O choque



Capítulo 17



Draco largou a taça de cristal sobre os degraus aos seus pés no momento em que passou os braços firmemente ao redor da cintura de Ginny. Fora tudo tão rápido, os olhos do sonserino fitavam angustiados a face pálida de sua esposa, agora desfalecida em seus braços. Flashes passavam por sua cabeça, ela havia perdido a consciência no momento que bebera o vinho.


Muitos convidados pareciam incrédulos, sobressaltados, novamente uma onda de murmúrios e comentários tomara o grande salão e a agitação disseminou-se entre todos que quase que de imediato largaram suas taças de vinho, ostentando expressões horrorizadas em seus rostos.


Os criados tornaram-se alarmados, Daphine tinha os olhos amplos em choque e levava a mão à boca em surpresa. Astoria via aquela cena com profundo desgosto, sentia seu estomago embrulhar diante de tamanha comoção. Narcisa balançava negativamente a cabeça, estava lívida demais para expressar qualquer reação naquele instante.


Algo forte, poderoso pareceu atravessar o peito do loiro como uma lâmina de aço dilacerando sua carne. Ignorando a sensação de medo que lhe ocupava a mente, o príncipe a levantara em seus braços ao estilo noiva, e afastando as pessoas em seu caminho seguiu apressadamente até a ante-sala do trono onde deitou a ruivinha sobre um divã ao lado da varanda, onde sabia ser mais arejado.


Logo em seu encalço encontravam-se as duas criadas que antes ajudaram a ruivinha a preparar-se para o baile, traziam expressões preocupadas em seus rostos. Era a primeira vez que todos presenciavam o príncipe inquietar-se com o bem estar de alguém.


-Chamem um curandeiro imediatamente!


Bradava o sonserino sem tirar seus olhos da garota.


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No interior das masmorras, as pessoas sofriam ao compartilhar o mesmo vil espaço entre celas úmidas e gélidas, o cheiro forte de sangue e os gemidos de dor ecoavam naquelas paredes de rochas escuras que abrigavam aqueles prisioneiros escravos do castelo Malfoy.


Entre eles encontrava-se Blaise Zabini, o ex-general do exercito, seu porte inatingível há muito já se fora, seus olhos estavam sob olheiras profundas, marcas de noites a fio sem dormir, sempre alerta, sempre em busca de uma falha, uma saída para escapar antes de sua execução.


Já memorizara horários, os guardas, as armas que usavam, e toda a rotina, dividia a cela com outro prisioneiro que aguardava a forca, um velho senhor um tanto espirituoso que falava muitas coisas esquisitas sobre as criaturas mágicas estarem-se preparando para derrubar o reino da sonserina, sobre um bruxo das trevas remanescente e que em breve eles estariam livres.


Apenas alguns dias depois Zabini descobriu que o homem chamava-se Xenófilo Lovegood. O dono do jornal mais odiado do rei. As vezes Blaise encontrava-se a escutar as histórias do velho homem com certo interesse, apesar das idéias absurdas ele poderia perceber uma grande sabedoria por trás daquela fantasia.


Mas seus olhos ganharam um brilho especial quando vira uma das criadas do castelo adentrar as masmorras apressadamente com uma expressão aterrorizada.


-Existe algum curandeiro entre vós?


Questionava recebendo a atenção de todos, os olhos nervosos da criadas analisavam cada rosto até chegar à um rapaz de cabelos castanhos.


-E-eu sou aprendiz de curandeiro!


Diz timidamente o rapaz, que Zabini reconheceu por Neville Longbodon, um grifinório que fora preso numa das batalhas. De imediato um dos guardas seguiu até a cela do rapaz o tirando da cela e acompanhando-o até a saída das masmorras.


-Chegou a hora perfeita!


Murmurou o ex-general com um breve sorriso.


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Uma das criadas correu para fora da sala seguindo as ordens do príncipe enquanto a outra levava um vidrinho com uma poção de odor forte próximo ao rosto de Ginny na tentativa de trazê-la à consciência, mas sua tentativa fora vã.


-Vamos, Ginny acorda!


Pedia angustiado o sonserino agitando-a pelos ombros, mas ela permanecia da mesma forma, fria, pálida... quase sem vida. O desespero crescia dentro do loiro, a imagem da sua princesa desfalecida o tornava louco, quase insano.


Levou uma das mãos ao pulso da ruiva e deitou a cabeça sobre seu peito, sentiu-se acalmar ao perceber que mesmo mortiço o seu coraçãozinho ainda batia, sua respiração, no entanto era tão fraca que mal conseguia perceber que ela ainda o fazia.


-Resista Ginny!


Implorava o sonserino beijando sua testa em adoração à sua ruivinha, estava fazendo um esforço sobre-humano para não deixar-se perder o controle e vingar-se de cada criatura ali presente que significasse uma mínima ameaça à sua esposa. Trincava os dentes com força e arfava ao perceber que o ódio que ocupava seu corpo agora levava a mais uma dos dolorosos efeitos da maldição.


Isso já não o importava mais, ele apenas queria ver sua Ginny abrir seus grandes e brilhantes olhos. Queria ouvir sua voz suave, seu sorriso iluminado, mesmo que fosse por um breve instante, para dizer-lhes que estaria tudo bem, ou mesmo para acusá-lo por deixá-la tão vulnerável assim.


Fechando os olhos com força o sonserino levanta-se subitamente no momento que uma das criadas retorna com um homem alto de cabelos castanhos e olhar assustado. O príncipe o encara com frieza antes de questionar:


-És o curandeiro?


Sua voz soara mais embargada que ácida.


-É... é o único aprendiz de curandeiro presente no palácio...


Murmura em sumissão a criada curvando-se diante do loiro, que volta a fitar o homem diante de si com desconfiança, mas era sua única opção.


-S-sou Neville... Neville Longbondon!!!


Apresenta-se o outro olhando de soslaio para a ruiva no sofá.


-Não me importa que és! Apenas certifique-se de salvar a minha esposa!


Responde num tom de voz cruel dirigindo-se para as portas de madeira, as quais fechou com tamanha violência que as duas criadas e o pobre Neville estremeceram de temor.


O moreno então aproximou-se da ruivinha para começar a examiná-la, pedindo algumas poções para as criadas que obedeciam prontamente preocupadas com Ginny.


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Lúcius encontrava-se no interior da biblioteca apontando seu cetro para um elfo lançando-lhes uma maldição imperdoável enquanto este contorcia-se e gritava de dor.


-Maldito elfo!!!


Vociferava com um semblante perverso. A sua ira poderia ser percebida pela aura mágica densa que o circulava, que tornava o ar mais ácido e se concentrava na ponta do cetro que punia o pequeno elfo.


-Pagarás com a vida pelo teu erro!!!


Dizia com asco olhando para a criatura quase sem vida aos seus pés.


-Não darás um único passo em direção à ele!


A voz de Draco tirou o rei de seu foco inicial, seus olhos encontraram a figura de seu único filho e uma onda de amargura o tomou completamente. Não havia mais como adiar aquele momento.


-Sua covardia não vai impedir de descobrir quem envenenou a minha mulher!


O príncipe enfrentava seu pai com os olhos semicerrados e as mãos fechadas em punhos ferozes. Mesmo sob efeito da maldição ele ainda podia sentir que seu núcleo mágico explodia dentro de si.


Um sorriso sarcástico surgiu nos lábios do rei que levantando uma sobrancelha com ironia aproxima-se a passos lentos do filho, deixando o elfo desacordado para trás.


-Estás desafiando seu próprio pai?


Os olhos do soberano brilharam com uma idéia assassina.


-Eu não tenho um pai!


Responde Draco com repulsa.


-Não meu caro Draco... Sou eu, que não tenho mais um filho!


Vociferava o rei aproximando seu rosto ao do filho ameaçadoramente. Olhares mortais cruzaram-se naquele momento.


-Seja o que tenha feito à minha esposa não me impedirá de fazê-lo pagar!


Ameaça o mais novo entre dentes.


-Veremos quem pagará Draco! Passei a minha vida inteira a preparar o maior dos legados que um homem poderia oferecer ao seu filho e veja a forma como me retribuís!!!


Bradava Lúcius perdendo visivelmente o controle.


-Em momento algum pensastes em mim como teu sucessor! Servia apenas como uma ferramenta para os planos daquele maldito bruxo que segues!!!


Acusa Draco explodindo sua raiva.


-Se fosses mais ambicioso e menos mimado por tua mãe terias tornado-se um homem e não um moleque sem noção do que significa governar um reino como o “meu”!!! Jogastes o nome da nossa linhagem na lama esta noite! Desonrastes teus antepassados, humilhastes a família real, expusestes a imagem do condado inteiro como escória!!!


A voz de Lúcius há muito deixara de ser sarcástica, tornara-se altiva, furiosa e venenosa em cada uma das palavras que pronunciava. Estava vermelho de raiva, seus gritos poderiam ser ouvidos de fora dos domínios da biblioteca enquanto a lareira agitava-se em chamas perigosas.


-Nunca senti tanta vergonha de ser filho do temido rei Lúcius!!! Mas, uma coisa eu vos garanto... não tardará o momento que a coroa da Sonserina será minha e não podereis fazer nada contra isso!!!


Ameaça Draco antes de dar as costas ao pai e aproximar-se do elfo caído exigindo:


-Retornes aos seus afazeres!


Depois disso ele deixa a biblioteca ignorando a presença de Lúcius Malfoy, mas ninguém poderia imaginar o quanto doía seu coração por negar o pai que sempre fora seu grande herói, seu maior exemplo e símbolo de poder. O sonserino sabia que a partir daquela noite rompera irremediavelmente o ultimo vínculo com aquele que chamava de pai.


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No salão o caos instaurava-se, as pessoas agitadas insistiam que alguém havia infiltrado-se no palácio e atentado contra a vida da nova princesa. Todos agora temiam serem a próxima vítima. Recusavam vinho ou qualquer outro tipo de bebida oferecida no baile.


Daphine afastara-se do salão na companhia de Astoria que sorria de forma arrogante.


-Espero que não tenhas nada haver com isto Astoria!


Repreende a mais velha lançando-lhe um olhar acusador.


-Como eu poderia envolver-me com algo tão vil?


Questiona fazendo-se de ofendida Astoria.


-Eu a conheço bem demais e desde a nossa chegada mostrastes demasiado interesse no príncipe Malfoy!


Daphine segura o pulso de sua irmã a obrigando a olhar em seus olhos.


-Já vos disse que não o fiz Daphine!!! Quem deveria estar a preocupar-se com a repercussão disto és tu!!! Afinal fostes a única abandonada nesta história toda!


Responde acidamente a mais nova fugindo das mãos de Daphine que a fitava estupefata, aquela não poderia ser sua irmãzinha, estava mudada demais.


Enquanto isso no salão Narcisa recuperando-se do choque decide-se por controlar a situação, não permitiria que o estado deplorável na família real tomasse dimensões catastróficas demais pelos quatro cantos do condado.


Com uma elegância nata, a rainha ordenou aos criados que recolhessem todo o vinho tinto servido no baile trocando-o por champanhe e vinho branco. Também ordenou aos guardas que vasculhassem o castelo e não permitissem a entrada ou a saída de qualquer um.


Colocando-se diante de todos no mesmo local onde estivera Draco e apontando a varinha para si amplificando o alcance de sua voz chamou a atenção de todos com uma voz melodiosa e graciosamente arrependida.


-Meus estimados convidados! Peço-vos perdão pelos terríveis incidentes desta noite!!!


Começa com um olhar suave que convenceria o mais teiosos dos homens a pular de cima de um abismo.  


-Temo que a princesa Ginevra tenha sentido-se indisposta, sabem como as jovenzinhas de hoje são frágeis e tímidas!!! Desta forma não encontro razão para tamanha comoção!!! Nosso palácio é a maior fortaleza de toda Gallzar desde o tempo de Dumbledore!!! Então meus queridos, desfrutem de nossa hospitalidade, de nossa música e comida!


Todos seguiam o conselho da rainha, ela os transmitia uma segurança sem igual.


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-Ela foi envenenada!


A voz de Neville soou grave demais para um rapaz da sua idade, seus olhos analisavam com todo o cuidado o rosto pálido da ruivinha.


-Mas quem faria isso com a Lady Ginevra?


 Questionou horrorizada uma das criadas.


-Eu não sei... dissestes que ela perdeu os sentidos ao beber vinho não é?


Pergunta Neville fitando severamente os olhos da criada que acena positivamente confirmando as palavras do ajudante de curandeiro.


-Acredito que o veneno deveria estar concentrado em doses abundantes, graças à Mérlin ela não bebeu mais que um gole ou estaria morta agora!


Explica o grifinório seriamente levantando o tronco da ruivinha a deixando sentada e colocando-se atrás dela pressiona seu abdômen com força diversas vezes até Ginny vomitar o líquido vermelho em uma bacia de prata que uma das criadas trouxera.


Entre tosses frenéticas a ruiva abre os olhos fracamente sentindo toda a garganta queimar, seus olhos ardiam e sua respiração torna-se ofegante. Seu corpo parecia reagir ao expelir o veneno a garota sentia o sangue voltar a correr em suas veias aquecendo seu corpo.


-Graças aos céus majestade!!!


Comemora uma das criadas ao ver Ginny reagir enquanto a outra corre para encontrar o príncipe Draco.


-O que aconteceu?


Pergunta baixinho e com muita dificuldade, fitando em confusão o rosto de Neville que pela primeira vez admirava a princesa... era a criatura mais bela que seus olhos já encontraram. Ela limpou a boca com a poção que a criada lhe entregara parecendo melhor agora.


Seu rostinho delicado, os olhos brilhantes, a pele clara contrastando com o vermelho forte de seus cabelos, os lábios desenhados pelos deuses... Naville perdeu-se em encantamento.


-Quem é você?


Agora a ruivinha esforçava-se para perguntar ganhando a atenção do jovem ajudante de curandeiro que salvara sua vida.


-Milady ele salvou vossa vida, tirou o veneno que ingeriu no vinho tinto!


Explica a criada com ternura ajudando a princesa a sentar-se corretamente no divã. Ginny piscou os olhos algumas vezes antes de lembrar-se do que acontecera, logo então sua cabeça voltara a doer fortemente.


E com uma breve tontura a grifinória quase voltara a desmaiar.


-Recomendo que descanses por enquanto majestade, e beba uma poção de ervas azuis...


Anuncia Neville recebendo um sorriso suave da ruiva.


-Eu vos agradeço senhor...?


-Neville Longbondon!


Apresenta-se o rapaz estendendo sua mão. Ginny a segura e sorrindo responde.


-Vos sou profundamente grata por ter-me salvo a vida!


Agradece a ruivinha deixando o grifinório completamente rubro.


-Majestade, só fiz o meu dever!


Responde virando o rosto sem graça.


-Mas devo contestá-lo, creio que uma poção de raiz de bétula seja mais eficaz para dor de cabeça!


Comenta a garota marotamente fazendo o rapaz sorrir brevemente.


-Uma princesa que entende de poções é algo que não se encontra todos os dias!


Neville agora sorria abertamente, não sentia-se tão bem na presença de alguém há muito tempo. Mas a conversa entre os dois fora interrompida pela chegada de Draco que no momento que encontrou a esposa a sorrir sentiu-se invadido por uma força poderosa, como uma luz guiando-o no interior de sua alma, como o calor do sol aquecendo seu mundo frio, como se sentisse novamente a vida despertar dentro de si.


-Ginny!!!


Exclamou o sonserino antes de correr ao encontro da sua esposa abraçando-a e beijando seus lábios calorosamente. O mundo inteiro pareceu parar de existir ao redor dos dois. As mãos geladas do príncipe acariciavam ansiosamente o rostinho da ruivinha enquanto espalhava inúmeros beijos por ele.


Ginny quase que de imediato envolveu seus braços ao redor do pescoço de Draco aprofundando o beijo apaixonado, que tornou-se urgente, carregado de carinho, medo, devoção...  a grifinória sentia-se mais segura nos braços do sonserino, e depois de afastarem-se ofegantes seus olhos encontraram-se.


Não haviam necessidade de palavras, ela enxergava nos olhos cinzentos uma tempestade de fúria, de medo e incertezas. Do mesmo o sonserino conseguia ver nos olhos da ruivinha a angustia e a preocupação.


Draco abraçou-a com mais força até a grifinória esconder seu rosto no peito do príncipe enquanto ele acariciava seus cabelos ruivos levemente.


Depois de alguns instantes o loiro desvia seus olhos da sua esposa para o ajudante de curandeiro que salvou a vida de Ginny.


-Diga-me o que a fez perder a consciencia?


Seus olhos estreitavam-se, mas sua voz não continha o mesmo tom ameaçador de antes.


-Ela ingeriu uma forte dose de um veneno bruxo... por sorte fora apenas um gole, mas pelo conteúdo ácido na bacia de prata posso dizer que haveria quantidade o bastante para se tornar letal!


Responde seriamente Neville fazendo Draco trincar os dentes apertando seu abraço ao redor da sua esposa protetoramente. Fora tudo premeditado, a quantidade certa para matar alguém... a questão era saber para quem iria a taça? Poderia ser tanto para ela quanto para si.


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Um grito feminino fora ouvido no interior da cela de Zabini, dois homens envolveram-se numa briga agressiva, entre socos, chutes e bastões de madeira machucavam-se e gritavam-se ofensas pesadas.


Os guardas logo entraram em ação para separá-los entrando na cela afastando-os. Foi a hora exata que Zabini e um de seus homens atingiram os guardas na nuca com duas pedras grandes que arrancaram das paredes.


Depois de ver os dois desacordados no chão Zabini instruiu seu companheiro a tirar as armaduras deles e vestir escondendo os dois guardas no interior da cela. Xenófilo cobriu os dois com um lençol velho acenando para o jovem ex-general que com as chaves em mãos abriu duas das celas próximas a ele antes de guiá-los para a saída das masmorras.


A primeira parte de seu plano fora bem sucedida. Mas para sua decepção o senhor Lovegood permaneceria lá. Segundo ele era necessária uma presença confiável para dar informações as criaturas mágicas, no entanto pediu para Blaise encontrar Luna e entregar a ela uma carta junto a sua correntinha.


-Minha Luna merece saber que estou bem e que a sua missão é trazer as criaturas mágicas em segurança até a floresta proibida!!!


Repetia o senhor Lovegood.


-Eu vos dou a minha palavra de honra! Sua filha receberá sua mensagem e assim que for possível tirarei todos vocês deste inferno de lugar!


Promete o ex-general despedindo-se e já com um próximo plano em mente. Como vingar-se do rei Lúcius.


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Bellatriz estava furiosa, seus olhos faiscando em ira, as mãos aperando firmemente as rédeas do seu cavalo preto após jogar um encanto de desilusão sobre si. O vento gelado cortava seu rosto pálido e fazia os longos cabelos negros esvoaçarem-se ao ar.


-Maldição!


Tinha de avisar ao Lord das trevas o que estava acontecendo, seus pensamentos vagaram para a noite que encontrara Draco na floresta proibida, ele parecia um trasgo de tão deformado pela estranha maldição.


-Eu não poderia ter deixado a presença daquela desgraçada passar!!!


Naquela noite estava tão concentrada em levá-lo a todo custo para o palácio Malfoy que não notara a presença da garota ao seu lado. Ele realmente fugira sob companhia de um estranho sob uma capa, mas como estava escuro demais e o príncipe fugira em seu cavalo não teve a chance de descobrir a garota grifinória.


-Grifinórios do inferno, deveriam ser erradicados da face da terra!!!


Uma expressão de desprezo ocupou o rosto da mulher, dentre tantas mulheres tinha de escolher uma maldita grifinória? Isso apenas contribuiria para deixar o seu mestre mais indignado. Ele tinha planos valiosos para o herdeiro do trono e agora tudo estaria condenado.


-As coisas terão que mudar... por bem ou por mal!


Não poderia permitir que Lúcius decretasse o fim da linhagem Malfoy. Não conseguia aceitar as palavras “sórdidas” do seu sobrinho ao anunciar a anulação do seu noivado e da união entre os condados. Draco só poderia estar sob a maldição do imperius!


As palavras do rei a perseguiam... a garotinha poderia estar esperando um filho! Ela não permitiria que os planos do seu mestre fossem jogados ao vento por causa de um erro como este. Ela mesmo se encarregaria de dar uma lição à Draco.


Ela cavalgou até chegar nas proximidades da cidade, onde desviou sua rota até uma estradinha perdida entre vales. Usando sua varinha ela usou um feitiço para iluminar o caminho até chegar à um chalé abandonado.


-Ele irá me ajudar!


Murmura a morena descendo do cavalo e seguindo a passos determinados até a porta do chalé, que abriu no mesmo instante.


-Ora, Ora, Ora... a Lady Bellatriz Lestrange finalmente dá-me a honra de sua presença...


Uma voz arrastada e apática ecoou na escuridão e Bellatriz fez uma careta de reprovação.


-Vim cobrar uma dívida seu desgraçado!


Responde furiosa a morena apontando a varinha em sua direção, pouco poderia se ver, apenas a silhueta de um homem.


-O que será preciso fazer desta vez... Bella?


Murmura maliciosamente fazendo a Lestrange trincar os dentes.


-Quero que seqüestre alguém!


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Aaaaaaaaahhh capítulo curtinhooo, mas postado como prometidooo XD


O que acharam? Quem colocou o veneno na taça de vinho? Para quem ela deveria ir, para Ginny ou para o Draco? O que acharam da reação de Astoria? E mais um novo personagem na históriiaaaaa!!! Neville Longbondon!!! Ele será um personagem muito importante e pelo visto ficou encantado com Ginny =D quais serão os planos de Bellatriz??? Próximo capítulo coisas emocionantes acontecerão!!!


Ray Malfoyyyyyy!!! Como você faz faltaaaa!!! Queria saber se ainda está acompanhando a fic, o que achou dos últimos capítulos, e de como nosso casal favorito está se saindo na Sonserina hauhauhauhauha acho que eles nunca sentiram tanta falta da mansão Black em toda a vida!!! Pleasee aparece e comentaaa!!!


AAAAAAAAAAHHHHHH Nakka (Tia Gaby) preciso dizer que amo, adoroooo seus comentários??? Dá uma felicidade tão grande saber que está gostando da fic *_* please não tenha medo de falar o que pensa, ou alguma crítica se achar necessário!!! Ahhh você ainda vai ter muita peninha de Draco de agora em diante, a discussão com Lúcius foi somente o início... Mas não se preocupe ele vai sobreviver eu garanto huahauhauhau!!! O que achou desse capítulo hein??? O que mais gostou??? Desconfia de quem foi o autor do veneno na taça de vinho??? Pleasee comentaaa XD


Bem pessoal, para quem comenta e para aqueles que não comentam também!!! Próximo capítulo no mais tardar quarta ou quinta-feira, e será um pouquinho maior para compensar o tamanho desse XD


Beijinhuuuxx


=****


 


 


 

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Comentários (3)

  • Ray_Malfoy

    definitivamente a astoria está na minha lista negra, não só ela, como a bella, a cissa, o lucius e esse ser estranho que deve tá indo sequestrar a princesa!! adorei a aproximação do blaise com o sr. lovegood!! será que teremos um futuro romance entre a luna e nosso general?? haha' adorei a aparição do neville, não podia ter aparecido em hora melhor!!hushsuhshushus dá um pouquinho de inteligencia pro draco e menos orgulho, e coloca ele pra buscar ajuda na grifinoria!! ¬¬' Continue assim e essa fic vai longe!! ;)

    2012-02-26
  • Nakka

    Ahhhhhh mooooooo DEZUUUUUahahahahahhaaAdooooroo demais essa fic!!! Vc ta me deixando de cabelo em pé menine!!! ahahahhahaNão faço a menor ideia de quem envenenou a pobre ginny!!!!Oiaaa aqui! Não maltrata o meu loirinhooooooo não! ahhahhahaha Felicidade é quando entro e tem post novo isso é felicidade *_* (sem pressão tá)To ansiosa!!!O Neville cuidando dela, gostando dela, só pode dar meleca!!! Pq o Draquinho é meio descontrolado não é mesmo? ahhahhahha Muhuahuahuahuahuahua!!!Mari bjinhus to esperando mais em!!! 

    2012-02-22
  • Angeline G. McFellou

    Neville salvou a Ginny, que bonitinho!Blaze fugil na maior, adorei.Cara fala sério Draco já deveria ter derrubado o pai do trono, ou elo menos ter dado um soco nele!u.u cara a Bella e os seguidores de Voldemort me irritam, são tão grotescamente ridiculos em seus ideais que dão dor de cabeça .Mas beleza, mesmo assim a fic esta muito boa (se o Draco fosse esperto le se aliava a Grifinória para ganhar a Guerra).Amei a fic até aqui curiosa pela continuação, att assim que der, por favor.Beijos... 

    2012-02-19
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