Angústia




Ninguém ousava se quer respirar, a rainha Narcisa tinha os olhos amplos em choque e Astoria mal conseguira reagir, congelara com a mão sobre a face dolorida numa expressão apavorada.


Alguns segundos a mais se passaram em absoluto silencio. O ar era pesado, como se sustentasse uma fina camada de gelo, pronta para quebrar em milhões de pedacinhos. Haviam centenas de olhos ampliados presenciando chocados a cena, à espera de uma explosão da duquesa Greengrass, assistindo de camarote ao próximo escândalo envolvendo a realeza Malfoy.


Era algo memorável, admirável, surpreendente e extremamente perigoso. Nunca na história do reino mais cruel de todos os tempos alguém, teve a ousadia de atacar fisicamente e diante de inúmeras e poderosas testemunhas um membro da realeza.


Zabini tinha uma expressão de puro estarrecimento, apesar de estar paralisado em choque, seu cérebro trabalhava à milhas por segundo, como salvar a princesa Weasley de uma certa, lenta e dolorosa morte pelas mãos assassinas da rainha Narcisa influenciada pelo humor negro da jovem Greengrass.


Ele teria que desaparecer com todas as cordas da forca, destruir a guilhotina e mandar os elfos esconderem qualquer tipo de lâmina cortante que significasse alguma ameaça, para depois enviá-la para longe do castelo até a ira das duas mulheres inimigas diminuísse.


No entanto a ruivinha não parecia disposta a parar por aí, aproveitando que todos estavam momentaneamente “imóveis” no grande salão principal, a grifinória toma sua varinha em mão apontando perigosamente para o pescoço da rival.


Astoria prendeu a respiração ampliando os olhos amedrontados. Ginny a petrificara diante de todos os nobres da Sonserina sem demonstrar qualquer temor ou receio. Ela ardia em fogo e queria fazer justiça aqui e agora.


-Que esta seja a ultima vez que maltrata um criado dentro deste palácio lady Astoria!!! Ou garanto que receberás em troca a mesma cortesia que dispor a cada um deles de uma única vez!


Sussurra alto o bastante para até a rainha Narcisa ouvir, no entanto o silencio fúnebre instaurado permitiu as palavras ameaçadoras de Ginny ecoarem em alto e bom tom para cada convidado naquele salão.


Voltando-se para a rainha, a ruiva estreita os olhos com ira e empinando o nariz com altivez digna de uma legítima Malfoy levanta uma sobrancelha como se a desafiasse a pará-la enquanto dirigia-se aos convidados.


-Peço-vos perdão pela chegada repentina, caros e nobres convidados...


Todos os olhares voltaram-se impressionados para a ruivinha. A rainha Narcisa permanecia em controle de seus atos enquanto sua mente maquinava febrilmente uma boa solução para neutralizar qualquer ameaça da esposa de seu filho.


-Os últimos acontecimentos devem tê-los preocupado o bastante, no entanto creio que a partir de agora teremos que colocar certas pessoas em seus devidos lugares!!! Caso contrário, meu marido será a ultima de vossas preocupações nesta breve estadia no castelo Malfoy!!!


A voz de Ginny era doce, mas o brilho de seus olhos deixariam até mesmo Lúcius intimidado. Agora todos tinham uma certeza em mente... não desafiar uma ordem da princesa Ginevra da Grifinória!


A rainha Narcisa tinha os olhos faiscando em direção à Ginny, um sorriso presunçoso formava-se em seus lábios finos enquanto sua mão alcançava sorrateiramente sua varinha dourada. Ninguém desafiava a autoridade de Narcisa dentro de seu castelo e sobrevivia para contar o que acontecera depois.


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O olhar frio de Daphine percorria cada centímetro daquele acampamento militar. Cedric a guiava em direção à sua tenda, a maior dentre todas, sob olhares curiosos de seus soldados, mas bastou uma única palavra do comandante Diggory e ninguém ousava se quer mencionar o nome da duquesa da Corvinal.


-Enquanto estiver aqui ninguém irá incomodá-la duquesa!


Explica o rapaz curvando-se em breve reverencia, mas Daphine não movia um único músculo em resposta, enquanto Cedric recolhe em seu baú algumas peças de roupa e entregou para a loira.


-Vista-se com isso, chamarei um elfo para preparar-lhes um banho! Cuidarei para que os homens de Greyback mantenham a distancia exata de nosso acampamento!!!


Anuncia o comandante antes de se retirar da cabana a deixando sozinha com seus pensamentos. Alguns minutos depois um jovem elfo chamado Maxino, que aqueceu a água numa simples banheira de madeira, ajudou-a com seu vestido de festa caríssimo que agora estava em ruínas.


A loira estava perdida em suas lembranças, seu coração estava dilacerado pela decisão de Nott, seus planos perderam todo o brilho, toda a razão de existir sem ele, o que ela faria de agora em diante? Estava sozinha, sem família, sem nome, título, sem suas jóias, sem honra ou qualquer uma de suas tantas riquezas... nem mesmo restava-lhe suas roupas.


Desesperou-se, mas apenas internamente, por fora conseguiu manter a postura dura até perceber algo realmente chocante... as roupas que Cedric lhe dera eram de homem! Furiosa a Greengrass retira-se da cabana, vestindo a calça cáqui e a camisa branca de Cedric assim como as botas dele, que foram encolhidas pelo elfo para se adequar ao tamanho da duquesa.


Os olhos azuis congelavam tudo a sua frente, ela seguia a passos apressados até Lord Diggory tendo sua varinha em mão.


-O que significa isso???


Questiona entre dentes tirando o capitão da posição concentrada em que se encontrava.


-Serviu-lhe perfeitamente bem! Fico feliz duquesa Greengrass!


Anuncia Diggory fitando-a encantado. As roupas encolhidas revelavam mais do corpo da jovem Greengrass que seu vestido anterior, os longos cabelos loiros presos numa trança lateral e seu rosto de porcelana realçando os olhos profundamente azuis completavam a visão mais angelical de sua vida.


-Não posso vestir-me como um de seus homens!


Esbravejava a Corvinal sentindo-se indignada.


-Sinto muito, mas é a única forma de não chamar a atenção dos homens de Greyback!


Explica solenemente levantando-se e fitando os olhos gelados de Daphine segurando um manto da Lufa-Lufa em seu braço direito.


-Disse que os manteria distante!!!


Acusa Daphine colocando as mãos na cintura. A sobrancelha de Cedric levanta desafiadoramente, como seria possível ela ficar ainda mais atraente com raiva???


-E os manterei, mas caso exista algum espião nos arredores é melhor estarmos preparados não concordaria comigo duquesa?


Pergunta em tom maroto diante do olhar fulminante da loira.


-Tome, vista esse manto, em breve teremos companhia e creio que desejas manter vossa identidade em segredo por enquanto!


Cedric entrega o manto para ela e segue em direção aos seus soldados que começaram a fazer as primeiras fogueiras. Os olhos atentos da Greengrass nunca deixaram o capitão Diggory, ele estava cortês demais para um comandante de um reino inimigo... havia algo que o senhor Diggory não a estava dizendo, e sem mencionar a companhia que ele aguardava... agora ela estava determinada a descobrir.


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-Agora esta feito!


Ironiza Draco quando runas vermelho sangue começaram a brilhar perigosamente sobre o papel. A energia negra contida naquele pergaminho liberava raios negros em todas as direções como um circuito elétrico muito volátil e o bureau começou a tremer violentamente diante dos três homens ali presente.


Lúcius sentia suas mãos arderem em fogo assim como Snape sentia seus olhos congelarem em direção ao príncipe Malfoy. Algo havia dado errado, muito errado no instante que Draco assinou com sangue aquele pergaminho.


Draco tinha o coração batendo dolorosamente contra o peito. Sentia lances de magia das trevas circundando seu corpo e sua mente. O sonserino engoliu em seco quando percebeu as runas gravarem-se em seu corpo enquanto tentava violentamente arrancar aquela aliança de ouro em seu dedo anelar bem como algo tentar entrar a golpes dantescos em sua memória.


O príncipe lutou com todas as suas forças e magia, deu graças aos deuses por estar livre da maldição e sob o controle de sua própria magia, caso contrário ele seria um alvo fácil para o poder do voto de destruição.


Agora ele sentia que lutava contra seu próprio lado mais obscuro, contra o antigo Draco, contra o modelo de príncipe sonserino que encheria seu pai de orgulho e que faria seus inimigos tremerem de medo com um único olhar de seus olhos cinzentos.


As mãos do príncipe fechavam-se em punhos ferozes, seu rosto se contorcia numa expressão dolorosa enquanto seus dentes trincavam vorazes. Draco chegava ao limite de sua resistência, a magia aprisionada no pergaminho era poderosa demais para enfrentar abertamente como ele fez.


O loirinho ofegava, seu corpo já não conseguia mais conter a invasão da magia das trevas, mas suas memórias lutavam com garra ao trazer a imagem de Ginny no dia que descobriu-se apaixonado por ela. Ela era a chave para sua maldição, era a força que o movia, a luz que o guiava, a razão de sua transformação... e seria agora a magia que o libertaria do voto de destruição como a própria Batilda o revelara.


O anel da família Black vibrava fervorosamente em seu dedo emitindo um som agudo e ao mesmo tempo assustador. Draco fechou os olhos, deixaria a magia dentro dele agir, agora ele não tinha mais controle sobre o seu corpo.


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Greyback retornava aos terrenos do castelo trazendo o corpo do desertor e traidor do reino, Theodore Nott. A expressão cruel e seu sorriso sombrio alertavam aos demais soldados da coroa as conseqüências de qualquer desobediência ao rei Lúcius.


-Trago o infeliz que desonrou a armadura sonserina!!!


Caía uma chuva pesada, nuvens escuras cobriam os céus das terras sonserinas, relâmpagos e ventanias assolavam os campos onde os escravos trabalhavam arduamente do nascer ao pôr-do-sol.


Os portões do castelo abriam-se em silencio, os companheiros de Nott baixavam suas cabeças e escudos em luto. Ninguém ousava professar uma única palavra de conforto, sabiam que qualquer reação seria entendida como afronta à coroa e teriam suas vidas em risco.


-Traição neste condado é pago com a própria vida!!! Que sirva de exemplo aos demais... eu terei o prazer de caçá-los e tirar suas vidas uma a uma!!!


Ele era um homem de grande poder, tinha inúmeros e poderosos seguidores, haviam rumores sobre a natureza de seu real poder que atemorizavam gerações, ele se tornava um homem invencível sob a lua cheia, e em poucas noites, ela brilharia no céu, transformando em realidade o monstro que habitava na alma do Lord.


-Onde estão todos??? Tenho um premio ao meu rei!!!


Não havia ninguém para receber o Lord Greyback e seus homens... mas o homem de feições grotescas adentrou o castelo como se fosse o próprio Lúcius, arrastando o corpo do soldado Nott pelo punho, como se o mostrasse tal qual um troféu, uma caça valiosa a ter sua cabeça empalhada e ostentada sob uma lareira.


 -Lúcius!!! Lúcius eu trouxe a sua vítima!!!


Gritava descontroladamente seguindo para a biblioteca, mas ao abrir as portas é arremessado longe por uma explosão de magia das trevas, batendo fortemente contra a parede de rochas negras e caindo desacordado no chão.


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-Finiten Encantatten!!!


Murmura Narcisa para Astoria que estava horrorizada, a nova duquesa Greengrass tira a mão do rosto mostrando a marca vermelha dos dedos da princesa sobre sua bochecha e seus olhos brilhavam com ira. Seu rosto fervia dolorosamente, a força da grifinória fora subestimada e agora as conseqüências machucavam o orgulho da duquesa.


Ela fora humilhada diante da nobreza que em breve a veria como princesa Malfoy, e agora sua honra fora manchada com a brutalidade doentia da escória grifinória. Todo seu esforço escaparia por entre suas mãos se não colocasse sua autoridade e soberania sobre a ruiva infeliz diante dela.


-É hora de estabelecer limites querida Astoria! Proves que és digna de ser uma Malfoy!!!


Aconselha Narcisa apontando para Ginny que ganhava toda a atenção dos nobres e olhares admirados das mulheres presentes. A rainha apesar do semblante tranqüilo queimava em aversão por dentro. Mesmo que não fosse através de suas mãos, a ruiva sofreria por seu atrevimento.


-Grifinória desgraçada!!! Sectumsempra!!!


Bradou a corvinal contra a ruivinha, diante de centenas de olhares apavorados dos convidados. Ginny pressentindo o perigo virou-se rapidamente para Astoria.


-Protego!!!


Gritou a grifinória com determinação, Draco a ensinara a defender-se de maldições como estas bem a tempo. Um choque de luz poderia ser visto no salão entre gritos assustados e murmúrios dos nobres presentes.


-Estupore!!!


Vociferava Astoria.


-Incendius!!!


Responde Ginny lançando um jato de fogo sob a cabeça da Greengrass derrubando longe sua tiara e deixando alguns fios de cabelos chamuscados. Agora o grande salão de festa tornava-se palco do duelo entre as duas mulheres do príncipe sonserino, a grifinória e a corvinal.


-Reducto!!!


Ataca a duquesa, mas Ginny não precisava se esquivar, antes que a ruivinha tivesse a chance de responder...


-Impedimenta! Incarccerus!!!


Gritava Zabini surpreendendo a todos e prendendo a Greengrass novamente, e com a varinha apontada em sua direção.


-A pena para um ataque desleal a um membro da realeza Malfoy é a forca!


Anuncia Zabini com um sorriso malévolo que deixou a duquesa pálida, assim como a rainha que tinha os olhos amplos em terror. Todos no salão recuavam assustados temendo serem o próximo alvo da realeza sonserina. Não poderiam assumir lados, apenas permanecer em silencio.


-Kiara!!! Não deixe ninguém dentro deste salão lembrar-se deste lamentável acontecimento!!!


Exige a rainha para sua elfa antes de voltar-se para Zabini com ar de repugnância e desgosto. A pequena elfa gira sua varinha no ar murmurando “Obliviate” depois disso todos no salão não recordavam de mais nada das ultimas meia hora...


-Creio que este não seja o melhor lugar para discutirmos!


Anuncia Narcisa seriamente com a pose soberana sem desviar os olhos de Zabini que permanecia ao lado de Ginny como pedira Draco, o ex-general percebera o verdadeiro risco que a grifinória corria naquele castelo habitado por serpentes e entendia a preocupação de seu amigo com a proteção de sua esposa.


Os quatro retiraram-se do salão, Narcisa seguia a frente de todos sendo seguida de perto por Astoria e por fim Zabini e Ginny que iam lado a lado seguindo até o jardim de inverno onde finalmente Astoria livra-se da sua fúria.


-Como ousas atacar-me como uma besta primitiva???


Acusa a duquesa apontando a varinha para Ginny, mas Zabini entra em seu caminho lançando-lhe um olhar desafiador.


-Com a autoridade e ousadia de uma princesa sonserina!


Rebate Blaise diante de uma Astoria descontrolada.


-Uma plebéia não pode tocar em uma sangue puro como eu!!!


Vociferava a corvinal raivosamente.


-E uma cobrinha arrogante deveria saber manter sua língua venenosa longe dos maridos alheios!!!


Bradava Ginny a ponto de estuporá-la.


-Marido??? Nada mais és que uma concubina do herdeiro Malfoy!!!


Acusa Astoria, mas Zabini interfere novamente.


-Cortaria vossa cabeça fora por insultar a princesa!


Ameaça o ex-general.


-Perdestes o juízo??? Sou a última herdeira do rei Snape!!! Terei de exigir vossa cabeça numa bandeja de ouro soldado, assim como terei o prazer de fazê-la minha escrava pessoal Weasley da grifinória!!!


Ameaça a duquesa para a princesa e ao ex-general que apenas sorria de canto voltando os olhos negros para a rainha Narcisa. Já Ginny trinca os dentes para a Greengrass.


-Ninguém tem o direito de maltratar seres humanos ou mágicos por se sentir superior à eles!!! Todas as criaturas merecem respeito e lady Greengrass foi cruel com pessoas inocentes, não vou tolerar isso!!! E só para constar lady Greengrass... prefiro a forca à servi-la!!!


Defende-se Ginny com coragem, ela não iria recuar quando se tratava de proteger os mais fracos, ela cresceu como a maioria deles, pobre, subjugada pelos mais ricos e humilhada pelos sonserinos por causa de sua origem.


-És realmente uma louca... vossa morte nos seria motivo de glória!!! Faria-nos um favor!!!


Responde Narcisa com repugnância.


-Oras... como tens a audácia de comparar-nos à baixa criadagem??? Eles nasceram inferiores e devem-se considerar honrados em nos servir!!! Poupamos-lhes a vida em troca de sua servidão, isso é nobre e não desumano!!! Assim ensinamos a eles a lealdade!!!


Responde Astoria apertando sua varinha com tamanha força que os nós dos dedos ficaram brancos. As palavras da ruiva a tiravam o senso de sensatez.


-A lealdade de um povo não é construída sobre sacrifício e humilhação! Mas pelo respeito que lhes for mostrado!!!


Rebate a grifinória furiosa, lembrando que tivera esta mesma conversa com Draco na noite em que ficaram na floresta proibida.


-Essa é a estratégia dos fracos!


Responde Narcisa indiferente, no entanto a rainha estava verdadeiramente a observar o comportamento das duas mulheres que em breve estariam ao lado de Draco governando todo o reino.


-Não, essa é a estratégia dos sábios!!! Ninguém em sã consciência manteria sob seu teto criados que alimentam o ódio e o desejo de vingança contra vós!!!


Explica Ginny recebendo um olhar impressionado de Zabini, ele estava entendendo as palavras da princesa e recordando seu próprio passado, sua sede por sangue e justiça ao sacrifício de seu pai despertando no fundo de sua mente.


-A princesa Ginevra tem toda a razão!!!


Anuncia Zabini.


-Um mero criado dando conselhos à nobreza... não estamos em decadência para pedir vossa ajuda!


Responde Astoria com altivez.


-Não imaginava que este era o tipo de mulher que nossas altezas desejavam para o jovem príncipe... descontrolada, fraca e de pouca inteligência?


Provoca Blaise. Ginny tenta suprimir a vontade de rir quando Narcisa estreita os olhos em sua direção.


-Uma grifinória sem nome ou condições não é digna de meu filho! Espero que esteja claro que vossa presença é indesejada neste palácio!


Responde com asco a rainha.


-Não é minha intenção permanecer aqui por muito tempo!!! Este lugar e as pessoas que aqui se encontram causam-me náuseas!!!


Responde Ginny irritada para a sua sogrinha que aperta os lábios com força evitando responder à ruiva.


-Uma selvagem sem a menor educação! É este o modelo de esposa que nossos súditos esperavam do príncipe Malfoy???


Rebate Astoria com um sorriso irônico.


-Aposto que sim!


Responde Zabini seriamente para desgosto da corvinal. Maldito soldado que colocava-se ao lado da princesa e ainda ousava questioná-la como um igual. Certamente os ideais absurdos da garota Weasley da grifinória estavam contaminando seus servos.


-Os sonserinos sentiram-se traídos por uma grifinória de sangue pobre pisar nos terrenos do castelo!!! Assim como toda a família real!!! Acredito que este mal exija uma dose extra de sacrifício para ser reparado... e cuidarei pessoalmente para sua partida de minhas terras mulherzinha!!!


A rainha diz dando as costas para ambos e guiando Astoria para os aposentos reais.


-Agradeço por sua ajuda Zabini... não teria conseguido enfrentar essas duas sozinha...


Diz Ginny respirando profundamente na tentativa de manter-se calma, enfrentar Narcisa e Astoria sem ter de lançar um único feitiço de combate era algo a ser comemorado.


-Gostei da duquesa...


Comenta Zabini para Ginny com sarcasmo enquanto a ruivinha balançava negativamente a cabeça enquanto fitava assustada sua aliança tremendo sob seu dedo anelar.


-Draco está em perigo Zabini!!! Temos que encontrá-lo agora!!!


Diz a grifinória alarmada.


-Como em perigo? Ele não poderia ter... maldição!!! O voto de destruição!!!


Bradou o sonserino correndo ao lado de Ginny pelos corredores do castelo.


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A aliança de Ginny estava gelada, como se a grifinória ostentasse uma peça de gelo e não de ouro em sua mão. A princesa e Zabini correram até a entrada do corredor que daria para a biblioteca. Os dois paralisaram em horror, havia o corpo de um soldado de bruços no chão, assim como de um dos nobres que dançara com Ginny na noite anterior.


A ruiva correu até o soldado virando-o para ela e teve de conter um grito de pavor em sua garganta quando já de joelhos buscou os pulsos do soldado enquanto o ex-general parecia petrificado. Ele nunca conseguira discernir o impacto de se deparar com o corpo sem vida de Theodore Nott.


-Nott???


Questionava Zabini. Quando os olhos da ruiva encheram-se de lágrimas, Blaise teve a certeza... não havia mais chance para seu amigo. A cena deixou Zabini com sede de sangue, Nott era um de seus pouquíssimos amigos no exercito sonserino. Um rapaz nobre, justo e cheio de sonhos e agora tudo estava acabado para ele.


A ruivinha levantou sentindo-se estremecer, cada passo a mais em direção à biblioteca, mais sombrio se tornava aquele castelo... como as palavras de Draco no dia anterior. Pelos ferimentos mortais espalhados pelo corpo do soldado, percebia-se que fora cruelmente assassinado e algo lhe dizia que o causador de cada uma daquelas feridas estava ao seu lado...ele deveria estar longe dessas terras, junto à Daphine!!!


-O que será que acontecera à eles nessa fuga???


Os olhos da grifinória alcançaram o lord Greyback. Uma mistura de medo e raiva cresceu dentro da ruivinha, ele ainda respirava, mas parecia apenas inconsciente. Porém, um furioso ex-general lançou uma série de feitiços estuporantes sobre Greyback quando Ginny segura seu braço a tempo, impedindo que tirasse a vida dele.


-Lord Greyback pode ser a única pessoa que saiba o paradeiro de Daphine Greengrass!!! Não podes matá-lo!!!


Insistia a grifinória colocando-se a frente de Blaise, seus olhos também demonstravam a mesma fúria contra Greyback, mas seu coração ainda obrigava-se a pensar na segurança de todos envolvidos no incidente desta manhã. Agora eles tinham uma prioridade, encontrar seu marido Draco Malfoy e depois disso eles saberiam quais as medidas a tomar contra Greyback.


-Depois de encontrar o príncipe, eu juro que farei esse bastardo implorar misericórdia!!!


Vociferava Zabini antes de petrificar o homem e cobrir o corpo de Nott com o manto sonserino de sua própria armadura. Agora segurando firme o braço da princesa seguiram com cautela até a entrada da biblioteca. O ex-general precisava de todo cuidado afinal algo ou alguém fora capaz de derrubar um homem como Greyback então seria perigoso demais expor a princesa à isso.


Quando alcançaram as portas de madeira da biblioteca, Ginny teve apenas um vislumbre de Draco quando as portas se fecharam com o efeito devastador da magia e as vozes desesperadas de Snape e Lúcius poderiam ser ouvidas.


Ginny correu em direção à porta sentindo o coração disparar furiosamente dentro do peito, esmurrando a madeira escura enquanto gritava por Draco. Zabini lançava todo o tipo de feitiço para desbloqueio que conhecia, mas as portas não pareciam se mover, um barulho épico e assustador poderia ser ouvido pelos dois, como se havesse um furacão dentro daquele lugar.


Passaram-se vários minutos assim, sentiam todo o chão tremer e o ar esfriar antes de conseguirem explodir as portas. Seus olhos ardiam em desespero, a magia que emanava da biblioteca era intensa, atordoante, capaz de sufocá-los.


Sentindo-se estremecer rapidamente a Weasley leva uma mão à boca impedindo-se de vomitar, aquele ambiente a fazia mal, todo seu corpo parecia reagir à magia das trevas, ela apenas desejava sair de lá o mais rápido possível, porém a incerteza sobre o paradeiro de seu príncipe a obrigou a vencer esses breves obstáculos à procura do seu marido.


-Ginevra este lugar está amaldiçoado, não podemos permanecer por muito tempo... Draco já não encontra-se aqui!


Zabini tenta tranqüilizar a Weasley pousando hesitante uma mão sobre seu ombro, mas a ruiva desvia rapidamente do ex-general voltando-se para ele desesperada.


-Ele está aqui sim!!! Eu senti seu chamado, ele tem que estar em algum lugar dessa biblioteca e eu irei encontrá-lo!!!


Bradava Ginny entre lágrimas, uma voz no fundo do seu coração gritava que algo muito ruim acontecera ao sonserino, ela não conseguia sentir mais vida na aliança Black e a presença do príncipe parecia quase inexistente agora.


-O voto de destruição foi ativado... Draco conhecia as conseqüências, não há mais nada a ser feito!


Explica Zabini pegando o pergaminho e tentando tirar a grifinória daquele lugar.


-Não!!! Draco não se foi Zabini!!! Ele não poderia... não agora... ele não me abandonou aqui!!!


Gritava entre soluços a princesa caindo de joelhos no chão e cobrindo o rosto com suas mãos trêmulas.


-Princesa...


Começa Zabini ajoelhando-se diante dela, mas o grito de agonia e desespero da grifinória o fez paralisar. Ela batia os punhos no chão descarregando toda sua dor, chamando o nome dele, derramando lágrimas grossas e cobrindo seu rosto com tristeza absoluta. O ex-general tinha de respeitar sua aflição.


-Eu não posso continuar sem o Draco!!! Meu amor me dê algum sinal, por favor...


Gritava a Weasley deixando-se cair no chão de madeira escura, abraçando seu ventre com força tentando consolar-se e ignorando a aliança fria em seu dedo anelar.


-Temos que sair desta biblioteca Weasley...


Insiste o ex-general, ele iria fugir com ela para longe... como Draco o havia instruído caso algo desse errado com seu plano. Ginny leva a mão esquerda ao rosto fitando entre mais soluços a sua aliança reluzir emitindo uma vibração tão frágil que a ruiva mal percebera.


-Ele não teria me chamado se não tivesse escolha Zabini!!!


Ela fecha os olhos permitindo-se ouvir apenas as batidas cruéis de seu coração. Ele não a teria deixado, ele não teria assinado aquele voto se não tivesse a certeza que nada seria capaz de afastá-los!!!


“Vamos Ginevra Malfoy... pensa...” obrigava-se a ruivinha. Ela então enxuga algumas lágrimas e percorre os olhos por todo o chão ao seu redor até que levantou-se com dificuldade, sua visão era turva, ofegava bastante e seus passos eram incertos, mas a grifinória levou a varinha, apontando-a para o bureau com determinação.


-Bombarda!!!


Gritou a garota e logo a pesada peça e madeira nobre fora arremeçada à metros de distancia. Os olhos de Blaise ampliaram-se em choque. Havia um alçapão debaixo do bureau. Ainda com a varinha apontada para o mesmo local a grifinória anuncia:


-Vamos encontrar o meu marido Zabini!!!


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Foi no cair da noite que o príncipe Harry, sua esposa Hermione e um visivelmente contrariado Ronald chegaram ao acampamento do exercito Lufa-Lufa. Cedric tinha um largo sorriso em seu rosto ao receber seus convidados grifinórios.


-Perderam o juízo??? Envolvendo o exercito da Lufa-Lufa ??? Vocês querem a ira do Sírius sobre nós também???


Desespera-se Rony avançando sobre Cedric. Que levanta uma sobrancelha em confusão pela reação do general grifinório.


-Calma Rony... Cedrig é nosso aliado, Sírius ainda não sabe de nada!


Explica Harry ao ruivo, no entanto ele volta a questionar o general lufa-lufa.


-Há quanto tempo sabias deste plano?


Agora Hermione desvia os olhos do ruivo, Harry prende a respiração e Cedric ainda sem entender responde solenemente.


-Oras desde o retorno da lady Hermione!


Essa fora a resposta errada, segundo Diggory, pois a careta de incredulidade do outro general, com os olhos exageradamente amplos e o queixo caído.


-Todos sabiam menos o general de primeira divisão e melhor amigos daqueles que arquitetaram toda essa “fuga” e “ataque surpresa” ao Lord das trevas mais temidos das ultimas décadas???


Agora Rony estreitava os olhos e apertava a mão sobre o punho da sua espada.


-Ronald Weasley, seu comportamento está passando dos limites!!! Como já dissemos anteriormente, sabíamos que evitaria ao máximo que seguíssemos em frente com o nosso plano, sua responsabilidade é manter Harry em segurança, de qualquer forma só poderias fazer isso estando aqui com ele!!!


Esbraveja Hermione já impaciente cruzando os braços e estreitando os olhos para o ruivo, mas Harry a abraça por trás a tranqüilizando.


-Mione essa raiva pode fazer mal ao nosso bebê!


Sussurra o moreno antes de voltar-se para Ron.


-Temos um grupo agindo secretamente na Sonserina há algum tempo Ron, temos Neville no castelo, Luna no vilarejo, Batilda Bagshot no interior da cidade e Dobby na floresta proibida onde conseguiu uma trégua com os elfos para podermos agir!!!


Explica Harry seriamente quando Cedric puxa um mapa semelhante ao que Hermione mandara codificado em runas para Harry semanas antes.


-Nossa localização nas fronteiras está protegida por encantos de desilusão e barreiras especiais, estamos em vantagem uma vez que boa parte dos soldados sonserinos concentram-se nas terras do castelo para proteger a reunião de Lúcius e Snape para o casamento real dos seus herdeiros diretos ao trono!!!


Começa o Diggory ganhando agora um olhar impressionado de Ron.


-Temos quanto tempo para entrar em batalha?


Questiona o general grifinório.


-Creio que uma semana!


Responde Hermione, recebendo a atenção de todos.


-Porque tanto tempo?


Pergunta Ron.


-Hermione suspeita que o lord das trevas tenha o apoio dos lobisomens!!!


Fora Harry que respondera a pergunta do Weasley que ganhou uma expressão sombria.


-Remus poderia nos ajudar!!! Porque tanto segredo Harry?


O general parecia inconformado com isso.


-Por que não podemos chamar atenção demais! Queremos derrubar o lord das trevas primeiro, enfraquecendo a realeza sonserina para depois vencermos esta guerra!!!


Anuncia o príncipe com determinação, ele já estava farto de todos os riscos envolvendo aqueles que mais amava.


-Quero derrubar Lúcius e Snape!!!


Interfere Cedric com semblante sombrio.


-Teremos justiça Cedric, acabaremos com essa guerra o quanto antes!!! Não vou permitir que meu filho viva em tempos de guerra!!!


Promete Harry, no entanto Rony o encarava estupefato.


-Filho??? Você vai ser pai???


Questiona furioso o ruivo agora olhando para Hermione em choque.


-Vocês!!!


Gritou o Weasley apontando para seus melhores amigos acusadoramente.


-Mentiram para mim!!! Me arrastaram para uma missão suicida e agora descubro que a Mione está grávida e entrando nessa guerra??? O que mais preciso descobrir??? Temos Snape como aliado???


Ironiza o general sentando-se numa das toras de madeira que serviam como banco quando Daphine Greengrass entra em cena.


-Meu tio pode não contar como aliado, mas eu lutarei como aliada da Grifinória! contanto que eu possa ter a cabeça do Lord Greyback numa bandeija... posso revelar tudo o que sei sobre os Malfoy!!!


Cedric estava pálido, e antes que qualquer um questionasse a presença de uma duquesa corvinal em seu acampamento militar ele apressasse em contar como a encontrara ali.


Depois de longas horas de conversa na cabana do general Diggory Rony saiu mais vermelhos que seus próprios cabelos, sendo seguido de perto por Hermione e Daphine e com Harry e Cedric segurando em cada braço do grifinório.


-EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO DO DRACO MALFOY NINGUÉM TOCA NA MINHA IRMÃZINHA!!!!


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Capítulo rapidinho para vocês!!! Eu reconheço que é beeeeeeeeeeem curtinho, mas please não me matem prometo que próximo post compensarei com bônus!!!! Hauhauhauhauahuahua a partir de agora vamos entrar numa versão mais sombria da fic.


Ray Malfoy!!!!!!!!! (se esconde atrás do Draco) Mil perdões pela demoraaaaa, tive probleminhas pessoais que me impediram de postar esse ultimo capítulo T_T maaaaaaaaaaas, o Barraco no castelo esteve à altura??? O que achou da reação da Astoria e da intromissão de Zabini??? E quando ao desaparecimento do Draco, Lúcius e Snape???? Alguma teoria em mente??? Rony esta mesmo furioso com tantos segredos guardados dele por seus melhores amigos e depois de Daphine revelar a situação de Ginny e Draco as coisas prometem ficar muito mais emocionante de agora em diante!!! Agora que Daphine está ao lado dos grifinórios ela vai implacar em sua vingança, em especial a um certo lord de nome Greyback!!! Hauauhauhauhauahua!!! Comentaaaaa me diz se gostou, o que pode melhorar... lembre-se essa fic é em sua homenagem pleasee não me abandonaaaaa!!!


Nakka (tia Gaby) pelo amor de Merlin não me mataaaaaaaaaaa!!!! Eu amo tanto seus comentários!!! Eles me inspiram o/ aaaaaahhh... Acho que ainda vou deixar você nervosa por mais tempo já que o Draco está desaparecido depois do voto de destruição (se esconde dos avadas) e agora Ginny não tem mais a certeza que seu vinculo com Draco ainda existe!!! Alguma idéia do que significa a aliança ficar gelada???? Ahhh me diz o que achou da reação da Ginny ao ataque surpresa da Astoria??? Gostou do confronto??? E da Daphine preparando-se para vingança ao lado dos grifinórios??? O fogo Weasley da vez foi transferido para o Rony ele vai virar a sonserina da pernas para o ar a partir do próximo capítulo *-* comentaaaa maiss!!!!

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