O pedido



Eram 8:20 da noite quando Harry acordou. Simas, Neville, Dino e Rony já estavam se aprontando para a festa e ele resolveu fazer o mesmo.

A senhora Weasley fizera-lhe a gentileza de enviar-lhe uma calça branca e uma camisa da mesma cor que se ajustavam de forma que melhor ficasse no seu usuário para que ele pudesse usar já que as roupas bruxas haviam sido suspendidas por Dumbledore (“será mais engraçado nos vestirmos como trouxas para variar”, brincou o mago.)

As 8:50, depois de desistir de abotoar as mangas da camisa que teimavam em desabotoar sempre que tentava, ele e os colegas desceram para o salão comunal para esperarem suas acompanhantes.

Neville saiu pelo buraco do retrato dizendo que combinara de encontrar Luna Lovegood ao mesmo tempo que Hermione descia elegantemente as escadas. Estava com um vestido branco evasê. As mangas alargavam-se a partir do cotovelo e o tecido era levemente drapeado na parte do abdômen.

- Uau! – exclamou Rony incapaz de dizer outra coisa

- Vou tomar isso como um elogio – disse Hermione dando um selinho do namorado.

Lilá e Parvati desceram em seguida, ambas muito bonitas e soltando os inconfundíveis risinhos de sempre.

- Não conseguiu nenhum par, Harry? – ironizou Dino que sempre demonstrava certa hostilidade quando o via. Ainda estava inconformado devido à relação de Harry e Gina.

Mas Harry não precisou responder. Gina desceu as escadas naquele momento e calou a todos.

Usava uma saia levemente ondulada até a canela, e, a partir do joelho, saiam alguns pedaços de tecido que iam de encontro ao chão. A blusa era de alcinha, justa ao corpo, bem simples e fazia conjunto com as luvas brancas até o cotovelo. Mas o detalhe que mais encantou Harry foi, sem dúvida a exarpe de tecido voal presa ao pescoço. Os cabelos estavam presos em um rabo-de-cavalo alto.

- Demorei? – perguntou ela ao mesmo tempo em que aceitava a mão de Harry que sorria abobalhado.

- Não...- disse ele sem fôlego – Você está...está...

- Linda! – exclamou Dino levando um cutucão de Parvati.

- Então vamos? – apressou-se em perguntar Simas que, definitivamente, estava sempre dando um jeito de deixar Dino distante o suficiente de Harry para que o amigo não cometesse alguma gafe.

Todos saíram pelo buraco do retrato e foram juntos até o lago. Os jardins haviam sido encantados para que ninguém ali sentisse frio. A temperatura estava perfeita e minúsculas fadinhas voavam pra lá e pra cá dando um toque encantadoramente romântico no ar. Várias mesinhas para quatro pessoas haviam sido montadas ali e Harry, Rony, Hermione e Gina sentaram-se em uma próxima a uma ponte que havia sido conjurada ali. Em cima de cada prato estava um tipo de menu e Harry lembrou-se rapidamente que já havia visto um daqueles no baile do Tribruxo. Mas naquele, ele não estava se divertindo. Neste, ele estava e muito.

- Imagino que estejam todos famintos – disse Dumbledore esfregando a barriga. – Sendo assim...bom apetite!

Então, Dumbledore pegou o menu em cima de seu prato e pediu “Xinxim de Bofe” e seu prato se encheu de algo que Harry não soube identificar.

Sem dar mais atenção às esquisitices alimentares do diretor, o garoto pediu seu jantar e comeu com os amigos conversando animadamente.

Assim que a última sobremesa foi saboreada, As Esquisitonas começaram a tocar uma música agitada em uma plataforma que sobrevoava o centro do lago.

- Vem Harry! Vamos dançar! – pediu Gina puxando o garoto para a pista de dança.

Harry não era um exímio dançarino, mas sentia-se mais solto quando perto da ruiva. O estranho é que sentia-se nervoso ao mesmo tempo, mas tentou com tudo que podia não ficar muito ruborizado na frente da jovem.

As Esquisitonas não demoraram a trocar o ritmo da musica de agitado para romântico. Eles aproximaram-se e Harry pôs as mãos na cintura dele e Gina enlaçou os braços ao redor do pescoço dele. O conjunto musical parecia ter um repertório muito maior de músicas lentas do que rápidas, pois tocavam três ou quatro lentas para uma mais agitadinha.

Contudo, Harry não podia negar que gostava daquela proximidade com Gina. Estava pensando que deveria agradecer As Esquisitonas por tocarem tantas canções que induzia à proximidade quando Gina afastou seu rosto do dele alguns milímetros, de forma que seus narizes quase que se encostavam.

Harry ainda escutava a música com uma certa clareza quando, instintivamente conduziu sua mão até o rosto dela. A última coisa que conseguiu perceber antes de seus lábios tocarem os dela e seu coração começar a bater em ritmo acelerado é que Gina havia passado as mãos pelos cabelos bagunçados dele. O resto não era importante.

Ainda tentando acompanhar o ritmo da música – mesmo que suas pernas parecessem que iriam ceder a qualquer momento – eles afastaram os rostos alguns milímetros. Com sua testa colada na dele e os olhos verdes vidrados nos castanhos, Harry disse nervosamente:

- Preciso falar com você.

- Aham...- respondeu ela com igual nervosismo. As bocas, agora, quase que se tocando novamente.

- Vamos...dar...uma...uma volta por aí? – perguntou Harry.

- Tu...tudo bem. – disse Gina tomando todo o ar que podia.

Eles saíram da pista de dança observados pelos colega; passaram pela mesa onde Rony e Hermione estavam e foram até a ponte, distantes dos olhares curiosos de todos.

- O que você quer falar, Harry? – indagou Gina

- Eu...eu não sei bem...- respondeu ele corando.

- Mas você disse que precisava falar comigo.

- E eu preciso!-disse Harry, nervosamente

- Não estou entendendo, Harry.

- Eu preciso falar...sei que preciso. Mas não sei como...- disse Harry andando para os lados – Só me deixa encontrar as palavras.

- O.K. – disse Gina pacientemente. – Use o tempo que precisar.

Passaram-se alguns minutos em que ninguém falou. Vez ou outra, Harry tentava dizer alguma coisa, mas acabava desistindo. As palavras pareciam tão poucas. Gina estava encostada no parapeito da ponte. Estava querendo saber o que o garoto queria dizer, mas achou melhor esperar ele começar a falar. Observava, sonhadora, o lago enquanto aguardava.

- Euadorovocê. – disse ele de repente.

- O que disse? – ela virou-se rapidamente para ter certeza de que ouvira direito.

- Disse que eu adoro você...Muito mais do que eu pensava que poderia ser possível. É só que...não sei como isso funciona...é...é...

- Estranho? – completou ela.

- Aham...e eu...eu nunca...nunca...passei por isso...desse jeito.

- Eu também não. – disse ela ruborizada olhando para o chão – Mas...também adoro você. – disse quase em um som inaudível – e gosto de ficar com você. Por mais que seja só isso.

- Talvez não precise ser só isso. – Aquilo ocorreu nos pensamentos de Harry...na verdade, era para ser somente nos pensamentos, mas, pelo visto, ele havia pensado alto demais.

- O que quer dizer? – ela levantou a cabeça rapidamente para encará-lo nos olhos, o que o deixou ainda mais vermelho.

Já que havia dito quase tudo que queria. Por que não tentar? Agora ele não podia mais desistir, nem queria...

- Gina...você...você quer...quer ser minha...minha...namorada? – como era difícil para Harry falar aquilo.

Primeiramente, ela pareceu muito, mas muito chocada e Harry temeu sua resposta. Mas depois, começou a exprimir algo como uma expressão de incredibilidade, e então, finalmente, um belo sorriso. Ela, certamente, ainda estava muito surpresa quando respondeu:

- Tá!

E antes que ela pudesse dizer algo bem mais significativo, Harry a abraçou num grande impulso. Girou-a várias e várias vezes no ar antes de beijá-la mais seguro e feliz do que nunca desta vez.

Quando tudo parecia que não poderia ser mais perfeito, deu meia-noite. Milhares de fogos Dr. Filibusteiro explodiam no céu estrelado e as fadinhas dançavam em volta deles e de todos que estavam na festa comemorando o ano novo e atirando pozinhos coloridos nos alunos e professores de Hogwarts.

Harry e Gina sorriram um para o outro e acompanharam o resto da explosão de fogos abraçados na ponte. Riram ao ver que as fadinhas não paravam de tirar mais e mais daqueles pós coloridos sabe-se lá de onde
e jogar em cima deles sem parar.





Quando voltaram para a mesa, perceberam que não eram só eles os alvos das fadinhas. Rony brilhava muito e Harry teve a impressão que o amigo não tinha gostado nada daquilo.

- Vamos, Rony! – disse Hermione abafando o riso – Até que está bonitinho.

- Ah tá! Sei...pareço mais uma caixa de purpurina. – disse o ruivo emburrado.

- Na verdade, maninho, você está parecendo mais um carro alegórico do que uma caixa de purpurina.

Harry não pode deixar de rir do comentário de Gina que também não conseguia se agüentar. Ele abraçou-a por trás e ambos ficaram ali rindo da cara de um Rony emburrado e colorido. Foram aproximando os rostos e beijaram-se novamente.

- Bom...parece que resolveram as coisas! – disse Rony em alto e bom som para tentar desgrudar o casal que se separou e sorriu divertido.

Depois, subiram todos para a torre da Grifinória. A festa havia sido muito bem aproveitada e eles já estavam cansados. Harry e Gina despediram-se com um beijo na entrada para os dormitórios e foram dormir mais felizes e realizados do que jamais haviam dormido.





Os últimos dias de férias foram os mais divertidos para Harry. Ele, freqüentemente, passava as horas entre visitas à cabana de Hagrid e jogos de snap explosivo e xadrez de bruxo no salão comunal da Grifnória.

Além disso, os tempos em que ele e Gina passavam juntos e sozinhos eram incríveis. Harry não sabia que era tão bom assim namorar uma menina. Obviamente que eles tinham suas discussões, pois o gênio de Harry às vezes se tornava incompatível com o gênio Weasley de Gina, mas eles sempre davam um jeitinho de resolver os impasses.

Na noite que antecedeu o início do último trimestre, Harry, Rony, Hermione e Gina sentaram-se na frente da lareira. Estava na hora de Harry contar aos amigos tudo sobre a profecia e os muitos outros mistérios que envolviam ele e Voldemort.





(N/A: Genteee! Aqui tá o cap. 26...espero que estejam gostando. A fic tá na reta final, as ainda vai ter mais umas coisinhas pra se resolverem... aproveitem e comentem. Mil bjos)

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