EPÍLOGO



Significado...

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Enfim descobrira que não havia apenas dor em sua vida.

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DIAS DEPOIS....

Livrando-se totalmente do feitiço lançado pelo maior bruxo das trevas que se ouviu falar, Harry conseguiu finalmente curtir sua vitória na guerra do mundo bruxo. Mesmo que isso tenha acontecido tantos meses após o final da batalha, agora ele tinha consciência do que acontecera e podia aproveitar a extensão do significado daquilo.

Foram vários dias tempestuosos. De sentimentos e sensações tempestuosas.

Tonks finalmente caiu na ‘real’ e teve que enfrentar a dura perda. Chorava em silêncio toda vez que recordava de seu querido Remo, morto na guerra. Com a busca por Harry ela conseguiu evitar a tristeza, mas agora, de volta a Inglaterra, não seria possível esquecer seu grande amor.

Dr. Booke ainda ficou alguns dias para auxiliar na recuperação de Harry e para fazer uma proposta a dois dos jovens que conhecera, mas logo voltou aos Estados Unidos com seu cachorro saltando de alegria ao perceber que voltaria pra casa. O cientista aguardaria a resposta dos jovens nos EUA, pois já não agüentava mais de saudades e partiu para a pequena cidade onde sua esposa e seus filhos gêmeos o aguardavam.

Harry agia de forma extremamente agressiva em determinados momentos, mas sempre visivelmente confuso e exausto. Alguns dias depois de ter retornado a Londres Harry estava em observação no hospital para que os ferimentos se fechassem completamente e se verificasse que nada restara do feitiço maligno que Voldemort lançara. Precisou de muitas poções calmantes para não reagir à palavra de comando que Lek o ensinara – Ataque – pois mesmo quando a ouvira em inglês em uma situação totalmente diferente do que conhecia, seu corpo reagiu ao impulso de fechar os punhos e preparar os músculos para o combate. Conforme os dias foram passando ele apresentou significativas melhoras, principalmente quando recebia visitas que o agradavam e o faziam lembrar dos bons momentos de sua vida.

Gina não cabia em si de alegria e satisfação por ter de volta aos seus braços o seu amor. Passou boa parte do tempo no hospital com Harry e deixou para lamentar a morte de seu amado irmão em silêncio, sem deixar Harry preocupado. No entanto, teve um dia em que Harry não conseguiu evitar e abordou Gina sobre um assunto que tanto o incomodava, mas depois de tudo esclarecido voltaram aos planos para o futuro.

- O que foi aquilo com o Malfoy, Gina? Eu senti sua presença, apesar de não saber quem era você. Eu fiquei tão furioso, e depois tão... despedaçado. Eu não gostei nem um pouco!

- Ahhh, Harry... Eu sei que não. Eu também não gostei, acredite! Mas foi uma idéia que o Malfoy teve de aproximar você de mim. E deu certo, isso que importa!

- Eu sei que teve um propósito, eu entendi... mas precisava daquilo??? – ele perguntou com uma careta, e logo continuou a falar. - E ainda é difícil acreditar que o Malfoy estivesse ajudando vocês a me procurar...

- Pois é, ninguém acreditava. Mas ele ajudou de verdade. E de coração! E a Mione ajudou ele também... – ela disse entre risos. – Não pergunte! – ela sugeriu ao ver uma provável pergunta se formando nos lábios que tanto adorava. – E o Rony nem quer ouvir o nome dela no momento. Ou ele morre de ciúmes, ou a Mione morre de raiva, ou o Draco morre de porrada... O negócio vai ficar feio...



Rony ainda não perdoara Hermione nem Tonks pela petrificação, mas ao ver seu amigo se recuperando rapidamente o ruivo mal se lembrava da confusão de dias atrás. Dividiu-se em vários para atender os chamados de sua família, tanto em casa com sua mãe, como na loja com Jorge, ou no hospital fazendo companhia para Gina e Harry. E ainda sobrava tempo para implicar com Hermione por qualquer motivo que fosse, mesmo que a garota não desse mais importância ao que ele falava e Gina acabava ficando como intermediária das brigas. E essas brigas ficavam piores quando Draco ia com a castanha ao hospital.

Hermione respirava aliviada e não queria sair do lado de seu amigo por nada, exceto quando Gina estava com ele. Entrou em contato com seus pais e com a ajuda de Tonks e do auror Gallagher conseguiu trazê-los de volta a Londres depois de alguns dias. Brigou com Rony mais uma vez quando ele falou que o loiro sonserino deveria ficar preso, e finalmente percebeu que o ruivo brigava por ciúmes, mas ela não se importava mais. Tentou ignorar o fato de ter ficado chateada e até um pouco magoada com o beijo entre Gina e Malfoy, mas entendeu que foi uma atitude impensada, porém urgente. Pegou-se pensando no loiro várias vezes e recriminou-se todas elas, mas não conseguiu ficar muito tempo sem falar com ele, muito menos quando ele a procurou. Ficavam muitas horas conversando no saguão do hospital ou na lanchonete, e só depois da primeira semana é que começaram a sair um pouco do hospital.

Malfoy não estava mais sob a guarda dos aurores e poderia voltar pra casa, mas ele não queria ir pra casa. Não acreditava que a Mansão Malfoy era um bom lugar para se viver. Procurou Hermione para conversar. Durante o período da busca por Harry a garota mostrou-se uma excelente companhia, ouvinte compreensiva e até meiga quando não era muito mandona. Por sugestão dela, ele doou boa parte da biblioteca da Mansão para Hogwarts e iria vender a casa. E juntos decidiram aceitar a proposta que o dr. Booke lhes fizera: passar uns dois ou três meses com ele nos EUA para estudar e aprender um pouco mais sobre magia, sob uma outra perspectiva. Draco já estava ansioso pela viagem...

Num final de tarde, Gina saiu do quarto de Harry para ele se preparar para novos exames e chegando a uma curva do corredor dos quartos ela viu Hermione e Draco sentados e conversando no jardim que ficava do outro lado. A ruiva instintivamente sorriu marota, indo ao encontro deles. Pelo vidro ela viu Draco se levantar de repente e ficar na frente de Hermione que parecia se controlar para não gritar, até que Gina alcançou um ângulo que possibilitava ver quem estava com eles. A ruiva já estava cansada das estressantes brigas entre seu irmão e sua amiga e correu a fim de dar um basta naquela situação.

- Você é um idiota Ronald! – Hermione trincava os dentes para não gritar. Ela inverteu as posições e agora estava na frente de Draco, mas ele segurava o braço dela, como se a impedisse de avançar.

- Mione, sai daqui. Deixe que eu cuido dele. Draco, leva ela daqui. – o pedido de Gina soou como uma ordem, que foi prontamente atendida.

- Gina?

- Cala a boca, Ron! Você já reparou que ultimamente você só tem brigado com a Mione? Vocês nem entram mais no quarto no Harry ao mesmo tempo! Ela não consegue mais conversar com você porque você é um idiota estúpido, sabia? Legume insensível!

- Não, Gina. Ela não consegue mais falar comigo porque já foi contaminada pelo Malf...

- Não termine! – Gina o interrompeu erguendo a mão e apontando um dedo na cara do irmão. – Você pode falar o que quiser de qualquer coisa, mas dobre sua língua pra falar do Malfoy!

- Qual é, Gina? O cara quase matou nosso diretor e vocês vão ficar defendendo ele? E depois que ele te beijou a Hermione ainda dá moral pra ele... E agora, depois da Hermione ficar grudada com ele pra cima e pra baixo você também vai morrer de amores pela doninha albina, é?

- Pois fique você sabendo Ronald, que o doninha-albina-que-quase-matou-o-diretor foi exatamente quem me ajudou a encontrar o Harry. Nem a Tonks, com sua experiência e conhecimento como auror conseguiu. Nem o Booke, doutor em Ocultismo e mestre em tantos assuntos que nem conhecemos. Nem a Hermione, a melhor aluna da Hogwarts, super inteligente e perceptiva. Nem você, Ronald, meu irmão, meu sangue, que me conhece até a última sarda! – ela começou a falar mais rápido para não dar tempo do ruivo a interromper. – Não, Rony. Foi o Malfoy que descobriu o que eu precisava, o que o Harry precisava. Enquanto ele estava preso pelas ameaças do pai e de Voldemort ele tinha que fazer tudo que lhe fosse ordenado, mas depois que ele se libertou ele se mostrou uma pessoa de valor, íntegro e de bom coração. Muito mais compreensivo e atencioso do que você, se você quer saber bem a verdade! Até o Harry, que tem motivos verdadeiros pra ficar irritado com aquele beijo, até ele entendeu! E você fica aí, fazendo esse papel ridículo de moleque ciumento enquanto sua amiga, que antes morria de amores por você, agora viu que você não vale mais a pena, pois tem coisa muito melhor por aí! Adoraria tê-la como cunhada, mas como amiga que sou não vou desejar isso pra ela. Prefiro que ela fique com o “doninha-albina-aprendiz-de-comensal-quase-assassino”, como você fala, porque ele é gentil, carinhoso, sensível, perpicaz e tão inteligente quanto ela, e eu tenho certeza de que eles vai se entender muito bem por muito tempo! E agora sai da minha frente antes que eu te azare. Já acabou minha paciência com você entendeu? Deixa a Hermione em paz. Ela merece ser feliz!

Rony não saiu do lugar. Estava paralisado com as palavras que ouviu de sua irmã. Toda a defesa pelo Malfoy e as duras verdades sobre si mesmo. Com a garganta travada por um enorme nó que se embolava ali ele conseguiu falar com a voz trêmula e baixa:

- E-ela merece... m-mas eu queria... que fosse comigo.

- Então que fizesse por merecer, pô! – ela quase gritou. Viu-o desolado, se encolhendo no banco que acabara de sentar. - Meu irmão... – Gina se controlou ao máximo para usar sua voz mais amável. – Tente se lembrar de como você a tem tratado ultimamente... Desde o ano passado... das últimas férias... Você fez de tudo para afastá-la de você, e agora ela percebeu isso e partiu pra outra. Infelizmente, pra você, foi o Malfoy que surgiu como o cara que atende às expectativas dela.

Ele ainda olhava para baixo, sem conseguir encarar os olhos de sua irmã. Passou as mãos no rosto como se pudesse se livrar da tristeza com esse ato, bagunçou os cabelos e se levantou, falando com a voz mais firme:

- Ela merece ser feliz. Mesmo que não seja comigo. Diga a ela que eu sinto muito? Não vou conseguir...

- Eu digo. Mas fique por perto, por favor. Vocês sempre foram muito amigos, não deixe que isso destrua a amizade tão linda que vocês construíram junto com o Harry. O Harry precisa de vocês dois.

- Eu sei... Pode deixar... Vou ficar um pouco com a mamãe, ela deve estar sozinha em casa...

- Tudo bem. – ela abraçou o ruivo que mesmo sendo muito mais alto que ela, parecia um garotinho frágil sendo envolvido por braços carinhosos. – Eu te amo, viu? – ele balançou a cabeça afirmando e beijou a bochecha da ruiva. Deu um sorriso tímido e saiu do jardim.



Tudo isso em três semanas!


Era quinta-feira, três dias depois do ocorrido no jardim, Hermione e Gina estavam no quarto com Harry e a ruiva contava o que havia falado pro irmão e agora Harry entendia o motivo do amigo ter sumido desde terça. Harry perguntou pra Gina se ela não havia pegado pesado com as palavras, mas foi o ruivo que respondeu ao entrar no quarto naquele momento e chEagou a tempo de ouvir a pergunta do amigo.

- Essa daí me conhece como ninguém... Ela sabia que eu estava precisando de uma paulada daquela. – ele sorriu timidamente e beijou a testa da irmã, abraçou Harry e encarou Hermione por longos segundos.

O rosto da castanha não expressava nada e o ruivo já estava a ponto de sair correndo para se esconder no primeiro buraco. Sem dizer nenhuma palavra Hermione se levantou, deu a volta da maca onde Harry estava sentado, e depositou um beijo suave na face de Rony, que ficou extremamente vermelho.

- É melhor não dizer nada pra não dizer alguma besteira. – ela advertiu o ruivo quando ele abriu a boca para falar algo.

- É... Eu só ia dizer que sinto muito.

- É melhor que sinta mesmo! – ela respondeu com frieza. – Eu já senti muito. A diferença é que agora eu não quero mais sofrer. – ela encarou os olhos incrivelmente azuis de Rony por algum tempo e na linha invisível que se formou ele entendeu que ela o desculpava, mas que seguiria em frente.

Hermione se despediu de Harry com um beijo na testa e de Gina com um beijo na bochecha e saiu do quarto sem nada dizer. Draco a esperava na recepção e dali foram ver alguns detalhes antes da viagem. Combinaram de partir na próxima semana, depois que Harry tivesse alta e já estivesse instalado no conforto de casa.


O último dia de Harry no hospital amanheceu esplendoroso para saudar o jovem que ia para casa de seus amigos. No quarto, Rony, Hermione e Gina o ajudavam a sair da cama, que mesmo que não houvesse tal necessidade ainda assim eles o fizeram, nem que fosse apenas para ficar perto do amigo. Ou do namorado, no caso de Gina.

De mãos dadas com a garota de seus sonhos e sua realidade, Harry saiu do hospital a caminho da Toca, onde a família Weasley o esperava na casa de fachada torta e o adorável cheiro de comida. Apertou a mão de Gina para certificar-se de que ela não sairia dali e sentiu o corpo esquentar quando ela o beijou na face.

Parou de repente puxando a garota pela mão, deixando os outros seguirem na frente para que ficasse a sós com a garota. Ficou de frente para ela e sem dizer uma palavra, sorrindo tolamente e encarando profundamente os olhos meigos dela, acariciou o rosto da namorada, sorriu ao passar os dedos sobre as charmosas sardas que enfeitavam as bochechas da menina e beijou-a nos lábios, primeiro carinhosamente, como em sua primeira boa lembrança, e depois aprofundou o beijo, segurando com a mão direita a nuca da ruiva, embaraçando os cabelos vermelhos, e com a esquerda apertava a cintura dela, sentindo o corpo arrepiar repetidas vezes com o contato de sua mão com a pele da garota, enquanto ela o enlaçava pelo pescoço e abria os lábios um pouco mais, para permitir o acesso da língua quente e macia do rapaz que tanto amava.

* * *

Uma grande festa ao ar livre no Beco Diagonal com a comunidade bruxa presente aconteceu no dia seguinte à saída de Harry do hospital.

A recepção de Harry n’A Toca com a família Weasley foi calorosa.

Harry aproveitou a ocasião e pediu Gina em casamento.

Hermione e Draco partiram para os EUA três dias depois.

Tonks recebeu a confirmação de uma medibruxa. O mal estar que sentia há mais de três meses não era pela depressão e saudade de seu marido. É pela gravidez!

Rony assumiu a direção da loja com Jorge.

Acontecimentos, fatos, reencontros, sentimentos. Os ingredientes da vida estavam dispostos diante os caldeirões de cada um, agora só bastava mexer e aproveitar.


* * *

O fim de um tempo e o início de outro era marcado por aquele beijo.

* * *

* * *
* Fim *
* * *



N/A:
Autora triste pq a fic chegou ao fim......
Autora triste pq recebeu poucos comentários...

Autora feliz pq a fic chegou ao fim...
Autora feliz pq recebeu alguns comentários...

* que autora confusa... *

Bjins.

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