Operação resgate





Harry fora carregando sua Penseira, Rony e Jonx o ajudaram, ela era pesada, porém isso não importava, seu coração transbordava de alegria, desde que vira pela primeira vez no seu quarto ano ele sempre quisera uma.
Eles contornaram a ultima curva antes de se encontrarem com o quadro da mulher gorda, que cochilava sobre seus braços, ela ralhou quando os quatro a acordaram, porém Harry apressou-se em deixá-la falando sozinha!
A sala Comunal estava vazia, as chamas da lareira estavam fracas, mas a sala estava bem iluminada, o lindo luar vinha direto na direção da grande janela, fazendo com que a sala ficasse com um tom sombrio.
Hermione virou à esquerda apenas acenando aos amigos, pois sua boca estava ocupada em um grande bocejo. Os três subiram levando a penseira ao quarto, o que foi ligeiramente difícil, pois ela era quase do tamanho do estreito corredor das escadas. A cada degrau Harry desejava chegar mais rápido, pois suas mãos já estavam doendo, e percebeu o mesmo nos amigos, apenas pelas caretas que faziam ocasionalmente, mas a porta já se tornara visível, faltavam apenas alguns degraus quando Neville abriu a porta apontado a varinha à eles, ele parecia estar com muito sono, porém os olhos atentos analisavam os três garotos.
- Ah... São vocês, escutei passos na escada e nem percebi que não estavam na cama.
- Tudo bem Neville, nos ajude a colocar isso ao lado da cama de Harry, por favor? – pediu Rony.
- Sim, claro! – concordou o garoto prestativo, que pegara em um canto da penseira.

Após colocarem o grande objeto ao lado da cama de Harry, todas as velas do quarto foram apagadas, todos dormiram, menos Harry, que ficou acordado olhando para o teto. Ele verificou se não havia ninguém acordado, após certificar-se disso, o garoto levantou-se e apontando a varinha à própria cabeça, ele puxou, como se fosse um fio de cabelo, muito brilhante e depositou-o na Penseira. Ele ainda olhou um pouco para o liquido que se mexia, ficou pensando um bocado sobre as aulas que começariam amanhã... Mas ele foi vencido pelo cansaço, decidiu deitar-se, e logo já estava em uma sala escura, havia muitas pessoas lá, porém foram sumindo uma a uma, até sobrar apenas alguns bruxos, e um chefe no centro, ele dizia:
- Guardiões das Trevas, vamos não podemos perder tempo! – uma voz fria e suave, que fazia os pelos da nuca se arrepiarem.
Todos os bruxos que estavam no local sumiram inclusive o líder. Eles apareceram em um lugar mais escuro que a sala, havia neblina que encobria o chão, alguns vultos corriam por trás dos homens encapuzados, estavam todos andando, e logo dava para avistar um grande castelo... Era Hogwarts!
Harry acordou com um susto, levantou-se rápido e olhou pela janela, todos os Comensais e Guardiões estavam ali mesmo e na frente, ia o líder do exército: Voldemort.
- Rony! Jonx! Acordem! – dizia Harry aflito – Os Comensais e o Guardiões estão ai, vamos rápido!
Jonx virou-se para o lado e continuou dormindo, mas Rony escutara bem o que o amigo dissera.
- E agora? – perguntou o ruivinho com uma cara de medo.
- Vamos avisar Dumbledore, ele deve estar no escritório ainda, ele sempre dorme tarde. Não podemos perder tempo, não sabemos o que nos aguarda daqui para frente!
Os dois apenas se cobriram com capas pretas da escola e colocaram os sapatos para saírem correndo pelos corredores, era uma noite fria, eles não viram ninguém no caminho nem mesmo Pirraça, estava tudo vazio até chegarem ao corredor da sala de Dumbledore, onde viram Tonks parada à porta.
- Garotos! O que fazem fora da cama a essa hora? – perguntou a auror muito curiosa.
- Precisamos falar com Dumbledore, Tonks! Ah, chame a Ordem, por favor! Voldemort e seu exército estão saindo da Floresta Proibida.
Ela olhou por uma janela e realmente, dava para se ver alguns bruxos nos jardins da escola.
- Venham por aqui, vou usar a lareira da diretoria enquanto você contam o que está acontecendo.
Quando entraram na sala, Harry viu o professor Snap, a professora McGonagall e o professor Augustus.
- Pois não? – perguntou o diretor.
- Dumbledore, preciso ir à sede da Ordem, Harry explica tudo! – após dizer isso ela sumiu na lareira de Dumbledore.
- Professor, há Comensais da Morte e Guardiões das Trevas lá fora, junto com Voldemort!
- Como soube disso Harry? – perguntou se levantando e espiando pela janela, agora todos já estavam nos jardins ouvindo as instruções para o ataque.
- Eu sonhei, e vi-os chegando! Acho que vão resgatar Tia Petúnia!
- Realmente, o perigo está presente, o exército inimigo é muito numeroso! – disse ele preocupado. – Vão se vestir e apanharem suas varinhas, e chamem a Srta. Granger!
Harry já ia saindo quando ouviu a voz de Snape às suas costas.
- Potter, tome cuidado em quem você confia! – aconselhou-o, porém ninguém entendeu direito o que queria dizer está frase.

- Ele devia estar falando de mim, só porque Percy é um idiota ele pensa que todos os Weasley estão do lado de Você-Sabe-Quem! – disse Rony se vestindo.
- Não dê ouvidos a ele! – disse Harry acalmando o amigo. – Vou acordar Jonx, enquanto você acorda Hermione e Gina!
Rony concordou com a cabeça e logo saiu do quarto. Harry chacoalhava o outro amigo, que resmungava um pouco, relutante em acordar. Porém alguns minutos depois estavam os cinco na sala Comunal, quando um estouro foi ouvido do lado de fora do castelo.
- Vamos rápido! – falou Harry, e todos saíram correndo novamente pelos corredores. Todos os membros da Ordem estavam na sala de Dumbledore, havia até algumas pessoas que Harry não conhecia, e Frederick também estava lá.
- Rick! – exclamou Harry
- Harry! – exclamou Rick, os dois se abraçaram, pois a ultima vez que se viram Rick quase foi morto.
- Vamos então? – disse Dumbledore com uma calma impressionante após o segundo estouro.
- Jonx, porque você não pega a espada de Gryffindor? – perguntou Hermione.
- Acho melhor Harry pegar, ele também é descendente de Godrico, e tem o espírito de guerreiro, diferente de mim! – sorriu Jonx
- É, pode ser... – concordou Harry meio sem jeito, pegando a espada que refletia a lua em sua lâmina.
Uma leve chuva começava a cair sobre Hogwarts, e a essa hora, a maioria dos alunos já estavam acordados e com medo nos quartos, por esse motivo todos os diretores de casas foram acalmar os alunos das respectivas casas, e aconselhar para que ninguém saísse dos dormitórios!
Porém cinco alunos, Grifinorianos estavam fora da cama, eles marchavam em direção aos jardins, onde bruxos das trevas atacavam a escola, juntamente a eles outros bruxos experientes em batalhas se preparavam.
As portas do castelo se abriram, na frente uma linha de aurores fechava e entrada para que nenhum intruso invadisse as entranhas do castelo, e a medida que a noite afundava o chuva aumentava, pareciam estar em sintonia. A mesma sintonia que faziam os exércitos armarem suas estratégias.
Era óbvio que a Ordem da Fênix estava em grande desvantagem em relação aos seguidores de Voldemort, porém agora não havia saída, ou recuavam e todos os alunos morriam, ou lutavam com valentia.
- Atacar! – berrou Dumbledore
Harry saiu correndo com a varinha em uma mão, e a espada em outra, atrás dele viu Rony, e ao lado Jonx. Um pouco mais à frente Lupin que corria ao socorro de Tonks que batalhava sozinha com três Comensais. Harry finalmente se deparou com um adversário com quem sentiria prazer de batalhar.
- Potter nojento, está pronto para morrer em breve? – provocou Draco Malfoy
- Se eu levasse a sério todas as ameaças que me dizem eu já estaria louco. – responde Harry sem tirar os olhos do loiro nojento.
E num movimento muito rápido que pegou Harry desprevenido, Malfoy lançou-o para o chão com a maldição:
- Crucio! – Harry sentiu uma onda de dor mas logo passou, e ele fez questão de se levantar rápido para não ser pego por outro ataque enquanto está indefeso.
- Estupefaça – berrou Harry e Malfoy caiu no chão. – Crucio!
Malfoy se contorceu, mas vendo o sofrimento do inimigo Harry percebeu que fora tão ou mais mesquinho que Malfoy, pois o atacou sem que ele pudesse reagir, e então parou, Malfoy se acalmou, porém continuou no chão, ele não acordara.
- Harry! – gritou Rony que estava encostado em uma parede sendo atacado ferozmente por Comensais, e se defendia como podia.
- Expelliarmos! – um raio irrompeu a ponte de sua varinha atingindo os Comensais. – Accio Varinhas!
Todas as varinhas voaram à mão de Harry que quebrou-as, após fazer o mesmo com a de Draco.
- Esse é o caminho Rony, quebre a varinha de todos os Comensais, Guardiões que você encontrar.
Após dizer isso o amigo entrou novamente no meio da multidão e Harry virou a cabeça para o lado contrário, deparando-se com uma cena que lê já havia visto. Dumbledore batalhava com Voldemort, a batalha estava muito acirrada e Harry não sabia quem estava ganhando, porém ele via que Voldemort dizia algumas coisas.
Harry abaixou-se por trás de um arbusto, ninguém o veria ali, ele rastejou cuidadosamente em um silêncio impressionante para chegar ao fundo de uma rocha, ele conseguia ouvir algumas palavras, porém estava difícil entender todas.
- Dobby. – sussurrou Harry e o elfo apareceu no mesmo instante.
- Traga uns ouvidos extensores de Fred e Jorge.
O elfo desapareceu na mesma velocidade em que veio, e por mais incrível que Harry achou, não disse uma palavra, porém logo ele estava de volta, com o objeto pedido à mão, Harry o pôs no ouvido, e foi esticando a outra ponta por meio da grama, e logo podia ouvir tudo que Voldemort dizia:
- Eu só quero levar a tia do garoto, me entregue Petúnia Evans e iremos embora, Alvo... – dizia ele com aquela voz fria.
- Tom, Petúnia pode ser de extrema importância para você, assim como é para nós! – disse Dumbledore se defendendo de um feitiço que vinha direto na direção de seu peito. Mas nesse instante Lucio Malfoy atacou Dumbledore por trás. A raiva subiu à cabeça de Harry, e ele pulou por cima da grande pedra e gritou duas vezes.
- Avada Kedavra! – Lucio conseguiu desviar, mas um dos raios verdes acertara Voldemort que estava de costas, ele porém só caiu e gemeu, mas logo virou-se novamente para Harry, seus olhos estavam assustadoramente vermelhos, ele rangia os dentes e gritou apontando a varinha a uma parede do castelo.
- Explosivix! – um jorro de luz azul claro bateu com muita força na parede, que desmoronou, o feitiço era realmente muito forte, pois Hogwarts era defendida por feitiços protetores, porém Tom Riddle conseguiu quebra-los. A parede que explodiu era da Tia Petúnia. Ela estava prestes a pular quando Harry projetou um forte escudo, fazendo com que ela continuasse presa.
- Garoto, colabore, deixe sua tia sair e ninguém morrerá. – dizia Voldemort encarando Harry, que sentiu sua cicatriz doer, doer muito a ponto de faze-lo cair no chão e gritar.
- Impérius – sibilou Tom entre os dentes.
Harry sentiu sua mente invadida, tudo ficara embaçado e confuso, um sentimento de impotência tomara conta de sua mente, porém Harry só consegui pensar em: “Resista. Seja forte e resista”. Aos poucos sua mente foi voltando à funcionalidade normal, e se viu agachado diante Voldemort, enquanto Dumbledore e a Professora Minerva vinham correndo em sua direção. Os Guardiões das Trevas que riam, agora olhavam espantados, para Harry que conseguiu resistir a uma maldição imperdoável mandado por Voldemort, um perito no assunto. Alias essa não era a primeira vez que Tom não conseguiu afetar Harry.
- Septacumbra! – gritou Harry ao levantar-se, vários bruxos das trevas foram afetados, inclusive Voldemort que gritou, e jogou Harry contra uma parede. O garoto estava imóvel, torcendo para Dumbledore e a Professora conseguissem o ajudar.
- Tom, solte-o. – ordenava Dumbledore quando um Guardião passou correndo com uma vassoura aos berros:
- Mestre, peguei Petúnia, podemos ir!
Voldemort deu uma gargalhada sinistra e aparatou, nesse instante Harry soltou-se da parede.
- Que droga, não ganhamos uma deles? – perguntou Rony zangado.
- Pois é... – suspirou Harry, com a respiração ofegante.


N.A. Obrigado por lerem este capítulo!

Espero que tenham gostado, digam oq acharam da batalha, se foi boa, ou não!

Comentem por favor, é muito importante para a continuação da FIC...

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