Território polonês



25º capítulo – Território polonês

Assim que chegamos em Kolding fomos pegar o carro. Ainda passamos em Haderslev e Abenra, última cidade dinamarquesa, antes de voltarmos para a Alemanha. Acho que dormi o caminho todo entre a Alemanha e a Polônia. Só me lembro de ter olhado a primeira cidade polonesa, Szczecin. Blaise e Draco estavam se revezando na direção, para não termos que parar. Depois de tirar as constrangedoras fotos com Draco eu não conversei com ele nada além do essencial. Isso, talvez, estivesse pronto para mudar.

-Esse hotel é terrível – Star reclamou para o namorado – Nós vamos ficar quanto tempo aqui?

-Umas sete horas – ele deu um beijo carinhoso no pescoço dela – A Gina quer passar o natal em Varsóvia, aqui na Polônia mesmo, por isso vamos descansar um pouco e seguir viagem.

-Então vamos dormir abraçadinhos porque eu estou congelando – ela tremeu – Cadê os dois?

-Foram abastecer o carro e comprar mais comida.

***

Gina ficou mexendo nas estações. Draco tinha escondido os dois CDs da Hilary Duff então ela não tinha muita opção. O pior de tudo é que ela só ouvira duas músicas do segundo cd da Hilary. Draco sempre reclamava e trocava. Ele abriu a porta do carro e um vento gelado a congelou.

-Comprei um monte de coisa – ele disse enquanto jogava as sacolas no banco de trás – Você viu como a neve está alta?

-Eu estou com frio – Gina bocejou – E sono.

-Tá – ele ligou o carro – Vamos voltar para o hotel rapidinho. Eu só não posso dirigir muito rápido, porque por melhor que seja o sistema de freio desse carro, a neve estraga tudo.

-É – Gina continuou mexendo na rádio.

-Entediada – ele deu uma risada.

-Muito – ela suspirou e o encarou – Se ganhamos dinheiro com o negócio do Pietro, porque estamos em um hotel tão ruim? Eu disse que podíamos pegar uma coisa melhor.

-Para gastarmos em Varsóvia – ele revirou os olhos – Ou você quer passar o natal em um buraco?

-Vai mesmo dar para passar o natal lá? – Gina perguntou, os olhos brilhando com a notícia. Tudo ia ser perfeito, como ela tinha imaginado.

-Claro que sim – ele sorriu – Eu já tinha te falado.

***

A Polônia é uma país grande, então foi uma viagem longe e praticamente sem paradas. Eu ia olhando as placas das cidades principais, meu mapa estava nas mãos de Draco e Blaise, os únicos dirigindo por causa da neve na estrada. Dentre as cidades polonesas pelas quais passamos, posso citar o nome de Pila, Bydgoszcz, Torun, Wloclawek e Plock. E então finalmente chegamos em Varsóvia. As dez da manhã no dia vinte e quatro de dezembro.

-Esse é o quarto de vocês – Draco abriu a porta para Gina – Mas acho que eu vou ter que ficar aqui um pouco, porque o Blaise e a Star estão se agarrando no meu quarto.

-Eu sei – Gina riu e entrou no quarto. Ela devia estar usando umas cinco blusas de frio – Acho que eu não sinto a ponta do meu nariz há duas horas.

-Não vai falar nada do hotel? – Draco perguntou. Ele foi até o aquecedor e o aumentou – Não é tão caro quando o de Copenhague, mas é muito bom.

-Está perfeito, não se preocupe com os elogios – ela sorriu e deu uma espiada no banheiro. Enorme, e com uma banheira – Eu vi lá embaixo, vai ter um jantar com os hóspedes, para a virada do natal.

-É, eu já coloquei nossos nomes – ele disse, eficiente.

-Eu vou dormir – ela bocejou, puxando as cobertas.

-Eu também – Draco fechou os olhos.

Dez minutos depois...

-Malfoy – Gina chamou baixinho, as cortinas estavam fechadas e o céu estava nublado o suficiente para que parecesse quase sete da noite – Será que tem mais cobertor? Eu estou morrendo congelada.

-O aquecedor está no último – ele falou, realmente cogitando a possibilidade de dividir a cama com ela. Ele tinha tido ótimas horas de sono com Gina em Copenhague.

-Não vai rir – ela foi falando – Mas você se importa se eu...

-Deitar aqui? – ele terminou a frase – Pode deixar que eu vou aí.

Draco pegou todos os cobertores de sua cama e colocou em cima de Gina. Depois tirou o pesado sobretudo e um dos casacos que usava. E então se enfiou com ela embaixo das cobertas.

-Não vai aproveitar – ela murmurou – Se a sua mão invadir meu território polonês eu te mato – Draco riu.

-Território polonês? – ele zombou – Mas o que é isso?

-Você entendeu – ela disse emburrada – Nada de invadir.

-Seu território polonês está seguro – ele sussurrou no ouvido dela. Gina esboçou um leve sorriso e apoiou a cabeça no ombro dele. Os dois fecharam os olhos. E dormiram.

***

O imenso salão de festas do hotel estava todo decorado. Turistas de várias nacionalidades conversavam. Os quatro se misturaram lá, bebendo vinho e champanhe. Gina tinha feito um coque e usava um vestido azul que Draco classificou como encantador.

-Temos uma mesa reservada para nós quatro – Draco disse para Gina, colocando a mão nas costas dela e a tirando da conversa com dois húngaros cheios de segundas intenções.

-Obrigada – ela disse enquanto se sentava.

-Dava para ver sua cara de desespero há quilômetros de distância – ele disse, lindo usando uma camisa e uma calça social preta.

-Eles eram tão chatos – ela suspirou, observando Star e Blaise conversarem com cinco francesas – Muito lindo esse lugar, não é?

-Muito – ele disse distraidamente, tentando não olhar para ela por muito tempo – Olha, não surte, mas o Blaise perguntou se nós não íamos nos importar de dividir o quarto hoje e deixar os dois sozinhos. Celebrar o natal, essas coisas.

-Tudo bem – ela bebeu mais um pouco do vinho – Que horas são?

-Dez e meia – ele olhou o relógio – Quer ir dançar?

Gina o olhou, surpresa. Mas depois sorriu. Que mal seria dançar? Os dois levantaram e cruzaram o salão.

***

-Eles são bonitinhos juntos – Star observou.

-Se pararem de brigar já é um começo – Blaise deu um beijo na namorada e a girou no meio do salão – Então você gostou do meu presente?

-Foi a blusa mais linda que eu já vi – ela sorriu – E você gostou do cachecol?

-Tão adorável quanto você – ele disse e os dois sorriram – A Gina gostou do chocolate que eu comprei?

-Gostou sim. Até ela e o Draco trocaram presentes.

-Viu só? – ele a girou de novo – Estamos longe da família, mas cada um de nós ganhou três presentes. Já é um começo.

-Um grande começo – ela olhou o relógio do namorado – Cinco minutos para o natal começar oficialmente.

***

-A sandália serviu em você? – Draco perguntou enquanto ele e Gina bebiam mais vinho na mesa. Eles já tinham dançado, conversado com outros hóspedes e até mesmo o jantar já tinha acabado.

-Serviu sim – ela sorriu levemente para ele, não conseguindo controlar os olhares que lançava em Draco de tempos em tempos.

Ele estava inacreditavelmente bonito, os olhos pareciam brilhar sob a luz das velas espalhadas por todos os cantos. E então ela se lembrou da família. Seu coração estava apertado por passar o natal longe de todos eles, mas ela ainda não queria voltar para casa. Não podia suportar a gravidez de Corinne estampando as manchetes e a perseguição de Daniel.

-Você parece triste – ele observou – Eu fiz algo errado?

-Não, nada – ela balançou a cabeça graciosamente, alguns fios de cabelo se soltando do coque.

Já era mais de uma da manhã? Draco olhou seu relógio, presente de Gina, e viu que já eram duas e dez. Alguma coisa na maldita decoração estava mexendo com sua cabeça e ele mal podia reprimir a vontade de beijá-la. Ele nunca, em toda a sua vida, tinha se imaginado naquela situação. Gina Weasley era o último ser na Terra com o qual ele ia querer alguma coisa...Mas como tudo estava diferente agora.
Ela era a garota mais despretensiosa e divertida que ele conhecia e ele podia dizer quando ela estava irritada ou só cansada. Eles completavam as frases um do outro, sem nem se darem conta, e ela parecia tão destemida e tão irritantemente frágil que ele queria estar por perto o tempo todo. Draco odiava se sentir assim, mas ele estava sempre em uma roda de emoções quando estava perto dela.

-Hei – ele chamou e Gina o encarou – Você quer...

-Dança? – um italiano parou do lado de Gina – Comigo? – ele esticou a mão para ela. Gina olhou meio indecisa, mas Draco devia estar cansado de ficar com ela, então ia lhe dar uma folga.

-Claro – ela pegou a mão dele e se levantou.

Draco esperou impacientemente que a música acabasse. Seus dedos pareciam ter vida própria enquanto batia insistentemente na mesa. Outra música começou e ele viu quando o italiano a perdeu para um francês. Todos estavam disputando Gina Weasley, e ele era o idiota morrendo de vontade de bater em todos eles. Qual era seu problema afinal?
Ele suspirou inconformado, não conseguia mais ignorar aquilo. Ele estava irrevogavelmente com ciúmes dela. Levantou-se em um salto, chegando até Gina e o francês em um segundo.

-Vem – ele puxou a mão dela, passando os braços protetoramente ao redor de sua cintura – Chega de estrangeiros.

-Hei! – o francês protestou.

-Draco! – Gina olhou assustada, sem entender a fúria que brilhava nos olhos dele – Qual o seu problema?

-Eu não consigo mais – ele disse baixinho, arrastando-a para fora do salão. Atravessando o saguão e chamando o elevador – Não posso ignorar essa coisa que eu sinto e que fica martelando.

Gina o observou, o rosto congelado enquanto entrava no elevador e um segundo depois estava em seu quarto. Ela sentiu os dedos dele tocarem sua clavícula e irem subindo cuidadosamente para seu pescoço.

-Você sente o mesmo? – ele perguntou, sério. Gina assentiu com a cabeça, porque não se sentia preparada para falar coisa alguma.

E então ele a beijou. E foi tão bom quanto nas outras vezes em que ele a beijara, mas também foi melhor. Ela deixou que ele a conduzisse para uma das camas e sentiu quando os dedos dele deslizaram a alça de seu vestido. Ele depositou um beijo bem ali.

-Ver você – ele ia dizendo entre os beijos que dava no pescoço e no rosto dela – Com aqueles idiotas...Dançando...Eu odiei ver aquilo.

Gina sentiu a magnitude de tudo o que ele lhe falava. Ela estava sentindo aquilo há mais de um mês, e ainda assim tinha negado com todas as forças. Mas como poderia negar depois daquilo?

-Me beije – ela murmurou no ouvido dele.

E ela então desabotoou a camisa dele, os dedos passando suavemente no peito de Draco, as unhas arranhando os braços dele. Ele era perfeito, todos os músculos delineados com tamanha perfeição que ela quis beijá-lo mais ainda. E suspirou, uma, duas, incontáveis vezes. Quando ele a beijou pela sexta vez, quando ele tirou seu vestido de festa.

-Você é tão perfeita – ele disse sem perceber. Gina esboçou um leve sorriso.

Os dois se abraçara, e se beijaram, e...

***

Gina abriu os olhos e sorriu. Draco dormia, o rosto bem próximo ao seu. Ela observou as linhas do rosto dele, imaginando quão inocente ele parecia. A mão dele repousava confortavelmente em sua cintura. Ela se virou para o outro lado e a mão dele a puxou de encontro a seu corpo. Ele deu um beijinho no ombro dela, desperto agora.

-Você invadiu meu território polonês – ela disse divertida.

-A Polônia já foi invadida por um bando de países mesmo, acho que até o Hitler já deu uma passadinha aqui – ele deu de ombros – Qual a diferença?

-Que resposta – Gina balançou a cabeça – Que horas são?

-Dez e meia – ele bocejou, sentando-se na cama em seguida. Gina se virou de novo, agora observando os músculos definidos das costas dele – Vamos Foguinho, hora de levantar.

-Você continua sendo um chato FDB – ela bocejou também.

-Um chato que vai tomar banho primeiro – ele lançou um sorriso convencido enquanto entrava no banheiro.

-De novo? – ela berrou, mas estava decididamente sorrindo quando fechou os olhos e dormiu de novo.

***

-Para Gina! – Draco gritou enquanto a perseguia pela praça Rynek Starego Miasta. Gina não parava de bater fotos dele.

-Já que eles estão brincando – Star revirou os olhos – Vamos achar o itinerário da Gina – ela pegou o caderninho que estava esquecido ali no chão e começou a ler – Bem, essa praça é o coração da cidade – Star explicou para o namorado – Aqui diz que podemos achar galerias de arte, lojinha, e você sabe que eu amo lojinhas, restaurantes e até bares.

-Já vamos gastar amor? – ele perguntou divertido enquanto a seguia.

-Você entendeu meu amor – Star se virou e deu uma piscadinha para ele – E sem correr, porque a neve está alta.

***

Nem eu nem Draco falamos nada sobre o que tinha acontecido, era melhor só esquecer. Ou talvez não. Depois de entrar no banho ele saiu arrumado e pronto para visitar todos os lugares turísticos, ele dificilmente fazia isso sem reclamar, então foi uma surpresa. Não vou dizer que eu esperava um relacionamento ou uma segunda dose, mas tinha sido um presente e tanto de natal. Eu ainda podia sentir o gosto dos beijos e...Opa, saindo do foco.
Bem, na praça Rynek Starego Miasta nós visitamos as lojinhas e tiramos foto na estátua chamada Sereia de Varsóvia, que ficava bem no centro da praça. Ainda antes do almoço andamos pela avenida Jana Pawla II, que leva para a parte mais glamorosa da cidade. Com seus prédios modernos, hotéis e restaurantes caríssimos.
Ainda vimos as lojas da rua Nowy Swiat. Alguns restaurantes daquela rua não eram tão caro, mas ninguém estava com fome. Percorremos o caminho da Rota Real, onde o rei costumava passar. Foram quatro quilômetros maravilhosos de palacetes, mansões e parque. Aquela é, sem dúvida, a área mais nobre da cidade.
Visitamos o Zamek Krolewski, que é o Castelo Real e o museu que fica nele. Também passamos no Museu do Exército. Blaise adorou esse último.
Na Cidade Nova, outra área de Varsóvia, entramos em umas milhares de lojas e tiramos fotos em frente aos prédios lindos e coloridos que ficavam por todo o lugar. Vimos ainda igrejas e o museu Marie Curie.


***

-Seu café – Draco falou para Gina enquanto entregava o copo para ela – Cuidado, está quente.

-Está mesmo – Star soprou seu café.

-Gente que frio – Blaise tremeu.

Gina suspirou e bateu algumas fotos do rio Vístula. Os quatro estavam sentados em um banco de madeira, ali na margem, cansados demais até para irem comer.

-Muitas coisas ainda para visitar? – Star perguntou.

-Muitas – Gina sorriu.

***

-Meu Deus! – Star gritou – Aquilo é o Mc Donald´s ou estou só sonhando acordada?

-Bem vinda á avenida Swietokrzyka – Gina sorriu para a amiga. Seu cachecol branco ficava caindo o tempo todo, então Gina estava tentando encontrar uma forma de deixá-lo perfeito em seu pescoço.

-Problemas? – Draco perguntou, pertinho dela. Gina segurou a respiração, tentando não divagar enquanto o observava girar eficientemente seu cachecol e deixá-lo cair com perfeição. Sem incomodar agora.

-Obrigada FDB – ela sorriu.

-Foguinho – Draco revirou os olhos, sorrindo também.

-Certo – Gina abriu seu caderninho – Essa é a parte mais moderna de Varsóvia. Tem o Mc, que a Star já viu, e várias lojas de departamentos. E um shopping Center imenso e cheio de coisas interessantes para ver – ela sorriu – Então vamos comer logo e ir visitar o shopping, as lojas e o prédio do mercado Hala Mirowska. Ele é bem famoso por aqui.

-Almoço no Mc! – Star falou, já andando para lá. Ela não via a hora de se encher de porcaria. Aquelas batatinhas...

***

-Gosta desse? – Draco perguntou para Gina enquanto colocava um cd nas mãos dela – Damien Rice, parece bom.

-Pode ser – Gina falou distraída, segurando um cd do Lifehouse – Acho que vou levar esse.

-Então vamos pegar mais – sem perceber ele a segurou pelo cotovelo, guiando-a pelas prateleiras lotadas de cd da imensa loja de música Empik. Star e Blaise se divertiam na sessão dos clássicos.

-Aposto que vão comprar coisas horríveis – ela disse. Draco a olhou e sorriu – Agora vamos para o shopping. O nome dele é Galeria Centrum.

***

A comida lá não é barata, mas achamos o Mc e uma Pizza Hut, que era, com certeza, o lugar certo para jantarmos a noite. Pratos típicos de lá, como carne de frango, porco e peixe até que não tinham preços exorbitantes, e no dia seguinte tinha ficado decidido que almoçaríamos em um dos lindos restaurantes ao ar livre, como íamos fazer isso, com toda a neve, era um mistério para mim.
Tiramos fotos na plataforma de observação do Palac Kultury i Nauki, o Palácio da Cultura, um prédio imenso e o mais alto da cidade. Também passeamos pela estação central de trem, a Warszawa Centralna. Blaise adora estações de trem. E eu também. Elas são sempre lindas.
Ainda fomos no Muzeum Palac Wilanowie. Um palácio lindo e aberto ao público, os jardins e as fontes foram, sem dúvida, o mais bonito do passeio. Devo ter tirado um rolo de filmes só com aquilo. A última parada, antes do hotel, foi o Palac Lazienkowski, um palácio menor que o último, mas que ficava no parque mais lindo da cidade, o Lazienki Park. É claro que a neve estragou um pouco a vista, mas ainda curtimos o parque até começar a escurecer. Depois pegamos um táxi para o hotel.

***
-Eu estou exausta – Star bocejou enquanto caia na cama – Mas a pizza estava ótima – ela sorriu.
-Estava mesmo – Gina rolou na cama. Ela estava morrendo de frio, e dessa vez seu território polonês ficaria intacto.
Assim que os passeios acabaram, os quatro foram para o hotel se arrumar e já saíram para irem a Pizza Hut. O frio era demais para que conseguissem ficar por lá muito tempo, então comeram o mais rápido possível e voltaram para o hotel de carro.
-Eu não suporto esse frio – Star tremeu e puxou mais as cobertas – O aquecedor está no último e a sacada fechada. Vamos ter que agüentar Gina.
-É – Gina bocejou preguiçosamente – Boa noite.
-Boa noite – Star sorriu e fechou os olhos.
***
Gina acordou com o barulho. Ela não chegou a ver quando Blaise invadiu o quarto e roubou Star, carregando-a para seu quarto e de Draco. Também não estava acordada quando Draco colocou os cobertores da cama vazia de Star sobre ela e, por fim, tirou os tênis e se enfiou ali nas cobertas com ela. Mas ela abriu os olhos quando ele se ajeitou, para que a cabeça dela ficasse apoiada em seu peito, e a cama rangeu.
-Desculpa – ele murmurou, o rosto contra o cabelo de Gina – Não queria te acordar.
-Draco? – ela disse baixinho, sonolenta – O que está fazendo aqui?
-Convenci Blaise e vir seqüestrar a Star – ele sorriu – Está frio, então imaginei que você fosse precisar de cobertor extra.
-Obrigada – ela sorriu, sentindo o peito dele subir e descer vagarosamente – Boa noite – bocejou e colocou uma mão no peito dele, quase abraçando-o.
-Boa noite – ele disse, ainda meio perturbado com a repentina decisão de fazer aquilo. Draco não era atencioso com ninguém, então era uma surpresa para ele também.
Do lado de fora uma tempestade de neve começou, o vento uivando perigosamente contra as portas de vidro da sacada. Gina não ouviu nada, nem Draco. Os dois estavam em um outro mundo, um mundo particular. Ali, abraçados, mais uma vez, os dois dormiram.
***
-Draco insistiu? – Star perguntou surpresa para Blaise – Mas ele sempre reclama quando pedirmos alguma coisa.
-Eu sei – Blaise sorriu, divertido – Acho que estamos perdendo alguma coisa importante Little. Alguma coisa que eles não querem nos contar.
-Será que estão juntos? – Star perguntou animada – Ia ser tão gracinha.
-Tem um jeito de descobrir – Blaise levantou da cama – Vamos espionar.
-Que feio – Star disse em tom reprovador, mas estava logo atrás dele no corredor do hotel. Os dois entraram silenciosamente no quarto e puderem ver, graças a fraca luz do banheiro, Gina e Draco abraçados.
-Eu sabia – Blaise sussurrou para ela, exultante.
-Que lindo – Star suspirou – Sério, foi lindo.
-Vamos – ele segurou a mão da namorada – Ou os dois acordam. E não fale nada amanhã. Eles vão nos contar quando quiserem.
-Vai ser uma tortura esperar – Star disse divertida enquanto eles voltavam para o quarto – Uma grande tortura.
-Eu sei – Blaise sorriu – Agora vamos dormir, porque eu estou congelando.
-Vai me abraçar também? – ela perguntou, olhando para ele.
-Muito – ele a beijou – Muito.
-Então tá – Star sorriu e pulou na cama – Vem tigrão.
-Estou indo tigresa.


N/A - Postado! Eu sei, finalmenteee aconteceu. Bem, queria agradecer todos os coments, amooo todos eles. Se vcs comentarem bassstante esse cap o próximo post é duplo. Por isso, muuuito obrigada de novo. E ps: Alguém tem a minha capa da Eurotrip? Ela sumiuuu! me mandem por e-mail.

beijinhusssssssssssssssssssssssssssssssssssss

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