O Pergaminho de Merlin



N:A: Olá pessoal. Voltei. Antes de inserir o capítulo, queria agradecer o apoio de todos. O número de pessoas que apoiaram a idéia que eu tive pra essa fic foi muito maior do que eu esperava e eu realmente não esperava isso. Sem mais delongas, vamos ao capítulo:




HARRY POTTER E O HERDEIRO DE NÚMENOR





Capítulo 01 – O Pergaminho de Merlin.








Nuvens de fumaça preta ainda espiralavam rumo ao infinito, subindo das casas em ruínas. O cenário era desolador. Com a fuga de Chú, que levou com ele apenas alguns colaboradores, os que haviam sido deixados para trás logo perderam o interesse em lutar. Alguns se renderam, outros tentaram fugir. A luta acabava, de modo desastroso para ambos os lados, o saldo era o pior possível.





A cidade estava parcialmente destruída. O saldo fazia jus a qualquer guerra trouxa. Pelo menos metade dos Dragões Brancos havia tombado em combate. Dentre eles, mestre Pô. Do lado dos Dragões Vermelhos, o número de mortos era ainda maior. Pelo menos cem mortos. Desta vez pelo menos, nenhum membro da Ordem da Fênix havia perecido. Dentre a população, não havia tantos mortos, mas o número de feridos era enorme. Centenas de pessoas se alojavam dentro dos muros da escola buscando tratamento.





A Quilômetros de distância, uma mulher passara a manhã inteira em frente a um obelisco de mármore, erguido às margens de um belo lago. Minerva Mcgonagall ficou ali, imóvel, acompanhando cada nome que era acrescentado magicamente à pedra fria. E a cada nome, uma nova lágrima escorria por sua face. Agora já fazia um bom tempo que não surgia mais nenhum nome, o que para ela era um imenso alívio. Surgiram doze no total. Ela conhecia todos, desde criança. Os vira crescer dentro daquele castelo, a maioria não passava de recém-formados. Jovens que mal haviam deixado a escola, que partiram para a batalha e morreram acreditando num ideal.Agora ela retornava para o castelo, esperava receber um pergaminho explicando melhor os fatos. De qualquer forma, não haveria aula naquele dia. Mais uma vez Hogwarts pararia para honrar os seus.




Já era hora do almoço, mas ninguém tinha fome. De um lado, os derrotados caminhavam de cabeça baixa, sendo reunidos num espaço improvisado. Alguns Guardiões tomavam conta, enquanto os outros lutavam para colocar alguma ordem no caos que reinava, tentando apagar os incêndios e reparar os estragos. Mas o desânimo havia tomado conta de todos, mas nem tanto pela fuga de Chú e seus homens. O que abalava o moral das pessoas era o fato de um deles, alguém que a maioria considerava sua professora, que havia lhes ensinado a lutar, em quem haviam visto o ideal que representava Harry no combate às trevas, ser abduzida. Não saber se ela estava viva ou morta e o que estaria sofrendo nas mãos de seus algozes era torturante.








Parado onde estava desde que o portal se fechara, Harry olhava para o infinito. Não conseguia se perdoar pelo destino da amiga ou da cidade. Mais uma vez Mione se aproximou dele, na tentativa de convencê-lo a se tratar:








- Harry, você precisa me deixar olhar esta perna. Não para de sangrar. – Disse ela baixinho, tocando em seu ombro.
- Eu estou bem Mione. Tem muito mais gente precisando de seus cuidados. Não foi nada demais, só um arranhão.- Respondeu ele, dando de ombros.
- Mas você também precisa se cuidar. Precisamos de você no melhor da sua forma pra resgatar a Cho. – Insistiu ela, recebendo de volta o silencio do amigo.
- Pode deixar comigo Mione. Eu mesma vou cuidar desse teimoso. – Intrometeu-se Gina na conversa, falando em seguida para ele – Se o senhor pensa que eu vou deixá-lo cair em depressão ou ficar se martirizando por causa do que aconteceu está muito enganado. Pode se sentar nessa pedra e me deixar dar uma olhada nesse ferimento.





Harry não questionou. Soltando um suspiro de resignação, sentou-se com dificuldade na pedra indicada, que era regular o suficiente na parte superior para servir como assento improvisado. Gina ajoelhou-se ao seu lado, analisando delicadamente a ferida, enquanto Mione se afastava. Realmente não faltavam pessoas a serem tratadas e ela estava particularmente preocupada com mestre Caine.





Permaneceram calados por alguns minutos, Gina tratando do ferimento enquanto Harry continuava com o olhar distante, observando as pessoas a trabalhar. O desanimo era palpável em todos, chegava a ser opressor até. Quando Gina terminou o curativo, sem ouvir sequer um gemido de Harry, levantou os olhos para ele dizendo:






- Pronto! Terminei! Não deve estar um trabalho tão bom quanto seria se fosse feito pela Mione, mas acho que dá pro gasto.
- Está ótimo amor. – Agradeceu ele, analisando o resultado e fazendo uma careta em seguida – Outra cicatriz.
- É. Mas essa pelo menos é num lugar bem sexy. – Disse ela, alisando sua coxa. Seus olhos foram em direção aos dele, na esperança de que sua brincadeira o tivesse alegrado um pouco, mas os encontrou anuviados, rasos d’água – O que foi Harry? O que está lhe afligindo?
- Ah Amor! Estou me sentindo um canalha. – Respondeu ele, as lágrimas finalmente rolando por sua face.
- Me diz o que está acontecendo amor. – Pediu ela, abraçando-o com força, sabendo que era justamente aquilo que ele precisava naquele momento, senti-la ali, junto dele.
- Não sei explicar. – Harry afastou-se dos belos cabelos vermelhos onde extravasara uma parte de sua angústia e começou a falar - Eu estou triste, muito triste e revoltado pelo que aconteceu com Cho. Mas ao mesmo tempo...
- Você está feliz por ter acontecido com ela e não comigo? – Completou seu pensamento Gina.
- Isso! Eu não queria me sentir assim, mas não consigo deixar de sentir um alívio tremendo quando penso que era pra você estar lá, nas mãos deles. Nas mãos de Malfoy. Sou ou não sou um tremendo calhorda? – Completou ele, com um sorriso triste.
- Você é humano Harry. – Respondeu ela, segurando o rosto do amado entre as mãos e fitando-o fundo nos olhos – Eu não conseguiria amá-lo se não fosse exatamente como é. Você acha que eu não sinto o mesmo? Alívio por estar aqui e vergonha por não estar lá, no lugar dela?
- Eu sei, mas ela confiava em mim. E eu falhei. – Harry deslizava os dedos pelos cabelos, que apesar de toda a desgraça que havia acontecido continuavam a exalar seu doce perfume floral – E agora fico apavorado, só de pensar que você poderia estar lá, nas mãos deles. Ou imaginando o que podem estar fazendo com ela, se já a mataram...
- Ela confia em você. E eu também. Sabe o que eu estaria fazendo neste exato momento se estivesse lá? – Perguntou Gina, levantando-se e ajudando-o se levantar também.
- O quê? Tentando fugir? – Perguntou Harry, curioso.
- Tentando permanecer viva, a todo o custo. E sabe por quê? – E ela continuou, ao menear da cabeça de Harry – Por que se eu estivesse lá, a única certeza que eu teria era de que você ira atrás de mim, onde quer que fosse. E Cho sabe que não será diferente com ela. Que, não importa como ou quando, se ela conseguir sobreviver, nós vamos encontrá-la. Você vai. E vamos trazê-la de volta para casa. Você é Harry Potter, já venceu a morte duas vezes. É um dos maiores bruxos dos últimos séculos, e mal saiu da adolescência. Com a nossa ajuda, você vai conseguir. Eu tenho fé. E Cho também. Ela vai esperar. Ela vai sobreviver. – Concluiu ela, um brilho intenso no olhar profundo que lhe dava.
- Viu? – Perguntou ele, sorrindo meio sem graça – Me diz, o que seria de mim se tivessem te levado? Provavelmente seria o meu fim. Mas você está certa como sempre Gina Weasley. Não posso deixar que o desespero tome conta de mim. Temos muita coisa pra fazer, até mestre Caine poder nos explicar o que está acontecendo. E a primeira...








Harry deu um ardoroso beijo em Gina, depois se adiantou, mancando, para um local mais elevado, sendo amparado por sua amada. Ainda abraçados, ele murmurou o feitiço “Sonorus!”, que ampliou sua voz e começou a falar:







- Por favor, um minuto da atenção de vocês. – Assim que as pessoas pararam de trabalhar e se viraram para ele, curiosas – Eu sei que muitos de vocês não vêem este dia como um dia para se comemorar. Perdemos vários amigos, a cidade foi parcialmente destruída e ainda por cima, Chú fugiu levando Cho. Mas não pensem assim. Todos lutaram com honra e dedicação, protegendo seu colega. Dizimamos a ameaça que era o pequeno exército que Chú estava formando e ele fugiu com aproximadamente trinta homens, não mais que isso. Boa parte da cidade foi poupada, e o que está destruído nós reergueremos novamente. E quanto a Cho... Bom, nós vamos encontrá-la.
- Mas como? Chú conseguiu se esconder por tanto tempo. Ninguém conseguiu encontrá-lo daquela vez, como pode dizer que vai encontrá-lo agora? – Perguntou um rapaz loiro, de olhos verdes, que não devia ter mais que dezoito anos.
- Por que agora. – Respondeu Harry, sorrindo para ele – Nós sabemos pra onde ele foi. Não será fácil, mas nós os encontraremos. E é bom que ela esteja bem, por que senão, eles vão pagar. Arranco pessoalmente o coração deles se Cho estiver morta. Juro a vocês.







Uma ovação de urras e vivas percorreu a audiência, e a pessoas voltaram a trabalhar. Muito mais animadas, por sinal. Harry agora caminhava com Gina em direção à escola, para ver como andavam as coisas.







- Não devia ter falado em vingança. – Repreendeu ela.
- Só vou buscar vingança se a matarem. Não vou permitir que ameacem mais ninguém que eu amo. – Respondeu ele, encerrando o assunto.







Enquanto subiam a pequena colina, encontraram o pai e irmãos de Gina, menos Jorge que havia sido ferido e estava sendo tratado por Margot. Encontraram também a mãe de Ziang, que apesar de assustada estava bem. Sua casa era uma das que havia sido destruída, mas ela reagia muito bem a tudo. Ficou muito feliz em rever Gina, que lhe apresentou o restante da família. A velha senhora ficou ainda mais contente, e disse que agora sentia ainda mais orgulho do filho. Pois sem sua morte, nada daquilo seria possível e Shangri-lá provavelmente teria sido arrasada sem a ajuda dos Weasleys e dos outros. Harry traduziu com satisfação as palavras, deixando a todos extremamente envergonhados.






O grupo continuou até chegarem ao hospital improvisado, onde Mione corria de um lado para outro, completamente atarantada. Imediatamente, todos se colocaram a disposição e começaram a ajudar no tratamento dos feridos ou dando de comer aos desabrigados.









*****







Finalmente no final do segundo dia, mestre Caine acordou. Gina estava ao seu lado, velando seu sono. Carinhosamente beijou-lhe a testa e ajudou-o a recostar-se nos travesseiros. A primeira coisa que ele disse, foi:







- Chame Harry!









A jovem saiu do quarto imediatamente. Avisou Mione e Rony, que estavam na enfermaria e saiu, para a vila, à procura do noivo. Localizou-o com um grupo de aldeões, trabalhando na reconstrução de algumas casas, na periferia da cidade. Apesar do frio de final de tarde, ele estava sem camisa, trabalhando febrilmente com uma picareta em meio a alguns escombros. Quando a viu se aproximar, largou a ferramenta e a encontrou a meio caminho. Quando viu seu olhar inquisidor, sorriu e foi logo falando.





- Tem coisas que a magia não resolve. Nada como a boa e velha força bruta mesmo.
- Não estou reclamando. – Disse ela, passando a mão pelo tórax suado dele – Mas agora temos assuntos mais urgentes a tratar. Mestre Caine está chamando.
- Finalmente! – Exclamou ele, parando ao lado de uma fonte d’água para se lavar, vestindo a camiseta em seguida – Vamos logo então.






Retornaram de mãos dadas, Harry ainda puxando a perna ferida. Quando entraram no quarto de mestre Caine, Mione estava dando-lhe uma sopa na boca. Rony estava em pé, ao lado da porta. Juntos aguardaram o ancião terminar sua refeição. Terminada, Mione se levantou, dizendo:








- Agora vamos deixá-los conversando. Mas não se esforce muito, por favor.
- Fique minha filha. – Disse Caine, segurando gentilmente a mão de Hermione – Por favor, fiquem todos. Sei que vocês pretendem ajudar Harry, então têm o direito de saber tanto quanto ele.
- Tudo bem mestre, se o senhor insiste, então ficaremos todos. – Respondeu Rony, em nome das meninas.
- Então diga-nos mestre. – Começou Harry, sentando-se na beirada da cama – Para onde levaram Cho?








Kwai Chang Caine não respondeu de imediato. Suspirou longamente, deu um sorriso enviesado, tentando encontrar a melhor maneira de começar e então respondeu a pergunta com outra pergunta:






- Vocês já ouviram aquele ditado que diz: “Existe muito mais coisa entre o céu e a terra do que pode supor nossa vã filosofia”?
- Já. Já ouvi. É um ditado trouxa, não é? – Perguntou Harry, procurando Mione que confirmou.
- Pois é a mais pura verdade. – Continuou mestre Caine - Há centenas de anos nossa ordem foi honrada com a posse e guarda de um dos maiores segredos do universo. De que este não é o único.
- Como assim? Que história é essa? – Assombrou-se Rony, aproximando-se ainda mais da cama.
- Chamem como quiser. Mundo Paralelo; Quarta Dimensão; Multiverso; Realidade Alternativa. O nome não importa. O fato é que existem outros universos, que coexistem ao mesmo tempo, porém em outro plano de existência ou Espaço/Tempo. Não sabemos como foram criados ou como se interligam, nem sabemos quantos são. Mas existem. E foi isso que Chú descobriu. A chave para alcançar um destes “Universos”.
- Isso é loucura! – Mione deu um pulo de sua cadeira, as mãos segurando a cabeça, tentando racionalizar – Não pode ser verdade. É um mito. Não existe essa história de “Realidade Alternativa”.
- Minha filha. – Retorquiu Caine, pacientemente – Se você contar para um trouxa que existem Sereias, Gigantes, Lobisomens e Bruxos, o que é que eles vão lhe dizer? O mito só é mito enquanto não se tornar realidade.
- Quantas pessoas sabem desta história? – Perguntou Gina, tentando manter a calma.
- Contando agora com vocês quatro? – Perguntou Caine e respondeu em seguida – Cinco.
- Você não pode estar acreditando nesta loucura Gina. – Interpelou Mione.
- Você olhou através da fenda Mione. Reconheceu alguma coisa? Alguma planta, vegetação, qualquer coisa? Estamos em pleno verão aqui, mas lá o chão estava coberto de folhas. Como se fosse meio do outono. Até o céu era diferente, de um tom que eu nunca vi antes. Isso explica muita coisa, isso sim. – Gina enumerou, deixando a amiga sem fala.
- Concordo. Pra mim tem lógica. – Completou Harry – Conte-nos desde o início mestre.
- Não sei quando ou como foi o início. O que sei é que, desde tempos imemoráveis existe essa ligação e um guardião. – Mestre Caine começou a explicar, mas foi interrompido novamente por Rony.
- O senhor já esteve lá? – Perguntou o ruivo.
- Não meu filho. O último representante de nosso mundo que já atravessou o portal foi Merlin.
- Merlin? Caraca! – Deixou escapar Rony, arrancando uma risada do ancião.
- Sim, Merlin. Ele recebeu dos seus mestres, os Druidas, a função de “Mago Branco”. É assim que os bruxos de outros mundos são chamados do outro lado do portal, na Terra Média. Apenas o maior bruxo ou mago de cada mundo pode se tornar o representante e vagar pelos universos. São vários, mas nós só temos acesso, num primeiro momento, à Terra Média. Depois de cumprida sua missão aqui, Merlin nos confiou a guarda de um pergaminho, indicando seu sucessor e como atravessar, caso houvesse necessidade. Então ele mesmo atravessou e nunca mais foi visto.
- Quer dizer que Merlin deixou nosso mundo para procurar aventuras em outros mundos? – Mione estava boquiaberta. Não dava pra saber se acreditava ou não, mas estava extasiada com a narrativa.
- E deixou um sucessor? Quem? – Perguntou Gina.
- Atualmente eu. – Mestre Caine respondeu com simplicidade – Na verdade, o mais velho e sábio de cada geração desta comunidade. Até chegar a mim. Os outros membros do conselho sabem que somos guardiões de um grande segredo, obviamente, mas não sabem do que se trata. O único que sabia, era Pô. Ah! E alvo também.
- O professor Dumbledore? Assustou-se Harry – Como? Por quê?
- Apesar de Pô ser um grande bruxo, não era tão talentoso quanto Alvo. Eu o chamei aqui e lhe contei a história, tornando-o meu sucessor. Infelizmente, antes que ele pudesse deixar Hogwarts e vir se juntar a mim, surgiu Voldemort. O resto vocês já sabem. Então, só me restou Pô, que por uma infelicidade também veio a falecer.
- Mestre, desculpe interromper. – Pediu Mione – Mas se o segredo era tão sigiloso assim, como Chú descobriu?
- Temo que ele tenha ingressado em nossa comunidade de má fé. E em algum momento, espionando, ouviu alguma coisa. Teve muito tempo pra fazer isso. Eu sabia que o baú, onde estava guardado o pergaminho de Merlin havia sido roubado, mas esperava recuperá-lo antes que conseguissem abri-lo. Ou, se o fizessem, que o destruíssem. Infelizmente isto não ocorreu e Chu entendeu sua importância. Durante a luta, não consegui impedir que me roubasse a tradução do pergaminho. Na verdade, ele destruiu esta informação, pra não haver o risco de o seguirmos. Sou incapaz de lembrar do feitiço para abrir aquele portal.
- Maravilha! – Bufou Rony – Agora sabemos onde eles estão, mas não temos como ir atrás deles.
- Eu não disse isso meu jovem. – Mestre Caine deu um sorriso maroto e com um leve trejeito da mão, fez surgir uma pequena caixa de madeira, retirando de dentro um pergaminho velho e amarrotado – Se Chú não estivesse tão afoito em encontrar especificamente a informação que queria (e o mérito disto é todo de vocês e seus amigos), teria descoberto que na verdade Merlin nos entregou dois pergaminhos. Apesar de indicar outro lugar, este pergaminho poderá levá-los à Terra Média também.
- Isso é ótimo mestre. – Exultou Harry – Então agora precisamos conhecer melhor o lugar para onde vamos. O que o senhor pode nos dizer sobre esta Terra?
- A Terra Média é muito similar a nossa. Lá, porém, parece que o tempo parou. Há milênios eles vivem numa era medieval, dividida em feudos. Guerras constantes assolam os povos. Há algum tempo, finalmente um único e bondoso rei derrotou as trevas e assumiu o governo. Mas ainda assim, os Orcs vivem atacando os homens.
- Orcs? O que são Orcs? – Perguntou Rony, curioso.
- São como demônios. – Adiantou-se em responder Hermione, com seus belos olhos esbugalhados de susto – São como nossos demônios. Aqui, dizemos que os demônios são anjos decaídos. Os Orcs, pelo que eu li, são Elfos decaídos.
- Tem toda a razão minha jovem. – Concordou Caine – Os Orcs são criaturas de puro ódio. Totalmente o contrário dos Elfos, que são belos, altivos, amorosos. Os Orcs são horríveis, desfigurados, puro rancor. Enquanto os Elfos são vegetarianos, os Orcs são carnívoros. Se a presa ainda estiver viva, melhor ainda. Quando Chú os viu em minha mente, exultou de satisfação. É atrás deles que ele partiu, com a intenção de trazê-los para este mundo e usá-los para nos dominar.
- Isso seria horrível. Os trouxas não teriam a menor chance, seriam dizimados. – Disse Gina, horrorizada.
- Mais um motivo para irmos atrás dele e impedi-lo.Já! – Disse Harry, levantando-se da beirada da cama – Será que teremos aliados lá?
- Procurem pelo rei de Gondor, a cidade branca. Ele os ajudará no que for preciso. Também deverão encontrar apoio entre os Elfos e os Anões. Eles estarão dispostos a ouvir o “Mago Branco”.
- Como? – Harry virou-se abruptamente para o homem deitado, que sorria para ele.
- Não tenho mais condições de vestir o manto Harry. Estou velho demais e esta última investida de Chú não deve me deixar com muito mais tempo de vida. Meus dois sucessores morreram.Mas não entenda isso como um ato desesperado, nada disso. Você é o maior bruxo deste planeta. Quando o encontrei, anos atrás, já tinha visto em você o potencial necessário para assumir este fardo. Tinha que lhe ensinar muita coisa, talvez não conseguisse completar seus ensinamentos... Mas Pô conseguiria. Mas, ao recuperar sua memória e com ela, todos os ensinamentos que Alvo lhe passou, tenho certeza de que está pronto para assumir. Só precisaremos de mais alguns dias, para que eu possa lhe passar alguns ensinamentos mais específicos e alguns detalhes que o ajudarão em sua missão. Sem falar que necessito me recuperar ainda mais, para conjurar o portal. Então vocês partirão.
- Não me sinto digno para receber esta honra mestre. – Balbuciou ele, ainda atônito – Mas prometo me esforçar ao máximo para corresponder à confiança em mim depositada.
- Não esperava outra resposta de você meu rapaz. Apesar de sua pouca idade, sua sabedoria e amor ao próximo são suas melhores qualidades. Qualidades indispensáveis ao Mago Branco. Tenho fé que honrará teus ensinamentos e ajudará as pessoas.






Conversaram mais um pouco, resolvendo os detalhes. Combinaram que Harry ficaria em Shangri-lá, terminando de se recuperar e recebendo mais instruções de mestre Caine. Enquanto isso, Gina, Mione e Rony voltariam para a Inglaterra, para acertar os preparativos da viagem e despedirem-se das famílias.Assim, na manhã seguinte Gina e Rony surgiam na Toca, enquanto Mione se dirigia para seu apartamento, para em seguida ir ao hospital pedir sua licença.







- Gina! Rony! – Molly correu para abraçar os filhos, com urgência, quase sufocando-os – Estava morta de preocupação. Seu pai me disse que estavam bem, mas eu precisava vê-los com meus próprios olhos.
- Estamos bem mãe. – Respondeu Rony, tentando se soltar do abraço-de-urso que recebia – Mas não sei se vamos durar muito com a senhora nos sufocando deste jeito.
- Mãe, precisamos conversar com vocês. Onde está o papai? – Perguntou Gina, séria.
- Ele está na cozinha, tomando o café. – Respondeu a bondosa senhora, estranhando a reação da filha – Aconteceu alguma coisa?







Gina não respondeu. Deixou a mãe com o irmão e se dirigiu à cozinha, retornando logo depois conduzindo o pai pela mão, ainda mastigando o final de seu café. Sentaram-se no sofá e antes que um dos dois dissesse alguma coisa, Arthur falou:







- Então vocês vão realmente atrás daquele homem?
- Vamos sim papai. – Respondeu Rony – Mestre Caine sabe pra onde ele fugiu e nós vamos atrás.
- Mas por que vocês precisam ir? Não podemos aguardar que ele volte? Eu sei que ele levou Cho, mas ir atrás não é muito arriscado? – Molly não conseguia esconder sua angústia em ver seus dois filhos mais novos saindo à caça de bruxos das trevas.
- Não dá pra esperar mamãe. – Gina interveio – Mesmo que não houvesse o fato de termos que resgatar a Cho, pelo que descobrimos Chú tem a intenção de recrutar um exército gigantesco. Se esperarmos que volte, podemos ser derrotados facilmente.
- Mas por que sempre vocês? – A velha senhora estava prestes a cair em lágrimas.
- O Harry vai. Não podemos deixá-lo ir sozinho. Ele precisa da gente mãe. – Explicou a jovem, acariciando os cabelos da mãe – E eu não posso mais viver longe dele. Se não for, acho que morro de saudade.







Enquanto os quatro conversavam, não notaram uma figura encolhida no alto da escada, ouvindo a conversa. Não conseguindo mais se conter, possessa por estar sendo abandonada, Lucy desceu as escadas correndo, surgindo na sala transtornada:







- E quanto a mim? Vão me mandar de volta pro meu tio? Vão me jogar no meio da rua de novo? Se era pra fazer isso, teria sido melhor nem ter me tirado de lá.
- Que isso Lucy? Que besteira é essa que você está dizendo? – Assustou-se Rony.
- É isso mesmo. Se a Gina e o Harry vão embora e não querem me levar, então só devem fazer isso. Me mandar embora da vida deles.
- Ô meu amor. – Disse Gina, tentando abraçar a menina, que resistia – Nós nunca faríamos uma coisa dessas. Nós amamos você.
- Então por quê vão viajar e não me falaram nada? – Insistiu a menina, incrédula.
- Eu pensei que você ainda estava dormindo. Já ia subir pra conversar com você e explicar, não era pra você ouvir assim. Escuta. Eu, o Rony, o Harry e a Mione vamos ter que fazer uma longa viagem, pra salvar nossa amiga Cho, que os bruxos das trevas seqüestraram. Nós não queríamos ir, mas não temos escolha. Enquanto isso a srtª vai continuar morando aqui, com meus pais e Dobby. Indo à escola, brincando e esperando a gente voltar. Está bem?
- Eu vou continuar morando aqui? A vó Molly não vai achar ruim? – Perguntou Lucy, começando a relaxar o corpo.
- Ah minha querida. Saber que você vai ficar aqui conosco é a única coisa que está me deixando feliz com essa história toda. Assim pelo menos nós não ficaremos sozinhos. – Disse Molly, sorrindo gentilmente para a menina.
- E cadê o Harry? Ele não vem se despedir de mim? – Perguntou a pequena.
- O Harry foi ferido na luta contra os bruxos das trevas outro dia. Está se recuperando, não foi nada muito grave. Mas ele também está tendo que receber instruções para a nossa viagem, aprender mais alguns feitiços... Não sei se ele vai poder aparecer pra se despedir. – Gina explicava – Mas ele mandou um recado pra você. Disse que é pra continuar a se dedicar aos estudos e treinar com a vassoura, que quando a gente voltar ele vai querer saber sobre tudo que você aprendeu e ainda por cima vai te desafiar pra uma partida de Quadribol.
- Ta. Pode falar pra ele que eu vou me esforçar. – Sorriu Lucy.







Depois disso a menina pareceu se conformar. Tomou seu café e Gina levou-a até a escola, aproveitando a oportunidade para comunicar à diretora que tanto ela quanto Harry estariam em viagem e incomunicáveis. E que seus pais estavam, a partir daquela data, responsáveis por Lucy.










Os dias seguintes foram bem corridos. Rony e Gina também solicitaram dispensa no ministério, prontamente concedida por Quin. Mione teve um certo problema para convencer os pais sobre a viagem, uma vez que não podia dizer claramente para onde iria e que não haveria forma alguma de comunicação enquanto estivesse lá. Depois, começaram a preparar efetivamente a viagem. Conseguiram, na loja dos Gêmeos, mochilas com o espaço interno ampliado magicamente, onde poderiam levar uma carga gigantesca e ela não pesaria quase nada ( N:A: Pessoal, a idéia dessas mochilas não é minha. Li em uma fic, mas não me lembro qual. Se alguém recordar me avise, para que eu possa dar o crédito a quem de direito). Eram quatro, uma para cada. Levavam barracas, cobertores, utensílios de cozinha, enfim todo material necessário para um longo acampamento ou uma longa viagem. Ainda miniaturizaram suas vassouras, que do tamanho da palma da mão quase não ocupavam espaço.Na mochila de Mione havia um grande estoque de poções e ervas que ela comprou, para usar caso houvesse necessidade. Ela queria ainda colher lágrimas de Fênix quando chegasse em Shangri-lá, para completar seu estoque.





Os preparativos duraram três dias. Durante este período Harry não aparecera, se comunicando com Gina apenas através de cartas. Na manhã do quarto dia despediram-se de suas famílias e, com a ajuda de Fawkes, retornaram para Shangri-lá.






Apesar da cena ainda ser desoladora, podia-se ver que a rotina ia voltando à cidade. Aos poucos as pessoas iam reconstruindo suas vidas. Encontraram Harry e mestre Caine no pátio interno da escola, meditando. Quando sentiu o perfume de Gina adentrando o ressinto, imediatamente Harry foi ao seu encontro, colhendo-a nos braços e beijando-a apaixonadamente.



- Que beijo gostoso. – Sussurrou ela em seu ouvido, quando seus lábios se soltaram.
- Estava morrendo de saudade. – Murmurou ele em resposta.
- Eu também. – E ela lhe deu mais um leve beijo.
- E aí cara. Tái suas coisas. – Rony jogou a mochila do amigo, mal conseguindo esconder um pequeno acesso de ciúmes da irmã – Quando vamos?
- Daqui a pouco. – Respondeu Harry, rindo da atitude do amigo. Precisaria ter uma conversa com ele em breve sobre aquele ciúme – Chamei Neville, Luna, Radhi e Parvati, quero passar algumas instruções antes de partirmos.






Algum tempo depois todos já haviam chegado, então Harry os reuniu:








- Bom, chamei vocês aqui pelo seguinte. – Começou ele – Daqui a pouco nó vamos partir em busca de Chú e seus homens para resgatar Cho. Mas preciso que vocês cuidem de algumas coisas na nossa ausência.
- Pode falar Harry. – Respondeu Neville, em nome de todos.
- Obrigado. Radhi e Parvati, eu gostaria que vocês ficassem responsáveis pela segurança de Shangri-lá. Montem uma base de Guardiões aqui, treinem e vigiem a cidade. Quaisquer problemas entrem em contato com Neville e Luna.
- Mas Harry! – Pavati rebateu – Nós temos uma criança pequena em casa. Se Chú voltar e atacar, será muito perigoso pra ela.
- Se Chú conseguir o que deseja e voltar, nenhum lugar do mundo será seguro pra sua filha Parvati. E aqui, haverá muitas pessoas para protegê-la. – Insistiu Harry – Vocês são as pessoas mais próximas que conhecem algo da cultura daqui. É realmente importante.







Parvati pensou por um momento, consultou o marido com o olhar e por fim concordou. Harry então se virou para Neville e Luna e continuou:







- Vocês sabem que com a nossa partida a liderança é de vocês. – E continuou, ao ver os dois assentirem positivamente com a cabeça – Eu quero que vocês coordenem um treinamento intensivo com os Guardiões. Uma das causas de termos tido tantas baixas outro dia foi o fato de nossos inimigos dominarem a arte da esgrima e nós não. Já combinei com mestre Caine, ele estará conseguindo instrutores. Por isso a importância de Radhi e Parvati aqui, o número de Dragões já está reduzido e ficará menor ainda com a saída dos instrutores. Conversem com Mcgonagall pra ver se é possível que seja em Hogwarts. Senão, consigam outro lugar. Mas isso deve ser prioritário e intensivo. Não sabemos quanto tempo temos antes de precisarmos enfrentar o novo exército de Chú.
- Pode deixar conosco Harry. – Assegurou Luna.
- Muito bem, está chegando a hora. – Disse mestre Caine, que até aquele momento permanecera calado num canto – Mas antes tenho alguns presentes a dar.








O ancião chamou um aluno com um gesto, que se aproximou carregando dois embrulhos feitos de tecido, da mais pura seda. O rapaz os entregou ao mestre e se afastou com uma reverência. Caine se aproximou de Harry e seus amigos dizendo:








- Vocês estão prestes a conhecer um mundo completamente diferente do nosso. Com hábitos e costumes que para vocês parecerão engraçados e estranhos, mas nunca façam pouco caso disto. Respeite-os. Não conheço muito sobre esses costumes, mas sei de duas coisas. A primeira é que naquele mundo a magia é muito respeitada. É rara entre os homens comuns, então vocês serão idolatrados e odiados pelo que são. Não se deixem seduzir, não se tornem arrogantes. Mantenham a humildade que lhes é peculiar. A segunda é que aquele mundo é regido pelas leis do aço. O código de honra é severo e normalmente as coisas se resolvem no fio de uma espada. Portanto, cuidado.






Harry permanecia sereno, obviamente já havia sido alertado sobre aquilo. Os outros, porém, não reprimiram uma troca de olhares, mais uma vez imaginando o que poderiam encontrar pela frente. Mestre Caine deu um leve sorriso e continuou, fixando o olhar nas moças:







- Por isso, o presente que tenho são especificamente para vocês, minhas caras.








Ele estendeu os embrulhos, entregando um para cada. Quando as moças, curiosas, desfraldaram o fino tecido que os cobriam, descobriram por baixo duas lindas espadas. Eram bem parecidas com as de Harry e Rony, porém mais estreitas. Aço forjado por duendes, lamina revestida por prata, adornada com desenhos em alto relevo. O cabo, porém, era diferente. Enquanto as espadas dos rapazes eram em formato de cruz, as delas eram em formato de concha, de modo que encobria e protegia totalmente suas mãos enquanto empunhassem a arma. Mas elas não eram completamente iguais.






- São lindas mestre. – Exultou Gina, balançando a sua ao sabor do vento – Muito obrigada.
- Sim, são lindas. Mas eu não posso aceitar. – Disse Mione, tentando devolver a arma para Caine – Eu me dedico a salvar vidas, não posso portar uma arma e ceifá-las.
- Talvez chegue um momento que não tenha escolha minha cara. – Respondeu calmamente mestre Caine, recusando-se a receber a arma de volta – Pode chegar um momento em que a sua vida ou a de alguém que ama dependa de você tirar a vida de um inimigo. Então, se este momento chegar é bom que você esteja preparada para isto. E saber manusear esta arma pode significar a diferença entre a vida ou a morte.





Mione recolheu o presente, relutantemente, já que as palavras faziam sentido. Começou a apreciar sua espada, nos detalhes, nos entalhes. Notou algo curioso e, não se contendo, perguntou:







- Por quê cada espada tem a imagem de um animal diferente desenhado e uma pedra diferente incrustada no cabo?
- Pensei que ninguém ia me perguntar. – Sorriu mestre Caine – Apenas Harry me perguntou o que isto significava, quando ganhou sua própria espada.
- É mesmo! – Rony parecia só ter percebido aquilo naquele momento. A minha é diferente também.
- Cada ser mágico gravado nas espadas representa a essência de seu dono. O mesmo vale para a gema. Harry é representado pela Fênix, pela sua coragem e capacidade de superação. Suas pedras, a Esmeralda e a Jade, enfatizam seus poderes mágicos, a concentração e capacidade de liderança. Ronald tem como ser o dragão, o mais destemido. Aquele que consegue sua amizade é para toda a vida. Sua pedra, o Rubi, é forte, ímpar, representa a coragem e paixão. É a segunda pedra mais forte, perde apenas para o diamante. A nossa linda srtª Weasley tem como ser, a figura do Unicórnio. Ele representa toda a sua pureza de espírito, disposição de amar sem deixar de lado obstinação e coragem. Sua pedra é o Quartzo Rosa, a pedra do amor. E quanto à srtª, tem em sua espada o Centauro. Marca da sabedoria e inteligência. Sua pedra é a Pérola, uma das mais poderosas da natureza, pois é a única pedra preciosa concebida a partir de um ser vivo. Significa a integração entre as coisas, o equilíbrio entre os elementos da natureza.
- Uau! – Limitou-se a balbuciar Rony.
- Com esses ingredientes mágicos, suas espadas podem auxiliá-los em suas batalhas. Com sua força de vontade, elas podem emanar mais poder mágico, reforçando o de vocês. Também ajudam a potencializar seus feitiços feitos com elas. Têm a mesma função do cerne de suas varinhas.
- Isso é maravilhoso mestre. – Gina estava, sem sombra de dúvida, maravilhada – Eu estava mesmo pensando em pedir ao Harry para me ensinar a lutar.
- Isso! Nós vamos treinar muito antes da srtª pegar nessa espada pra valer. – Disse Harry, tirando as espadas das duas – Enquanto isso, elas vão ficar comigo. Pra não ter perigo de acidentes.
- O senhor é quem manda professor. – Respondeu a ruiva, marotamente.
- Mais alguma coisa mestre? – Perguntou Mione, que percebera que o homem ficara quieto e distante de repente.
- Quê? – Assustou-se ele, mas recobrou-se logo e continuou – Não minha filha. Na verdade, estava olhando pra vocês quatro e um pensamento me passou pela cabeça.
- Qual pensamento? – Perguntou Luna, curiosa, seus belos olhos azuis faiscando de curiosidade.
- Não pude deixar de comparar vocês com os “Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, citados nas escrituras. – Disse o homem.
- Com quem? – Perguntaram ao mesmo tempo Rony e Radhi.
- Vocês não aprendem mesmo a ler, hein! Os Quatro Cavaleiros, descritos no livro do Apocalipse. A Bíblia, o maior livro religioso da humanidade. – Disse Mione, revirando os olhos ao perceber que os dois realmente não sabiam do que se tratava – Segundo o livro do Apocalipse, no final dos tempos Deus mandará seus Quatro Cavaleiros para a terra, para julgar os homens. Os cavaleiros são “Guerra”, “Fome”, “Pestilência” e “Morte”. Mas não entendi por que o mestre está nos comparando com eles...
- Claro que vocês não representam nada disto meus filhos. – Apressou-se a dizer Caine – Pelo contrário. Vocês representam a antítese do que eles representam. Se fosse para chamá-los de “Cavaleiros”, seria de “Cavaleiros da Esperança”. Vejam: Harry, você representa a coragem. Ronald, a amizade. Srtª Weasley o amor e a srtª Granger a sabedoria. Seria perfeito.
- O senhor tem toda a razão sabia? – Riu Luna, principalmente da cara que os amigos fizeram pra ela.
- Esqueçam isso, ok? – Pediu Harry – Bom, está na hora.
- Sim, é chegado o momento. Venha Harry, ajude-me a conjurar o portal.







Todos deixaram o recinto e seguiram até um espaço próximo, longe de construções. Ali mestre Caine e Harry se destacaram do grupo e começaram uma ladainha, um feitiço que ninguém conhecia, numa língua estranha. Como da outra vez, no princípio nada aconteceu. Então, num ponto solto no espaço, há aproximadamente um metro e meio do chão, o ar começou a se dobrar. A fenda começou a se expandir para todos os lados, uma brisa começou a soprar, puxando algumas folhas para dentro da fissura. Do outro lado, uma cena completamente diferente da vista anteriormente. Desta vez o portal se abria numa clareira, no meio de uma floresta ou bosque. O outono ali era ainda mais marcante, as árvores estavam com suas folhas amareladas, outras já quase prontas para o inverno que se aproximava. A grama era mais alta e densa, e era possível ver um caminho, talvez uma estrada ao largo da clareira. Quando a abertura atingiu o tamanho adequado, os bruxos encerraram o encantamento. Harry juntou-se aos amigos e juntos se despediram dos que ficavam. Então os quatro ficaram de frente para a passagem, deram-se as mãos e, juntos, atravessaram o portal, que desapareceu imediatamente após eles terminarem de cruzar, como se nunca houvesse existindo, deixando a todos que ficavam com uma sensação de perda e uma ansiedade pelo destino dos amigos que só se aplacaria quando voltassem a estar juntos. Se voltassem a estar junto.



N:A: Bom eis então o início da aventura. Neste início eu sei que está meio parado, sem ação. Os próximos também serão assim, preciso preparar o ambiente e situar a estória antes da ação começar efetivamente. Uma das características desta fic será a ação acontecendo em dois lugares diferentes. Então, teremos Harry e seus amigos na Terra Média e teremos os Guardiões e Lucy em nossa realidade.

Bom, é isso aí. Aguardo comentários.


Abraços e beijos,


Claudio

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Comentários (1)

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