O beijo
O beijo
   Você provavelmente está endoidando, pensou Harry consigo mesmo. Ele ainda contemplava Hermione, não conseguia parar de admirá-la. Então teve uma idéia.
   - Hermione!
   - Quê? - perguntou ela, ainda de costas, arrumando o guarda roupa.
   - Eu... eu não agüento... - Harry falava em um tom exageradamente choroso.
   Hermione se virou, assustada. Harry forçava lárimas saltarem de seu rosto.
   - Que foi, Harry? - perguntou ela, docemente.
   Ele fingiu chorar. Hermione foi até ele e o abraçou. Harry se sentiu extremamente confortável; se sentiu acomodado naqueles braços quentes.
   - Você ainda está triste por causa do Sirius? - perguntou Hermione, acariciando as costas de Harry.
   Ele sorria às costas dela.
   - Na verdade, eu só queria um abraço seu - falou ele, a falsidade da voz, outrora chorosa, sumindo.
   Hermione o soltou do abraço, e o fitou, sorrindo.
   - Era só pedir - sorriu Hermione.
   Mais uma vez, Harry se sentia no paraíso. Hipnotizado por aquele olhar.
   - Harry, você está se sentindo bem? - perguntou Hermione, passando uma mão no rosto dele.
   Harry passou os braços por Hermione. Puxou-a para mais perto. As bocas de Harry e Hermione se encontraram. As línguas quentes dos dois se entrelaçavam. Harry beijou aqueles lábios quentes e vermelhinhos. 
   Já havia feito isto antes, com uma garota chamada Cho Chang; mas não fora um beijo tão quente e apaixonado... fora molhado...
   Hermione, de repente, abriu os olhos.
   - Que você está fazendo?
   - Desculpe - falou Harry, com um frio na barriga. - Desculpe, Mione, eu... Não sei o que deu em mim... Não sabia o que estava fazendo, é que de repente eu... bem, eu olhei para você e aí... aí eu não sei o que deu e...
   Hermione levou um dedo ao lábio de Harry.
   - Shhh. Você fala demais - disse Hermione, o puxando para continuar o beijo interrompido.
   Ela era irresistível. Aquele beijo era a melhor coisa que acontecera a Harry até agora. Não queria parar. Não queria ser interrompido...
   Alguém pigarreou.
   Harry soltou a língua de Hermione e olhou para a porta.
   - Desculpem, não queria interrompê-los - disse Dot, com meiguice. - Mas aqui está seu chá.
   Dot preparara um jantar delicioso; totalmente vegetáriano. Uma nova moda de Hermione e os pais.
   Harry e Hermione não paravam de sorrirem um para o outro, enquanto comiam.
   - Então - disse Dot, se sentando à mesa, abrindo uma marmita - Acho que interrompi alguma coisa hoje à tarde.
   - Não, senhora - mentiu Harry, depressa.
   - Tudo bem - disse ela, com um gesto de impaciência. - Eu sei como é. Foi assim com o meu primeiro namorado.
   Harry deu uma golada na água, mais para disfarçar do que por sede.
   - Sabem - continuou Dot, pensativa. - Quando eu transei com o meu namorado pela primeira vez...
   Harry engasgou-se, espalhando água pela mesa.
   - Desculpe - disse ele, apanhando um paninho na mesa e tentando consertar o estrago.
   Dot continuou a falar, como se não tivesse reparado:
   ... foi tão ruim. O garoto tinha um calombo enorme no traseiro.
   Hermione quase derrubou a jarra de água.
   Harry contemplava a comida, agora enojado. Não conseguia mais comer.
   - ... e sabem do que mais? - continuou ela, como se aquele tipo de conversa fosse normal, especialmente à mesa. - O "coiso" dele era tão minúsculo, que quando eu fui pegá-lo com uma pinça, quase o desintegrei. Eu entendo que o coitado não devia agüentar o meu peso e...
   - Hum, acho que vou me deitar - falou Harry, se retirando. - A comida estava deliciosa, Sra. Dot.
   Hermione também fez menção de se levantar.
   - Ah, não, querida, fique, eu insisto - disse Dot, sentando Hermione na cadeira. - Não fiz esta comida à toa, sabe...
   Harry apagou a luz do quarto e deitou na cama, de barriga pra cima.
   Ele ficou pensando no beijo de Hermione... e tentou esquecer o calombo no traseiro do namorado de Dot.
   Meia hora depois, Harry saiu do quarto, procurando por Hermione. O garoto espiou por uma porta do corredor, que estava entreaberta. Harry a empurrou cuidadosamente. 
   Era o banheiro. 
   Harry viu as roupas intímas de Hermione penduradas em ganchos. O garoto ia saindo, quando...
   Qual é? - dizia uma vozinha atentada, em sua cabeça. - Você vai mesmo perder esta oportunidade de vê-la nua?
   Não faça isso - disse uma outra voz, séria.
   - Sinto muito - sussurou Harry para a segunda voz. - Mas a oferta dela é bem mais tentadora - disse, se referindo a primeira voz.
   Mas não seja idiota - disse novamente a voz atentada - Use a sua Capa de Invisibilidade, assim poderá chegar mais perto da garota.
   Harry correu de volta ao quarto, abriu o malão e retirou sua velha Capa de Invisibilidade. O garoto se cobriu com a capa e voltou ao banheiro. 
   Harry andou, cautelosamente, atravessou a cortinininha que separava o box. Então o garoto viu. Hermione estava nua, por debaixo do chuveiro. 
   A água escorria por aquele corpo esculpido por anjos; passava por dois seios, de tamanho generoso; descia por aquela barriguinha; e chegava até a selvagem vagina de Hermione.
   Harry teve de se segurar para não arrancar a capa e ir para debaixo do chuveiro com ela.
   - Hermione - chamou uma voz feminina, fazendo Harry se sobressaltar.
   O garoto conhecia aquela voz, mas não percebeu exatamente de quem era.
   - Quem é? - perguntou Hermione, quase esbarrando em Harry, ao tentar espiar quem a chamava. - Ah. Oi, Gina.
   Harry se esticou para dar uma espiada.
   Uma garota ruiva, de cabelos flamejantes até a cintura, e olhos castanhos igualmente ardentes, se encontrava na porta. Seu nome era Gina Weasley.
   - Dot disse para mim esperar, por que você estava no banho - disse Gina. - Mas eu resolvi vir. Será que eu posso entrar aí debaixo com você? Estou mesmo precisando de um banho...
   - Claro - respondeu Hermione, voltando para debaixo da água. - Mas venha logo, está frio...
Será que o Harry vai resistir as garotas no chuveiro?
 
                    
Comentários (1)
Porra por essa eu não esperava!!!!
2014-05-04