A vingança



Capítulo 2: A vingança


Voldemort estava sentado em uma poltrona em seu quarto. Fitava atentamente um canto escuro do teto. Estava muito pensativo. Seu plano havia falhado...mais uma vez. Tudo por culpa de Isabella Lestrange. “Ah...aquela fedelha...irá se arrepender de rebelar-se contra mim.” Pensava Voldemort.


Precisava vingar-se da garota. Mas como? É bem óbvio que o destino dela seja a morte...Mas ela tinha que sofrer antes de morrer...Simplesmente um Cruciatus não resolveria o problema. Não. Tinha que ser algo muito pior. Ouviu batidas na porta e a mesma abrir-se.


- Milord...os Comensais chegaram...estão na sala faz algum tempo... – dizia Rabicho.


- Tempo... – murmurou Voldemort.


Os pensamentos do Lord das Trevas estavam a mil por hora. Seria capaz de sair fumaça pelas suas orelhas. Sabia que precisava pegar Isabella desprevenida. Nada melhor do que em Hogwarts. Sim...


Voldemort levantou-se imponente e saiu do quarto. Desceu até a sala, seguido por Rabicho. Haviam muitos Comensais na gigantesca sala. Todos estavam em silêncio. Rabicho juntou-se aos demais, deixando Voldemort no centro.


- Mandei chamar todos aqui pois temos muito o que fazer. Começando por...Isabella Lestrange. – anunciou Voldemort.


Praticamente todos os Comensais ficaram perplexos. Esperavam ouvir o nome Harry Potter e não Isabella Lestrange. Realmente, aquela garota havia causado muitos estragos para ocupar a mente do Lord.


- Essa fedelha é uma ameaça. E toda ameaça deve ser eliminada. Muito bem, meu desejo e minha ordem: que essa garota sofra muito antes de dar seu último suspiro, quero que ela entenda que rebelar-se contra mim é assinar a sentença de morte. – disse Voldemort enquanto caminhava lentamente pela sala.


Os Comensais penduravam-se em cada palavra proferida pelo mestre.


- Lorkoff? – chamou Voldemort.


Os Comensais saíram da frente de um homem alto, de ombros largos.


- Sim, milord. – respondeu o homem com o sotaque búlgaro.


- Pelo o que eu sei, tens uma filha, não?


- Sim, senhor.


- Estuda em Durmstrang. Estou certo?


- Correto.


- E irá ser uma Comsensal da Morte, como você.


- Sim, milord.


- Muito bom. Isso facilita muito. Quero que a transfira para Hogwarts. Ela receberá a missão muito importante de acabar com a Lestrange. Acha que ela tem capacidade de executar o plano que eu tenho?


- Com toda a certeza, milord.


- Excelente. Quero conversar com você após a reunião.


Lorkoff fez uma reverência e voltou para seu lugar.


- Outra coisa, que também é muito importante. Os Malfoy e a Lestrange sabem que nossa sede é aqui. Portanto, precisamos garantir que nenhum deles vá abrir o bico.


- Senhor, peço permissão para falar. – pediu Belatriz.


Voldemort assentiu com a cabeça.


- Narcisa está vulnerável. A morte do marido a afetou muito. Se a ameaçarmos, dizendo que se alguém descobrir que a sede fica aqui, Draco e Isabella morrem, tenho certeza de que ela ficará de bico fechado e ordenará para os pirralhos fazerem o mesmo. – disse Belatriz.


Voldemort ficou andando em círculos. Pensando naquela hipótese. Abriu um sorriso frio.


- Muito bem Bela. Deixo isso para você. Vá. Cuide disso agora mesmo. – ordenou Voldemort.


Assim como Lorkoff, Belatriz fez uma reverência e saiu em seguida. A reunião durou em torno de duas horas. No final, Voldemort ficara sozinho na sala com Lorkoff.


- Tem certeza de que sua filha fará o que eu disse? – perguntou Voldemort.


- Sim, senhor.


- Ótimo. Porque se algo der errado, mato sua filha e te mato depois.


Uma gota de suor escorreu pela têmpora de Lorkoff. Estava apostando sua vida ali. Era bom que sua filha, Lidiane, fizesse tudo nos conformes.


- Deixe-me. – ordenou Voldemort sentando-se na poltrona.


Lorkoff fez uma reverência e retirou-se. Foi para o jardim da mansão, usou a chave-de-portal para retornar para sua casa, na Bulgária. Quando sentiu o chão sob seus pés, sorriu aliviado. Detestava essas coisas.


Olhou ao redor. A sala estava escura. Provavelmente todos já estavam dormindo. Começou a subir a escada para o segundo andar da casa. Entrou na primeira porta que havia no patamar. Observou sua filha dormindo.


Lidiane Lorkoff era uma garota de 16 anos, alta como o pai. O formato de seu rosto era quadrado, lábios carnudos, pele clara. Possuía um corpo bem atlético. A garota dormia tranqüilamente, aconchegada no calor de sua cama.


- Lidiane. – chamou Lorkoff com um tom neutro.


A garota acordou instantaneamente. Sentou-se na cama, esfregando os olhos.


- Rômolo... – murmurou ela ainda meia sonolenta.


- Arrume-se, tenho que conversar com você. Estou te esperando lá embaixo.


Ao terminar de falar, Rômolo saiu do quarto e voltou para a sala. Acendeu a lareira e sentou-se no sofá. Não era uma missão tão simples assim. Vidas estavam em jogo, inclusive a sua e a da própria filha. Lidiane não poderia cometer erros.


- Pai... – chamou Lidiane ao aparecer na sala, observando a silhueta de Rômolo.


- Sente-se. – mandou Rômolo.


Lidiane obedeceu imediatamente. Sentou-se em uma poltrona ao lado do pai. Ficaram em silêncio por um tempo. Rômolo olhando fixamente o fogo que crepitava na lareira, Lidiane não tirando os olhos de cima do pai.


- Me lembro de quando você era uma garotinha... – comentou ele. - ...Sempre dizia que queria ser o que eu sou...


- Uma Comensal da Morte.


- Sim. É isso mesmo o que quer? – perguntou Rômolo sério enquanto desviava o olhar da lareira e fitava Lidiane.


- É.


- Muito bem. Tem uma missão importante.


- Mas....já? – perguntou ela um pouco surpresa.


- Sim. Irei transferi-la para Hogwarts amanhã.


- O que devo fazer em Hogwarts?


- Está pronta para tirar uma vida? – perguntou Rômolo claramente.


Lidiane fitou o pai com atenção. Ele sempre ensinara para ela Artes das Trevas, além de ensiná-la a manejar uma espada. Sabia que o propósito daquilo era esse: tirar vidas. Mas a missão...tinha sido tão rápida...


- Estou. – respondeu ela por fim.


- Muito bem. Tenho instruções do Lord para você.


Rômolo passara quase uma hora explicando exatamente o que deveria ser feito. Ele queria deixar tudo bem claro para que Lidiane não falhasse.


- Você entendeu bem? – perguntou o homem.


- Sim pai, eu entendi.


- Excelente. – disse ele. – Agora vá dormir. Amanhã receberá treinamento em dobro.


Lidiane assentiu com a cabeça, levantou-se e voltou para o quarto. Fechou a porta sem fazer ruído e deitou-se na cama. Essa tal de Lestrange...se a matasse, seria reconhecida pelo Lord das Trevas. Tornaria-se sua Comensal mais leal.


Os olhos de Lidiane chegaram a brilhar tamanha era a maldade e ambição que estavam percorrendo em suas veias. Faria de tudo para ver Lestrange rastejar no chão e depois....


Lá embaixo, na sala, Rômolo assustou-se com a risada maldosa que ouvira...

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