O diário de Draco



12. O DIÁRIO DE DRACO

No dia seguinte, Gina acordou com batidas na porta da cabana. Demorou um tempo até que lembrasse onde estava, e porque estava ali. Viu Draco parado na porta, e correu até lá, não deixando que ele ficasse do lado de fora.

-Olá, Gina!

-Olá Draco!

Nenhum dos dois sabia o motivo de tamanha animação, mas sabiam que estavam felizes. Draco entregou-lhe uma sacola com alimentos, e seu diário. Gina sorriu ao ver que seu caderninho preto ainda continuava intacto.

“Claro que sim, o que Draco faria ao meu diário?”

Depois de comer um pouco (porque ainda não tinha fome alguma) na companhia do namorado, Gina foi até seu quarto e lá deixou tudo o que Draco lhe havia levado. No caso, o diário. Enquanto ela estava lá, ele comia calmamente, esperando que ela voltasse até lá já lhe enchendo de beijos. Também, depois do que ele escreveu... Mas ela ainda poderia escolher não ler o dito diário no momento, o que deixava mais tempo para que ele pudesse pensar se fizera certo.

Por fim, depois de alguns minutos, Gina voltou, sorrindo e correndo para dar-lhe um beijo. Pela ação dela, Draco concluiu que já havia lido o diário. Mas ela logo deu a entender que o beijara de tal forma apenas porque sentiu saudades.

Demorou-se mais um tanto, e logo foi embora, pois ainda precisava resolver alguns assuntos. Na verdade, ele não tinha nada para resolver, mas queria sair logo dali para deixar Gina sozinha, esperando que ela lesse o diário. E foi exatamente isso que ela fez. Escreveu a senha, pegou uma pena e um tinteiro que Draco deixara junto com o caderninho e folheou-o até a última folha, esperando encontrar suas próprias palavras explicando seu relacionamento com Draco, mas não foi exatamente isso que encontrou. Em uma letra bem desenhada, via uma caligrafia completamente diferente da sua:

“Sei que esse diário é seu, Gina, mas acho que não se importará se eu o utilizar uma vez. Sempre achei essa história de diário meio gay, mas eu preciso de alguém que me ouça, ou algo em que eu possa descrever tudo o que acontece comigo, e acabei escolhendo aqui.

Meu nome é Draco Malfoy, como você já deve saber. Eu sou um Comensal da Morte, ou pelo menos era até te encontra naquele jantar de Comensais, disfarçada como um deles para espionar pela Ordem da Fênix. Eu iria contar tudo ao Voldemort, mas você propôs um simples acordo, e não vi mal nenhum nisso, a não ser que eu estaria praticamente traindo a confiança dos outros Comensais e do próprio Voldemort. Mas isso não me importava, e realmente não importa. Você me fez ver que Voldemort é apenas alguém sexualmente impotente que passou mais de quinze anos de sua vida tentando matar um garotinho, que não faz mal a uma mosca (N/A: referências do Bombastic Love, mas eu também acho isso).

Há tempos que eu tenho tido essa espécie de pensamentos no subconsciente, mas só você pode trazer isso de volta para a minha pequena mente poluída. E antes que venha me perguntar alguma coisa, eu realmente acho que o Voldemort é impotente, assim como meu pai (segundo minha mãe, que não sabe como engravidou de mim). Agora falando sério, espero não ser igual eles, mas isso você é quem pode atestar com certeza.

Mas, de volta ao assunto principal. Nós acabamos selando aquele acordo, aquele maldito acordo que mudou minha vida. Sim, por incrível que pareça, isso mudou mesmo. Eu simplesmente vi que não tenho vocação alguma para ser um Comensal da Morte. Você, Gina Weasley, me amoleceu. Agora, eu penso até antes de mentir algo pro Potter. Não sei o que você fez comigo, garota, mas sei que gosto de você além do que deveria.

Meu pai sempre me dizia pra nunca namorar uma Weasley, assim como dizia que eu deveria preferir uma mulher a um homem. E eu confesso que também sempre achei isso, pelo menos até você aparecer e entrar de cabeça na minha vida. Repito, não sei o que você fez comigo. Meus conceitos Malfoy estão indo por água abaixo desde que você pediu mentalmente para que eu a beijasse, na frente do Potter, para que ele não desconfiasse do nosso acordo. Não sei se lembra, mas certo dia, logo depois desse primeiro beijo, você também me agarrou, e ainda por cima estava sentada em cima de mim. Foi quente, isso eu tenho que admitir. Mas não foi mais quente do que a noite que passamos juntos. Que noite, hein?! Olha, eu já dormi com muitas mulheres, muitas delas das mais famosas e desejadas, mas nem se compararam a você.

Gina, agora eu vou falar sério. Eu contei toda essa historinha que você já deve saber de cor e salteado, mas eu estou mesmo é enrolando. Eu comecei a escrever no seu diário para lhe dizer uma coisa que talvez eu nunca tenha coragem suficiente para dizer na sua cara. Eu acho que estou apaixonado por você, mas sem esse acho aí na frase.

Gina Weasley: eu não sei o que é o amor, mas sei que o que eu sinto por você é mais que uma paixão. Se é a isso que todos chamam de amar, então saiba que eu te amo, com todas as forças que eu ainda possuo. Não, não precisa dizer que me ama também se não o faz, não se preocupe, não vai mudar em nada nosso relacionamento.

Bem, eu sempre achei que namorado de verdade é aquele que faz um pedido oficial ao pai da moça. E é isso que eu vou fazer, se não o fiz até o momento em que você está lendo isso. Mas antes, eu tenho que pedir para você, não acha?!

Pois então: GINEVRA MOLLY WEASLEY, VOCÊ ACEITA SE TORNAR MINHA NAMORADA?

Espero que sim.

Eu precisava mesmo tirar isso de mim, e vi que me sinto bem melhor assim. Talvez é por isso que tanta gente gosta e tem diários. Já estou com sono, vou dormir. Mas meu pedido é sério. Você quer?

Draco Thomas Malfoy”

Gina acabou de ler com a vista já embaçada. Não, ela tinha que dizer que também amava Draco, mais que tudo, e que ele havia se tornado mais que um namorado para ela, sendo assim sua luz no fim do túnel. Mas lembrou-se que não podia falar isso, afinal, geralmente, a luz no fim do túnel é um trem que está vindo a toda velocidade apenas para lhe esmagar de uma vez por todas.

Mas amava Draco, e era isso que importava.

***

No primeiro momento em que Draco se viu livre dos feitiços anti-aparatação, aparatou direto para a sala da Toca. Desta vez, ela estava vazia. Bem, a casa parecia estar vazia. Caminhou lentamente até o quarto que antes pertencera a Gina, mas que agora era seu, e viu que havia um pequeno pedaço de pergaminho em cima da cama. Pegou-o nas mãos, e leu o que ali estava escrito:

“Malfoy,

Se quer lutar, Hogwarts é o lugar. A escola foi invadida por Comensais, e dessa vez o próprio Voldemort está junto com eles. Venha, precisamos de sua ajuda.

Potter”

Batalha? Hogwarts? Voldemort? Comensais?

“Se Voldemort está junto com os Comensais, então... Ah, não, tenho que avisar Gina!”

***

Gina ainda estava com o diário nas mãos, quando percebeu que alguém entrara esbaforido dentro da sua cabana. Olhou para trás, e viu Draco, todo sujo de lama e com os cabelos platinados cheios de gravetos.

“Até desse jeito ele fica bonito”

-Gina... Hogwarts... Comensais... Voldmort... Potter... Bilhete... Vamos...

-Draco, o que houve?

-É agora, Gina. A batalha final é agora.




N/A: gnt eu qria ateh postar o cap. 13 og mas eh q nao deu tempo mesmo de termina ele... Mas eu prometo q d amanhã nao passa!!


Bjxxs

PS: me digam o que estao achando da fic, ok?!

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