No escuro do armário
No escuro do armário
   Hermione parecia estar analisando a proposta; então, sem aviso, a garota apagou a luz e pulou na cama, ao lado de Harry.
   Eles se beijaram mais uma vez.
   - Boa noite, meu gato - disse Hermione, se deitando.
   - Já vai dormir? - perguntou Harry.
   - Você não?
   - Hermione, é o nosso primeiro dia de namoro - disse Harry, como se a garota estivesse o ofendendo. - Achei que merecia uma "celebração". Eu acho que é um dia muito especial... você não acha? - acrescentou Harry, desanimado.
   - Oh, Harry - disse Hermione, docemente. - Eu também acho esse o dia mais maravilhoso da minha vida. Não sabe o quanto estou contente de estar com você. Me desculpe, tá - e tascou um beijinho nele. - Então, posso saber que "celebração" é essa que o senhor planejou para nós? - perguntou Hermione, se sentando novamente.
   A única luz que invadia o quarto era a luz do luar, que entrava ligeiramente pela fresta da janela. O luar iluminava o belo rosto de Hermione, que no momento observava Harry como se ele fosse a coisa mais interessante que ela já contemplara.
   Então, de repente, como se a mão de Harry tomasse vida, ele a deslizou pelo rosto da namorada; apreciando tudo na garota. Ele desceu a mão pelo corpo de Hermione, lentamente. Hermione pegou a mão do garoto, e a levou até o fechamento de sua camisola. Harry, entendendo o toque, se concentrou em tirar a camisola dela lentamente.
   Harry já os vira uma vez, mas não chegara a tocá-los como agora; porque afinal, os seios de Hermione, que tinham um tamanho generoso, eram irresistíveis.
   Hermione se pôs a retirar o pijama de Harry. O peitoral do garoto fora massageado pela namorada.
   Fazendo Hermione arrepiar-se, Harry começara a beijar os seios dela. Eram macios e redondos.
   - Estamos mesmo fazendo isso? - perguntou Hermione, arrepiada.
   Harry confirmou em um aceno, e levara um dedo aos lábios de Hermione, a beijando ardentemente. Ela, se deixando levar, retirou a calça dele, provocantemente.
   Hermione massageou o pênis de Harry, por cima da cueca. Este se inclinou, passando a mão pelas coxas dela.
   Hermione tirou a cueca de Harry, revelando o membro do garoto. Ela passou as mãos, carinhosamente, pelo pênis dele. Harry ia tirar a calcinha dela; mas...
   - Srta. Granger! - chamou uma voz, vinda da sala, mas que se aproximava.
   - Droga! - resmungou Harry. - Droga, droga e droga...
   Harry registrou o quarto, procurando um lugar para se esconder. Seus olhos se focalizaram no guarda-roupa. Ele pulou da cama, desesperado, e correu até o armário.
   - Vem - sussurou para Hermione.
   Os dois se espremeram dentro do armário. Harry pôs-se a observar Dot por uma fresta, que acabara de entrar no quarto, chamando por Hermione.
   A empregada foi até a cama, revirou os lençóis, e de repente arregalara os olhos para a roupa deles. Dot apanhou a cueca branca de Harry e a ergueu:
   - Aquele garoto... - e saiu decidida do quarto, levando a cueca dele.
   - O que ela quer com a minha cueca?
   - Acredite - sussurou Hermione -, a Dot é cheia de "segredos".
   - Não sei se você percebeu - sussurou Harry, zangado, no ouvido de Hermione. - Mas ela costuma aparecer nas horas mais impróprias.
   - É melhor continuarmos aqui por um tempinho, caso ela volte...
   - Onde estávamos mesmo? - disse Harry, se agarrando à Hermione. - Acho que já me lembrei...
   - Harry, aqui não - disse Hermione, rindo. - Pára. Aqui dentro não. Cuidado...
   CATAPLOF.
   O armário desabou no chão, causando um estardalhaço dos infernos.
   - Madeira - sussurou Harry, após o choque.
   - Viu o que você fez? - falou Hermione, com uma nota de pânico na voz. - Agora estamos presos aqui. Dot deve ter ouvido o barulho. Estamos fritos... Ela vai contar para os meus pais. Eles vão me comer... e eles vão me comer viva...
   - Calma - disse Harry, apalpando o escuro. - Vou nos tirar daqui. Acalme-se...
   - Que é que você está fazendo? - perguntou Hermione.
   - Achei a maçaneta - disse ele.
   - Harry, você já ouviu falar em armário com maçaneta do lado de dentro? - disse Hermione.
   - Que é isso, então? - perguntou Harry, apalpando.
   - Meu seio.
   - É claro que é - disse Harry, continuando a massagear o seio de Hermione. - Não tinha percebido.
   - Mas agora que percebeu já pode soltá-lo, seu bobo - disse Hermione, pegando a mão de Harry. - A propósito, o armário tá virado com as portas para o chão; como você espera sair deste jeito?
   Houve um silêncio. Até que Harry ouviu um barulho estranho.
   - Olha, Hermione - disse ele. - Eu sei que tivemos um lance legal agora há pouco... mas ronronar...
   - Eu não estou ronronando - falou Hermione, apalpando à altura da cintura de Harry.
   - Ai! - exclamou Harry, de repente. - Alguma coisa me pegou.
   - Fui eu - disse Hermione.
   - Não; alguma coisa arranhou o meu pé - falou Harry, apalpando o escuro; até que sentiu uma coisa peluda se esfregar nele.
   Houve um miado.
   - Bichento!? - exclamou Hermione, surpresa.
   - Ele está aqui dentro também? - falou Harry, indignado. - Não dá para acreditar...
   O gato de Hermione miou novamente.
   - Bichento, pst, fica quieto aí - ordenou Hermione.
   - Parece que vem vindo alguém - alertou Harry.
   - Rápido, tenta vestir alguma coisa - disse Hermione.
   - Vestir o quê?
   - Harry, estamos presos num armário; use a sua imaginação.
   O garoto apalpou o escuro a procura de roupas.
   - Harry - chamou uma voz, do lado de fora. - Hermione. São vocês que estão aí dentro?
   - É a Gina - falou Harry, aliviado. - É claro que somos nós; o coelhinho da páscoa é que não pode ser.
   - Gina, nos tire daqui - pediu Hermione, se mexendo ao lado de Harry.
   - Cuidado aí, Hermione - alertou Harry. - Esta parte é sensível.
   - Fiquem quietos aí, os dois - disse Gina. - A Dot vem aí.
   Harry e Hermione ficaram calados, procurando ouvir o que Dot dizia ao entrar no quarto.
   - Que está acontecendo aqui, garota - perguntou a voz de Dot.
   - O armário caiu - respondeu Gina, com simplicidade. - Desculpe pelo barulho.
   - Caiu como? - perguntou Dot, desconfiada. - Você o derrubou?
   Gina não respondeu. Harry deduziu que a garota devia ter acenado com a cabeça.
   - Suponho que saiba onde esteja a Srta. Hermione? - disse a empregada.
   - Não, senhora.
   - E o garoto? - insistiu Dot.
   - Quem? O Harry? - disse Gina, inocentemente. - Não faço a menor idéia.
   - Olha o que eu encontrei na cama - falou Dot, com desdém.
   - Uma cueca? - brincou Gina. - Meio grande, não?
   - Que é que a cueca do garoto está fazendo junto a isto? - perguntou Dot, impaciente.
   - Uma camisola? - falou Gina, lentamente. - Talvez o Harry tenha dupla personalidade...
   - Não se faça de sonsa, garota - retrucou Dot. - Esta camisola é da Hermione. Não é evidente que eles tenham tido algum tipo de, ah, "relação"?
   - Ah - disse Gina, com sagacidade. - Acho bem difícil. Eles são amigos. A propósito, o negócio do meu amigo Harry não é com garotas...
   Harry quase abrira a boca para protestar, mas Hermione percebeu o perigo e o cutucou.
   - Fascinante - falou Dot, com desdém. - Garota, se por acaso ver a Srta. Granger, avise a ela que se continuar sumindo a altas horas da noite, eu não hesitarei em informar ao Sr. e a Sra. Granger.
   - Tudo bem, eu aviso a ela.
   Fez-se silêncio. Até que:
   - Me diz uma coisa... Gina - disse Dot, lentamente. - Esse tal de Arry... ele não seria o namorado dela, seria? Você tem mesmo certeza disso?
   - Absoluta - respondeu Gina depressa. - Eles sempre foram somente amigos.
   - Assim espero - disse a empregada, maldosamente. - Não fui com a cara daquele rapaz...
   Harry se mexeu dentro do armário, quando Bichento passara ronronando, perto de seu traseiro.
   - Está me escondendo algo aí atrás, mocinha? - perguntou Dot, desconfiada. - Tipo escondendo ALGUÉM dentro do armário?
   - Não - disse Gina, cômicamente. - Qual é, Sra. Dot; que tipo de idiota ficaria dentro de um armário?
   - Ei - sussurou Harry.
   - Quer ajuda para erguê-lo? - perguntou a mulher.
   - Quê?
   - Erguer o armário, querida - disse Dot, impaciente.
   - Ah, pode deixar que eu conserto o estrago - falou Gina.
   - Muito bem - disse ela, finalmente. - Vamos, Paulinho.
   - Quem é Paulinho? - perguntou Harry à Hermione.
   - Shhh - sussurou Hermione. - Ela pode querer ouvir se fazemos algum barulho.
   Passado algum tempo, Gina falou do lado de fora:
   - Muito bem. Ela já foi. Podem sair.
   - Muito engraçado - disse Harry. - Sabe que adoraríamos sair, mas caso não tenha percebido, estamos presos.
   O armário foi erguido cautelosamente, fazendo Bichento miar, indignado.
   - Ufa - disse Hermione, abrindo a porta. - Obrigado, Gina.
   Bichento saiu miando.
   - Quem estava com ela? - perguntou Harry, ao sair do escuro.
   Hermione e Gina soltaram risadinhas ao observá-lo.
   - Qual é a graça?
   Elas não precisaram responder. O garoto notou que a roupa que acabara apanhando dentro do armário, era na verdade, um vestido azul-berrante, com babadinhos. Hermione vestia uma jaqueta e uma calça folgada, escondendo suas partes.
   - Não sei do que estão rindo - disse Harry, mais alto do que pretendera. - Adorei esse azul.
   - Fale baixo - disse Gina, sorridente. - A propósito, um homem enorme acompanhava a Dot. Você o conhece, Hermione?
  - Deve ser o amigo do papai e da mamãe. Ele é o segurança do bairro; sempre chamam ele quando precisam.
   - Só sei que de "inho" ele não tem nada - comentou Gina.
   Harry procurou alguma coisa para chutar, muito zangado com Dot.
   - Por que é que ela sempre estraga tudo? - perguntou Harry, massageando o pé, após chutar dolorosamente o guarda-roupa.
   - Como assim? - perguntou Gina, interessada. - O que vocês faziam dentro do guarda-roupa, afinal?
   - Brincávamos de pique-esconde - disse Harry, zangado.
   - Vocês não fizeram... aquilo, fizeram? - questionou Gina, olhando de Harry para Hermione.
   - N-não - respondeu Hermione, corando.
   Harry se sentira cansado, como se tivesse corrido quilômetros. Tal canseira se igualava a sua indignação por Dot ser tão estraga-prazeres. Afinal, ele, Harry Potter, acabara de compartilhar (interminadamente) um momento com Hermione Granger, que provavelmente levariam para o túmulo.
   - Em todo o caso - disse Gina, pouco convicente. - Estava pensando em irmos ao Beco Diagonal amanhã. Já mandaram a lista dos livros.
   - Por mim tudo bem - falou Hermione, se sentando à cama.
   - Boa-noite - desejou Gina, saindo do quarto, em uma piscadela ao casal. - A propósito - acrescentou Gina a Harry -, você está uma graça de vestido - e saiu correndo, antes que Harry pudesse arrancar o vestido e arremessá-lo contra a garota...
C-O-M-E-N-T-E-M!!!
Anderson Gryffindor
 
                    
Comentários (1)
Morri!!!!
2014-05-05