Assumindo posições



Gente me desculpe pela demora. Ano de Vestibular é um horror, felizmente acabou. Voltei a postar. Só coloquei metade do capítulo, porque ainda não terminei ele todo e queria postar ainda hoje como tinha prometido. Espero que gostem, pois fiz esse capítulo para mostrar que eu voltei. Dedico esse capítulo para a mina maninha, a Trinity e a Perséfonne. Beijão para todos.

Capítulo 23 – Assumindo posições


PARTE 1

Estavam todos no Largo Grimmauld. Cada um no seu canto. Todos pensavam em como a guerra ficaria mais acirrada com o aparecimento da Rainha das Sombras. Ninguém mais sabia o que esperar com todo o ódio que ia ser lançado no mundo, com a entrada dos demônios nas batalhas.


Iria começar uma reunião importantíssima que Karen tinha convocado. Na sala de reuniões estavam: Karen, Dumbledore, Azrael, Harry, a Tríade, Haluriel, Jibrile, McGonnagal, Snape, Lupin, os pais de Karen e os devoradores do inferno.


Dumbledore foi o primeiro a se pronunciar:


-Qual a razão dessa reunião tão repentina?


-Simples eu gostaria de deixar algumas coisas claras a partir de agora.


Ela olhou a todos nos olhos e falou firmemente: 

-Eu não estarei do lado de vocês na guerra. Eu lutarei pelos meus interesses e como são iguais aos seus pode ser que a gente se ajude. Começarei a fazer movimentações sutis, vou posicionar meus irmãos e só depois que tudo estiver arranjado é que eu farei a tomada de poder. Vou levar no mínimo um ano com isso.


Todos ficaram surpresos com aquela declaração. Seus amigos ficaram curiosos para entender o porquê de um ano. Helena colocou a dúvida de todos em palavras:


-Por que um ano? Por que não fazemos tudo agora?


Karen fez um gesto de indiferença e respondeu calmamente:


-É simples. Harry terá que ser treinado adequadamente para que vença Voldemort. E o mínimo para que tenha um bom treinamento é um ano.


Harry ficou surpreso por ter sido incluído do nada na conversa:


-Como assim um ano?


-Você terá que ser treinado corretamente. E esta na hora de você administrar a sua herança.


-Administrar a minha herança? Agora eu to ficando mais perdido.


-Você irá para Atziluth por um ano e treinará lá com Azrael e quando estiver pronto voltará para lutar na guerra.


O silêncio reinou no ambiente. Harry estava chocado com aquela revelação. Não queria se afastar da namorada nem dos amigos. Como se estivesse lendo os pensamentos do afilhado, Karen falou:


-Você poderá manter contato com eles, mas é muito importante que você aprenda a usar seus poderes corretamente ou poderia acontecer um desastre. Partirá em dois dias. E antes que me peça a Kira não vai poder ir com você, ela ficará comigo, pois eu vou treina la junto com Grande Mãe.


Agora sim as coisas ficaram ainda mais interessantes. Ninguém mais conseguia esconder a surpresa. Até os irmãos de Karen estavam boquiabertos. Aquilo era uma bomba.


Kira que estava em silêncio falou hesitante:


-Eu vou treinar com você?


-Sim. Eu sei que vai ser uma atividade muito interessante para você


A garota sentiu o olhar de Karen e como se tivesse passado um vento frio por ali, ela se arrepiou, soube imediatamente que não seria nada interessante aquele treinamento. No mínimo seria torturante, ainda mais com quem seria.


Karen continuou a falar:


-Harry é muito importante que você treine com Azrael e Kira seu poder tem que ser treinado até que seja encontrada a mais pura essência dele. Ninguém pode deixar de aumentar o seu próprio poder durante esse ano, temos que segurar Voldemort o máximo possível. Ele não é burro e já está se aliando com pessoas muito poderosas.


Harry comentou um pouco irritado:


-Eu simplesmente não posso sair daqui agora, Voldemort vai recomeçar a agir e tenho que ficar aqui para evitar que ele faça alguma merda.


Azrael se intrometeu na conversa e falou:


-Harry entenda que não fará diferença você estar aqui se não souber lidar com seus poderes. Se não percebeu seu poder é instável de mais para não ser lapidado e disciplinado. Você aqui só seria mais um problema para se lidar.


Harry pensou um pouco sobre o assunto, não queria sair dali e nem queria ficar longe de Kira. Sabia que se fosse com o anjo poderia treinar e aprender muito mais coisas que a sua madrinha não pode lhe ensinar, mas ao mesmo tempo sabia que se fosse embora muitas coisas ruins poderiam acontecer por causa de Voldemort.


Aquela dúvida o estava corroendo enquanto isso Jibrile no seu natural tom impaciente falou:


-Garoto pára com essa palhaçada! Você não é o único que tem poder aqui. Nós podemos muito bem lidar com essa serpente de quinta categoria muito bem. Não insulte nossa força e aceita logo esse treinamento! Atziluth é o melhor lugar para você agora.


Harry olhou intrigado para a mulher que tinha falado e perguntou:


-Você conhece lá?


Ela com uma cara de ‘você é idiota ou o quê?’ Respondeu:


-É claro que eu conheço, nasci lá!


Harry já ia perguntar mais coisas quando Karen interrompeu apressada.


-Outro dia vocês fofocam, temos que resolver assuntos muito mais importantes. Já que está clara a partida de vocês dois para treinamento, vamos organizar tudo. Harry você parte amanhã com Azrael. Já você vai comigo Kira, eu vou te levar até o local de seu treinamento, já que não vou poder ficar o tempo todo com você lá.


Kira respirou um pouco mais aliviada. Sem Karen ela estaria um pouco mais segura, ou era isso que ela pensava...


-Então eu vou arrumar os preparativos. Aconselho aos meus afilhados a dormirem porque amanhã vai ser um dia agitado. A Tríade e o Círculo das Sombras vão comigo. Jibrile e Haluriel, que quero que você vá realizar aquela missão que eu lhes passei. Azrael creio que você tem que preparar algumas coisas para a viagem. Aos meus pais eu espero que vocês se reúnam com os seus e os preparem para o que está por vir. Eu vou realizar duas solenidades para firmar a minha volta e para testar a fidelidade de meus irmãos. Agora até mais para os outros.


Karen desapareceu seguida de perto por aqueles que ela havia mencionado. Harry e Kira se olharam e foram juntos para algum canto. Queriam aproveitar aqueles momentos juntos antes de se separarem.


O grupo de Dumbledore ficou discutindo sobre a guerra e outros assuntos desse tipo. Estavam revendo suas estratégias e o que eles fariam para lançar a informação de que Harry desapareceria por um ano. Esse sim erra um assunto delicado.


Em algum lugar desconhecido...


Dois homens conversavam no terraço de um prédio. Um tinha os cabelos loiros curtos, escuros na raiz e clareando nas pontas. Tinha os olhos amarelos rodeados por uma linha negra. O homem de seu lado tinha os cabelos castanhos claros e os olhos eram azuis. Pareciam estar muito preocupados. O de cabelos castanhos falou:


-Ariel, a situação se complica cada vez mais. Astaroth conseguiu reunir um verdadeiro exército de abençoados. Sob o seu comando estão reunidos os mais poderosos guerreiros de nossa raça. E a comoção popular se mantêm neutra, quase num apoio silencioso a esses conspiradores. O que faremos? Se perdermos será o fim de nossa raça, pois Astaroth não descansará até destruir tudo e a todos por causa de sua ambição.


O homem que havia sido chamado de Ariel desviou o olhar do céu e encarou seu amigo que estava do seu lado, deu um suspiro demonstrando cansaço e respondeu:


-Caliel. Não tenho a mínima idéia do que podemos fazer. Se pelo menos tivéssemos um rei, a nossa força se multiplicaria e conseguiríamos barrar os revoltosos.


-Adam não pode simplesmente assumir o trono de volta?


-Você sabe que não. Ele já está morto e aquilo que habita as terras do rei de Atziluth é somente a essência dele. E uma essência não pode ser rei.


-Precisamos dele.


Ariel olhou surpreso para o amigo com aquela declaração.


-Você sabe muito bem que ele desapareceu depois da traição. Foi expulso daqui e tenho certeza que ele não ajudaria o mesmo povo que o destronou.


-Ariel. Diga-me por que mesmo nós fizemos aquilo?


-Não sei meu amigo. Talvez a gente tenha sido tão arrogante e ambicioso quanto Astaroth.


Os dois voltaram a olhar para a rua e o movimento que passava ali embaixo. Depois de alguns momentos em silêncio eles levantaram a cabeça ao mesmo tempo.


-Escutou o chamado. Vamos que temos que ver o que fazer diante dessa situação.


 


Em algum lugar da Inglaterra.


Voldemort estava andando de um lado para o outro da sala. Não havia gostado nenhum um pouco de saber que não teria aquela tal de Rainha sob seu controle. Precisava armar um plano para domina la. Estava concentrado em seus pensamentos quando um de seus comensais entrou na sala e o reverenciou.


-Quais as notícias que você me traz?


O comensal pareceu tremer um pouco mais falou:


-As tribos do Norte não deram uma resposta. Esperam que o seu líder decida se vão ou não se juntar ao milorde.


Voldemort ficou intrigado. 


-Líder? Desde quando as tribos do Norte têm líder?


-Parece que ele apareceu há pouco tempo e já organizou todas as tribos. O nível delas melhorou consideravelmente e seria de grande importância te las do nosso lado.


O Lorde das Trevas ficou furioso com a petulância demonstrada por seu servo e com um movimento de mão o jogou contra a parede e vociferou:


-EU JÁ SABIA DISSO SEU IDIOTA!


O comensal cuspiu sangue por causa da forte batida na parede e quando caiu no chão começou a se contorcer de dor. Voldemort estava furioso e descontava cada vez mais naquele pobre idiota que havia sido o ‘bucha’ para dar aquelas péssimas notícias. Os gritos do comensal podiam ser ouvidos por toda a fortaleza. Depois de alguns minutos os gritos pararam e a diversão de Voldemort acabou.


Parou para pensar um pouco. Nunca tivera notícias de que aquele povo tivesse um líder desaparecido. Tinha certeza que não teria boas notícias vindo daquele povo.


Ainda bem que já tinha conseguido o apoio dos povos e criaturas do Leste Europeu. Eram seres poderosos e que serem de grande utilidade para acabar com a raça de Dumbledore e de seus amiguinhos. Mas o Potter era dele. Ele mesmo acabaria com a raça daquele moleque intrometido.


Já tinha um plano para acabar com a raça daquele garoto e tudo dependia de certo livro que ele logo teria em mãos. Voldemort riu com vontade. Um riso maléfico que demonstrava que nada de bom viria com aquelas palavras.


 


Em algum outro lugar...


Uma belíssima mulher caminhava por um corredor cheio de quadros. Os personagens retratados nos quadros se curvavam diante enquanto ela passava. Ela emanava uma aura de poder e impunha respeito só com sua presença. Tinha longos cabelos negros, seus olhos eram azuis, sua pele era alva e seus lábios vermelhos e tentadores. Seu corpo era terrivelmente tentador e provocante, com suas curvas. Ela emanava uma aura de puro pecado.


A mulher chegou até uma sala ricamente mobiliada e se sentou numa poltrona de frente para a lareira. Esperava silenciosamente perdida em pensamentos quando uma outra mulher entrou na sala. Tinham algumas semelhanças nos traços físicos. Mas ela tinha longos cabelos castanhos e olhos profundamente verdes. Depois de fazer um ligeiro cumprimento com a cabeça em sinal de respeito a visitante pulou em cima da mulher em um abraço. 


-Como eu sentia falta de te abraçar, mamy!


A mulher fez uma careta e respondeu:


-Você sabe que eu não gosto que me chame assim, fica muito gay!


A visita deu a língua e se sentou na poltrona de frente para a dona da casa.


-O que você veio fazer aqui garota?


-Só vim avisar que deixarei a garota aqui com você durante um tempo.


-Para quê?


-Ela tem que treinar e você é a melhor mestra que ela poderia ter agora.


-Para de ser puxa saco! Você só está mandando ela para mim porque você não tem tempo.


-Também. Mas é melhor ela treinar com você. Quero que ela libere todo o poder dela sem restrições e com você ela fará isso mais facilmente. Ainda mais que ela está com medo de treinar comigo.


-Eu percebi. Com certeza depois de um tempo comigo ela vai implorar apara ser treinada por você.


A visitante deu um sorriso malicioso e a mulher percebendo começou a rir e exclamou:


-Então era esse o seu plano desde o começo? Tadinha da menina. Você não vai facilitar em nada para ela.


-Não posso. Ela tem que crescer e treinar até o máximo. Não vai ser fácil a vida dela com o nosso menino. Ele vencendo o cara de cobra vai ganhar outras responsabilidades.


-E eu não sei? Deixemos isso para depois. Agora o que podemos fazer para nos distrair?


-Vamos planejar as festas!


As duas passaram a se entreter em programar as festas que aconteceriam. Diante das idéias que estavam saindo da mente daquelas duas malucas as festas seriam inesquecíveis em todos os sentidos.


 


O resto da noite transcorreu bem para todos. Com tanta agitação a maioria acordou um pouco mais tarde do que o normal. Todos estavam desanimados no Largo Grimmauld número 12. A partida de Harry e Kira era totalmente inesperada e deixou a todos com muitas saudades antes mesmo deles irem. Molly resolveu fazer um almoço mais que caprichada de despedida. O clima era triste na casa e nem as brincadeiras dos gêmeos conseguiam amenizar a tensão.


O almoço foi silencioso. A despedida depois foi barulhenta. Molly, Hermione e Gina não estavam muitos felizes e choraram por causa da partida dos amigos. Estavam todos emocionados e preocupados com essa viagem.


Harry só levava uma mochila com algumas trouxas de roupas e a varinha. Kira também levava uma mochila mais esta havia sido magicamente transfigurada para que desse todas as coisas que ela achava necessário.


No horário estabelecido por Karen, ela e Azrael apareceram. Não entraram na casa para simplificar tudo. Karen já foi perguntando:


-Estão prontos?


Harry e Kira concordaram um pouco incertos.


-Então vamos. Harry, você vai com Azrael. Kira, você vem comigo.


Assim que Harry se aproximou de Azrael, este falou:


-Segure firme no meu braço.


Segurou no braço de Azrael e com um leve deslocamento de ar, eles desapareceram. Kira olhava atentamente para o lugar onde estava o seu namorado.


-Podemos ir Kira?


Ela virou para a Rainha e perguntou:


-Para onde vamos?


Karen deu um sorrisinho malicioso e respondeu:


-Nós vamos literalmente para o inferno.


Kira empalideceu mais não pode nem replicar, pois Karen a segurou pelo braço e elas foram engolidas pelas sombras.


Seus amigos voltaram para dentro da casa e já pensavam no que faria durante esse tempo. Não podiam ficar parados. Deviam treinar com tanto afinco como Harry e Kira. Não descansariam enquanto não aprendessem tudo que podiam.


 


Harry e Azrael apareceram numa bela campina. Atrás deles havia um rio e depois uma floresta que se estendia até se perder de vista. Harry reconheceu aquele lugar.


-Hei, aqui é aquela terra com nome esquisito!


Azrael revirou os olhos. E quando ia começar a caminhar foi barrado por uma pessoa que apareceu na frente dele.


-Finalmente você voltou em garoto. Já estava pensando que esse lugar ia ser abandonado totalmente.


Ele parou e deu um abraço no homem que estava na sua frente. Já fazia um bom tempo desde que eles tinham se visto pela última vez.


-Já faz um bom tempo pai.


Adam olhou para o filho seriamente e concordou com a cabeça. Depois olhou para Harry que esperava para saber o que fariam agora.


-E você moleque, sentiu minha falta?


Harry olhou ironicamente para ele e respondeu:


-Você quer a verdade ou quer que eu te faça feliz?


-Sempre insolente. Igual a esse garoto aqui.


Adam falou isso dando um tapa na cabeça de Azrael, que fez acara de indignado e respondeu:


-Hei, por que tinha que sobrar para mim?


-Porque sim.


Adam riu u m pouco e depois voltou a ficar sério.


-Agora que já brincamos vamos voltar aos assuntos importantes. Vocês apareceram na hora certa.


Eles ficaram sérios. Harry e Azrael prestaram bastante atenção no que Adam começou a falar:


-Meu filho você sabe muito bem que quando você foi embora...


-Expulso. Eu fui expulso.


-Eu sei. Deixa-me terminar. Como eu estava dizendo, quando você foi expulso, o Conselho dos Elementos assumiu o poder. Não podiam entrar aqui, mas mesmo assim passaram a tomar de Atziluth. Há séculos tem sido assim. Sempre teve uma alternância entre os dois grupos existentes no Conselho. A cada par de décadas uma Ordem assumiu o controle.


-De um tempo para cá, a Ordem do Sol tem ficado insatisfeita com a limitação de poder por somente vinte anos. Então eles reuniram um grande exército e estão prontos para dar um golpe para permanecer no poder. Já que são eles que estão controlando Atziluth no momento.


-E o que eu tenho a ver com isso? Eles me expulsaram daqui. Eles que resolvam os seus problemas.


Adam balançou a cabeça negativamente. Normalmente pensaria assim, se não tivesse um detalhe...


-Eu concordaria com você meu filho se não existisse um pequeno problema.


-Qual?


-Se a Ordem do Sol tomar posse total do controle de nosso povo nos levará a destruição num futuro não muito distante.


-Por que você diz isso?


-A Ordem do Sol criou muitos inimigos durante os últimos vinte anos. Conseguira provocar a ira dos Povos Caídos. Além de estarmos diante de uma provável guerra entre os dois grupos, ainda poderá ter uma guerra contra os Caídos.


Azrael arregalou os olhos. A situação não era nada boa. Conhecia muito bem os Povos Caídos e eles aproveitariam que os anjos estariam em uma guerra civil para poder acabar tudo.


-Não há um jeito dos Povos Caídos se alinharem a Ordem da Lua?


-Não. Porque eles sempre se omitiram diante das medidas repressivas contra o esse povo, por isso consideram os dois grupos culpados, ou seja, toda a nossa sociedade será condenada pelos erros de um grupo.


-E o que você quer que eu faça?


-Assuma o que lhe é por direito. Tome posse como o verdadeiro rei de Atziluth e destrua os que ameaçam o seu povo. Não abandone suas obrigações reais.


Azrael olhou sério para o pai e falou:


-Eles nunca me aceitariam de volta e você sabe muito bem disso. E por que eu ajudaria um povo que fez o fez comigo? Além do mais eu tenho que treinar o Harry.


Harry só prestava atenção na conversa, depois de pensar sobre o que eles estavam conversando, falou:


-Até que não seria uma má idéia.


-O que moleque?


-Essa história de você liderar esses carinhas contra esses malucos aí.


-Por que você fala isso?

-Presta atenção: Você lidera os caras. Ganha a guerra. Consegue a paz. Arruma mais uma aliança para a guerra contra Voldemort. E pode até conseguir alguns pontos com a minha madrinha.


Azrael ficou estático com a idéia do garoto enquanto que Adam ria maravilhado e orgulhoso.


-Até que você não é burro!


Harry fez uma careta para Adam e olhou para Azrael.


-Então? O que você acha? 


-Não sei. Não estou com muita vontade de me intrometer numa guerra que não é minha. 


Harry revirou os olhos e falou:


-Pára de glicose anal! Vai ficar se lamentando que nem uma garotinha e fugir com as asas entre as pernas, só por que te deram um chute na bunda? Está de brincadeira comigo?


Azrael ficou furioso como garoto, ninguém tinha o direito de falar com ele assim.


- E como assim não é uma guerra sua? Mesmo eles tendo te expulsado, este ainda é o seu povo e o seu lar. Você traiu a minha madrinha por causa desse povo, agora vai virar as costas para ele por um motivo tão idiota como esse?! 


Harry balançou, indignado, a cabeça. Adam estava sorrindo que nem um idiota de tanto orgulho.


-Finalmente alguém com pulso na família! Falou bonito! 


Azrael olhava irritado para os dois que estavam na sua frente. Sua relutância em aceitar era em sua maioria orgulho ferido. Ainda estava em dúvida se aceitava ou não.


-Vamos lá, aceita. Vai ser muito divertido. Um pouco de ação. Sei que você sente falta disso.


-Escuta o que seu pai está falando. Além de que uma batalha como essa pode ser excelente para o meu treinamento. Imagine o quanto eu aprenderia a me controlar para vencer uma batalha dessas?


-Eu sei que você quer. Então pára de bobeira e aceita logo!


-Está bem. Eu aceito. Vocês são muito irritantes! Já que eu vou aceitar, vamos entrar e você me conta todos os detalhes sobre tudo e sobre todos que estão envolvidos nessa guerra.


Adam fez uma dancinha da vitória com Harry, que ficou no mínimo bizarra.


Os três entraram na casa e Adam os colocou a par de tudo o que aconteceu nos últimos vinte anos.


 


Karen apareceu com Kira no salão de sua casa. Kira olhou para os lados e estr.


-Vamos treinar aqui?


-Não. Só vim aqui, porque seria estranho abrir um portal no meio de uma rua trouxa.


Kira concordou e esperou Karen abrir o portal. Ela expandiu a aura que estava totalmente negra e com algumas palavras sussurradas. Um enorme portão apareceu. O portão era feito de ossos dos mais variados tipos de criaturas, em certa altura havia os esqueletos de dois seres alados que pareciam tomar conta de alguma coisa, o cheiro de podridão e morte que o portão exalava era fortíssimo.


Depois que apareceu o portão, uma figura encapuzada apareceu na frente dele e perguntou:


-Quem invoca o Portão do Inferno?


Karen se adianta e começa a trocar algumas palavras com a tal criatura. Ele pareceu reconhece la e então ficaram um bom tempo conversando animadamente. Kira só olhava espantada e pensando só ela mesmo para ser amiga da morte.


Depois de algum tempo, Karen se aproximou de Kira e falou:


-Ele vai abrir o portão para a gente.


-Por que nós temos que ir ao inferno?


-Porque é lá que você vai treinar.


Kira não gostou nem um pouco daquela revelação, mas não podia fazer muita coisa com relação a isso tinha aceitado sem medir as conseqüências o treinamento.


-O inferno só é um caminho pelo qual a gente vai passar para ir até o nosso destino final. Você treinará com uma pessoa de minha inteira confiança.


A Morte abriu o portão e deixou que Karen e Kira entrassem.


-Se precisar de mais alguma coisa é só me chamar.


-Está bem maninho.


As duas entraram e Karen falou:


-Aqui vamos ter que correr um pouco. Quero chegar o mais rápido possível na casa e não estou com vontade de lutar com demônios que querem comer a minha carne.


Falando isso, ela começou a correr. Kira levou um segundo para acompanhar e quase foi atacada por um demônio que estava vindo por trás dela, mas acabou comendo poeira. Depois que se colocou do lado da Rainha, Kira perguntou:


-Quanto tempo nós vamos correr até chegar ao nosso destino?


-Mias ou menos dois dias. E teremos que correr sem parar.


Kira arregalou os olhos e falou com ironia:


-A cada minuto fica melhor...


-Não reclama e aumenta a velocidade.


Ficaram correndo todo o tempo. Kira percebeu melhor o lugar que estava. No começo da corrida ela viu de um lado: desertos imensos com um clima árido e várias almas se arrastando com demônios em seu encalço ou os devorando. Do outro lado viram montanhas rochosas cobertas de neve e um clima frio e também várias almas sendo perseguidas e devoradas.


Havia muitos tipos de demônios. A maioria tinha formas de animais misturados, formando uma bela galeria de bizarrices. Eles não pareciam ser muito fortes e inteligentes.


Depois das várias atrocidades que viu durante metade da corrida, elas chegaram até um portão. Karen explicava todas as dúvidas que Kira tinha o que evitou que a viagem fosse monótona. No portão Karen se identificou para uma criatura que tinha cabeça de cachorro e corpo humano e elas entraram.


A partir daquele portão, as criaturas pareciam ter mais inteligência. Moravam em grupo de acordo com sua raça e se alimentavam de caças que eram feitas do lado de fora dos portões. Com a velocidade que estavam não conseguiram ver direito quem eram os visitantes, só sentiram um vento e entenderam que tinha gente nova ali.


Depois de doze horas encontraram outro portão. O guarda dali tinha a fisionomia de um humano, de pelo menos três metros de altura. Suas cores eram diferentes. Corpo azul e olhos negros sem pupilas. Não tinha cabelos.


Ao ultrapassar aquele portão, Kira viu que as criaturas que ali estavam eram bem mais desenvolvidas. Ali dentro parecia uma cidade. Casas, construções e ruas. Eram estranhas, mas mesmo assim ainda era uma cidade. As criaturas ali, tinham em sua maioria formas humanas. Só aqueles que ela entendeu que eram escravos, tinham alguma outra forma.


Tudo ali parecia movimentado. E ela quase parou para poder perguntar como era a vida ali, mas Karen interrompeu os seus pensamentos e falou:


-Não ouse parar. Senão você vai perder as energias e não vai conseguir continuar a viagem. Continue no ritmo. Outro dia eu te trago aqui. Você vai ter muito tempo para conhecer esses lugares. Principalmente a Arena.


- O que é a Arena?


-É onde ocorrem as lutas. Quando você é desafiado ou desafia alguém, luta na Arena até um dos dois morrer.


-Parece divertido.


-E é. Eu já estive ali muitas vezes. Tenho uma ótima reputação.


-Imagino que sim.


O resto da viagem transcorreu muito bem. Apesar das criaturas que ela viu depois do terceiro portão ser no mínimo assustadoras. Tudo correu bem. Depois de exatas quarenta e oito horas, elas chegaram num grande palácio. Era totalmente feito de pedras negras sem brilho nenhum. Nem o que pareciam ser cinco sóis que torravam a cabeça das pessoas conseguia fazer refletir alguma luz dele. O frio que exalava fazia com que as pessoas sentissem um arrepio na espinha e tomassem muito cuidado ao entrar ali.


Karen e Kira diminuíram a velocidade e entram mais devagar no palácio. Kira estava se sentindo cansada e sem energia. Foi apoiada em Karen quando elas passaram a caminhar ao invés de correr. Chegaram até uma sala que estava ricamente mobiliada e encontraram Lilith ali sentada as esperando. Kira com um pouco de força que tinha exclamou:


-Você está brincando? Eu vou treinar com ela 


Antes que Karen a respondesse desmaiou de cansaço. Lilith se aproximou da garota e com um movimento de mão a mandou para um quarto descansar.


-Você é muito perturbada Karen. Sabia muito bem que você pode aparecer direto aqui no meu palácio.


-E fazer a menina perder toda a diversão? Nem pensar! E ela aprendeu muita durante a corrida.


-Diversão?! Só se foi para você à menina está exausta. Pelo menos apagada de cansaço como ela está à energia dela vai se acostumar ao castelo sem problemas.


-Viu. Minhas idéias no final sempre se tornam excelentes.


Lilith balançou a cabeça negativamente e ficou séria.


-O que você espera da menina?


Karen tirou o sorriso do rosto, olhou pela janela e falou cuidadosamente:


-Ela terá muitas responsabilidades ao lado de meu herdeiro quando ele assumir sua herança. E isso exigirá dela muito poder e conhecimento.


-Você pretende fazer isso?


Karen deu um sorriso misterioso e respondeu:


-O que nos aguarda o futuro? Talvez uma Rainha não possa governar dois reinos ao mesmo tempo.


Lilith entendeu perfeitamente o que sua filha queria dizer. Para que isso ocorresse muito sangue teria que ser derramado e era isso que a excitava a acompanhar de perto todo o desenrolar dessa história.


Azrael e Harry já estavam vestidos com as roupas típicas de Atziluth. Se forem invadir a sede da Ordem da Lua, precisavam estar vestidos a altura. Já sabiam tudo que era importante sobre essa guerra que iriam entrar, agora era só Azrael chegar e assumir o trono que lhe pertencia por direito.


Colocaram uma capa com capuz por cima da roupa e saíram das terras do rei. Decidiram ir andando até o lugar. Não era longe. As pessoas que estavam na rua quando os viram ficaram desconfiadas e sussurravam quem eles poderiam ser.


Continuaram a caminhar sem se importar com os comentários. Pararam em frente a um prédio azul. Ali era a sede oficial da Ordem da Lua. Entraram calmamente no prédio. A segurança se pôs em alerta e o chefe da segurança se aproximou pedindo para tirarem o capuz.


-Aqui dentro não é permitido capuz.


Azrael falou antes de tirar o capuz.


-Eu gostaria de falar com o Conselho da Ordem da Lua.


O segurança esqueceu o assunto do capuz por um instante e perguntou:


-O que vocês querem com ele?


-É um assunto particular.


-Tirem o capuz e se identifiquem.


Harry fez um gesto de indiferença e tirou o capuz. O segurança ficou olhando para ele e pensou só é um garoto e esperou que o outro tirasse também o capuz.


-Tira logo o capuz para a gente poder falar logo com o Conselho.


-Você está tirando toda a graça do disfarce.


Azrael tirou o capuz e o os olhos do chefe da segurança só faltaram pular de seu rosto. O homem estava mais que surpreso. Os outros não estavam surpresos, pois não conheciam aquele visitante misterioso. 


-Você?! O que você está fazendo aqui?


-Não sei. Talvez uma visitinha para tomar um chá e comer uns bolinhos.


Azrael revirou os olhos para o segurança e falou num tom mais sério:


-Como eu já disse: eu quero falar com o Conselho e é um assunto particular, ou seja, eu vou discutir com eles.


O homem percebeu o que ele estava dizendo e ficou sem graça.


-Espere um momento. Vou leva los até lá.


Um outro homem se aproximou do chefe e perguntou em voz baixa:


-Senhor, tem certeza do que está falando?


O chefe da segurança deu um tapa na cabeça do rapaz e falou:


-Por isso eu sempre fui a favor de ensinar para os mais jovens sobre a história proibidas. Este é, simplesmente, o último e o verdadeiro rei de nosso povo, seu idiota.


O chefe da segurança  mostrou o caminho para os dois desconhecidos enquanto o outro segurança estava estático no mesmo lugar. Harry passou por ele e deu um risinho. Estava achando aquilo tudo muito engraçado. Imaginava como ia ser estar de frente com o Conselho.


Depois de passar por vários olhares curiosos, eles se encaminharam um longo corredor. Harry estava curioso sobre uma coisa.


-Aqui todos ficam com as asinhas amostra?


Somente os dois estavam com as asas recolhidas. Todos os anjos por onde eles passaram estavam com suas asas amostras. Todas tinham uma tonalidade clara. Adam tinha explicado que a cor da asa era de acordo com a sua hierarquia. Os anjos tinham suas asas sempre coloridos e quanto mais claro mais nobre era o anjo. Harry tinha perguntado se não tinha anjos com as asas escuras e Adam tinha explicado que só os Caídos tinham as asas em tons escuros.


Azrael respondeu a pergunta de Harry:


-Se você conseguiu perceber, sim. Aqui é normal ficar assim, é mais raro ver alguém com as asas recolhidas, pois pode significar perigo.


-Por essa agitação por nossa causa.


-Isso aí.


O homem que os mostrava o caminho prestava atenção. Estava morrendo de curiosidade, queria saber quem era aquele garoto. Ele parecia ter alguma coisa que o incomodava muito, alguma coisa que o deixava em constante alerta.


Chegaram diante de uma enorme porta. O homem pediu que eles esperassem e entrou. Lá dentro estavam Ariel e Caliel conversando com os outros três membros do conselho. Os cinco se viraram para ver a entrada do chefe da segurança e Caliel o questionou:


-Lariel, o que o traz aqui? Aconteceu alguma coisa?


 Lariel não sabia como explicar e depois de escolher bem as palavras falou:


-Bem, temos visita e eles gostariam de falar com o Conselho. Parece ser importante.


O Conselho ficou surpreso e curioso, já que Lariel parecia estar confuso sobre o que falar.


-Onde eles estão? E quem são eles?


-Eles estão aí fora e quem eles são é melhor os senhores mesmos verem.


O homem saiu e voltou seguido dos dois visitantes. O Conselho parou de respirar ao ver o primeiro visitante.


-Azrael?! 


Ao ouvir o seu nome, ele levantou a cabeça e olhou para quem o chamou. Reconhecia-os. Ficou um pouco irritado ao ver aqueles que o tinham traído, pode finalmente entender como Karen tinha se sentido ao vê lo.


-Sim. Sou eu.


Ariel deu um passo à frente e perguntou:


-O que o traz aqui?


-Vim fazer algo para ajudar o meu povo.


Os homens que estavam ali abaixaram um pouco a cabeça envergonhados. Tinham armado contra aquele homem e agora ele aparecia disposto a ajudar. Era uma situação quase humilhante.


-Como soube do que estava ocorrendo aqui?


-Meu pai me contou.


Um dos homens se aproximou e falou:


-Entrou nas Terras Sagradas?


Com um olhar desafiador, Azrael respondeu convicto:


-Sim. Pelo que entendo as Terras Sagradas ainda me consideram seu único Rei.


Mais uma vez o Conselho se calou. Harry riu um pouco atraindo a atenção do Conselho que olhou para ele curioso. Harry não perdendo tempo em falar comentou:


-Depois dessa patada eu também ficaria envergonhado.


Azrael segurou o sorriso, mas não conseguiu evitar que seus olhos brilhassem divertidos.


O homem se aproximou de Harry e perguntou:


-Quem é você meu jovem?


-Meu nome Harry. E o seu?


O homem ficou surpreso pela irreverência do rapaz que estava na sua frente, mas respondeu de qualquer jeito num tom reprovador:


-Meu nome é Uriel, sou um dos membros do Conselho da Ordem da Lua.


Harry encarou o homem como se tivesse descoberto a América e falou:


-Era assim que eu tinha que me apresentar? Então me desculpa. Vamos começar de novo.


Azrael estava revirando os olhos para a atitude de Harry apesar de estar achando engraçado.


-Meu nome é Harry, e não sou um dos membros de nenhuma Ordem sua.


Uriel arregalou os com a insolência do garoto e Azrael não agüentou e teve que falar:


-Enquanto a gente não resolve as coisas por que você não cala a boca garoto? Será a sua atitude mais inteligente.


Harry amarrou cara e respondeu num tom que parecia de uma criança mimada que perdeu o brinquedo:


-Mas estava divertido colocar essa cara nesse anjinho aí.


-Problema. Deixa-me falar logo o motivo de ter vindo aqui.


Todos prestaram atenção quando ele falou isso.


-Eu vim aqui para tomar o meu lugar por direito e com isso liderar o meu povo para a vitória.


O silêncio tomou a sala. O conselho mais uma vez estava chocado. Harry olhava para tudo indiferente. Os minutos foram passando e o silêncio continuava. Harry e Azrael já estavam ficando impacientes.


-Vocês vão dar uma resposta ou vamos ter que ficar aqui até você acordarem do transe?


Um dos homens do Conselho que estava calado perguntou num tom irônico:


-Você quer o trono de volta para quê? Para poder trair o nosso povo por qualquer humana oferecida que aparecer?


Dois rosnados foram ouvidos, antes que Azrael pudesse pular em cima daquele maldito por ter falado mal da Rainha, Harry já tinha jogado o anjo contra a parede e o estava enforcando.


Azrael se acalmou para poder controlar a situação.


-Harry pode soltar ele.


-Eu não quero!


As garras de Harry estavam começando a aparecer e cortar o pescoço do homem que estava paralisado por causa da energia negra de Harry que estava concentrada nele.


-Larga ele. Obedeça, é uma ordem.


Harry sentiu o poder que a ordem de Azrael produziu em seu corpo e soltou o homem. Depois desapareceu e apareceu do lado de Azrael, ainda estava furioso mais já estava controlado.


-Quem é esse garoto Azrael?


O homem que tinha sido atacado perguntou surpreso e intrigado pela força do garoto.


-Como ele é tão poderoso?


Azrael olhou para o homem que estava esfregando a garganta que estava roxa pelo aperto.


-Eu sou o mestre dele. Estou o treinando.


O Conselho ficou mais uma vez surpreso. Em sua cultura somente parentes podiam treinar os jovens. Então aquilo só podia significar uma coisa...


-Qual o seu parentesco com o garoto?


Azrael revirou os olhos num gesto que já estava ficando freqüente.


-Ele é meu descendente, mas isso não vem ao caso. Eu vim aqui para assumir o trono e não vou trair o meu povo por nada.


-Você já fez isso uma vez, porque não faria de novo?


-Eu nunca trai meu povo e vocês sabem muito bem disso ou a mentira que vocês criaram foi tantas vezes repetida que vocês já acreditam nela.


-Não há nenhuma mentira.


Azrael já estava cansado daquela discussão. Queria resolver logo aquilo tudo para poder ir embora, mas eles estavam complicando a sua vida.


-Vamos deixar claro o assunto. Vocês precisam de ajuda para ganhar. E eu estou disposta a ajudar se me devolverem o trono. Simples. Se você recusarem a minha oferta perderam o trono de qualquer jeito e além de que morreram.


Apesar de não quererem admitir, o Conselho sabia que Azrael estava certo. A população estava desmotivada, não eram guerreiros eram só curandeiros. O exército da Ordem do Sol era muito maior e mais poderoso que o deles, já que uma grande parte era da nobreza e isso os dava um poder extra. Não sabiam o que fazer, estava tão desesperado que até aceitariam a oferta de Azrael, só havia uma dúvida.


-Como você poderia nos ajudar?


-Não se esqueça que antes de tudo era o Rei daqui. Tenho os meus truques, além de que terei a ajudinha de alguns amigos meus que não se importariam de lutar nessa guerra.


Harry se intrometeu na conversa e comentou:


-Tenho certeza que alguns amigos meus poderiam ajudar numa boa nessa guerra.


Os homens olharam intrigados para ele.


-E seus amigos seriam poderosos?


-Se não fossem eu não os indicaria para lutar numa guerra.


O último homem do Conselho que não tinha dito nada falou:


-Meu nome é Aniel e pergunto: e você tem poder o suficiente para lutar nessa guerra? Nossos inimigos não são fracos e apesar de ter conseguido paralisar um dos nossos, foi só uma ação de surpresa, pois não esperava um ataque. Você me parece ser um garoto ainda.


Harry ponderou as palavras daquele ancião, pois o cara parecia ser velho e falou calmamente:


-Posso ser um garoto, mas sou muito poderoso. Sempre treinei com os melhores e não fui aceito no grupo da qual pertenço hoje sendo tão fraco quanto pensa que eu sou.


-E qual o grupo que você pertence?


Harry sorriu e recebendo uma confirmação de Azrael, ele explicou:


-Deixa eu me apresentar direito: Eu sou Harry Potter, membro do Círculo das Sombras, descendente direto de Azrael, o Rei de Atziluth e Karen, a Rainha das Sombras. Sou um dos filhos das trevas e tenho como Mãe Suprema, Lilith.


Agora sim o silêncio imperou na sala do Conselho. Nem o som da respiração era ouvido. Azrael olhava orgulhoso para o garoto que estava desafiando o conselho e emanava uma aura de puro poder. Ninguém podia negar diante de tanto poder que ele exalava a sua descendência.


Harry olhava confiante para os membros do Conselho, podia sentir a surpresa e até a ponta de medo que eles exalavam isso tentou o seu demônio interior que queria sentir mais daquele cheiro e choramingou Me deixa sair. Deixa-me incitar mais medo neles. É tão bom esse cheiro. Eu quero sair para me divertir. Harry se concentrou e calou o demônio que estava preso em seu corpo. Ainda não era a hora de ele sair.


-E então já acreditam que somos a única alternativa que vocês têm?


Tinham que aceitar isso e não havia outra escolha.


-Sim, aceitamos. Você, Azrael, nos liderará nessa guerra e com ela terminada assumirá o trono de Atziluth.


Um a um, os membros do conselho se curvaram diante de Azrael. Depois saíram da sala para anunciar o novo rumo que a guerra tomou. Harry por último inclinou a cabeça em respeito e falou:


-Não é porque você é Rei que eu vou me curvar. Ainda não tem todo o meu respeito. E eu só me curvo diante da minha Rainha.


Azrael lançou um olhar maroto para o garoto e falou:


-Futuramente ela será a minha Rainha.


Harry olhou incrédulo para o anjo que estava na sua frente. Ia ser bem difícil convencer Karen a voltar com Azrael, mas seria divertido o ver tentar.



Parte 2 ( Para quem sentiu falta de algumas pessoas... eles aparecerão. Calma.)


Kira acordou com o corpo todo dolorido. Não havia um musculo seu que não estivesse protestando contra qualquer movimento brusco até sua palpebras estavam relutantes em se abrir. Esperou alguns minutos até recuperar um pouco de forças quando ouviu a voz:


-Você deve descansar mais um pouco antes de estar pronta para conhecer o local que você vai treinar pels próximos doze meses.


Kira se sentou rapidamente e abriu os olhos em alerta. Com esses movimentos bruscos acabou que não conseguiu segurarum gemido alto que a dor em seu corpo provocou.


-Se eu fosse você ia com mais calma. Karen forçou você demais nessa corrida. Beba essa poção e depois nós conversaremos.


Lilith se aproximou com um copo e ajudou Kira a beber, esta sentiu todas as dores que sentia desaparecer ao mesmo tempo em que um torpor a acometia. Em poucos minutos ela desabava na cama. A bela mulher cobriu a menina com um lençol, fez um carinho em seu rosto e murmurou:


-Tadinha, não terá mais uma noite de descanso como essa tão cedo.


E com um sorriso malicioso saiu do quarto já imaginando o que iria fazer no treinamento da garota.


 


Karen já tinha alguns planos em mente. Não podia se esquecer dos guardiões. Por mais que não gostasse deles, ainda seriam muito valiosos nessa guerra. Estava num templo há muito esquecido pela a humanidade. Sua irritação era visível, mas só não conseguia superar a sua concentração.


Estava dentro debaixo da água. Nadava rapidamente e logo chegou até uma caverna submarina. Saiu de dentro da água e lançou feitiço para se secar. Continuou andando soltando reclamações de como aquilo era incrivelmente irritante. Podia sentir a magia latente naquela caverna. Havia sido invrivelmente protegida para evitar invasões.


Parou diante de uma enorme porta que estava cheia de proteções e todas elas feitas com Magia Branca. Ficou impressionada, algumas daquelas proteções nem ela conhecia, mas não se surpreendeu com isso. Aquele lugar era muito importante para estar desprotegido e ela nunca tinha gostado de Magia Branca. Gostou do que viu e pensou que era bom pesquisar mais sobre o assunto.


Passou uma hora desfazendo cada uma das proteções o que lhe cansou um pouco. Depois disso sentou um pouco em uma pedra e calmamente invocou um cesto com alguns lanchinhos. Ficou meia hora ali, comendo e refletindo e quando cansou de ficar parada resolveu abrir a porta.


Empurrou um dos lados da porta e entrou num enorme salão totalmente decorado com ouro.


-Nossa! Sempre tive uma leve impressão de que eles gostavam de ouro.


Riu um pouco e avançou pelo salão. Havia um verdadeiro exército de estátuas paradas nas laterais do salão, o que fez Karen ter um pressentimento de que aquilo não era nada bom. Continuou o seu caminho observando atentamente os detalhes entalhados em ouro. Contavam a história daquele templo, mas não estava com paciência para besteiras, até já tinha decorado aquela história antes de vir.


Viu que no fundo do salão havia trê estátuas gigantescas. As três estavam sentadas em tronos, mas uma estava numa posição mais elevada. Olhou atentamente a estátua central e sorriu.


Começou a cantarolar uma música qualquer enquanto desenhava algumas inscrições que lembravam muito a egípicia. Fez o primeiro desenho na frente da maior estátua que tinha, quando terminou deu um passou para trás e se concentrou. Em pé, juntou as palmas das mãos, parecendo que estava rezando. Devagar ela foi separando as mãos ainda de olhos fechados, entre elas começou a formar uma bola de fogo. Quando estava no tamanho exato de uma bola de basquete, Karen lançou a bola sobre o círculo de inscrições que tinha desenhado.


 


Ao inves de destruir as inscrições, a bola de fogo foi absorvida e tomou a forma das inscrições. Com muita paciência ela puxou a varinha que só usava durante as aulas e apontos para as chamas. Com alguns movimentos de mão o círculo saiu do chão e subiu até o peito da estátua.


 


Esperou algum tempo até que a estátua se mexesse e ganhasse vida, diminuindo de tamanho logo em seguida. A mulher que se apresentou na sua frente era muito bonita e exótica: tinha os cabelos da cor do fogo e os olhos na mesa coloração, e as pupilas eram em forma de gato.


 


-Quem ousa despertar um Guardião?


 


A mulher parecia estar muito irritada e mal humorada. Karen riu e respondeu:


 


-Parece que temos alguém aqui que não está de bom humor.


 


A ruiva olhou com raiva para Karen, mas levou somente alguns segundos para que ela desse um grito e pulasse em cima da Rainha falando:


 


-Karen! É você minha amiga! Que saudades! O que você está fazendo aqui?


 


Karen riu com o entusiasmo da amiga. Elas se conheciam há muito tempo.


 


-Isa. Primeiro vamos colocar o papo em dia, depois eu falo por que eu vim aqui.


 


Ela conjurou poltronas e um lanchinho. As duas se sentaram e ficaram conversando durante um bom tempo. Quando todos os assuntos já tinham sido discutidos. Isa que já estava morrendo de curiosidade perguntou:


 


-Então o que a fez vir aqui me acordar?


 


-Preciso da sua ajuda.


 


-Em quê?


 


-De algum jeito que eu não sei como, há descendentes seu andando por aí.


 


A ruiva ficou tão vermelha quanto à cor de seus cabelos.


 


-Não vou te explicar como se faz para ter descendentes, mas se ainda tem alguns andando por aí eu te ajudo com prazer.


 


Karen sorriu e abraçou  feliz a amiga.


 


-Ótimo.


 


Ela conjurou uma penseira e depois de tirar algumas memórias mostrou para a amiga.


 


-Esses são os seus descendentes. De toda a família eles são os únicos que tem o poder ativo no sangue.


 


Isa observava os dois adolescentes pela memória da amiga.


 


-Eles são muito bonitos. E ruivos iguais a mim. Você quer que eu faça o quê?


 


Karen ficou séria e respondeu:


 


-A guerra estourou e eu não tenho tempo para cuidar de criancinha. Eles não têm poder suficiente para enfrentar nem metade do que está por vim. Eu quero que você os receba e os treine e desperte neles o espítito guardião.


 


Isa analisou bem o que Karen estava pedindo. Sabia muito bem o quaõ sério aquilo podia ser. Para se despertar os espíritos guardiões em jovens humanos seria necessário muito treino e muito poder.


 


-Eu não posso fazer isso sozinha, vai ser necessária muita energia para se despertar dois ao mesmo tempo.


 


-Eu sei. Por isso eu estava pensando se não poderia despertar os seus irmãos.


 


Isa arregalou os olhos e perguntou:


 


-Você tem certeza disso? Você vai despertar o meu irmão? A Nena eu até entendo. Vocês também se davam bem, mas o Jason?


 


-Eu sei. Eu sei. Aceito as consequências disso, mas só porque é muito necessário.


 


Isa ficou surpresa e entendeu de vez que a situação realmente era muito crítica. Karen pareceu se lembrar de algo.


 


-Quase que eu esqueço, eu peço para que vocês treinem mais uma pessoa.


 


-Quem?


 


Karen tirou mais um pensamento e mostrou uma menina de cabelos castanhos lendo concentrado um livro.


 


-Quem é ela? Não parece minha descendente.


 


-E não é. Ela é descendente de Nena.


 


Isa arregalou os olhos e comentou:


 


-Aquela safadinha! Sabia que a viagem que ela fez tinha algo de estranho.


 


-Você não pode falar nada!


 


Isa deu a língua e fez uma careta para a amiga.


 


-Vamos logo acordar esses dois preguiçosos. Eu acordo a Nena e você o Jason.


 


Cada uma se posicionou e repetiram o pequeno ritual que Karen tinha feito antes. Esperam um pouco e logo as estátuas já estavam se mexendo. Nena foi a primeira a ver Karen e fez à mesma coisa que a irmã. Deu um pulo em cima dela e


 


-Karen! É você minha amiga! Que saudades! O que você está fazendo aqui?


 


Karen riu se equilibrando para não cair quando soltou Nena ouviu uma voz masculina dizendo irônicamente:


 


-Olha só quem está aqui. Lembrou dos amigos perdidos?


 


Jason se aproximou de Karen e os dois ficaram se encarando com raiva por um bom tempo. Até que ao mesmo tempo em que ele a puxa para um abraço, ela se joga em cima dele.


 


-Senti sua falta baixinha.


 


-Também senti sua falta seu idiota.


 


E eles mostraram que estava mesmo com saudades. Sem dar esperar mais nem um segundo se beijam como se não se vissem a muito tempo, que era o que acontecia. Depois de alguns momentos em que eles ainda estavam se beijando, Isa e Nena que já estavam impacientes e fazendo muitas caretas, os separam.


 


-Chega de melação. Temos um assunto importante para tratar. Depois vocês matam as saudades.


 


Karen explicou para os dois irmãos o que ela tinha vindo fazer ali. Nena ficou sem graça e surpresa pela notícia. Jason começou a zoar as irmãs:


 


-E vocês ainda falavam de mim. Pelo menos eu assumia as minhas bagunças enquanto vocês faziam tudo escondindo...


 


Elas ficaram ainda mais envergonhadas com aquilo. Json zoou mais um pouco e depois deixou para lá ou para outro momento. Karen queria a resposta dos três.


 


-Então vocês aceitam ou não?


 


Os irmãos se entre olharam e com alguns movimentos de cabeça aceitaram a proposta.


 


-Que bom! Assim vocês me tiram um peso enorme das costas. Vou trazer os garotos amanhã. Com isso ficamos com uma preocupação a menos.


 


Ela passou mais um tempo ali conversando com eles e depois foi embora. Tinha muitos outros assuntos para resolver.


 


 


 


 


Nas terras congeladas do norte, três aldeias eram habitadas pelos conhecidos “Povos do Norte”. Eram mercenários com habilidades mágicas. Suas especialidades eram assassinatos, tráfico de armas e qualquer outro serviço que lhes fossem vantajosos.


Não eram um bando que se juntou só porque tinham negócios em comum. Todos ali eram descendentes de uma raça guerreira que há mais de mil anos praticavam esses serviços. Muitos de seus homens se tornaram conhecidos pelos simples humanos como lendários piratas e vickings.


 


Moradores das regiões próximas a essas aldeias tinham medo de seus habitantes e sempre se mantinham cautelosos quando os viam perto de suas casas. Apesar de não saberem extamente o que eles eram tinham noção do perigo que eles emanavam. Nenhuma confusão era armada com eles.


 


Os Povos do Norte estavam agitados há algum tempo o que estava preocupando seus vizinhos. Sempre tinha movimento de entrada e saída para as aldeias e às vezes passavam perto das pequenas cidades. Perto demais.


 


Enquanto isso numa das aldeias, os chefes estavam reunidos discutindo um assunto muito importante. Haviam sido contactados para se aliarem a um bruxo das trevas em ascenção. Era uma boa opção. Seria bem interessante esse negócio. Poderiam eliminar a concorrência humana. Seria bem proveitoso, mas eles tinham que consultar o lider deles.


 


Estavam esperando a chegada dele. Apesar de ter assumido há pouco tempo, ele já tinha o respeito de todos. Era um líder nato para os Povos do Norte. Havia provado isso há algum tempo ao derrotar Ivan, o protetor.


 


A sala de reuniões estava lotada. Se uma pessoa normal entrasse naquela sala ela poderia desmaiar ou simplesmente se borrar nas calças. Qual outra reação poderia acontecer ao entrar numa sala cheia de assassinos com os totalmente sem vida?


 


Já estava na hora do líder chegar quando uma sombra se mexe a parede e um homem chega acompanhado de alguém.


 


Os assassinos fazem um movimento de cabeça em respeito ao homem que tinha aparecido. Por muitos em outros lugares ele não seria considerado um homem. Mas naquele grupo depois de todas as demonstrações de poder e carater que ele deu, sim ele era um homem.


 


Tinha um metro e noventa de altura. Cabelos loiros muito claros até os ombros. Olhos cinza e frios. Olhou atentamente para todos os homens que havia ali. Cumprimentou cada um pelo nome e em seguida apresentou seu acompanhante.


 


-Pessoal essa é minha amiga Karen.


 


Ninguém tinha percebido que era uma mulher até ela sair totalmente das sombras. Eram assassinos e também eram homens e não esconderam a avaliação que fizeram com os olhos do corpo dela. A aprovação surgiu em todos os rostos. Um dos que estava ali comentou divertido:


 


-Não é muita areia para o seu caminhão não?


 


Os risos se espalharam pelo salão. Draco não gostou muito do comentário e ia retrucar quando Karen falou mais rápido. Ela passou uma mão pela cintura de Draco e a outra, ela pousou em cima do coração dele virando para o resto do salão ela comentou com uma cara maliciosa:


 


-Não falem assim do Draquinho, eu posso garantir que o caminhão dele é bem grande e do tamanho ideal.


 


O salão ficou em silêncio pela declaração da mulher que estava parada ali na frente deles. Alguns que estavam bebendo algo quando ela falou, cuspiram tudo ou se engasgaram provando mais risos.


 


Draco revirou os olhos e sussurrou:


 


-Se Gina escuta isso eu estou ferrado!


 


Ele se separou de Karen que estava rindo e falou sério:


 


-Vamos ao que interessa. Eu sou be que vocês receberam uma proposta para se aliarem a Voldemort e estão pensando seriamente em aceitar.


 


Todos concordaram e um deles se adiantou e explicou:


 


-A proposta é boa. Eliminaríamos concorrentes e conseguiríamos muitas vantagens e lucros.


 


Draco relevou o assunto. Sabia muito bem que apesar de aprovar as ações do cara de cobra ele sabia jogar muito bem.


 


-Antes de tomarem uma decisão eu quero que considerem duas coisas. Eu não apoiarei o cara de cobra e a minha amiga aqui tem uma proposta que deve ser bem melhor do que a dele.


 


Karen não esperou eles falarem e já foi comunicando.


 


-Tenho certeza que seria muito melhor se vocês se juntassem a mim do que com o Voldemort. Ofereço duas coisas que vocês mais desejam: lucros e caça.


 


-Os lucros viriam dos saques a casas dos servos de Voldemort e a caça: seriam os servos. Tenho certeza que vocês conhecem as famas deles, e que são considerados inimigos poderosos.


 


Os homens avaliaram a mulher que estava na frente deles. Tinha suas dúvidas quanto as promessas dela.


 


-Como saberiamos se não é uma armadilha?


 


-Isso mesmo. Sabemos que é Voldemort e o seu objetivo apesar de só estarmos interessados no que for mais lucrativo para nós, enquanto que com você nós não temos a mínima idéia de quem seja.


 


Karen fez uma careta e comentou:


 


-Nossa, eles nem sabem que eu sou, estou ficando enferrujada. Não é uma armadilha. Eu quero vocês do meu lado nessa guerra. Vocês são o povo de Draco, e como ele está do meu lado, também quero vocês do meu lado.


 


Os homens se dirigiram para Draco e perguntaram:


 


-Você confia plenamente nessa mulher?


 


-Confio. Ela que foi responsável pelo meu treinamento. Ela é a mestra de Kalius.


 


Se uma palavra pudesse definir a reação dos mercenários, a palavra seria: choque. Sabiam muito bem quem era Kalius. Era uma lenda entre as criaturas do submundo. E se aquela mulher era mestra dele, com certeza ela deveria ser respeitada e temida.


 


-Você realmente é a mestra de Kalius?


 


-Mestra é muito forte. Eu o considero um amigo que eu dou dicas quando nos encontramos. Querem que ele venha até aqui para confirmar minhas palavras?


 


A resposta veio quase em um grito unânime do grupo. Karen se surpreendeu e eles explicaram:


 


-Tivemos alguns problemas com o Kalius há algum tempo. Fomos contratados para saquear um lugar que ele protegia. Deu muito problema.


 


Karen assentiu e voltou ao assunto:


 


-E então o que vocês me dizem da minha proposta?


 


-Gostariamos de ter uma reunião particular com o líder antes de dar qualquer resposta. A outra prosposta realmente nos interessou.


 


Ela concordou com a resposta e deixou claro:


 


-Esperarei a resposta ansiosa. Não aceito decepcões e se forem para o lado de Voldemort se preparem para me encaram nas batalhas porque eu não sou legal com os meus inimigos.


 


A temperatura na sala caiu mais do que lá fora, e olha que eles estavam no meio de um deserto de gelo. Karen desapareceu em meios às sombras.


 


A verdadeira reunião começou a partir de agora. Muitos estavam em dúvida de aceitar o acordo com Karen, apesar de tudo as propostas de Voldemort era bem mais tentadora. A verdadeira proposta que ele fez impressionou Draco, mas isso não o impediria de convencer seu exército de ir para o lado de Voldemort.


 


 


 


 O Círculo das Sombras estava muito ocupado. Karen tinha lhes dado uma tarefa: entregar convites. Max mais uma vez estava resmungando e Rafael falou:


 


-Eu também não estou feliz então cala a boca e não me deixa mais irritado!


 


-Não sei como ela pode fazer isso com a gente. Ter que ir entregar convites. É quase humilhante e sem noção!


 


Helena revirou os olhos e comentou:


 


-Estou tão irritada quanto vocês. Ela só fez isso porque a gente reclamou daquela missão que ela nos deu. Quem mandou a gente reclamar por ter sido difícil, agora a gente tem que evitar morrer de tédio.


 


Os primeiros nomes da lista foram tranquilos. Estavam trabalhando separados para poderem cobrir um espaço maior em menor tempo, mas mesmo assim a lista era enorme.


 


-Quem foi que  montou essa lista com a Karen? De onde ela tirou tantos nomes?


 


William já estava entediado e quando ficava entediado ficava com raiva. Rafael, o que de longe parecia o mais calmo respondeu:


 


-Ela montou a lista com Lilith.


 


O silêncio imperou por alguns minutos. Max bufou e falou:


 


-Está explicado. Lilith conhece todas as criaturas vivas nesse mundo ou nos outros.


 


Helena parou um pouco para pensar e perguntou um pouco hesitante:


 


-Será que teremos que ir para algum lugar realmente bizarro?


 


Cada um pegou a lista que haviam recebido e procuraram os lugares mais bizarros. Helena foi a primeira a encontrar.


 


-Não acredito! Eu realmente vou ter que ir lá? Ela não poderia fazer isso?


 


-Para onde você vai ter que ir?


 


-Para o inferno.


 


Todos riram e fizeram brincadeiras com Helena, mas se calaram ao verem alguns dos lugares que eles teriam que ir. Max estava inconformado:


 


-Será que eles não poderiam viver num lugar normal? Cavernas, florestas e pântanos até dá para relevar, mas que tipo de pessoa mora num vulcão?


 


William interviu e falou:


 


-Está reclamando disso? Eu vou ter ir até entregar um convite para um cara que vive numa floresta que existe na Alemanha...


 


-Não tem nada demais nisso.


 


-... Que foi destruída há cem anos.


 


-Está bem isso complica um pouco.


 


-Um pouco?! Como eu vou achar uma floresta extinta?


 


-Depois a gente resolve isso. Rafael qual foi o lugar mais estranho que você tem na sua lista?


 


Ele passou os olhos mais uma vez na lista e falou confuso:


 


-Aparenetemente eu tenho que ir até um cemitério amaldiçoado e ressucitar algumas criatura.


 


-Como você vai fazer isso?


 


-Não tenho a mínima idéia, mas eu vou deixar esse por último e antes de ir vou pedir algumas explicações a Karen.


 


Todos concordaram em fazer isso. Não sabiam se Karen tinha bebido demais ao fazer aquela lista ou finalmente os efeitos da idade estavam fazendo efeito sobre ela.


 


 


 


 


O Conselho havia reunido os membros mais importantes e confiáveis da resistência contra a Ordem do Sol. Ninguém sabia o motivo do Conselho ter pedido aquela reunião urgente.  Nenhuma idéia que eles tiveram os preparou para o anúncio que o Chefe do Conselho, Ariel, fez:


 


- Perdão por ter tirado vocês de seus afazeres tão urgentemente. Viemos trazer uma notícia muito importante. Temos um novo aliado em nossa batalha contra a Ordem do Sol.


 


Os murmúrios cresceram com aquela declaração. Estavam curiosos para saber querm seria esse novo aliado misterioso.


 


-Gostaria de apresentar o nosso novo aliado, Azrael.


 


O choque já estava ficando repetitivo nos personagens da história. Os membros da Ordem da Lua estavam estáticos com os olhos arregalados vendo Azrael subir no palanque improvisado. Por querer entrar com estilo ele subiu o palanque com as asas abertas.


 


Nenhum membro da Ordem da Lua tinha sangue azul, ou seja, eram da nobreza. Por isso suas asas variavam em tons de azul, amarelo e vermelho e sua derivações. Então quando Azrael subiu com suas asas completamente brancas, todos ficaram boquiabertos.


 


Ariel continuou a discursar:


 


-Ele ofereceu apoio para a nossa causa. Espero que ele seja bem recebido por todos.


 


Ainda estavam muito surpresos e só depois que o Conselho e Azrael desceram do palanque é que eles acordaram. Reuniram se envolta de Azrael e começaram a fazer perguntas, as quais ele respondeu calmamente. Estava se perguntando onde estava Harry quando ele entra no salão e vê aquela bagunça em volta dele e ri um pouco.


 


Ninguém prestou atenção em Harry que se encostou a uma parede e ficou olhando tudo atentamente. Estava achando aquilo tudo muito engraçado. Sabia que Azrael queria apresentar ele para aquele povo todo e só estava esperando uma oportunidade. E ela apareceu mais cedo do que ele queria.


 


Um dos homens que estava falando com Azrael o viu olhando para um canto e avistou Harry e perguntou em voz alta:


 


-Quem é aquele rapaz?


 


Todos se calaram e olharam para onde o anjo ruivo apontou. Azrael aproveitando a deixa explicou se colocando do lado de Harry:


 


-Este é Harry Potter, meu descendente e herdeiro.


 


Com o silêncio feito foi quase possível ouvir o cri - cri dos grilos.


 


-Descendente?!


 


-Herdeiro?!


 


Azrael concordou e explicou:


 


-Quando eu fui rei numa das minhas andanças pela terra eu me apaixonei por uma quase humana e ela gerou um filho meu. Harry veio da linhagem nascida dessa criança.


 


-Para que seja provado que ele tenha sangue de anjo em suas veias, meu jovem você teria asas?


 


Harry encarou o homem que tinha perguntado isso e respondeu calmamente:


 


-Asas eu tenho. Elas só são pouco mais escuras que o normal.


 


-Mostre-nos as suas asas.


 


-Tudo bem.


 


Harry se concentrou um pouco e suas asas se abriram. Um vento frio passou pela sala, mesmo ela não tendo janelas abertas. O sentimento era de que a morte tinha passado por ali. A surpresa foi visível ao se constatar que as asas do garoto eram pretas. Não havia brilho. Não havia luz que se refletisse naquelas asas.


 


-Ele é um caído!


 


Foi essa a única expressão que os homens que estevam ali consiguiram pronunciar. Azrael revirou os olhos e começou a explicar lentamente:


 


-Ele não é um caído ou vocês veriam a marca nele.


 


-Mas a cor das asas...


 


Azrael já estava ficando impaciente. Será que aqule guerreiros eram assim tão lerdos ou era sua presença surpresa que os tinha desnorteado?


 


-A cor é essa porque ele não é nem totalmente humano nem anjo. Também corre sangue de uma criatura das sombras nele.


 


Harry pensou se o objetivo do traidor era acabar com aqueles outros anjos, ele realmente conseguiu. Cada coisa que ele revela os caras quase tem um ataque do coração. Assim eles não vão sobreviver para a batalha. Resolveu expor um aprte do seu pensamento:


 


-Azrael, se você continuar a contar esse tipo de coisa, eles não vão aguentar muito tempo e terão um ataque.


 


Os olhares mais uma vez recaíram sobre Harry. Na verdade nem tinham saído depois da última bomba que Azrael tinha lançado sobre eles.


 


-Anjinhos, por que não começamos a falar de coisas sérias ao inves de vocês ficarem me encarando. Eu sei que sou lindo, gostoso e maravilhoso, mas eu já tenho dona e ela é muito ciumenta.


 


Azrael segurou uma risada. Um dos anjos não gostou muito da brincadeira e retrucou:


 


-Quem você pensa que é para falar assim conosco? Somos o esquedrão de elite de Atziluth! Os melhores guerreiros dessa raça!


 


Harry ficou encarando o homen com cara de e daí? Quem se importa? Isso só fez com que o homem ficasse ainda mais irritado. Sem conseguir se controlar o homem abriu totalmente suas asas empurrando os amigos para os lados e antes que alguém pudesse fazer algo para evitar lançou uma bola de energa azul em Harry. Este ficou surpreso com o ataque e não se defendeu. Recebeu a o ataque diretamente no peito.


 


Foi lançado dois metros para trás e caiu deitado no chão. Ficou assim alguns segundos até que se levantou balançando a cabeça como se estivesse tentando afastar alguma coisa da mente. Então sua voz saiu incrivelmente infantil quando falou:


 


-Eu não gosto de se atacado. Não é nenhu pouco divertido.


 


Num movimento rápido alçou voo e se jogou contra o anjo que o tinha atacado. Saiu arrastando o homem com a mão em seu pescoço até prende lo com um baque contra  a parede.


 


-Assim é bem mais divertido. Vamos melhorar a brincadeira.


 


Harry olhou bem nos olhos do cara. A proteção mental dele era muito boa mais não o suficiente. Com bastante sutileza foi abaixando as barreiras de proteção. Aquele tipo de invasão era diferente do que costumava fazer. Apesar de que se demônio interior estava no comando, Harry ainda dava instruções numa conversa interna:


 


-Acabe com as proteções dele sem danificar a mente dele.


 


-Por quê? Seria bem mais divertido destruir tudo.


 


-Eu também acho, mas ele não é nosso inimigo. Não totalmente.


 


-Mas eu quero brincar!


 


-Eu vou deixar você brincar. Esses homens ao nosso redor vão nos levar até uma nova guerra.


 


-Nova guerra? E como são os inimigos?


 


-São todos os anjos como Azrael.


 


-Poderosos?


 


-Poderosos e muito bem treinados nas artes negras de Atziluth.


 


 Tudo isso acontecia paralelamente ao ataque de Harry contra o homem. Usando de seu poder mental começou o verdadeiro ataque. Jogou o cara contra a parede do outro lado do salão e antes que ele caísse no chão segurou a cabeça dele e lhe deu uma forte joelhada. Perdeu um pouco o sentido, mas acordou rapidamente quando caiu com força em cima do palanque, o quebrando.


 


Tentou se defender da sequência de chutes e lançou mais uma bola de energia com as mãos, isso pareceu irritar ainda mais Harry, que fazendo uma transformação incompleta mudou suas mãos para garras. Com um movimento arrancou as mãos.


 


-Sabe aquela bola azul é muito chata. Assim sem as mãos vai ser bem melhor.


 


O homem começou a guinchar e se contorcer no chão, tentava a todo custo conter o sangramento pressionando os lugares onde deveriam estar as suas mãos contra o corpo e a única coisa que ele conseguia era mais dor. Olhou ao redor suplicando ajuda e ninguém se deu o trabalho de fazer alguma coisa. Todos pareciam estáticos enquanto olhavam ele ser torturado.


 


Ele viu Harry caminhar lentamente para ele com um sorriso infantil. Era no mínimo bizarra aquela cena.


 


-Quel tal a gente brincar de outra coisa? Acabaram as suas mãos e isso é muito triste. Temos que arranjar outra coisa para arrancar.


 


Harry movimentou a mão e colocou o anjo ensanguentado  em pé e o deixou assim. Foi até as asas dele e começou a tirar pena por pena. O anjo deu um berro tão alto que os vidros do salão se quebraram.


 


-Isso deve realmente doer, mas como eu não estou sentindo nenhuma dor...


 


Quando Harry acabou uma das asas o homem já havia desmaido. Então o acordou delicadamente lhe dando um choque.


 


-Acorda que ainda temos muitas peninhas para arrancar.


 


As asas antes azuis do anjo agora estavam vermelhas do sangue que escorria pelas suas costas. Uma enorme poça de sangue havia se formado embaixo dele. O demônio interior de Harry estava se divertindo quando ele ouviu uma voz diferente na sua cabeça:


 


-Já chega. O pessoal aqui já está ficando preocupado.


 


-Já!? Agora que estava ficando divertido?


 


-Pare não se esqueça que eles são nossoa aliados.


 


-Não esqueci, mas é sempre divertido brincar com outros.


 


-Você terá muitos para brincar, mas tem qu esse comportar.


 


-Está bem!


 


Harry cortou a ilusão e se afastou do homem, que soltou um grito de pavor e verificou as mãos e asas para ver se estavam no lugar certo.


 


Todos estavam surpresos por aquilo. Só tinha visto o estranho visitante encostar o anjo contra parede e ele parecia ter sido vítima de um atentado terrível. Um dos homens que estavam como platéia foi até o anjo que estava no chão e o ajudou a levantar e o levou para outra sala.


 


Azrael se aproximou de Harry e colocou a mão em cima de seu ombro.


 


-Meu amigo aqui é muito poderoso e está aqui para ajudar. Na verdade foi ele com a ajuda de meu pai que me convenceram a vir aqui oferecer meu apoio, então espero que o trate bem e outra coisa ele não gosta de ser atacado sem motivo.


 


Azrael estava dando tempo para Harry reassumir o controle do próprio corpo. Este estava de cabeça baixa enquanto controlava e mantinha o seu demônio interior quieto.  Fez um pequeno movimento com o ombro para indicar que estava bem e Azrael o soltou.


 


-Vocês vão aceitar ou não o nosso apoio?


 


Apesar de toda situação, não havia dúvidas de que eles iam aceitar. Estavam em desvantagem na luta. Ainda mais com o fato do exército inimigo ter alguns truques extras por causa do sangue nobre. E o que mais seria bem vindo no seu exército do que um rei?


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

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