O plano da serpente



Capítulo 9: O plano da serpente




Lidiane passou pela sala comunal em disparada. Os alunos até assustaram-se com ela. Assim que entrara em seu dormitório, observou duas garotas sentadas na mesma cama, conversando. Foi até a sua própria cama e começou a arrumar suas coisas.




Enquanto arrumava suas coisas, a garota começou a lembrar de seu encontro com Voldemort. A cada dez palavras que o Lord dizia, onze era “Isabella”. Aquela traidora estava nos pensamentos do Lorde das Trevas, afinal, ela fora importante para ele.




Importante...Algo que Lidiane não parecia ser na noite da reunião. Sentiu a indiferença. Sabia que duvidavam de seu potencial. Mas ela mostraria do que era capaz. E aí sim, seria...Importante.




Ao terminar de arrumar suas coisas, Lidiane foi tomar um banho. Enquanto deixava a água escorrer por seu corpo, lembrava-se de Isabella...A essa hora aquela garota miserável estava no bem bom, pensava Lidiane com inveja.




Mas aquilo logo acabaria.




- Os únicos gemidos que aquela vaca irá soltar serão os de dor... – murmurou a garota maldosamente.




Queria e precisava fazer Isabella sofrer. Era isso o que Voldemort pedira: Faça-a sofrer por meses e a mate depois...




As palavras de seu mestre ecoavam em sua mente enquanto fechava o chuveiro e começava a enxugar-se. De repente, lembrou da imagem de Virgínia Weasley. Aquela garota que guardava algum segredo muito valioso. E podia apostar que aquilo poderia beneficiá-la de alguma forma.




Voltou para o quarto e vestiu-se. Deitou-se na cama. “ Aquela Weasley vai ser-me útil de algum modo, posso sentir isso. E o que será que ela esconde?” perguntava-se Lidiane mentalmente. “ Hum...ainda bem que meu pai me ensinou a praticar um pouco Legimência. Se eu conseguir manter contato visual com aquela garota, poderei ler seus pensamentos...” pensou ela e adormeceu em seguida.




Na manhã seguinte, Lidiane acordou cedo e foi arrumar-se antes de suas colegas de quarto. Vestiu o uniforme após tomar banho, pegou seu material e rumou para o Salão Principal. Foi uma das primeiras a chegar.




“Melhor assim...Vou esperar a Weasley chegar e irei ler a mente dela” pensava Lidiane enquanto servia-se de suco de limão. Cinco minutos depois o salão já estava repleto de alunos. Logo viu Isabella entrar, acompanhada por Draco.




Apenas meio minutos depois foi, que vira Virgínia entrar no salão. Observou todos os passos da garota, até ela sentar-se a mesa de sua casa, Grifinória.




Lidiane respirou fundo enquanto colocava seu copo de volta na mesa. Começou a se concentrar enquanto olhava fixamente para a ruiva. Depois de duas tentativas conseguira com sucesso invadir a mente da Weasley.




“ Droga...não posso...nem consigo mais esconder meus sentimentos por Draco...Ele não sai da minha mente desde que o peguei no corujal...com a Lestrange...” pensava Gina amargurada enquanto fitava Draco discretamente.




“ Era para ser eu ali...ao lado dele...EU o conheço a mais tempo...Não a Lestrange...Se não fosse por ela, ele teria me enxergado na plataforma ontem... Mas não, ele apenas me encarou...Enraivecido por eu estar olhando pra ele...Porque sou uma Weasley...” pensou a ruiva enquanto observava tristemente Draco e Isabella se beijando apaixonadamente.




Lidiane fechou os olhos com força e saiu da mente da Weasley. Suas mãos estavam geladas, suor frio escorria por sua têmpora. Sentia-se meio enfraquecida, pois tinha que usar muita energia para praticar Legimência.




Comeu um tortinha de maçã e foi recuperando-se aos poucos. Mas não podia deixar de sorrir...Um sorriso maléfico. Naquele instante havia se feito a luz na mente da garota. O plano estava armado.




“Vou fazer uma boa ação. Dou uma oportunidade para a Weasley conquistar o Malfoy. E com a ajuda dela armo uma armadilha para que ele pegue a Lestrange beijando o Potter.” Pensava Lidiane rindo por dentro. “Ele termina com a traidora e fica com a pobretona. Isso vai ser o fim para a Lestrange”.




A garota olhou para o casal. Conversavam animados. “Mal posso esperar te aniquilar...”.




Enquanto isso...




- Hum...o que temos? – perguntou Draco após Snape entregar o horário das aulas daquele ano letivo.




- Nossa primeira aula é de Trato Com Criaturas Mágicas. Com a Grifinória. – comentou Isabella enquanto dava uma breve examinada no horário.




- Nossa...Que animador. – resmungou Draco.




- Eu gosto de Trato com Criaturas Mágicas. – comentou a garota guardando o horário na bolsa.




- Você não foi atacada por uma “galinha maldita”... – murmurou o loiro.




Isabella riu divertida.




- Oras...A culpa foi sua. Quem mandou provocar o Bicuço?




- Ahhhh. Está defendendo a galinha agora? – perguntou Draco fingindo indignação.




- Claro que não...




Isabella sorriu levemente e em seguida deu um selinho demorado no namorado. Alguns instantes depois a sineta ecoou pela escola, anunciando o término do café e início das aulas. Os alunos começaram a se levantar e rumarem para suas salas de aula.




Draco e Isabella saíram do castelo, juntamente com os alunos do sétimo ano da Sonserina e Grifinória. Misturavam-se com eles os alunos segundanistas da Corvinal e Lufa-Lufa, que teriam aula de Herbologia.




Ao chegarem na área das aulas de Hagrid, notaram várias caixas, todas diferentes, tanto no tamanho quanto na aparência. Eram caixas encantadas. Isto porque cada ovo precisava ser chocado de uma forma diferente da de outro ovo.




- O que será que tem nessas caixas? – perguntou Isabella.




- Ovos, srta. Lestrange. – respondeu Hagrid animado enquanto saia da orla da Floresta Proibida com mais uma caixa nos braços.




Alguns alunos entreolharam-se, um tanto surpresos.




- Podem se sentar na grama. – dizia Hagrid.




Os alunos obedeceram.




- Muito bem. Como este é o último ano letivo de vocês...Todos sabem que terão os N.I.E.M.s. no fim do ano. No livro que vocês compraram para este ano, há tudo sobre todas as criaturas mágicas que aparecem nos testes do N.I.E.M desta matéria. – comentava Hagrid enquanto alinhava as caixas.




Todos ali puderam notar que Hagrid estava um tanto mais “responsável”. Era um milagre que ele quisesse seguir o livro corretamente. Mas apenas os poucos alunos que se deram ao trabalho de ler o livro nas férias de verão é que sabiam que Hagrid estava daquele jeito porque as criaturas que constavam no livro eram “fascinantes” ao olhar do gigante.




- Este ano, decidi fazer algo diferente. Ao invés de eu apenas mostrar uma criatura, falar sobre ela e pedir um relatório para depois passar para outra criatura, resolvi que seria mais conveniente fazer vocês cuidarem de suas próprias criaturas, pesquisarem sobre ela, fazerem relatórios e apresentá-los para a turma.




Os olhos dos alunos chegaram a brilhar tamanha era a ansiedade deles. Decididamente seria um ano muito interessante.




- Fiquei o verão todo a procura desses ovos. Há 24 ovos, ou seja, um para cada aluno. Um por um virá aqui escolher o seu e em seguida irá pesquisar no livro sobre o ovo escolhido. É bom lembrar de que até o fim de setembro, todas as criaturas já terão nascido.

Hagrid fez uma pausa para contemplar os sorrisos animados que surgiam nos rostos de seus alunos.




- Vocês irão fazer um relatório e na próxima aula, cada um irá apresentar seu ovo. Lembrando de que eles ficarão nas caixas e a salvo comigo. – disse Hagrid rindo divertido. – Muito bem. Pode vir escolher Harry.




Hagrid começou a chamar os alunos. Logo foi a vez de Isabella. A garota andou diante da caixas e observou atentamente os ovos. Ajoelhou-se diante de uma caixa que parecia ser feita de argila decorada com runas em relevo. Olhou o ovo e sorriu. Era lindo. Grande e sua cor era verde escuro metálico.




- Vou ficar com esse, Professor. – disse Isabella enquanto pegava a caixa cuidadosamente.




Hagrid deu uma espiada na caixa e abriu um sorriso.




- Fez uma excelente escolha, srta. Lestrange.




Isabella olhou o ovo, meio arrependida. Com certeza era uma criatura perigosa e grotesca. Sentou-se na grama novamente e deixou a caixa diante de si. Pegou o livro Criaturas Milenares, de Leopold Levinsk. Em seguida começou a folheá-lo enquanto Draco sentava-se ao seu lado e colocava a caixa do ovo que escolhera diante de si também.




A caixa de Draco era rocha pura e o ovo que continha dentro era grande e preto.




Os dois começaram a pesquisarem sobre os ovos. Às vezes os retiravam da caixa para poderem analisar com maior precisão.




- Achei! – exclamou Isabella eufórica.




A garota ficara deslumbrada.




- Que criatura é a sua? – perguntou Draco.




- É um Thárdëth. – respondeu a garota, encantada.




- Nunca ouvi falar.




- Aqui diz que são criaturas raras. Existem apenas 100 no mundo inteiro.




- Só isso?




- O mundo seria bem mais tranqüilo se existissem mais thárdëths.




Isabella começou a ler alguns trechos do livro.




“ Essas criaturas mágicas vivem no máximo 3000 anos. Quando morrem, seus corpos viram névoa. Parte dessa névoa sobe ao céu e, diz a lenda, que viram estrelas. A outra parte da névoa solidifica-se e vira um ovo. E aí começa o ciclo novamente.”




“Lembram enormes lagartos, chegando a medir até 2 metros de comprimento e 1,20 cm de altura. Possuem uma crista de penas coloridas que vão do topo da cabeça até a ponta da cauda. São dóceis quando criados por humanos, e apegam-se muito ao seu criador, sendo assim, criam uma ligação com ele que, se o criador estiver em perigo, o thárdëth irá sentir e irá em seu socorro.”




“O nome Thárdëth vêm de uma língua antiga usava pelos bruxos celtas. Significa ‘Amigo Eterno’”




Isabella começou a fazer o seu relatório. Draco havia pego um ovo de uma espécie de dragão, mas muito menor, chegando a atingir apenas 2 metros de altura, e extremamente dócil, mas muito feroz quando preciso.




- Finalmente uma aula que preste. – disse o loiro quando estava voltando para o castelo com Isabella e os outros alunos.













N/A: Olá gente! Bem...espero que estejam gostando da fic. Quero agradecer às meninas que comentam sempre. Adoro vocês, viu. Se não fossem seus comentários, acho que desistiria de escrever. Beijo especial para vocês, Alessandra, Ruivinha e Miaka.




PS: Alessandra, eu é que quero escrever como tu, garota. Sua fan fic é demais!

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