O Grande Jogo




As semanas corriam como o vento cortante que circulava Hogwarts. Harry conseguiu marcar apenas dois treinos, depois da formação do time, antes da partida. O que significava que a tática, dependia... Dele.
O time pouco entrosado teria o dever de segurar a Sonserina, enquanto Harry teria que apanhar o pomo antes de Draco.
No vestiário era possível ouvir o som, das pessoas chegando e cantarolando hinos das casas. Harry estava nervoso, seu time não estava bom o suficiente para a partida com mais rivalidade de Hogwarts, e aquele seria o último torneio de Harry, ele iria se dedicar ao máximo... Para vencer!
Era nítido que todos os jogadores também estavam com os nervos à flor da pele. Para alguns seria a primeira partida de Quadribol. E ainda teriam como estréia a Sonserina.
A juíza seria a professora Sprout, de Herbologia.
- Está tudo ok, Harry?
Harry deu uma última olhada para trás, como se em dois segundos verificasse se estavam todos ali, por sorte alguns minutos antes da professora chegar, ele havia contado os alunos do time titular.
- Está sim, e na Sonserina... Já chegaram todos?
- Sim, acabei de sair do vestiário deles. – respondeu a professora. – Bom, vou dar a volta, e entrar pela entrada principal. Quando as portas se abrirem, todos montem nas vassouras e subam.
Ela saiu caminhando com sua vassoura em mãos.
- Bom, devemos ter ainda uns três minutos. Já passei a tática para vocês, então, caso nós fiquemos com o resultado negativo, eu assumo a culpa. Não tivemos tempo suficiente para treinar. Pesso a ajuda de Gina, que depois de mim, é a mais experiente aqui.
- Tylor, se ficar nervoso, o Rony entra, ele é mais experiente, talvez isso ajude. – as palavras de Harry pareceram não surtir efeito, o garoto continuava com a mesma expressão convencida.
Nesse momento, as portas de abriram, e Harry avistou o estádio lotado, as cores principais eram o vermelho da Grifinória, e o verde típico da Sonserina.
Ele montou na vassoura e deu um impulso contra o chão. Sentiu seus pés deixando o chão. A brisa suave espremendo sua face. Logo atrás vinham os outros jogadores, que assumiram suas posições, e Harry se dirigiu ao meio de campo. Cumprimentou o capitão da Sonserina, e a professora Sprout disse:
- Quero um jogo limpo, devolvam as varinhas.
Harry tirou dos bolsos internos das vestes, uma caixinha com o símbolo da Grifinória, nela estavam todas as varinhas dos jogadores, o mesmo fez o capitão Sonserino, e então, ela soltou as quatro bolas no ar.
Gina já se adiantou em um mergulho ágil, e capturou a golas, lançou para seu companheiro que driblou um aluno de verde e devolveu para Gina, esta fez um lindo arremesso, marcando o primeiro gol da Grifinória.
Os batedores estavam se segurando bem, desengonçadamente rebatiam os balaços que vinham com violência para cima deles. O jogo estava até que equilibrado, a Sonserina estava apenas vinte pontos na frente, enquanto Harry continuava a procura do Pomo de Ouro. Enquanto procurava, os batedores se esforçavam para rebater todas as goles, e os artilheiros da sonserina começavam a ganhar vantagem, agora eram quarenta pontos na frente da Grifinória... Agora cinqüenta, a coisa estava ficando difícil, e ficou mais ainda, quando um balaço atingiu em cheio a cabeça de Tylor, que foi obrigado a abandonar o jogo.
- Rony! Você vai ENTRAR! – Harry gritou desesperado, pois a Sonserina agora abrira sessenta pontos na frente. Rony subiu rápido, a tempo de defender o próximo arremesso. Durante os minutos Rony defendeu tudo, fazendo ecoar o Grito de “Weasley é Nosso Rei”. Enquanto Gina marcava, a diferença caiu para trinta pontos.
E foi nesse instante, que Harry viu o pomo, estava do outro lado do campo, ele de um impulso com sua Firebolt Máster, e seguiu em disparada em direção ao pomo, Draco não tinha visto o pomo, mas seguiu o adversário para não ficar atrás. Pos sorte Harry tinha a vassoura mais rápida do mundo, e por isso foi ganhando vantagem. Estendeu sua mão, estava muito perto, podia sentir, as vibrações exercidas pelas asas da bola, Malfoy vinha logo atrás, agora ele vira também o Pomo, nesta ponto, o estádio inteiro olhava para eles, e a bola se dirigia em alta velocidade à arquibancada, teria que pega-la antes que batesse, deu um impulso maior, e a sentiu a bola na palma de sua mão, fechou-a rápido, para que o Pomo não pudesse escapar. E então, tudo que pode ouvir, foi Malfoy xingando atrás, e o narrador comemorando. “E o Potter pega o Pomo de Ouro, dando a vitória ao time da Grifinória!”
Era tão bom ouvir aquilo, mais uma vez, ele fora essencial para a vitória, e provavelmente, a última vitória contra a Sonserina.
Ele desceu ainda vibrando ao vestiário, viu Tylor deitado em uma cama, aos cuidados de Madame Pomfrey. Os aplausos explodiram quando Harry, Rony e Gina chegaram juntos, ao vestiário, estes foram os principais culpados pela vitória.
Na Sala Comunal, a festa continuou, e como era sábado, depois da janta, Harry e Rony trouxeram comida que os elfos lhe deram, e fizeram uma pequena festa, que foi até tarde. No dia seguinte não teria nada para fazer... Poderia dormir até bem tarde.
E foi exatamente isso que aconteceu, quando Harry levantou, viu que Jonx e Rony ainda dormiam, apesar de ser muito tarde. Na sala comunal o grande relógio marcava que eram quase onze horas. Hermione vinha descendo também, com os cabelos embaraçados, e com cara de sono.
- Ah, oi Harry... – ela apontou a varinha para seus cabelos que se arrumaram sozinhos.
- Oi, Mione... Dormiu bem?
- Sim, dormi até demais, e você?
- Também, Rony e Jonx ainda estão dormindo...
-Gina também, parece que apesar da hora, fomos um dos primeiro a levantar. Se não se importa Harry, eu ia passar na biblioteca, para pesquisar umas coisas. Você também deveria ir junto, afinal sabe... Os testes finais estão chegando.
- Tudo bem, eu vou com você, não estou com fome mesmo...
Os dois vagaram pelos corredores, em direção à biblioteca, realmente, Harry via alunos da Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserinos emburrados por toda parte, mas Grifinorianos havia poucos, e a maioria eram calouros.
Madame Pince estava atrás de um grande livro, quando ouviu os passos apressados:
- Bom dia Mione, Harry, não quero barulho aqui dentro! – Seu rosto não saiu de trás do livro nem um instante, e Harry ficou estupefato, como ela saberia que ele estava chegando junto com Hermione.
Ela sentou no habituado lugar, apanhou uma pilha de livros, e começou a pesquisa, Harry se divertia na seção de Quadribol, vendo as capas, mas com o tempo, isso também perdeu a graça. Ele estava voltando ao lado de Hermione, para enfiar a cabeça entre os braços e dormir, quando viu, na estante seguinte, um livro que Hermione já comentara muito: Hogwarts. Uma história.
Ele sempre teve curiosidade de lê-lo, mas nunca pensou nisso concretamente. Quando pegou o livro em sua mão, percebeu que era grande demais, para ler enquanto Hermione estudava. Ele apensa folheou, tinha muitas histórias interessantes, como algumas dos Marotos, ou então sobre Harry, diversas vezes, quando ele foi escolhido o apanhador mais jovem do século, ou quando salvou a pedra filosofal. Ou então quando descobriu a Câmara Secreta e destruiu o diário, salvando Gina. Ou então quando ele ganhou o Torneio Tribruxo. Harry sabia que o livro atualizava-se sozinho, ao final de cada ano, e se houvesse uma história interessante, era publicada. Ele continuou folheando, até chegar em um capítulo que chamou sua atenção: A Relíquia que Hogwarts esconde.
Ele levou o livro à mesa onde Hermione fazia algumas anotações, e começou a devorar o capítulo:
Hogwarts têm em seus domínios, uma das relíquias mais valiosas do mundo bruxo, é a taça de Helga Lufa-Lufa, uma das fundadoras da escola. O objeto estimado em milhões de galeões e menos conhecido que a famosa espada de Gryffindor que fica sob a guarda do diretor Alvo Dumbledore., E que como todos sabem, a espada ajudou Harry Potter a destruir o basilisco de Tom Riddle, e pertenceu a Godrico. A taça fica sob a guarda de vários encantamentos protetores, durante todo o período, e é muito desejada por bruxos do mundo inteiro, Você-Sabe-Quem foi o único a pegar o objeto, mas foi logo recuperada, e agora está em segurança. Assim como a taça, as passagens secretas, o teto encantado e a Sala Precisa, Hogwarts ainda guarda muitos outros segredos.

Harry releu esse trecho umas três vezes. Não era possível que a taça estivesse por tanto tempo, na escola e ainda por cima, com Dumbledore, e ele nunca dissera nada.
- Hermione! Achei! Achei mais uma Horcrux! – ele se esquecera que estava na biblioteca e soltou uma exclamação animada
- Harry! Fala baixo! O que você achou? – Harry foi repreendido por Hermione, no mesmo instante que madame Pince ralhou:
- Potter, eu falei para ficar em silêncio!
- Desculpe Madame Pince... – e se voltando para Hermione novamente, disse – Achei uma horcrux, e ela está aqui em Hogwarts.
- O que? Deixa-me ver! – ela arrancou o livro da mão de Harry e leu, sua cara de espanto e decepção demonstrou a Harry que ela terminara de ler.
Um silêncio se espalhou entre os dois, ela estava digerindo a informação.
- Harry, mas é lógico, como eu não percebi? Li esse livro mais de cinco vezes, e nunca tinha prestado atenção neste detalhe. Vamos falar com Dumbledore.

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