Na Floreios e Borrões



Nota Bia: Desculpem ~desvia do Crucio~ sinceramente ~desvia do Imperio~ a ~ desvia do Avada Kedrava~ demora ~desvia de maldição que nem conhece~ desse ~devia de armas trouxas~ capítulo. A responsável por ele, não era eu. Era a Gaby. Eu até tinha pensando antes em eu mesma escrever esse capítulo, mas ela sempre me respondia dizendo que o capítulo já estava pronto e que iria postar. Por fim, não aguentamos mais esperar, e demos até sexta-feira passada para ela postar o capítulo. Como ela não postou, cá estou.


 


Reviews:


 


Lanan Tannan~~> Obrigada! Fico feliz em saber que está gostando tanto assim! Beijos!

Clenery Aingremont~~> Obrigada pela dica, eu tava meio Dorcas naquele dia... Bem, não ia ser uma boa ideia misturar a terceira geração com os Marotos! Gente, o mundo ia acabar assim! Entedi rs! To ansiosa mesmo para escrever o Cálice de Fogo (o Prisioneiro de Azkaban vai ser tenso!)! Bem, terminar a Câmara Secreta esse ano ainda não dá, mas a gente com certeza vai tá escrevendo o Prisioneiro de Azkaban no próximo ano!

Juh_Lynch~~> JURA?! Obrigada! Eu também to ansiosa para o final desse livro! É uma das minhas partes preferidas! Como falei aí em cima, eu to muito ansiosa também para o 4! Harryzito vai acabar sofrendo uma greve de beijos, haha. E James vai desesdar o filho! É, alguém vai ser muito zoado (e quase morto por alguns certos Weasleys...)! O.O sua fic preferida? ~Desculpe, mas Biaa não pode mais responder pois teve um ataque no coração de tanta felicidade. Deixe o seu recado. Bip~ Ok, eu tentei colocar Neville mais na história, assim como os pais deles. Consegui? Se a resposta foi não, eu vou tentar mais... De nada! Beijo e obrigada pelo review!

Bella Pooty Diggory~~> Obrigada! Demoramos, mas não desistimos! Eu também estou super animada pelos próximos livros, já que esse não é o meu preferido! Vai ser uma confunsão mesmo... Todo mundo vai sair surdo da comemoração que vão fazer pro Harry quando ele ganhar a final haha. Essa ideia de os personangens lerem Harry Potter não foi criada por nós, tanto que eu era viciada em ler esse tipo de fic (não sei quem criou e nem quando), mas agora só sou viciada em escrever esse tipo de fic ;D Sirius é muito impulsivo e sempre tem que ter alguém que fala essas merdas, por isso quase sempre Sirius é o "escolhido". Juro que se eu conseguisse escrever a Luna, eu colocaria ela. Mas não consigo, ela é uma personagem complexa demais para a minha pobre mente. E eu não quero estragar a grande personagem de J.K. Rowling, colocando somente como uma pessoa que não tem sentido. Então é melhor não arriscar! E sobre a Tonks... Nós até poderíamos colocar ela, mas eu não vejo a necessedida dela ai, pelo menos agora. Talvez lá para o quinto livro. 

Fernanda Gusman~~> Obrigada! Fico feliz que ache isso! Beijos!




Na Floreios e Borrões


- Quem quer ler? – perguntou Hermione.


- Eu – respondeu Frank.


A vida na Toca era a mais diferente possível da vida na Rua dos Alfeneiros.


- Claro, porque, primeiro, os Weasleys são gente e não animais. Segundo, eles são pessoas decentes. Terceiro, eles são amigos de Harry. Quarto, porque eles sabem que exploração infantil é crime. Quinto, tem muita gente na Toca.


Os Dursley gostavam de tudo limpo e arrumado;


- Chatos! – resmungou Fred.


a casa dos Weasley era cheia de coisas estranhas e inesperadas.


- Harry Potter! Você está dizendo que minha casa é estranha? – gritou Gina.


- Na realidade, amor, eu não disse nada – disse Harry, se encolhendo.


- Mas você pensou! – disse Gina, batendo no ombro de Harry.


Harry teve um choque na primeira vez que se mirou no espelho sobre o console da lareira da cozinha,


- Eu também tive – admitiu Hermione.


pois o espelho gritou:
"Ponha a camisa para dentro, seu desleixado!"


Todos riram de um Harry vermelho.


- Eu tinha acabado de acordar – protestou Harry.


- Cala a boca, seu desleixado! – gritou Sirius e todos riram ainda mais.


O vampiro no sótão uivava e derrubava canos, sempre que sentia que a casa estava ficando demasiado quieta,


- Ah, Harry você não pode reclamar disso. Isso quase não aconteceu, a Toca quase nunca fica quieta – falou Jorge.


- A minha casa também não – falou James.


- Você quis dizer mansão não James? – falou Lene, incrédula.


Todos olharam para ela.


- O que? A minha família é amiga da família Potter.


Regulus ficou calado. A mansão Black normalmente era extramente silenciosa.


e as pequenas explosões que vinham do quarto de Fred e Jorge eram consideradas perfeitamente normais.


- Porqueé algo normal para a gente – falaram os Weasleys. 
Porém, o que Harry achou mais fora do comum na vida em casa de Rony


- Oi? A vida na minha casa é incomum? – perguntou Rony sem acreditar.


- Rony, você tem cinco irmãos e uma irmã e todos são bruxos– falou Neville.


não foi o espelho falante nem o vampiro baterista:


- Tá vendo, o vampiro sabe aproveitar a vida!


- Cala boca, Sirius.


mas o fato de que todos pareciam gostar dele.


Silêncio triste por alguns segundos, todos estavam com pena de Harry. Até mesmo Snape.


- Por favor, dá pra parar de fingir que alguém morreu? – Harry perguntou irritado.


Frank voltou a ler.
A Sra. Weasley se preocupava com o estado das meias dele


Lily sorriu.


e tentava forçá-lo a repetir a comida três vezes por refeição.


- Ela tinha razão. Você parecia um anoréxico, Harry – Fred falou baixinho.


O Sr. Weasley gostava que Harry se sentasse ao lado dele, na mesa do jantar, para poder bombardeá-lo


- Que violência!


- SIRIUS! CALA A BOCA!


com perguntas sobre a vida com os trouxas, pedindo-lhe para explicar como funcionavam coisas como as tomadas e o correio postal.
Hermione riu, junto com Remus e Lily.


— Fascinante! — exclamou, quando Harry lhe contou como se usava o telefone.


- Telefone vicia – murmurou Hermione, mesmo ela não tendo um.


— Engenhoso, verdade, quantas maneiras os trouxas encontraram de viver sem o auxílio da magia.
- Os trouxas muitas vezes são mais inteligentes que os bruxos – murmurou Lily e Regulus precisou conter o repulso pela frase. Ele ainda achava os bruxos melhores, só não achava os trouxas impuros.


Harry recebeu notícias de Hogwarts, numa bela manhã, cerca de uma semana depois de chegar à Toca.


- Não! Ouvir algo sobre a escola nas férias? Que terrível! – choramingou Josh. Ele e Rony desceram para tomar café e encontraram o Sr. e a Sra. Weasley e Gina já sentados à mesa da cozinha.


Gina corou, já que se lembrava desse dia e sabia o que estava por vir.


No instante em que viu Harry, Gina sem querer derrubou a tigela de mingau no chão fazendo um estardalhaço.


- I LOVE YOU! – gritou Sirius e começou a dançar uma música desconhecida.


A garota parecia muito propensa a derrubar coisas sempre que Harry entrava.


Os meninos riram. As meninas olharam para Gina, que escondia o rosto na camisa de Harry, com solidariedade.


Ela mergulhou debaixo da mesa para apanhar a tigela e reapareceu com o rosto rubro como um sol poente.


- Que poético, Harry. Rubro como um sol poente – Alice falou com doçura e Harry corou.
Harry fingindo não notar, sentou-se e aceitou a torrada que a Sra. Weasley lhe oferecia.


- Pelo menos agora, você está comendo – aprovou Lily e Harry revirou os olhos.
— Cartas da escola — disse o Sr. Weasley, passando a Harry e Rony envelopes idênticos de pergaminho amarelado, endereçados com tinta verde. — Dumbledore já sabe que você está aqui, Harry, ele não perde um detalhe, aquele homem.


- Ele usa um feitiço; as cartas são endereçadas automaticamente – Lily murmurou baixinho.


Vocês dois também receberam — acrescentou ele, quando Fred e Jorge entraram descontraídos,


- Como sempre.


ainda de pijamas.


- E mesmo assim continuávamos lindos – suspiraram e fingiram admirar um ao outro, enquanto todos riam. Nem eles aguentaram fingir seriedade e riram também. 
Durante alguns minutos fez-se silêncio enquanto todos liam as cartas.


- Isso é porque eu não estou lá – falou Sirius presunçoso.


- Com certeza. Eles puderam aproveitar a paz, a gente não! – resmungou Lene.


A de Harry mandava-o tomar o Expresso de Hogwarts como sempre na estação de King's Cross, no dia 1º de setembro. Trazia também uma lista dos novos livros que ia precisar para o próximo ano letivo.


MATERIAL PARA OS ALUNOS DA SEGUNDA SÉRIE:
• O Livro Padrão de feitiços, 2ª série de Miranda Goshawk.
• Como dominar um espírito agourento de Gilderoy Lockhart.


- Ei, eu acho que foi ele que estudou com a gente por um ano e depois foi transferido – falou Frank pensativo.


James, Lily, Remus, Sirius, Lene, Dorcas e Alice deram de ombros. 
• Como se divertir com vampiros de Gilderoy Lockhart.
• Férias com bruxas malvadas de Gilderoy Lockhart.
• Viagens com trasgos de Gilderoy Lockhart.
• Excursões com vampiros de Gilderoy Lockhart.
• Passeios com lobisomens de Gilderoy Lockhart.
• Um ano com o Ieti de Gilderoy Lockhart.
- Por Merlin, quantos livros esse cara escreveu? – Dorcas perguntou espantada.
Fred, que terminara de ler


- Essa frase soou estranha – falou Frank.


a lista, deu uma espiada na de Harry.
— Mandaram você comprar todos os livros de Lockhart também!


- Ah, isso responde a pergunta – falou Dorcas.


— admirou-se. — O novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas deve ser fã dele, aposto que é uma bruxa.


- E não é que era quase isso mesmo? – perguntou Jorge, rindo.
Ao dizer isto, o olhar de Fred cruzou com o de sua mãe e ele rapidamente voltou a atenção para a sua geléia.


- O olhar da mamãe dá medo – explicou ele. 
— Esse material não vai sair barato


- E quando é que sai? – murmurou Gina baixinho.


— comentou Jorge, lançando um olhar rápido aos pais. — Os livros de Lockhart são bem carinhos...


- E ele nem fez nada! – reclamou Rony.


Algumas das pessoas ficaram confusas.
— Daremos um jeito — disse a Sra. Weasley, embora tivesse a expressão preocupada.


- Pobre Molly – Harry falou triste – Ela merecia ser mais rica que muita gente.


— Espero poder comprar a maioria do material de Gina de segunda mão.
— Ah, você vai entrar para Hogwarts este ano? — perguntou Harry a Gina.


Ela confirmou com a cabeça, corando até a raiz dos cabelos flamejantes


Risos surgiram pela sala toda e Gina ficou vermelha.


e enfiou o cotovelo na manteigueira.


- Então, Gina, conta para nós como é a sensação de enfiar o cotovela na manteigueira – falou Sirius com uma cara séria.


- É péssima – respondeu Gina.


Felizmente ninguém viu


- Tanto faz, agora vocês tão lendo mesmo – resmungou a ruiva.


exceto Harry


- O que já é ruim de qualquer jeito.


porque, naquele momento, o irmão mais velho de Rony,


- Lá vem o chato.


Percy,


- Eu não disse – falou Jorge.


No fundo, Jorge estava realmente chateado com o irmão.


entrou na cozinha. Já estava vestido, o distintivo de monitor em Hogwarts preso no suéter sem mangas.


Alex e Josh começaram a rir.


- Por que ele usa isso em casa?


- Porque ele é algo que a ciência ainda não soube definir – respondeu Gina.


— Dia — disse Percy animado. — Lindo dia.
Sentou-se na única cadeira desocupada, mas quase imediatamente levantou-se de um salto,


- Mau sinal – riram James, Sirius e Remus.


erguendo do assento um espanador de penas cinzentas que parecia estar na muda — pelo menos foi isso que Harry pensou que fosse, até ver que a coisa respirava.


- O que?


- Como assim respirava? – perguntou Dorcas.
— Erroll


- Quem é Erroll?


— exclamou Rony, recolhendo a coruja inerte


- Coitada dela! – falou Aly horrorizada.


da mão de Percy e extraindo uma carta que ela trazia presa sob a asa. — Finalmente chegou a resposta de Hermione.


- Eu escrevi rápido, foi a sua coruja que demorou – falou Hermione amuada. Escrevi a ela avisando que íamos tentar salvar você dos Dursley.


Caretas.


- Ainda bem que conseguiu – falou Regulus. 
Ele levou Errol até um poleiro na porta dos fundos e tentou fazê-lo encarrapitar-se,


- Não vai rolar – falou Sirius.


mas a coruja tornou a desmontar,


- O que? – perguntou quando todos olharam para ele – Eu já fiz isso.


por isso Rony a deitou na tábua de escorrer, resmungando "Patético".


- RONALD WEASLEY! NÃO RECLAME DA POBRE DA CORUJA! – gritou Alice.


Em seguida ele abriu a carta de Mione e leu-a em voz alta.


"Queridos Rony e Harry, se estiver aí.


- Presente – brincou Harry.
Espero que tudo tenha corrido bem, que Harry esteja bem e que você não tenha feito nada ilegal para tirá-lo de lá, Rony,


- Porque você imaginou isso de mim? – Rony perguntou fingindo estar magoado – Eu nunca faria nada ilegal...


- Claro que não – ironizou Hermione.


porque isso criará problemas para o Harry também. Tenho estado realmente preocupada e, se Harry estiver bem, por favor, mande me dizer logo, mas talvez seja melhor usar outra coruja, porque acho que mais uma entrega talvez mate essa.


Alice mandou um olhar fuzilador para os Weasleys, que se encolheram.
Estou muito ocupada, estudando, é claro..."


- Como é que pode? – Sirius falou indignado. 
— Como é que pode! — exclamou Rony horrorizado.


Todos riram.


- Vocês são anormais! – falou Neville.


- Não, nós somos demais! – falou Sirius.


— Estamos de férias!


- Mas estudar nas férias ajuda a pessoa a lembrar do assunto quando voltar as aulas – falou Snape.
"E vamos a Londres na próxima quarta-feira comprar os livros novos. Porque não nos encontramos no Beco Diagonal?
Mande notícias do que está acontecendo, assim que puder. Afetuosamente, Mione".
— Bom, isso se encaixa perfeitamente.


- Ainda bem, eu estava com medo que não encaixasse perfeitamente – zoou Sirius.


Podemos ir comprar todo o material de vocês, também


- Adoro comprar o material – falou Lene.


- Sempre fazemos isso juntas – acrescentou Dorcas.


— disse a Sra. Weasley, começando a tirar a mesa. — Que é que vocês estão planejando fazer hoje?


Today I don't feel like doing anything/I just wanna lay in my bed/Don't feel like pickin up/my phone/So leave a message at the tone/'Cause today I swear I'm not doing anything – cantou Sirius.


(Tradução: Hoje eu não estou com vontade de fazer nada/Só quero ficar deitado na cama/Não quero atender o telefone/Então deixe o recado na secretária eletrônica/Pois juro que hoje eu não quero fazer nada. PS: Ignorem o ano da música)


- Sirius, você conhece música trouxa? – perguntou Lene, surpresa.


- Sim, às vezes eu ia visitar o mundo trouxa – falou ele baixinho.


Harry, Rony, Fred e Jorge estavam pensando em subir o morro até um pequeno prado que pertencia aos Weasley. Era cercado de árvores que bloqueavam a visão da cidadezinha embaixo,


- Existe uma cidade em baixo? – perguntou Neville, confuso. Ele sabia que Luna morava perto dos Weasleys, mas ela nunca tinha falado dessa cidade.


- Sim – disse Fred, dando de ombros.


o que significava que podiam praticar Quadribol lá,


- AGORA SIM! – gritaram Lene, Sirius e James animados. Regulus ficou contente, mas preferiu não falar nada.


desde que não voassem muito alto. Não podiam usar bolas de Quadribol de verdade, pois seria difícil explicar se escapulissem e sobrevoassem a cidade;


- Que pena – falou Lily com ironia.


- Eu conheço um feitiço que faz com que um objeto tenha um alcance limitado – falou Frank.


- Sério?- perguntou Harry.


- Sim, quer que eu explique?


- Depois, amor – falou Aly.


em vez disso, atiravam maçãs uns para os outros.


- Nada como jogar com uma maça – riu Alex.


Revezaram-se para montar a Nimbus 2000 de Harry, que era, sem nenhum favor, a melhor vassoura;


- Só o melhor pro meu filho – James disse, bagunçando o cabelo de Harry.


a velha Shooting Star de Rony muitas vezes perdia na corrida para as borboletas que apareciam.


Sirius, James e Regulus tiveram que se segurar para não rir.


- Bem, pelo menos, ainda não existia na nossa época – falou James. 
Cinco minutos depois os garotos estavam subindo o morro, as vassouras nos ombros.


- Finalmente um pouco de ação! – murmurou Josh.
Tinham perguntado a Percy se queria acompanhá-los, mas ele respondera que estava ocupado.


- Claro que ele estava. Ele é o Percy, o chato.


Harry até ali só tinha visto Percy às refeições;


- Suspeito.


ele passava o resto do tempo trancado no quarto.


- Por que alguém iria gostar de ficar trancado no quarto?


- Para tran...


- REFORMULANDO! Por que alguém iria gostar de ficar trancado em um quarto SOZINHO? – falou Remus – E, Sirius, espero que o que você for falar não tenha nada safado – completou, ao ver o amigo abrindo a boca.


Sirius resolveu ficar calado.


— Gostaria de saber o que ele está aprontando


- Povo curioso! Que bom que eu não sou assim – falou Sirius.


Todos o encararam.


- Ok, vou ficar calado.


- Graças a Merlin.


— disse Fred, franzindo a testa. — Está tão mudado. O resultado das provas dele chegou um dia antes de você; doze N.O.M.s e ele nem cantou vitória.


- Nós também recebemos doze – disse Sirius fazendo pouco caso – Quer dizer, Remus recebeu treze.
— Níveis Ordinários em Magia — explicou Jorge, vendo o olhar intrigado de Harry. — Gui recebeu doze também. Se não nos cuidarmos vamos ter outro monitor-chefe na família. Acho que não iríamos suportar a vergonha.


Sirius e Remus riram, enquanto James baixava a cabeça.


- Não! Não me digam que James é monitor! – disse Josh, abismado.


- James é monitor-chefe! E Remus é monitor! Só restou eu e o Peter para mantermos alguma dignidade! – falou Sirius, ficando um pouco pálido quando percebeu que falou de Peter, seu melhor amigo, e que todos diziam ter traído eles.


Harry olhou para o chão, para tentar segurar a raiva. Só restou eu e o Peter para mantermos alguma dignidade. 
Gui era o filho mais velho dos Weasley.


- Deve ser impossível contar quantos Weasleys existem – Dorcas falou abismada. Quantos filhos Molly e Arthur tiveram?


Os Weasley riram.


Ele e o irmão logo abaixo, Carlinhos, já tinham terminado Hogwarts.


- Remus, me passa o pergaminho – mandou Sirius. Remus entregou o pergaminho que estava do lado dele para Sirius.


- Pra quê isso? – perguntou Lyssi.


- Para anotar quem é da família Weasley, porque só assim para lembrar – disse Sirius.


Harry nunca vira nenhum dos dois, mas sabia que Carlinhos estava na Romênia estudando dragões


Sirius sorriu.


- Gostei dele.


e Gui, no Egito, trabalhando no banco dos bruxos, o Gringotes.


- E eu gostei desse – falou Remus.
— Não sei como mamãe e papai vão poder comprar todo o nosso material escolar este ano — disse Jorge depois de algum tempo. — Cinco conjuntos de livros do Lockhart! E Gina precisa de vestes, uma varinha e todo o resto...


Severus se mexeu, desconfortável na sua cadeira, ele conhecia a sensação de ter que ser preocupar em como conseguiria o seu material escolar.


- Material escolar sempre é caro – disse Regulus, mas sem conseguir deixar de colocar sarcasmo na frase. Ele não precisa sem preocupar com dinheiro, de jeito nenhum. Os Blacks eram uma família bastante rica.


Os Weasleys lançaram olhares de ódio para o Sonserino. 
Harry não disse nada. Sentiu-se um pouco constrangido.


Gina lançou um olhar de "pare de ser idiota" para o namorado.


Guardado no cofre subterrâneo do Banco de Gringotes, em Londres, havia uma pequena fortuna que seus pais lhe haviam deixado.


James e Lily deram um sorriso, mas não convencido. Só contente porque seu filho não passaria fome ou algo assim.


- Harry, pare de ser idiota – resmungou Rony – Você não tem culpa disso.


Naturalmente, era somente no mundo dos bruxos que ele tinha dinheiro;


Harry fez uma careta se lembrando de como era a vida na casa dos Dursleys.


não se podia usar galeões, sicles e nuques em lojas de trouxas.


- Mas dá para trocar por dinheiro trouxa – observou Snape.


Ele nunca mencionara aos Dursley sua conta no Banco de Gringotes,


- Sábia decisão – falou Josh.


pois achava que o horror que eles tinham à magia não se estenderia a um montão de ouro.


- Claro que não. Eles odeiam magia, mas com certeza poderiam fazer uma exceção para dinheiro mágico – reclamou Lily, vermelha de raiva – Gente hipócrita!
A Sra. Weasley acordou-os bem cedo na quarta-feira seguinte.


- Que maldade – falou Lyssi.


Depois de comerem rapidamente uma dúzia de sanduíches de bacon cada um,


Todos - menos os Weasleys - arregalaram os olhos.


- PARA ONDE VAI ISSO TUDO? – gritou Lene assustada.


- Para o Quadribol – respondeu Jorge, Fred, Rony e Gina.


- Mesmo assim, eu faço Quadribol e não como tanto! – falou Lene.


Os Weasleys deram de ombros.


- Gostamos de comer. E como não engordamos, podemos fazer isso.


- E eu achava que Peter comia muito – cochichou James para Sirius.


- E além do mais, a gente precisa guardar energias para quando for fugir da McGonagall.


eles vestiram os casacos e a Sra. Weasley apanhou um vaso de flor no console da cozinha e espiou dentro dele.
— Estamos com o estoque baixo, Arthur — suspirou. — Teremos que comprar mais hoje...


— Ah, muito bem, hóspedes primeiro! Pode começar, Harry querido!
E ela lhe ofereceu o vaso de flor.


-Isso foi estranho – admitiu Harry – Eu fiquei sem entender nada.


Hermione e Lily acenaram. Elas entendiam, se fosse com elas, eu também estariam assustadas. 
Harry olhou para os Weasley, que o observavam.
— Q-que é que eu tenho que fazer? — gaguejou.


Eles riram. Um Harry Potter gago não era muito comum.


Espera. Harry Potter não era muito comum de qualquer jeito.


Mas um Harry Potter gago era mais estranho ainda.
— Ele nunca viajou com Pó de Flu


- Não sei o porquê – ironizou Lily.


— disse Rony de repente. — Desculpe Harry, eu me esqueci.
— Nunca? — admirou-se o Sr. Weasley.


- É estanho ouvir que alguém nunca viajou de Pó de Flu – falou Sirius e Regulus, James, Frank, Marlene e Alice concordaram.


— Mas como foi que você chegou ao Beco Diagonal para comprar seu material escolar no ano passado?
— Fui de metrô...


— Verdade? — exclamou o Sr. Weasley animado. — Havia escapadas rolantes?


Hermione morreu de rir. Escapadas rolantes?


Como é que...
— Agora não, Arthur — disse a Sra. Weasley. — O Pó de Flu é muito mais rápido, querido, mas meu Deus, se você nunca o usou antes...


- A primeira vez nem sempre é legal – falou Lene.


- O que aconteceu na sua primeira vez? – disse Sirius, notem o duplo sentido.


- O.k. sem historinha hoje por causa do Sirius – resmungou Lene.
— Ele vai conseguir, mamãe


- Ou não – falou Gina.


- Ou não – falaram os outros que estavam lá no dia.


— disse Fred. — Harry observe a gente primeiro.
Fred apanhou uma pitada de pó brilhante no vaso de flor, foi até a lareira e atirou o pó no fogo.


- O que acontece com o pó depois que a gente viaja? - perguntou Neville, pensativo.


- Tu tá andando muito com Luna - refletiu Gina.
Com um rugido, as chamas ficaram verde-esmeralda e mais altas do que Fred,


- O que não era muito coisa - brincou Remus. Na verdade, Fred era bem alto.


- Sou perfeito de qualquer jeito, ok? - falou Fred rindo.


que entrou nelas e gritou "Beco Diagonal!" e desapareceu.


- Foi meio assustador - falou Harry - Ainda bem que eu não viajei assim antes.


— Você precisa falar bem claro, querido


- Acho que você esqueceu disso - falou Gina baixinho, ainda nos braços do namorado.


— disse a Sra. Weasley a Harry quando Jorge mergulhou a mão no vaso. — E se certifique se está saindo na grade certa...
— Na o quê certa?


Eles riram.


— perguntou Harry nervoso enquanto as chamas rugiam e arrebatavam Jorge de vista.


- Você faz parecer algo mais drámatico do que é - falou Regulus, com uma sobrancelha levantada.


Harry deu um sorriso para o novo amigo.


- Bem, eu acho que sou um pouquinho drámatico mesmo - admitiu, rindo.


Regulus deu um pequeno sorriso.


— Bem, há um número enorme de lareiras de bruxos para você escolher, sabe, mas se você falar com clareza...


- Isso é uma coisa meio perigoso - Snape disse - Qualquer um pode entrar na sua casa.


- Não se ela tiver as proteções certas - contradisse James.
— Ele vai acertar, Molly, não se preocupe — disse o Sr. Weasley, servindo-se de Pó de Flu,


- Isso sim que foi estranho, Harry - falou Lene - Que frase estranha.


também.
— Mas, querido, se ele se perder,


Lily começou a entrar no seu estado eu-sou-mãe-e-estou-preocupada-então-não-fale-comig o-ao-não-ser-que-queira-morrer-ou-seja-o-meu-bebê.


como é que iríamos explicar à tia e ao tio dele?


- Se eles se importassem... - resmungou James.


— Eles não se importariam — tranquilizou-a Harry.


- Na boa Harry, eu acho que isso não a deixou mais tranquila - falou Alex.


— Duda ia achar que teria sido uma piada genial se eu me perdesse dentro de uma lareira,


- O quê? Esse moleque é tão ruim assim? Que senso de humor péssimo - reclamou Jorge, apoiado pelo resto da sala (Snape não se manifestou).


não se preocupe.


- Harry tem um jeito de falar "não se preocupe" que só me preocupa mais - falou Hermione.
— Bem... Está bem...Você vai depois de Arthur


- Eu achei que ele já tinha ido - falou Dorcas, confusa.


Remus não pode deixar de notar como ela estava fofa.


— disse a Sra. Weasley. — Agora, quando entrar no fogo, diga aonde vai...


- Queria saber como funciona isso - falou Frank, pensativo.


— E mantenha os cotovelos colados ao corpo — aconselhou.


— E os olhos fechados — recomendou a Sra. Weasley. — A fuligem...
— Não se mexa — disse Rony.


- Como vocês esperem que o garoto aprenda tudo isso de uma vez só? - brigou Lyssi.


- Desculpa...? - falou Rony.


- Desculpas aceitas - falou Lyssi, abandonando a pose de madona e jogando o cabelo para trás.


Sirius reparou de novo que ela era bem bonitinha.


— Ou pode acabar caindo na lareira errada...


- O que não seria legal... - começou James.


-... Ao não ser que você caísse na casa de alguma gostosa - terminou Sirius.


Mas cuidado para não entrar em pânico e sair antes da hora. Espere até ver Fred e Jorge.


Harry, fazendo força para guardar tudo isso na cabeça,


- Você não conseguiu, conseguiu? - perguntou Lily, desesperançosa.


Harry prefiriu ficar calado.


apanhou uma pitada de Pó de Flu e avançou até a beira do fogo. Inspirou profundamente, lançou o pó nas chamas e entrou; o fogo lhe lembrou uma brisa morna;


Gina sorriu. Ela também se lembrava de uma brisa morna quando fazia isso.


ele abriu a boca


- Má ideia - falou Snape.


e imediatamente engoliu um monte de cinzas quentes.
— B-be-co Diagonal — tossiu.


- Oh, Harry, você vai parar no canto errado - gemeu Lily.
A sensação de estar sendo sugado por um enorme parecia estar girando muito rápido.


- Na realidade, você realmente estava - falou Remus.


O rugido em seus ouvidos era ensurdecedor.. E tentou manter os olhos abertos, mas o rodopio das chamas verdes lhe dera enjôo... Uma coisa dura bateu no seu cotovelo e ele o prendeu com firmeza junto ao corpo, sempre girando... Agora a sensação era de mãos geladas esbofeteando seu rosto... Apertando os olhos por trás dos óculos ele viu uma sucessão de lareiras indistintas e relances de aposentos além...
Os sanduíches de bacon reviravam em sua barriga... Ele tornou a fechar os olhos desejando que aquilo parasse


- Até eu 'to ficando enjoado com a sua descrição - falo Alex.


e então... Caiu de cara no chão, em cima de uma pedra fria e sentiu a ponta dos óculos se partir.


- Ótimo! - ironizou James.
Tonto e machucado, coberto de fuligem,ele se levantou desajeitado, segurando os óculos partidos na frente dos olhos.


- Parece que você tava parecendo um medigo Harry - falou Rony.


Todos riram.


- Obrigado, Rony.


Estava totalmente sozinho, mas onde estava ele não fazia idéia.


- Sozinho e perdido! - gritou Lily.


- Já passou, mãe - falou Harry só para garantir.


Só sabia dizer que estava de pé numa lareira de pedra, em um lugar que parecia ser uma loja de bruxo grande e mal-iluminada — mas nada que havia ali tinha a menor probabilidade de aparecer numa lista de material escolar de Hogwarts.


- Legal - falou James.


Um mostruário próximo continha uma mão murcha em cima de uma almofada,


- O.k., não tem legal assim.


um baralho manchado de sangue


Sirius sentiu um arrepio.


e um olho de vidro arregalado.


Dorcas tremeu, assustada. E num gesto automático, Remus que estava do lado dela, abraçou ela.


- Que fofo - falou Alice, feliz.


Remus e Dorcas coraram, mas não se moveram.


Máscaras diabólicas o espiavam das paredes, uma variedade de ossos humanos jazia sobre o balcão


Sirius se virou para o irmão, tinha quase certeza que Harry estava na loja Borgin & Burkes, frequentada pela sua família, ele ia perguntar, mas não tinha certeza que queria ouvir a resposta e dissistiu.


e instrumentos pontiagudos e enferrujados pendiam do teto, e o que era pior, a rua estreita e escura que Harry via pela vitrine empoeirada da loja decididamente não era Beco Diagonal.


- O pior é isso? - gritou Lyssi com as sobrencelhas levantadas.


- Bem, assim, eu sabia que estava totalmente perdido - disse Harry, dando de ombros.


A loira resolveu ficar calada.
Quanto mais cedo saísse dali melhor.


- Concordo - falou Gina.


Com o nariz ainda doendo por causa da batida na lareira, Harry se encaminhou depressa e silenciosamente para a porta, mas antes que cobrisse metade da distância, duas pessoas apareceram do outro lado da vitrine


- Que merda.


— e uma delas era a última pessoa que Harry queria encontrar


- Dupla merda.


estando perdido, coberto de fuligem, com os óculos partidos: Draco Malfoy.


- Péssimo, Harry. Sua sorte piora a cada dia, não? - questionou Alice.
Harry olhou depressa a toda volta e viu um grande armário preto à esquerda; correu para ele e se fechou dentro,


- O perigo é talvez não conseguir sair daí - falou Sirius.


deixando apenas uma frestinha na porta para espiar.


- Curioso - acusou Josh.


- Você perderia a oporturnidade de espiar o que seu rival estava fazendo em uma loja suspeita? - perguntou o moreno.


- Claro que não...


- Então...


- Eu não falei que eu não era curioso também.


Segundos depois, uma sineta tocou e Malfoy entrou na loja.
O homem que entrou atrás dele só podia ser o pai.


- Tripla merda, Harry. É melhor tomar um pouco da Félix Felicis.


Tinha a mesma cara fina e pontuda e olhos idênticos, frios e cinzentos.


- Tal pai, tal filho.
O Sr. Malfoy andou pela loja examinando descansadamente os objetos expostos e tocou uma campainha em cima do balcão antes de se virar para o filho e dizer:
— Não toque em nada, Draco.
Malfoy, que esticara a mão para o olho de vidro,


- Nojento.


retrucou:


— Pensei que você ia me comprar um presente.


- O menino queria um presente daí? Se eu recebesse um, eu devolvia - falou Frank.


Sirius ficou quieto ao lembrar que tinha algumas coisas de lojas assim, antigamente.
— Eu disse que ia lhe comprar uma vassoura de corrida


- Ela vai fujir de Draco, de tão ruim que ele é.


— disse o pai tamborilando no balcão.


— De que me serve uma vassoura se não faço parte do time da casa?


- Hum... Ele tem um ponto.


— respondeu Malfoy, com a cara amarrada. — Harry Potter


Sirius levantou uma sobrancelha. Esse menino era tão sozinho no mundo que tinha que falar dos rivais nas férias?


ganhou uma Nimbus 2000 no ano passado.


- Porque ele é foda, e você não. Aceite! - falou James.


Permissão especial de Dumbledore para ele poder jogar pela Grifinória.


- Dumbledore baba o Harry - falou Neville, rindo.


- Isso é mentira - gritou o moreno.


Neville deu de ombros.


Ele nem é tão bom assim,


- Na verdade, ele é o melhor - falou Gina.


só que é famoso... Famoso por ter uma cicatriz idiota na testa...


- Famoso do qual você tem inveja.


Malfoy se abaixou para examinar uma prateleira cheia de crânios.


- Não me diga que vai comprar um... - falou Lene, horrorizada - Se bem que Malfoy não precisa de uma cabeça vazia, ele já tem a dele.


Eles riram, forçadamente.


— Todo mundo acha que ele é tão sabido,


- Já pensou que isso pode ser, porque... bem... ele realmente é? - Mione falou lentamente, como se conversasse com uma criança de 2 anos.


o maravilhoso Potter


- Obrigado, Draco, mas eu não preciso dos seus elogios - riu Harry.


com sua cicatriz


- E tu que ele faça o quer? - grunhiu Sirius, irritado - Corte a cabeça?


e sua vassoura...
— Você já me contou isso


- Ficar repetido alguma coisa é sinal que a pessoa não tem assunto - filosofou Lily.


no mínimo dez vezes


- Que menino idiota - resmungou Lene.


— disse o Sr. Malfoy, com um olhar de censura para o filho.


- E quando ele que ele não está olhando assim para o filho? - falou Gina.


— E gostaria de lembrar-lhe que não é, prudente,


- Draco nunca foi muito prudente - falou Harry.


demonstrar que não gosta de Harry Potter,


- Tá vendo, gente, fui eu que fiz um filho tão importante! - falou James.


Gina jogou uma almofada no sogro.


não quando a maioria do nosso povo acha que ele é o herói que fez o Lord das Trevas desaparecer...


- E o resto é quase todo formado por Comensais... - falou Jorge.


Regulus e Snape preferiram ficar calados.


Ah, Sr. Borgin.


Era mesmo o lugar que Sirius tinha pensado. O que não era coisa boa.
Um homem curvado


Regulus franziu o nariz, em um sinal de descontentamento. Ele tinha uma postura perfeita, igual a todos os outros Blacks.


aparecera atrás do balcão, alisando os cabelos untados de óleo


Regulus fez um careta, a aparência do homem só piorava.


Sirius não achava a aparência do homem uma das melhores, mas não se incomodou tanto quanto Regulus.


para afastá-los do rosto.


- Soa sexy não? - zoou Fred.
— Sr. Malfoy, que prazer revê-lo


- Ou não - falaram os outros.


— disse o Sr. Borgin untuoso como os seus cabelos.


- Ele parece ser horroso - falou Regulus, não conseguindo mais se conter.


— Encantado, e o jovem Malfoy, também, encantado.


- Quem ficaria encantado em ver um Malfoy? - perguntou Frank.


- Ele não estava encantado mesmo - disse Harry se segurando para não rir - Só estava fingindo.


Em que posso servi-los? Preciso lhes mostrar,


- Nem espera resposta - resmungou Sirius.


chegou hoje, e a um preço muito módico...


- Aposto que vale bem mais do que está sendo vendido.
— Não vou comprar nada hoje,


- Se ferrou.


Sr. Borgin, vou vender


- Isso não vai ser tão bom para ele.


— disse o Sr. Malfoy.


— Vender? — O sorriso se embaçou levemente no rosto do Borgin.


Regulus, Alice, Frank, Lene, Sirius e James riram.


- Qual é a graça? - perguntou Hermione.


- Normalmente, esses vendedores não gostam que a pessoa que esteja vendo algo seja de uma família sangue-puro, já que nós normalmente sabemos realmente quanto vale cade coisa. E não vendemos barato.


— O senhor ouviu falar, é claro,


- Boatos correm.


que o Ministério está fazendo mais blitz


- E daí? - perguntou Dorcas.


Sirius revirou os olhos.


- Meu Merlin, como você é lerda, hein, Meadowes? Nasceu assim mesmo?


Remus, ainda abraçado com Dorcas, lançou um olhar fuzilante para Sirius quando a menina começou a temer.


- Ei, calma... Ele só estava brincado - tranquilizou-a Remus.


Lene sorriu para a amiga, a acalmando também.


— disse o Sr. Malfoy, puxando um rolo de pergaminho do bolso interno do casaco e desenrolando-o para Sr. Borgin ler.


- Não, para ele comer - ironizou Lene.


— Tenho em casa uns, ah, objetos


- Sei bem que tipo de objetos são... - falou Lily.


que podem me causar embaraços,


- Ou prisão.


- Se eles não subornassem o Ministério, claro - falou Hermione.


se o Ministério aparecesse...


O Sr. Borgin encaixou um pincenê na ponta do nariz


- Nossa, isso ainda existe? - Lyssi perguntou de olhos arregalados.


e percorreu a lista.
— O Ministério certamente não ousaria incomodá-lo,não é, meu senhor?


Sirius sorriu, agora sabia que os Malfoys não tinham mais tanto poder quanto na época dele...


O Sr. Malfoy crispou os lábios.
— Até agora não me visitaram.


- Sortudo.


O nome Malfoy ainda impõe um certo respeito,


- Assim como o Black.


mas o Ministério está ficando cada vez mais intrometido.


- Ou melhor: deixando de ter tantos corruptos.


Há boatos de uma nova lei de proteção aos trouxas:


Lily sorriu, contente.


com certeza aquele bobalhão pulguento, apreciador de trouxas, Arthur Weasley está por trás disso...


- Claro que sim. E com muito orgulho - falou Rony.
Harry sentiu uma onda escaldante de raiva.


- Que poético, Harry. Onda escaldante de raiva - riu James.


- Filho de veado, veado é - disse Sirius e os dois começaram uma discussão (Cervo! Veado! C-E-R-V-O! V-E-A-D-O!).


- Eu nunca tive uma onda escaldante de raiva... e você, Fred?


- Eu já tinha uma... Foi tão... escaldante - disse o gêmeo, fingindo se abanar.


... E como vê, alguns desses venenos poderiam fazer parecer...


- A verdade? - sugeriu Gina.
— Compreendo, meu senhor, naturalmente — disse o Sr. Borgin. — Deixe-me ver...


- Que pessoa agoniada! - resmungou Snape.
— Pode me dar aquilo? — interrompeu Draco, apontando para a mão murcha sobre a almofada.


- Eca!
— Ah, a Mão da Glória! — disse o Sr. Borgin, abandonando a lista de Malfoy


Lene riu.


e correndo para perto de Draco. — Ponha-lhe uma vela e ela dá luz apenas a quem a segura!


- Não deve ser tão prático...


A melhor amiga dos ladrões e saqueadores! O seu filho tem ótimo gosto,


- Ou não.


meu senhor.


— Espero que o meu filho venha a ser mais do que um ladrão


- Você só não é um ladrão porque já tem dinheiro - acusou Hermione.


ou um saqueador, Borgin — disse o Sr. Malfoy com frieza, ao que o Sr. Borgin respondeu depressa:
— Sem ofensa, meu senhor, não tive intenção de ofender...


- Que idiota.
— Mas, se as notas dele não melhorarem — disse o Sr. Malfoy com maior frieza ainda —, pode ser que ele realmente só tenha talento para isto.


- Cara... Essa doeu em mim - falou Alex, triste.
— Não é minha culpa — retrucou Draco.


- Claro que não. Sou eu que faço a prova no seu lugar - falou Fred.


— Todos os professores têm alunos preferidos,


Isso é verdade. Os Marotos sorriram ao lembrar da tia Minnie.


aquela Hermione Granger...


- Agora vai ser um discurso sobre mim? - disse Hermione com uma sobrancelha levantada.


— Pensei que você sentiria vergonha se uma menina que nem pertence a família de bruxos


Todos olharam com raiva para o livro.


passasse a sua frente em todos os exames


- PERDEU, PLAYBOY! - gritou Siruis.


- Isso é tão antigo... - murmurou Gina, sem conter o riso.


— comentou com rispidez o Sr. Malfoy.
— Ha! — exclamou Harry baixinho,


Eles riram.


satisfeito de ver Draco com cara de quem está ao mesmo tempo envergonhado e aborrecido.


- Nunca pensei em ver alguém com uma cara assim, deve ser interessante - falou Dorcas.
— É a mesma coisa em toda parte — disse o Sr. Borgin, com sua voz untuosa. — Ter sangue de bruxo conta cada vez menos em toda parte...


- Graças a Merlin - sussurrou Lily. Depois, enviando um sorriso tímido a Hermione.
— Não para mim — respondeu o Sr. Malfoy,


- Isso já sabemos.


com as narinas tremendo.
— Não, meu senhor, nem para mim — disse o Sr. Borgin, fazendo uma grande reverência.


- Beija os pés dele logo - murmurou Remus.
— Neste caso, talvez possamos voltar à minha lista — disse o Sr. Malfoy rispidamente. — Estou com um pouco de pressa, Borgin, tenho negócios importantes a tratar hoje em outro lugar.


- O ser humano só vive com pressa - falou Frank, seriamente.
Os dois começaram a barganhar. Harry observou nervoso que Draco se aproximava cada vez mais do lugar em que ele estava escondido,


- E com a sua sorte, é provavél que ele te ache.


examinando os objetos à venda. Draco parou para examinar um grande rolo de corda de enforcar e para ler, rindo, o cartão colocado em um magnífico colar de opalas.


- Pode ter algo magnífico nesse lugar? - Dorcas perguntou.


Cuidado:
Não toque. Amaldiçoado.
— Tirou a vida de dezenove donos trouxas até hoje.


Todos arregalaram os olhos, menos Regulus, Sirius e Severus.


- Isso é tão... - começou Lily, mas não achando palavras para descrever o horror da coisa.


-...Cruel - terminou Hermione, com um olhar um pouco duro, por ter visto várias coisas piores na guerra.


Draco se virou e notou o armário bem em frente.
Adiantou-se... Esticou a mão para o puxador e...
— Fechado


Todos suspiraram aliviados (menos Snape).


— disse o Sr. Malfoy ao balcão. — Vamos, Draco! - Harry enxugou a testa na manga ao ver Draco se afastar


- Essa foi por pouco - falou Lily.


— Bom dia para o senhor, Sr. Borgin.


- Bom dia depois de te ver? Impossível - murmuou Gina.


Aguardo-o amanhã em casa para apanhar a mercadoria.


- E eu acho que isso não foi muito um convite.


No instante em que a porta se fechou, o Sr. Borgin abandonou seus modos untuosos.


- To cansado de ouvir a palavra untuosos, Harry! - Sirius "brigou" com o afilhado, como se fosse culpa dele está assim. Bem, na verdade era, mas...
— Bom dia para o senhor, Senhor Malfoy, e, se as histórias que correm forem verdadeiras, o senhor não me vendeu metade do que tem escondido em sua casa...


Lene começou a rir.


E, continuando a resmungar ameaçador, o Sr. Borgin desapareceu no quarto dos fundos.


- E deixou a loja, assim? Largada? - disse Regulus, com um ar crítico.
Harry esperou um pouco, caso ele voltasse,


- Boa ideia.


e, em seguida, o mais silenciosamente que pôde, saiu do armário,


Sirius e Lene riram.


- Então, finalmente assumiu que é gay, Harryzito? - perguntou ela.


Harry ficou vermelho.


- Eu não sou gay! - gritou.


- Claro que não - zoou Sirius.


- Harry, amor, liga não, isso é só inveja por não te terem - disse Gina, brincando.


O povo riu da cara de Sirius e Lene.


- Ei, calama ai, ruivinha, eu não sou gay não! - falou Sirius.


- E eu não quero o seu namorado não, estou muito bem como estou, obrigada.


- É? Então provem! - falou Gina, rindo.


Sirius e Lene trocaram um olhar, foram se aproximando e se beijaram.


Foi um beijo rápido - ao final, estavam fazendo isso apenas para provar a Gina uma coisa, ou era o que eles pensavam... - mas os dois sentiram algo diferente, de todas as outras pessoas que já tinham ficado...


Todos na sala começaram a aplaudir e zoar ao mesmo tempo, com os dois.


- Vocês tem o que? Onze anos? - James perguntou incrédulo - Isso não foi um beijo de verdade.


- Claro que não, James - disse Lene - Nós só fizemos isso para provar uma coisa a Gina - mentiu, com o coração ainda acelerado. Mas não queria beijar Sirius de verdade, sabendo que ele ia ficar com outra assim que tivesse a oportunidade... Sirius Black era problema, era encrenca.


Sirius concordou com a cabeça, embora a ideia de voltar a beijar Marlene fosse tentadora... Ainda mais, se fosse um beijo mais profundo... Ele sacudiu a cabeça, para afastar esses pensamentos. Não podia pensar isso. Ele era Sirius Black, e podia ter todas a hora que quisesse... Então, por que escolher a Marlene? Além disso, ela era sua amiga.


Regulus riu da cara do irmão, quando notou que ele estava tão longe... e parecia que ele tinha perdido a pose de eu sou foda, agora saiam da minha frente por um minuto. E também viu a cara de boba de Lene.


- Ah, como vocês são chatos - falou James.


Todos estavam se divertindo com o clima mais feliz, solto do local. Mas a vida continua.


- Posso voltar a ler? - perguntou Frank.


- Claro.


passou pelos mostruários de vidro e pela porta afora.


- O que tinha acontecido antes mesmo? - perguntou Dorcas - Já me esqueci.


- Harry tava saindo da loja sinistra.


Harry olhou para os lados, segurando os óculos partidos. Saíra em uma ruela sombria


Lily olhou preocupada para o filho.


que parecia totalmente ocupada por lojas que se dedicavam às Artes das Trevas.


- Artes das Trevas? - Lily berrou.


Snape ficou quieto, pensando no que já sabia sobre o assunto.


A que ele acabara de deixar, a Borgin & Burkes,


Sirius nem percebeu que tinha acertado a loja, de tão distraído que estava (pensando em alguém...).


parecia ser a maior,


- Apesar de ser horrível.


mas em frente havia uma grande coleção de cabeças jívaras na vitrine, e duas portas abaixo, uma enorme gaiola pululava com gigantescas aranhas negras.


Rony ficou pálido.


- Quer saber? Acho que vou comprar o presente de Rony ai... - sorriu Fred.


- Weasley, você tem medo de aranha? - perguntou Snape, incrédulo.


Rony assentiu.


- Depois são os grifinórios os corajosos... - falou revoltado.


Dois bruxos mal vestidos o observavam da sombra de um portal, cochichando entre si.


- CORRE! - falou Alice. Ou melhor, gritou.


Apreensivo, Harry saiu caminhando,


Alice bateu a mão na testa.


- Calma amor, ele fez certo. Ele chamaria muita atenção correndo - falou Frank - E, no fim, Harry ficou bem, não ficou?


- É, eu fiquei bem. Não aconteceu nada.


tentando segurar os óculos no lugar


- Que cena linda - ironizou Hermione.


e esperando, sem muita esperança, conseguir encontrar uma saída daquele lugar.


- Sempre existe uma saída para aqueles que são espertos o bastante para encontrá-la - falou Hermione e quando todas a encararam, completou - É de Percy Jackson e os Olimpianos 3, a Maldição do Titã. É dita por Atena.


- É uma boa frase - concordou Remus.


Uma velha placa de madeira, pendurada acima de uma loja que vendia velas envenenadas, informava que ele se encontrava na Travessa do Tranco.


- Eu fiquei bem, nada aconteceu comigo - repetiu Harry, cansado, já prevendo o que viria.


A sala ficou dividida entre:


A) Ficar preocupado com Harry


B) Ficar preocupado com Lily


C) Rir da cara de Lily.


Mas somente Lene foi corajosa o suficiente para escolher a opção C. Talvez ela ainda estivesse meio... fora deste mundo.


Isto não adiantou muito, pois Harry nunca ouvira falar naquele lugar.


- Sem cultura - falaram os gêmeos.


Imaginou que talvez não tivesse falado com bastante clareza ao entrar na lareira dos Weasley


- Ah, você acha? - perguntou Gina, ironicamente.


porque tinha a boca cheia de cinzas.


- Pelo menos, ele tinha uma razão - falou Alex.


Pensou no que fazer, tentando ficar calmo.


- Calma é bom nessas horas - disse James, preocupado com o filho.


— Não está perdido, está querido?


- Não responda que sim! - gritou Neville.


— disse uma voz ao seu ouvido, assustando-o.
Uma bruxa idosa estava ao lado dele,


- Uma bruxa idosa andando pela Travessa do Tranco perguntou ao meu bebê se ele não estava perdido - falou Lily, em choque. Isso não significa coisa boa.


segurando uma bandeja com objetos que se pareciam horrivelmente com unhas humanas.


- Pelo menos, não é o dedo todo - falou Snape.


A cor fugiu do rosto de Hermione.


Ela riu dele mostrando dentes cobertos de limo. Harry recuou.


- Boa ideia.
— Estou bem, obrigado — disse. — Só estou...
— HARRY!


- ME DIGA QUE FOI ALGUÉM BOM QUE GRITOU ISSO?! - gritou Lily se agarrando a Harry. O que foi meio surpreendente, já que ela não estava tão perto assim do filho e chegou ao seu lado em segundos.


- FOI! - gritou Harry, desesperado, os olhos arregalados.


Lily largou o filho e suspirou aliviada.


O que você está fazendo aqui?


- Comprando coisas ilegais - brincou Jorge.


O coração de Harry deu um salto. O da bruxa também: as unhas cascatearam por cima dos seus pés e ela começou a xingar ao mesmo tempo que a forma maciça de Hagrid,


Gritos de "isso aí, Hagrid!" e "vai lá, salva o menino!" cruzaram a sala toda.


o guarda-caças de Hogwatts veio se aproximando em grandes passadas,


- O que em Hagrid não é grande?


seus olhinhos de besouros negros faiscando por cima da barba arrepiada.
— Hagrid! — exclamou Harry revelando alivio na voz rouca.


Harry sorriu. Só agora entendia completamente o que podia ter acontecido naquele dia, se Hagrid não o tivesse salvo.


— Eu me perdi... Pó de Flu...
Hagrid agarrou Harry pela nuca


- AÍ!


e afastou-o da bruxa, derrubando a bandeja que ela levava.


- NA CARA!- gritou James, com um ar de vitória.


O guincho que ela soltou acompanhou-os durante todo o trajeto


- Que horror.


pelas ruelas tortuosas até tornarem a ver a luz do sol. Harry divisou a distância um edifício de mármore muito branco que já conhecia: o Banco de Gringotes. Hagrid o levara direto ao Beco Diagonal.


- Ainda bem que o Beco Diagonal não fica longe da Travessa do Tranco - falou Harry.
— Você está horrível! — exclamou Hagrid, espanando a fuligem que cobria Harry com tanta força que quase o derrubou numa barrica de bosta de dragão à porta da farmácia.


- Harry não controla a própria força - disse Gina.


- Nunca caí em bosta de dragão - disse Sirius, saindo do seu... estado.


- Eu já - surpreendentemente quem falou foi Snape (foi surpreendente porque ele decidiu contar isso a eles) - Não é muito bom, o cheiro demora muito para sair.


Bem, se você tomasse mais banhos sairia mais rápido, pensou Sirius, mas não valia a pena implicar com Snape agora.


— Se esquivando pela Travessa do Tranco, não sei, não, um lugar suspeito,


- Muito suspeito.


Harry, não quero que ninguém o veja lá...


— Isso eu percebi — disse Harry, abaixando-se quando Hagrid fez menção de espaná-lo outra vez.


Eles riram.


— Eu lhe falei, eu me perdi, que é que você estava fazendo lá?


- Boa pergunta - falaram todos, desconfiados, mesmo que Hagrid fosse confiável.
— Eu estava procurando repelente para lesmas carnívoras - rosnou Hagrid.


Regulus franziu o cenho, não achava que isso vendia lá. Mas não tinha certeza, então não valia a pena discutir por isso.


— Elas estão acabando com os repolhos da escola. Você não está sozinho?


- Claro que não. Ele tem a nós - falou Jorge.
— Estou na casa dos Weasley, mas nos separamos– explicou Harry. — Tenho que encontrá-los...


- Mamãe estava quase enfartando - falou Rony.


Os dois começaram a descer a rua juntos.
— Por que é que você nunca respondeu às cartas?


- Porque eu sou um idiota... - falou Frank e todos o encararam - Ok, não é isso que tem aqui.


— perguntou Hagrid a Harry enquanto caminhavam (o garoto tinha que dar três passos para cada passada das enormes botas de Hagrid).


- E eu tinha que quatro! - exclamou Hermione.
Harry explicou tudo sobre Dobby e os Dursley.
— Trouxas nojentos — rosnou Hagrid. — Se eu tivesse sabido...


- É, mas ele voltou para lá no ano seguinte e você já sabia como eles eram e não fez nada - replicou Gina, triste.


- Ei, Gi. Você sabe que não foi culpa dele - disse Harry, abraçando a namorada.
— Harry! Harry! Aqui!
Harry ergueu os olhos e viu Hermione Granger


Harry sorriu para a amiga.


parada no alto das escadas brancas de Gringotes. A garota desceu correndo ao encontro deles, os cabelos castanhos e fartos esvoaçando para trás.


- Cena de filme - Mione riu.
— Que aconteceu com os seus óculos?


- O mesmo de sempre... - brincou o moreno.


Lily e James bateram no filho.


- AÍ!


- NEM PENSE EM UMA COISA DESSAS, OUVIU, HARRY POTTER? - gritou Lily.


Alô, Hagrid... Ah, que maravilha rever vocês...
— Vai entrar no Gringotes, Harry?
— Assim que eu encontrar os Weasley — respondeu Harry.


- Que bom que você lembrou que a gente existe - falou Rony, dramático.
— Você não vai ter que esperar muito — disse Hagrid com sorriso.
Harry e Hermione se viraram: correndo pela rua cheia de gente vinham Rony, Fred, Jorge, Percy e o Sr. Weasley.


- Lá vamos nós aparecer de novo - falou Fred.


— Harry — ofegou o Sr. Weasley. — Tivemos esperança de que você só tivesse ultrapassado uma grade de lareira... — Ele enxugou a careca reluzente. — Molly está alucinada... Aí vem ela.


- Mensagem sublimiar: CUIDADO!
— Onde foi que você saiu? — perguntou Rony.
— Na Travessa do Tranco — informou Hagrid de cara feia.
— Que ótimo!— exclamaram Fred e Jorge juntos.


- Vocês são DOIDOS? - perguntou Lily.


- Claro que... - começou Fred.


-... Sim - terminou Jorge.
— Nunca nos deixaram entrar lá — comentou Rony invejoso.


Rony corou.
— Ainda bem — rosnou Hagrid.
A Sra. Weasley aproximava-se correndo, a bolsa balançando loucamente em uma das mãos, Gina agarrada à outra.


— Ah, Harry, ah, meu querido, você podia ter ido parar em qualquer lugar...


- Esse não é um meio de transporte tão seguro...
Tomando fôlego ela tirou uma grande escova de roupas da bolsa


- Mulher anda prevenida mesmo - falou Sirius impressionado.


e começou a escovar a fuligem que Hagrid não conseguira espanar. O Sr. Weasley apanhou os óculos de Harry, deu-lhes uma batida com a varinha e os devolveu, como se fossem novos.


- Depois essa função para a Hermione - brincou Rony. Os amigos riram.


— Bom, tenho que ir andando — disse Hagrid, cuja mão era apertada pela Sra. Weasley ("Travessa do Tranco! Se você não o tivesse encontrado, Hagrid!"). — Vejo vocês em Hogwarts! — E o guarda-caças se afastou a passos largos, a cabeça e os ombros mais altos do que os de todo mundo na rua cheia.


- Ou qualquer outro no mundo que não tenha sangue de gigante no corpo.
— Adivinhem quem eu encontrei na Borgin & Burkes?


- Malfoy! - gritou Sirius, e todos reviraram os olhos.


— perguntou Harry a Rony e a Hermione enquanto subiam as escadas do Gringotes. — Malfoy e o pai dele.


- Uma visão agradável - falou James, sarcástico.
— Lúcio Malfoy comprou alguma coisa?


- Infelizmente, não.


— perguntou o Sr. Weasley sério logo atrás deles.
— Não, ele estava vendendo.
— Então está preocupado — comentou o Sr. Weasley com cruel satisfação.


Eles riram.


- Ele ganhou esse direito - cedeu Hermione.


— Ah, eu adoraria pegar Lúcio Malfoy


James levantou uma sobrancelha.


por alguma coisa...
— Tenha cuidado, Arthur — disse a Sra. Weasley com severidade quando eram cumprimentados pelo duende à porta do banco. — Aquela família significa confusão.


- E das grandes - admitiu Regulus.


Não abocanhe mais do que você pode mastigar.


- Essa doeu em mim - falou Alex.
— Então você não acha que sou adversário para o Lúcio Malfoy?


- Molly não quis dizer isso - falou Lily com calma.


— respondeu o Sr. Weasley indignado,


- Com razão, né - falou Lyssi.


mas foi distraído quase no mesmo instante pela visão dos pais de Hermione,


- O que é que isso tem de demais?


que estavam parados nervosos no balcão que ia de uma ponta a outra do saguão de mármore, esperando que Hermione os apresentasse.


Hermione sorriu sem graça.
— Mas vocês são trouxas!


- Assim como milhões de outras pessoas...


— exclamou o Sr. Weasley encantado. — Precisamos tomar um drinque!


- Pelo menos isso tem nos dois mundos...


Que é que têm aí? Ah, estão trocando dinheiro de trouxas.


- O dinheiro dos trouxas é mais fácil que o nosso - falou Lyssi - Uma amiga minha me mostrou uma vez, e eu já fui ao mundo trouxa.
— Molly, olhe! — Ele apontou excitado para as notas de dez libras na mão do Sr. Granger.
— Te encontro lá no fundo — disse Rony a Hermione quando os Weasley e Harry foram conduzidos aos cofres subterrâneos por outro duende de Gringotes.


- Outro duende?
Chegava-se aos cofres a bordo de vagonetes pilotados por duendes, que os manobravam em alta velocidade por trilhos de bitola estreita através dos túneis subterrâneos do banco.
Harry curtiu a viagem vertiginosa


- Isso é o que eu chamo de loucura - falou Neville - Gostar de uma viagem vertiginosa?


até o cofre dos Weasley, mas se sentiu muito mal, muito pior do que se sentira na Travessa do Tranco,


- Agora eu fiquei com medo - falou Lyssi, assustada.


quando eles o abriram. Havia uma pequena pilha de sicles de prata lá dentro e apenas um galeão de ouro.


Os Weasley pareceram envergonhados, mas ao mesmo tendo estavam firmes.


Alice, Frank, Lene, Sirius e Regulus piscaram, chocados com a pobreza. Nenhum deles jamais tinha ouvido falar de algo assim, acostumados com a vida boa. Em especial Lene, Sirius e Regulus, que vinham de uma família


A Sra. Weasley tateou pelos cantos


- Para quê?


antes de varrer tudo para dentro da bolsa. Harry se sentiu ainda pior


- Não fique assim - disse Lily.


quando chegaram ao seu cofre.


Neville ficou ainda mais admirado pela humildade do amigo.


Tentou bloquear a visão do conteúdo


- Isso não vai adiantar - falou James, sabendo a quantia de dinheiro que tinha no cofre.


enquanto enfiava, apressadamente, mãos cheias de moedas em uma bolsa de couro.


- Cuidado só para não perder dinheiro assim - Neville falou baixinho.
De volta aos degraus de mármore, eles se separaram. Percy murmurou qualquer coisa sobre a necessidade de comprar uma pena nova.


- Isso me parece uma desculpa para se encontrar com alguém... - falou Remus, desconfiado.


Fred e Jorge riram.


Fred e Jorge tinham visto um amigo de Hogwarts, Lino Jordan.


Os gêmeos sorriram a menção do seu melhor amigo. Lino era um parceiro perfeito para peças e realmente gostava deles. A amizade deles era real, duradora.


A Sra. Weasley e Gina iam a uma loja de vestes de segunda mão.


Gina fez uma careta. Odiava roupas de segunda mão.


O Sr. Weasley insistia em levar os Granger ao Caldeirão Furado para tomar um drinque.


Hermione riu, se lembrando que os seus pais tinham achado o Sr. Weasley meio exagerado, apesar do bom coração.
— Vamos nos encontrar na Floreios e Borrões dentro de uma hora para comprar o material escolar — disse a Sra. Weasley,


- Ah, tecnicamente... - começou Remus e James revirou os olhos - A maioria já tá comprando o material escolar.


Harry revirou os olhos para a Hermione 2.


se afastando com Gina. — E nem pensar em entrar na Travessa do Tranco!


- Foi bom ela ter avisado - falou Harry, olhando para os gêmeos.


— gritou ela para os gêmeos


- Nós somos anjinhos! Não entendi porque a mamãe achou que a gente faria algo! - falou Fred, falsamente confuso.


que seguiam na direção oposta.
Harry, Rony e Hermione caminharam pela Rua tortuosa, calçada de pedras. A bolsa de ouro, prata e bronze que retinia alegremente


- E irritantemente - completou Rony.


no bolso de Harry estava pedindo para ser gasta,


- E eu que tinha orgulho de você só usar o necessário mesmo tendo muito dinheiro, Harry... - suspirou Hermione.


de modo que ele comprou três grandes sorvetes de morango e manteiga de amendoim,


- Manteiga de amendoim? - perguntou Snape - Quem come isso?


que os três lamberam felizes enquanto subiam o beco, examinando as vitrines fascinantes das lojas.


Todos suspiraram lembrando do Beco.


Rony admirou, cobiçoso, um conjunto completo de vestes da grife Chudley Cannon, na vitrine da Artigos de Qualidade para Quadribol, até que Hermione puxou os dois


- Sempre puxando a gente - falou Rony e Harry riu. Hermione riu também.


para irem comprar tinta e pergaminho na loja ao lado.


- CHATO! - cantou Sirius.


Na Gambol & Japes — Jogos de Magia, eles encontraram Fred, Jorge e Lino Jordan, que estavam fazendo um estoque de fogos de artifício.


- Perigo - murmurou Lene.


Dr. Filisbuteiro, que disparavam molhados e, não aqueciam, e num brechó cheio de varinhas quebradas, balanças de latão empenadas e velhas capas manchadas de poções, os garotos deram de cara com Percy, profundamente absorto na leitura de um livro


- Que novidade - murmurou Gina.


muito chato intitulado Monitores-chefes que se tornaram poderosos.


Harry, Hermione, Gina, Rony, Fred e Jorge reviraram os olhos.


— Um estudo dos monitores-chefes de Hogwarts e suas carreiras — leu Rony alto na quarta capa. — Parece fascinante...


— Dêem o fora — disse Percy com rispidez.


- Que amor!
— É claro que ele é muito ambicioso, o Percy já planejou tudo... Quer ser Ministro da Magia...


- Sonha baixo, hein?


— comentou Rony para Harry e Hermione em voz baixa quando deixaram o irmão sozinho.
Uma hora depois eles rumaram para a Floreios e Borrões.


Hermione sorriu.


Não eram de maneira alguma os únicos que se dirigiam à livraria.


- Que estranho, a livraria quase nunca tá lotada - falou Josh.


Ao se aproximarem, viram, para sua surpresa, uma quantidade de gente que se acotovelava à porta da loja, tentando entrar.


- Numa... livraria? - perguntou Sirius em choque.


A razão disso estava anunciada em uma grande faixa estendida nas janelas do primeiro andar.


GILDEROY LOCKHART


Harry bufou.
Autografa sua autobiografia
"O MEU EU MÁGICO"


- Que título ridículo - riu Remus.
Hoje das 12:30h às 16:30h


— Vamos poder conhecê-lo! — gritou Hermione esganiçada. — Quero dizer, ele é o autor de quase toda a nossa lista de livros!


- De tanta gente no mundo, Hermione resolveu ser fã de um dos maiores babacas existentes - Rony falou, zoando a namorada.
A aglomeração parecia ser formada, em sua maioria, por bruxas mais ou menos da idade da Sra. Weasley.


- Normalmente, não é o público que toda celebridade sonha em ter... - Regulus falou divertido.


Um bruxo de ar atarantado estava postado à porta, dizendo:
— Calma, por favor, minhas senhoras... Não empurrem, isso... Cuidado com os livros, agora...
Harry, Rony e Hermione espremeram-se para entrar na loja.


- Isso porque todos eram super magros - falou Neville.


Uma longa fila serpeava até o fundo da loja, onde Gilderoy Lockhart autografava seus livros.


- Porque não tinha mais nada pra fazer, já que não tinha uma vida pessoal...


Cada um dos meninos apanhou um exemplar de O Livro Padrão dos Feitiços, 2ª série, e se enfiaram sorrateiros no inicio da fila onde já aguardavam os outros meninos com o Sr. e a Sra. Weasley.


- Infelizmente - resmungou Fred.


— Ah, chegaram, que bom! — disse a Sra. Weasley. Ela parecia ofegante e não parava de ajeitar os cabelos.


Snape riu, debochado, mas parou assim que viu os olhares dos Weasleys.


— Vamos vê-lo em um minuto...
Aos poucos Gilderoy Lockhart se tornou visível, sentado a uma mesa, cercado de grandes cartazes com o próprio rosto, todos piscando e exibindo dentes ofuscantes de tão brancos.


O verdadeiro Lockhart estava usando vestes azul-miosótis que combinavam à perfeição com os seus olhos; seu chapéu cônico de bruxo se encaixava em um ângulo pimpão sobre os cabelos ondulados.


- Ele parece se preocupar demais com a aparência - comentou James.


- Isso foi hipócrita vindo de você, James - apontou Lily. 
Um homenzinho irritadiço dançava à sua volta, tirando fotos com uma máquina enorme que soltava baforadas de fumaça púrpura a cada flash enceguecedor.
— Saia do caminho, você ai — rosnou ele para Rony, recuando para se posicionar em um ângulo melhor. — Trabalho para o Profeta Diário.


- Reportes do Profeta Diário - Hermione falou com desprezo.
— Grande coisa — disse Rony, esfregando o pé que o fotógrafo pisara.
Gilderoy ouviu-o. Ergueu os olhos. Viu Rony — e em seguida viu Harry Potter.


Eles gemeram.
Encarou-o. Então se levantou de um salto e decididamente gritou:
— Não pode ser, Harry Potter!


- Mais um momento de adoração a Harry Potter! - Regulus falou com sarcasmo, mas não com frieza e Harry riu.
A multidão se dividiu, murmurando agitada; Lockhart adiantou-se, agarrou o braço de Harry e puxou-o para frente.


- Nem um pouco de pressão - falou Alex.


A multidão prorrompeu em aplausos. A cara de Harry estava em fogo quando Lockhart apertou sua mão para o fotógrafo, que batia fotos feito louco, dispersando fumaça sobre os Weasley.


- Isso não foi legal - falou Gina.
— Dê um belo sorriso, Harry — disse Lockhart por entre os dentes faiscantes. — Juntos, você e eu valemos uma primeira página.


- Harry sozinho vale a primeira página - falou Alice.
Quando ele finalmente soltou a mão de Harry,


- Foram intermináveis segundos - murmurou o moreno.


o garoto não conseguia sentir os dedos.


James fez uma careta.


E tentou se esgueirar para junto dos Weasley,


- Lá é mais seguro - falou Alex, brincalhão.


mas Lockhart passou um braço pelos seus ombros e segurou-o com firmeza ao seu lado.


- Idiota - murmurou James.


- Queria ver se você fizesse um escândalo - falou Regulus.


— Minhas senhoras e meus senhores — disse em voz alta, ao mesmo tempo que pedia silêncio com um gesto.— Que momento extraordinário este!


- Ahn... Este momento não é extraordinário - falou Gina - É só um cara idiota, e claro, suas fãs histéricas, tentando usar Harry Potter para ficar na capa de um jornal - terminou com desprezo.


O momento perfeito para anunciar uma novidade que estou guardando só para mim há algum tempo!


- E ele consegue guardar segredo? - perguntou Josh, chocado.


— Quando o jovem Harry entrou na Floreios e Borrões hoje, só queria apenas comprar a minha autobiografia,


- Assim como nós... - falou Fred.


com a qual eu terei o prazer de presenteá-lo agora. — A multidão tornou a aplaudir.


- Isso não é nada; vendo a quantia de dinheiro que ele tem - murmurou Rony.


— Ele não fazia idéia —, continuou Lockhart, dando uma sacudidela em Harry que fez os óculos do menino escorregarem para a ponta do nariz,


- Lindo! - gritou Sirius, fingindo ser uma das fãs dele.


Todos riram, mesmo Snape. Ele não tinha gostado do cara.


— que em breve estaria recebendo muito, muito mais do que o meu livro O Meu Eu Mágico. Ele e seus colegas irão receber o meu eu mágico em carne e osso. Sim, senhoras e senhores, tenho o grande prazer de anunciar que, em setembro próximo, irei assumir a função de professor de Defesa


- NÃO - gritaram Snape e Remus, ao mesmo tempo (uma coisa que não se vê todo dia).


- Não acreditou que o ensino em Hogwarts decaiu tanto! - gritou Lily.


- COMO ESSE IDIOTA VAI ENSINAR EM HOGWARTS? - gritaram Sirius, James e Lene.


- De tantos professores no mundo... - Do reclamou.


- Os alunos vão fazer ele sair rapidinho - comentou Regulus, tranquilamente.


- Ele não vai conseguir ensinar nada... - apontou Frank.


- Ainda bem que vocês não estavam em guerra - falou Aly.


- Logo Defesa contra as Artes das Trevas que é uma matéria tão importante - chorou Josh.


- A mais divertida - falou Alex.


- A mais fácil - concordou Lyssi.


contra as Artes das Trevas na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!


A multidão deu vivas e bateu palmas,


- Bando de idiotas - resmungou Dorcas.


e Harry se viu presenteado com as obras completas de Gilderoy Lockhart.


- Eu acho que eu queimei essa porcaria - falou Harry pensativo.


Cambaleando sob o peso dos livros, ele conseguiu fugir das luzes


- Fugir das luzes? - Snape perguntou incrédulo - Tem certeza que não tem mania de perseguição, Potter?


- Tenho - falou Harry.


da ribalta para a periferia do salão, onde Gina estava parada com o seu novo caldeirão.


— Fique com eles — murmurou Harry para a menina,


Gina sorriu para o namorado.


virando os livros no caldeirão.
— Eu vou comprar os meus...
— Aposto que você adorou isso, não foi, Potter? — disse uma voz que Harry não teve problema em reconhecer. Ele endireitou o corpo e se viu cara a cara com Draco Malfoy,


- Quando você acha que a coisa melhorou - Hermione resmungou.


que exibia o sorriso de desdém de sempre.
— O Famoso Harry Potter —, continuou Malfoy. — Não consegue nem ir a uma livraria sem parar na primeira página do jornal.


- Não sei como os Malfoys caíram tanto, deixar os sentimentos aparecerem assim? A inveja de Malfoy é tão transparente... - sorriu Regulus.
— Deixe ele em paz, ele nem queria isso — disse Gina.


Harry sorriu para a namorada.


- Que fofo - falou Lily.


Era a primeira vez que falava na frente de Harry.


- Jura que ele estava na mesma casa que você, e você não falou com ele antes? - James perguntou incrédulo.


Gina ficou vermelha.


- Pare com isso - disse Lily, dando um beslicão em James.


E olhava feio para Malfoy.
— Potter, você arranjou uma namorada! — disse Malfoy arrastando as sílabas.


- E o que você tem haver com isso, Malfoy? - perguntou Hermione, com as sobrencelhas levantadas.


Gina ficou escarlate enquanto Rony e Hermione lutavam para chegar até eles, sobraçando pilhas de livros de Lockhart.
— Ah, é você — exclamou Rony, olhando para Malfoy como se ele fosse uma coisa desagradável, grudada na sola do sapato. — Aposto como ficou surpreso de ver Harry aqui, hein?


Lyssi encarou Rony.


- Por que ele ficaria surpreso? Todo mundo vai pra lá.


Rony deu de ombros.
— Não tão surpreso como estou de ver você numa loja, Weasley — retrucou Malfoy. — Imagino que seus pais vão passar fome um mês para pagar todas essas compras.


Essa doeu em mim, pensou Snape.


- Essa foi baixa - disse Josh, surpreso.
Rony ficou tão vermelho quanto Gina. Largou os livros no caldeirão, também, e partiu para cima de Malfoy,


- VAI RONY! - Sirius e Lene puxaram uma torcida.


mas Harry e Hermione o agarraram pelo casaco.
— Rony! — chamou o Sr. Weasley, que procurava se aproximar com Fred e Jorge. — Que é que está fazendo? Está muito cheio aqui, vamos para fora.
— Ora, ora, ora, Arthur Weasley.


- Mais alguém chegou? - Lily perguntou.
Era o Sr. Malfoy. Estava parado com a mão no ombro de Draco, com um sorriso de desdém igual ao do filho.


- Visão do inferno - resmungou Jorge.
— Lúcio — disse o Sr. Weasley, dando um frio aceno com a cabeça.


- Isso aí, senhor Weasley! - torceram.
— Muito trabalho no Ministério, ouvi dizer — falou o Sr. Malfoy. — Todas aquelas blitz... Espero que estejam lhe pagando hora extra!
Ele meteu a mão no caldeirão de Gina e tirou, do meio dos livros de capa lustrosa de Lockhart, um exemplar muito antigo e surrado de um Guia Sobre Transfiguração Para Principiante.
— É óbvio que não — concluiu o Sr. Malfoy. — Ora veja, de que serve ser uma vergonha de bruxo se nem ao menos lhe pagam bem para isso?


Alice arregalou os olhos.
O Sr. Weasley corou com mais intensidade do que Rony e Gina.


- Isso é possível? - perguntou Jorge, surpreso.
— Nós temos idéias muito diferentes do que é ser uma vergonha de bruxo, Malfoy.


- Graças a Merlin - murmurou Lily.
— Visivelmente — disse o Sr. Malfoy, seus olhos claros desviando-se para o Sr. e Sra. Granger,


- Lá vem merda - Sirius murmurou baixinho.


que observavam apreensivos. — As pessoas com quem você anda, Weasley... E pensei que sua família já tinha batido no fundo do poço...


- A sua família que está no fundo do poço, Malfoy - rosnou Frank.
Ouviu-se uma pancada metálica quando o caldeirão de Gina saiu voando; o Sr. Weasley se atirara sobre o Sr. Malfoy, derrubando-o contra uma prateleira.


Todos sorriram.


Dúzias de livros de soletração despencaram com estrondo em sua cabeça; ouviu-se um grito "Pega ele, papai" — dado por Fred e Jorge; a Sra. Weasley gritava "Não, Arthur, não"; a multidão estourou, recuando e derrubando mais prateleiras.
— Senhores, por favor, por favor! — pedia o assistente, e, depois, mais alto que a algazarra reinante. — Vamos parar com isso, cavalheiros, vamos parar com isso...


- Agora que ficou bom? - riu Alex - Não!
Hagrid caminhava em direção aos dois atravessando um mar de livros.


- Hagrid sempre surgindo do nada - comentou Alice.


Num instante ele separou o Sr. Weasley e o Sr. Malfoy. O Sr. Weasley com o lábio cortado e o Sr. Malfoy fora atingido no olho por uma Enciclopédia dos sapos.


Eles riram.


Ele ainda segurava o livro velho de Gina sobre transfiguração. Atirou-o nela, os olhos brilhando de malícia.
— Aqui, tome o seu livro, é o melhor que seu pai pode lhe dar...


- Verme - murmurou Harry.
E, desvencilhando-se da mão de Hagrid, chamou Draco e saíram da loja.
— Você devia ter fingido que ele não existia, Arthur


- Ás vezes, é impossível fazer isso.


— disse Hagrid, quase erguendo o Sr. Weasley do chão enquanto este endireitava as vestes. — Podre até a alma, a família toda, todo mundo sabe disso.


- Existem famílias que não tem salvação - falou Lene.


Depois ela percebeu o que falou, quando olhou para os dois Blacks.


- Desculpem-me! Eu não me lembrei que há alguns anos os Blacks também eram considerados sem salvação... - disse a garota, tensa.


Sirius e Regulus, no fundo, tinham ficado magoados. Mas sabia que não valia a pena brigar com a garota.


- Sem problemas, Lene.


Não vale a pena dar ouvidos a nenhum Malfoy. Sangue ruim, é o que é. Vamos agora, vamos sair daqui.
O assistente parecia querer impedi-los de sair,


- Por quê? - Dorcas perguntou confusa.


mas mal chegava à cintura de Hagrid e pareceu pensar duas vezes.


Frank riu.


Eles subiram apressados a rua, os Granger tremendo de susto


- Coitados deles, na primeira vez no mundo mágico isso acontece - murmurou Lyssi.


e a Sra. Weasley fora de si de fúria.
— Um belo exemplo para os seus filhos... Saindo no tapa em público...Que é que o Gilderoy Lockhart deve ter pensado...


Rony, Jorge e Fred reviraram os olhos.


— Ele estava satisfeito — informou Fred. — Você não ouviu o que ele disse quando estávamos saindo? Perguntou àquele cara do Profeta Diário se ele podia incluir a briga na notícia, disse que tudo era publicidade.


- Ele deve ser do grupo que acredita que qualquer publicidadde é boa...


Mas foi um grupo mais sereno que voltou à lareira do Caldeirão Furado, de onde Harry, os Weasley e todas as compras iriam retornar à Toca, usando o Pó de Flu. Eles se despediram dos Granger, que iriam atravessar o bar para chegar à rua dos trouxas, do outro lado; o Sr. Weasley começou a perguntar ao casal como funcionavam os pontos de ônibus,


Todos - menos Regulus e Snape - riram.


mas parou de repente ao ver o olhar da Sra. Weasley.


- Boa ideia.


Harry tirou os óculos e guardou-os bem seguros no bolso antes de se servir do Pó de Flu.


- Cuidado para não se perder de novo - avisou Lily.


Decididamente não era o seu meio de transporte favorito.


- E de ninguém, Harry.


- O capítulo terminou - anunciou Frank.




N/Biaa:


Infelizmente, para evitar que acontece a mesma coisa que aconteceu com esse capítulo, decidimos que Gaby só vai poder voltar quando estiver podendo falar com a gente, ou seja, em janeiro.


Mas, vamos falar de coisas boas: Siruis e Lene são tão fofos! Eu amei escrever a cena dos dois... Mas eles não vão namorar agora...


Eu tenho uma pergunta para vocês: Qual personagem vocês acham que tá aparecendo pouco? Me digam, para eu tentar fazer ele aparecer mais.


Próximo cap da Gi, ok? Ela já está fazendo!


Nota Gi (invadindo o cap):


Desculpem mesmo :c mas eu queria agradecer à todos os reviews preocupados, à todas as cobranças (Oi Ana) etc etc, mas tbm aos que realmente botaram pressçao. ah! Tbm ao Yuri, seu review foi como um tapa na cara de verdades.


 

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Comentários (3)

  • Annabeth73

    Oiiiie meninasUm pouquinho de demora,mas o cap compensou kkBom,adoreii os diálogos. Principalmente em relação á Gina e sua paixonite pelo Harryzito Bom,um personagem q acho q está aparecendo pouco,é o Rony. Assim, meus favoritos são o Harry,a Gina,a Lily e o James,mas ás vezes sinto um pouco de falta do Rony ai.Bjjooos e ate o prox,Annie74 

    2013-09-16
  • Juh_Lynch

    Amei! Ah, eu não consigo parar de pensar no último livro (como sempre, cá estou eu, pensando looonge), nas memórias do Snape sobre a Lily. Bom, adorei o cap, e poste o outro logo por favor! Bom, devo ir, o meu comentário não ficará muito longo hoje, desculpa. Bom, beijos e adorei!

    2013-09-15
  • Clenery Aingremont

    FINALMENTE! Não vou falar muito porque já comentei pelo FanFiction.

    2013-09-12
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