Lidiane Lorkoff



Capítulo 8: Lidiane Lorkoff




Às seis e meia da manhã, na Mansão Malfoy...




Isabella abriu os olhos lentamente. Suspirou sonolenta ainda. Ia espreguiçar-se, mas percebera que estava envolvida pelos braços de Draco. Sorriu e aconchegou-se ainda mais no peito do loiro.




- Draco... – chamou ela baixinho.




O loiro havia acordado, mas fingiu continuar dormindo. Estava bom demais ali...com ela...Não queria levantar...Por ele podiam passar o último dia de férias deitados na cama.




- Vamos Draco...Acorde... – disse Isabella um pouco mais alto.




- Está bem...está bem...Já acordei... – disse o loiro enquanto se espreguiçava. – Bom dia.




A garota beijou suavemente os lábios do namorado.




- Que horas são? – perguntou Draco.




- Hora de nos levantarmos. Narcisa já deve estar indo tomar café... – dizia Isabella ao se sentar na cama para levantar-se.




O loiro agarrou-a pela cintura, impedindo-a de se levantar. A fez deitar-se novamente.




- Ah Isabella...Fica aqui vai. Hoje é nosso último dia de férias...Vamos aproveitá-lo juntinhos. – sussurrou Draco colocando-a sobre si mesmo.




A garota não consegue resistir aos sussurros do loiro e acaba se dando por vencida. Aconchega-se sobre ele e fica acariciando o mamilo direito dele.




Draco passou a acariciar-lhe o cabelo da namorada com carinho. A pele perfumada dela provocava desejos no loiro...desejos...vontades de tocá-la...acariciá-la....beijá-la.




- Eu te amo demais... – sussurrou ele de repente.




Isabella virou a cabeça lentamente, ficando com o queixo apoiado no peito de Draco. As palavras dele ecoavam em sua mente...alma e coração.




- Te amo por inteira...cada fio de cabelo...cada olhar que lança para mim...cada sorriso que nasce em seus lábios e permanece na minha memória... – sussurrava ele enquanto deslizava as mãos pelas costas da garota.




- Draco...




- Eu já disse isso antes...e vou repetir porque é verdade...e a cada dia que passa você me dá mais certeza ainda...




Draco deu uma pausa. A colocou mais para cima de si. Os lábios de ambos estavam próximos uns dos outros.




- Você deu um sentido em minha vida que eu nunca pensei ter...E eu só tenho a agradecer por isso.




Isabella sorriu e fechou os olhos lentamente enquanto roçava seus lábios nos de Draco. Começaram a se beijar apaixonadamente. Era como se a vida deles dependesse daquilo.




Quando pararam de se beijar...




- Hm...vamos tomar um banho de banheira...e eu vou fazer uma massagem nas suas costas com aquele óleo que você gosta. – disse Draco sorrindo levemente.




- Proposta aceita.




Às onze e meia da manhã, Draco e Isabella saíram na mansão e foram procurar Narcisa pelo jardim. Encontraram-na sentada em um banco branco, sob a sombra de várias laranjeiras.




- Aproveitei a manhã. – comentou a loira quando o casal aproximou-se.




O aroma que vinha das laranjeiras era idêntico ao aroma que havia em Sevilha, na Espanha.




- Notamos... – disse Draco sorrindo.




- Madrinha...está lindo aqui! – exclamou Isabella eufórica.




- Não esqueci do que tínhamos combinado na Espanha.




- Está ótimo mãe.




Narcisa agradeceu. Os três passaram o resto da manhã ali, conversando. Em seguida foram almoçar. Draco e Isabella aproveitaram a tarde, já que Narcisa saíra para fazer compras.




No jantar...




Os três estavam sentados à mesa, mais conversavam do que comiam. Isso porque em algumas horas estariam separados por um bom tempo. Riam alegres enquanto reviam o álbum de fotos das férias de verão.




Isabella foi parando de rir. Apenas sorria enquanto observava Draco e Narcisa rirem de algo que não prestara atenção. Aquela cena ficaria guardada em sua mente para sempre. A cena da sua família...




***




Na manhã seguinte, Narcisa acordara cedo. Espreguiçou-se e fitou o teto. Recordou-se na noite anterior...Draco e Isabella estavam tão felizes...juntos. A loira sentira um calafrio de repente. Uma sensação estranha tomou conta do ser dela. Olhou para o porta-retrato que havia em sua mesinha-de-cabeceira. Naquela foto estavam Draco e Isabella assistindo o pôr-do-sol em Lisboa, Portugal. Sentiu uma lágrima rolar pela face. Não sabia bem porque, mas sentia que aqueles haviam sido os últimos momentos que os dois passaram juntos.




Narcisa levantou-se e enxugou a lágrima. Medo...Voldemort iria fazer algo. E era contra Isabella. Podia até ver aquilo. Estava mais claro do que a neve que decorava os jardins no Natal. Rumou até o banheiro e foi tomar banho. E enquanto banhava-se, decidiu que conversaria com o casal antes que eles embarcassem no Expresso de Hogwarts.




Meia hora depois, Narcisa encontrava-se tomando café da manhã na sala de chá, juntamente com seu filho e sua afilhada.




- Eu queria conversar com vocês dois...Antes de irem para Hogwarts. – disse a loira quando terminaram de tomar café.




Draco e Isabella observaram-na curiosos.




- Tudo bem madrinha. Aconteceu alguma coisa? – perguntou a garota um pouco preocupada.




- Não...não houve nada. Eu só queria...Pedir para que vocês, especialmente você, Isabella, tomassem cuidado. – comentou Narcisa.




- Por causa de Voldemort. – disse Draco, já afirmando.




- Sim. Sabem muito bem do que ele é capaz. Não se deixem levar pelas situações suspeitas. Fiquem alertas. Quem sabe? Podemos estar caindo em armadilhas e não notamos até que sentimos o chão gélido. – dizia Narcisa enquanto levantava-se.




- Estaremos mãe.- disse Draco.




Narcisa olhou de um para outro e forçou um sorriso. Em seguida foi até o hall. James avisou que as bagagens já estavam no carro e que eles podiam ir.




Quinze minutos depois, Narcisa, Draco e Isabella já estavam no carro, indo para a Estação King´s Cross. O caminho inteiro nenhum deles pronunciara uma única palavra. O curto diálogo que tiveram no café tomava conta dos pensamentos dos três.




Chegaram na estação às dez e vinte da manhã. James foi levando as bagagens. Logo à sua frente estavam Narcisa e o casal. Atravessaram a barreira que levava para a Plataforma 9 ¾ . A plataforma já estava aglomerada por alunos e suas famílias.




- James, vá levar as bagagens. – ordenou Narcisa.




- Sim, senhora. – disse James e saiu em seguida.




- Muito bem. É melhor irem entrando. As cabines estão ficando cheias. – comentou Narcisa.




- Certo, mãe.




- Bom ano letivo para os dois.




- Nos vemos no Natal, mãe.




- E como estaremos no Natal? – perguntou Narcisa sorrindo suavemente.




- Felizes e sorridentes. – respondeu Isabella rindo descontraída.




- Sorridentes...




Draco escutara a mãe dizer “Sorridentes”, mas parou de prestar atenção nela e em Isabella. Sentiu alguém observando-o. Ao virar-se, seu olhar cruzou com um par de olhos castanhos. Era uma garota de cabelos ruivos, pele clara e com algumas sardinhas. Linda. E assustou-se levemente quando notou que aquela garota era Virgínia Weasley.




O loiro ficou perguntando-se por que aquela pobretona da Weasley estaria olhando-o. Notou que ela não estava corando nem um pouco, como costumava acontecer quando Harry Potter a olhava. Draco quebrou o contato visual e voltou a prestar atenção em Narcisa e Isabella.




Terminaram de se despedirem. O loiro foi guiando a namorada por entre a aglomeração de alunos. Isabella. Esta, enquanto subia a escadinha para embarcar no trem, parou na portinhola. Um arrepio percorreu-lhe o corpo. Alguém a olhava. Podia sentir. Virou-se devagar e logo viu quem a observava.




Era uma garota alta e magra, cabelos e olhos castanhos, pele pálida e de traços fortes. Ao seu lado havia um homem com uma postura imponente. Ele cochichara algo no ouvido da garota e olhou diretamente para Isabella. Esta tinha plena certeza de que aquela moça era nova na escola.




- O que foi Isabella? – perguntou Draco atrás dela.




- Nada. – respondeu ela e em seguida embarcou no expresso.




Draco seguiu com Isabella até a última cabine do trem, pois estava vazia.




- Droga...tenho que ir para a cabine dos monitores. – resmungou o loiro enquanto encostava a porta da cabine.




- Tudo bem A gente se fala daqui um tempinho. – disse Isabella aproximando-se e abraçando-o pelo pescoço.




Draco retribui o abraço e o sorriso.




- Vai ficar aqui? – perguntou ele olhando-a nos olhos.




Isabella suspirou.




- Não. Quero conversar com alguém. Não ficar sozinha.




- Oras, por que não vai falar com a Emília Bultrode? – perguntou Draco não querendo deixar transparecer que não queria vê-la com o Potter.




Isabella lançou-lhe um olhar de pura indignação.




- Aquela garota sem classe me dá nojo, Draco. Sabe disso.




O loiro respirou fundo.




- Está bem...está bem... – murmurou ele e em seguida beijou suavemente os lábios da garota.




Isabella abraçou-o mais forte e intensificou o beijou, fazendo o loiro segurá-la com mais firmeza, colando seu corpo no dela. Ficaram beijando-se por alguns instantes. Pararam porque quase caíram com o solavanco que o trem fez assim que começou a partir.




- Bem, vou indo. Nos vemos daqui a pouco. – disse Draco soltando-a e saindo da cabine.




Isabella deixou a cabine logo depois. Queria conversar com seu amigo, Harry Potter. Não demorou para encontrá-lo. O rapaz estava sozinho em uma cabine no meio do trem.




- Harry! – exclamou Isabella empolgada.




- Isa! – exclamou o moreno levantando-se e abraçando-a.




A garota retribuiu o abraço.




- Puxa, que saudades Harry. – dizia ela enquanto o soltava e afastava-se um pouco. – Não mudou nada.




- Você também não. Se bem que está ainda mais bonita. – disse ele calmamente.




Sentaram-se um de frente para o outro.




- O que fez nessas férias? – perguntou Harry animado.




Isabella começou a contar sobre suas férias de verão. Impressionou Harry ao falar com detalhes sobre os países que visitara.




- Suas férias foram ótimas. – comentou o moreno.




- Com certeza. Mas...e as suas? Como foram? – perguntou Isabella interessada.




- Nada demais. Quero dizer, passei o mês de julho com os Dursley e aí quando completei a maioridade bruxa, resolvi sair de lá. – disse Harry com naturalidade.




A garota arregalou os olhos, ligeiramente surpresa com a notícia.




- Para onde você foi?




- Bom, fiquei três dias hospedado no Caldeirão Furado. Até que a sra. Weasley descobriu e foi me buscar... – falava o rapaz cabisbaixo. - ...Ela me tratou como um filho. Não que antes não tivesse tratado...




Isabella notara que o amigo sentia a falta dos verdadeiros pais. Compreendia perfeitamente o que ele estava sentindo, afinal, mesmo os seus pais sendo as pessoas que eram, não deixavam de ser seus pais. Segurou-lhe as duas mãos carinhosamente.




Quando a garota abrira a boca para começar a consolá-lo, a porta da cabine escancarou-se, e por ela entrou uma garota. Era a garota da plataforma...aquela que ficou encarando-a...




Lidiane observou a cena atentamente. O Potter e a Lestrange de mãos dadas. Ambos com expressões indefinidas na face. Um sorriso sádico surgiu nos lábios de Lidiane.




- Ora...estou interrompendo os dois pombinhos? Querem que eu saia, Potter e...Lestrange? – perguntou a garota sarcasticamente.




Justamente nessa hora, Draco estava patrulhando no corredor. Aproximou-se silenciosamente da cabine onde encontravam-se Harry Potter, Isabella Lestrange e Lidiane Lorkoff.




- ...não precisão se incomodar. Podem continuar de mãos dadas. – dizia Lidiane maldosamente e saíra da cabine em seguida.




A garota acabou trombando em Draco.




- Olha por onde anda. – disse o loiro completamente mal humorado.




Lidiane segurou o riso ao vê-lo sair pisando duro enquanto voltava para a cabine dos monitores.




Dês minutos depois, foi a vez de Rony e Hermione entrarem na cabine de Harry e Isabella. Os quatro ficaram conversando animados sobre as férias de verão.




Isabella estranhou não ver Draco passar pelo corredor o resta da viagem inteira. Sendo assim, ficou lá conversando com seus amigos.




Assim que foram se aproximando de Hogwarts, vestiram os uniformes da escola.




- Gente, eu vou procurar o Draco. – disse Isabella ao sentir o trem frear quando chegaram na Estação de Hogsmeade.




Ao sair da cabine, a garota foi andando devagar enquanto olhava com atenção para todas as direções, procurando por Draco. Só encontrou o loiro porque reconhecera os cabelos platinados do mesmo.




- Draco...Espera. – disse Isabella ao desembarcar do trem logo depois que ele.




- Vem, vamos pegar uma carruagem. – falou ele num tom de voz neutro enquanto segurava a mão direita da namorada e ia andando pela aglomeração de alunos.




Outra coisa que Isabella estranhara foi que Draco preferiu ficar na carruagem com Pansy Prakison, Crabbe e Goyle ao invés de ficar em uma sozinho com ela. Preferiu não falar nada. Subiu na carruagem e sentou-se ao lado do loiro.




A garota arrependeu-se de não ter contestado. Isso porque a cara de buldogue da Parkison começou a falar sobre Voldemort.




- Meu pai disse que o Lorde das Trevas pôs em prática um plano que é de matar. – disse Pansy cheia de si.




Isabella revirou os olhos. Havia chegado até a se esquecer daquela cobra em forma de gente, mas aquela idiota tinha que falar dele...A garota foi o caminho inteiro calada. Ouvindo Pansy tagarelar. Outra pessoa que estava em silêncio também era Draco.




No caminho para a escola, os dois permaneceram com as mãos atadas. Olhavam-se de soslaio. Isabella olhava-o como quem quer falar algo. Já Draco lançava-lhe olhares um tanto frios.




Quinze minutos depois o casal estava no Salão Principal do castelo, sentados à mesa da Sonserina.




- Precisamos conversar. – murmurou Isabella enquanto a voz no Chapéu-Seletor ecoava pelo salão em uma canção.




O loiro apenas concordou com a cabeça. Logo a seleção dos alunos novos se iniciou. Quando todos os alunos primeiranistas foram selecionados, Dumbledore levantou-se.




- Neste ano letivo, teremos uma aluna estrangeira. Ela veio da Escola de Bruxaria de Durmstrang para cursar o seu último ano letivo aqui. Vamos dar as boas-vindas para Lidiane Lorkoff. – disse o diretor.




Assim que Dumbledore terminara de falar, as portas do salão abriram-se. Lidiane foi andando em passos silenciosos até ficar diante da Profª McGonagall. Esta olhou o pergaminho e em seguida voltou a fitar a nova aluna.




- Lorkoff, Lidiane!




A garota nem mesmo sentara no banquinho e todos puderam ouvir o Chapéu-Seletor murmurar:




- Sonserina.




Alguns alunos se espantam com aquilo.




- O chapéu nem tocou nela... – murmurava Neville.




Logo o salão encheu-se de burburinhos. Lidiane sorri discretamente enquanto vai indo até a mesa da sua nova casa e senta-se próxima a Isabella. Ouviu Dumbledore dar inicio ao banquete. Em seguida observou a comida surgir nas travessas que havia na mesa.




O salão encheu-se de vozes. Os alunos conversavam eufóricos. Lidiane serviu-se mas nem tocou na comida. Estava mais preocupada em observar Isabella. Notou que ela estava séria.




- Idiota... – murmurou Lidiane.




Ao olhar para a mesa da Grifinória, a garota reconheceu Virgínia Weasley. Era a garota que há alguns anos caíra numa armadilha dos Comensais da Morte para trazerem Voldemort de volta.




Sabia o suficiente daquela garota para afirmar que ela não deveria estar olhando daquela forma, como hipnotizada, para Draco Malfoy. Estranhou aquele olhar, que deveria ser ao menos frio. Ao contrário, era quente e repleto de sentimentos. Qualquer um que observasse com atenção aquela garota poderia notar aquilo.




- Estranho...Muito estranho... – sussurrou Lidiane.




Meia hora depois, os alunos começaram a sair do Salão Principal para irem para suas respectivas salas comunais. Lidiane seguiu discretamente Draco e Isabella. Percebeu que estava um clima tenso entre os dois.




Entraram na sala comunal da Sonserina. Alguns alunos seguiam para seus dormitórios. Outros ficavam sentados em rodinhas de amigos conversando. Lidiane viu o casal ir para o dormitório de Draco. Esperou alguns segundos e os seguiu. Ficou escutando atrás da porta.




- Draco...o que deu em você? Não foi me ver no trem. Não falou comigo na carruagem. Nem me olhou no jantar. – disse Isabella encarando o namorado sentado na cama.




- O que deu em mim?? – perguntou ele um pouco exaltado.




- É Draco. O que deu em você? – perguntou Isabella também um pouco exaltada.




- Eu escutei a Lorkoff falando “Não precisam se incomodar. Podem continuar de mãos dadas...” – disse Draco enciumado.




- Ah Draco... – disse Isabella num suspiro. – Sabe muito bem que eu e o Harry somos amigos. Nada mais que isso.




Lidiane escutou passos. Provavelmente Isabella havia se sentado na cama ao lado de Draco.




- Desculpa... – disse Draco.




Lidiane parou de escutar. Encostou mais um pouco a cabeça na porta. Entendeu o por que não os escutava mais falar. A única coisa que conseguia ouvir era os gemidos de prazer, de Isabella e Draco.Desencostou-se da porta rapidamente e saiu do corredor discretamente.

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