Um segredo que pode mudar a hi



Era uma noite gelada. Hermione estava no salão da Grifinória, sentada, pensativa. Era o terceiro ano. Ela nunca se esqueceria o que houve naquela tarde. Ela andava pelo pátio pavimentado de Hogwarts, ao lado de Gina.


            -Black fugiu para tentar encontrar o Harry?-perguntou Gina, confusa.


            -É, foi. Mas o Harry é forte, vai conseguir matar ele antes que pisque o olho.


            -Espero que sim. .


Foi aí que certo loiro que não presta atenção por onde anda esbarrou nas duas, jogando-as no chão.


            -Malfoy! O que está fazendo?


            -Me desculpem senhoritas.


            -"Senhoritas"?


            -Granger, eu... Estava mesmo procurando por você. Podemos conversar?


            -Claro.


            -Mione, vai ficar bem?


            -Vou sim, Gina, pode ir.


            -Se fizer algo a ela...


            -Vai, Weasley! Não ouviu o que sua amiga disse?


            -Pode ir, Gina. Só não abre a boca para ninguém.


            -Tá bem.


Ela saiu dali. Hermione ficou ali com Draco. Dava arrepios ficar com ele, cara a cara. .


            -Bem, Malfoy, o que quer?


            -Te agradecer.


            -Hein?


            -No dia que o hipogrifo me atacou. Você se preocupou comigo.


            -Eu sei. Pelo menos uma vez na vida eu tinha que fazer algo por você.


            -Eu ainda retribuirei o favor, um dia. É só esperar, esse dia ainda vai chegar.


            -Tá. Já terminou?


            -É tão ruim assim, estar comigo?


            -Ah, não, estou até achando muito bom. Mas eu realmente tenho que ir. Nos encontramos por aí.


            -Claro.


E era nisso que estava pensando, no salão comunal. Harry apareceu ali.


            -Mione? Mione?


            -Oi, Harry.


            -Você está bem? Está estranha.


            -Não, tá tudo bem, eu só estava pensando numa coisa que o Malfoy me disse.


            -O que é?


            -Ele foi agradecer por eu ter me preocupado com ele, no dia do bicuço.


            -O quê?


            -É. Ele disse que espera o dia em que ele retribuirá, salvando a minha vida.


            -Confia nele?


            -Sim e não. Ele foi tão sincero comigo, ele está estranho.


            -Ele é estranho.


            -É.


Um vento estranho entrou ali. Exalava um cheiro de perigo.


            -Algo vai acontecer. Eu estou sentindo.


            -Você também?


            -É.


Naquela noite, Draco andava pela floresta proibida, ele não sabia, mas estava correndo perigo.


Os centauros o capturaram, ele não tinha como se defender, deixou a varinha no malão.


            -Me soltem!


            -Não. Quem entra no nosso caminho não sai vivo daqui.


            -Droga, deixei a varinha no malão. Me soltem!


            -É melhor não gritar, se não quiser morrer.


Naquele momento, ele pensou em tudo. Em seus pais, em Hermione, ele iria morrer e não havia feito nada por ela. Ela sabia que havia algo de errado, ela sentia.


Draco estava amarrado e preso junto a uma árvore. Os centauros não tinham dó de quem entrava ali. Dali onde estava era praticamente impossível que alguém o ouvisse, mesmo se ele gritasse.


Um centauro lançou uma flecha em direção a ele. Passou de raspão,


Ele ficou ali, durante todo o resto da noite, caído no chão, os centauros o haviam desprendido. Firenze saía para caçar, o viu ali, e teve tempo de ouví-lo dizer, antes de desmaiar:


-Me deixe aqui... É melhor que pensem que estou morto, então, se alguém perguntar, você diz que estou... Morto. - ele desmaiou. Parecia estar realmente morto.


 Foi Hagrid quem o encontrou, eram quase duas da tarde, ainda caído. Firenze acabara de chegar ali.


            -Por Merlin!


            -Olá, Hagrid. Ele está desmaiado apenas. Mas para todos os efeitos, está morto.


            -Quem disse?


            -Ele, ontem à noite. Os centauros o capturaram e antes de "morrer" ele disse que se perguntarem por ele, está morto.


            -Vou falar com Dumbledore.


Hermione achou estranho, não ver Draco em nenhuma das aulas. Até para Goyle ela foi perguntar.


            -Goyle. Onde está Draco?


            -Desde quando eu lhe devo explicação?


            -Responde.


            -Não sei. Ele não dormiu no dormitório hoje. Nem no salão comunal.


            -O quê?


Ela foi correndo falar com Snape.


            -Professor. Com licença.


            -O que é, srtª?


            -Um aluno desapareceu.


            -Quem?


            -Draco Malfoy.


Enquanto isso, Hagrid ia para a sala de Dumbledore.


            -Prof. Dumbledore.


            -Hagrid, que foi?


            -Temos um aluno morto. Foi encontrado na floresta, na clareira dos centauros.


            -Morto? Quem é?


            -Draco Malfoy. Na verdade, está desmaiado, mas para todos que perguntarem, ele está morto. Tinha um bilhete na capa dele dizendo que é para levar ele para casa, ele quer um tempo, e quando estiver pronto, ele vai voltar.


            -Que assim seja. Onde ele está?


            -Na minha cabana.


            -Leve-me até ele.


Hagrid assentiu com a cabeça.


Ele e Dumbledore foram até a cabana. .


            -Aqui está.


            -Vou escrever aos Malfoy. Oh, garoto Malfoy tem ideia do que fez. Se descobrem...


O diretor pegou Draco e aparatou até a mansão Malfoy. Narcisa foi atender.


            -Sr. Dumbledore, o que o traz aqui?


            -Olá, Narcisa. Venho pois Draco foi gravemente ferido ontem. Ele está apenas desmaiado, mas se alguém perguntar, por favor, ele está morto.


            -Como é?


            -Ele está no quarto, aqui na mansão. Bem, devo ir logo. Vá até ele.


            -Obrigada, diretor.


Dumbledore aparatou. Narcisa foi ao quarto do filho.


            -AAH!!!


            -Mãe, por que isso? Estou vivo.


            -Eu sei, meu filho. Estou é muito feliz. Que ideia foi essa de ir aos centauros?


            -Eu sei. Mas eu... Não conte a ninguém que estou vivo.


            -Claro.


            -Eu morri e não fiz nada pela Granger...


            -A nascida trouxa?


            -É. Ela salvou minha vida uma vez, eu devo retribuir isso a ela.


            -Ela... Salvou a sua vida?


            -Se não fosse ela, naquele dia do ataque, eu provavelmente já estaria morto há muito.


            -É sério?


            -É. Sabe, a Granger não é como os outros nascidos trouxas. Ela é... Diferente. Sempre está lá quando você mais precisa...


            -Está apaixonado por ela?


            -O quê? Não.


            -Você sabe que eu não sou como o seu pai. Por mim, você pode namorar qualquer uma, independente do tipo do sangue. Sabe disso, não é?


            -Fiquei sabendo agora, e te digo mais, estou muito surpreso.


            -Peça ela em namoro. Eu deixo.


            -Mãe, eu sei que está animada, mas... Não posso voltar. Não agora. Apesar de que são poucos os que sabem que estou vivo, mas... É muito arriscado. Será que ela já sabe que estou “morto”?


            -Eu tenho a bola de cristal, você pode tentar ver.


Narcisa tirou a bola de um armário e a colocou sobre a mesa. Draco focalizou nela. Hermione.


            -É ela.


            -Até que ela é bonita. Grifinória?


            -Sim. Merlin, como esse mundo gira... Eu, aqui, sentindo algo a mais por uma Grifinória!


            -Eu acho isso bom.


Ele lançou um sorriso de canto para ela.


            -Escreve para ela.


            -Mãe, não posso!


            -Olha ela na bola, não parece triste, o que quer dizer que ainda não sabe de nada.


            -Tudo bem, me convenceu. Eu te amo, mãe.


Ele abriu a gaveta e pegou uma pena e um pergaminho.


Hermione,


Não se preocupe comigo, eu te vi na bola de cristal, estou bem.


            Malfoy.


P.S.: Ainda terei a chance que tanto quero.”


Ele usou a coruja da mãe para enviar a carta


Na escola, Hermione perguntara até a Harry sobre Draco, mas ele não sabia de nada. Ninguém sabia de nada. A carta chegou às mãos dela de tardinha, não tinha muitos detalhes, mas ela sabia que ele estava bem. Mas onde estava?


Ela já se questionava, o que aconteceu com ele? Por que não estava em Hogwarts? E assim se foi, até o fim do ano e o inicio do ano seguinte, sem notícias dele.


Foi numa noite em que ela estava já no quarto ano, ela foi até Dumbledore perguntar.


            -Com licença, senhor.


            -Eu sei por que está aqui, senhorita, e vou dizer. O sr. Malfoy está morto.


Os olhos dela se encheram de lágrimas.


            -O quê?


            -É verdade. Os centauros o mataram...


            -Não pode ser. Eu recebi uma carta dele... Só se...


-Eu sei que carta é. Ele escreveu antes de morrer.


-Com licença, senhor.


Ela saiu dali.

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