já entendi porque ela é apanhadora – Sirius comentou com um sorriso malicioso.
O pomo sumira outra vez.


- Harry só faz perde esse pomo.


- Admito que não foi o meu melhor jogo.


Ele apontou a vassoura para o alto e logo chegou a sessenta metros sobre o campo.


- Meu filho é rápido – falou James com um sorriso enorme.


- Espero que só no jogo – falou Lily.


- Pode ter certeza que só nisso – falou Gina.


- Ei! – o moreno protestou, ofendido.


Pelo canto do olho, ele viu Cho seguindo-o...


- Ela só faz te seguir – comentou Neville.


Ela resolvera marcá-lo em vez de procurar o pomo sozinha.


- O que mostra o quanto ela é boa – falou Regulus com ironia.


Gina sorriu para ela.


Muito bem, então... Se queria segui-lo, teria que arcar com as conseqüências...


- Finalmente – resmungou James. Claro que amava a ideia de seu filho e meninas, mas não podia deixar isso acima de Quadribol. Talvez no mesmo nível.
Harry mergulhou outra vez, e Cho, pensando que ele avistara o pomo, tentou acompanhá-lo;


- Ela acha que eu sou burro – bufou Harry.


Hermione o olhou, sentindo curiosidade em saber o que Harry pensava de verdade sobre Cho depois de todos esses anos, mas não iria perguntar com Gina ali.


ele desfez o mergulho abruptamente;


- Como você tem mania de fazer – comentou Rony.


Cho continuou a descida veloz; ele subiu mais uma vez, como uma bala,


- Acho que esse é o seu normal em jogos – falou Neville.


Todos concordaram que Harry era rápido.


e então viu-o, pela terceira vez, o pomo cintilava muito acima do campo, do lado da Corvinal.


- Ele fica mudou de lado, que desleal – comentou Lene.


- Fica calada – pediu Sirius.


- Não – ela retrucou.


- Acho que eu vou ter que te calar então – ele falou e a beijou.
Harry acelerou; a muitos metros abaixo Cho fez o mesmo.


- Ela não está te observando de jeito nenhum – ironizou Alex.
Ele foi reduzindo a distância, se aproximando mais do pomo a cada segundo...


- Finalmente.


Então...
— Oh! — gritou Cho, apontando.


- Muito esperta ela – falou Lyssi.
Distraído, Harry olhou para baixo.
Três dementadores, três dementadores altos, negros, lá embaixo, olhavam para ele.


- Não acredito nisso – falou Lily.


Harry revirou os olhos, lembrando que isso na verdade tinha sido Malfoy. Embora ainda não entendesse porque o loiro iria perder tempo fazendo isso.
Harry nem parou para pensar.


- Esse é o meu garoto – falou James.


- Com certeza – concordou Lily.


Alice ia dizer que Lily ás vezes perdia a cabeça em discussões, mas preferiu sabiamente ficar calada.


Enfiou a mão pelo decote de suas vestes, sacou a varinha e berrou:


— Expecto patronum!
Uma coisa branco-prateada, uma coisa enorme, irrompeu de sua varinha.


Todos olharam chocados para o menino (mesmo os que já sabiam ainda estavam impressionados). Ele tinha conseguido fazer um Patrono com 13 anos?


- Calma, não era um Patrono mesmo – falou Harry, incomodado com os olhares.


- Não ainda – completou Hermione baixinho. Nunca ia esquecer a demonstração de poder do amigo.


Ele percebeu que apontara diretamente para os dementadores, mas não parou para ver o efeito;


- Não sei se isso é uma boa ideia, mas é bom ser rápido – falou Frank.


sua mente continuava milagrosamente clara,


- Você sempre claramente em situações de risco – Josh apontou.


ele olhou para a frente, estava quase lá.


- Harry, você ainda vai se matar jogando – Lily disse preocupada.
Estendeu a mão que ainda segurava a varinha


Regulus olhou aprovador para Harry. Era bom ver que o moreno era cauteloso. Até porque Regulus não queria que nada acontecesse ao Potter. Nunca.


e conseguiu fechar os dedos sobre o pequeno pomo que se debatia.


James deu um sorriso para Harry.


- Exceto por algumas vezes, eu nunca estive tão orgulhoso.


O coração de Harry falhou uma batida. Não sabia quantas vezes já tinha sonhado com o seu pai dizendo que ele estava orgulhoso. Não tinha como imaginar que um dia esse sonho poderia se tornar verdade. E não tinha ideia de como ele iria ficar feliz pelo que ele fez. Orgulhoso.
Soou o apito de Madame Hooch.


- Finalmente – falou Hermione que não aguentava mais a narração sobre Quadribol.


Harry se virou no ar e viu seis borrões vermelhos voando em sua direção;


- É isso que dá não usar óculos – falou Lene.


no momento seguinte, o time o abraçava com tanta força que ele quase foi arrancado da vassoura.


- Um bando de falsos – falou Alex.


Os gêmeos se ofenderam.


Ouvia-se lá embaixo os brados da torcida da Grifinória em meio aos espectadores.


- Essa é a melhor parte – falou Dorcas.
— Aí, garoto! — Olívio não parava de berrar.


- Olívio é um doido.


Alicia, Angelina e Katie, todas, tinham beijado Harry;


James e Sirius fizeram caras maliciosas tão parecidas que pareciam ter aprendido um com o outro.


Fred o abraçara com tanta força que ele achou que sua cabeça ia saltar do corpo.


- Espero seriamente que não – falou Gina.


Em completa desordem,


- Como sempre – falou Hermione.


- Nem todos são organizados como você, Hermione – falou Neville.


o time conseguiu voltar ao campo.


- Não que estivesse ruim lá.


Harry desmontou a vassoura, levantou a cabeça e viu um bando de torcedores da Grifinória saltar para dentro do campo,


- O que não é uma boa ideia, mas ninguém liga – falou Dorcas.


Rony à frente.


- Claro, eu sou o mais importante.


Antes que desse por si, fora engolfado pela turma que gritava aplaudindo-o.


Lily deu um sorriso desaprovador enquanto ficava em duvida se feliz pelo seu filho ou irritada pelo sistema idiota de dar atenção somente a coisas inúteis.
— Sim! — gritava Rony, puxando com força o braço de Harry e erguendo-o no ar. — Sim! Sim!


- Já entendemos – falou Snape.
— Grande partida, Harry! — disse Percy, feliz. — Dez galeões para mim!


- Nossa, feliz que ele gostou da vitória por causa da importância para a Grifinória – comentou Lyssi.


Preciso procurar Penelope, com licença...


- Claro, que tem quer ir procurar a mulher dele – Gina revirou os olhos. Não aprovava esse relacionamento.
— Parabéns, Harry! — bradou Simas Finnigan.
— Brilhante! — berrou Hagrid por cima das cabeças dos alunos da Grifinória que acorriam.


James sorriu. Algumas coisas nunca mudavam.
— Foi um Patrono impressionante


- Depois você diz que não foi um Patrono – disse Lene com um tom de "explique-se".


Harry corou.


— disse uma voz no ouvido de Harry.


- Me deixa adivinhar... Eu? – Remus falou.
Harry se virou e viu o Profº. Lupin,


- Nossa, como eu me conheço. Vou fazer até uma autobiografia.


que parecia ao mesmo tempo abalado e satisfeito.


- Confuso.


- Fico feliz que alguém se preocupe com você – Lily disse satisfeita.


Remus sorriu para ela.
— Os dementadores não me afetaram nada!


Frank franziu a testa. Isso era estranho. Mesmo que Harry tivesse feito um Patrono, era para ter sentido algo.


— exclamou Harry excitado, — Eu não senti nada!
Regulus invejou Harry. Como queria isso.


— Foi porque eles... Hum... Não eram dementadores


- Isso que eu chamo de balde de água fria.


— explicou o professor. — Venha ver...
Ele desvencilhou Harry da aglomeração até poderem ver a lateral do campo.
— Você deu um grande susto no Sr. Malfoy


- O quê?


- Bem, essa foi a parte boa – falou Rony.


— disse Lupin.
Harry arregalou os olhos. Amontoados no chão estavam Malfoy, Crabbe, Goyle e Marcos Flint, o capitão do time da Sonserína, lutando para se despir das vestes negras e longas com capuzes.


- Não acredito que eles fizeram isso – falou Sirius tendo um ataque de riso. Não era o único.


Lily suspirou aliviada. Não eram dementadores no final.


- Não entendi até hoje porque Marcos estava ai também – falou Harry.


- Porque você joga bem – falou Fred.


Pelo jeito Malfoy estivera em pé nos ombros de Goyle.


- Que lindo.


Parada ao lado deles, com uma expressão de fúria no rosto, estava a Profª. Minerva.


- Ops, alguém se ferrou.
— Um truque indigno! — bradava ela. — Uma tentativa baixa e covarde de sabotar o apanhador de Grifinória!


- E vocês deviam saber melhor do que tentar atrapalhar o time de Minnie de ganhar – falou Remus, sabiamente.


Detenção para todos e menos cinquenta pontos para Sonserina!


Snape e Regulus começaram a reclamar da injustiça.


Vou falar com o Profº. Dumbledore, não se iludam!


- Não que Dumledore vá ligar muito para isso – comentou James, pensativo.


Ah, aí vem ele agora!
Se alguma coisa podia selar a vitória de Grifinória, era isso.


- Que bom que vocês não gostam de ver a desgraça dos outros – falou Lyssi, mas riu também.
Rony, que pelejara para chegar até Harry, se dobrava de tanto rir,


- Claro, eu esperei anos por essa cena – falou o ruivo, rindo.


ao contemplar Malfoy tentando sair da veste,


- Muito baixo para o nível dos Malfoys isso – zoou Sirius.


a cabeça de Goyle ainda presa lá dentro.
— Vamos, Harry! — Disse Jorge procurando se aproximar.


- Tá vendo como eu sou um bom amigo? Eu fico indo atrás de você, eu podia não ir – falou o ruivo dramático.


— Festa! Sala Comunal da Grifinória, agora!


James sorriu feliz. Isso era uma coisa que ele podia se relacionar; não lutas contra Voldemort.
— Certo — respondeu Harry, sentindo-se mais feliz do que se lembrava de ter se sentido havia muito tempo.


Um breve silêncio tenso na sala enquanto todos tentavam não pensar nas palavras.


Ele e o restante do time abriram caminho, ainda de vestes vermelhas,


- Tem que ostentar.


para fora do estádio e de volta ao castelo.
A sensação era de que já tinham ganhado a Taça de Quadribol;


- Não fiquem muito apressados – alertou Alex.


a festa durou o dia inteiro e se prolongou até tarde da noite.


- Cedo é que não iria ser – Gina revirou os olhos.


Fred e Jorge Weasley desapareceram algumas horas


- Desapareceram vocês e mais quem?


Olhares maliciosos.


e voltaram com braçadas de garrafinhas de cerveja amanteigada,


Todos suspiraram pensando no sabor da bebida. Não tinha alguém que não gostasse.


abóbora espumante e vários sacos de doces da Dedosdemel.
- Isso é só para eu ficar com fome? – perguntou Dorcas.


A festa da Grifinória só terminou quando a Profª. Minerva apareceu vestida com o seu robe de tecido escocês e os cabelos presos numa rede,


Todos tiveram uma crise de risos ao lembrar ou imaginar Minerva assim.


à uma hora da manhã, para insistir que todos fossem se deitar.


- Como se o povo realmente fosse ouvir.


Harry e Rony subiram as escadas para o dormitório,


- Nossa, vocês me decepcionam – falou Sirius e James concordou com a cabeça sério.


- Desculpe? – pediu Harry.


- Você não tem que pedir desculpas por todo, filho – falou James, se acalmando. Tinha que aceitar que seu filho era diferente dele.


ainda discutindo a partida.


- Meninos e Quadribol.


- Fãs e Quadribol – falou Lene ofendida.


Por fim, exausto, Harry se enfiou na cama, ajeitou o cortinado de sua cama para esconder um raio de luar,


- Mas a luz é a parte boa – falou Neville.


se deitou de costas e sentiu que adormecia quase instantaneamente...


- Isso que é cansaço – falou Snape que tinha insônia.
Teve um sonho muito estranho.


- Quando não?


Estava andando por uma floresta, a Firebolt ao ombro, seguindo uma coisa branco-prateada.


- Um Patrono?


Ela avançava entre as árvores e Harry só conseguia avistá-la entre a folhagem. Ansioso para alcançá-la, apressou o passo, mas ao fazer isso, a coisa que ele perseguia acelerou também.


- Harry, você está sentindo que algo é inalcançável na sua vida ultimamente? – perguntou Frank no seu melhor tom de psicólogo.


- Agora não. Na época, já não lembro – respondeu honestamente.
Harry começou a correr e, à frente dele, ouviu cascos que ganhavam velocidade.


- Cascos?


Agora ele estava correndo desabalado e, à frente, ouvia a coisa galopar. Então ele fez uma curva para dentro de uma clareira e...


Será que...? Não pode ser, pensou Remus.
— AAAAAAAAAAAIIIIIIIIIII! NAAAAAAAAÃO!
Harry acordou subitamente como se alguém o tivesse esbofeteado.


- Ia ser muito engraçado se alguém realmente tivesse feito isso – falou Gina.


- Para mim não – retrucou Harry.
Desorientado na escuridão total agarrou as cortinas ouvia movimentos a sua volta e a voz de Simas Finnigan do outro lado do quarto:
— Que é que está acontecendo?


- Algo sério para vocês dois acordaram.
Harry achou ter ouvido a porta do dormitório bater.


- Como alguém acha ter ouvido algo? – perguntou Dorcas.


Finalmente, encontrando a abertura das cortinas, puxou-as para um lado com violência e, na mesma hora, Dino Thomas acendeu o abajur.


- Sempre esqueço que ele é do dormitório de vocês – falou Gina.


- Eu não – retrucou Harry.


Rony estava sentado na cama, as cortinas rasgadas dos dois lados,


- Mas o quê...?


uma expressão de absoluto terror no rosto.
— Black!


- Claro que isso vai ser culpa minha – falou Sirius cheio de sarcasmo.


Sirius Black! Com uma faca!


- O quê? – Lene perguntou assustada e imediatamente se arrependeu - Sirius...


Ele a olhava com uma expressão magoada e triste. O pior é que nem estava com raiva de Lene. Estava com raiva dele mesmo por se permitir entrar em uma situação em que todos tinham medo.


- Continue a ler – ordenou.


- Mas...


- Apenas continue – falou friamente.


Nessa hora, ele parecia um verdadeiro Black.
— Que!
— Aqui! Agorinha mesmo! Cortou as cortinas! Me acordou!


- Como assim?
— Você tem certeza de que não sonhou, Rony? — perguntou Dino.
— Olha só as cortinas! Estou dizendo, ele esteve aqui!


Por que eu faria isso? Não entendo, pensou Sirius. Estava tão cansando de se sentir assim. Queira que tudo terminasse logo. Amava quase todos que estavam ali, mas mal podia esperar pelo momento que terminassem todos os livros.
Todos os garotos saltaram das camas; Harry alcançou a porta do dormitório primeiro que os outros


- Claro, você é super rápido.


- Eu tive prática – Harry deu de ombros.


e desceu correndo as escadas.
Portas se abriram às suas costas


- Só agora?


e vozes cheias de sono chamaram.
— Quem gritou?
— Que é que vocês estão fazendo?


- Brincando de pega pega no meio da noite – ironizou Lily.


Sirius e James tiveram um ataque de risos.


- Você percebeu o duplo sentindo, Lily querida? – perguntou Sirius.
A sala comunal estava iluminada com o brilho das chamas que se extinguiam na lareira, ainda atulhada com os restos da festa. Estava deserta.


- Quem ainda estaria ali depois que todos foram embora? – Neville falou.
— Você tem certeza de que não estava dormindo, Rony?


- Essa é uma duvida válida.
— Estou dizendo que vi Black!


- Que comoção eu caso – mas não tinha humor na voz de Sirius.
— Que barulheira é essa?
— A Profª. McGonagall nos mandou para a cama!


Algumas garotas tinham descido, vestindo os robes e bocejando. Os garotos também foram reaparecendo.


- Uma pessoa pode começar uma multidão – filosofou Jorge.
— Que ótimo, vamos continuar?


- Nada como uma festa para afastar os problemas.


- Ou aumenta-los ainda mais – falou Lily.


— perguntou Fred Weasley animado.


- Claro, festa nunca é demais.
— Todos de volta para cima! — falou Percy, que entrou correndo na sala comunal prendendo o distintivo de monitor-chefe no pijama enquanto falava.


Os Weasleys reviram os olhos. Só Percy ligava para isso numa hora dessas.
— Percy... Sirius Black! — disse Rony com a voz fraca. — No nosso dormitório! Com uma faca! Me acordou!
A sala comunal mergulhou em silêncio.


- Bem, é uma notícia um tanto incomum – falou Alice.
— Que bobagem! — exclamou Percy parecendo espantado. — Você comeu demais, Rony... Teve um pesadelo...


- Que bom que família sempre acredita em família – falou Rony.
— Estou lhe dizendo...
— Agora, francamente, já é demais!
A Profª. Minerva estava de volta.


- Finalmente – Lily aprovou.


Ela bateu o retrato ao entrar na sala


- Efeito dramático.


comunal e olhou furiosa para todos.


- Do tipo de olhar que só ela dá? – Sirius tremeu. Tinha que admitir que já tinha recuado algumas vezes com ele.
— Estou encantada que Grifinória tenha ganho a partida,


- Todos sabemos.


mas isto está ficando ridículo!


- Não seria ridículo – reclamou Lyssi – Seria divertido.


Percy, eu esperava mais de você!


- Porque ele podia conter a multidão sozinho – Regulus não economizou no sarcasmo.
— Com certeza eu não autorizei isso, professora!


- Não que alguém ligue.


— defendeu-se Percy, se empertigando, indignado. — Estava justamente dizendo a todos para voltarem para a cama!


- Blá blá blá.


Meu irmão Rony teve um pesadelo...


- Você acha que ele teve – corrigiu Gina.
— NÃO FOI UM PESADELO! — berrou Rony. — PROFESSORA, EU ACORDEI E SIRIUS BLACK ESTAVA PARADO AO MEU LADO SEGURANDO UMA FACA!


- Ok, entendemos já – falou Frank.
A professora encarou-o.
— Não seja ridículo, Weasley, como seria possível ele passar pelo buraco do retrato?


- Bem, não exatamente impossível – falou Remus e falou vários jeitos. Realmente era fácil demais.
— Pergunte a ele! — respondeu Rony apontando um dedo trêmulo para o avesso do retrato de Sir Cadogan. — Pergunte se ele viu...


- Ia ser horrível se ele dissesse que não tinha visto.
Com um olhar penetrante e desconfiado para Rony,


- Pelo menos ela te ouviu – consolou Jorge.


a professora empurrou o retrato e saiu. Todos na sala procuraram escutar prendendo a respiração.


- Povo nervoso e curioso – falou Lene, tentando aliviar o clima.
— Sir Cadogan, o senhor acabou de deixar um homem entrar na Torre da Grifinória?
— Certamente, minha boa senhora!


- E ele responde com orgulho.


- Esse jeito foi mais fácil ainda dos que eu tinha pensado.


— exclamou o cavaleiro.
Fez-se um silêncio de espanto, tanto dentro quanto fora da sala comunal.


- Ora, ninguém iria imaginar isso – falou Neville.
— O senhor... O senhor deixou? Mas... E a senha?


- Senhas não são difíceis de conseguir.
— Ele sabia! — respondeu Sir Cadogan com orgulho. — Tinha as senhas da semana inteira, minha senhora!


- Nossa. Esse é esforçado.


Leu-as em um pedacinho de papel!


- Nem precisei decorar, bom – falou Sirius.
A professora tornou a passar pelo buraco do retrato e encarou os alunos atordoados. Estava branca como giz.


- Claro, isso não foi perigoso porque foi o Sirius, mas se tivesse sido alguém mal – Lily tremeu.


Sirius sorriu para a amiga.
— Quem foi — perguntou ela com a voz trêmula —, quem foi a criatura abissalmente tola que anotou as senhas desta semana e as largou por aí?


- Essa doeu em mim.


- Minnie estava nervosa.
Fez-se um silêncio absoluto, quebrado por gritinhos quase inaudíveis de terror.


- Não vejo o ponto de gritar agora – falou Regulus.


Harry deu de ombros.


- Extravasar as energias?


Neville Longbottom, tremendo da cabeça às pontas dos chinelos fofos,


- Eles são confortáveis – se defendeu enquanto riam.


ergueu a mão no ar.


- Bem, pelo menos você admitiu – falou Alice.




Nota Bia: Desculpem a demora. Sei que dessa vez foi demais, mas juro que eu não parei de pensar em LHP. Para vocês terem noção ‘to no meio dede uma semana de prova comendo pizza e de frente ao computador para terminar esse cap.


PS: Amei muito a cena de Lily e James.


 

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