No porão da dedosdemel



Como sempre acontecia naquela época do ano, o dia amanheceu muito frio. A neve que caía sem parar estava mais branca do que nunca e, de alguma forma, Harry parecia achar que tudo estava lindo e perfeito. A visão de Gina adormecida em seu colo ainda fluía em sua mente enquanto ele se encaminhava para o café da manhã.

Eles combinaram de contar a Rony e a Hermione sobre os misteriosos sonhos de Gina naquele dia.

A caçula Weasley escrevia alguma coisa em seu livro quando o trio se aproximou da mesa em que ela estava. Gina pode perceber que Harry chamara os amigos para contarem tudo de uma vez, então largou o livro e começaram a falar.

- Desde quando você tem esses sonhos Gina? - perguntou Rony desesperado.

- Acho que começaram dois dias antes do baile de natal.

- E aconteceu algo de diferente nesse dia? - perguntou Mione.

- Não - mentiu ela lembrando-se do momento em que Dumbledore lhe dera o par de brincos em forma de fênix.

- Mas como você poderia ver os comensais atacarem um barman...aliás...que barman era esse?

- Você lembra daquele cara que nos atendeu no cabeça de javali quando fizemos nossa primeira reunião da A.D.?

- Mais ou menos...- respondeu Rony - Ele parecia o Dumbledore mal cuidado.

- É CLARO! - gritou Harry.

- É claro o que? - perguntou Mione

- No dia da reunião, quando o barman nos atendeu, eu lembro que achei ele parecido com alguém. Ele se parecia com Dumbledore!

- E daí? - perguntou Gina sem entender nada. - Existem milhões de pessoas que se parecem com outras pessoas no mundo.

- Mas o Dumbledore tem um irmão! - disse Harry. - Eu vi uma foto dele ano passado. O Moody me mostrou.

- Está me dizendo que um reles barman do cabeça de javali seria irmão do grande Alvo Dumbledore? - ironizou Rony.

- Pode acontecer...- disse Mione pensativa.

- Mas só porque eles são parecidos não quer dizer que sejam parentes. - disse Rony.

- Tudo bem, mas o que nós sabemos sobre o irmão do Dumbledore? - perguntou Harry e todos olharam para Hermione e ela disse:

- Sabemos que ele se chama Aberforth e que gostava de aplicar feitiços inapropriados em cabras.

- Mas espere...- interrompeu Gina - O cabaça de Javali não tinha um cheiro estranho de cabras?

- Pode ser só coincidência. - disse Rony.

- Vocês não acham que é muita coincidência ao mesmo tempo?- ironizou Harry.

- O.K.! - começou Rony - Vamos fingir que vocês não estão viajando e acreditar que o cara seja mesmo irmão do diretor. O que comensais iriam querer com um barman?

- Algo que ele estivesse guardando para o irmão! - concluiu Mione

- Como o que? - Rony fez a pergunta que fez todos ficarem pensativos.

Gina, discretamente, passou um bilhetinho a Harry por baixo da mesa. Ele o abriu e leu: "TALVEZ UMA ESTRANHA CAIXA MARRON CLARA DE ONDE SAIA UM VAPOR ESBRANQUIÇADO E QUE CONTINHA DOIS COLARES."

Harry arregalou os olhos, movimento que chamou a atenção de Rony e Mione.

- O que foi, Harry? - perguntou ela.

- Nada Mione. É que eu e a Gina temos que ir agora - Gina não entendeu nada quando o garoto levantou, puxou seu braço e disse: - Vamos, Gi!

Já estavam perto do campo de quadribol quando finalmente pararam.

- Você poderia me fazer a gentileza de explicar o que está havendo? - perguntou Gina enquanto via Harry procurar alguma coisa atrás de uns arbustos.

- Foi aqui que os demetadores nos atacaram pela primeira vez lembra?

- É meio difícil esquecer...

- Escuta, Gina! - começou ele - Você lembra há quanto tempo Lupin disse que os comensais fugiram de Azkaban?

- Cinco meses, e daí?

- E quando foi que nós fomos atacados pela primeira vez??

- No início de setembro. - respondeu ela começando a entender onde ele queria chegar. - Mas...Harry...é impossível...os dementadores são guardas de Azkaban.Obedecem ao ministro.

- Isso é o que todos pensam! Mas Dumbledore já nos contou que eles nos atacaram a mando de alguém e duvido que o ministro fosse mandar nos atacar.

- Claro! Por isso é que ninguém soube que os comensais fugiram de Azkaban a cinco meses! Os dementadores devem tê-los deixado escapar!

- Exato! E abafaram o caso, pois todos pensam que o ministro tem autoridade sobre eles. E o que seria de Cornélio Fudge sem sua autoridade? - ironizou Harry.

- Por que você me trouxe aqui, então? Poderíamos ter contado tudo isso à Rony e Mione.

- Contaremos a eles mais tarde sobre isso. Mas o que quero falar pra você agora eles não podem saber ainda.

- Do que está falando?

- Disso! - ele mostrou a ela o bilhete que ela lhe passara minutos antes, quando ainda estavam no salão comunal com Rony e Mione.

- Foi só uma suposição, Harry...talvez eu esteja errada...

- Você está louca??? É claro que está certa! Era isso que os comensais queriam com o barman. No mínimo Dumbledore pediu para que ele guardasse aquela caixa, mas precisou nos entregar os colares e por isso pediu de volta ao irmão.

- Isso se ele for realmente o irmão do Dumbledore, não é!

- Tenho quase certeza que é. Tudo se encaixa: o barman se parece com o Abbeforth, os comensais queriam alguma coisa dele...só pode ser isso!

- Mas por que os comensais iriam querer dois colares?

- Pode perguntar a eles se quiser! - disse Harry enquanto puxava Gina para atrás de uma árvore. Ela pôde ver quatro comensais vasculharem os jardins em torno deles.

- O que eles estão fazendo aqui, Harry? - cochichou ela.

- Eu não sei! - respondeu ele. - Devem estar procurando a caixa. Não a encontraram no Cabeça de Javali então vieram procurar aqui. Não seria difícil com Dumbledore ausente.

- O que faremos? - Mas Harry não teve tempo de responder àquela pergunta.

- Ora...ora...ora - era aquela voz, a voz que Harry detestava mais que qualquer outra: a voz de Belatriz Lestrange. - Que gracinha! Pegamos dois coelhinhos com uma cajadada só. Ou deveria dizer...dois pombinhos?

Ela agarrou Harry e Gina pelos braços e fez sinal para dois outros comensais se aproximarem.

- Segurem estes aqui enquanto eu e Dolohov vamos pegar o loirinho. Temos pouco tempo.

Harry e Gina estavam perdidos. Haviam sido capturados por comensais da morte e ninguém fazia idéia de que eles estavam ali. Os comensais começaram a rir como nunca. Harry esperou eles se distraírem alguns segundos para avisar Gina que sua corrente estava para fora da blusinha que usava. A mesma blusinha que usara quando foi buscá-lo na casa dos Dursley`s. Nunca imaginaria naquela época que tudo aquilo aconteceria. Gina guardou rapidamente a corrente que brilhava intensamente dentro da blusa, aproveitando o momento de distração dos comensais.

- Ei, vocês dois! - era a voz de Antônio Dolohov chamando os dois comensais que ainda seguravam firmemente Harry e Gina. - Apliquem de uma vez o feitiço da desilusão nesses dois e vamos para o corujal. O loirinho está lá. Vamos pegá-lo e passar pela estátua de um olho só o mais rápido possível.

Harry então descobriu para onde seriam levados. A estátua de um olho só levava a um único lugar: o porão da Dedosdemel. Antes que ele pudesse pensar em mais alguma coisa, sentiu novamente como se um ovo tivesse sido quebrado em sua cabeça. No ano anterior Moody havia aplicado o mesmo feitiço nele, algo que fazia a pessoa ficar meio que camuflada, não invisível, apenas indistinguível.

Eles rumaram para o corujal e parecia que não havia ninguém por perto. Ninguém para ouvir seus gritos, isso, é claro, se eles cometessem a idiotice de gritar. Quando chegaram, Harry e Gina tiveram uma grande surpresa: Draco Malfoy estava lá e parecia que era ele, o tal loirinho que os comensais queriam capturar. Mas a pergunta: porque comensais queriam capturar Draco Malfoy? teve que ficar para depois.

Gina cutucou Harry para que ele visse que Edwiges estava perto deles. Aproveitaram o momento em que os comensais seguravam e desacordavam Malfoy para escrever um rápido pedido de ajuda a Rony e Hermione e mandar Edwiges entregá-lo. Foi por um triz que não foram pegos, mas conseguiram.

Depois rumaram para fora do corujal. Houve um momento em que Harry e Gina tentaram correr, mas tudo que conseguiram foram ser atingidos na cabeça por dois comensais e desmaiaram.


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Quando Harry acordou, estava trancado em uma espécie de jaula junto com Gina e Draco. Não se importava com o loiro, mas Gina ainda estava desacordada e ele tratou de tentar acordá-la imediatamente.

- Gina! - sussurrou ela - Gina acorda, por favor. - Suas correntes estavam para fora das blusas novamente e ele tratou de guardar a dele e a dela para que ninguém percebesse nada. - Gi! Gina, acorda vai.

- Ahn? O que? Harry! - ela acordou. - Harry, o que está havendo?

- Eu não sei. Você está bem? - perguntou ele enquanto a ajudava a se levantar.

- Acho que estou. Onde estamos?

Havia tido tempo de reparar no lugar. Estava escuro. A única iluminação era feita por algumas poucas velas pretas e verdes. Harry teve a impressão de estar dentro de uma câmara de tortura, pois havia várias mesas lotadas de poções que ele nunca vira e vários caldeirões em cima de mesas cheias de facas e lanças afiadas.

Eles observaram que a porta da jaula estava aberta e não exitaram em sair dali naquele momento.

- Querendo fugir hein! Vocês vão pagar por isso! - Mas antes que um dos comensais que Harry reconheceu como Augusto Rookwood pudesse atacá-los ouviu-se a voz de Belatriz.

- Pare com isso, Rookwood! O mestre precisa deles vivos e inteiros - ela agarrou o queixo de Gina - Depois eu mesma farei questão de tirar uns pedacinhos desta aqui!

- ESTUPEFAÇA! - gritou Harry e uma luz saiu de sua varinha e acertou em cheio Belatriz que voou longe.

- Você vai ver seu moleque! - urrou Antonio Dolohov correndo em direção à Harry - IMPEDIMENT...

- EXPELLIARMUS! - uma voz vinda de um lado escuro dali gritou. Harry não a reconheceu, mas pode perceber que Gina sim. A varinha de Dolohov voou para as mãos de...

- Tom Riddle? - Draco havia acordado e estava tão incrédulo quanto Harry e Gina.

- Ainda me reconhece não é mesmo, Malfoy? - brandou Tom - Ah! Se seu pai não fosse tão incompetente, talvez você pudesse ter se unido a mim. Augusto, prenda-o! Depois vejo o que farei com ele. Preciso dar as boas vindas a duas pessoinhas que não via há...quanto tempo faz mesmo? Ah sim! Quatro anos...

Rookwood prendeu Draco na mesma jaula em que estava antes, mas desta vez, trancou-a. Tom Riddle segurou o queixo de Gina e disse:

- Estava com saudades, Gininha! Nunca mais me contou seus segredos.

- Deixa ela em paz! - Harry pôs-se na frente de Gina e segurou em sua mão. Nem sabia o que estava fazendo, mas não podia nem pensar em ver Riddle encostá-la.

- Calminha aí, Potter! - riu Tom - Não vou atacar sua namoradinha, aliás, bela namoradinha. Eu seria incapaz de machucá-la.

- O que você quer? - Gina apertou a mão de Harry.

- Surpresa - sorriu ele maliciosamente - Vocês saberão na hora certa. No momento só queria ver suas carinhas...ah como eu desejei vê-las novamente depois daquele infeliz encontro na câmara secreta! Só não imaginava que os veria assim: juntinhos. Admito que me surpreenderam.

- Mas não a mim! - aquela voz Harry reconheceu. Era dele. Era a voz de Voldemort.


(N/A: Calma gente! Eu não estou confusa, nem vocês se perderam na hora de ler os livros. Até a pobre cabecinha da minha beta reader que é tão fanática e louca quanto eu eu consegui enrolar, mas prometo que explicarei tudo pra vocês no próximo capítulo que deverá sair lá por domingo ou segunda. Desde já peço que tenham peiedade de mim, já que não sei se sou muito boa com aventuras, mas juro que estou fazendo o possivel pra salvar essa fic, hehehehe. Quanto aos nomes dos comensaris, eu não inventei eles não tá. Na pagina 444 do 5º livro, voces encontram tudo sobre eles. Bem, acho que é isso. Peço pra que comentem pq já que num sou lá grande coisa com aventuras preciso saber como esta anda repercutindo. Mil bjos a todos.)

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