Um pedido de socorro

Um pedido de socorro




Harry saiu do banheiro, enquanto Ginny se enxugava e secava o cabelo.


O moreno foi até o quarto e se vestiu, para logo em seguida ir para a cozinha fazer alguma coisa para ele e Ginny comerem.


Já estava tudo pronto e nada de Ginny ir para a cozinha:


-Gi!- Harry chamou, mas não obteve resposta. Bufou e foi até o seu quarto, a porta estava entre aberta, Harry a abriu por completo e viu Ginny tirando a toalha. No momento em que viu o moreno na porta Ginny se cobriu com a toalha, fingindo estar com vergonha.


-Não saber bater não?- ela perguntou, enquanto ele se aproximava.


-Esqueci...-Ele sussurrou, enquanto tirava a toalha da frente do corpo dela.


-Sei...- Ginny sorriu maliciosa. Harry retribuiu o sorriso e a beijou com ardor.




Hellenna bufou e olhou mais uma vez ao seu redor. Certo, dessa vez admitia que fizera uma extrema burrada e que provavelmente metera o pai em uma cagada das grandes.


-Eu to com fome!- Ela gritou para os comensais que estavam do lado de fora do quarto, onde a mantinham.


-Você acabou de comer!- Uma voz grossa respondeu.


-Claro...Se você chama uma uva de comida, eu acabei de comer, mas como eu não chamo, eu não acabei de comer!- Explodiu.


-Cala a boca, pirralha!-O mesmo comensal falou irritado abrindo a porta.


-Pirralha?- Perguntou esganiçada. Uma janela explodiu.- Pirralha é a sua fuça!- Mais uma janela explodiu e o comensal a olhou assustado.


-Certo...Vou ver se tem alguma coisa pra você!- E saiu, batendo a porta.


Hellenna deixou o corpo cair pra trás, fazendo com que ela ficasse deitada e suspirou.




-Eu tava pensando...- Ginny começou, se aconchegando melhor no peito nu de Harry.


-Em quê?- Ele perguntou, acariciando os cabelos dela.


-Em como eu te amo...- Ela falou, dando um beijinho no tórax dele, e foi subindo, fazendo um trilha de pequenos beijos até que alcançou a boca dele.


-Eu também me amo...- Harry comentou, e antes que Ginny falasse alguma coisa ele capturou os lábios dela, que simplesmente começou a rir no meio do beijo.


-Você é um convencido!- Ela exclamou se levantando, sem se importar dos olhos dele estarem percorrendo seu corpo nu.


-Por isso que você me ama.- Ele resmungou, também se levantando. Colocou um hobe e saiu do quarto. Ginny sorriu travessa e pegou uma blusa dele e a colocou e saiu atrás do rapaz.


-Exatamente! Por isso que eu te amo!- Ginny respondeu, quando entrou na cozinha e se pendurou no pescoço dele, por trás.


-Quem te deu autorização pra mexer no meu armário?- Ele perguntou, quando ela desceu e ele se virou pra ela.


-Eu!- Ela respondeu sorrindo. Ele ficou a olhando de cima a baixo em silêncio-O que foi?


-Você fica extremamente sexy vestida assim!- Ele comentou, sorriu traquinas e a beijou.


-Sério?- Ela perguntou com ar de pouco caso. Harry confirmou com a cabeça. Ginny se soltou dele e foi até a porta.- Tem certeza?- Ela perguntou apoiando os dois braços, um em cada batente, e jogou um pouco o corpo pra frente, deixando a mostra uma boa parte da curva do seu seio.


-Não muita...- Ele sussurrou.


-Bom...Eu ainda acho que eu fico melhor assim...- E começou a desabotoar a blusa, deixando a mostra um de seus seios. Soltou um gritinho e saiu correndo, Harry correu atrás.




-Argh...Isso aqui ta nojento!- Hellenna falou, mexendo na sopa que o comensal trouxera pra ela.


-Ou você come isso ou morre de fome!- o comensal resmungou.


-Você me da pena!- Ela falou, com uma cara de poucos amigos.


-Quem vai ficar com pena aqui vou ser eu se você não calar a boca!- ele voltou a resmungar.


-Você está me ameaçando?- ela perguntou estreitando os olhos.


-Se assim você quiser considerar...- Ele falou dando de ombros, e continuou separando o baralho que segurava.


-Você é repugnante!- Hellenna comentou depois de um tempo de silêncio. O comensal grunhiu -E eu to com fome.


-Eu já trouxe sua comida!- Ele avisou, apontando para a tigela que a menina deixara no chão, onde, agora, ratos comiam. Hellenna olhou para a comida e depois para o comensal com uma expressão de nojo.


-Eu não vou comer isso!- Ela falou apontando para o prato.O comensal não lhe deu atenção. Hellenna se levantou e deu um chute de leve no rato, que saiu correndo, pegou a tigela e foi até o comensal, que ao ver que a garota parara na sua frente, levantou o rosto, só para receber toda a sopa na cara.- Eu quero comida de verdade!- Ela sussurrou, enquanto começava a ventar, sendo que as janelas estavam fechadas e os vidros que foram quebrados mais cedo, restaurados.- E eu quero agora!- O baralho pegou fogo. O comensal a olhou com medo e saiu correndo do quarto.


Logo mais quatro comensais entraram no quarto, todos com a varinha em punho e sorrindo de forma assassina.


-Agora, garotinha, você vai aprender a nos respeitar e a comer tudo o que dermos para você!- E apontou a varinha para a garota, sendo logo seguido por todos.


-Olha, se tem uma coisa que eu detesto, é ser ameaçada!- Hellenna falou se virando para eles. O vento voltou muito mais forte, os olhos de Hellenna começaram a adquirir uma cor azul escura, sinal que o poder das fadas estava mais poderoso.


Os comensais se entreolharam assustados. Suas varinhas começaram a tremer e se lascaram.


O colchão começou a pegar fogo, e de dentro do fogo começou sair várias coisas brilhantes e começaram a circular os comensais, que logo viram que era pequenas fadinhas.


Essas fadas começaram a pegar os comensais pelas orelhas e pelos cabelos e jogaram-nos na parede, fazendo com que eles batessem a cabeça e ficassem inconscientes.


Sem que Hellenna percebesse, um outro comensal entrou no quarto e a estuporou.


-Menina tonta...-Sussurrou. Arrancou um punhado de cabelo da loirinha e o colocou dentro de um envelope. Conjurou uma coruja e a despachou.




Se aconchegou melhor naquele abraço, tentando ignorar as batidas na janela, mas foi inútil. Resmungou e se levantou preguiçosamente. Olhou mal humorado para a janela e viu uma coruja negra.


-Eu mato...-Sussurrou, bocejando logo em seguida. Abriu a janela e a coruja entrou, deixando um envelope cair nos seus pés. Deu uma volta graciosa e saiu pela janela. Harry ficou observando a coruja.- Essas corujas estão ficando muito convencidas...- resmungou se abaixou e pegou o envelope. Olhou para Ginny que dormia profundamente na sua cama e sorriu.


Bocejou e coçou a lateral do corpo. Colocou a carta na cabeceira da cama e foi se trocar. Pegou a carta enquanto bocejava e a abriu.




Se quiser ver sua filha novamente, nos dê o pingente da princesa dos poderes.


Pra você ter uma lembrança da sua filha, caso você não nos dê o que queremos, mandamos junto um pouco do cabelo dela.


Você tem até as 17:00 hr de hoje.


Você sabe onde estamos.




Harry olhou para o relógio digital, que estava no criado mudo ao lado de sua cama, este indicava meio dia. Harry ofegou. Pegou sua varinha e aparatou para o ministério.




-Muito bem, Potter!- McGordon falou, pondo a carta em cima da mesa - Já tenho esquadrões tentado acho-los! Você está terminantemente proibido de ir atrás deles.


-Como é?- Harry sussurrou perigosamente.- Ela é minha filha!


-Eu sei! E é exatamente por isso que você não vai!- Harry fechou a cara e girando nos calcanhares, saiu do ministério.


Entrou em um beco qualquer e aparatou de volta no apartamento. Andou apressado até o seu quarto e, sem fazer barulho, começou a procurar as jóias da Emily. Assim que achou o porta jóias o abriu de qualquer jeito e pegou um cordão com um pingente prata de uma lua e uma estrelas cruzadas, colocou a jóia no bolso e aparatou novamente.




Resmungou, e se virou. Tateou o lado do colchão, mas não achou o corpo de Harry. Abriu os olhos preguiçosamente e bocejou. Se sentou na cama e olhou para o relógio, indicava 13 hr.


Se levantou, colocou uma blusa velha do Harry e foi procurar o moreno, mas não o achou em nenhuma parte do apartamento.


Se sentou no sofá, cruzou os braços e as pernas e ficou olhando para o teto. Suspirou. Uma rachadura. Esse barulho foi um farfalhar de asas? Duas rachaduras. Esse agora foi um pio, certo? Três rachaduras. Agora era bicadas no vidro? Quatro rachaduras. Essas bicadas estavam lhe dando dor de cabeça.


-Ta bom!- Ginny exclamou mal humorada. Se levantou e foi abrir a janela para a coruja.


A ave entrou no apartamento e deu uma volta na sala, para deixar cair um pergaminho e sair pela janela. Ginny revirou os olhos e pegou a carta. Pelo selo, a ruiva pôde perceber que era uma carta oficial do ministério.




Potter,


O esquadrão encontrou o local onde sua filha está!


Ela se encontra em uma fábrica abandonada em Surrey. Não vá pra lá! Estamos arquitetando os planos, iremos até lá e a salvaremos!


R.M




Seu coração ameaçou sair pela boca.


Arregalou os olhos e o ar pareceu se perder no caminho para seus pulmões.


Fechou os olhos, tentando fazer que sua consciência não se apagasse e caíssem no chão, desmaiada.


A carta deslizou entre seus dedos trêmulos e foi caindo levemente até o chão, sobre seus pés.


Oh, Deus! Se alguma coisa acontecesse a Hellenna e a Harry nunca se perdoaria.


Maldita hora que aquele sentimento tão arrebatador que a consumia como chamas, em relação a Harry, voltaram à tona, a atormentando ainda mais.


Agora sim, ela sabia qual era a sensação de estar nos braços dele, e queria senti-la de novo e de novo, para acreditar que ainda estava viva.
Mas Harry não estava ao seu lado agora. Fora atrás da filha.


- Não. - gritou, e ajoelhou no chão, sentindo as lágrimas começarem a rolar pelo seu rosto, ao ver uma imagem dele morto no chão, e a filha por cima do corpo do moreno.


Seu corpo tremia como uma folha ao vento.O peito estava apertado e sua visão embaçada.Sua cabeça girava e a saliva escorria por sua garganta como mil pedras a arranhar.


Respirou fundo e se levantou. Passou as costas da mão bruscamente por seu rosto, para secar as lágrimas. Correu até o quarto do Harry, se trocou e aparatou no seu apartamento.


Assim que apareceu no meio da sua sala, Ginny desprendeu a capa que pegara no armário de Harry e foi até seu quarto. Jogou sua bolsa em cima da cama e abriu, com violência, a porta do armário.


Vestiu uma calça preta justa, um top da mesma cor, que deixava a mostra sua barriga resta. Foi até a sapateira e pegou uma bota de cano baixo e salto alto. Pegou uma chuquinha e prendeu os cabelos vermelhos em um rabo de cavalo alto, deixando algumas mechas soltas, lhe dando um ar mais sensual. Passou um brilho nos lábios e passou lápis preto nos olhos. Sorriu satisfeita.


Se iria se infiltrar no meio de um monte de comensais, que tivesse pelo menos a arma da sensualidade ao seu lado.

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