Guia de Sobrevivência



51º capítulo – Guia de Sobrevivência


 


 Se você decidir viajar, existem algumas regrinhas básicas, algumas coisas a se fazer antes de partir. Não, eu não vou falar de passaportes e vistos. Isso é importante, claro, mas você pode ver em uma agência de viagens. O meu pequeno caderno, ou diário, retrata o que você precisa para sobreviver em uma viagem, durante essa viagem, e não antes dela. Seja essa viagem longa ou pequena, preparada ou de última hora, com dinheiro ou sem dinheiro.


 


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Regras básicas de sobrevivência para viagens! Por G Weasley


 


Número 1: Se for fazer algo escondido, faça direito. Não conte ao seu inimigo!


 


-Vejam quem está aqui – Draco Malfoy falou debochado enquanto encarava Gina – A Weasley metida com coisas ilegais.

-Cai fora Malfoy! – Gina disse irritada e voltou sua atenção para frente.

-Aqui as identidades – o homem falou e colocou um pacote na mesa – Totalmente garantido e com os nomes originais.

-Essa é boa – Draco falou irônico – Você vai fugir do país ou algo assim Weasley? Eu devo comemorar logo sua partida? É pra sempre? – ele se fingiu de curioso – Meu Deus! – ele riu – Então é isso mesmo que você vai fazer? – ele virou para Blaise – Escutou essa? A Weasley vai cair fora da Inglaterra.

-Será que você poderia não sair gritando isso? – Gina reclamou.



Número 2: Se for pular de um trem, tenha sempre um mapa. Você não quer se perder.


 


-Adivinha só – Blaise falou pra ele – A Tonks tá aqui no trem.

-Vamos pular! – Draco gritou enquanto se jogava na grama.


***



-Eu sabia que aquele caminho era uma idéia estúpida – Gina reclamou, parando de andar e sentando na grama.

-E como eu ia saber que o caminho estava errado? – Draco falou irritado.

-É uma questão mínima de inteligência – Gina falou – Ninguém sai por aí achando caminhos quando simplesmente ESTÁ NUM PAÍS ESTRANHO!



Número 3: Alugou um carro? Então tenha certeza de que ele tem gasolina.


 


-Droga – Draco resmungou – Acho que acabou a gasolina.

-Hã? – Star olhou desolada pra ele – A gasolina acabou praticamente do lado de um estabelecimento bruxo? É isso mesmo que você está dizendo Draco?

-Isso mesmo – ele olhou sem graça para eles. Devia ter olhado direito quando Gina perguntou – Vocês vão ter que ajudar o Blaise a empurrar o carro até o posto.

-E onde tem um posto? – Blaise perguntou, sem acreditar no azar que estavam tendo.

-Quatro quarteirões – Draco apontou – Não vai ser tão ruim assim. A rua está vazia e são só quatro quarteirões.

-Eu não vou mesmo – Gina falou decidida – Podem esquecer!

***

-Mui gostosa! - um motorista gritou para Gina enquanto passava buzinando por ela.

Engolindo a raiva, Gina encarou Draco mortalmente. Ele estava se acabando de rir, sentado confortavelmente dentro do carro. Preocupado apenas em manter a direção parada e não enfiar o carro em um muro.

-Dá pra acreditar nisso? – ela reclamou para Star. Indignada – Quanto é que falta hein Blaise? Já estou cansada de empurrar esse carro enquanto o príncipe fica sentadinho ali. Morre Malfoy!



Número 4: Veneza é Veneza, então beije. Mesmo que ele seja seu inimigo.


 


Eles finalmente passaram embaixo da ponte. E sem que Draco sequer conseguisse raciocinar direito, estava perto dela. O escuro continuou e os lábios deles se tocaram levemente...Quando saíram da ponte se beijavam. Paolo tirou várias fotos.
Gina sentiu todo o estômago se contrair enquanto a mão dele estava pousada em sua perna. Sem nem mesmo se conter subiu sua mão para a nuca dele e o beijo ficou ainda mais profundo. Não podiam mais ouvir a música da Laura Pausini, não podiam mais avistar a Ponte dos Suspiros.


 


 


Número 5: Uma ida ao mercado pode se tornar uma corrida mortal.


 


-Era só o que faltava - ele disse exasperado - Sou seu empregado para ficar te empurrando por acaso Weasley? O que é isso?

-Mas eu to cansada - ela disse.

Draco olhou nervoso para ela. Porque Gina Weasley tinha que ser uma pessoa tão folgada assim? Não podia ser possível. Do carrinho, Gina olhava para ele com um falso sorriso no rosto. Ele sorriu maldosamente e começou a empurrar o carrinho.

-Vamos pagar isso, pegar um táxi e voltar - Gina começou a falar animadamente - Amanhã cedo saímos de Bern.

-Tudo certo - ele disse sem realmente se importar. Olhou para os lados e viu que o corredor estava vazio. Um segundo depois o carrinho, com Gina dentro, corria a toda velocidade pelo corredor extenso. Draco ficou para trás, olhando e rindo.

-MALFOY! - Gina berrou aterrorizada enquanto o via rir sem parar.



Número 6: Quando a gentileza vier, aproveite-a ao máximo!


 


-Você foi na estação de madrugada só pra comprar isso? – ela perguntou, também entrando no carro. Mas dessa vez no banco da frente – Preciso de mais aulas.

-Sim, eu comprei na estação de madrugada – ele falou – E até vi um grupo de bruxos, mas eles não me viram. E sobre aulas de direção... Até chegarmos em Luxemburgo você já vai saber dirigir.

-Obrigada Malfoy – ela sorriu, pegando um chocolate e começando a comer.

-Não se acostume Foguinho – ele disse divertido, tirando o carro da garagem.

-Pode deixar – ela riu também – Eu não vou FDB.



Número 7: Não é uma boa idéia alugar bicicletas na Alemanha.


 


-Nossa eu to mal – Gina murmurou, tentando deixar sua bicicleta em linha reta. Mas tinha tanta gente andando do lado dela que esse parecia um serviço difícil.

-Eu preciso deitar – Blaise disse, pedalando do lado dela.

Assim como eles, Draco e Star também estavam se arrastando pelo caminho. Tentando não bater nas outras pessoas em suas bicicletas.

-Gente eu nem lembro o caminho pro hotel – Star falou.

-Eu também não – Draco riu – Que porra Weasley, você pegou uma bicicleta quebrada pra mim. Ela não fica em linha reta.

-É você que está torto Malfoy – Gina retrucou.

-Torto? – Blaise começou a rir – Essa foi boa.

-AHHH! – os quatro gritaram juntos.

E um segundo depois estavam estatelados no chão. As quatro bicicletas enroscadas umas nas outras. Gina foi a primeira a começar a rir, mas logo em seguida todos estavam rindo juntos com ela.



Número 8: Plantações de tulipas na Holanda são cenários lindos.


 


Quando ele se aproximou e encerrou a distância com um beijo, Gina sentiu o coração martelar dentro do peito. Ali, no meio de milhares de tulipas, ela estava beijando Draco Malfoy. O coração de gelo número um da Sonserina, a pessoa que ela mais odiara a vida inteira.
Mas por mais ridículo e irônico que fosse...As coisas pareciam certas. Ela não poderia sair dali sem um beijo, não com toda a cena, mas talvez os outros beijos não fossem tão necessários. Ela passou os braços na nuca dele, pela primeira vez realmente aproveitando o beijo dele. Tão melhor que o de qualquer outro namorado que tivera.



Número 9: Dormir pode ser um problema... Às vezes...


 


Ele esperou mais dez minutos e quando viu que dormir seria impossível, se levantou. Abriu a porta do quarto e atravessou o espaço até a porta de Gina e no instante em que ergueu o punho, para bater na porta, ela se abriu. Gina apareceu com uma calça e uma blusa de frio de crochê. Estava absolutamente adorável.

-Eu não posso dormir – ela suspirou, encarando-o – Esse maldito quarto é imenso e eu não estou com sono, não mesmo.

-É, eu também não posso dormir – ele deu de ombros – Vim buscar você – Draco passou o braço na cintura dela e guiou Gina pelo caminho.

-Você gosta da luz do banheiro acesa, não é? – ele perguntou e ela confirmou – Eu já deixei acesa tá?

-Tudo bem – Gina bocejou – Certo FDB, me conte alguma coisa engraçada? – ela murmurou, sem perceber como estava ficando cada vez mais próxima dele.

-Blaise já tentou subornar o Pirraça com dinheiro – Draco riu – Ele é um fantasma, então você pode imaginar que não fez muita diferença.

Draco percebeu que a pele do braço dela estava gelada...Então isso queria dizer que ela estava com frio. Ele olhou para ela e viu que Gina já dormia profundamente. Draco se aproximou dela na cama imensa...Só um pouquinho, mas o suficiente. Quando os braços dele ficaram ao redor dela, e quando Gina pousou a cabeça no peito dele, então por alguns segundos Draco pode curtir uma sensação até então desconhecida. Ele fechou os olhos e dormiu quase instantaneamente. A melhor noite de sono de sua vida.



Número 10: Se você procura romance, a Polônia é o seu lugar!


 


Talvez aquilo estivesse ali há anos, a pequena sensação de química infalível com beijos tão gelados e tão quentes. Draco riu sozinho, frustrado. E então ele e Gina se olharam de novo, e tudo aconteceu novamente.
Em um segundo ela estava prensada contra a parede que ficava ao lado do elevador, e os lábios dele estavam passeando por sua mandíbula, por seu pescoço. Ela fechou os olhos, sentindo tudo rodar. Quando os abriu de novo, eles já estavam saindo do elevador, ela nem se lembrava de ter entrado nele, e os dedos de Draco eram tão macios contra sua pele que ela queria gritar.
Foi um caminho longo, mas que eles não conseguiram sentir. Eles caíram juntos na cama macia e recém arrumada pela camareira do hotel. Dedos ávidos, lábios cheios de pedidos.

-Meu Deus – ele arfou, sem fôlego, enquanto arrancava a blusa dela – Você é tão perfeita.

Não era uma mentira, era a verdade mais simples que ele dissera a vida inteira. E enquanto eles ficavam juntos mais uma vez, só a segunda, mas uma vez tão cheia de significados que Gina ficou sem palavras. Ela não sabia o que sentir, ou pensar. Era tudo junto, tudo aquilo.
E os dois se perderam.



Número 11: Quer uma combinação explosiva? Ucrânia + Vodka Pimenta!


 


-Vamos para o bar – ele a puxou pela mão. Os dois foram empurrando a multidão, tentando chegar o mais rápido possível – Vodka de pimenta – ele pediu.

Eles sorriram e beberam mais um tanto. Gina estava se divertindo como nunca. Despenteada e quase surtando. Eles beberam duas doses cada um, e depois voltaram a se beijar. Ali no bar, no sofá de couro que ficava em um canto escuro. Na porta do banheiro feminino...Dentro do banheiro feminino. Caminharam às cegas pelo banheiro, até entrarem em um reservado. Draco fechou a porta da cabine com um pé. E eles continuaram.


 


Número 12: Depois de alguns meses de viagem o seu gosto pode ficar duvidoso.


 


-Estão descendo – ela respirou fundo e começou a se ajeitar – Nossa, vim correndo. Estou exausta.

-A Foguinho reservou muita coisa hoje? – ele perguntou casualmente, querendo mesmo saber se eles teriam chance de ficarem juntos.

-Acho que sim – Star bocejou – Olha, já estão descendo. Meu Deus! – ela riu – O Blaise parece um palhaço com esse gorro laranja.

Quando Blaise parou na frente deles, Draco e Star estavam se dobrando de tanto rir. Ele os olhou, irritado e intrigado.

-Qual a graça? – Blaise cruzou os braços.

-Aparentemente, você – Gina falou, rindo enquanto descia as escadas – Que gorro aceso é esse? Você parece uma lâmpada.

-Não pareço nada! – Blaise disse ofendido – Parem de rir. Esse gorro é lindo.



Número 13: O seu subconsciente pode ser um traidor.


 


-Está muito frio para ir lá fora – Gina analisou, o dedo correndo levemente pela janela. Primeiro formou um risco depois uma outra marca, tudo feito sem que ela se desse conta.

Do banco de trás, Star olhou a janela de Gina e sorriu.

-Gina, porque você fez um “D” na janela?



Número 14: Em Viena o sol e a lua caminham juntos. Visite a roda gigante.


 


Eles correram mais um pouco, passando por brinquedos, crianças e adultos. Blaise e Star se sentaram em um vagão, e Gina e Draco em outro. O brinquedo começou a se mover lentamente.


 


-Está com a máquina? – ele perguntou.


 


-Aqui.


 


Gina olhou a vista, percebendo que era a melhor da cidade. Dali ela podia ver tudo, o Danúbio contornando a cidade, virando pequenos rios entre ruas. Viu os prédios modernos e prédios tão antigos quanto Hogwarts. O sol era um brilho pálido agora e o céu começava a ser dominado pelas estrelas.


Na outra extremidade, a lua começou a brilhar. Draco bateu uma foto dela. A mais linda de todas...Porque um dos raios do sol misturou-se ao cabelo dela. Quando abaixou a câmera e encarou Gina ele se deu conta de tudo.


A roda gigante parou e uma brisa suave agora chegava até eles. Gina deixou de olhar a paisagem e o observou. O brilho da lua misturado ao cabelo loiro de Draco fez o coração dela bater de tal forma que chegou a doer.


Eles eram como o sol e a lua...Mundos opostos que quando se encontravam, como no adeus do sol e na chegada da lua, como no sorriso de Gina Weasley e no olhar de Draco Malfoy...Faziam tudo ter sentido. Tudo tinha estado errado até aquele momento.


E isso queria dizer que estavam perdidos. Irremediavelmente apaixonados.


Draco se inclinou levemente na direção de Gina, beijando-a. Sol e lua fundindo-se em um só. Tingindo o céu de uma cor que, até então, imaginaram impossível.





Número 15: Você pode se apaixonar por um rio. Eu me apaixonei pelo Danúbio.


 


-Vamos Gina, anda – ele abriu a porta e a puxou de novo. Mais um lance de escadas e finalmente estavam lá. No telhado.


 


-Draco... – ela murmurou, enquanto girava o corpo e via toda a cidade. Draco ficou parado, as mãos nos bolsos, e sorrindo para ela de um jeito que ele jamais sorrira para alguém – Isso é lindo.


 


-Eu procurei a valsa Danúbio Azul – ele disse suavemente – Mas ninguém tem.


 


-Música composta por Johann Strauss Filho – Gina sorriu – A música que tornou o rio Danúbio imortal para Viena.


 


-Como eu não tinha a valsa, me virei com outra música – Draco se abaixou o ligou o pequeno rádio que estava no chão.


 


Gina mordeu o lábio quando Draco se virou para olhá-la, mais uma vez. Os dois riram e sorriram. A melodia suave parecia encher o céu e chegar até as águas do Danúbio, que brilhavam lá embaixo. Gina olhou o rio por alguns segundos, até sentir a mão de Draco sobre a sua mão. E eles começaram a dançar.


 


 


Número 16: É sempre bom ter um amigo parecido com o dono de dezenas de boates.


 


-Gente, eu me sinto um rei hoje – Blaise anunciou alto, voltando para a mesa – Vocês não sabem quem é o dono daqui.

-Quem? – Star perguntou animada. Ela estava tonta depois de tanto dançar, mas não sabia o que era pior: Cair na pista de dança ou ficar olhando para o bicudo Draco Malfoy? – Quem meu Chambinho?

-Anthony-Charles Persand – quando Blaise disse o nome até Draco saiu de seu estado apático. Star deu um grito de alegria e correu até Gina.

-Sério cara? – Draco perguntou.

-Senhor Persand – um homem de terno chamou, respeitosamente – O camarote já está pronto para o senhor. Seguimos suas recomendações.

-Muito bom, muito bom – Blaise agitou as mãos de maneira irritante de novo, e Draco revirou os olhos. Até quando ele ia bancar o rapper? – Não se esqueça de me dizer seu nome para que eu avise o gerente. O segurança abriu um assustador sorriso de contentamento.


 


 


Número 17: Perdoar é sempre a melhor maneira de se resolver as coisas.


 


-Eu sempre amei você, e você me deixou tão devastada... Sem rumo. Eu fiquei magoada, e tinha toda a razão do mundo para estar, mas eu também não posso ignorar o que sinto por você – ela o olhou nos olhos – Juro que tentei. É impossível. Você me mudou, ou eu mudei com você. Não importa... Eu devia ter visto antes... A Ginevra que saiu de Londres morreu. Eu nunca mais vou voltar àquele ponto. Você faz parte de mim Draco.


 


Draco a observou, a boca seca. Ele queria descrever para ela metade do que sentia ao tocar sua pele, ao beijá-la. Queria que ela entendesse que o amor que ele sentia o consumia e o mudava também. O que ele era no passado estava enterrado há tanto tempo e... Ele não conseguia se imaginar vivendo sem Ginevra Weasley. Sua ruiva esquentadinha, a Foguinho, a mulher de sua vida.


 


-Eu amo você – parecia tão pouco dizer isso. Gina sorriu ao ouvir o que ele dissera.


 


-Eu amo você Draco – então, com a alma limpa de qualquer ódio que pudesse ter sentido em algum momento, caminhou até ele.





Número 18: Quando estiver em uma sacada, não se esqueça dos vizinhos!


 


-HEY SEUS PERVERTIDOS! – ele gritou para Luna e Colin, que se beijavam na sacada do lado.


 


-Ai que vergonha! – Luna escondeu o rosto no peito de Colin.


 


-EU SABIA QUE VOCÊS TINHAM ALGUMA COISA! – Star estava quase pulando, animadíssima.


 


A porta da sacada do lado direito de Blaise fez um barulho. Luna e Colin estavam na sacada do lado esquerdo. Draco apareceu lá, descabelado e certamente irritado.


 


-SETE DA MANHÃ RETARDADOS! – ele gritou, só então se deu conta de que eram seus amigos – E aí? – deu de ombros, como se não tivesse surtado há segundos – O que aconteceu?


 


-O novo casalzinho – Blaise zombou.


 


-EU SABIA! – Draco gritou quando viu os dois – Eu te disse Luna. MIL VEZES!


 


-Agora todo mundo sabia – Colin disse ironicamente – Não me façam rir. Vocês nem imaginavam.


 


-DÁ PRA CALAREM A BOCA? – uma ruiva esquentadíssima apareceu na sacada do lado direito de Colin e Luna. E assim como Draco, sorriu ao ver que eram seus amigos – Qual o bafão?


 


-ELES! – Star e Blaise apontaram.


 


Gina arregalou os olhos e também gritou, percebendo Luna e Colin abraçados.


 


-AIN QUE LINDINHO! – ela abriu seu sorriso radiante.


 


***


 


Duas sacadas foram abertas ao mesmo tempo. Colin e Luna saíram para ver a manhã, tinham passado a noite no quarto de Luna. Blaise e Star tiveram a mesma idéia. A disposição de sacadas era a seguinte: Luna, Gina, Colin, Blaise e Star e Draco.


 


-AH MEU DEUS! – os quatro gritaram ao mesmo tempo.


 


Gina e Draco arregalaram os olhos. Eles tinham se esquecido completamente que todo mundo ia para a sacada de manhã. Gina estava usando uma camiseta preta e Draco usava apenas as boxers pretas que Gina adorara.





Número 19: Na Grécia não se esqueça dos óculos de sol. As cores irão cegá-los.


 


O céu brilhava em azul celeste, contrastando lindamente com o mar verde turquesa e o céu amarelo brilhante. À distância era possível observar dois barcos brancos e alguns pássaros coloridos. As poucas nuvens no céu flutuavam, um branco puríssimo. A areia tinha um bege diferente, como se milhões de pequenos cristais estivessem ali. Todos brilhando sob a luz do sol. A mansão branca e azul cobalto, cheia de paredes imensas de vidro, contrastava com a mata verde menta (na verdade, dezenas de tons de verde).


 


Ele pisou na areia de cristais e observou-a. A espreguiçadeira em que ela se encontrava deitada era laranja fluorescente. A toalha era azul turquesa e violeta. O biquíni era rosa shock, assim como os lábios muito beijáveis. Os olhos brilharam para ele, o mais belo verde limão, mais belo que qualquer outro verde. O cabelo vermelho adquirira dezenas de variações da cor dominante, graças ao sol forte e intenso. A pele era bronzeada e macia. Em seus dedos ela uma bebida lilás.


 


Draco sorriu, observando a paleta de cores mais vivas do mundo. Talvez fosse a Grécia, ou Ginevra. Ele não sabia, só sabia que não poderia viver sem todo aquele adorável mundo de cores.





Número 20: Leve com você bons amigos, ou pessoas que um dia serão!.


 


-CHEGA DE FOTOS! – Star e Gina correram pela escada – CHEGA!


 


-Só mais uma amor! – Draco pediu enquanto a seguia.


 


-Vou pegar você Little! – Blaise pegou um atalho e correu com a outra câmera fotográfica na mão.


 


-Vocês estão tirando fotos há horas! – Gina reclamou enquanto desviava dos intermináveis fashes que Draco disparava – Já fotografamos em todos os cantos dessa maldita casa.


 


-Só mais uma! – Draco pulou em cima dela e a derrubou no sofá.


 


Enquanto se abraçavam e riam, as pernas embaralhadas no sofá branquíssimo, Blaise tirou algumas fotos do casal.


 


-Recordação do FDB e da Foguinho – ele riu quando levou uma travesseirada no rosto.


 


-Peguei você! – Star pulou nas costas do namorado.


 


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 Você pode ter o azar de não enfrentar as vinte situações descritas, mas pelo menos cinco vai pegar. É a lei inevitável da vida. Viagens cansam e nos deixam exaustos, mas elas também criam memórias que durarão uma vida inteira.


 Uma boa viagem vai fazer com que você se conheça, vai lhe apresentar coisas nunca antes imaginadas. Não se preocupe com o que sair fora do planejamento, com o que der errado ou com o que parecer absurdo. São essas coisas, sempre, que fazem a viagem ficar melhor.


 E se, no meio do caminho, você encontrar alguém que provavelmente partirá seu coração, ignore os sinais de perigo e se entregue. Eu juro, vai valer à pena.


 

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