Doloroso sonho...

Doloroso sonho...



N/A: Eu desconfio que eu seja uma autora muuuuuuito boazinha.... Mas como prometido, aí está!


06. Doloroso sonho...

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Os dias que seguiram foram tristes pela lembrança das perdas, as despedidas dos enterros, a recuperação do prédio da escola. Dias e noites intensos e carregados de atividades de todos os lados. Várias pessoas se ofereceram para ajudar na busca do jovem bruxo que derrotou o lorde das trevas. O grupo que fora à Mansão Malfoy na noite da batalha permaneceu com os mesmos integrantes, enquanto um outro grupo, formado principalmente por aurores, tentava outras formas de localização, inclusive mantendo contato com Ministérios da Magia de outros países.

Mais de dois meses havia se passado e ainda nada se sabia.


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Gina sonhava com Harry constantemente, alternando entre sonhos bons e ruins, lembranças e desejos. Uma noite foi particularmente assustadora. Acordou com o próprio grito e com o rosto molhado de suor. Chorou o restante da madrugada, temendo pelo futuro, mas nunca sem perder a esperança de um dia voltar a encontrar seu grande amor. A chama dessa esperança se reacendeu com força, mesmo que tenha vindo em um doloroso sonho. Ao fechar os olhos, revia a imagem de seu pesadelo: Harry ferido, perdido um mundo distante, incomunicável, ausente de si, lutando para sobreviver num ambiente hostil, com morte, lutas e sangue. Mesmo machucado e exausto, jogado num canto de um quarto sujo, com os pulsos feridos pelo constante uso de uma corrente apertada, ele murmurava um nome: Gina.

Seria isso apenas um sonho ruim ou uma forma de comunicação entre corações que se amam?

As pessoas voltavam à rotina pouco a pouco.

O castelo de Hogwarts ainda estava em reforma.

A procura pelo menino-que-sobreviveu-e-que-venceu-o-mal ainda era intensa.

Os corações ainda choravam os mortos.

O coração de uma ruiva chorava mais forte pela ausência de seu amor.

Três meses haviam se passado desde o desfecho da batalha.

E outro coração também chorava agora, pois a perda era definitiva e recente.

Draco não conseguia dormir. Ele não sentiu pena de seu pai quando dias atrás lhe informaram que ele havia se suicidado. Seu coração chorava por outro motivo. Pelo contrário de pena, sentiu uma raiva extrema ao saber que o pai fez aquilo depois de matar Narcisa. Não sentiu nada quando leu o bilhete que ele deixou a Draco, onde dizia que o que fez foi para limpar o nome da família, pela fraqueza de Draco por não realizar sua missão e pela traição de Narcisa. “Velho doente, isso é o que você era”, murmurava com rancor. Lembrava-se de sua mãe, a única pessoa com quem realmente se importava e que se importava com ele. Que mesmo depois de todos seus esforços para cumprir as chantagens que lhe impuseram na promessa de mantê-la segura, ela foi friamente torturada pelo próprio marido ao saber que ela mentiu para Voldemort e acabou ajudando o Potter a se salvar.

A última vez que se encontraram ela reforçou um pedido feito há mais de dois meses: que ele continuasse auxiliando a pequena Weasley nas buscas, que ele fizesse o que fosse possível para aliviar a dor da garota. O loiro não podia recusar o pedido de sua mãe. Empenhava-se ao máximo nessa busca, como se ele mesmo quisesse encontrar o rapaz, mas na verdade ele nem se importava mais com o que buscava.

A única coisa que restara em seu coração foi o pedido de sua mãe e a lembrança dos últimos dias que passara ao lado dela.

Com alguns contatos Draco soube de um americano, que não souberam dizer de onde, que era especialista em identificar rastros de magia. Ele se lembrava que como toda magia é detectável, a magia liberada numa batalha seria ainda mais fácil de encontrar, e sugeriu que procurassem descobrir quem ele era. Tonks tentou alguns contatos no Ministério para saber se existia alguém que soubesse algo mais específico, e um colega dela, um auror do Departamento de Inteligência se lembrou de ter ouvido falar de um cientista americano doutor em ocultismo, Mac Ripley Booke, que apesar de não ser bruxo, era o maior entendedor do assunto nos Estados Unidos, além de ser totalmente de confiança.

Tonks tentou encontrar o cientista e este logo se interessou pelo assunto e levou todo seu equipamento para a Inglaterra a fim de ajudar o grupo de bruxos a encontrar o amigo desaparecido. Seu fiel companheiro de expedições, o labrador Mulder também o acompanhava.

Gina, Hermione, Rony e Draco investigavam o provável destino de Harry baseando-se nos vários livros que tinham na Mansão e nas poucas conversas que Draco presenciou. Essa pesquisa aliada às lembranças de esparsas conversas que Draco ouvira na casa foi o suficiente para dar forma à busca, podendo chegar a algum lugar depois que juntou as informações com os resultados dos aparelhos do Dr. Booke, que eram capazes de medir cargas energéticas, posicionamentos de massas de energia mágica e quantidade de magia utilizada, entre outras coisas.

A pesquisa na biblioteca da Mansão Malfoy foi extensa, pois como não sabiam o que procurar tiveram que olhar demoradamente centenas de exemplares. Era assustadora a quantidade de livros referentes à magia negra que havia ali. A mansão guardava de fato muitos livros obscuros e carregados de energia negativa, e encontraram alguns referentes ao tal feitiço usado por Voldemort no dia da batalha. Não tiveram dúvidas quando viram algumas anotações no canto da página. Descobriram que realmente não havia como saber para onde iriam, nem mesmo o portador da chave saberia, mas aí entrou o auxílio do Dr. Booke.

Booke teve que ajustar a maioria dos aparelhos logo no primeiro dia, pois eles disparavam, apitavam e piscavam a todo instante devido à intensa atividade energética que os bruxos emitiam. Ele estava em êxtase com a situação. Nunca houvera presenciado tamanha explosão de energia numa única conversa, ainda mais entre bruxos tão jovens. Nem se importou quando ouviu um detector de porte médio, que estava sobre a mesa, explodir quando a pequena ruiva gritou enfurecida com o loiro que sorria cínico diante o temperamento agressivo da garota.

- Uau!!! – exclamou eufórico, chamando a atenção dos presentes na sala. – Vocês são demais... Adoro quando isso acontece. – ele falou sorridente.

- O que houve? – Gina perguntou confusa. – Por que isso explodiu? Também, estava apitando há um tempão, tinha que explodir mesmo, não tinha?

- Não, minha cara, isso não é de explodir. Teve uma vez que ele derreteu... – ele disse ainda mais sorridente. – Quer dizer, não era exatamente esse, mas era do mesmo modelo. O aparelho simplesmente derreteu quando uma amiga minha se aproximou furiosa, como você, ruivinha, e sem perceber, fritou o aparelho. Foi o máximo!!!

- Hummmm... – Gina resmungou em resposta, descrente da história.

- Aliás, - continuou Booke – é curioso... Ela também é ruiva, como você. Será que tem algo a ver? Tenho que pesquisar. – disse mais para si do que para os outros. – Se bem que são tipos diferentes de magia, a sua e a dela...

- Desculpe, sr. Booke, mas podemos voltar à localização do rastro energético provocado pelo duelo entre Harry e Voldemort? – Hermione interrompeu, tentando ser educada, porém sem deixar de parecer autoritária.

- Claro... Claro... Eu me perco em pensamentos às vezes... na verdade, quase sempre... pode me interromper sempre que necessário... Ah, e me chame apenas de Booke, ok? Senhor é muito formal, parece muito importante... – ele disse descontraído e sincero.

- Tudo bem... mas o senh-, desculpe, você é ‘Doutor’, certo? Você é importante. Mas tudo bem, que seja como... você... deseja. Agora vamos ao que interessa? – chamou a atenção de todos para que voltassem ao objetivo principal de busca.


Os aparelhos e conhecimentos do Dr. Booke ajudaram a definir o provável caminho de Harry e finalmente conseguiram trilhar um roteiro a seguir. Todos os aparelhos indicavam que eles seguiram a leste. Partiriam para a China na manhã seguinte a fim de conseguir mais informações com o Ministério da Magia chinesa e, se aproximando da energia mágica do rastro da batalha, alcançariam finalmente o destino do amigo.

O grupo que seguia na busca era quase o mesmo que estivera na mansão Malfoy desde a primeira vez, exceto por Gui, que não pôde acompanhá-los a pedido do Ministério, os aurores Gallagher e Carlisle que foram encaminhados à outra missão e da presença do cientista americano que viera para ajudá-los. Sendo assim, o grupo era composto por Tonks, a responsável pelo grupo, dr. Mac Booke, Gina, Rony, Hermione e Draco.

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N/A: Mac Ripley Booke não é de minha criação. Ele é um personagem do livro Entre o Céu e a Terra, o segundo livro da trilogia da Magia, autoria de Nora Roberts. É uma história fascinante! Eu recomendo. Gosto tanto deste personagem que peguei emprestado seu nome e especialidade por alguns momentos (Thank’s Mrs. Roberts for the great character Booke.). Espero que tenham gostado dele.

Agora já sabem, não é? 1... 2... 3... 4... 5... 6... 7... 8... 9... 10...

E sem trapaça, viu! Comentários de leitores diferentes... mas se tiver mais de um comentário para cada leitor também ganha pontos. HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUA.............

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