Aurores Supremos (parte II)





O Ministério era realmente grande, eles andaram um bocado até chegarem num grande pátio. Havia três portais, com portas enfeitiçadas e com fechaduras e cadeados enormes. Em uma estava escrito: “Seção de treinamentos”. No outro o letreiro indicava: “Aurores do Ministério” e na última a placa dizia: “Esquadrão de Aurores Supremos”
O homem que guiara eles até ali, tocou com a varinha no portal, que se destrancou e abriu, rangendo.
Os grandes portais se abriram, e o homem guia sumiu num estalo, a porta revelou um grande corredor, muito longo. Era impossível ver o seu fim. Seu teto era arredondado, parecendo uma grande serpente. No teto havia imensas janelas, e inúmeras velas voando, iluminando do começo ao fim. Surgiram quatro homens quatro homens com vestes luxuosas, eram amarelas, com rendas e babados vermelhos, pareciam guardas de reinos trouxas. Curiosamente, dois seguravam espadas, e os outros dois seguravam varinhas, aparentemente comuns. Por trás deles vinha caminhando um homem de vestes negras, com um chapéu tão escuro quanto a roupa. Em seu peito um símbolo com um grande “M” com uma coroa em cima. Embaixo estava escrito Aurores Supremos. Harry supôs que o M seria do Ministério da Magia, a coroa para simbolizar que todos o obedeciam. Ou pelo menos deviam.
O homem de cara emburrada examinou o grupo por um instante, até que pronunciou.
- Alvo, como está?
- Bem, e você também imagino?
- Olá, Manolo. Podemos entrar? – perguntou o professor Augustus que era o vice-presidente.
- Espere, conhece as normas, Augustus. – dizendo isso o homem virou as costas, e gritou, ao mesmo tempo que soltava faíscas de sua varinha – Esquadrão!
Vários homens apareceram vestidos da mesma maneira que os quatro primeiros, porém todos esses empunhavam varinhas.
- Examine-os – ordenou o homem e assim sumiu junto com os quatro primeiros.
Dumbledore deu um tapinha nas costas de Harry, isso significara que ele seria o primeiro. O garoto deu alguns passos à frente.
- Não dói garotos, podem ir com os outros guardas. – disse o homem diante Harry.
Ele pôs a varinha na cabeça de Harry, alguns segundos depois tirou-a e uma luz verde imergiu sobre sua varinha, ele sorriu e disse que Harry poderia ir.
Um a um foram passando pelo teste, até que chegou a vez de Malfoy, ele fora um dos últimos e por isso quase todos os alunos olhavam para ele.
O guarda que parecia o de pior humor colocou a varinha sobre a cabeça loira do garoto. Ele demorou um pouco para tirar, e quando tirou, todos tiveram uma surpresa, inclusive os professores, uma luz vermelha estava na ponta da varinha.
Como um gato quando está com medo, passaram três guardas gigantes, correndo na frente de todos. Agarraram Malfoy e perguntaram:
- Qual é o seu nome, intruso?
- Draco Malfoy – quando disse isso foi jogado no chão, e um dos guardas fez sair uma luz, que paralisou o garoto.
- Ele não pode prosseguir. – disse outro guarda.
- Mas porque meu caro? – perguntara o professor Augustus.
O homem de preto reaparecera, ele tinha um sorriso irônico no rosto.
- Ora, Augustus, sabe de quem este é filho, e viu o teste, tem a mente de bruxo treviano. Terá que ficar na Sela especial, até que terminem a excursão.
- Bom, já que não há nada a fazer. Até mais Malfoy.
O grupo seguiu cochichando sobre o ocorrido, nem Crabbe e nem Goyle, que também tem pais Comensais foram impedidos. O homem de negro chamado Manolo andava sem dizer uma palavra, Augustus ia ao lado dele e os outros professores andavam atrás do grupo.
- Virem à esquerda. – essas foram as únicas palavras ditas por ele, durante um bom tempo.
Chegaram diante uma porta também trancada, a segurança ali era máxima, em todos os corredores havia guardas. Alguns poucos seguravam espadas, mas a maioria ficava com suas varinhas normais. O homem apontou a sua varinha para a porta que abriu lentamente, eles viram uma sala, parecida com as Salas de aula que tinham em Hogwarts, havia mesas com carteiras e uma mulher alta com cabelos cor de terra e curtos ligeiramente enrolados, ela usava um óculos marrom grande, dando-lhe a impressão de uma pessoa alienada do mundo da moda, que só pensava em estudos e trabalho.
- Bom dia garotos, meu nome é Guita Skeeter, sou irmã da jornalista do Profeta Diário, Rita Skeeter.
Harry ficou impressionado com o parentesco, elas eram muito diferentes uma da outra inclusive na simpatia, pois Guita parecia bem mais amigável que Rita.
- Sentem-se, por favor!
Obedientemente, todos os alunos sentaram.
- Bom, a passagem por aqui será rápida, vou apenas explicar como funcionará e vocês poderão fazer perguntas.
Harry pensou que aquele seria o momento ideal para perguntar porque alguns Aurores Supremos usavam espadas, no lugar de varinha.
- O grupo será dividido em dois, o primeiro, de alunos comuns que vieram apenas conhecer. O segundo para aqueles que nos testes de N.O.M’s e N.I.E.M’s foram aprovados para a carreira de auror e pretendem segui-la. Depois falaremos disso. Afinal essa separação ocorrerá apenas no final. E agora, podem fazer qualquer tipo de pergunta.
Todos estavam tímidos, então Harry decidiu ser o primeiro.
- Guita, porque alguns Aurores usam espadas no lugar de varinhas normais?
- Ah, ótima pergunta, querido. Creio que seja Harry Potter? – o garoto confirmou com a cabeça. – Mas antes de responder sua pergunta, vou explicar algumas outras coisas. Vocês sabem, que Aquele-Que-Não-Se-Nomeia, tinha um grupo, uma gangue chamados de Comensais da Morte, o Ministério combatia-os com os aurores comuns. Mas Vocês-Sabem-Quem criou outra gangue, agora mais poderosa: Os Guardiões das Trevas. Os treinamentos recebidos pelos Aurores normais não davam conta do novo grupo, então o Ministro criou os Aurores Supremos. E em uma possível batalha, o poder concentrado nos feitiços, azarações, contra-feitiços será muito grande. Uma varinha normal não daria conta. Então alguns dos Aurores Supremos usam espadas mágicas, que são capazes de agüentar um poder de magia muito maior.
- Mas mesmo assim, a maioria dos Aurores Supremos usa varinhas. – disse Hermione, que foi mais rápida que Harry, afinal ele estava com a mesma dúvida.
- Sim, mas são varinhas especiais, feitas por um artesão de alto valor, do Ministério, vocês o conhecerão daqui a pouco. Mais alguma pergunta?
Jonx se atreveu a levantar a mão, assim que Guita deu a permissão, ele falou:
- E como é feita a seleção, para saber quem vai usar varinha ou espada.
Nesse momento Dumbledore sorriu, como se soubesse a resposta que a moça iria dar.
- Ah, o bruxo para suportar a magia carregada pela espada também tem que ser muito poderoso, e para fazer esse teste com precisão, chamamos um amigo muito conhecido de vocês... O Chapéu Seletor. Mais alguma pergunta?
A sala ficou em silêncio, Harry observou Dumbledore, e ele realmente sabia a resposta de Guita, afinal, o Chapéu fora emprestado por ele.
- Bom, vamos prosseguir então. – disse Guita.
Ela empunhou a varinha, e acenou a uma parede, que se moveu, abrindo uma passagem secreta, era uma sala empoeirada, com várias caixinhas amontoadas nas paredes, no meio da sala, havia uma grande vela e uma escrivaninha, onde estava sentado um homem velho com poucos cabelos na superfície da cabeça, e que trabalhava furiosamente em uma varinha.
- Senhor Nacffael... Os alunos de Hogwarts chegaram. – disse Guita.
- Oh, senhorita Skeeter, mas já? – perguntou o velho impressionado, ele parecia muito feliz, talvez ele estudara em Hogwarts a anos atrás e sentira saudades. Pois seus olhos atrás dos óculos se encheram de lágrimas.
- Sim – disse ela com simplicidade e voltando-se para o grupo começou – Esse é o senhor Nacffael, foi professor do Sr. Olivaras, provavelmente muitos de você o conhecem, ele vende varinhas no Beco Diagonal. E quem o ensinou foi Nacffael. Como disse há pouco, um bruxo de muito talento, que faz as varinhas especiais.
- Ah, sim, faço sim... A diferença delas é na fabricação, as varinhas normais são feitas de madeiras exóticas e com algum ingrediente especial dentro, as especiais na parte da madeira exótica e do ingrediente é igual, todas tem ou pena de Fênix, ou pelo de Unicórnio e Centauros ou cabelos de Elfo, enfim, são muitos tipos, porém está tem também uma proteção, para que na execução de muitos feitiços poderosíssimos com freqüência, ela não exploda, essa proteção é de um metal usado na fabricação de espadas mágicas, encontrado apenas na América do Sul. O nome dele é Metal Latino. Agora o outro fator, que as varinhas normais não tem, é um fio de magia avançada, ele é um fio, como se fosse de cabelo, porém e roxo escuro, são depositados na varinha, ele é importante por inúmeras coisas, ele faz com que a varinha fique mais potente, mais resistente, é anti-furto, pois ela se esquenta quando outra mão a toca, podendo chegar à temperatura do Sol.
- E o que é bom recomendar? – perguntou Guita, como se o senhor Nacffael.
- Ah, sim... Alunos de Hogwarts, nunca, mas NUNCA mesmo, peguem uma varinha com este símbolo.
Ele estalou os dedos e o “M” coroado com os escrito Aurores Supremos em baixo apareceu.
- Obrigado Sr. Nacffael. Vamos almoçar? – disse Guita com um largo sorriso no rosto.
- Acho que seria uma ótima idéia, afinal... Pela tarde teremos mais coisas a fazer. – concordou Dumbledore, sua palavra era mais forte que a de Guita Skeeter, então, todos os alunos obedeceram rapidamente.
Eles seguiram a mulher, que os levou novamente ao corredor principal, Manolo estava sentado em uma poltrona, com um charuto na mão, a fumaça se espalhava, enquanto vários guardas observavam o grupo.
- Já vamos seguir para o almoço, Dumbledore? – perguntou o homem de preto.
- Creio que sim, meu caro Manolo.
Fazendo um aceno com a cabeça, o homem se levantou e andou, silenciosamente, até chegarem à uma outra porta, ele virou a maçaneta e se via um grande Salão, com o piso e as paredes brancas, havia janelas de vidro, que cuidavam da iluminação, algumas mesas rodeadas de cadeiras estavam no centro do Salão, todos os pratos já estavam postos, os talheres o os copos também estavam em seus lugares. Harry, Rony, Hermione, Gina e Jonx sentaram-se juntos, na mesa mais próxima da parede e de uma janela. Após todos se sentarem Manolo estalou os dedos e todas as comidas apareceram sobre a mesa. Os cinco falaram pouco durante a refeição, a maior atividade feita, foi degustar a comida que por sinal estava muito boa. Apesar de o almoço demorar, o dia parecia estar passando muito rápido, uma pena, afinal estavam se divertido, muito mais do que um dia chato de aulas de adivinhação e História da Magia.
Aparentemente todos já estavam saciados e alimentados, Manolo havia percebido isso também, tanto que se levantou num salto, extremamente rápido, como se tivesse levado um choque.
- Quem já terminou espere lá fora. – disse ele com rispidez.
Quase todos se levantaram, exceto alguns alunos, que ainda comia, por exemplo: Neville, Crabbe e Goyle, praticamente todos que estavam ainda sentados eram obesos, por isso comiam mais que o comum.
Em poucos minutos porém, os retardatários saíram, e o presidente dos Aurores Supremos começou a falar.
- Agora, iremos conversar um pouco com Aurores Supremos mais famosos, que eram Aurores comuns, mas foram promovidos.
Harry imaginou que deveria conhecer algum, afinal, muitos aurores passaram pela Ordem da Fênix.
Harry estava certo, pois alguns minutos depois, estavam em um salão, com um palco, e o mesmo símbolo do M de Ministério, em cor dourada, estampado nas cortinas atrás de Manolo. Ele colocou a varinha no pescoço e sussurrou algumas palavras, e sua voz triplicou o volume, ecoando por todo o Salão:
- Aurores Supremos, apareçam, por favor.
Um grupo apareceu, dentre eles estavam: Alastor Moody, Ninfadora Tonks, Quim Shackebolt e outros que Harry vira uma vez ou outra na Ordem, porém nunca foi apresentado. O primeiro a se apresentar foi Moody, ele andou alguns passos, até ultrapassar Manolo e ficar mais visível para todos.
- Meu nome é Alastor Moody, conhecido como Olho-Tonto Moody, vocês praticamente me conheceram, no ano em que ocorreu o Torneio Tribruxo, porém, creio que todos saibam, aquele Moody que perambulava por Hogwarts era falso, não passava de um Comensal usando Poção Polissuco. Eu havia me aposentado na carreira de auror, mas por intervenção do Ministério da Magia, eu voltei. Como fui um dos maiores aurores que existiu, estou aqui, dando treinamento a eles. Só participarei de operações de batalha, em casos de extrema emergência.
Após dizer isso, recuou os passos que dera anteriormente, e a segunda a se adiantar foi Tonks.
- E aí gente, beleza? Alguns aqui me conhecem, principalmente Harry, Rony e Mione! – ela acenou ao trio e depois avistou Gina ao lado. – Ah, a pequena Weasley também! Bom, mas vamos ao que interessa, para quem não me conhece sou a auror Tonks, sou auror a pouco tempo, ou melhor... Cerca de cinco anos, porém já participei de muitas batalhas perigosas, duelei inclusive com a Guardiã das Trevas, Bellatrix Lestrange. Sou amiga de Moody e Quim, eles me ajudaram muito na minha carreira.
Agora ela recuou, o terceiro a se apresentar, também fazia parte da Ordem, seu nome era Etom Heilon, Harry o vira algumas vezes, mas ele percorria a Europa toda capturando bruxos das trevas não relacionados à Voldemort, em busca de apoio, por isso não participava de batalhas.
O quarto foi Quim Shackebolt. Ele falou pouco, mas para a surpresa de Rony, Hermione, Harry e Gina, ele mencionou, de uma forma discreta a Ordem da Fênix.
“Já trabalhei em uma instituição secreta que lutava contra Aquele-Que-Não-Se-Nomeia e seus Comensais”.
E contou um pouco mais sobre suas experiências contra bruxos das trevas. Outros dois bruxos se apresentaram, porém Harry conseguiu captar pouco, do que falaram. Ele sem querer ficou entretido com uma formiga que procurava uma saída entre tantos pés que se amontoavam pelo chão. Ele foi logo chamado à realidade quando a voz aguda de Guita voltou a soar pelo salão.

- Alunos, que têm pretensão em serem Aurores, por favor, levantem-se e acompanhem Manolo, pela porta à esquerda.
Apenas Harry e Hermione levantaram, o garoto sentiu seu rosto corar, todos no momento olhavam para ele e Hermione.
- Apenas duas pessoas Hogwarts? Tivemos uma safra pequena este ano, temo também mais um aluno de Durmstrong, que virá para cá fazer os treinamentos.
Ninguém respondeu o comentário infeliz de Guita. Harry seguiu andando atrás da amiga, que parecia tão envergonhada quanto ele. E seguiram assim até cruzarem a porta. Manolo, com suas vestes negras os encarava severamente, até que disse:
- Vocês verão mais à fundo, como é o esquema dos Aurores Supremos, afinal, um dia vocês podem estar aqui. O que não duvido... Já ouvi dizer que Harry Potter, juntamente com seus amigos Rony Weasley e Hermione Granger, são grandes bruxos, e que lutam bravamente contra as artes das trevas. – disse ele, que parecia muito mais amigável, agora que estava apenas com os dois.


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