Ataques



Mas num dia gelado de natal, algo realmente estranho aconteceu. Cátia Bell, artilheira do time de quadribol da Grifinória foi atacada. Ela encontrou um colar, no banheiro do Três Vassouras. Estavam Harry, Rony e Mione juntos quando tudo aconteceu. Cátia tocou o colar e foi erguida no ar por nada, era assustador. Hermione se aproximou do embrulho. Tinha um papel.


            -"Para A. D."-leu Hermione ficou ali parada, até que voltou correndo para o bar. Localizou Draco num canto, sentado numa mesa, sozinho. Ela tinha o papel ainda em mãos, e o jogou na mesa.


            -"Entrega para A. D"? Draco?


            -Oi, Mione.


            -Não, olha, eu vou te perguntar isso só uma vez. Foi você?


            -E você ainda duvida? É claro que fui eu. Se ainda não entendeu, eu tenho que matar o Dumbledore.


Hermione agora chorava. Draco foi sentar ao lado dela.


            -Calma. Você sabe que eu tenho que fazer isso, se eu não o fizer, eu morro.


            -Mas tinha que ser a Cátia?


            -Podia ter sido qualquer um.


            -Tudo bem. E, como vai o armário?


            -Sinto que já está quase pronto. Será que podemos dar o fora daqui?


            -Vamos.


Enquanto isso, no castelo, estavam Harry, Lianne e Rony conversando nos corredores enquanto os dois garotos gentilmente acompanhavam-na ao salão comunal da Lufa-Lufa.


Cátia foi levada ao St. Mungus e em alguns dias estavam de volta. Rony conjurava neve com a varinha e Hermione lia o livro padrão de feitiços.


            -Harry! É a Cátia.


            -Quê?-Harry tirou os olhos do livro do príncipe para fechá-lo e ir até a ponta do salão falar com a garota, artilheira do TQG.


            -Oi, Cátia.


            -Harry, eu não sei quem foi que fez isso.


Draco apareceu ali, Harry olhou para ele e começou a seguir.


            -Hermione?


            -Isso não vai ficar assim.


Ela saiu correndo, se escondendo sempre que podia, para evitar que Harry a visse. Draco entrou no banheiro da Murta, e lá ele ficou, chorando. Tudo estava péssimo, e conseguiu ficar pior ainda com a chegada de Harry. Mione entrou num dos cubículos e ali ficou, vendo a batalha. Quase cinco minutos depois, Harry lançou um sectumsempra em Malfoy. Era o tal feitiço do príncipe. Ele foi andando até Draco, que estava estendido no chão, sangrava como se facas invisíveis o atacassem. Hermione não aguentou olhar, saiu dali e foi correndo até Snape.


            -Prof. Snape?


            -Agora não posso.


            -É urgente. O Harry lançou um tal sectumsempra no Draco.


            -QUÊ? Tem certeza disso?


            -Eu estava lá, eu vi. O que fazer?


            -Só há um contrafeitiço. Vamos.


Hermione levou Snape ao banheiro da Murta. Harry estava encostado numa parede, Hermione olhou para ele, horrorizada. Enquanto Snape ajudava Draco, ela dava um jeito em Harry.


            -Onde é que você estava com a cabeça, seu idiota? Olha, não vem achando que só porque eu sou sua amiga, vou ficar sempre te acobertando. Tipo agora, eu não consigo nem olhar na sua cara, e tenho dois presentes para você. Dois, não. Três. O primeiro, detenção. Polir todos os troféus da sala de troféus e remover a poeira de todos os livros da biblioteca e da seção reservada. Arrumarei autorização. Segundo, menos 150 pontos para a Grifinória, e terceiro...


            -Menos 150? Mione, você tá bem?


            -Posso tirar muitos pontos se eu quiser, estamos mais de 500 pontos à frente da Sonserina. Espera um pouco.


Ela foi até Snape, ainda agachado ali, ajudando Draco.


            -Com licença, prof. Snape. Permite-me lançar esse feitiço no Harry?


            -À vontade, Srtª.


            -Mione... Não.-disse Draco numa voz fraca.


            -Como não, Draco? Olha o que ele fez com você!


            -Não faz isso... Com ele... Por mim.


Ela pensou um pouco.


            -Tá bem, mas estou fazendo isso por você.


            -Obrigado.


            -Harry... Sai daqui. Antes que eu mude de ideia. Vai!


            -Não, srtª. Deixe-o aí, tenho que dar uma palavrinha com ele. Leve Draco para a ala hospitalar.


            -Claro.


            -Agora, somos só eu e você, Potter. Eu nunca podia imaginar que conhecia feitiço obscuro como tal. Onde o viu?


            -Num livro... Da biblioteca.


            -Num livro da biblioteca... ACHA QUE EU NÃO SEI?! PEGUE TODOS OS SEUS LIVROS E TRAGA-OS AQUI! AGORA!!


Ele subiu ao salão comunal, Rony estava ali.


            -Onde estava? O que aconteceu?


            -Depois eu explico. Me empresta seu livro de poções. Vai!


Rony tirou o livro do malão e entregou a Harry, que saiu em disparada ali. Mas antes de voltar ao banheiro, ele foi até a sala precisa, irreconhecível até a ultima poeira, e escondeu o livro dentre as tralhas e tralhas que ali havia. Voltou para o banheiro da Murta, onde Snape analisou um a um todos os livros de Harry. Por fim, o último foi o Estudos Avançados no Preparo de Poções; Harry torcia para que Snape o entregasse logo, ele passaria na sala precisa e pegaria o livro verdadeiro, mas Snape tomou em sua face uma expressão de choque.


            -Potter... Tem certeza que este livro é seu?


            -Sim.


            -Então porque está escrito “Rooniil Wazlib” na contra capa dele?


Harry sentiu a esperança ir embora.


            -Detenção, Potter, na minha sala, sábado, às 10 da manhã.


            -Tenho quadribol.


            -Lamento, Potter. Pobre Grifinória...


Quarto lugar este ano, eu temo...


            -E a srtª Granger já me deu duas detenções.


            -Ótimo, mais uma para a coleção!


Snape saiu dali. Murta que Geme saiu em todos os banheiros para espalhar para todo muno o que acontecera, antes do jantar Snape fez questão de contar detalhe por detalhe o que acontecera a todos os alunos. Harry já tinha sido chamado ao salão comunal para suportar quinze minutos altamente desagradáveis na companhia da Professora McGonagall, que lhe dizia como ele tinha sorte em não ter sido expulso e apoiou sinceramente o castigo que Snape lhe deu, de cumprir detenção todos os sábados até o final do período.


Rony e Mione estavam no dormitório dela.


            -Porque deu detenção a ele?


            -Rony, ele mereceu! Depois do que fez... Não foi só porque era o Draco que estava cheio de cortes, eu teria feito isso independente do alvo dele. Eu e qualquer outro professor da escola.


            -É, você tá certa. Namorar o Malfoy te mudou muito, Mione.


            -Há, eu já esperava isso.


            -É. Mas eu gostei dessa mudança, mais atitude...


Ela abriu um sorriso para ele. Gina apareceu ali.


            -Oi, gente, já souberam o que houve com o Harry?


            -Já. Foi a Mione que deu detenção dupla a ele, e ainda tirou uns pontinhos da gente.


            -Fiquei sabendo. Na verdade a escola toda já sabe. A Murta que Geme saiu contando pra todo mundo, vagando pelos banheiros, e o Snape também contou a todo mundo no salão principal na hora do jantar.


            -Não está chateada comigo, Gina?


            -Não.


            -Gina!


            -Rony, eu estou do lado dela. Se fosse eu, teria feito o mesmo. Detenção, e teria tirado muito mais pontos do que 150.


            -Isso antes de dar um beijo nele, né?


            -Olha, Rony, nessa situação, eu não daria um beijo nele. Muito pelo contrário, daria um tapa na cara dele, para ele aprender.


Eles ouviram a porta em frente se fechar com um estrondo.


            -Parece que ele chegou.-disse Gina, olhando para Rony e Mione com uma expressão preocupada.


            -Fiquei sabendo da outra detenção dele. Ele não vai poder jogar no sábado.-disse Rony.


            -Como é que é?-esbravejou a ruiva, ficando mais vermelha do que a blusa da Grifinória que ela vestia.


            -O ano está complicado. É o último jogo da temporada, não teremos Harry.


            -Eu também não vou.


            -Gina!


            -Peça a Harry que encontre outro artilheiro. Não consigo fazer isso! Com o Harry, tudo bem, sem o Harry, tudo péssimo.


            -Você vai, sim.-disse Harry, entrando ali.


            -Harry, não posso.


            -Você vai jogar e vai ser apanhadora no meu lugar. Eu confio em você.


            -Tudo bem.-ela disse, com um sorriso.


            -Espera, agora estou me lembrando, é contra... Corvinal!


            -E daí, Rony?


            -É simples. Todo mundo sabe que você odeia a Cho Chang, a apanhadora deles, por ela ter sido namorada do Harry ano passado.


            -E... Ah, é claro! Tudo bem, Harry, eu vou jogar.-ela lançou um sorriso malicioso a Hermione, que logo entendeu o que ela quis dizer.


            -Gina, você não está...


            -Sim, Mione, eu estou pensando que essa será minha chance perfeita de vingar daquela chinesinha idiota.


            -Gina? Você tá bem? Não parece estar no seu normal...


Todos já haviam entendido. Gina aproveitaria a chance para zombar, fazer o que ela sempre quis fazer com a ex do seu amado.


Naquela tarde, Hermione levou Harry para a sala de troféus. Ele olhou para ela.


            -Vai mesmo me fazer polir todos esses troféus?


            -Vou. Ah, antes que eu me esqueça, me dá a varinha. Agora!


Ele entregou a varinha a ela.


            -Pronto, agora pode começar.


            -O quê? Vai levar a eternidade.


            -Que seja. Vai, começa.


Ela sentou ali numa cadeira e ficou olhando Harry polir os troféus, e os prêmios. Quando ele terminou, ela disse:


            -Biblioteca. Já!


Ela o levou até a biblioteca, e fez ele limpar a poeira de todos os livros. Já passavam das 4 da manhã quando ele terminou.


            -Muito bem, Harry. Isso serviu de lição? Não atacar o namorado dos outros?


            -Tudo bem. Agora eu vou dormir.


Os dois foram para o salão comunal juntos, cada um para seu dormitório, e dormiram.

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