Utilizando o vira-tempo



- Sabem...eu sempre imaginei que um Weasley fosse fazer parte dessa história. - ironizou Voldemort - E considerando que nosso jovem herói aqui precisava de uma namoradinha, não foi difícil supor que, depois do que aconteceu na câmara secreta, Gina Weasley se destacaria entre os irmãos.

- Mas...o que? Como? - começou Gina.

- Como estamos os dois aqui? - disse Tom ao mesmo tempo em que rodeava Harry e Gina assim como Voldemort fazia - As artes das trevas fazem milagres! Irônico, não?

De repente, Voldemort se aproximou do pescoço de Gina e de lá segurou o colar que brilhava intensamente.

- Aqui está! - ele tentou arrancá-lo do pescoço dela, mas não conseguiu. - Tire-o daqui! Quero este colar agora!

- Não lhe darei nunca! - disse Gina ainda apertando a mão de Harry.

- Gininha...não queremos que se machuque. - brincou Tom - Entregue logo este colar e sofrerá bem menos. Eu prometo!

Ele aproximou-se de Gina e tentou tirar dela o colar assim como Voldemort o fizera, mas não conseguiu. Harry não podia mais suportar aquilo. Puxou Gina para trás de si e apontou a varinha para Riddle.

- Se tocar nela mais uma vez...

- Vai fazer o quê? - bradou Voldemort - Destruí-lo?

- Já o fiz uma vez! - Harry serrou os dentes

- Parece que não com muita eficiência. - disse Tom - Estou aqui novamente. Agora me dê este colar!

- Não posso tirá-lo! Não sei como. - disse Gina.

- Não acredito nisso, garota! - disse Voldemort

- Acha que eu não daria qualquer coisa para sair de perto de você, seu monstro?!

- Como se atreve a falar assim com o Lord das Trevas, sua burrinha. Não dá valor à vida que tem? - perguntou Belatriz enquanto se recuperava do estuporamento.

- Quieta, Lestrange! Não se meta - disse Voldemort - Vamos esquecer essa jóia por alguns momentos. O que queremos é mais importante. Onde está?

Harry e Gina se entreolharam confusos. Onde estava o que?

- Do que está falando? - perguntou Harry.

- Não vai me dizer que não sabe. Tem um dos colares e não sabe?

- Se soubesse não estaria perguntando!

- Vê como fala, moleque! - Dolohov agarrou um dos braços de Harry por trás e segurou-o bem firme.

- Solta ele! - Gina gritou, mas já era tarde. O comensal arrastou Harry para dentro da mesma jaula de Malfoy deixando Gina sozinha entre Voldemort e Tom Riddle.

- Agora - começou Voldemort - Deve estar com você...só pode estar com você.

- O que vocês querem? - Gina olhava de Tom para Voldemort, às vezes movendo o corpo para acompanhar os passos dos dois.

- Não acredito que não sabe! - exclamou Tom. - Você tem este colar, tem os brincos da fênix, como não poderia saber?

- O que tem os brincos a ver com isso?

Voldemort soltou uma gargalhada arrepiante.

- Como é que você não sabe? Não vai me dizer que o magnífico e supremo Alvo Dumbledore não os informou sobre eles. Sobre o que eles fazem.

- Mesmo que eu soubesse, nunca diria nada a vocês.

- Isso é o que veremos! - disse Voldemort apontando a varinha para Gina. - CRUCIO!

- GINA! NÃO! - Gritou Harry de dentro da jaula. Começou a esmurrar as grades para tentar sair, mas mesmo se conseguisse, ainda teria que enfrentar os três comensais que estavam de guarda ali e riam enquanto viam Gina ser torturada.

Gina caiu de joelhos segurando-se para não gritar. Seus ossos pareciam estar sendo quebrados um a um. Ela ouviu Harry gritar seu nome e ouviu os comensais gargalharem perto dali, mas todo o resto estava embaçado.

- Agora responda: - começou Voldemort - onde está?

- Não...sei...do...que...es..está...falando...

- Da insígnea da vida! - disse Tom impaciente - agora diga onde ela está!

- Eu...não...eu...não se...sei! Nunca..ouvi...falar. - disse Gina com dificuldade.

- MENTIRA! Só pode estar com você! Onde está? - Voldemort fez um movimento com a varinha e Harry percebeu que aquilo não aliviaria a dor que a ruiva estava sentindo.

- Eu...não...sei! Ah! Juro que não sei...do que...está falando...- respondeu ela. A dor que sentia era tão forte que ela nem sentia mais o próprio corpo.

- É melhor pensar em me contar a verdade, garotinha...por que não serei bonzinho. - Voldemort fez um movimento com a mão e dois comensais arrastaram Gina para a jaula, largaram-na lá e arrastaram Draco para fora. - Nós voltaremos mais tarde. Esperamos que sua memória melhore depois que vir o que faremos com esse loirinho.

Harry viu Voldemort, Tom, Dolohov e Rookwood sairem e viu Belatriz posicionar-se na porta do cômodo e ficar ali parada como uma estátua, ao mesmo tempo em que se abaixava para ajudar Gina.

- Gi! Por favor...fala comigo. - disse ele colocando a cabeça dela em uma de suas pernas.

- Parece que levei uma surra das boas. Ai! - ela forçou um sorriso

- Tenta ficar calma, ta. Daqui a pouco vai se sentir melhor. - ele começou a passar suas mãos entre os cabelos flamejantes dela e ela fechou os olhos como se aquilo estivesse aliviando a dor que sentia pelo corpo. De repente ela sentou-se a abraçou Harry com toda a força que lhe restava.

- Achei que fosse morrer! O que está havendo?

- Eu não sei, Gina! - disse Harry retribuindo o abraço. - Temos que descobrir.

- Mas primeiro nós temos que sair daqui. - disse ela afastando-se dele.

- Acha que consegue ficar de pé?

- Se minha vida depender disso, com certeza.

- O.K.! Então vamos. - ele colocou um dos braços em volta da cintura dela e os dois se levantaram. - Alorromora!

A porta da jaula se abriu e eles saíram de lá de dentro rapidamente, mas esqueceram-se completamente que Belatriz estava na porta da sala e já se aproximava dos dois com a varinha apontada.

- EXPELLIARMUS! - Nem Harry conseguiria ter um reflexo tão rápido quanto o de Gina. A varinha de Belatriz voou até as mãos da ruiva que deu um sorrisinho vitorioso.

- PETRIFICUS TOTALUS! - gritou Harry acertando Belatriz em cheio.

Eles saíram correndo e deram de cara com um corredor comprido e escuro. Deram-se as mãos e andaram cautelosamente até a primeira porta que viram. Entraram.

Ao perceberem o que estava acontecendo naquela sala, Harry e Gina esconderam-se atrás de um pilar. Gina agarrou o braço de Harry e fechou os olhos colocando a cabeça em seu ombro.

Harry abraçou a garota ao mesmo tempo em que via Draco Malfoy ser amaldiçoado com várias maldições imperdoáveis. Estava com arranhões e cortes por todo o corpo e Harry sentiu até pena dele por causa do estado em que se encontrava.

- Diga onde ele está! - gritava Tom Riddle.

- Eu não sei!

-Sabe sim! - dizia Voldemort - Sabemos que vem se comunicando com ele. Diga onde ele está!

- Perdi o contato com ele há uma semana. Da última vez que falamos ele estava atrás dos brincos.

- Gina Weasley já tinha os brincos no dia de natal. Seu pai vem se escondendo desde que soube. - disse Tom enquanto movia a varinha de forma a causar mais dor em Draco.

- Ai! Eu já disse que não sabia disso!

- Mas sabia que eu avisei seu pai que se falhasse novamente comigo receberia um castigo. Dei-lhe o último voto de confiança quando ordenei aos dementadores que o deixassem fugir de Azkaban. - disse Voldemort torturando ainda mais o garoto.

- Ele tentou encontrar os brincos. - disse Draco em tom de súplica - Mas Dumbledore chegou até eles mais rápido.

- Não quero mais saber! - urrou Voldemort - Eu e Tom vamos até a outra sala checar aqueles dois. Não confio em Belatriz para tal tarefa....

- Mas quando voltarmos, iremos querer saber o paradeiro de Lúcio! - Tom conjurou algemas que se prenderam aos tornozelos e pulsos do loiro - E é melhor você começar a se lembrar.

Tom Riddle e Voldemort saíram dali sem perceber a presença de Harry e Gina

- Vamos embora daqui, Gina! - disse Harry puxando a ruiva pela mão - Estão indo atrás da gente.

- Espera! - disse ela - Não podemos deixar o Malfoy aqui. Já pensou no que farão a ele?

- Certo! - disse Harry - Mas rápido!

Ele e Gina correram até o sonserino e soltaram-no rapidamente.

- O que estão fazendo, seus imbecis? - disse Draco.

- Salvando sua vida! - respondeu Gina.

- Não preciso da ajuda de uma Weasley. - disse ele. Mesmo apavorado como estava, continuava arrogante e convencido.

- Vê como fala, Malfoy - disse Harry apontando a varinha para o loiro - Se não fosse ela talvez você ainda estaria preso.

- Esquece, Harry. - disse Gina - Vamos embora logo daqui.

- Ninguém vai a lugar algum! - era Voldemort que voltara e apontava, agora, a varinha para os três. - Sabem...fiquei realmente furioso ao perceber que vocês haviam fugido.

- Mas o que nos surpreendeu mesmo - Tom acabara de entrar na sala. - Foi encontrar mais dois grifinórios por aqui.

Atrás de Tom, Dolohov e Rookwood apareceram carregando Rony e Hermione pelos braços.

- Rony! Mione! - exclamou Harry incrédulo.

- Harry, nós...- começaram os dois em uníssono, mas foram interrompidos

- Terão muito tempo para conversar. - disse Tom - Entrem aí dentro.

Um pouco atrás deles havia um alçapão. Os comensais abriram-no e empurraram os cinco ali para dentro.

- Droga! E agora? - perguntou Rony.

- Não sei! - disse Harry. - O que estão fazendo aqui?

- Recebemos sua coruja e viemos ajudar...- disse Mione

- Humpf! Grande ajuda - ironizou Draco.

- Não avisaram a ninguém? - perguntou Gina.

- Mandamos uma coruja para a Ordem, mas não sabíamos quanto tempo demoraria então resolvemos vir procurar vocês. - disse Rony. - Quem era o garoto que estava com ele-que-não-se-deve-ser-nomeado?

- Tom Riddle - disse Gina.

- Mas vocês não disseram que eles eram a mesma pessoa? - confundiu-se Rony.

- Eles são! - disse Draco. - Não sei como é possível estarem juntos ao mesmo tempo.

- É porque são de tempos diferentes! - afirmou Mione.

- O que quer dizer? - perguntou Harry.

- Vocês se lembram que eu usei o vira-tempo há três anos não é?

- Aham...

- Tenho certeza que Tom Riddle está usando! Com magia das trevas avançada, eles conseguiriam se unir sem se importar com as alterações que poderiam causar.

- Mas como você sabe disso? - perguntou Harry.

- Porque eu usei o vira-tempo de forma errada uma vez. - Hermione baixou a cabeça - Virei no sentido contrário sem querer e vi o futuro. Isso me permite reconhecer quando alguém está fazendo o mesmo.

- E o que você viu? - perguntou Rony absorto.

- Vi o Harry e a Gina sendo atacados por dementadores, e vi uma luz verde saindo deles e os espantando.

- Foi você que eu vi! - exclamou Gina - Foi você que eu vi naquele dia do baile de natal, nos jardins da escola! Eu sabia que tinha visto você, Mione!

- Pensei que não tinha sido vista, mas imaginei que poderia ter sido uma possibilidade.

- E eu quase não acreditei em você. - disse Harry segurando as mãos de Gina - Me desculpa.

- Tudo bem Harry, eu entendo. - respondeu a ruiva olhando aqueles olhos verdes.

Eles se abraçaram quase que temendo a separação. Queriam que algo mais acontecesse além daquilo, mas...

- O.K.! OK.! Deixem o showzinho para mais tarde - resmungou Draco. - Temos que esclarecer mais umas coisinhas.

- Ele tem razão - disse Rony - Mione...é por isso que você sempre vai a sala da McGonagall várias vezes na semana em horários que não são de aula?

- Aham...tinha que conversar com ela periodicamente para não contar a mais ninguém sobre o que vi. Desde que percebi que Harry e Gina estavam mais próximos a cada dia, comecei a freqüentar mais vezes a sala dela pois imaginei que o momento em que aquilo aconteceria em nosso tempo estava prestes a chegar. Não podia contar nada a você senão alteraria tudo. - disse Hermione - Mas ela me falou que posso reconhecer e ter certeza quando alguém está usando um vira-tempo para ir para o futuro. Acreditem em mim: esse Tom Riddle não é desse tempo.

- Mas o que ele quer aqui? - indagou Gina.

- Isso não é óbvio? - disse Malfoy.

- Não! - responderam os quatro.

- Eles querem a insígnea da vida. Se conseguirem, ninguém os derrotará nunca.

- Insígnea do que? - perguntou Rony.

- Não vai me dizer que nunca ouviu falar, Weasley!

- Não, nunca. - disse Rony

- Mas sua irmã tem a insígnea. É impossível que não tenha lhe contado sobre ela. - disse Draco.

- Eu não tenho essa insígnea coisa nenhuma! - disse Gina

- Não minta, Weasley! É claro que você tem!

- Não, eu não tenho.

- Por que acham que ela tem esse negócio afinal? - perguntou Harry.

- Porque ela tem o colar e tem os brincos. A insígnea só pode estar com ela. - disse Draco. - Estavam na mesma caixa e sempre que alguém que tem o colar e tem os brincos, esse alguém também ganha a insígnea, essa pessoa vira guardiã da insígnea.

- Mas não está comigo. Não sou guardiã coisa nenhuma.- disse Gina. - Nem sei o que é isso.

- Mas como? - indagou Draco - Como Dumbledore não contou a você sobre ela quando lhe deu os brincos?

- Mas o que tem de tão importante nessa insígnea? - perguntou Harry...


(N/A:O.K.: quem ficou confuso comente...heheheh...sei que to colocando coisa que vocês nunca ouviram falar, mas eu precisava de uma aventura e foi a única coisa que me ocorreu. Desde que comecei a escrever essa fic, me preocupei bastante em colocar coisas que eu achava que fossem possíveis de acontecerem nos livros, mas como é uma ficção minha, as coisas tem fugido um pouco ao meu controle, mas acho que não faz mal né...é bom viajar um pouco, hehehehe...Nesse cap. eu tentei exclarecer umas coisinhas como a aparição da Mione, tomara que tenha dado pra entender. Ah...e pros românticos de plantão, como eu mesma, espero que essa gotinha de clima que deixei no ar tenha dado pra vcs um gostinhu de quero-mais. Comentem por favor. Mil bjos!)

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