O Pesadelo



Rony abriu os olhos e se deparou com o rosto de Hermione a menos de um palmo de distância do seu. Ela tinha os olhos fechados, Rony achou aquela cena tão linda que abriu um sorriso largo e passou delicadamente a mão pelos seus cabelos. Sentiu Hermione se mexer, e a menina foi abrindo os olhos lentamente. Ao se deparar com Rony, ela também abriu um sorriso, que logo se desfez.

- Onde estamos? – Perguntou nervosa, olhando para os lados.
- No quarto de hóspedes...
- Por Merlin, Rony! – Ela tinha os olhos arregalados e levantou num pulo – O que fizemos? Que horas são? Eles devem...
- Calma... – Rony ria e puxou Hermione, que caiu deitada na cama novamente – Relaxa... Eu vi que Harry abriu a porta, ouvi Sirius chamando para o almoço... Ele deve ter inventado qualquer desculpa boba lá... Não se preocupe... – E passando por cima de Hermione, a beijou novamente, mas dessa vez, embora tenha o beijado primeiramente, o empurrou em seguida.

- Vamos descer, eles devem estar loucos com nossa demora!
- Aham... E você vai assim mesmo? – Rony apontou para ela, rindo.
- Pára de ser irônico! – Hermione ficou corada e tacou um travesseiro em Rony – Droga!
- Você fica linda zangada, sabia?
- Não... Não sabia! – Hermione tentava se arrumar, e tentava não sorrir do elogio.

- Pois fique sabendo... Você é linda de todo jeito... – Rony se aproximou de Hermione por trás e a beijou no pescoço.
- Não faz isso... – Hermione se arrepiou.
- Por quê? Não gosta? – E Rony a deu outro beijo.

- Pelo contrário... Eu adoro... – Hermione se virou para o menino e o beijou novamente.

Enquanto Rony e Hermione resolviam voltar aos beijos, na cozinha, Harry comia sem qualquer vontade. Olhava para Draco e Gina sorrindo, conversando qualquer coisa sem sentido para ele, mas estavam felizes.Daniel estava explicando qualquer coisa para Sirius, e o padrinho estava prestando tanta atenção que Harry nunca havia o visto tão sério antes. Mexia a comida de um lado para outro. Vez ou outra deixava rolar pra fora do prato uma ervilha. Pensava no que Rony e Hermione estariam fazendo no andar de cima, acordou de seus pensamentos ao ouvir uma gargalhada de Gina ao ouvir qualquer gracinha que Draco a disse... E ele...

Estava só. Era um fato. Harry suspirou profundamente. Mesmo involuntariamente, lembrou-se de Sophie. Como aquele sorriso era inesquecível. Seria possível? Harry a conhecera naquele dia, a vira uma única vez, e ela já era inesquecível. Era duro demais para entender. Preferia nunca tê-la visto, e aquele beijo foi um erro grave...

- Sem fome, Harry?
Harry deu um pulo na cadeira, ao ouvir Daniel o perguntar tal coisa. Estava viajando nos seus pensamentos e sentimentos. Olhou para Daniel, olhou para o prato, olhou para Sirius, Draco e Gina que o fitavam. Ficou mudo. Se odiou por isso, como sempre, e por fim, disse sentindo-se um idiota.

- Estou sem fome mesmo, acho que ainda não dormi o suficiente.

- É verdade, você dormiu pouco... Nada como uma noite de sono bem dormida... – Daniel sorriu.
- Falando em dormir – Sirius comentou – Hermione e Rony parecem que têm muito sono também... Ou estão fugindo da comida do Monstro...
- Acho que não é bem sono o que eles têm... – Harry comentou maldosamente, mas se arrependeu de tal comentário.
- Não? – Sirius arregalou os olhos – O que eles estavam fazendo?

- Lendo... Estudando... – Harry rapidamente inventou uma desculpa – Acho que Hermione está ensinando poções a Rony... Ele é péssimo e precisa de boas notas no N.I.E.M para ser Auror...

- Mas vão ficar sem almoço? – Daniel não engoliu a desculpa e Harry o odiou por ser tão esperto.

- Você não conhece a Hermione... – Gina balançou a cabeça – Ela quando começa a estudar, não sente mais nenhuma necessidade fisiológica...
- Isso é verdade – Harry tratou de concordar com a única pessoa que parecia ter engolido a desculpa, ou que estava acobertando a amiga.

- Bem, se eles sentirem fome, sobrou muita comida... – Sirius comentou se levantando.
- Bem, se eles sentirem fome, sobrou muita comida... – Sirius comentou se levantando – Me dêem licença, mas eu já terminei.
- Eu também... – Harry repetiu o gesto do padrinho – Me dêem licença.

- Mas você não comeu nada, Harry! – Draco olhou para o prato do menino.
- Estou sem fome, já disse – Harry desejou perguntar a Draco se por acaso ele era seu pai, mas achou que não precisava ser tão estúpido assim.

- Mas você tem que comer, Harry – Gina agora dava uma de mãe – você emagreceu muito nessas férias... Minha mãe vive dizendo que você está ficando desnutrido...

- Gente, eu estou sem fome! Preciso desenhar para vocês entenderem? – Harry olhou irritado para Draco e Gina.

- Não, seu trasgo, mas poderia agradecer a preocupação ao menos – Gina respondeu a altura. Harry percebeu que a garota ainda estava brava com ele. – Se estamos comentando, é porque nós preocupamos!

- Desculpa, Gina, eu agradeço sim... – Harry falou da boca pra fora. – Agora, dá licença...

Harry saiu da mesa antes que começasse a discutir com Gina. Era sempre assim que as brigas começavam. Subiu as escadas pisando firme e deu de cara com Rony e Hermione saindo do quarto de hóspedes. Hermione ao vê-lo corou e Rony estava sorridente.

- Meu... Estou com fome! – Rony nem reparou que Harry estava irritado.
- Eu também... – Hermione sorriu sem graça.

- Para efeito dos fatos, vocês estavam estudando poções, está bem? – Harry não sorriu e saiu em direção ao seu quarto.

- Que deu nele? – Rony arregalou os olhos para Hermione.
- Sei lá, mas estudar poções foi uma boa idéia...
- Não muda assunto... – Rony balançou a cabeça – Vamos comer?

Rony pegou a mão de Hermione e desceram pelas escadas rapidamente, ainda pegando o almoço na mesa. Gina os olhou com um sorrisinho irônico e Hermione estava tão constrangida que perdeu a fome no ato. Harry, entretanto, se trancou no quarto. Estava chateado. Ainda pensava em tudo o que vira na penseira de Sirius, pensava em seus pais, pensava no ódio que sentia do Snape... E pra completar sua desgraça, pensava agora em Sophie...

- Mas que burro eu sou! – Harry socou a parede – Claro, ela deve estar acostumada a beijar garotos, pra ela não foi nada... Idiota... Esquece isso, ela deve ser como Gina o é. Cada dia ama um...

Harry se envergonhou desse pensamento quanto a Gina. Estava novamente se estranhando, pensando coisas que não era comum pensar. Resolveu por bem tentar se acalmar. Deitou-se novamente na cama, sem vontade de nada. Nem lembrava de horcruxes nos últimos dias, mas ao lembrar-se, sentiu uma pontada no peito.

- E ainda isso! – Harry sentiu vontade de chorar – Como vamos recuperar a taça de HufflePuff?

Ficou deitado, imaginando mil e uma maluquices para invadir Gringotes. Nenhuma plausível. Gringotes era o lugar mais seguro do mundo bruxo, era praticamente impossível invadir. Decidiu não se preocupar com aquilo agora, tentou limpar a mente e procurou dormir. Conseguiu depois de muito tempo, e logo sonhou.

Estava numa floresta, não era noite, mas de repente o céu fechou e uma névoa sobreveio sua cabeça, assim como um frio descomunal também atingiu seu corpo. Não via muito, mas sentia presença humana, que se movia não tão longe de onde estava. Sentia prazer com aquele deserto, aquela angústia que pairava...

Se aproximou e viu quatro contornos de humanos. Estava muito embaçada a visão e não reconhecia nenhum deles, mas ao mesmo tempo era íntimo. Sentiu uma vontade enorme de gargalhar, e gargalhou. Duas figuras estavam de pé, com varinhas em punho e apontadas para um corpo suspenso. Outra figura estava em posição de apelo, de joelhos no chão, cabeça abaixada.

- Por favor, libertem-no! Ele não tem nada a ver com isso! – Gritava a mulher no chão.
- Ele está recebendo o que merece, minha cara... – Harry sentia alegria ao dizer essas palavras – Não se brinca com o Lord das Trevas, e você deveria saber disso também.

- NÃO! – A mulher gritou – Isso é comigo! Não com ele! Soltem-no! Eu farei o que quiserem! Mas deixem-no partir!

- Ah... – Harry sorriu maleficamente – Chegamos onde eu queria... Dolohov! Desça nosso convidado, para que ele participe da nossa reuniãozinha...

A visão clareou um pouco, Harry chegara mais perto, tão perto que reparou que a mulher caída ao chão era Amanda Stonebreaker, mas ele não reconhecia o homem que estivera suspenso até o momento. O comensal não teve qualquer cuidado ao trazê-lo ao chão, e ele bateu com toda a força por entre as folhas secas que cobriam o chão. Amanda correu em sua direção, como se tentasse verificar se estaria bem, mas logo o outro comensal com um aceno de varinha a derrubou, fazendo com que ela caísse de rosto no chão.

- Muito bom, Crabbe! – Harry gargalhou – Acha que está na sua casa, Stonebreaker? Aqui, quem manda sou eu! Agora, levante-se e me encare, sua vadia...

Harry acenou sua varinha e suspendeu a mulher, que ficou de pé contra sua vontade. Ela tinha uma expressão de ódio no rosto ao olhar Harry e não parecia temê-lo. Seu supercílio sangrava e sua boca estava inchada devido a um profundo corte no lábio inferior. Ainda assim, ela não parecia sentir dor.

- Então... Eu não acho que você está fazendo um bom trabalho, Stonebreaker... Até agora não localizei o garoto... Ou qualquer dos seus amigos... Pensei que você tivesse alguém de confiança entre eles? O que aconteceu com seu amigo da Ordem?

- Ele é incorruptível! Eu disse! Meu foco não é a Ordem, Milorde! É o garoto! É Harry Potter! Ele é meu foco! Confie em mim! Só mais alguns dias! Quando ele voltar a Hogwarts, tudo será mais fácil! Mas por favor! Deixe Christian ir! Christian? Christian? – A mulher gritava como se tentasse ver se aquele homem estava bem.

- Eu acho que estou sendo piedoso ao extremo com você – Harry tinha ódio na voz – Eu não sei se devo concordar, mas... Dolohov! Crabbe! Deixem esse moleque ir embora.

- CHIRSTIAN! – Amanda gritou de novo, mas estava estática pelo feitiço de Harry.

- Ele vai, mas você... Ah não! Você é minha... – Harry riu maleficamente e com um aceno de varinha fez a mulher voar e bater com um baque surdo no chão.

Harry acordou suando e com a cicatriz latejando loucamente. Apertou os dentes para não romper em um grito de dor, e as imagens vistas estavam rodando em sua mente desordenadamente. Não conseguia levantar de tanta dor, comprimia a cicatriz com a palma da mão tentando estancar a dor, mas sem sucesso. Por fim, achou que relaxando agüentaria continuar. Relaxou seus músculos e se entregou a dor. Não viu mais nada, só escuridão. Desmaiou cedendo a dor e ao cansaço físico.

Hermione e Rony ainda estavam sentados à mesa, quando Draco e Gina, muito tempo depois de já terem terminado o almoço, resolveram se levantar. Gina olhou para Hermione sorrindo sonsamente, mas a amiga evitou seu olhar e fingiu comer. Rony estava atacando toda comida da mesa, estava nitidamente esfomeado, mas nada além do seu normal.

- Nos dêem licença, crianças... Vamos arrumar o que fazer... – Gina sorriu – Aliás, eu tenho que voltar para casa, senão minha mãe me deserda... Mas Draco, você ainda não me mostrou o tal livro...

- Ah, eu levei para o quarto de Harry, eu tenho que ir pegá-lo! – Draco falou passando a mão pelo cabelo de Gina, carinhosamente – Vamos lá em cima, eu vou tentar não atrapalhar o Harry, mas eu preciso pegar logo, antes que esqueça de novo! Com licença, Rony, Hermione...

- Toda – Rony disse com a boca cheia – Pode ir...

Draco e Gina subiram as escadas entre risinhos. Hermione contemplava o nada e ao contrário de Rony que quase comia a próprio garfo, não comeu quase nada.

- Que você tem, Mione? – Rony disse tentando engolir o tinha na boca.
- Rony... Eu... – Hermione estava vermelha – O que a gente fez?
- Oras... Pensei que você soubesse...
- Não estou brincando! – Hermione fechou a cara – Estou falando sério! Estava tentando te afastar, não dar trelas para namoricos, e agora...
- E agora... – Rony a interrompeu – Estamos mais próximos e mais apaixonados, o que prova que, como eu disse desde o começo, somos mais fortes juntos!

- Não está certo... – Hermione balançou a cabeça.
- O que não está certo é você negar que estamos apaixonados, Mione... E não me diz que não sente o mesmo que eu sinto por você, não depois de tudo que...
- Eu não disse isso! Eu te amo, eu não disse o contrário! Mas...
- Mas o quê? – Rony estava inconformado – Você está se preocupando demais! Vamos viver cada dia como um, Mione... Vamos namorar... Vamos assumir isso para todos! Garanto que todos vão nos apoiar! Eu quero dizer para todo mundo que eu te amo...

Hermione olhou para Rony, e viu no rosto dele um sorriso sincero. Ela também sorriu, e não conseguia dizer não. Resolveu ceder, a final, Rony a fazia sentir-se realmente mais forte. Se aproximou do menino e lhe beijou os lábios, mas foram interrompidos por Draco, que voltara do andar de cima, nervoso.

- Gente! Harry! Ele não reponde! Ele está estranho! Venham ajudar!

Os dois levantaram apressadamente, saindo em disparada escadas acima, seguindo Draco, que entrou no quarto correndo. Gina estava tentando reanimá-lo, mas Harry parecia não responder a qualquer estímulo. Estava frio e suado, seu rosto estava muito vermelho e mesmo que não respondesse, tinha na face uma expressão de angústia.

- Harry, por Merlin, acorda! – Gina dava leves tapinhas em seu rosto.
- Já tentaram o “Ennervate”? – Hermione passava a mão trêmula pela testa de Harry.
- Foi a primeira coisa que eu fiz quando vimos que ele não estava bem! – Draco estava nervosíssimo.

- Cara, não assusta a gente! – Rony tinha lágrimas nos olhos – Acorda, por favor...

Mas Harry não estava ali. Estava viajando por entre pensamentos que não eram seus e sua visão estava turva. Não consegui discernir o que via, mas o que sentia era um misto de euforia e prazer, juntamente com a dor física e angústia que sentia em seu próprio corpo e mente. Draco, Hermione, Rony e Gina estavam desesperados sob o corpo inerte de Harry.

- Vamos chamar Sirius e Daniel! – Gina tentava inutilmente acordar Harry sem uso de magia – Eles podem ajudar!

- Certo, eu vou lá! – Rony saiu do quarto correndo e desceu as escadas quase caindo de tão desesperado.

Sirius estava na sala, lendo O Profeta Diário, e ao reparar que Rony chegara ali com cara de quem acabara de presenciar uma guerra, rapidamente largou o jornal e o mirou preocupado.

- Que houve, rapaz?
- Harry! Harry! – Rony mal conseguia falar – Por favor, venha ver! Ele não acorda!

Prontamente, Sirius levantou e seguiu Rony pelas escadas até o quarto de Harry. Chegando lá, o afilhado ainda tinha a mesma expressão de angústia e dor, e não movia nenhum músculo. Sirius passou por Hermione, pediu que Gina se afastasse, apontou sua varinha para Harry e com um feitiço não-verbal fez com que Harry desse um impulso na cama, com os olhos arregalados.

- Que houve? – Harry olhava para todos apavorado.
- Nós que perguntamos! – Sirius guardou a varinha e se pôs à frente de Harry – O que houve com você! Estava fora do ar, ninguém conseguia te acordar!

- Eu... – Harry levou instintivamente a mão até a cicatriz, mas não havia mais dor – Eu tive um sonho... Com Vol...cê sabe quem... E... Sei lá, acho que fiquei preso nele...

- Preso nele? – Sirius encarou Harry.
- É, algo do tipo... Eu estava com ele, ou era ele... Não sei direito, mas eram visões que eu não conseguia discernir. Só lembro...

Harry olhou para Rony e Hermione, ambos estavam se entreolhando preocupados. Eram os únicos que entendiam a ligação entre Harry e Voldemort. Draco também sabia, mas não parecia ligar o nome à pessoa naquele momento. Harry fitou o padrinho atentamente e não exitou em contar o que lembrava.

- Sirius, Amanda Stonebreaker tem um plano para mim... Quando regressar a Hogwarts. Ela disse que Daniel era incorruptível, mas que ela tinha outros planos. Ela pedia que soltasse um homem, na verdade nem o vi direito, só sei que ela o chamara de Christian. Estavam torturando ele... Acho que isso nos certifica de que ela de fato não está ao nosso lado. Precisamos contar isso para Daniel!

Sirius escutava Harry atentamente, mas ele sabia que no fundo o padrinho não acreditava naquilo. A sua vontade era dar uns tapas na cara dele para que acordasse para a realidade de Amanda ser uma Comensal da Morte.

- Daniel não está, ele saiu sem dizer para onde ia... – Sirius comentou, com uma expressão triste.

- Sirius... – Harry se ajeitou na cama, colocando os óculos – Por Merlin, se você sente algo ainda por essa mulher, trate de esquecê-la, nós temos...

- Fica tranqüilo, Harry – Sirius o interrompeu, fazendo um breve aceno para que não falasse mais nada – Ela não sabe que eu existo, pensa que estou morto, como a maioria das pessoas, lembra?

- Eu sei, mas e se ela descobrir...
- Ela não vai descobrir... – Ele continuou sem deixar Harry falar – Agora, temos que saber que é esse tal de Christian.

- Seria o marido dela? – Hermione arriscou – Soube que era casada.
- Não, ela é viúva, Daniel me contou – Sirius estava pensativo – Também não lembro de ninguém da família que se chamasse Christian.

- Poderia ser algum amigo, ou... Filho? – Rony arriscou – Era novo, Harry?
- Não deu para ver nada, só um vulto – Harry tentava lembrar – Pode ser... Será que ela teve filhos?

- Isso eu não sei... – Sirius ainda estava pensativo – Segundo Daniel, ela não tinha filhos, mas vai saber? Ela era Auror, não é?

- Que seja, ela tentou corromper o Dan e ele não nos contou! – Harry parecia ofendido – Ele talvez estivesse tentando livrar a barra dela...
- Mas ele disse que seria o primeiro a colocar a história em pratos limpos se ela fosse realmente uma agente dupla, Harry! Temos que confiar nele! – Hermione partiu em defesa de Daniel.
- Isso é, e temos que nos cercar de gente em que possamos confiar – Rony concordou.

- Sirius... – Harry o encarou – Daniel tem um pacto com a Ordem também?
- Tem, claro... – Sirius o olhou confuso – Por que a pergunta?
- Mas por que ele está pactuado, se ele é Auror?
- É Auror, mas não o conhecíamos, não é? - Sirius falou como se fosse muito óbvio e Harry viu que dele não conseguiria nada além de informação inútil.

- Ótimo... – Harry se levantou da cama – Eu preciso conversar com vocês três... – E olhou apontando pra Rony, Hermione e Draco – Mas não agora, eu preciso de um banho...

Mas antes que Harry pudesse entrar no banho, Daniel apareceu na porta de seu quarto.

- Desculpem, mas temos que falar, Harry e Draco... Se possível, agora – Daniel estava tenso – Mudança de planos sobre Hogwarts...




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