A honra, a paz, a guerra, o fi



Capítulo 29: A honra, a paz, a guerra, o fim... A profecia!




- Que bom que você está aqui! – disse Anna.



- Também acho! – disse Squall, sorrindo. Squall, Anna, Erick, Rachel, Erunno, Christyne, Giulia e Gabriel( N/A: “que pouca gente!!!”) podiam ver a Casa-dos-Gritos de onde estavam. Uma densa neblina cobria o lugar, a neve caía continuamente e todos estavam bem agasalhados.



- Vejam só! – disse uma voz conhecida. – Que romântico! Não acham que é muito cara pra vocês?



- Malfoy! – disse Squall, ainda de costas. – Porquê não vai contar quantos dentes você tem? Se achar que tem muitos, eu tiro uns pra você!



- Acho que não, Lupin! – respondeu Malfoy. – Porquê você não faz isso?



- Não é má idéia! – respondeu Squall. – Seria divertido ver você tentar quebrar meus dentes!



- Se acha macho só porque ganhou uma tatuagem? – perguntou Giulia, fitando a tatuagem do garoto.



- Afinal, que desenho horrível é este? – perguntou Squall. – Consegue ser tão feio quanto você!



- Vai se arrepender por isso, Lupin! – disse Malfoy.



- Ah é? – perguntou Squall. – Acha que Crabbe e Goyle conseguem nos vencer? Quem irá chamar? O Ranhoso?



- Não! – disse Malfoy.



- Quem, então? – perguntou Squall.



- Eu! – disse uma voz fria. Squall empalideceu.



- Anna, saia daqui, leve Rachel, Christyne e Giulia junto, Gabriel, vá com elas! – disse Squall.



- Squall, não! – disse Anna.



- SAIA DAQUI! – gritou Squall. Anna, Giulia, Rachel, Christyne e Gabriel voltaram para o vilarejo. Squall virou-se para Malfoy e disse: - quem é?



- Eu! – repetiu a voz fria, revelando, agora, ser feminina.



- Apareça! – disse Squall. Uma mulher alta, de longos cabelos escuros, aspecto frio e olhos escuros, igualmente frios, apareceu.



- Eu! – repetiu a mulher. – Belatriz Black!



- Divirta-se, Bella! – disse Malfoy, saindo do local, acompanhado por Crabbe e Goyle.



- Bom, vocês três são só meus! – disse Belatriz, sorrindo.



- Seus? – perguntou Squall. – Acho que não! Você é muito velha para...



- Crucio! – gritou Belatriz, apontando a varinha para Squall, que caiu no chão, urrando de dor.



- Squall! – gritou Erick, puxando a varinha.



- Expelliarmus! - disse Belatriz, fazendo Erick cair e sua varinha sair de sua mão.



- Maldita! – disse Squall, agora que a dor parara. Squall estava paralisado, por causa da dor.



- Crucio! – disse Belatriz novamente. Desta vez foi Erunno a vítima. As pernas e os braços dele se dobraram sobre seu corpo e ele ficou de barriga para cima, no chão, e começou a se contorcer, gritando de dor. Squall observava, paralisado, a cena. Um de seus amigos desmaiado e o outro sofrendo de dor, e ele sem poder fazer nada. Belatriz ria, uma risada doentia e constante.



- Pare com isso, sua louca! – gritou Squall. Belatriz se virou para ele. Erunno desmaiara com a dor.



- O que disse, moleque? – perguntou Belatriz.



- Disse para parar! – respondeu Squall.



- Insolente! – gritou Belatriz. – Avada... não! Você será útil! – ela ergueu a varinha e disse: - Imperio! – Squall sentiu grande prazer, parecia que ele flutuava em seus pensamentos, despreocupado, inconsciente de que Belatriz estava lá.



Squall ouviu, então, a voz de Belatriz ecoar ao longe: Pegue esses dois e venha comigo...



Squall se abaixou para pegar os amigos, mas outra voz falou, no fundo de sua mente: Pra que? Por que eu faria isso?



Pegue-os!



Não!



Squall sentiu uma intensa dor.



PEGUE-OS AGORA!



Não quero!
Pôde-se ouvir um lampejo.



Squall voltou à consciência, Belatriz estava deitada no chão. Malfoy estava de pé, ao seu lado, apontando a varinha para a frente. Erick e Erunno estavam caídos no chão, próximos de Squall, e Anna estava apontando a varinha para Malfoy.



- Saia daqui com essa mulher! – disse Anna.



- Vamos, Bella! – disse Malfoy, ela se levantou e seguiu Malfoy. Squall viu uma pequena bola branca de vidro cair no chão, do bolso de Belatriz



- Você está bem, Squall? – perguntou Anna.



- O que aconteceu? – perguntou Squall.



- Quando eu cheguei aqui, você estava gritando de dor, de pé, ao lado de Erunno e Erick. – respondeu Anna. Squall rastejou na neve e pegou a pequena bola de vidro que caíra do bolso de Belatriz.



- Que raios é isso? – perguntou Squall.



- Não sei! – Respondeu Anna.



- Squall? Anna? – perguntou Erick, que acabara de recobrar a consciência.



- Erick, você sabe o que é isso? – perguntou Squall, mostrando a bola de vidro.



- Acho que é uma profecia! – respondeu Erunno, pegando a bola.



- Como você sabe? – perguntou Squall.



- Só há um jeito de saber! – respondeu Erick. Ele atirou a bola de vidro no chão e uma nuvem de fumaça branca saiu da bola, agora quebrada. A nuvem tomou a forma de um enorme lobo, e logo após a de uma fênix, que começou a falar:



- Dos primeiros filhos de Gaia,



Eu, a Fênix, sou primeira e última.



Testemunhei em Gaia o nascimento de Luna.



Observei-a crescer.



Refestelei-me em seu poder.



E nas fendas da terra vi



Surgir Vida.
- a fumaça tomou, novamente, a forma de um lobo e disse:



- A Wyrm levantou-se sobre a Terra



Senti o vento gélido de sua sombra



E, como no Inverno, dormi.



Fui acordado por Luna



Brilhando como seu irmão no céu



“Venha”, Luna disse, “Traga um presente.



Nasceram os novos filhos de Gaia.”



Fui até o local que Luna indicava com seu brilho



Até as criações de sua irmã



E vi macacos que eram como lobos



E lobos que eram como macacos



Percebi que nada seria como antes novamente



E luna disse: “Esses são os Garou de Gaia.



Eles devem protegê-la da Wyrm, que deseja alimentar-se dela.”



Todos prestaram reverência a eles,



Pois eram os guerreiros de nossa mãe.



E então, Luna, brilhando por entre as árvores,



Ordenou que lhes fossem ofertados seus Dons rituais:



Os filhotes, a Primeira Matilha,



Receberam Dons das Cinco Direções



Do Leste veio a Tradição de Abrir Atalhos



Do Sul a Tradição da Fúria Ardente



Do Oeste a Tradição da Metamorfose



Do Norte a Tradição da Sabedoria



E do Cerne, Gaia concedeu aos filhotes



Pedaços Dela, para que eles os carregassem para sempre em seus íntimos –



A Tradição de Gaia.



E Luna disse, “Saiba que estes também são meus filhos.”



Deu-lhes bela pelugem,



Cada uma semelhante a uma das faces de Luna.



A Grande Luna, Luna do coração selvagem,



Mãe da sabedoria,



Mãe da arte,



Mãe da loucura.



Aquela que possui muitas faces



– mas que mostra apenas uma por vez –



levou os Garou para sua cabana de cinco paredes



e ensinou-lhes seus maiores talentos



os Dons interiores



E assim Cinco da Primeira Matilha,



Ahround, Galliard, Philodox, Theurge e Ragabash



Expuseram-se à luz da irmã de sua Mãe, e aprenderam



Que seu poder e magia estava com eles.



O impulso imorredouro da criação



flui continuamente,



gerando, dançando, expandindo-se.



A Wyld entoa sua canção de alvorecer eterno...



Que ela nunca termine!



O ventre de Gaia está cheio



porque recebeu uma fagulha da Wyld.



Gerando, ele sonha crianças.



As formas da natureza,



folha, casco, dente, garra,



– acabam de nascer!



Ordem absoluta que sem parar costura,



Bruxa rendeira de Forma,



Raínha-Aranha Céu,



Tecelã que com destinos absurdos nos tortura!



Sempre remendando e desmanchando,



A aranha avança e emenda,



Para a Serpente Desafiar.



De nada adianta costurar!



E então - desmanchar e começar de novo?



Não - emendar, emendar e emendar!



Emendas enlouquecidas nos sufocam



Nenhum fio escapa de seu impulso



De tecer sem parar..

As engrenagens do destino giram no vácuo



Unindo Wyld e Weaver, equilibrando o excesso



Mas a Aranha morde e injeta seu veneno



O dragão está aprisionado na teia,



Indefeso.



O grito da Fúria se faz ouvir.



A Wyrm levanta de seu leito,



Através de trilhas espirais ela emerge



Negra e repelente.



A fogueira maldita da corrupção arde,



Gaia grita.



Seu corpo se rasga -



Ela sangra e geme



Seus filhos nasceram...



Um uivo rompe dolorosamente o vácuo,



Um grito de dor libertada;



Subitamente, o silêncio...



- Os defensores chegaram!



Nobres Garou, nascidos heróis



Juram travar uma guerra sem tréguas



Para impedir que a serpente da Wyrm cresça.



Mas arremedando a Mãe,



A Wyrm gera monstros



Contra os quais os Garou lutarão



Com toda a sua coragem



Sem jamais recuar



Em troca de uma única recompensa:



Sua história recontada por toda a eternidade!




E esta foi a criação de Gaia, seguida do início de sua destruição!



Humano e Garou, juntos irão lutar,



Para o mal que ameaça Gaia, finalmente, terminar.



Galliard e Philodox, juntos irão estar,



Ahround e Ragabash, contra o mal irão lutar.



Theurge, como os outros, jamais triunfará,



Pois, pela vontade de Gaia, o fim de todos chegará.



A fênix me mostrou o fim,



Não entendo porque escolheu à mim,



Agora não posso sonhar. Vivemos os últimos dias.



Que Gaia tenha piedade de nós.



Que a profecia está se cumprindo,



Meu jovem, não resta dúvida.



Chame-me de profeta do Apocalipse.



Guardem bem,



Ó filhos de Gaia.



Eu entôo a canção de Morte-no-Fim



Cuja força era superada apenas



Por sua sabedoria.



Ele foi meu mestre,



Antes de minha primeira Mudança.



Eu presenciei o fim



Do último



“Vivemos os últimos dias”,



ele me disse.



Ele morreu,



Defendendo Gaia,



Defendendo os Garou.



Todos somos seus devedores,



Porque ele morreu



Defendendo a Litania



E os Registros.



Guardem bem



Ó filhos de Gaia,



Pois meu nome é



Morte-pela-Wyrm.



A mim foram passados



Os Registros.



Sou o último dos guardiões.



Mas não se esqueçam jamais de Deathbear-rhya



– Morte-no-Fim era seu nome – ,



O Guardião dos Registros Prateados,



Que morreu ardendo em chamas prateadas.



E esta é a sua profecia, jovem Garou:



A Wyrm cresce e avança, e cria o seu destruidor.



Aquele, nascido humano, nascido bruxo, sem saber da sociedade Garou.



Sim, a reencarnação de tudo o que se perdeu.



O contrário de sua loucura.



O Garou, o bruxo, o Híbrido



Fogo, água, terra e ar a ti serão fiéis,



Na sua proximidade, Garous não rasgam o véu.



A Wyrm emerge, a Wyld desperta, e a Weaver levanta



A Guerra da Fúria terá um fim,



O vampiro e o Garou se ajudaram.



Nada será como antes.



Gurahls, Nuwishas, Bastets e Corax, todos eles se aliarão.



Pois a batalha pela sobrevivência da Mãe está próxima.



O fim dos tempos se aproxima -



Os sinais são claros:



Até nossos filhotes sabem



Que esta é a era do Apocalipse.



Os humanos corromperam a Terra,



Destruíram as Árvores,



Chacinaram os animais,



Poluíram o Ar,



Envenenaram o Solo,



Sitiaram as Águas,



Liberaram o Fogo Eterno.



Agora, Voldemort emerge e levanta de seu leito



Para eclipsar a Lua.



A tudo envolvendo e destruindo,

Caçando os caçadores.



Não há jardim para onde possamos fugir.



Não há refúgio para nos escondermos.



O fim dos tempos se aproxima.

E no ar causticante,



Carregado de ódio,



Paira uma única dúvida:



Quando a fúria tomará você?





A fumaça que tinha a forma de lobo desapareceu. Squall, olhou de Anna para Erick e disse:



- Nossa!



- O que será que quer dizer? – perguntou Anna.



- Foi claríssimo! – disse Erick. – Wyrm, Wyld e Weaver, sejam lá quem forem, estão ajudando Voldemort, e Squall é o único que pode acabar com elas! É isso que significava aquele sonho que eu tive nas férias!



- Isso é loucura! – disse Squall.



- Estou assustada! – disse Anna.



- Não se preocupe! – disse Squall, abraçando a garota. No momento em que o peito de Anna tocou a cruz do pescoço de Squall, houve um clarão. Squall, Erick e Anna puderam ver perfeitamente a cena:



Homens, Garous, Gurahls, Corax, Nuwishas e Bastets estavam reunidos envolta de uma enorme pedra, a lua cheia brilhava no céu. Um único homem era visto encima da Pedra, ele dizia palavras para incentivar todos os seres. O homem ergueu uma enorme adaga de prata no ar e gritou:



- HOKA HEI! – O Sol estava nascendo ao leste, todos enxergavam as criaturas bizarras que corriam em direção aos guerreiros de Gaia. – ATACAR! – gritou o homem, os Garous e os Gurahls tomaram a dianteira, os Corax voaram, os Nuwishas se movimentavam velozmente e os Bastets planejavam. Uma batalha violenta foi travada. Garous caíam no chão, Dançarinos da Espiral Negra evaporavam. Parecia que aquela guerra terminaria igual. Morcegos e abutres voavam, procurando cadáveres. O homem encima da pedra ergueu as mãos e uma espada de prata caiu em sua frente. Ele a puxou e partiu para o ataque, destruindo qualquer inimigo que atravessasse seu caminho. A batalha estava densa, até o Sole a Lua ficarem à mesma altitude no céu. O brilho de ambos fez a terra tremer. Os Dançarinos da Espiral Negra fugiram, os guerreiros de Gaia, permaneceram, sabendo que o destino que os aguardava. Três mulheres, todas de cabelos pretos, todas com roupas pretas, apareceram. Uma delas se aproximava velozmente, as outras ficaram para trás. – Atacar! – gritou o homem. Neste momento, Squall, Erick e Anna pararam de ver a cena, mas suas mentes ainda estavam nela.


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