A batalha de hogwarts, segunda




Ele entrou na floresta o mais profundo que conseguiu. Tirou o pomo do bolso. Encostou os lábios nele, as letrinhas apareceram.


            -Abro no fecho... Estou pronto para morrer.


Ele fechou os olhos.


Quando abriu, todos aqueles que morreram por ele estavam ali, na sua frente. Lílian, Tiago, Lupin, Sirius...


            -Isso dói? Morrer?


            -É mais rápido que adormecer.


            -Mãe... Não tive chance de me salvar dessa. Vou me unir a vocês hoje, logo...


            -Não vai não, Harry. Querido, o que será destruído será apenas a parte dele que vive em você... Você deixará de ser dominado por ele. Eu percebi, todos seus pesadelos e coisas estranhas que acontecem com você, sempre foi por causa dessa ligação entre os dois. Você tem sido tão corajoso, querido...


            -Pai, você sabia que o Snape gostava da minha mãe?


            -Sabia, sim, Harry. Nunca gostei muito disso.


            -E Lupin, o seu filho...


            -As pessoas dirão a ele que o pai e a mãe morreram para salvar o mundo bruxo.


            -Vá, querido.


            -Vocês vão comigo?


            -Vamos sim. Mas ele não nos verá, por que estamos aqui dentro de você.-disse Tiago, colocando a mão no coração de Harry.


Harry fechou os olhos e deixou a pedra escorregar por entre seus dedos. Ele foi até a floresta.


            -Acho que ele não vem mais...


            -É aí que se engana, Tom Riddle.-disse Harry.


            -Harry Potter... O menino que sobreviveu... Venha para a morte.


            -Harry, não!-gritou Hagrid, que estava preso na árvore.


            -Quieto!-gritou um dos comensais a ele.


Harry fechou os olhos.


            -AVADA KEDAVRA!-gritou Voldemort, a floresta se encheu de um carão verde.


Harry abriu os olhos e se viu num lugar onde havia muita luz. E ali perto dele, estava Dumbledore.


            -Senhor, isso é um sonho?


            -Acredito eu que sim. Estou morto, não?



 


            -Mas se eu estou morto...


            -Não, você não está morto. Apenas a parte de Voldemort que vivia em você foi destruída a pouco pelo próprio Voldemort. Você é a sétima horcrux, Harry, a horcrux que ele nunca pretendeu criar, e que eu acho que ele nem tinha conhecimento. Você tem que voltar e acabar com isso, Harry. Só você pode fazer isso.


Ele fechou os olhos e estava de volta na floresta. Narcisa andou até ele, ele sentia a mão quente dela em seu pescoço, sentia vontade de abrir os olhos, mas não poderia, ou então Voldemort o mataria de verdade.


            -Harry!-gritou Hermione. Narcisa ainda não percebera que ela estava ali.


            -Hermione! Scabior solte-a. É uma ordem!


O comensal a soltou.


            -Obrigada, Narcisa.


            -Não há de quê. Vá.


Ela saiu dali correndo até Hogwarts, foi até onde Rony, Gina e Draco estavam. Ela abraçou Draco, chorando.


            -Onde estava? Fiquei preocupado.


            -Eu fui capturada, enquanto tentava me esconder de feitiços.


            -O que aconteceu, Mione? Cadê o Harry?


            -Ele tá morto... Draco... Voldemort o matou...


            -Não... Ele matou a horcrux, não o Harry. -disse Draco.


            -O quê... Como assim, a horcrux?


            -Harry é uma horcrux, ou era, Mione. Na noite que o Voldemort foi aos Potter para mata-lo, ele transferiu parte da alma dele para Harry, além de parte dos poderes.


            -Quê? Então o Harry fez isso...


            -Porque ele tinha que fazer isso.


Neville estava do lado de fora do castelo. Ele viu algo se aproximando. Eram eles, e Harry estava ali, nos braços de Hagrid. Todos saíram para ver. Gina estava à frente, ao lado de Neville.


            -Quem ele está segurando? Diga-me, por favor!


            -Gina... Acho que sei quem é.


            -Harry Potter está morto!


            -Não!-gritou Gina. Ela tentou correr até ele, mas Hermione, Rony e o sr. Weasley a seguraram.


            -Silêncio! Garota estúpida! Harry Potter está morto! De hoje em diante ninguém mais ousará questionar meu poder.


Neville disse um belo discurso, ele achava que Harry estava morto. Mas na hora que ele sacou a varinha e tirou a espada do chapéu seletor, Harry rolou dos braços de Hagrid. Ele se levantou, mas como podia? Narcisa Malfoy foi até o lado dos Hogwartianos, buscar Draco, que segurava o braço de Hermione.


            -Vai. Disse ela.


            -Não, eu não vou sem você!-gritou Draco. Mas naquele momento, Hermione foi atingida por um feitiço, ela caiu ali. Draco agachou nela.


            -Mione! Mãe... Vá depois eu vou para casa. Vai. Por favor. Vou ficar com ela.


            -Narcisa, vá. E... Obrigada, lá na floresta. Se não fosse isso, eu já estaria morta. .


            -Venham, vamos aparatar, a barreira foi rompida.


            -Mãe, vá, eu vou cuidar dela aqui.


            -Draco, Ela não vai aguentar por muito tempo, está com um corte no braço, você tem que levar ela para a mansão agora, ou ela vai morrer.


            -Tudo bem. Vai à frente, eu vou logo atrás, estarei no meu quarto.


            -Tá bem.


Ela aparatou. Rony apareceu ali perto.


            -Rony, vem aqui.


            -Que foi? O que houve com a Mione?


            -Foi atingida por um feitiço. Eu vou levá-la para a mansão, aparata lá direto no meu quarto.


            -Tudo bem.


            -Rony, eu vou ficar bem. .


Draco aparatou com Hermione direto no quarto dele na mansão. Deitou-a na cama e pegou o kit de primeiros socorros.


            -Aguenta Mione, vai dar tudo certo...


            -Draco, me desculpa, estou te fazendo sofrer, você não merece isso. Se eu... Morrer...


            -Não diz isso, por favor.


            -Deixa-me falar. Se eu morrer, eu quero que saiba que eu te amei cada segundo mais durante esses dois anos.


            -Três.


            -Eu fiz tanto por nosso amor... Desisti de caçar horcruxes com o Harry porque eu sabia que ia ser difícil viver sem você. Sabe, todos os dias eu vou dormir pensando que... É incrível a magia do amor, eu te odiava até o dia do seu tropeço em mim e na Gina no terceiro ano, foi duma hora para outra. E eu não me arrependo disso. Namorar você foi a coisa mais maluca, mágica e incrível coisa que já me aconteceu. E naquele tempo que você não estava em Hogwarts, quando se fingiu de morto, eu percebi uma coisa.


            -O quê?


            -Não foi só lá, mas quando Harry te atacou ano passado também.


            -O que foi?


            -Eu percebi que é necessário sentir dor... Para perceber que existe amor.


            -Bem, tudo pronto, consegui dar um jeito nisso. O que quer fazer agora?


            -Não sei. Talvez... Quero voltar para Hogwarts. E você? O que quer fazer?


            -Não sei. Talvez vou sair do país por um tempo, entende? Preciso de tempo para pensar.


            -Vai me deixar aqui, sozinha? 


            -Se quiser, a gente termina agora.


            -O quê? Draco, eu... Não vou conseguir...


            -Prometo que não vai ser por muito tempo.


            -Talvez quando você cumprir essa promessa, vai ser tarde demais.


Ela aparatou para Hogwarts. Ele ficou ali dando socos na cama, pois essa foi a maior burrada que ele já fez na vida. Narcisa entrou ali.


            -Onde está Hermione?


            -Ela já foi.


            -Como assim, já foi? Draco, ela estava...


            -Já está bem. Ah, mãe...


            -Tem algo a mais te perturbando... Diga.


            -Terminei tudo com ela.


            -Quê?


            -É. Eu disse a ela que tinha que refrescar a cabeça, precisava, preciso de um tempo sozinho comigo mesmo... Foi difícil e doloroso, tanto para mim, quanto para ela...


            -Quebraram a promessa que me fizeram há dois anos, sabem disso, não?


            -Que... Promessa?


            -Que ficariam juntos para sempre


            -É, eu sei, mas nunca se sabe quando vai chegar a hora de dizer adeus... Eu disse a ela que... Se tiver uma coisa que nós dois percebemos durante esses três anos que ficamos juntos... É que... É necessário sentir dor para perceber que existe amor... Vou viajar amanhã.


            -Mas ainda não terminou os estudos, querido.


            -Estudos, estudos... A escola está destruída, mãe.


            -Não leva nem dois dias para se reconstruir magicamente, querido. Sei do que estou dizendo porque no meu quinto ano um aluno explodiu as masmorras, e no dia seguinte num passe de mágica, nem parecia que havia sido completamente destruída. Vai.


            -Tem certeza?


            -Tenho.


Os dois se abraçaram. Draco chorava, seria meio dolorido ficar sem a sua amada.

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