Abrindo o Coração




Capítulo 20


Luna entrava no estúdio que dava para a sua casa olhando de soslaio para os lados, verificando a presença de algum conhecido, e ao notar que o local estava tranqüilo faz um sinal chamando Ginny e o ex-general Zabini para dentro. O momento fora tranqüilo, já que todos a essa hora encontravam-se em suas casas ou tavernas para o almoço.


Rapidamente os dois seguiram a loirinha escondendo-se por baixo de suas capas após Luna fechar a porta, Ginny puxa o capuz, revelando seu rosto corado sob uma respiração ofegante, esgueirar-se pelas sombras do vilarejo escondendo-se de qualquer conhecido fora uma árdua tarefa.


-Venham!


Instruía a loirinha tirando um grande molho de chaves do bolso do vestido e abrindo a porta que dava para a casa dos Lovegood. O coração da ruivinha acelerava desesperado, ela finalmente veria seu pai, e esse pensamento à levou a morder os lábios em antecipação e sentir as mãos soarem frio.


-Ele está no antigo quarto da Mione!


Diz Luna suavemente apontando a escada para Ginny que hesitou ao tocar a mão enluvada sobre o corrimão de madeira. Pressentindo a angústia da amiga, Luna segura seu ombro afavelmente.


-Ele a aguarda desde o dia que desapareceu Ginny! Ele continua resistindo e se cuidando a cada dia para ficar bom e encontrá-la!


Consola a loirinha diante dos olhos preocupados da grifinória. A ruiva apenas afirma com um gesto leve de seu rosto e sobe o primeiro degrau quando Zabini a segura pelo braço a fitando desconfiado.


-Não esqueças... deves manter segredo sobre sua atual condição!!!


Adverte o ex-general recebendo um olhar irritadiço da Lovegood que o empurra para longe da amiga.


-Vá em frente Ginny!


Ordena a loira quando aponta a varinha ameaçadoramente para o ex-general.


-Agora vais me dizer o que fizestes à minha amiga!


Desafia a Lovegood quando ele cruza os braços a fitando exasperado, essa garota só poderia ser maluca, mas cumpriria sua promessa afinal, considerava Xenófilo um bom amigo, porém quando colocou uma das mãos sobre o casaco ela quase o estuporou.


-Ficastes louca?


Gritava estarrecido ao ver um raio amarelo passar raspando pelo seu pescoço.


-Não confio em nenhum membro do exercito sonserino!!!


Bradava furiosa Luna apontando a varinha para o rosto do ex-general.


-Diabos!!! Vosso pai garantiu-me que eras uma moça bondosa e gentil e não uma psicopata!!!!


Rebatia feroz arrancando a carta e a correntinha do senhor Lovegood levantando-a à altura dos olhos de Luna como quem apresenta uma bandeira de paz. A loirinha amplia os olhos em choque.


-Onde conseguiu isso?


A expressão furiosa retornou ao rosto da Lovegood enquanto Zabini praguejava sua sorte, ela se quer o deixara explicar-se, ah agora Draco devia-lhe uma... e pagaria com juros por isso! Afinal ele não poderia fugir da casa dos Lovegood enquanto a princesa não terminasse a conversa com o seu pai.


Enquanto isso Ginny girava a maçaneta dourada da porta, abrindo-a lentamente avistando a figura de seu pai, deitado sobre os lençóis brancos e com vários copos de poções fortificantes sobre o criado mudo ao seu lado.


Entrando devagar ela consegue perceber as janelas entreabertas permitindo a luz do sol adentrar através das cortinas finas iluminando diversos aparatos e apetrechos que ele provavelmente usara para suas invenções.


Um sorriso involuntário formou-se, o sonho de seu pai era ser inventor. Carinhosamente ela fitou o senhor de cabelos ruivos e brancos movendo-se durante o sono, ele parecia tão mais velho e frágil desde a última vez que o vira. Sentando-se ao lado da cama ela acariciou os cabelos de Arthur permitindo que suas lágrimas caíssem pelo rostinho delicado.


-Papai...


Diz fracamente ao beijar sua testa. E no mesmo instante os olhos do senhor Weasley abrem em súbito.


-Minha filhinha? Minha Ginny??? Não é mais um sonho?


Questiona o mais velho com os olhos rasos de lágrimas.


-Sim papai!!! Estou de volta! E senti tanto sua falta!!!


Os dois abraçavam-se emocionados. E quando finalmente soltaram-se do abraço o senhor Weasley a fitava maravilhado, sua filhinha havia crescido, abandonando os traços infantis em seu rostinho, a forma como seus cabelos caíam em cachos perfeitos através dos ombros, o brilho profundo em seus olhos... ela lhe parecia mais madura, mais reluzente e viva do que nunca. E ele constatou emocionado que a garotinha que ele buscava, tornara-se uma belíssima mulher.


-O que aconteceu naquela tarde minha pequena?


Pergunta Arthur carinhosamente à sua filha.


-Oh papai aconteceram tantas coisas... quando saí de casa para levar as poções ao vilarejo...


Assim a ruivinha contou boa parte da sua história, omitindo alguns fatos como ser aprisionada por Zabini em troca da liberdade do pai e da fuga com o príncipe sonserino amaldiçoado, ela apenas lhe disse que estava ajudando a curar o príncipe do condado à curar-se, mas era em segredo por se tratar de uma grifinória.


Porém o senhor Weasley não deixou de notar a aliança reluzente em seu dedo anelar esquerdo, deixando a grifinória nervosa na tentativa de elaborar uma boa resposta ao seu pai.


-Eu não posso continuar escondendo isso do senhor papai...


Ela diz com pesar.


-Meu anjo, nada pode me deixar mais feliz do que a sua presença! Saber que estás bem e segura, protegida das maldades e tiranias desse exército sonserino!!! Mesmo um matrimônio tão repentino como este!


Explica Arthur tranqüilizando a filha, ele a conhecia muito bem, e sabia que ela o escondia muitas coisas, mas também acreditava que em algum momento ela lhe revelaria a verdade, pois assim era a sua Ginevra.


-Eu estou casada papai... com um homem maravilhoso! O meu príncipe encantado de verdade, ele é doce, atencioso, protetor e romântico, mas apenas quando o deseja ser!


O senhor Weasley a ouvia atentamente, ele parecia impressionado como os olhinhos de Ginny brilhavam ao mencionar o seu cônjuge.


-Minha querida, se ele é um homem tão bom... porque temias a contar-me sobre sua união?


Questiona Arthur confuso ao que Ginny respira fundo reunindo toda sua coragem grifinória antes de responder sem hesitação.


-Ele é um legítimo sonserino, possessivo, astuto e cabeça dura! Além de arrogante, irritante e muito cheio de si!!! Nós passávamos a maior parte do tempo a nos repelir de todas as formas possíveis e cheguei a pensar que ele odiava-me!


Confessa Ginny sentindo o coração apertar com as lembranças dos primeiros dias na mansão Malfoy. O pai da ruivinha estreitara os olhos mantendo em mente que seu genro era um sonserino nato, e isto o preocupava.


-Éramos obrigados a passar boa parte do nosso tempo juntos até que numa tarde de tempestade, ele se tornou o meu herói... eu descobri em seus olhos algo que eu jamais vira com tamanha opulência...  eu consegui enxergar nos olhos dele um sentimento tão profundo e tão fabuloso que não pude resistir!


A ruivinha ruborizou ao lembrar o primeiro beijo.


-Quando percebi já havia entregue meu coração! Eu o ensinava a entender a importância das pequenas coisas, da simplicidade e resignação, em troca ele me mostrou o seu mundo, seus medos e sonhos, me colocou como a dona de sua esperança e liberdade e agora eu me sinto tão completa e tão sublime ao seu lado, que nada nesse mundo poderia pagar o preço de tê-lo encontrado!


Diz com um suspiro a grifinória diante da expressão admirada de seu pai. O senhor Weasley demorou longos minutos a absorver a revelação surpreendente de sua filha até que apertou as mãos da grifinória entre as suas com ternura em seu olhar.


-Minha filha, anseio por encontrar o felizardo que roubou-te o coração! Pois, se ele a faz feliz terá a minha bênção!


Com essas palavras a garota joga-se nos braços do pais entre lágrimas de pura emoção, temia tanto desapontá-lo com a revelação de seu casamento, odiava mentir, principalmente para seu pai, mas contou-lhes sobre sua união ocultando a identidade do seu marido e as atuais circunstancias no castelo.


Percebendo que o tempo passava rápido ela tratou de mudar de assunto verificando as poções e a condição de saúde do seu pai o surpreendendo ao usar uma varinha para examiná-lo. Momentos depois prometendo retornar o mais breve possível a ruivinha despediu-se de seu pai e desceu as escadas encontrando uma Luna enraivecida atacando o ex-general Zabini que usava parte da mobília da casa dos Lovegood para se proteger.


-O que fez ao meu pai?


Luna parecia pronta para atacá-lo novamente quando Ginny interferiu colocando-se entre os dois.


-Já chega! Luna Zabini está aqui para entregar-lhe uma importante mensagem do senhor Lovegood! Ele conseguiu fugir das masmorras esta noite com a ajuda dele!


Explica a ruivinha para a amiga que a fitava com um semblante preocupado.


-Isso é verdade?


Pergunta Luna docemente para Zabini que a encarava como se ela fosse a própria bruxa das trevas.


-Ele enviou-me com essa corrente afirmando que seria a sua prova!


Diz Zabini estendendo a carta e recolocando o capuz ao se recompor.


-Agora Weasley, temos que ir!


Diz severamente o ex-general puxando-a pelo braço, mas a ruiva fora mais rápida escapando de suas mãos e abraçando Luna novamente ao sussurrar:


-Darei um jeito para encontrá-los novamente, por favor, cuides de meu pai!


Implora a ruivinha ao que Luna afirma com um gesto do rosto antes de deixá-los ir.


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Daphine tinha a respiração descompassada e seu coração parecia que iria dilacerar dentro de seu peito. Cavalgava a toda velocidade inclinando o corpo para frente desviando dos feitiços paralisantes dos quais era o alvo. Haviam mais de trinta homens a persegui-la, todos liderados por Greyback.


Todo seu esforço era dobrado a partir do momento que carregava seu amado Nott desfalecido em seu colo. Com a varinha em punho e com as rédeas acirradas entre os dedos da mão a loirinha não pensa duas vezes antes de avançar em direção à fronteira.


Há muito já desviara do caminho para Corvinal ou Lufa-Lufa... de agora em diante estava seguindo para seu maior inimigo... o reino da Grifinória, com um cavaleiro sonserino ferido e ostentando ainda as jóias e a coroa da Corvinal. Daphine sabia, desde o momento que escapara do palácio Malfoy, que não haveria mais volta.


Selou seu destino de uma vez por todas e não se arrependeria jamais, estava lutando com garras e dentes pelo seu grande amor. Cerrando os olhos a duquesa aponta a varinha para trás lançando uma sequencia insana de maldições que abriam desde buracos no solo até explodir os homens longe de seus cavalos.


O caminho que seguia dava para um campo aberto, desta forma estria mais vulnerável ainda aos ataques inimigos, precisaria cruzar todo o campo e atravessar os vales entre as montanhas que afastavam os reinos da Sonserina do Grinfinório.


-Daph...?


A voz do sonserino a fez congelar seus pensamentos e mesmo sem desacelerar o ritmo da fuga ela o fitou com imensa ternura, ele estava tão machucado, tão pálido e abatido que a duquesa não conseguiu controlar as lágrimas que se formavam em seus olhos azuis. Ela sentia-se tão culpada ao vê-lo assim, ferido.


-Daph meu amor, não chores!


Pedia com a voz embargada o cavaleiro que conteve um grunhido de dor ao tentar mover-se de sua posição, deitado de barriga sobre o cavalo.


-Nott, não se mexa mais! Logo estaremos longe deste pesadelo!


Dizia a corvinal desviando o olhar para o horizonte onde estaria a fronteira com a Grifinória. Esforçava-se para não chorar, ela recusava-se a agir como uma donzela em perigo, não era nenhuma menininha indefesa, ela não era a rainha de gelo por qualquer motivo.


Nesse momento mais feitiços explosivos passavam de raspão pelos ombros da duquesa, eram tão precisos quanto flechas e acertavam o solo logo a frente obrigando a loira a puxar as rédeas de uma única vez quase derrubando a si mesma e a Nott que agarrou-se à cela com um dos braços e com o outro segurou Daphine pela cintura a mantendo no controle do cavalo.


-Daphine, pare o cavalo!


Exige Nott lançando um olhar assassino para seus perseguidores. Os olhos da loirinha ampliaram-se em choque.


-Não! Seria suicídio!


Responde horrorizada a corvinal apertando as rédeas em suas mãos.


-Daphine eu disse para parar o cavalo agora!


Sibilava transtornado o cavaleiro usando toda a força para sentar-se tomando as rédeas da loira, e parando o cavalo, desce no meio do campo diante de uma Daphine desesperada.


-O que estais a fazer?


Gritava para Nott que a impediu de descer.


-Salvando a sua vida!


Responde o sonserino com um semblante sombrio.


-O quê? Nott não é hora para brincadeiras!!! Subas logo neste cavalo e vamos!


Exigia a corvinal sentindo-se angustiada, não acreditava no que ele estava afazer.


-Daphine, deves seguir até as fronteiras grifinórias sem olhar para trás!!!


Diz seriamente o sonserino diante dos olhos marejados da loirinha.


-Não! Recuso-me! Não irei sozinha!


Bradava a duquesa segurando defensivamente sua varinha, mas o olhar de Nott a fez recuar.


-Não ouses colocar-se em risco!


Vociferava o moreno tirando a espada da bainha e posicionando-a antes de puxar uma varinha com a outra mão e murmurar um encanto de desilusão sobre ela e o cavalo.


-Não posso suportar a idéia de arriscar sua vida!!! Eu não quero me afastar de você!


Agora Daphine já permitia as lágrimas correrem livre por sua delicada face, Nott ao perceber sentiu-se morrer aos pouquinhos por dentro, ela era seu anjo, inalcançável e brilhante.


-Ao protegê-la estarei protegendo a mim mesmo! Daph, és a minha vida, a coisa mais preciosa que já encontrei em meu caminho! É como uma estrela no céu escuro desta guerra e já contento-me em saber que todo esse nosso sacrifício valeu à pena se puder te ver finalmente livre! Livre para brilhar tão poderosamente quanto o sol, por que estarei sempre aqui dentro do seu coração sentindo todo o calor que irradia de ti! Estaremos para sempre juntos, eu prometo!!!


As palavras de Nott soavam como uma promessa e uma despedida, o frágil coração da corvinal não suportaria deixá-lo.


-Não vou deixá-lo!


Ela gritava revoltando-se.


-Prometa-me!


Gritara o moreno segurando a mão da loirinha admirando-a como uma jóia divina sobre um altar em adoração. Ela estava tão linda, lembraria eternamente daqueles olhos azuis como os céus, céus onde chegou a alcançar a cada vez que a viu sorrir para ele.


-Prometa-me Daphine!


Agora o sonserino lutava contra a vontade de derramar suas próprias lágrimas.


-Nott, eu não posso, essa fuga não terá o menor sentido sem vós...


-Em nome do amor que sentes por mim Daphine! Prometa-me!!!


Exigia Nott desesperando-se ao ver que os homens de Greyback se aproximavam deles.


-Digas que eu o verei novamente!


Implora Daphine sentindo-se enfraquecer completamente.


-Estarei sempre olhando para vós!


Diz o sonserino antes beijar carinhosamente sua mão guardando a sensação suave de ter a pele da loirinha em seus lábios, ah, um dia ele sabia, um dia iriam reencontrar-se, e ele a veria sorrir, e poderia ser finalmente feliz.


-Adeus Daph!


Diz Nott antes de virar-lhe as costas e correr contra Greyback que possuía uma expressão cruel em seu rosto. Agora o cavaleiro sonserino apostaria sua própria vida que ninguém se aproximaria de Daphine até que ela tivesse cruzado a fronteira, não importando o seu destino após isso, ele não temia perder a vida se isso significasse que Daphine ganharia sua liberdade.


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Astoria estava radiante, seus olhos cintilavam. Não encontrariam outra palavra para descrevê-la além de magnífica! Todos os convidados que pousassem seus olhos sobre a sobrinha mais nova do rei Snape estariam enfeitiçados por sua beleza.


As duas criadas de Narcisa estavam a atendê-la esta manhã, enquanto a mais velha delas ainda estava a observá-la atentamente enquanto escovava seus longos cabelos castanhos, a outra separava-lhe os vestidos para escoher.


A senhora cuidava das fitas a amarrar nos cabelos da jovem Astoria enquanto a mesma cuidava em deixar os lábios em um suave tom carmesim que os tornava mais chamativos, ou como ela mesma dissera... atraentes...


A senhora de cabelos prateados não conseguia acreditar que agora eu estava a “servir” a lady Greengrass que tinha tentado separar Draco de sua esposa incontáveis vezes desde seu retorno! Ela desconfiava da Greengrass pela tentativa de envenenamento de Ginny e desde então não conseguia sentir-se bem na presença da corvinal.


Diferente da princesa Ginevra, Astoria era de uma personalidade duvidosa, enquanto a ruivinha não seguia padrões, nem mostrava-se donzela indefesa, mesmo que em muitos momentos necessitasse de proteção, parecia não temer o perigo, mesmo que estivesse sozinha.


A mais jovem era o oposto completo de Daphine, não tinha escrúpulos, era traiçoeira e fingia muito bem diante daquelas que a interessavam, especialmente seu tio Snape.


A criada não entendia como a astuta rainha Narcisa a tomara por protegida, será que não enxergava a falsidade nos olhos dela? Talvez fosse mesmo este o motivo que fizera a rainha cair aos “encantos de Astoria”.


-Tragam-me o baú de daphine! Creio que ela já não precisará usar seus vestidos de gala, e esta tarde pretendo estar apreciável aos olhos do príncipe Draco!!!


Comenta com entusiaso a Greengrass.


-Como desejar milady!


Responde a mais nova, porém um brilho crue atravessou os olhos da corvinal.


-Não dirija-se à mim como milady! A partir deste momento, devo ser chamada por Duquesa Greengrass!


A voz de Astória era feroz, e seu rosto contorceu por completo numa careta de repugnância às criadas.


-Sim duquesa Greengrass!


Repetiam ambas em uníssono, retirando-se do quarto.


-Espero que Draco não demore muito a retornar!!!


Diz Astoria voltando para a penteadeira com um sorriso apaixonado nos lábios. Se o plano de Lúcius vingasse, ela seria em breve a esposa do herdeiro sonserino assumindo o lugar de sua irmã Daphine e livrando-se da garota Weasley.


-Ela seria uma perfeita criada! Seria obrigada a presenciar minha felicidade e ascenção ao lado dos Malfoy, ocupando um lugar que nunca será seu!!!


Comenta Astoria sentindo-se renovada ao fazer novos planos. Ela só tinha  uma certeza... em breve haveria um casamento, o “seu” casamento!!!


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-Um voto de destruição?


A voz de Narcisa soara estarrecida.


-Sim! Este voto estará completo assim que Draco retornar ao palácio com aquela garotinha desagregada da Gifinória!


Diz Lúcius com arrogância atirando o pergaminho sobre a mesa que o separava de Narcisa. Os olhos da rainha alargaram-se chocados e suas mãos tremiam.


Não ousaria se quer tocar naquele objeto de aparência inofensiva, sabia que em seu interior haveria uma grande quantidade de magia das trevas guardadas suficiente para apagar toda a existência de uma pessoa.


-Poderíamos machucar nosso filho!


Diz fracamente a Malfoy sem tirar os olhos do pergaminho, ela sentiu um arrepio gelado percorrer sua nuca, a intenção de Lúcius  a assustou.


-Assim como poderíamos privá-lo de uma visita do Lord das Trevas!


A voz de Lúcius tinha um nuance definitiva e seu semblante era tão impassível que mal parecia discutir algo que colocaria a vida do próprio filho em risco mortal.


-Não posso concordar com isso Lúcius!


A rainha balançava negativamente a cabeça.


-Prefiro enforcá-la! Tirar-lhe a vida com minhas próprias mãos! E já pensastes no que fazer caso ela esteja mesmo esperando um filho???


A voz de Narcisa alterava-se gravemente, a ideia de algo que pudesse ferir Draco a apavorava, entretanto, a possibilidade de vingar-se da interesseira Ginevra a agradava profundamente.


-Após fazer Draco assinar este voto, o destino da plebeia ficará em suas mãos Narcisa! Não me importo com o futuro dela ou de um possível bastardinho!


Os olhos de Narcisa ganharam um brilho cruel.


-Se for preciso mate-os o mais rápido possível!!! Quanto mais rápido ela desaparecer da vida de Draco, melhor para nosso reino!


Completa o soberano antes e invocar um dos seus elfos domésticos ordenando que preparasse a recepção ao príncipe e sua esposa para o mais breve possível. Agora ele sabia exatamente o que fazer para obrigar seu filho a assinar aquele pergaminho com seu próprio sangue!


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Zabini levara Ginny pelo mercado, tentando não levantar muitas suspeitas ao comprar algumas peças de roupas com as moedas de ouro que conseguira roubar de um senhor no caminho. Depois de alguns minutos, os dois seguiram para um beco na área mais sombria do vilarejo, onde encontraram boa parte dos homens de Zabini numa cabana abandonada.


-Trouxe comida e algumas roupas!


Anuncia o ex-general jogando um saco de comida e outro de roupas no meio deles que estavam em círculos.


-Não vai comer também?


Questiona um deles, mas Blaise o interrompe.


-Ainda tenho um outro negócio a tratar!


Responde mecanicamente puxando Ginny pelo braço e a guiando para fora da cabana.


-Onde vais me levar agora?


Questiona a ruivinha já cansada do tratamento frio de Blaise Zabini.


-Draco deixou bem claro que não a quer sozinha com meus companheiros de cela, a única forma de evitar isto é levando-a até ele!


Explica indiferente o moreno recebendo um olhar fulminante da grifinória.


-Até quando vais tratar-me como uma mercadoria?


Bradava a ruiva soltando-se dele e colocando as mãos na cintura numa pose brava.


-Até ter a certeza de que nãos estais a manipular as coisas Weasley!


Diz Zabini ao estreitar os olhos para a grifinória que abra a boca indignada.


-Como eu poderia manipular algo???até pouco tempo atrás eu só sabia produzir algumas poções para ajudar a saúde de meu pai e agora sou uma manipuladora de inocentes?


Os olhos da ruivinha faiscavam furiosos.


-Amortentia poderia muito bem servir-lhe!


Responde em tom provocativo o sonserino e Ginny segurou a vontade de estapeá-lo ali mesmo.


-Ainda insistes nisso? Eu não o enfeiticei!!! Preciso jurar pela minha vida? Ou desejas interrogar-me quem sabe usando veritasenssun?


Desafia a grifinória o encarando com coragem.


-Não preciso de veritasenssun para perceber quando mentem para mim Weasley... conheço muitos métodos capazes de persuadir uma pessoa a me contar a verdade!


Ameaça Zabini.


-Mas acredito que vosso esposo me arrancaria a cabeça se ousasse realizar qualquer um deles com a sua princesa!


Fala sarcasticamente Zabini sendo surpreendido pela varinha da grifinória em seu pescoço perigosamente acompanhado de um olhar colérico.


-Não tenho medo de dizer-vos a verdade!!!


A garota o surpreende novamente ao entregar sua varinha ao ex-general.


-Arranque a verdade de mim!


Exige Ginny diante dos olhos chocados do sonserino. Ele tomou a varinha de sua mão hesitante.


-Não posso fazê-lo!


Responde Zabini desviando o olhar.


-Porque não? Se vais ficar ao nosso lado e ajudar o Draco nessa vingança, preciso que confies em mim!


Argumenta a gifinória e Zabini aponta a varinha para ela estreitando os olhos, os olhos dos dois encontraram-se num choque antes que ele murmurasse:


-Legilimency!


Depois disso Ginny sentiu-se completamente zonza e quase fora ao chão se não fosse por Zabini a segurá-la no ultimo instante. O sonserino estava em choque absoluto, conseguira ver através dos olhos da ruivinha toda a sua vida!


Desde a ida para o reino sonserino para curar seu pai, deixando a família para trás, os anos de trabalho para sobreviver durante a guerra, a solidão, o medo de não voltar a ver seus irmãos, o momento em que defendeu o elfo do cavaleiro, a fuga na floresta proibida, a estadia tempestiva na mansão Black, o segredo do broche em forma de flor, o casamento, a chegada à sonserina e a recepção dos Malfoys.


O ex-general ofegou diante de tudo o que conseguira descobrir. Em nome dos céus como tanta coisa acontecera em tão pouco tempo? Ele conseguiu sentir com a força de uma dilúvio cada um dos medos de Ginny, como ainda menina sentira na pele cada sacrifício para ajudar seu pai.


Ele viu pelos olhos dela, como ele quando general fora cruel com os grifinórios e escravos do reino. Como ela, mesmo tendo os motivos para aproveitar-se do seu poder como princesa, apenas desejou visitar seu pai e dizer o quanto o ama. Ela realmente era uma alma nobre e como o elfo dissera, de coração puro.


Quase que imediatamente flashes de sua infância retomaram sua mente...


Ele lembrou-se dos momentos de sofrimento ao lado do próprio pai, quando chegaram à sonserina como escravos. Viu seu pai ser cruelmente torturado pelo rei Lúcius durante anos. Quando ele ainda pequeno foi levado das escuras e assustadoras masmorras para o castelo onde deveria servir ao príncipe sonserino.


Fora um alívio sair daquele lugar de miséria, mas ele sofreu demais estando afastado do seu pai, que continuou a trabalhar com o dobro de esforços para que seu filho pudesse continuar no castelo, sem trabalhar no campo e sofrer com as torturas do rei. Apenas anos depois, ao completar treze anos, Zabini descobrira que seu pai, Giulio Zabini, fora morto num dos rompantes de fúria do soberano sonserino.


Depois daquele fatídico dia, ele endurecera seu coração e sua alma, permanecendo ao lado de Draco desde então, deixando-se influenciar pelo Malfoy mais novo, entrara em Hogwarts e á muito custo conseguiu entrar no exército pouco tempo depois, deixando para trás as memórias sobre o passado de seu pai.


Passou a seguir os mandamentos de Lúcius como um legítimo sonserino, deixara-se iludir pelas riquezas e pelo poder que alcançara em seu posto de general, acreditando estar acima do certo e errado. Ele abandonara seus sonhos de criança, de tornar-se um grande Lord e ajudar seu pai, agora ele importava apenas consigo e ninguém mais.


O único que sabia de seu era Draco e o rei, ambos conheciam-se bem, o príncipe conseguira convencer seu pai a enviar Zabini com ele para Hogwarts e sempre esteve ao lado do moreno, mesmo que do seu próprio jeito, arrogante, egoísta e também cruel, mas ainda considerando-o um bom amigo.


Sentiu um nó se formar em sua garganta. Estava perdido. Ver as lembranças de Ginny apenas trouxe de volta toda a história de sua vida, seu sofrimento e reacendeu seu desejo por vingança. Zabini ainda permanecia estático com a grifinória respirava pesadamente sentindo uma forte dor de cabeça.


-O que foi isso?


Questiona a ruiva retomando o controle sobre si levando uma mão à cabeça sentindo-se atordoada.


-Eu vi suas memórias!


Explica vagamente o moreno ainda perdido em pensamentos.


-Viu minhas memórias? Mas você só murmurou “Legilimency...


Ela foi interrompida pela mão de Zabini sobre sua boca.


-Shhh!!! Não vais querer que todos no vilarejo descubram que usamos arte das trevas como magia!


A voz de Blaise era abafada, os dois estavam escondidos nas sombras do beco que dava para a casa abandonada quando passava um casal de sonserinos falando sobre a chegada do rei corvinal.


Os olhos de Ginny ampliaram-se ao ouvir os comentários.


-Temos que avisar ao Draco!!!


Diz a grifinória encarando Zabini com preocupação crescente.


-Venha! Ele está na casa de Batilda Bagshot!


Diz seriamente o ex-general.


-Batilda Bagshot?? Aquela que escreveu os livros sobre magia...


Começa Ginny impressionada.


-Sim ela escreveu os livros mais importantes sobre a magia dos nossos tempos, e sim, ela ainda está viva, é uma das anciãs do reino e Draco a espera em sua casa!


Completa impaciente o sonserino arrastando Ginny com ele até o local.


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Draco aguardava Ginny enquanto explicara a Batilda os últimos acontecimentos de sua vida, a senhora encantou-se com a história do príncipe, e mesmo não concordando em alguns pontos sobre a decisão de vingança do Malfoy, ela o ouvira atentamente apreciando a companhia.


Em pouco tempo uma batida forte na porta de entrada e um elfo doméstico abre a porta.


-A senhora Batida e o príncipe Malfoy os aguardam! Sigam-me depressa!


Instruía o elfo sendo seguido por Blaise Zabini e Ginny que parecia muito angustiada procurando a presença de Draco com os olhos. Ela não estava apenas ansiosa por estar na casa de uma das personalidades mais importantes de Gallzar, mas com o que implicaria a ida de Draco até ela.


O elfo doméstico os levou até uma grande sala adornada caprichosamente nas cores vinho e dourado com inúmeras estantes preenchidas de livros e quadros antigos que pareciam pertencer aos antigos reis de Gallzar. O carpete carmim e a mobília de uma madeira avermelhada completava a aparência da sala, mas estranhamente o local encontrava-se coberto por uma fina camada de poeira.


-Oh! Então são estes... o destemido ex-general Zabini e a princesa Ginevra Malfoy?


Questiona com um sorriso sombrio a velha senhora, estreitando os olhos para focá-los melhor.


-Lady Bagshot!


Zabini a reverencia formalmente.


-É uma honra conhecê-la Lady Bagshot!


Diz fragilmente a grifinória, seu sorriso era fraco e sua pele estava ligeiramente pálida. Ela parecia realmente estranha aos olhos de Draco que levantou-se no momento que entraram na sala, e seguiu até sua esposa com um semblante preocupado.


-Aconteceu alguma coisa?


Questionou o sonserino no ouvido da ruivinha que balança a cabeça negativamente sem o olhar nos olhos.


-Ginny...


Adverte o sonserino apertando os olhos, ele sabia que algo havia acontecido, e logo seus olhos alcançaram Zabini, que balança negativamente a cabeça como se dissesse que ainda não era hora para discutirem isso, escondendo o aborrecimento por não saber o que estava acontecendo, Draco leva Ginny para sentar-se com ele junto à Batilda.


A velha senhora estava em êxtase por receber tantas pessoas em sua casa, passara boa parte de seus dias sozinha na companhia de seu elfo doméstico e seus livros, ter alguém com quem conversar e ainda mais com uma história tão envolvente despertou nela o desejo de agir.


Zabini permanecia perdido em pensamentos sobre seu passado e lançava olhares preocupados à Ginny, ela permanecera em silêncio absoluto desde a sua chegada. Draco parecia ser o único que conversava realmente com Batilda, no entanto sua mão segurava protetoramente a mão de Ginny num aperto firme, mas gentil.


-Creio que chegamos ao momento esperado!


Anuncia Batilda.


-Creio que o príncipe já deixou claras suas intenções ao retornar ao reino ao lado de uma jovem proibida à ele como herdeiro! O casamento dos dois não é visto de bom grado pelo soberano da Sonserina!


A voz de Batilda era firme e despertou a atenção de Ginny que sentiu o coração acelerar com a referência a seu casamento com Draco, quase que instintivamente a grifinória aperta a mão do sonserino possessivamente enquanto mordia o lábio inferior nervosamente.


-O casamento realizado pelas palavras e magias das joias da família Black é um dos mais antigos e poderosos vínculos de Gallzar, no entanto a união matrimonial entre os dois ainda não está finalizada!


Explica severamente a senhora.


-E Lúcius sabe disso!


Diz Draco entre dentes diante de um semblante assustado de Ginny.


-Ele pode recorrer aos anciões do condado e exigir um voto de destruição!


Continua Batilda e Zabini estreita os olhos em choque, Lúcius teria mesmo coragem para isso?


-Voto de destruição?


Questiona a ruivinha pronunciando-se pela primeira vez.


-Ginny... um voto de destruição é um contrato vinculado à magia das trevas, ele é capaz de quebrar qualquer união ou proteção construída pela magia antiga, ao ser assinado com o sangue da vítima!


Começa seriamente Draco encarando os olhos angustiados da grifinória, ele segura ambas as mãos da ruivinha que nunca lhe pareceu tão frágil.


-Mas as consequências para quebrar a magia vinculativa são catastróficas, desde a explosão do núcleo mágico que leva à destruição da alma dos envolvidos à memórias perdidas e morte deles...


Completa Zabini com um semblante sombrio. Ginny estava em mais que absoluto estado de choque. Como um pai poderia ir tão longe arriscando a vida do próprio filho para separá-lo de uma plebeia grifinória.


-Draco!


Ginny o chama com a voz falha ao que o sonserino percebe nos olhos vermelhos dela que estava a pouco de desmoronar, a ruivinha estava segurando sentimentos demais e não conseguiria manter-se assim por muito tempo, Draco pôde perceber agora que eles precisavam imediatamente de um momento a sós com sua esposa.


Pedindo um instante para falar com a grifinória, Draco leva-a para uma salinha ao lado da varanda da velha casa da Bagshot, onde finalmente soltou sua mão e pode envolvê-la em seus braços enquanto a deixava derramar suas lágrimas e seus medos, agora ele estaria ali, protegendo-a contra tudo o que a aflingia com sua propria vida se fosse preciso.


A grifinória afundou a cabeça no peito do sonserino e permitiu que suas lágrimas a tomassem numa onda furiosa e tão dolorida quando o aperto que sentia em seu coração, ela soluçava enquanto envolvia os braços com toda a força sob os braços dele. Sentia-se tão assustada, e permaneceu assim junto ao sonserino por incontáveis minutos sentindo-o afagar seus cabelos com carinho e acariciando suas costas a trazendo mais para si até fazê-la sentir-se mais segura, até perceber suas lágrimas secarem e sua respiração normalizar.


O príncipe sonserino manteve-se em silencio apenas confortando a ruivinha em seus braços, ele respeitou o silencio dela enquanto segurava-se por dentro, era dificil tê-la tão fragilizada sem saber a razão de tanta tristeza... Draco fechou os olhos com força enquanto milhões de ideias percorriam seus pensamentos para levá-la a reagir assim, pensou sobre o encontro dela com o pai, será que ele a rejeitara? Ou se ainda estava vivo? Ela correu algum perigo? Alguém a ameaçou ou a machucou? A Lovegood não a recebeu?O que raios estaria acontecendo? O sonserino já não conseguia evitar a insegurança que o tomava aquele instante.


-Ginny o que aconteceu?Por que estás assim?


Perguntou finalmente quando ela afastou o rosto de seu peito mostrando-o vermelho e molhado de lágrimas, seus olhares encontravam-se intensamente, e o príncipe pode perceber o brilho desolado nos olhinhos da grifinória. Com um semblante preocupado o loiro leva ambas as mãos ao rosto da ruivinha e com movimentos suaves enxugava suas lágrimas uma a uma antes de beijar-lhe ternamente os lábios. o calor que sentiu ao tocar os lábios de Ginny fora o bastante para fazê-lo insistir em saber o que a acontecera, queria arrancar dela qualquer dor ou sofrimento.


-Por favor, Ginny... o que aconteceu?


Pedia Draco mais uma vez mergulhando nos olhos da ruivinha, o coração do sonserino estava acelerado em ansiedade quando ela quebrou o olhar fechando os olhos novamente.


-Eu... Encontrei o meu pai... ele estava com a Luna, ele estava tão abatido, não saiu da cama desde que eu desapareci e quando o vi ele parecia tão mais frágil...


Começa a grifinória sentindo os olhos arderem na eminência de novas lágrimas, ela respirou fundo antes de continuar enquanto Draco ganha um semblante mais sério, ele percebia o quanto estava sendo dificil para a ruivinha lhe falar.


-Eu não consegui mentir para ele Draco, eu não falei sobre o broche ou sobre seu sobrenome... mas eu contei que estava casada com um sonserino...


Ela diz de uma única vez, estava muito nervosa, visivelmente amedrontada, ela temia que ele condenasse a atitude dela por falar para seu pai algo que ele pedira para manter em segredo, mas para sua surpresa Draco continuava em silencio ouvindo cada palavra sua com atenção. Isso a deu coragem para continuar.


-Ele disse que se meu “escolhido” me faz feliz nossa união teria sua benção! Eu me senti tão feliz... exultante em saber que poderíamos contar com meu pai...


Completa entre uma nova onda de lágrimas, respirando profusamente antes de permitir-se olhar o sonserino nos olhos, fora nesse instante que ela viu quando Draco solta o ar que estava preso em seus pulmões sentindo-se aliviado e beija a testa da ruivinha ao envolvê-la em mais um novo abraço, ele esperava algo muito mais sério e perigoso.


-Mas eu não posso!


Anuncia Ginny afastando-se dos braços do sonserino que a fitava confuso. Ela ofegava balançando a cabeça negativamente, mesmo assim não conseguia encará-lo, estava tão confusa...


-Não podes mais o quê Ginny?


Questiona estreitando os olhos para ela, ela ainda escondia algo e ele sabia disso, o pior estaria por vir agora.


-Não posso permitir que a nossa união o leve a riscos como o voto de destruição!


Grita a grifinória sentindo o desespero a tomar por inteiro, ela tremia levemente e retornara o olhar para ele, Draco reconheceu nos olhos da sua esposa medo, um medo profundo que nem mesmo ele já conseguira ver nos olhos de seus inimigos ou escravos. Ele dera um passo hesitante em sua direção mas ela afastara-se novamente desviando os olhos nervosamente, ela não conseguiria ir adiante caso se permitisse olhar em seus olhos.


-É melhor nos separarmos!!!


Diz entre novos soluços Ginny... Porém, Draco a encarava estupefato ele tinha os olhos paralisados e uma expressão de choque, não poderia crer no que ouvia, levou alguns breves segundos para ele reagir a tudo o que ela dissera. Tomado por um sentimento de ira Draco cruza a distância entre eles segurando seus braços com força a obrigando a olhar no fundo de seus olhos, que agora transbordavam em fúria.


-O que estás a dizer Ginevra? Nossa união não pode ser desfeita!


Vociferava o sonserino perdendo a calma, não poderia tolerar a ideia de perdê-la assim tão fácil, que raios ela não o deixava explicar as coisas e já tomava decisões precipitadas em seu nome.


-Draco isso é loucura! Batilda disse que nossa união não está concluído e se Lúcius o fizer assinar aquele voto eu... eu não vou suportar se alguma coisa te acontecer por estar casado com uma Weasley da Grifinória!!!


Gritara de volta soltando-se dos braços dele.


-E me abandonar agora vai impedir que meu pai ainda o faça?


Desafia o sonserino aproximando o rosto perigosamente ao da grifinória, ele tinha os olhos vermelhos e fechava as mãos em punhos ferozes, tinha de controlar-se ele sabia, mas nesse momento enviara a maldição, a etiqueta e a presença de Batilda e Zabini para o espaço. Não a deixaria desistir.


-A minha presença esta ameaçando a sua segurança, a sua alma, suas memórias, toda a sua vida!!! Eu não posso aceitar isso! Corres o risco de morte não entendes??? Esse caos será fruto da nossa união!!!


Defende-se a ruiva aumentando o tom de voz, as lágrimas insistiam em embaçar sua vista e Ginny quase desequilibra-se ao chocar-se contra uma mesa agora sentindo o coração fazer-se em milhões de pedacinhos.


-Não! Eu não vou repetir Ginevra! Não há como voltar atrás, agora é minha esposa, contra a vontade do meu pai ou não!!! Nada vai me fazer desistir de tê-la ao meu lado!


Fala o príncipe puxando sua mão esquerda e tomando a mesma mão da esposa até a altura do rosto da grifinória.


-Essa é a prova de que o que existe entre nós dois é real, é definitivo, completo e eterno Ginevra!!! Cada uma dessas runas gravadas em ouro anuncia que nos pertencemos de corpo e alma e reafirma que a mesma magia que nos colocou frente a frente do mesmo destino e a magia que nos uniu jamais serão quebradas!


Diz o príncipe fora de si arfando furiosamente mostrando as alianças que reluziam vibrantes ao tocarem-se seus olhos eram um misto de desespero e paixão. Mas, a grifinória ainda relutava.


-Eu já entendi porque veio procurá-la!!! Batilda sabe como desfazer tudo isso!!! E eu poderia desaparecer da sua vida e despistar vosso pai, ele poderia ser implacável no início, mas...


Insistia a ruiva, mas o sonserino a silencia com um beijo avassalador. Trancando-a em seus braços possessivamente, não poderia deixá-la desistir, não poderia deixá-la ir, Ginny era parte de seu ser, de seu corpo e de sua alma, ela era a sua vida por inteiro, ela o completava, o possuía, o guiava, aquecia seu coração, protegia-o de seus próprios temores, era seu porto seguro, sua confidente, companheira, sua força e sua fraqueza, ela era a única parte boa que existia dentro dele.


-Nada do que ele possa fazer vai mudar a minha escolha Ginevra! Não vais deixar-me por motivo algum, porque o que existe entre nós, o que aconteceu no dia que a pedi para ser minha, significou mais do que uma união mágica! Mais do que uma chance de vingar-me... Eu a tomei com tão grande desejo e paixão e nada em toda minha vida fora tão sublime como a sensação de tê-la em meus braos!!! Eu a possuí e em troca eu encontrei-me em seu mundo, vivendo contigo os mesmos medos, compartilhando os mesmos sonhos e ensinamentos, despertastes o melhor de mim, eu recebi seu coração e aos poucos você já tinha o meu em suas mãos! Se estiver ao seu lado me obrigar à enfrentar todos esses riscos, saberei que até a morte valeria a pena se significasse fazê-la eternamente minha! Não sou perfeito, não tenho uma boa reputação fora do reino, não sou como seus pais desejariam ou alguém que ganharia facilmente o respeito dos seus, não tenho muito a oferecer agora além de um futuro arriscado e muito perigoso... mas, eu a amo Ginevra Weasley Malfoy! A amo acima de todos os riscos!


Ginny estava sem palavras diante da declaração do sonserino, sentiu todas as suas resistencias serem derrubadas de uma única vez, ela não poderia suportar viver longe do príncipe de olhos cinzentos. O coração acelerou desordenadamente, sentiu o corpo esfriar e esquentar num choque que percorreu cada terminação nervosa de seu corpo.


Queria sorrir e chorar, gritar e comemorar ao mesmo tempo. Com os olhos embaçados por lágrimas ela respira fundo abrindo a boca surpresa. O homem que a desposara, que mudara completamente sua vida, que cruzara seu destino de forma irreversível agora declarava com todas as letras que a amava.


-Eu o amo Draco! O amo mais que a minha própria vida, o amo acima do que seria permitido ou não, acima de nossos reinos, de nossos nomes de qualquer maldição ou magia! Eu o amo com tudo o que eu sou e com tudo o que me fizestes ser! És meu tesouro mais precioso, para sempre o meu príncipe encantado, e eu jamais suportaria vê-lo arriscando-se desta forma tão mortal!


Revela a grifinória envolvendo o pescoço do loiro e entregando-se a um beijo apaixonado, urgente e cheio de sentimentos explodindo em seus corações. Ele a enlaçou pela cintura com tamanha força que tirou seus pés do chão. Ele apenas deixou-se guiar pelo sentimento de extase em seu coração, sentia-se pleno, completo, único com a sua ruivinha, somente sua, eternamente sua.


Tão entregues, mal percebiam que aquele momento acabava por selar o destino dos dois. A magia transbordava daquele contato, daquela entrega e verdadeiro amor. Envolvidos num turbilhão desenfreados de sentimentos e cegos pela necessidade um do outro não notaram a luz que os cercava naquele momento... uma explosão de poder que levou todos os itens mágicos daquela casa vibrarem perigosamente. Batilda e Zabini levantaram-se alarmados adentrando a sala onde estava Draco e sua princesa, e com expressões impressionadas presenciaram algo que nunca esperavam ver... finalmente Draco livrara-se da maldição!


..............................DG....................................



OMG!!! Demorei séculos para postar dessa vez!!! Milhões de perdões T_T tive que rever o capítulo inteirinho, probleminhas com o PC ¬¬ que estava contra mim, maaaaaaaaaaaas capítulo on *-*


O que acharam hein??? A fuga desesperada de Daphine mega triste... Zabini lembrando o passado, o encontro da Ginny com o pai, o voto de destruição finalmente explicado, e a declaração de Draco quando pensou que Ginny iria desistir dele para salvá-lo de Lúcius!!!


Ufa...


Prometo que próximo capítulo não tardará! Até domingo estará on!!!


Raayyyyyyyy Malfoyyyyyyyy!!! Please não me odeieee (se esconde dos avadas) eu demorei demais eu sei, mas preciso dos seus comentários, você me inspira a escrever a fic!!!! Não fica com raiva de mim por favorzinhuuu???? Sua opinião é valiosíssima para mim... seus comentários me deixam mega feliz!!! Ahh pode ver que a Astoria continua bruxaaa, mas terá uma bela surpresa quando Draco retornar ao palácio! A Daphine... bem... ela... passou por um momento super dramático agora, maaaaaaaas mais a diante vou mostrar o porque disso!!! Não me odeie!!! >_< o trio de ouro vai chegar à Sonserina causando a maior confusão isso verá no próximo capítulo o/ Mas o que achou do capítulo 20??? O que gostou e não gostou??? Alguma crítica? Alguma sugestão??? Comentaaaaa pleaseee!!! @_@


Nakka(Tia Gaby)!!!!!!!!!! Primeiríssima a comentar *----------------* amoooooooooooooooooooooooooooo seus coments!!! E você estava certíssima a confusão começa agora que o Draco se livrou da maldição ao admitir finalmente que ama a Ginny XD o Neville ainda tá sumido e o Zabini vai deixar os Malfoy loucos quando chegar ao palácio!!! Hauhauhauhauha tenho planos malignos para ele!! Que bom que continuaria a ler a fic, já estava pensando em um imperius... brincadeirinha XD o que achou do momento Draco&Ginny??? E o que acha que pode acontecer agora??? Gostou do cap??? Comenta pleaseeeeeeeeeeee!!!


Beijinhuxxx até domingooo!!!

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Comentários (2)

  • Nakka

    Menine.....Eu sumi! Olha que coisa, to lendo o cap só hoje! Please não me mate.MEU PAIZINHO...Eu podia matar uns tres nessa fic tranquilamente...( Narcisa, Lucius e Astoria) hahahahahaAi que lindo. Esse cap no começo tava me matando, mas o final... puxalavida...QUE LINDO....Os dois muito lindinhos, tão fofos... o mel tava escorrendo aqui pela minha tela.Adorooo, to indo ler o proximo cap agora mesmo... bjinhus até o proximo cap E NÃO ME MATE 

    2012-03-28
  • Ray_Malfoy

    Muito triste a cena da Daph com seu cavalheiro!! sem zuação quase chorei.. hshushshus e quase me/te matei na cena D/G eu realmente acreditei q vc seria capaz de fazer a Gi abandonar o Draco... A cena ficou muito perfeita, vc conseguiu transmitir muito bem todo o amor deles.. foi sem duvivda uma das cenas mais perfeitas da fic.. Juro por Merlin que se vc não tirar a Astoria de cena eu mesmo vou tirar!! Ahhh ela me dá nos nervos!!! Ri horrores da Luna querendo matar o Blaise!! kk Ah a cena do reencontro da gi com o pai tbm foi muito emocionante!!! alias esse capitulo inteiro foi emocionante!! ansiosa pelo proximo capitulo!! Bjooos e não para de postar menina!!! =*

    2012-03-17
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