Sangue Ruim




Nota Bia: Eu sinceramente não sei de onde surgiu o casal Dorcas e Regulus o.O que vocês estavam falando. Tudo o que Regulus fez foi pensar que Dorcas não era uma pessoa ruim. E isso NÃO significa que eles vão ficar juntos.


PS: Mas, se acalmem, fãs da Tonks, não sabemos ainda o que vamos fazer com ela, mas gostamos dela também, então não deve ser nada ruim. Não sabemos se ela vai terminar com o Remus.
PS2:Desculpem a demora. Gi foi quem postou o capítulo no fanfiction.net há alguns dias e ela esqueceu de postar aqui. 


Nota Gio: MIL PERDÕES! O cap era meu, mas meu computador morreu (RIP), e tive que esperar ganhar meu not elindo, mas né, tá sem meus programas /3 e sem meus documentos, me sinto sem parte da minha vida, mas deixando meu drama de lado, vamos aos comentários!










Juh_Lynch: Impressão sua! Na verdade, não. Nossa. Elas são mesmo! Eu também! O pior é que realmente existem pessoas como ele! Que todo mundo odeia a Umbridge é oficial! (não sou gaúcha mas uso mais tu do que você) Dramione? Eu não curto muito. Mas no fundo eu leio tudo se a história for boa. Pensando bem, faz um tempo que eu não leio Gina e Harry (nem lembro o nome do casal). Eu acho o Rony e Hermione tão fofos juntos, mesmo não sendo a maior fã de Rony. Beijos! Obrigada pelo review! PS: Desculpe a demora? ~corre do Crucio.


Bellaa Pooty Diggory: Ok, ignorando kkkk. Eu não teria nada contra eles, mas… gente nem todos os personagens precisam se casar com quem conheceram na escola, né? Eu gostava do dois, mas depois de um tempo... Uma coisa que eu acho engraçado é que normalmente as fanfics retratam a Pansy de forma bem diferente do livro. Pelo menos, as que eu encontrei.



MionGinnyLuna: Obrigada! Você também é demais! Beijos!    


Clenery Aingremont: Ainda bem. Coitada dela, não fez nada. ~leio a ameaça de barraco e fujo :x~ Mas sério, nem ideia de com quem ele vai terminar. De nada! Beijos. 



 


CAPÍTULO SETE


Sangue Ruim


Alex pegou o livro e começou a ler sem dar pausas.


Harry dedicou muito tempo, nos dias seguintes, a desaparecer de vista sempre que Gilderoy Lockhart aparecia andando por um corredor.


- Uma boa ideia – murmurou Frank.


Mais difícil foi evitar Colin Creevey,


- Coitado dele, Harry – Alice falou e Regulus revirou os olhos, enquanto Josh ria.


que parecia ter decorado o seu horário.


- Foi para competir com a Gina – falou Jorge, rindo.


Pelo visto nada dava maior alegria a Colin do que dizer: "Tudo bem, Harry?" seis ou sete vezes por dia


Sirius riu.


- Alguém está apaixonado.


Harry corou.


- Sai pra lá, que eu não sou gay.


- Mas ele é – falou Sirius.


- Ei, dá pra parar de falar do meu namorado como se eu não estivesse aqui? – Gina reclamou.


e ouvir: "Oi, Colin", em resposta, por maior irritação que Harry demonstrasse ao dizer isso.


- Eu não responderia – James falou.


- Claro, você é mal educado – falou Lene.


- Ei!


Edwiges continuava aborrecida com Harry por causa da desastrada viagem de carro


Alice sorriu. Ela amava essa coruja, mesmo sem conhecê-la.


e a varinha de Rony continuava a funcionar mal, superando os próprios limites na sexta-feira na aula de Feitiços, ao se atirar da mão de Rony e atingir o Profº. Flitwick


Lily olhou assustada para Rony.


- O professor Flitwick! – exclamou. Ela amava o professor, ela sempre tirava todas as duvidas que surgiam, sobre tudo, com ele ou com a professora Mcgonagall.


- Não foi nada demais. Ele está bem – tranquilizou o ruivo.


bem no meio dos olhos, produzindo um grande furúnculo verde e latejante no lugar em que bateu.


Eca.


- Como isso é possível? – Frank perguntou, intrigado. Mas ninguém tinha uma resposta.


Assim entre uma coisa e outra, Harry ficou muito contente ao ver chegar o fim de semana.


- Finalmente uma altitude normal – Remus falou contente.


- Uma das poucas da vida dele – Neville falou, rindo.


Ele, Rony e Mione estavam planejando visitar Hagrid no sábado de manhã. Harry, porém, foi acordado muito antes da hora que pretendera pelas sacudidas de Olívio Wood, capitão do time de Quadribol da Grifinória.


- E como ele faz para acordar as meninas? – Dorcas perguntou.


— Que foi? — perguntou Harry tonto de sono.


- Justificável – falou Alex.


— Prática de Quadribol! — disse Wood. — Vamos!


Harry espiou pela janela apertando os olhos. Havia uma névoa rala cobrindo o céu rosa e dourado. Agora que acordara, ele não conseguia entender como podia estar dormindo com a algazarra que os passarinhos faziam.


Sirius o encarou como se Harry fosse algum anormal (o que ele era, mas não pelos motivos de Sirius).


- Dormir é sagrado – e teve o apoio de Neville, Lene e Lyssi.


— Olívio — disse ele com a voz rouca. — O dia ainda está amanhecendo.


— Exato — respondeu Wood. Ele era um sextanista alto e forte e, naquele instante, seus olhos brilhavam de fanático entusiasmo. — Faz parte do nosso novo programa de treinamento. Ande, pegue a vassoura e vamos — disse Wood animado. — Nenhum dos times começou a treinar ainda;


- Nem sei o motivo – ironizou Regulus.


vamos ser os primeiros a dar a partida este ano...


Aos bocejos e tremores, Harry saiu da cama e tentou encontrar as vestes de Quadribol.


Todos, menos Snape (que deu um sorriso), riram.


— Muito bem — disse Wood. — Te encontro no campo daqui a quinze minutos.


Depois de procurar o uniforme vermelho do time e vestir uma capa para se aquecer, Harry rabiscou um bilhete para Rony explicando onde fora e desceu a escada em caracol até a sala comunal, a Nimbus 2000 ao ombro. Acabara de chegar ao buraco do retrato quando ouviu um estardalhaço às suas costas, e Colin Creevey apareceu correndo escada abaixo, a máquina fotográfica balançando feito louca ao pescoço e alguma coisa segura na mão.


Não me surpreenderia se ele virasse um fotografo – disse Hermione, pensativamente.


— Ouvi alguém dizer o seu nome na escada, Harry! Olhe só o que tenho aqui! Mandei revelar, queria lhe mostrar...


Harry examinou confuso a foto que Colin sacudia debaixo do seu nariz.


Numa foto preto-e-branco, um Lockhart em movimento puxava com força um braço que Harry reconhecia como seu. Ficou satisfeito ao ver que o seu eu fotográfico resistia bravamente e recusava a se deixar arrastar para dentro da foto.


- Pelo menos um pouco de dignidade – disse James.


Enquanto Harry observava, Lockhart desistiu e se largou, ofegante, contra a margem branca da foto.


— Você autografa? — perguntou Colin, ansioso.


— Não — disse Harry sem rodeios, olhando para os lados para verificar se a sala estava realmente deserta. — Desculpe, Colin, estou com pressa, prática de Quadribol...


E atravessou o buraco do retrato.


- Isso! – comemorou Remus, que odiava fãs. Não aguentava as fãs de James e de Sirius.


— Uau! Espere por mim! Nunca — vi um jogo de Quadribol antes!


Colin subiu pelo buraco atrás de Harry.


— Vai ser bem chato — disse Harry depressa, mas o garoto não lhe deu atenção, seu rosto iluminava-se de excitação.


- Harry Potter, o trate bem, está me ouvindo? – murmurou Lily.


- Sim, mamãe – disse o moreno, sem argumentar que isso fora anos atrás.


— Você foi o jogador da casa mais novo em cem anos, não foi, Harry? Não foi? — perguntou Collin, caminhando ao lado dele. — Você deve ser genial. Eu nunca voei. É fácil? Esta vassoura é sua? É a melhor que existe?


- Sim, sim e sim – respondeu Rony.


Harry não sabia como se livrar do coleguinha. Era como ter uma sombra extremamente tagarela.


— Eu não entendo bem de Quadribol


- Não é o único – murmuraram Lily e Snape juntos. Eles sorriram.


— disse Colin sem fôlego. — É verdade que tem quatro bolas? E duas ficam voando em volta dos jogadores tentando tirá-los de cima das vassouras?


— É — disse Harry a contragosto, conformado em explicar as regras complicadas do Quadribol.


- As regras são simples – falaram todos os sangues-puros espantados.


- Claro, vocês praticamente nasceram jogando isso – murmurou Hermione.


— Chamam-se balaços. Há dois batedores


Marlene sorriu. Ela era batedora.


em cada time armados de bastões para rebater os balaços para longe do seu time.


- Que são os jogadores mais fodas do jogo... – Jorge murmurou.


Fred e Jorge Weasley


- As pessoas mais perfeitas que vocês conhecerão em vida ou em morte – falou Fred, para demonstrar sua "baixa autoestima".


batem pela Grifinória.


Os gêmeos sorriram orgulhosos.


— E para que servem as outras bolas? — perguntou Colin, derrapando dois degraus porque olhava boquiaberto para Harry.


— Bem, a goles, a bola vermelha meio grande, é a que faz os gols. Três artilheiros


Frank, Gina, James e Sirius sorriram. (lembrando que J K disse em uma entrevista que James é artilheiro e que ele não era apanhador como ela mesma tinha dito antes).


- Que são os jogadores mais bonitos – falaram James e Sirius juntos e Frank e Gina concordaram.


Alex parecia querer falar alguma coisa, mas Lyssi o chutou na perna e ele desistiu.


em cada time atiram a goles um para o outro e tentam metê-la entre as balizas na extremidade do campo, são três postes compridos com aros na ponta.


— E a quarta bola...


— ... É o pomo de ouro — disse Harry —, e é muito pequena, muito veloz e difícil de agarrar. Mas é isso que o apanhador


Harry e Regulus sorriram, sendo os únicos apanhadores conhecidos dali.


tem que fazer, porque um jogo de Quadribol não termina até o pomo ser capturado.


- O que é um absurdo – Hermione resmungou.


- O que deixa o jogo melhor – sorriu Lene.


E o apanhador que agarra o pomo para o time ganha cento e cinquenta pontos a mais.


— E você é o apanhador da Grifinória, não é?


- Sim, o apanhador mais jovem do século – recitou Rony, rindo.


— perguntou Colin cheio de admiração e respeito.


— Sou — respondeu Harry enquanto deixavam o castelo e começavam a atravessar o gramado encharcado de orvalho. — E tem o goleiro


Rony sorriu.


também. Ele guarda as balizas. É isso, em resumo.


Mas Colin não parou de interrogar Harry o tempo todo, desde o gramado ondulante até o campo de Quadribol, e Harry só conseguiu se desvencilhar dele quando chegou aos vestiários; Colin ainda gritou com sua voz fina quando ele se afastava.


- Isso que é perseguição– murmurou Regulus.


— Vou pegar um bom lugar, Harry! — e correu para as arquibancadas.


Os outros jogadores do time da Grifinória já estavam no vestiário. Wood era o único que parecia realmente acordado.


- É, porque nós precisamos dormir– falou Harry.


Fred e Jorge estavam sentados, os olhos inchados e os cabelos despenteados, ao lado de uma quartanista, Alicia Spinnet, que parecia estar cabeceando contra a parede em que se encostara.


Todos riram.


As outras artilheiras, suas companheiras, Katie Bell e Angelina Johnson, bocejavam lado a lado de frente para eles.


— Até que enfim, Harry, por que demorou?


Harry revirou os olhos.


— perguntou Wood eficiente. — Agora, eu queria ter uma conversinha com vocês antes de irmos para o campo, porque passei o verão imaginando um programa de treinamento completamente novo, que acho que vai fazer toda a diferença...


Wood ergueu um grande diagrama de um campo de Quadribol, em que estavam desenhadas muitas linhas, setas e cruzes em tinta de cores diversas.


- Olivio e seus esquemas – Fred falou, carinhoso.


Depois, puxou a varinha, deu uma batidinha no desenho, e as flechas começaram a se deslocar pelo diagrama como lagartas. Quando Wood deslanchou um discurso sobre as novas táticas, a cabeça de Fred Weasley despencou no ombro de Alicia Spinnet e ele começou a roncar.


Todos encararam o ruivo, que sorriu divertido.


- Quê? Vocês não esperavam realmente que eu ouvisse, certo?


O primeiro quadro levou quase vinte minutos para ser explicado, mas havia outro por baixo daquele, e um terceiro por baixo do segundo. Harry mergulhou num estupor durante a falação interminável de Wood.


— Então — disse Wood, finalmente, arrancando Harry de uma irrealizável fantasia sobre o que estaria comendo no café da manhã,


Todos riram.


- Quer que eu o processe, filho? – James brincou.


Harry riu.


naquele instante, no castelo. — Ficou claro? Alguma pergunta?


— Tenho uma pergunta, Olivio — disse Jorge,


- Lá vem merda...


que acordara assustado. — Você não podia ter explicado tudo isso ontem quando a gente estava acordado?


Neville teve um ataque de risos.


Wood não gostou.


— Agora, ouçam aqui, vocês todos — disse, amarrando a cara. — Nós devíamos ter ganho a taça de Quadribol no ano passado.


Somos sem favor nenhum o melhor time da escola.


Regulus revirou os olhos. Depois, os sonserinos que se achavam.


Mas, infelizmente, devido a circunstâncias fora do nosso controle...


Harry se mexeu cheio de culpa no banco. Estivera inconsciente na ala hospitalar no último jogo do ano anterior, o que significava que a Grifinória tivera um jogador a menos e sofrera sua pior derrota em trezentos anos.


- Você estava se sentido culpado por ter faltado a um jogo de quadribol para deter o maior bruxos das trevas? – Alice perguntou incrédula.


- Esse esporte é muito valorizado – disse Lily, com desaprovação.


Wood esperou um instante para recuperar o próprio controle. A última derrota, visivelmente, continuava a torturá-lo.


— Então, este ano, vamos treinar mais do que jamais treinamos... Muito bem, vamos colocar as nossas teorias em prática! — gritou Wood, agarrando a vassoura e saindo do vestiário. As pernas dormentes e, ainda bocejando, o time o acompanhou.


- Vocês não parecem nem conseguir ficar de pé – comentou Severo – Esse Wood é louco.


Tinham passado tanto tempo no vestiário que o sol já estava todo de fora, embora ainda se vissem restos de névoa sobre o gramado do estádio. Quando Harry entrou em campo, viu Rony e Mione sentados nas arquibancadas.


— Vocês ainda não acabaram? — gritou Rony surpreso.


- Para o Rony falar isso – Gina olhou assustada pros irmãos e para Harry.


— Nem começamos — respondeu Harry, olhando com inveja a torrada com geléia que Rony e Mione tinham trazido do Salão.


- Era só pedir, Harry – Hermione disse.


Harry sorriu para a amiga.


— Wood esteve ensinando novas jogadas ao time.


Ele montou na vassoura, meteu o pé no chão para dar impulso e saiu voando. O ar frio da manhã bateu em seu rosto, acordando-o com muito mais eficiência do que a longa conversa de Wood.


- Claro!


Era uma sensação maravilhosa estar de volta a um campo de Quadribol. Harry sobrevoou o estádio a toda velocidade, apostando corrida com Fred e Jorge.


- E eu ganhei, claro – falou Jorge.


- Não, fui eu – replicou Fred.


- Eu! – falou Jorge e os dois começaram a discutir.


- Quem ganhou, Harry? - disseram os dois encarando o moreno.


- Ai meu Deus - disse Harry - e eu que vou conseguir diferenciar vocês em cima das vassouras?


Todos riram com isso.


— Que clique-clique esquisito é esse? — gritou Fred enquanto faziam uma volta rápida.


Harry olhou para as arquibancadas. Colin estava sentado em um dos lugares mais altos, a máquina fotográfica levantada, tirando fotos seguidas, o som estranhamente ampliado no estádio deserto.


Regulus gemeu.


— Olhe para cá, Harry! Para cá! — gritava se esganiçando.


— Quem é aquele? — perguntou Fred.


— Não faço a menor idéia — mentiu Harry


- Harry Potter mentindo? Isso não se ver todo dia – comentou Neville.


- HARRY POTTER! JÁ LHE DISSE QUE É PARA TRATAR BEM DESTE GAROTO! – gritou Lily, vermelha. – COITADO DELE, SÓ QUERIA TIRAR ALGUMAS FOTOS DA VIDA NO MUNDO BRUXO. Eu respeito isso – acresentou.


dando uma bombeada na vassoura que o levou o mais longe possível de Colin.


— Que é que está acontecendo? — perguntou Wood, franzindo a testa, enquanto cortava o ar em direção a eles. — Por que aquele aluninho de primeiro ano está tirando fotos? Não gosto disto. Pode ser um espião da Sonserina, tentando descobrir o nosso novo programa de treinamento.


Snape e Regulus reviraram os olhos. Por que tudo era culpa da Sonserina?


— Ele é da Grifinória — informou Harry depressa.


— E o pessoal da Sonserina não precisa de espião, Olivio — acrescentou Jorge.


— Por que você está dizendo isso? — perguntou Wood irritado.


— Porque eles vieram pessoalmente — respondeu Jorge apontando.


Vários alunos de vestes verdes estavam entrando em campo, de vassouras na mão.


- Aposto que vai ter briga – falou Alex.


— Eu não acredito! — sibilou Wood indignado. — Reservei o campo para hoje!


- Seus nojentos – Lene falou indignada, embora os jogadores da Sonserina não pudessem ouvir.


— Vamos cuidar disso.


Wood mergulhou até o chão, aterrissando em sua raiva, com muito mais força do que pretendia, e cambaleou um pouco ao desmontar. Harry, Fred e Jorge o acompanharam.


— Flint! — berrou Wood para o capitão da Sonserina. — Está na hora do nosso treino! Levantamos especialmente para isso!


— Pode ir dando o fora!


Marcos Flint era ainda mais corpulento do que Wood. Tinha uma expressão de trasgo astucioso


Josh, Alice, Dorcas, Lene, Alex, Fred, Jorge, Gina, Rony, Hermione, James e Sirius começaram a rir.


- TRASGO ASTUCIOSO? – gritou Sirius e começou a rir.


- Harry... você usa cada expressão – falou Remus, divertido.


quando respondeu:


— Tem bastante espaço para todos nós, Wood.


- Ou não – falou Lyssi.


Angelina, Alicia e Katie tinham se aproximado também. Não havia mulheres no time da Sonserina, para ficarem, ombro a ombro, com ar de desdém, encarando os jogadores da Grifinória.


Hermione riu.


— Mas eu reservei o campo! — disse Wood, praticamente cuspindo de raiva. — Eu reservei!


— Ah, mas tenho um papel aqui assinado pelo Profº. Snape.


"Eu, Profº. Snape, dei ao time da Sonserina permissão para praticar hoje no campo de Quadribol, face á necessidade de treinarem o seu novo apanhador."


- Injustiça! – Sirius falou.


- Para mim, parece justo, visto que eles têm um apanhador novo... – Frank opinou.


— Vocês têm um novo apanhador? — perguntou Wood, distraído. — Onde?


E por trás dos seis jogadores grandalhões surgiu diante deles um sétimo, menor, com um sorriso que se irradiava por todo o rosto pálido


- Ah, não...


e fino. Era Draco Malfoy!


- Harry, você tem uma sorte horrível – falou Remus.


- Que azar, cara – falou Frank.


- COITADO DO MEU FILHO! Jogar contra um Malfoy? Isso é horrível – James gritou.


- Porque sempre os apanhadores da Sonserina e da Grifinória têm algum tipo de rivalidade? – Dorcas perguntou.


- Porque a vida é assim - disse Josh como se fosse a resposta de tudo.


... O que é verdade.


— Você não é o filho do Lúcio Malfoy?


- Infelizmente.


— perguntou Fred, olhando Draco com ar de desagrado.


— Engraçado você mencionar o pai do Draco — disse Flint enquanto o time inteiro da Sonserina sorria com mais prazer.


— Deixe eu mostrar a vocês o presente generoso que ele deu ao time da Sonserina.


Os sete mostraram as vassouras. Sete cabos polidos, novos em folha, e sete conjuntos de letras douradas, formando as palavras Nimbus 2001, reluziam sob os narizes dos jogadores da Grifinória, ao sol do amanhecer.


- SETE NIMBUS 2001? – James gritou, chocado, que já tinha tido uma conversa sobre vassouras com os homens de 1977.


- Malfoy pagou para entrar no time – explicou Hermione, com desgosto.


- Ele é muito mimado – pontuou Regulus.


— Último modelo. Saiu no mês passado — disse Flint displicente, tirando um grão de poeira da ponta de sua vassoura com um peteleco. — Acho que bate de longe a série antiga das 2000. Quanto às velhas Cleansweep — e sorriu de modo desagradável para Fred e Jorge, que seguravam esse tipo de vassoura —, varram o placar com elas.


- E mesmo assim, eles são capazes de ganhar um jogo contra vocês – sorriu Gina.


Nenhum dos jogadores da Grifmória conseguiu pensar em nada para dizer naquele instante. Draco exibia um sorriso tão grande que seus olhos frios estavam reduzidos a fendas.


- E ele sabe sorrir? – Alice perguntou.


— Ah, olha ali — disse Flint. — Uma invasão de campo.


- Não é como se o campo estivesse sendo usado mesmo...


Rony e Mione vinham atravessando o gramado para ver o que estava acontecendo.


— Que é que está havendo? — perguntou Rony a Harry. — Por que vocês não estão jogando? E que é que ele está fazendo aqui?


Olhava para Draco, reparando nas vestes de Quadribol com as cores da Sonserina que o garoto usava.


- Mas eu ainda tinha esperanças que fosse só uma brincadeira.


— Sou o novo apanhador da Sonserina, Weasley — disse Draco, presunçoso. — O pessoal aqui está admirando as vassouras que meu pai comprou para o nosso time.


Rony olhou, boquiaberto, as sete magníficas vassouras diante dele.


- Todo mudo ficaria assim – Josh falou solidário.


- Eu não – Lily resmungou.


- Todo mundo que gosta de voar ficaria assim – corrigiu.


— Boas, não são? — disse Draco com a voz macia. — Mas quem sabe o time da Grifinória pode levantar um ourinho e comprar vassouras novas, também. Você podia fazer uma rifa dessas Cleansweep 5; imagino que um museu talvez queira comprá-las.


- Seu... – Sirius começou a xingar Draco de muitas coisas desagradáveis.


O time da Sonserina dava gargalhadas.


— Pelo menos ninguém do time da Grifinória teve de pagar para entrar — disse Mione com aspereza. — Entraram por puro talento.


Lene aplaudiu a menina.


- Isso é aí, Hermione!


- Na cara!


O ar presunçoso de Draco pareceu oscilar.


— Ninguém pediu sua opinião, sua sujeitinha de sangue ruim. — xingou ele.


Os Weasleys sentiam o sangue ferver só de ouvir isso.


Lily olhou triste para Hermione.


- Sangue ruim é você – xingou Dorcas, inesperadamente e Hermione sorriu para ela.


- O sangue que você possui não define quem você é – Severo falou calmamente – E se alguém tivesse o sangue ruim, seria o Draco.


- Obrigada Severo – Hermione abriu um largo sorriso.


Rony quase desmaiou ali mesmo. Snape? Defendendo Hermione? Julgando Draco?


- Você sabe que é padrinho dele, né? - perguntou Gina.


Snape arregalou os olhos, mas não disse nada


Harry percebeu na hora que Draco dissera uma coisa realmente ofensiva, porque houve um tumulto instantâneo em seguida às suas palavras. Flint teve que mergulhar na frente de Draco para impedir que Fred e Jorge se atirassem contra ele.


- Saí da frente, idiota – rosnou Sirius.


Alicia gritou com voz aguda:


— Como é que você se atreve! — e Rony mergulhou a mão nas vestes, puxou a varinha e gritou:


— Você vai me pagar! — e apontou a varinha, furioso, para a cara e Draco, por baixo do braço de Flint.


Um estrondo muito forte ecoou pelo estádio,


Todos se inclinaram ansiosos.


e um jorro de luz verde saiu da ponta oposta da varinha de Rony, atingiu-o na barriga e o atirou de costas na grama.


- Mas o quê...?- Alex perguntou.


— Rony! Rony! Você está bem? — gritou Mione.


Rony abriu a boca para falar, mas não saiu nada. Em vez disso, ele soltou um poderoso arroto e várias lesmas caíram de sua boca para o colo.


- Eca!- Lene fez uma careta.


Rony ficou vermelho.


O time da Sonserina ficou paralisado de tanto rir. Flint, dobrado pela cintura, tentava se apoiar na vassoura nova. Draco caíra de quatro, dando murros no chão.


- Discretos eles, não?- reclamou Rony.


Os alunos da Grifinória agrupavam-se em torno de Rony, que não parava de arrotar lesmas enormes. Ninguém parecia querer tocar nele.


- Desculpa Rony – falaram os gêmeos, Hermione e Harry.


— É melhor levarmos o Rony para a casa de Hagrid, é mais perto — disse Harry a Mione, que concordou cheia de coragem, e os dois levantaram o amigo pelos braços.


Rony sorriu grato para o amigo.


— Que aconteceu, Harry? Que aconteceu? Ele está doente? Mas você pode curá-lo, não pode? — Colin descera correndo das arquibancadas e agora dançava em volta dos meninos que saíam de campo.


- Péssima hora.


Rony deu um enorme suspiro e mais lesmas rolaram pelo seu peito.


— "Aaah", exclamou Colin, fascinado, erguendo a máquina fotográfica. "Pode manter ele parado, Harry?"


- Ele não se toca? – Dorcas perguntou.


— Sai da frente, Colin! — disse Harry com raiva. Ele e Mione carregaram Rony para fora do estádio e atravessaram os jardins em direção à orla da floresta.


— Estamos quase lá, Rony — disse Mione quando a cabana do guarda-caça tornou-se visível. — Você vai ficar bom num instante, estamos quase chegando...


Estavam a uns cinco metros da casa de Hagrid quando a porta de entrada se abriu, mas não foi Hagrid que apareceu.


Gilderoy Lockhart,


- Ah, não! Ele não!


- Ele vai atrapalhar vocês! - falou Lyssi.


hoje com vestes lilás clarinho, vinha saindo.


— Depressa, aqui atrás — sibilou Harry, arrastando Rony para trás de uma moita próxima. Mione seguiu-o, um tanto relutante.


— É muito simples se você sabe o que está fazendo! — Lockhart dizia em voz alta a Hagrid. — Se precisar de ajuda, você sabe onde estou! Vou-lhe dar uma cópia do meu livro. Estou surpreso que ainda não o tenha comprado: vou autografar um exemplar hoje à noite e mandar para você. Bom, adeus. — E saiu em direção ao castelo.


- Hagrid não comprou o livro porque não tem tempo para ficar lendo besteiras - Harry falou .


Harry esperou até Lockhart desaparecer de vista, então puxou Rony da moita até a porta de Hagrid. Bateram apressados.


Hagrid abriu na mesma hora, parecendo muito rabugento, mas seu rosto se iluminou quando viu quem era.


— Estive pensando quando é que vocês viriam me ver, entrem, entrem, achei que podia ser o Profº. Lockhart outra vez...


- Isso seria ruim - Alice concordou.


Harry e Mione ajudaram Rony a entrar na cabana sala-e-quarto, que tinha uma cama enorme em um canto, uma lareira com um fogo vivo no outro.


Hagrid não pareceu perturbado com o problema das lesmas de Rony, que Harry explicou em poucas palavras enquanto baixava o amigo em uma cadeira.


- Nessas horas, é melhor ser mais objetivo - Harry falou.


— Melhor para fora do que para dentro — disse Hagrid animado, baixando com ruído uma grande bacia de cobre na frente do menino. — Ponha todas para fora, Rony.


As meninas fizeram careta e Dorcas ficou verde.


- Pelo menos, alguém estava animado - observou Josh.


— Acho que não há nada a fazer exceto esperar que a coisa passe — disse Mione ansiosa, observando Rony se debruçar na bacia. — É um feitiço difícil de fazer em condições ideais, ainda mais com uma varinha quebrada...


- Parabéns, por conseguir fazer o feitiço cara - Sirius sorriu. Rony retribuiu o sorriso - Se não fosse a sua varinha...


Hagrid ocupou-se pela cabana preparando chá para os meninos. Seu cão de caçar javalis, Canino, fazia festas a Harry, sujando-o todo.


— Que é que Lockhart queria com você, Hagrid?


Coisa boa não era - falou Neville.


— perguntou Harry, coçando as orelhas de Canino.


— Estava me dando conselhos para manter um poço livre de algas


-O que com certeza foi muito útil - bufou Regulus .


— rosnou Hagrid, tirando um galo meio depenado de cima da mesa bem esfregada e pousando nela o bule de chá. — Como se eu não soubesse. E ainda fez farol sobre um espírito agourento que ele espantou. Se uma única palavra do que disse for verdade eu como a minha chaleira.


- Não vai ser necessário - Hermione falou.


Não era hábito de Hagrid criticar professores de Hogwarts,


- Porque o nível de professores de lá é alto - Josh falou.


Regulus não concordava com o menino. Quer dizer que ter um professor patetico de Defesa, um fantasma, uma louca em advinhação (se ainda fosse a mesma que ensinava na epóca dele - e não era. Era pior) e um professor de poções que devia ensinar faculdade e não escola, por não ter paciência com adolescentes, era ótimo? Não na opinião dele. Mas ele ficou calado, afinal Hogwarts também possuia professores bons.


e Harry olhou-o surpreso. Mione, porém, disse num tom mais alto do que de costume:


— Acho que você está sendo injusto. É óbvio que o Profº. Dumbledore achou que ele era o melhor candidato para a vaga...


— Ele era o único candidato


- Agora, está explicado como ele chegou a ser professor - Frank murmurou - Vocês precisavam conhecer o nosso professor - disse, sonhador, lembrando das aulas - Ele é ótimo, eu saio da sala morto.


— disse Hagrid, oferecendo-lhes um prato de quadradinhos de chocolate, enquanto Rony tossia e vomitava na bacia. — E quero dizer o único mesmo. Está ficando muito difícil encontrar alguém para ensinar Artes das Trevas. As pessoas não andam muito animadas para assumir esta função.


- Quem sabe seja por causa dos inúmeros "acidentes" que aconteceram com os antigos professores dessa matéria - comentou Gina.
- Acidentes? - quis saber James.
- Vai ser explicado também, eu acho, mas enfim, volte a ler Alex - disse a ruiva.


Snape não deixou de pensar que ele gostaria de exercer esse cargo, e não entendia o que estava fazendo dando aula de poções, pois como já disse, ninguém sabia realmente apreciar essa arte, mas não falou nada.


Estão começando a achar que esta enfeitiçada. Ultimamente ninguém demorou muito nela. Agora me contem — disse hagrid, indicando Rony com a cabeça. — Quem é que ele estava tentando enfeitiçar?
— Malfoy chamou Mione de alguma coisa, deve ter sido muito ruim porque ele ficou furioso.


- A ingenuidade do Harry é tão fofa - comentou Drocas rindo.


— Foi ruim — disse Rony, rouco, erguendo-se, lívido e suado, até a superfície da mesa. — Malfoy chamou Mione de sangue ruim, Hagrid...
Rony tornou a sumir debaixo da mesa e um novo jorro de lesmas caiu. Hagrid pareceu indignado.
— Ele não fez isso!


- Amiga! Que babado! - disse Sírius forçando uma voz fina.


— Fez sim — confirmou Mione. — Mas eu não sei o que significa. Percebi que era uma grosseria muito grande, é claro...
— É praticamente a coisa mais ofensiva que ele podia dizer — ofegou Rony, voltando. — Sangue ruim é o pior nome para alguém que nasceu trouxa, sabe, que não tem pais bruxos. Existem uns bruxos, como os da família de Malfoy, que se acham melhores do que todo mundo porque têm o que as pessoas chamam de sangue puro. — Ele deu um pequeno arroto, e uma única lesma caiu em sua mão estendida.


Algumas caretas de nojo, e então Alex continuou.


Ele a atirou à bacia e continuou: — Quero dizer, nós sabemos que isso não faz a menor diferença. Olha só o Neville Longbottom, ele tem sangue puro e sequer consegue pôr um caldeirão em pé do lado certo.


- Obrigado amigão - disse o citado.
Rony sorriu amarelo.
- Mas você e tornou um bom bruxo, Neville, melhorou muito.
- Isso porque você não sabe o que ele fez em Hogwarts, sem vocês - disse Gina sorrindo. - Mas isso é história pra depois.


— E ainda não inventaram um feitiço que a nossa Mione não saiba fazer — disse Hagrid orgulhoso, fazendo Mione ficar púrpura de tão corada.
— É uma coisa revoltante chamar alguém de...— começou Rony, enxugando a testa suada com a mão trêmula — sangue sujo, sabe. Sangue comum. É ridículo. A maioria dos bruxos hoje em dia é mestiça. Se não tivéssemos casado com trouxas teríamos desaparecido da terra.
Ele teve uma ânsia de vômito e tornou a desaparecer de vista.
— Bem, não posso censurá-lo por querer enfeitiçar Draco — disse Hagrid alto para encobrir o barulho das lesmas que caíam na bacia. — Mas talvez tenha sido bom a sua varinha ter errado. Acho que Lúcio Malfoy viria na mesma hora à escola se você tivesse enfeitiçado o filho dele. Pelo menos você não se meteu em apuros.
Harry teria gostado de lembrar que o apuro não podia ser pior do que ter lesmas saindo da boca, mas não pôde; os quadradinhos de chocolate de Hagrid tinham grudado seus maxilares.


Os que já conheciam essa "especialidade " do amigo riram.


— Harry — disse Hagrid abruptamente como se tivesse lhe ocorrido um pensamento repentino. — Tenho uma reclamação sobre você. Ouvi falar que andou distribuindo fotos autografadas. Como é que não ganhei nenhuma?


- Oh meu Deus! - disse Jorge.
- É Harry Potter! AAAAAH - disse Fred imitando uma grito de adolescente doente.
Harry revirou os olhos.


Furioso, Harry desgrudou os dentes.


- A raiva aumentou a força maxiliar do Harry - comentou Remus com humor.


— Não andei distribuindo fotos autografadas — disse alterado. — Se Lockhart continua a espalhar este boato...
Mas, então, ele viu que Hagrid estava rindo.


- Hagrid Troll. - disse Alex.


— Só estou brincando — disse, dando palmadinhas amigáveis nas costas de Harry, fazendo-o enfiar a cara na mesa. — Eu sabia que não tinha dado. Eu disse a Lockhart que você não precisava fazer isso. Você é mais famoso do que ele sem fazer a menor força.


- Chora recalque. - comentou Josh.
- Recalque? - disse Alice.
Lissy deu um cutucão em Josh.
- Gíria da nossa época - disse eburrada.


— Aposto como ele não gostou disso — comentou Harry erguendo a cabeça e esfregando o queixo.
— Acho que não — respondeu Hagrid, com os olhos cintilando. — E então falei que nunca tinha lido um livro dele e ele resolveu ir embora. Quadradinhos de chocolate, Rony? — acrescentou, ao ver Rony reaparecer.
— Não, obrigado — disse o menino, fraco. — É melhor não.
— Venham ver o que andei plantando — convidou Hagrid quando Harry e Mione terminaram de beber o chá.
Na pequena horta nos fundos da casa havia uma dúzia das maiores abóboras que Harry já vira. Cada uma tinha o tamanho de um pedregulho.
— Estão crescendo bem, não acha? — perguntou Hagrid alegre. — Para a Festa das Bruxas... Até lá já devem estar bem grandes.


- Festa de Halloween! - comemoraram a maioria.


— Que é que você está pondo na terra? — perguntou Harry.
Hagrid espiou por cima do ombro para ver se estavam sozinhos.
— Bom, tenho dado, sabe, uma ajudinha...


- Lá vem o Hagrid com suas ajudinhas - murmuraram os marotos.


Harry reparou no guarda-chuva florido de Hagrid encostado na parede dos fundos da cabana. Harry sempre tivera razões para acreditar até aquele momento que aquele guarda-chuva não era bem o que parecia; na verdade, tinha a forte impressão de que a velha varinha escolar de Hagrid se escondia dentro dele. O guarda-caça fora expulso de Hogwarts no terceiro ano, mas Harry nunca descobrira a razão — era só mencionar o assunto, e ele pigarreava alto e se tornava misteriosamente surdo até que se mudasse de assunto.


Risos.
- Ah, Hagrid sempre Hagrid.


— Um feitiço de engorda? — perguntou Mione, num tom de quem se diverte e desaprova. — Bem, você fez um bom trabalho.
— Foi o que a sua irmãzinha disse — comentou Hagrid, fazendo sinal a Rony. -Encontrei-a ainda ontem — Hagrid olhou de esguelha para Harry, a barba mexendo.
— Ela me disse que estava só dando uma olhada pelos jardins, mas eu calculo que estava na esperança de encontrar alguém na minha casa. — E piscou para Harry. — Se alguém me perguntasse, ela é uma que não recusaria uma foto...


Gina e Harry coraram diante os olhares maliciosos de todos da sala.
- Até o Hagrid percebeu hein - comentou Fred.
- Nossa irmãzinha não é boa em discrissão - comentou Rony, sorridente.


— Ah, cala a boca — disse Harry. Rony deu uma risada abafada e o chão ficou cheio de lesmas.
— Cuidado! — rugiu Hagrid, puxando Rony para longe das suas preciosas abóboras.
Era quase hora do almoço e como Harry só comera uns quadradinhos de chocolate desde o amanhecer, estava doido para voltar à escola e almoçar. Eles se despediram de Hagrid e regressaram ao castelo. Rony tossia de vez em quando, mas só vomitou duas lesminhas.


- Grande avanço.


Mal tinham entrado no saguão quando ouviram uma voz.
— Aí estão vocês, Potter, Weasley. — A Profª. McGonagall veio em direção a eles, com a cara séria. — Vocês dois vão cumprir suas detenções hoje à noite.
— O que nós fizemos, professora? — perguntou Rony, contendo, nervoso, um arroto.
— Você vai polir as pratas na sala de troféus com o Sr. Filch. E nada de magia, Weasley, no muque.
Rony engoliu em seco. Argo Filch, o zelador, era detestado por todos os alunos da escola.
— E você, Potter, vai ajudar o Profº. Lockhart a responder as cartas dos fãs.


- Destino? Tá de sacanagem? - disse James.


— Ah, não... Professora, não posso ir também para a sala de troféus? — perguntou Harry desesperado.
— É claro que não — respondeu ela, erguendo as sobrancelhas. — O Profº. Lockhart fez questão de que fosse você. Oito horas em ponto, os dois.


- Destino nada, é perseguição daquele pavão - Disse Lilly emburrada.


Harry e Rony entraram curvados no Salão Principal, no pior estado de ânimo possível, Hermione atrás deles, com aquela expressão Bom-vocês-desobedeceram-o-regulamento.


- Sempre -disse Rony revirando os olhos.
- Mas é verdade, ué - disse Mione.


Harry nem apreciou o empadão tanto quanto pretendera. Os dois, ele e Rony, acharam que tinham se dado muito mal.
— Filch vai me prender lá a noite inteira — disse Rony, com a voz deprimida. — Nada de magia! Deve ter umas cem taças naquela sala. Não entendo nada de limpeza de trouxas.
— Eu trocaria com você numa boa — disse Harry num tom calmo. — Treinei um bocado com os Dursley. Responder as cartas dos fãs de Lockhart... Ele vai ser um pesadelo...


- Vamos fazer os Durleys limpar suas taças com a lingua? - sugeriu Remus, no que foi apoiado.


À tarde de sábado pareceu se evaporar no que pareceu um segundo, já eram cinco para as oito, e Harry já ia se arrastando pelo corredor do segundo andar em direção à sala de Lockhart. Cerrou os dentes e bateu na porta.
A porta se escancarou na mesma hora. Lockhart sorria para ele.
— Ah, aqui temos o bagunceiro! — exclamou. — Entre, Harry, Rebrilhando nas paredes, à luz das muitas velas, havia uma quantidade de fotografias emolduradas de Lockhart. Havia até algumas autografadas. Outra grande pilha aguardava sobre a mesa.
— Você pode endereçar os envelopes! — disse Lockhart a Harry como se isso fosse um prêmio. — O primeiro vai para Gladys Gudgeon, que Deus a abençoe, uma grande fã minha...


- Como ele tem fãs, caramba? - resmungava Regulus.


Os minutos se arrastaram. Harry deixou a voz de Lockhart passar por ele, respondendo ocasionalmente "Hum" e "Certo" e "Sim". Vez por outra, ele captava uma frase do tipo "A fama é um amigo infiel, Harry" ou "A celebridade é o que ela faz, lembre-se disto".


- O cara quer dar dicas de fama para Harry Potter! Dá pra acreditar?! - disse Neville.


As velas foram se consumindo, fazendo a luz dançar sobre os muitos rostos de Lockhart que o observavam. Harry estendeu a mão dolorida para o que lhe pareceu ser o milésimo envelope, e escreveu o endereço de Veronica Smethley. Deve estar quase na hora de sair pensou Harry infeliz, por favor, tomara que esteja quase na hora...
Então ele ouviu uma coisa — uma coisa muito diferente do ruído das velas que espirravam já no finzinho e a tagarelice de Lockhart sobre os fãs.
Foi uma voz, uma voz de congelar o tutano dos ossos, uma voz venenosa e gélida de tirar o fôlego.
— Venha... Venha para mim... Me deixe rasgá-lo... Me deixe rompê-lo...


- Meu Deus, agora tem até estuprador em Hogwarts! - disse Sírius arregalando os olhos.
Todos reviraram os olhos.


Me deixe matá-lo...
Harry deu um enorme pulo e, com isso, fez aparecer um enorme borrão na Rua de Veronica Smethley.


- Coitada...


— Que! — exclamou em voz alta.
— Eu sei! — disse Lockhart. — Seis meses inteiros encabeçando a lista dos livros mais vendidos! Bati todos os recordes!
— Não — disse Harry assustado. — Essa voz!
— Perdão? — disse Lockhart, parecendo intrigado. — Que voz?
— Aquela, a voz que disse, o senhor não ouviu?
Lockhart estava olhando para Harry muito surpreso.


- Mau sinal - disse Remus. - Sinais do tipo: Ele tá louco.


— Do que é que você está falando, Harry? Talvez você esteja ficando com sono? Nossa, olhe só a hora! Estamos aqui há — quase quatro horas! Eu nunca teria acreditado, o tempo voou, não acha?
Harry não respondeu. Apurava os ouvidos para captar novamente a voz, mas não havia som algum exceto Lockhart a lhe dizer que não devia esperar uma moleza como aquela todas as vezes que pegasse uma detenção. Sentindo-se atordoado, Harry foi-se embora.
Era tão tarde que a sala comunal da Grifinória estava quase vazia.


- Reparem no quase, porque Grifinória em silêncio não é Grifinória.


Harry subiu direto ao dormitório. Rony ainda não voltara. Harry vestiu o pijama, meteu-se na cama e esperou. Meia hora depois, Rony apareceu, aconchegando o braço direito e trazendo um forte cheiro de liquido de polimento para o quarto escuro.
— Os meus músculos estão em cãibra — gemeu, afundando-se na cama. — Catorze vezes ele me fez dar brilho naquela taça de Quadribol antes de ficar satisfeito. E tive mais um acesso de lesmas em cima de um prêmio especial por serviços prestados à escola. Levou séculos para retirar as lesmas... Como foi com o Lockhart?
Em voz baixa para não acordar Neville, Dino e Simas, Harry contou a Rony exatamente o que ouvira.
— E Lockhart disse que não estava ouvindo nada? — perguntou Rony. Harry podia até vê-lo franzindo a testa ao luar. — Você acha que ele estava mentindo? Mas não entendo, mesmo alguém invisível teria tido que abrir a porta.
— Eu sei — disse Harry, recostando-se na cama de colunas e fixando o olhar no dossel. — Eu também não entendo.


- Uhhhh, mistério! - disse Lene empolgada.
- Quem lê agora?




 


Não sei quem escreve o próximo, nem quando vem, mas só pra garantir, feliz natal heuheuheuhe e ano novo também


(que 2014 seja melhor que 2013, por favor!)


 

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Comentários (4)

  • Juh_Lynch

    Heeeeey! Desculpa a demora para ler, mas eu não entro muito na Floreios agora. Geeente! Hermione chamando o Tio Sev de Severo... Me deu até arrepio! Eu amei o capítulo. Okay, eu realmente podia te enfiar uns seis ou sete crucios (sete, porque é um número PO-DE-RO-SO), mas desde que vocês continuem essa história perfeita (único motivo pela qual eu entro na Floreios, eu não vou torturar ninguém. Meu comentário vai ser pequeninho hoje, mas é que eu to tipo, com pressa, sono e louca de dor de cabeça. Beeeijos! Continuem logo!

    2014-01-04
  • Fernanda Gusman

    AMEI AMEI AMEI !!!!!! Postem logo o próximo capítulo !!! Beijos, Fe.

    2013-12-22
  • MionGinnyLuna

    Gostei muito, mas não sumam de novo! Fiquei momentaneamente estáricaquando vi a atualização!

    2013-12-22
  • LilyLuppin2

    ADOREI! Pefeito!

    2013-12-21
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