A ameaça



Capítulo 3: A ameaça


Naquela mesma madrugada, na Mansão Malfoy...


Narcisa estava tendo um sono profundo quando foi acordada subitamente ao sentir algo batendo levemente em seu rosto. Abriu os olhos, um pouco assustada. Olhou ao seu redor, estava tudo escuro como breu. Tateou cuidadosamente embaixo do travesseiro e pegou sua varinha.


- Lumus... – murmurou Narcisa.


Não demorou para achar o que havia batido em seu rosto. Era um envelope vermelho...um berrador. E já estava saindo fumaça de suas laterais.


Só podia ser uma brincadeira de mal gosto. Quem mandaria um berrador a essa hora?


Abriu o envelope. Este começou a flutuar e uma voz feminina e estridente ecoou pelo quarto.


- NARCISA MALFOY! SE ALGUÉM SOUBER ONDE FICA LOCALIZADA A SEDE E ACONTECER ALGO, SABEREMOS QUE FOI VOCÊ OU OS FEDELHOS QUE VIVEM COM VOCÊ QUE ABRIRAM O BICO! SE ISTO OCORRER, DRACO SERÁ TORTURADO POR DIAS E NOITES, ATÉ A MORTE, E ISABELLA SERÁ ESTUPRADA E ENTERRADA VIVA! LEMBRE-SE DISTO NARCISA MALFOY! JÁ ESTÁ AVISADA!


O berrador virou pó logo em seguida, mas os gritos permaneciam na mente conturbada de Narcisa. “Draco será torturado...Isabella será enterrada viva...” pensava ela, completamente assustada.


Foi recuperando-se aos poucos. Conjurou um copo de água com açúcar e bebeu o líquido lentamente. Respirou fundo e fez o copo sumir. Fitou o quadro de Lúcio. Precisava manter o sangue frio, como de costume.


Reconhecera a voz. Era de Belatriz. Como que eles ousavam ameaçá-la depois de tudo??!! A vontade que tinha era de ir no Departamento de Aurores ou onde quer que fosse para contar onde era a sede de Voldemort. Mas sabia que se fizesse isso, colocaria a vida de Draco e Isabella em perigo. Não...decididamente não poderia contar.


Respirou fundo. Iria tomar as devidas providências no café. Sabia que Isabella não tinha tocado no nome de Voldemort mas o nome do Lord permanecia na mente de sua afilhada, isso Narcisa podia ter certeza. Era a mesma coisa com Draco. Seria uma questão de tempo para os dois quererem ir ao Ministério falar da sede. Isso não podia acontecer.


Estava ciente de que se contasse à eles sobre o berrador, a primeira coisa que fariam era ir realmente ao Ministério. Não...não podia deixar....A vida deles estaria em perigo. Eles não podiam saber do berrador.


Iria conversar com eles no café. Narcisa guardou a varinha e voltou a deitar-se na cama. Demorou um pouco para dormir. Tivera um sono conturbado. Acordara assim que o sol nascera. Tomou um banho demorado. Estava muito cansada.


Vestiu uma roupa leve e desceu para a sala de chá. A mesa já estava posta. Ficou olhando o jardim através da janela. Vinte minutos depois, Draco e Isabella entraram conversando animados na sala de chá.


- Bom dia madrinha. – disse Isabella enquanto sentava-se na cadeira.


- Bom dia mãe.


Narcisa suspirou e voltou sua atenção para eles.


- Bom dia. – disse ela com um tom de voz neutro.


Isabella tinha aberta a boca para falar algo, mas fechou-a. Fitou a madrinha um tanto desconfiada, não era normal Narcisa usar aquele tom de voz com eles. Percebeu que Draco também estranhara o jeito de Narcisa.


- Mãe, está tudo bem? – perguntou o loiro olhando-a atentamente.


- Quero deixar claro uma coisa para os dois.


Draco e Isabella gelaram. Será que ela achava ruim que os dois dormissem juntos todas as noites? Será que ela proibiria os dois de passarem a noite juntos? Essas foram as primeiras perguntas que invadiram a mente do casal.


- O que foi madrinha? – perguntou Isabella receosa.


- Que nada que esteja ligado à Voldemort saia da boca de vocês dois. – disse Narcisa séria.


Draco e Isabella estavam surpresos com aquilo.


- Mãe...


- Está claro, Draco? – perguntou Narcisa severa.


- Sim. – respondeu o loiro sem entender a principio.


- Está claro, Isabella?


- Está...


- Ótimo. – disse Narcisa levantando-se e saindo da sala de chá.


Os dois observaram Narcisa sair e depois olharam-se.


- O que foi isso? – perguntou Draco.


- Não faço a menor idéia.


Tomaram café em silêncio. Passaram a manhã no jardim, conversando sobre o comportamento estranho de Narcisa. Esta não desceu para almoçar. Draco mandou um elfo doméstico avisá-la de que ele e Isabella iriam passar a tarde no Beco Diagonal.


- Falou com o elfo? – perguntou Isabella para o loiro quando este saio da mansão.


- Ok...Vamos. – disse Isabella quando James apareceu com a Mercedes prata.


Meia hora depois, Draco e Isabella estavam entrando no Caldeirão Furado. Seguiram até o Beco Diagonal. Não estava tão cheio como costumava estar quando as aulas se aproximavam. Ao passarem em frente à Travessa do Tranco...


Estava tudo em câmera lenta. Draco andava abraçado à Isabella. Sentiu muitos olhares caindo sobre ambos...olhares ameaçadores. Virou a cabeça na direção da Travessa do Tranco. Alguns bruxos sombrios os observavam. Draco abraçou Isabella mais forte.


A garota também notara aqueles olhares ameaçadores, mas nem se deu ao trabalho de olhar em direção a Travessa do Tranco. Sabia muito bem que os olhares vinham dali. Continuou andando.


- Quer tomar um sorvete? – perguntou Draco disfarçando.


- Sim.


- Ok. Vamos lá.


Os dois foram tomar sorvete. Não falaram sobre a maneira como foram encarados pelos bruxos eu estavam na Travessa do Tranco. Passaram a tarde inteira sem falar sobre aquilo. Mas os olhares permaneciam em suas mentes...juntamente com o comportamento de Narcisa...


Voltaram para a mansão pouco depois que anoitecera. No hall...


- Vou guardar minhas coisas. – disse Isabella.


- Tudo bem. Vou te esperar no meu quarto. – sussurrou Draco.


A garota sorriu levemente e rumou para seus aposentos. O loiro caminhou devagar para seu aposentos. Ao chegar em seu quarto, sentou-se na cama. Seus pensamentos vagaram para longe. Pararam exatamente na Mansão Riddle. O comportamento de Narcisa...os olhares...


- Draco? – chamava Isabella baixinho.


O loiro assustou-se levemente. Olhou para a garota, esta estava ajoelhada no chão, encaixada entre suas pernas.


- Não ouvi você chegar... – murmurou Draco enquanto acariciava a face delicada de Isabella.


- É...eu notei. – comentou a garota. – No que estava pensando?


- Nada que seja mais importante que você.


Isabella sorriu e começou a beijá-lo com certa intensidade. Parou de beijá-lo para tirar a blusa do loiro, jogou-a no chão e voltou a beijá-lo em seguida. A garota deslizava suas mãos pelo peito nu do namorado, arrancando alguns suspiros dele.


Draco deitou-se na cama, trazendo Isabella consigo, sem parar de beijá-la. Segurava com firmeza a cintura fina dela, apertando o corpo da mesma contra o seu. Começou a despi-la, e em menos de cinco minutos tinha deixado a garota completamente nua.


O loiro invertera as posições, ficando por cima da namorada, encaixado entre as pernas dela, fazendo-a sentir seu membro pulsar por debaixo da calça.


- Me dá uma ajudinha Isabella... – murmurou ele rindo baixinho.


A garota sorriu levemente. Deslizou suas mãos até a cintura de Draco e começou a abaixar sua calça juntamente com a cueca. Imediatamente, o loiro começou a penetrar Isabella. Eram apenas um corpo naquele momento...


Enquanto isso, Narcisa contorcia-se na cama, suor escorria por sua têmpora.


- Não... – sussurrava ela enquanto dormia.


Estava tendo um pesadelo: estava sentada em uma cadeira, podia ouvir os gritos de dor de Draco...via nitidamente Isabella sendo estuprada por Voldemort...


- Para.... – dizia Narcisa inconsciente.


Ela estava agoniada. Tentava levantar da cadeira para ajudar seu filho e sua afilhada, mas estava presa por correntes...Fechou os olhos com força e ao abri-los, viu Isabella desfalecendo de dor no chão e mais a frente estava Draco cheio de cortes.


Aquela imagem fez Narcisa acordar assustada. Olhou ao seu redor. Breu e silêncio. Sua respiração estava descompassada. Levou as mãos ao rosto e encolheu-se na cama. As lágrimas de medo lavavam seu rosto...será que aquela cena poderia vir a acontecer?

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