You and Me...




Ela jogou o buquê, depositando-o nas mãos de uma Gina sorridente. Haviam poucas pessoas na pequena festa em sua mansão. Depois de muitas explicações e muitas desculpas a todos, quatro meses se passaram e finalmente ela conseguiu se casar com Harry em sua casa, em uma festa pequena, com poucas pessoas e muitos presentes. O vestido lhe caíra bem apesar da grande barriga e os desejos que sentia não lhe fizeram gorda.

_ Gina, será a próxima a se casar... _ Comentou Amily, sentando-se ao lado da ruiva na mesa depositada no jardim e observava Harry e Hermione convencer Rony a dançar uma valsa.

_ Difícil, Amily... ou pelo menos, não será com quem eu quero... _ disse ela, retirando as folhas do buquê.

_ Porque? _ Amily saboreou um doce. _ Você já disse a ele... ?

_ Vou lhe confidenciar uma coisa... _ Gina observou Amily analisá-la.

_ Ok... _ concordou a menina.

_ Você lembra do meu primeiro cara? Do exame de gravidez...?

_ Lembro... imaginei que fosse o Harry! _ ela sorriu com a lembrança.

_ Exatamente... não era o Harry... Era Draco Malfoy... _ Amily engasgou drasticamente como doce.

_ o que? _ ela tossiu.

_ Draco Malfoy...

_ Malfoy e Weasley? _ Amily perguntou séria, mas sorriu _ não há como dar certo... quer dizer... _ ela corou violentamente.

_ Exatamente por isso que eu não disse nada!_ comentou Gina.

_ mas quando isso aconteceu, Gina? _ Amily observou Draco conversar com seu pai. Depois de meses de desculpas e conversas ele havia esquecido, ou fingia friamente, o abandono no altar e a perda da herança.

_ Em Hogwarts... Nós saímos algumas vezes... Eu, tentando conquistar Harry e ele, você... Era só uma brincadeira de mal gosto, como ele dizia... _ Gina fixou seu olhar no enfeite da mesa. _ Até que eu fui me apaixonar por aquele verme... Eu pensei que pudéssemos ficar juntos mas ele nunca permitiu, sempre dizia que era uma brincadeira, uma diversão... então me concentrei em Harry... Mas já não gostava mais dele,não como antes... Draco tinha algo que ninguém tinha... E acredito que ainda tenha... mas jamais saberei...

_ Isso não faz sentido... _ Ela tentou argumentar o diário mas não podia dizer a Gina que havia o lido. _ quer dizer... eu jamais pensaria...

_ Quando ele morreu... ou , pelo menos, era o que pensávamos... pensei várias vezes em fazer a mesma coisa... E quando ele voltou... nós voltamos a nos falar, mas era impossível haver algo entre a gente... uma vez eu perguntei porque ele estava com você?... Ele disse que era alguém para ele... alguém com nome...

_ É , bem Malfoy.... _ Amily suspirou, jamais havia pensado.

_ é... e hoje é isso... ele nem me olha, finge que não existo... como fazia antes... _ concluiu ela, levantando-se.

_ o fim só é fim quando acaba! _ comentou Amily , mas a ruiva sorriu, desanimada.

_ só há fim, quando há começo... _ disse, antes de voltar a caminhar. A revelação de Gina fez Amily sentir-se mal. Depois de alguns minutos ela observou que não era o susto pelo assunto e sim sua bolsa que havia estourado.



Harry pressionou as mãos nos bolsos e estava, aparentemente, nervoso. Aquela hora da noite até os óculos o incomodavam.

_ Este é o dia em que mais você está se parecendo com seu pai! _ Comentou Lupin, animado pelo semblante de Harry.

_ Porque? _ perguntou o rapaz, passando as mãos nos cabelos desalinhados e tentando respirar normalmente.

_ James estava assim quando você nasceu... o desespero em pessoa! _ continuou Lupin, sorrindo.

_ É que ninguém traz notícias!_ ele tentou se explicar.

_ Sim... eu imagino que a falta de notícias ou a presença delas faça muita diferença... _ brincou ele e Arthur se aproximou.

_ Ouça o conselho de um experiente... essa sua angústia não vai passar mais, você vai senti-la a cada suspiro diferente que sua filha der! _ Disse o ruivo e Hermione sorriu, também se aproximando.

_ Obrigado! _ Agradeceu Harry , sem esconder o nervosismo e analisando Draco com cuidado, tentando entender a necessidade da presença do loiro ali.

Um médico se aproximou e os lábios de Harry se abriram em uma pergunta que não foi feita. Não havia necessidade alguma.
_ Nasceu sua menina! _ comunicou o homem animado e a informação pareceu não entrar rapidamente na cabeça de Harry. Ele sentiu tapinhas animados em suas costas e esperou até o desespero desaparecer, algo que não aconteceu. Precisava vê-las. Precisava observar Amily e a curiosidade por ver Lilian o fez caminhar até o médico, em passos largos.

_ Posso vê-las? _ perguntou ele, desejando que o homem autorizasse.

_ As enfermeiras levaram o bebê para outra sala, mas já o trarão de volta, sua esposa está dormindo...

_ por favor... _ ele pediu em uma súplica e o homem pareceu entendê-lo.

_ Ok, meu jovem... _ Ele disse para o rapaz e Harry sorriu, finalmente aliviado.




Ela piscou os olhos. Entrava em foco um quarto de hospital, além de muitas pessoas silenciosas. Há muito, não acordava sem saber onde estava. A mão de Harry em sua testa, retirando uma mecha de seu cabelo a fez sorrir.

_ olá mamãe... _ disse ele, baixinho. Ela observou que todos os Weasleys, além de Hermione, seu pai, Wona e Steve observavam algo no colo de Draco.

Amily havia visto o bebê por alguns segundos, antes da enfermeira levá-lo para longe e agora sua curiosidade se fazia presente.

_ ela é linda...? _ perguntou a Harry.

_ Se parece comigo! _ argumentou ele e Amily sorriu. Rony se aproximou do casal.

_ Draco segura Lily melhor que você... _ disse o ruivo e Harry lhe deu um olhar de raiva.

_ Pare Rony... sua vez chegará... _ Amily se sentou delicadamente na cama. _ e será que vocês poderiam me mostrar o meu bebê? _ Todos se viraram para Amily e Draco, com as feições mais angelicais já vistas, depositou no colo de Amily um bebê minúsculo, enrolado em um grande tecido branco.

_ Veja se não é a cara do papai... _ Harry sorriu para Amily e ela analisou o bebê. Ela abria os olhos fracamente mas era possível se observar esmeraldas, além do cabelo preto e fino , com sua pele branca e pálida.

_ realmente não há nada meu aqui! _ protestou Amily, observando o bebê.

_ Melhor deixarmos o quarto agora... _ Sugeriu Arthur e Molly consentiu.

_ Vamos deixá-la descansar... _ Disse o pai da menina. _ quando chegar em sua nova casa, me avise... _ Amily sorriu para o pai. Haviam restaurado a casa de Sirius e o quarto de Lily estava pronto, assim como todos os móveis e elfos.





_ Harry... troque lily para mim... preciso pedir para aquele elfo latino que você contratou colocar mais pratos na mesa, convidei papai, Steve e Wona... _ Disse Amily, observando Harry corar violentamente e analisar o bebê como algo estranho.

_ Tem apenas uma semana... bom, eu não consigo fazer isso... _ ele admitiu, arregalando os olhos para uma risonha Lily.

_ Ok, Harry Potter... fraudas ... fraudas … Harry Potter…. _ brincou Amily, depositando lily em um móvel acolchoado.

_ Eu nunca tinha entendido a utilidade dessa almofada até então! _ ele comentou, percebendo Amily se livrar da pequena veste da menina, cuidadosamente. O semblante de alegria do bebê mudou para uma careta fechada e o choro que os acompanhava todas as noites se iniciou.

_ Faça alguma coisa, Harry! _ pediu Amily e ele analisou os brinquedos da menina, além dos ursos pendurados.

_ Fócus _ disse Harry, observando a varinha soltar pequenas luzes claras e o bebê prender a atenção por alguns segundos, voltando novamente a chorar. Amily pressionou as sobrancelhas para Harry, enquanto trocava a frauda de Lily.

_ Harry! _ Amily analisou o marido e uma mistura de riso e surpresa pela falta de imaginação do rapaz a fez sorrir.

_ Pense em algo melhor, mamãe! _ ele disse e Amily pegou a varinha das mãos do rapaz, dizendo um feitiço desconhecido a Harry. _ o que... _ ele não precisou perguntar do que se tratava, sentiu seu rosto arder, como se estivesse exposto ao sol.

_ Ela gostou... _ disse Amily observando o pequeno bebê sorrir para o rosto de Harry, que a esta altura, atingia o tom de verde musgo.







_ Harry, pode segurar Lily um pouco...? _ Amily entregou a Harry um bebê em berros. _ Não sei o que pode ser... _ Disse Amily, desesperada para o pai da menina. Ele a segurou em seus braços e o pouco tempo de aconchego a fez dormir calmamente.


_ Um dia, eu lhe ensino... _ brincou ele, ao observar o olhar curioso de Amily e colocou sua filha em seu peito, sentindo-a.


_ Você faz mágica, não é possível!_ ela beijou a bochecha de Harry e voltou-se para os pergaminhos. Descobriu recentemente que poderia concluir os estudos de Hogwarts em casa, passando apenas por uma única prova no final do semestre e seu sonho de se tornar uma auror a fez ler mais livros do que em toda sua vida.




O natal chegou cedo e o convite de Harry para que todos passassem o natal em sua casa lhe foi bem aceito. O centro das atenções ainda era Lily, a mais nova integrante da família, que passava de colo em colo por toda a noite animada, sorrindo a cada brincadeira.

_ Harry, já teve notícias de Snape? _ Amily perguntou a Harry, lembrando-se do ex professor. Severo Snape havia sido atacado por lobos, enquanto aplicava uma detenção aos alunos de Hogwarts, na floresta proibida. A situação do professor não era a das melhores.

_ ainda não... _ comentou Harry, segurando Lily e a entregando a Gina, para conseguir saborear com mais calma o pudim de Molly e sorrindo para o bebê que o observou.

_ Ele é duro na queda... _ comentou Malfoy , fazendo sua presença mais contínua depois de se tornar padrinho de Lily. _ não o vejo morrer, se não de velhice...

_ Posso te perguntar uma coisa? _ disse Amily, analisando Draco e aguardando até que Harry voltasse a se concentrar em Lily, algo muito comum desde que a menina nascera.

_ Não... _ respondeu calmamente, como sempre fazia.

_ Você ainda tem aquele colar? _ Amily perguntou e Draco se assustou pela curiosidade repentina de Amily.

_ Que diferença isso faz? _ Draco perguntou, servindo-se de vinho.

_ Qual o seu sacrifício? _ Perguntou Amily e o rapaz se contorceu para não responde-la hostilmente.

_ porque? _ perguntou por fim.

_ Porque Snape está precisando desse colar mais do que você... _ Amily encarou o loiro. Havia compreendido. Ele havia dado o colar a ela, porque assim se libertava de seu sacrifício. Quando Amily lhe devolveu o colar, ele retornou com seu sacrifício e que ela hoje, entendera qual era. _ Você me presenteou o colar para poder ficar com Gina... e agora, por estar com ele, não pode tê-la... _ ela disse em um tom de voz baixo mas Draco se engasgara, fazendo todos olharem para a direção dos jovens.

_ Eu jamais estive com a Weasley fêmea... poupe-me, Dumbledore... _ pediu ele, ofendido.

_ Este tom hostil não combina mais com você, Malfoy... Bom, você deve fazer sua escolha.... _ concluiu ela, caminhando até Harry e lily , voltando-se a comemoração.














Vinte e uma horas e trinta e três minutos. Ela analisou o relógio. Sempre quando entrava em casa, observava o relógio de parede e sorria. Estava viva. Estavam vivos. Ela depositou a capa e a varinha no hall de entrada e suspirou, cansada. Caminhou até próximo de toda a movimentação da casa. Harry , sentado a mesa com o restante de seu uniforme de quadribol profissional, seu ofício, sorria com as crianças em sua volta. Lily, na altura de seu doce décimo primeiro aniversário, conversava animada com o pai sobre a casa que queria ficar quando chegasse, na próxima noite a Hogwarts. Corvinal. James e July disputavam arduamente, quem comia a maior quantidade do prato servido possível e Ashley assistia TV no sofá próximo com Rosa e Junior.

_ Sorvete de novo, Harry! _ Ela beijou o marido e ele sorriu por vê-la ali. Ele tinha mudado suas feições mas o ar juvenil jamais saiam de seu rosto. Ele fez língua a Amily, levantando-se da cadeira e a enlaçando em um beijo.

_ Mas que mulher brava... _ comentou ele.

_ E depois você pergunta de onde Lily tirou essa mania.... _ ela disse ríspida, mas por fim sorriu. Exceto Lily, que apesar de sua aparência ser igual a de Harry, com os cabelos lisos e negros até a cintura, os olhos verdes e a pele pálida, conseguia fazer feitiços com as mãos, todos os outros filhos pareciam serem cópias de Harry, não havia traço algum de Amily. James e July eram os gêmeos mais novos, completariam três anos de idade por esse mês e usavam óculos, apesar de olhos negros. Ashley tinha seis anos, sua idade regulava-se a Rosa, filha de Hermione e Rony, e Junior, filho de Draco e Gina,e ela, além de sua aparência, era , sem dúvida, a filha que mais se parecia com o pai. Ela sorriu pela gostosa barulhada das crianças.

_ Faça o seguinte... suba e vá tomar banho... eu os coloco para dormir... _ comentou Harry e Amily sorriu, agradecida.



Ela entrou na banheira arrumada e perfumada pelos elfos, estava esgotada. Seu dia havia sido complicado e em uma luta com trouxas, quase saiu fracassada, o que, para um auror, significava, morta. Viu toda a sua vida passar em sua frente e um tiro disparado por Draco, seu colega de trabalho, a fez despencar com o corpo do trouxa, de susto. Ela teria dado conta se pudesse usar feitiços e isso a fez espumar de raiva. Porque não se tornou uma professora? Os riscos eram outros. Depois, ainda teve que “visitar” Hermione, medi bruxa, em um hospital bruxo, por uma contusão no braço esquerdo. Além de toda a parte profissional, estava preocupada com Lily, que iria amanha a Hogwarts e toda a idéia de um bebê apareceu em sua mente.

_ Também a acho nova demais... _ Ela sentiu Harry abraçar-lhe.

_ Pare de ler meus pensamentos... hoje não foi um bom dia... _ comentou Amily, sincera.

_ Eu imagino... assim como o dia dos explosivins,o dia que aquele dragão fugiu do gringotes, o dia que os gigantes resolveram atacar bruxos... esse seu emprego me preocupa... mas... fui escolher me casar com a neta de Dumbledore, o que eu poderia esperar?

_ Eu amo meu emprego Harry... apesar de tudo... _ comentou ela, depositando seu rosto nos ombros de Harry.

_ eu já lhe disse que te amo, hoje? _ perguntou ele, depositando os óculos em um lugar distante da banheira.

_ já, mas é sempre bom ouvir, capitão! _ brincou ela, lembrando-se da promoção de Harry a capitão da seleção inglesa de quadribol.

_ Eu te amo... _ disse por fim.



E claro que eles brigavam sempre. E claro que se acertavam e tudo se tornava tranqüilo e calmo. E sempre se encontravam com os velhos amigos, contando qualquer história engraçada e a saudade de Hogwarts e de pessoas inesquecíveis lhe vinham a cabeça mas, era assim mesmo, a vida de bruxos.

Um dia se ganha, no outro se faz mágica e ganha novamente.


_ Não acredito que Lily está na sonserina... _ comentou Harry ao terminar a carta da filha e Draco lhe deu um olhar de rancor.

_ Afilhada de quem é, não será uma simples Potter! _ comentou Draco, por fim.

_ ela é uma Potter... _ argumentou Harry.

_ Ok...uma Potter sonserina! _ concluiu Draco. _ o que significa que é infinitamente melhor do que um simples Potter...

E isso nunca acabou.



N/A:Queridos leitores! Estou muito feliz de ter conseguido terminar essa fic...
Agradecimentos especiais a todos vocês que leram,comentaram, reclamaram...
Agradeço também a Caio Bruno boa parte desta fic!( Já disse que deveria escrever)...
=)
Um abraço carinhoso à cada um de vocês...!
Senhorita.

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