O Que Ninguém Mais Vê!



CAPÍTULO 14: O QUE NINGUÉM MAIS VÊ!



No outro dia, Squall e Erick seguiram para a sua primeira aula da semana: Trato das Criaturas Mágicas, onde aprenderam sobre os Tebos:


- Hoje eu trouxe um animal fabuloso para vocês verem: o Tebo! – Dizia a professora Cynthia, uma mulher alta, magra, cabelos escuros e olhos verdes. – Não se preocupem com ele, este é muito dócil, eu o comprei de um homem quando ainda era um bebê! – Eles olharam para um cercado que não continha nada dentro.


- Professora, acho que ele fugiu! – Disse Erick.


- Não, Erick, ele não fugiu, está aí sim! – Disse a professora. – Naturalmente, ele é um javali cinzento, encontrado no Congo e no Zaire, e na escola de magia e bruxaria de Hogwarts! – Todos riram. – Ele possui o Dom da invisibilidade, o que dificulta fugir dele ou capturá-lo, tornando-o extremamente perigoso! Ele deve estar assustado com vocês, mas logo ele aparecerá! O Tebo é muito utilizado para fabricar roupas ou escudos protetores! – Concluiu.


- Professora, ele está aparecendo! – Disse Erick, apontando para o pequeno javali.


- Sim, agora, quero que cada um pegue um punhado de alface, um pergaminho e uma pena e alimentem o Tebo, em duplas, e depois o desenhem! – Disse a professora.


Squall e Erick estavam em primeiro lugar na fila e jogaram um pouco de alface para o Tebo.


- Não! Não é assim! Deixe ele comer em sua mão! – Disse a professora.


Enquanto Erick desenhava, Squall alimentava o Tebo, que parecia estar gostando, até o momento em que ele parou de comer e ficou olhando para a orla da floresta proibida, onde Squall viu a figura de um homem encapusado, com uma foice na mão direita e um rolo de pergaminho na mão esquerda. Squall olhou para Erick, que olhava para a mesma direção, como se não visse nada.


- Professora, o que é aquilo? – Perguntou Squall, apontando para a criatura.


- Uma árvore! – Disse a professora, coçando a cabeça.


- Não, ao lado dela! – Disse Squall.


- Nada! – Respondeu a professora.


- É um homem com capuz e capa preta, com uma foice na mão e um pergaminho na outra! – Disse Squall, encarando a professora, que olhou surpresa para o garoto.


- Como você pode ver isto? Apenas criaturas mágicas podem vê-lo! – Disse a professora. – Está escrito no livro de Anderson Scolt, que era um lobisomem! – Squall sentiu o rosto gelar, e olhou a criatura se aproximando lentamente da turma.


- Cuidado, ele está vindo! – Disse Squall.


- O que?! – Perguntou a professora.


- Depois eu conto, entrem no castelo, rápido! – Mas era tarde demais, a criatura estava com a foice levantada, pronta para atacar.


- Vamos todos, entrando no castelo! – Gritou a professora, notando que Squall não estava mentindo. Os alunos entraram no castelo e apenas Squall ficou do lado de fora. A criatura abriu o pergaminho e leu-o, fez um sinal negativo com a cabeça e se aproximou do Tebo, que a olhava fixamente. Squall ficou na frente do Tebo, olhando a criatura, confuso. A criatura ergueu a foice sobre a própria cabeça e balançou a cabeça positivamente. Squall notou que ninguém o olhava no momento, então se transformou em lobo e, com uma mordida na cintura, fez a criatura largar a foice. Ele se transformou novamente em homem e pegou a foice. Sua mão começou a arder, então, Squall a largou no chão. A criatura fugiu, não deixando nenhum rastro. Squall voltou para o Castelo e se encontrou com os alunos da Lufa-lufa na sala da professora McGonagall, onde os alunos da Sonserina olhavam de cara feia para Squall e Erick. A professora McGonagall ensinou como fazer objetos, como estatuetas de madeira, se transformarem em animais. Depois da aula, no almoço, Squall e Erick se encontraram com Giulia, Anna e Rachel, que sorriram ao ver os garotos chegarem:


- Oi, Squall, oi Erick, tudo bem? – Perguntou Giulia.


- Oi maninha, tá ótimo! Oi Anna, oi Rachel, tudo bem com as três? – Disse Squall.


- Oi amor! – Disse Anna. – Tudo! Oi Erick!


- Oi, Anna, oi Giulia, oi... Rachel... – Disse Erick, corando ao pronunciar o último nome.


- Oi... Erick e Squall! – Disse Rachel, um pouco envergonhada. Squall e Erick se sentaram e começaram a comer. Um garoto do 7° ano, Simon Hendowrs, chegou e disse:


- Squall, o que foi aquilo na aula de Trato das Criaturas Mágicas?


- Nada! – Respondeu Squall. – Só vi um ser estranho, então eu achei esquisito!


- Mas só você podia vê-lo! – Disse Simon.


- Olha, Simon, eu estou com animo para falar nisso, OK? – Perguntou Squall.


- Tá, calma! – Disse Simon, saindo de perto deles.


- Do que ele estava falando? – Perguntou Anna.


- Nada! – Respondeu Squall.


- Responde! – Disse Anna.


- É que na aula de Trato das Criaturas mágicas, eu vi uma criatura que apenas uma criatura mágica pode ver! – Respondeu Squall.


- Claro! É porque você é um Lobisomem! – Disse Giulia.


- Pode ser, mas... sei lá! – Disse Squall.


- Ah, Squall, não tem nada demais! – Disse Giulia.


- Vamos cortar este assunto, por favor? – Perguntou Erick.


- Falta pouco para os N.I.E.M.s e os N.O.M.s! – Disse Squall.


- É verdade, o tempo está passando! – Disse Anna.


- É MESMO, EU TENHO QUE FAZER UMA COISA!!! – Disse Giulia.


- O que? – Perguntou Squall.


- Depois eu te conto! – Disse Giulia, saindo pelo corredor.


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