Uma maldição é ruim; duas é d+



- Capítulo oito -

Uma maldição é ruim; duas é demais



Gina e Hermione acordaram Harry logo cedo; trazendo-lhe jornais e cartas de Hogwarts.

- Dois livros novos, este ano - comentou, lendo a lista de material. - O Livro Sexual da Sexualidade, e As Virtudes Trouxas de um Sexo Seguro. De que matéria são esses livros? - perguntou, surpreso.

- Vamos ter aulas de sexo, este ano - respondeu Gina.

- Que estranho - comentou Hermione, lendo sua lista.

- Vocês viram como me rotularam? - disse Harry, de repente, quando abrira o jornal particular da vila. - "Garoto Energia".

- Esse jornal do bairro é uma bebeiragem - comentou Hermione. - Qual o nome que me deram?

- Mulher Sonífera - disse Harry, abobado ao ver como eles gastavam tinta com tanta besteira; rotulando o trio como uma espécie de um esquadrão de herói em quadrinhos; tudo isto porque simplesmente causaram a prisão de John. - E a Gina é a líder feminista, a Mulher da Causa.

- Vocês viram o nome do escritor destes livros novos? - comentou Gina, quando lia a lista. - Dr. Osório Camisinha. Que nome mais estranho para alguém, não?

Harry e Hermione gargalharam.

- Que foi? - perguntou Gina, intrigada.

- É que camisinha é um... hum, um "objeto" trouxa - disse Hermione, ao transformar os risos em tosse.

- Hehe - Harry, porém, não conseguia parar de rir. - Coitado do homem. Se batizaram ele com esse nome; imagine o nome do pai dele... Dr. Lubrificante... ou Sr. Camisa de Vênus... ou D. Vibrador... ou...

- Chega, Harry - pediu Hermione, observando a cara intrigada de Gina.

- Eu tava brincando - justificou ele, apanhando o Profeta Diário. - Olha - Harry, não podendo segurar desta vez, recomeçara a rir -, é esse o homem.

Havia a foto de um homem, careca, que sorria na matéria principal do Profeta Diário.



Métodos trouxas em Escolas de Magia



Foi aprovada uma lei que leva matérias de escolas trouxas à escolas de bruxaria.

A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, este ano, estará mostrando aos alunos aulas de sexualidade. Alguns acham tudo uma grande besteira; mas a Professora Mclagan ficou totalmente feliz em aceitar o cargo, tendo ela, uma experiência com trouxas, já que fora nascida uma...



- Harry - chamou Gina, parecendo por algum motivo alarmada.

- Que foi?

- A empregada chamou a Hermione, e parecia furiosa.

Harry não havia notado a ausência da namorada, pois estivera distraído, lendo.

- Passou pela sua cabeça que Dot pode não ter acreditado em mim, ontem? - perguntou Gina, temerosa.

- É lógico - Harry deu de ombros. - Ah, qual é, Gina? Que é que tem demais? Que aquela intrometida da Dot pode fazer?

- Contar aos pais da Hermione que você transou com a filha deles - falou Gina, séria.

- Mas eu não cheguei a... - disse Harry, indignado.

- Teria chego se por acaso o armário não tivesse despencado - lembrou Gina. - E pode apostar que isso é o bastante para a empregada estragar tudo...

Hermione voltou ao quarto, parecendo confusa.

- Harry, Gina - começou ela, nervosa. - Não vai dar para eu ir com vocês comprar os livros; será que vocês poderiam...?

- Claro - disse Gina, depressa. - Claro que podemos comprar os seus.

- Porque você não vai com a gente, minha linda? - perguntou Harry, se aproximando a beijá-la.

- Desculpe, Harry... - Hermione se desvencilhou; mas parecendo ser contra a vontade. - Agora não...



Harry e Gina usaram a lareira de Hermione para chegarem ao Beco Diagonal.

A impressão de Harry era de que todo o mundo já sabia da novidade de Hogwarts; pois além de vários exemplares do Profeta aqui e ali, as pessoas comentavam, excitadas.

- Acho que vai ser legal - ele viu comentar, uma menina, que por acaso se aparentava muito à prima de Hermione. - Quero dizer, se forem aulas práticas...

Harry e Gina entraram na Floreios e Borrões, apinhada de bruxos.

- É naquela seção - disse Gina, consultando a placa. - O Livro Sexual da Sexualidade... é decididamente estranho...

Harry e Gina checaram os livros. Haviam algumas páginas que o garoto não entendia nada, pois pareciam estar em runas... até que lhe ocorreu que, um livro solicitado estar em runas era decididamente estranho, pois não era todo o mundo que estudara a língua.

- Bem, vejamos, agora temos que... Gina?

A garota de repente saltara para trás, derrubando o livro com estrépito.

- Harry, esses livros - disse ela, assustada.

- Que tem eles...? - perguntou, examinando o próprio, novamente.

- São livros amaldiçoados... - ela jogou o dele no chão também. - Você não sentiu nada de diferente... Harry...?

O garoto sentia realmente algo de diferente... alguma coisa se apossara de seu ser... seu estômago roncou... uma sensação estranha...

- Droga - falou Gina, olhando para Harry, assustada.

- Não vejo o porquê nos mandariam comprar livros amaldiçoados, Gina - disse Harry, quando a estranha sensação passara. - Aliás, mandaram todos os alunos comprarem.

- Posso ajudá-los, garotos? - perguntou um homem, de ar malicioso.

- Eu acho que não - disse Gina, rouca, segurando a mão de Harry. - Vem.

- Eu ainda não comprei o da Hermione.

- Vamos pagar por estes daqui; e não vamos levar nenhum para Hermione.

Após pagarem pelos livros; Gina arrastou Harry para fora da Floreios e Borrões.

- Precisamos conversar em um lugar mais calmo - disse ela, ainda conduzindo Harry. - Aqui.

Harry ia dizer que não era uma boa idéia ir para a Travessa do Tranco, porque era o lugar onde bruxos e bruxas sinistros costumavam ficar; mas não dissera nada porque o lugar não estava tão cheio como da última vez que estivera lá.

- Harry, estamos amaldiçoados - ofegou Gina, o encostando na parede.

- O que te faz pensar que estamos? - perguntou Harry, irritado.

- Eu estava lendo algumas palavras em runas - disse Gina, folheando o livro. - E, meio que senti uma coisa estranha...

- Mas eu não sei ler runas - lembrou Harry.

- E não precisa - disse Gina, lentamente. - Escute: se o seu olhar neste livro pousou, tenha certeza que ele o amaldiçoou.

- Eu não sabia que você lia runas...

- Sou amiga da Hermione - lembrou-lhe Gina.

- Tá certo - falou Harry, não sabendo se acreditava no livro. - E que maldição é essa, afinal?

- Graças ao Livro Sexual da Sexualidade, dez noites de prazer você terá; não importa a idade - continuou a ler. - Você dormirá com dez amigos, ou conhecidos seus; até o resto de suas vidas, graças a Deus...

- Quê!? - exclamou Harry. - Que monte de bobagem...

- Tem mais - alertou-lhe Gina. - Terá sempre uma ordem entre dez destas pessoas; sendo assim que, ao chegar na última, voltará para a primeira, concedindo-lhe noites de prazer para a vida inteira.

- Você não espera que eu acredite neste... neste monte de bobeira... - disse Harry, indignado.

- É bom não se brincar com maldições - avisou Gina, temerosa.

- Mas então; pelo que entendi, terei de dormir com dez amigos...?

- Ou conhecidos - lembrou Gina.

- É, que seja... terei de dormir com dez amigos, ou conhecidos meus? - repetiu Harry.

- É o que parece.

- Isto não pode estar acontecendo. Eu não quero fazer isto com ninguém... exceto a Hermione.

- Oh, Harry - Gina desabou no garoto, derrubando o livro novamente. - Estamos encrencados...

Harry massageou o topo da cabeça da garota, pensando.

- Gina - disse de repente. - É simples; jogamos os livros fora... fingimos que nada aconteceu.

Palavras brilharam em ambos os livros. Gina se esticou e desatou a ler.

- Se dessa maldição você não gostou; jogar o livro fora não é a solução; pois o último que o fez muito caro pagou.

- Maldito livro - comentou Harry, o observando, ainda abraçando Gina. - Te abençôo por não ter comprado um desses à Hermione.

- Oh, Draco! - gemeu uma voz feminina, não muito longe. - Me fode!

- Você ouviu isso? - perguntou Gina, olhando para os lados.

- É por aqui - Harry segurou na mão da garota; andando cautelosamente até um beco muito escuro da Travessa.

- Vai, minha gostosa - disse um garoto loiro, metendo em uma garota, encostada à parede do beco. - Isso, mostra pra mim como você é safada!

Era Draco Malfoy.

- Ele está amaldiçoado - disse Gina, horrorizada. - Que horror.

- O Malfoy é amaldiçoado desde o dia em que nasceu, Gina - acalmou-a Harry, tampando a vista dela e a arrastando para onde antes estiveram. - Já que não podemos jogá-los fora, vamos levá-los. Mas não mostre este livro para a Hermione, você me entendeu? Não mostre...



Ao chegarem na casa dos Granger, Harry e Gina não viram nem sinal de Hermione.

Harry sugeriu à Gina que lesse o livro de trás para frente, se precisasse, mas que achasse um contra-feitiço; ou algum antídoto contra a maldição.

- Eu vou procurar a Hermione. Eu a distraio se a encontrar - anunciou ele. - Mas caso ela apareça aqui, esconda os livros imediatamente.

Gina pareceu meio aterrorizada com a idéia de ficar a sós com o livro que a amaldiçoou; mas concordou com a cabeça, tentando ler as runas.

Harry procurou Hermione no próprio quarto dela, mas não a achou. Procurou também na sala de visitas e na cozinha; nada. Mas foi no jardim, quando ele fora procurar por ela, que alguém o agarrou violentamente pelo braço.

- Muito bem - disse o Sr. Granger, que aparentemente acabara de chegar de viagem. - Vamos lá para dentro que você vai se explicar para mim, moleque.

Harry viu Dot, que continha um ar de tiunfo; e uma Hermione, que olhava para o pai, aterrorizada; ele fora arrastado para a cozinha.

- Muito bem - disse o Sr. Granger, enfurecido. - Muito bem...

Harry teve muita vontade de perguntar: Qual é? Mas achou que já estava muito encrencado, pela fúria do homem.

- Comece a falar, mocinho - ralhou o pai de Hermione; parecendo incapaz de falar muita coisa em nexo. - Está encrencado...

- Que aconteceu, senhor? - perguntou Harry, fingindo-se intrigado.

- Querida... - rosnou o homem.

A Sra. Granger se adiantou ao chamado do marido.

- A nossa empregada aqui, a Sra. Dot - disse a Sra. Granger, tentando parecer ao máximo severa, mas mantendo a calma. - Ela nos contou que você dormiu com a minha filha.

Harry sentiu o estômago despencar violentamente. Que enrascada que aquela mulher os metera.

- É m-mentira dela - gaguejou Harry, lançando um olhar tenso, mas furioso à empregada.

- Receio que não seja mentira, garoto - disse Dot, com meiguice.

- Mãe, essa mentirosa... - começou Hermione.

- É melhor a senhorita ficar bem quietinha aí - disse o Sr. Granger, entre dentes. - Já está muito encrencada, mocinha.

Harry não sabia o que dizer. Ao mesmo tempo aquilo era uma mentira deslavada. Ele jamais dormira com Hermione. Simplesmente ficara nu com ela, era diferente.

- SE VOCÊ TOCOU NA MINHA FILHA, EU JURO QUE NÃO VOU SOSSEGAR ENQUANTO NÃO TE LEVAR PARA O INFERNO, SEU TARADO - uma veia saltava na cabeça do Sr. Granger.

Hermione parecia prestes a cair no choro.

- Eu não fiz nada! - protestou Harry.

- E ele não fez mesmo, senhor - disse uma voz atrás de Harry.

Era Gina.

O garoto era muito agradecido por Gina aparecer sempre nos piores momentos, a ponto de salvá-lo; mas não via como ela poderia ajudar naquele momento tenso.

- E quem é essa garota? - retrucou o Sr. Granger, com frieza.

- Gina Weasley, senhor - disse Gina, educadamente. - Sou amiga da Hermione.

- Ótimo. E o que você quer aqui? Posso saber?

- Estou aqui para dizer ao senhor e à sua mulher que a empregada está mentindo - falou Gina, parecendo não ligar para a frieza do homem.

- E quem você acha que é para eu lhe acreditar? - ralhou o Sr.Granger. - Uma bruxa, é? Como esse garoto nojento?

A Sra. Granger parecia incapaz de falar no momento.

- Em primeiro lugar, senhor - disse Gina, cruzando os braços. - Se você não confia em bruxos; não poderá confiar em sua própria filha. E vai descobrir que isto é um erro enorme; e um grande preconceito.

Hermione olhou para o homem, como se pedisse ordem para falar.

- NÃO ESTOU AQUI PARA DISCUTIR COM A SENHORITA O QUE É PRECONCEITO - berrou, salivando Gina.

- Não grite com ela - disse Harry, irritado. - Não é comigo que o senhor deveria gritar? Embora não tenha o menor motivo; eu jamais toquei em Hermione.

- É verdade, pai - esganiçou-se Hermione.

- Eu não diria isso - disse Dot, com meiguice, balançando um jornal na cara do pai de Hermione.

- ÓTIMO! - berrou, vendo o jornal. - MINHA FILHA NUA NO JORNAL, NOS BRAÇOS DESSE GAROTO. OLHA AQUI, QUERIDA - e jogou o jornal à mulher.

Harry odiou tudo em Dot. Na verdade seria capaz de pular em cima daquela mulher, que sorria ao desastre, mas não o fizera porque o Sr. Granger parecia prestes a morder o garoto.

- Eu fui seqüestrada... - chorou Hermione. - Ele me salvou da mansão dos Ripper, papai.

- VOCÊ FOI HUMILHADA PUBLICAMENTE - berrou ele, agarrando o braço da filha. - VOCÊ GOSTA DE MOSTRAR OS SEUS SEIOS NO JORNAL, GOSTA? O QUE VOCÊ É, AFINAL? UMA PROSTITUTA?

- Larga ela - disse Harry, furioso, avançando no homem. - Não importa o que tenhamos feito. Não pode chamar a sua própria filha de prostituta.

O Sr. Granger soltou Hermione, encarando Harry. A garota correu a chorar nos braços de Gina, que olhava o homem com desprezo.

- PRETENDE ME ENCARAR, GAROTO? ACHA QUE TEM CARA? ACHA QUE TEM CARA PARA ISSO?

- Talvez o senhor tenha se esquecido o que eu sou - disse Harry, encarando o homem. - SOU UM BRUXO!

- GRANDE COISA - continuou o Sr. Granger, embora não pudesse esconder um leve temor em sua voz. - OBRIGADO POR ME LEMBRAR. A PARTIR DE AGORA EU ESCOLHO MUITO BEM COM QUEM A MINHA FILHA ANDA.

- Os Srs. desejam que eu chame o ajuizado de menores? - perguntou Dot aos Granger.

- Acalme-se, querido - ralhou a Sra. Granger. - Garoto, é melhor sair de nossa casa. AGORA!

- Eu não vou a lugar nenhum sem ela - disse, calmamente, apontando para Hermione. - Mesmo que o senhor não goste da novidade, eu vou lhe dizer: eu e ela estamos apaixonados; estamos namorando...

- Vá pegar as suas coisas e dê o fora da minha casa, agora, seu imundo - ordenou o Sr. Granger, não ligando para o que o garoto dissera. - Eu vou entrar em contato com os responsáveis... ou IRRESPONSÁVEIS, por você.

Harry saiu da cozinha e foi para o quarto, batendo os pés, muito nervoso. Talvez até o homem tivesse motivo para ficar tão zangado... a culpa era toda da bocuda da Dot.

Ele apanhou suas coisas, ainda ouvindo os berros no andar de baixo. Guardou os livros no malão e voltou à cozinha.

- Posso saber o que você está esperando para se retirar da MINHA casa? - perguntou o Sr. Granger, fervilhando.

Ele olhou para Hermione, que ainda tremia nos braços de Gina.

- Só preciso saber que o senhor não vai fazer nada com ela - exigiu Harry.

- Não cabe a você decidir o que eu faço ou deixo de fazer com a minha filha - retrucou.

- De agora em diante cabe - disse Harry, arrastando o malão. - Obrigado por estragar a minha vida - acrescenou à Dot.

- Foi um prazer - sorriu Dot, maliciosamente.

Harry se encaminhou até as garotas.

- Gina, fique aqui, não deixe que ele engrosse com ela - sussurou Harry. - Eu posso pedir ajuda ao seu pai.

- Não, Harry - choramingou Hermione, o abraçando -, não vá. Eu não vou ficar aqui sem você.

- CHEGA! - berrou o Sr. Granger. - VOCÊ NÃO ACHA QUE JÁ TOCOU NELA DEMAIS?

Hermione, repentinamente, parecera tomar coragem. Se encaminhou até perto dos pais; o que para Harry era um risco.

- Eu vou com ele, mãe, pai - anunciou Hermione, como se estivesse discutindo formalmente com amigos em um bar.

- VOCÊ PIROU, MOCINHA?

- Pirei - concordou Hermione. - Pirei ao conhecer o Harry. Meu coração pirou ao conhecer ele.

- Que você está dizendo, filha? - tremeu a Sra. Granger.

- É com ele que eu quero ficar, mãe - disse Hermione, olhando para Harry. - E nada, nem ninguém, vai nos separar.

Harry se lembrou que esta frase fora dita por ele mesmo, na noite anterior. Ele sorriu para a namorada. Queria beijá-la também; mas naquele momento era impossível.

- Querido - sussurou a mulher, temerosa -, acho que ela está apaixonada por ele...

- APAIXONADA? - berrou o Sr. Granger, como se aquilo fosse repugnante. - ELA ESTÁ É ENFEITIÇADA POR ESSE MOLEQUE. ELE É UM "ANORMAL", NÃO É? É BEM CAPAZ DE FAZER ISSO...

- Prepare-se para correr - sussurou Harry para Gina. - Leve o meu malão para fora, eu cuido deles.

Gina, parecendo alarmada, carregou o malão de Harry.

- Tchau, Mione - ela o arrastou para fora da cozinha, sem ao menos olhar para os Granger.

- Posso me despedir dela, ao menos? - pediu Harry, se aproximando.

- Despida-se e suma daqui de vez - ordenou o homem, após lançar um olhar para a mulher, a pedido de instruções.

Harry foi até Hermione e a abraçou.

- Se segure - sussurou para a garota.

- Me segurar...?

Mas Harry levantou Hermione com uma força incrível, equilibrando-a no ombro. O Sr. Granger avançou neles.

- Que você acha que está fazendo? VOLTE AQUI!

Harry, com Hermione no ombro, correu da cozinha; escapando por pouco dos braços do Granger.

Corre, corre, corre, pensou Harry, não acreditando na própria sorte. Gina deixara a porta aberta. Ele saiu correndo pelo jardim; os Granger logo atrás; Hermione balançando nos ombros.

- Seu pervertido - gritou ofegante, a Sra Granger.

Um homem negro, careca, do tamanho de um guarda-roupa e com roupa de jardineiro espiava a cena.

- Que está esperando? - ralhou o Sr. Granger, parando de correr. - Vá atrás daquele garoto. Ele pegou a minha filha.

- Meu Deus, meu Deus, o que faremos? - dizia Hermione, pendurada no ombro de Harry. - Piramos de vez, Harry.

Eles já estavam correndo pela sorveteria do bairro.

- Ai - Harry tropeçou; não agüentava mais o peso da garota. - Desculpe. Nos ferramos...

- Vamos lá, mulherada - ordenou uma voz conhecida, na sorveteria. - A nossa líder, a mestre Gina; nos pediu um favor. ATACAR!!!

Harry olhou para a garota que gritara, era a Abigail, e, agora se juntando à ela, estavam a cambada de mulheres que Gina salvara no dia anterior. Elas ficaram entre Harry, Hermione e Gina; impedindo a passagem do guarda da vizinhança e dos Granger.

- Precisamos de uma lareira - disse Gina.

- Precisam de uma lareira? - perguntou o amigo de Hermione, que acabara de se juntar a eles. - Na minha casa. Rápido...

- Oh, obrigado, Roberto - falou Gina. - Venham! - acrescentou a Harry e Hermione, que observavam as amigas de Gina, que pareciam prestes a ceder quando o assunto se voltara à policia.

- ELE ESTÁ LEVANDO A MINHA FILHA - berrou o Sr. Granger.

Harry, Hermione, Gina e Roberto correram até a casa ao lado da sorveteria.

- Harry, não temos Pó de Flu - lembrou Gina, batendo na testa.

- Temos sim - aliviou-a Harry. - No malão... a Sra. Figg me deu para eu vir pra cá.

- Vamos pra onde? Pra Ordem, ou pra minha casa? - perguntou Gina, quando Harry apanhava o Pó no malão.

Jogou, então, o Pó na lareira de Roberto.

- Vai, Hermione - Harry empurrou a garota para as chamas verde-esmeralda. - Vamos para a Ordem.

- Largo Grimmauld, doze - ordenou Hermione, fazendo as chamas a engolfarem.

- Depressa, Gina.

- Pra onde ela foi, afinal? - perguntou Roberto, espantado.

Gina, de repente, dera um beijo no delicado amigo de Hermione.

- Obrigado - agradeceu ela, antes de entrar na lareira. - Largo Grimmauld, doze.

- Valeu, cara - agradeceu Harry, apertando a mão dele, que parecia surpreso com a atitude de Gina.

- Largo Grimmauld, doze...



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br> C-O-M-E-N-T-E-M!!!

Anderson Gryffindor

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