Acerto de Contas



Capítulo 22 – Acerto de contas

Karen olhou por último para Azrael que sentiu um frio na espinha, antes que ele pudesse piscar, recebeu um soco no meio da cara. Karen furiosa falou: -Agora eu vou acabar com a sua raça seu filho da p...



Karen olhava para Azrael, sua raiva era palpável para todos que estavam ali. Azrael tinha ido dois metros para trás, continuou em pé, com a cabeça erguida.

-Karen temos que conversar antes que você descarregue sua raiva em mim.

Ela revirou os olhos num segundo e no outro estava dando um chute na altura da cabeça dele, que defende com o braço mais logo e acertado por um soco no estomago. Ele da um passo para trás. Bater era a última coisa que ele queria fazer com ela.

-Não temos absolutamente nada para conversar. Agora fica quieto para eu poder te matar em paz.

Uma voz forte foi ouvida logo depois que ela se calou:

-Chegamos na hora certa!

Karen se virou e viu Haluriel e Jibrile. Esqueceu que estava tentando matar aquele anjo maldito, correu e deu um abraço apertado em cada um deles.

-Realmente chegamos numa boa hora, que tal você deixar a agente se divertir com ele um pouco?

Kristen fechou a cara e respondeu séria:

-Ninguém encosta nele, eu vou acabar com ele sozinha!

Ela desapareceu num flash e apareceu com uma espada na direção do pescoço do anjo, que num movimento rápido pegou a própria espada e se defendeu. Tonks estava observando tudo àquilo sentada exclamou:

-De onde eles tiraram essas espadas?!

Todos se perguntaram o mesmo, pois quase ninguém percebeu aqueles movimentos. A partir daquilo só foi possível ouvir o barulho das espadas. Kristen pousou lentamente com a espada apoiando no chão, Azrael estava com as roupas cortadas em alguns pontos e falou:

-Eu não quero lutar com você Karen.

-Vai ter que lutar se ainda pensa em viver.

-É isso aí seu traidor, se não quiser morrer vai ter que rebolar muito para sair vivo daí.

Azrael olhou com ódio para quem tinha falado. Ele simplesmente odiava Haluriel. Tinha um ódio mortal por aquele homem. O motivo: Karen. Ele tinha...

Seu pensamento foi interrompido por um ataque dela. A espada passou a milímetros dele, só cortando a roupa que vestia.

-Vamos lá anjinho. LUTE!

Karen estava extremamente irritada. Queria ver o sangue daquele miserável escorrer lentamente de seu corpo. Queria que ele sofresse as piores torturas que existissem. Ouvi-lo gritar de dor era o que ela queria. A aura negra de Karen aumentou ainda mais, o frio que tomou conta da clareira era terrível, poderia congelar facilmente.

Cada um que assistia a luta tinha uma emoção diferente. O grupo que estava com Dumbledore tentava compreender as razões daquele ódio e aquela vontade de matar de Karen. Harry e Kira estavam lado a lado observando. Harry querendo acabar com aquele traidor e Kira preocupado com o próprio pescoço. Imaginando o que aquela mulher poderia fazer com ela se ela fizesse mal ao garoto dela. Haluriel e Jibrile olhavam para Azrael com ódio queriam entrar naquela luta para acabar com ele, mas haviam sido proibidos. Isso os deixava apreensivos.

A Tríade das Sombras sorriam com felicidade por ver sua família completa mais uma vez. Os Devoradores do Inferno observavam silenciosamente a batalha. Rafael se pronunciou quebrando silêncio:

-Temos que tirar o grupo de Dumbledore daqui.

Helena não entendeu o motivo daquela decisão. E perguntou:

-Para que fazer isso?

-Vocês ainda não perceberam?  Karen está se segurando para não liberar o seu poder, se ela fizer isso pode destruir tudo ao seu redor. E tenho certeza que eles não vão ser capazes de se defender. E além do mais ela vai precisar desse poder para acabar com aquele maldito anjo.

Rafael se adiantou até o lugar onde estavam Dumbledore e os outros.

-Vocês terão que ir embora daqui.

Dumbledore encarou surpreso aquele homem. Minerva fez uma carranca. Tonks olhava curiosa para ele. Enquanto Lupin se posicionou um pouco na frente da metamorfomaga.

-Por que teríamos que sair daqui?

-Karen não poderá lutar com vocês aqui. Ela vai acabar matando vocês ao liberar o poder dela.

Foi ele falar isso e aura de Karen liberou energia. O ar se tornou pesado e mais difícil de respirar. Lupin sentiu o cheiro de morte. Era muito forte e ele acabou soltando um choramingo que parecia um choro de um lobo. Tonks colocou a mão em cima do braço dele preocupada. Dumbledore e Minerva estremeceram quando sentiram aquela energia, estavam respirando mais rapidamente para conseguir puxar mais ar.

-Vocês estão percebendo o que está acontecendo e vai piorar daqui para frente então é melhor vocês saírem enquanto ainda estão vivos.

Dumbledore se recusou a sair dali junto com o seu grupo, antes que Rafael pudesse falar algo de volta, os quatro caíram no chão desmaiados. O vampiro olhou para os lados e viu o irmão da rainha se aproximar com uma cara impaciente.

-Eles iriam causar muito problema. Assim será melhor para todos.

Peter desapareceu com os corpos adormecidos do grupo de Dumbledore e depois de alguns minutos voltou com um sorriso e gritou para a Karen:

-MANINHA, JÁ PODE RELAXAR. NÃO TEM MAIS NADA AQUI QUE TE ATRAPALHE.

Karen quase deu um sorriso maior que a cara. Azrael olhou com raiva para Peter que só respondeu com um sorrisinho zombeteiro e um movimento de lábios:

-Se ferrou.

Todos que ainda estavam assistindo a luta se protegeram com barreiras poderosíssimas. Eles souberam imediatamente quando o sorriso de alegria de Karen foi substituído por um sorriso completamente diabólico, que ela aprontaria alguma coisa. E ela aprontou.....

Karen liberou uma onda de energia que saiu pulsando de seu corpo. Estavam numa floresta totalmente escura, onde só tinha luz naquela clareira. A energia pulsou de seu corpo destruindo a vida ao seu redor. Era uma energia negra que conferiu ao ambiente um tom ainda mais sombrio. Karen estava emanando trevas, seus olhos estavam negros com a noite sem lua. Ela falou num sussurro frio e com um pouco de humor negro:

-Você foi um anjinho muito mal. Então mesmo não querendo vou ter que te dar um corretivo para você aprender a ter mais respeito e educação.

Karen falou isso com um rosto falsamente angelical. Quando terminou de falar mudou drasticamente as próprias feições. Seus olhos ficaram ainda mais escuros como dois poços negros sem fundo. Isso destacou a sua pele branca e seus cabelos castanhos escuros. Ela desapareceu e apareceu quatro metros a cima de Azrael. O ar deslocava se ao redor dela, mantendo a em equilíbrio no ar. Ela pegou impulso e mergulhou de cabeça na direção do anjo. Quando estava a uma pequena distância ela sacou a espada e deu um golpe poderosíssimo. Azrael afundou os pés no chão com a força que Karen usou. Ela realmente parecia determinada em mata lo.

Azrael sabia muito bem que Karen queria acabar com a raça dele. Ela sempre foi muito vingativa. Desde que eles se conheceram, ela era assim. Não queria lutar com ela, mais ela já estava forçando muito a barra. Paciência tinha limite e a dele já estava no final. Havia esperado pela volta dela há muito tempo. Sempre tinha imaginava como seria o reencontro. Claro que tinha certeza que não seria uma maravilha, tudo na paz. Mas não esperava que fosse assim, sem chance nem de explicar os motivos dele.

Estava muito arrependido por ter ajudado na captura dela. Mas também ele não podia deixar que ela destruísse aquele mundo do jeito que ela planejava. Era contra tudo que ele havia sido ensinado. Não dava para deixar tudo que aprendera em 200 anos de lado. Naquele momento os planos dela eram terríveis de mais, e ainda por cima tinha aquele maldito.... Aquele maldito. Ele que tinha afastado Karen dele.

Azrael foi acordado de seus devaneios ao sentir um deslocamento de ar pero do pescoço. Com um movimento rápido ele se moveu e escapou de ser decapitado. Ele falou calmamente:

-Meu amor se realmente quer lutar então vamos lutar. Apesar de que eu preferia mil vezes que tivéssemos antes uma conversinha em particular para relembrar os velhos tempos.

Azrael piscou o olho para Karen que tina adquirido uma coloração avermelhada no rosto. Ele se aproveitando disso comentou com um sorriso sonhador e com os olhos brilhando de malícia:

-Sempre me senti muito feliz em saber que eu sou o único que te deixa vermelha meu amor.

Karen emitiu o que parecia ser um grunhido de raiva. Seus olhos adquiriram uma coloração vermelha. A espada em sua mão havia desaparecido e a raiva que ela emanava era sentida por todos. Ela não queria nem saber seria na mão mesmo, queria sentir os ossos daquele maldito quebrando debaixo de seus golpes. Numa velocidade que seria considerada impossível para qualquer criatura. Karen deu um soco bem na cara de Azrael que ficou muito surpreso. Não havia conseguido ver esse golpe.

O próximo chute dela foi defendido, apesar de quase ter sido acertado por outro soco direcionado ao seu estomago. Aos poucos Azrael foi acostumando sua força a de Karen. Os dois já lutavam a mesma velocidade, as pessoas ali presentes conseguiam acompanhar os golpes, mas a atenção deles estava dividida em assistir aquela demonstração de poder e em se proteger, pois a cada descarga de por que aqueles dois seres descarregavam, a barreira de proteção deles ondulava. Peter comentou:

-Sempre foi incrível ver os dois batalhando.

Harry ficou curioso.

-Como assim? Eles já lutaram antes?

Peter riu e respondeu:

-É claro que sim. Ele era um dos poucos que agüentava ficar mais de cinco horas lutando contra Karen. Nem mesmo eu e minha mulher conseguíamos acompanhar por muito tempo. Eu só conseguia três horas.

Harry ficou impressionado com aquilo. Quando tinha lutado com Karen, depois de duas horas já havia começado a ficar esgotado e ela só usava 10% de toda sua força. Agora imagine lutar mais de cinco horas contra a rainha usando o poder ao máximo?

-Como acabava a luta deles?

-Era simples. Eles lutavam quase o dia inteiro. Era cansativo assistir, mas também era muito educativo. Por mais que eu fosse o mais velho, minha irmã foi treinada pela melhor. Sua mestra não poderia ter sido outra. Com ela, Karen conseguiu desenvolver muito de seu potencial. E apesar de Azrael ser imortal e tão poderoso como condiz sua posição ela também sempre foi muitíssimo poderosa.

Harry estava abismado por aquilo, mas não havia entendido uma coisa.

-Como assim condição dele?

Peter ficou surpreso e respondeu com uma pergunta:

-Você não sabe o que o Azrael é?

-Um anjo?!

Peter riu e explicou:

-Ele não é simplesmente um anjo. Não como aqueles que os trouxas acreditam que sejam. Os anjos são criaturas celestes que tem um imenso poder. A maior parte de seus poderes são voltados para proteger e curar. Mas uma parcela dos anjos tem uma característica especial. Esse grupo é a nobreza angelical. Azrael é da nobreza dos anjos por isso é pode ser considerado uma das criaturas mais poderosas desse mundo.

Harry não podia acreditar com que estava ouvindo. Aquele traidor era da nobreza?

-Que poder é esse?

Peter observava a luta enquanto conversava com o ‘sobrinho’.

-O poder da morte.

-Como assim o poder da morte?

-É simples. A Nobreza para essas criaturas é a classe na hierarquia que detêm o poder para matar. As outras são simples anjos que na verdade não gostam de matar e não tem a força direcionada para esse tipo de coisa. Matam, mas não gostam de agir assim. Já a nobreza, ela é como se fosse à segurança do Estado deles. São anjos que nasceram com a missão de matar os inimigos. Azrael veio desse meio.

Harry não sabia o que responder. Aquilo com certeza era muito coisa para absorver em tão pouco tempo. Era muita informação. Ele foi tirado daquele pensamento pela voz de Peter que falou rapidamente:

-Pula para a direita!

Harry fez o que ele mandou. No mesmo momento que ele fez, uma bola de energia negra havia destruído o lugar que ele estava antes. Voltando a atenção para a luta pode ver que Azrael e Karen já estavam usando magia. Agora era muito comum, quem estava assistindo a batalha, ter que pular de um lado para o outro por causa das maldições, azarações e outras coisas bem piores que vinham na direção deles.

A floresta que existia envolta dele já estava destruída totalmente. Karen fazia seqüências impressionantes. Ela alternava as maldiçoes e azarações que conhecia como uso da espada que portava.

Azrael que tinha resolvido lutar demonstrava ter um poder igual ao de sua oponente. Ele acertou o chão perto de onde Karen estava fazendo a vacilar no equilíbrio, depois que pulou um metro para trás, mas o que ela não conseguiu ver foi que ele já havia se tele transportado para trás dela.

Ela sentiu a lâmina dele passar de leve pelas suas costas antes de dar um salto para frente evitando um corte mais profundo. Ao sentir o sangue escorrer de seu corpo outro rosnado da parte dela foi ouvido. Ela começou a recitar um encantamento em algum dialeto estranho. Azrael ouviu riu e falou: 

-Não pense que eu vou cair nesse mesmo papo. Você já utilizou essa maldição em mim, e eu já consegui rebater ela da segunda vez. Já conheço muito bem os seus truques, minha querida.

Karen riu e falou com desdém:

-Não pense que eu vou usar os mesmos truques traidor. Antes eu não queria te matar. Mas agora as coisas mudaram. Eu quero e vou matar você! Espero por isso desde que você matou o meu corpo daquela vez.

Azrael percebia ódio que emanava nas palavras de Karen e isso o magoava mais do que qualquer golpe que ela lhe dava, pois a ferida que ela abria em seu coração não podia ser curada como a ferida no corpo... até que Karen lhe acertou uma maldição poderosíssima. Seu corpo foi lançado para trás e involuntariamente um urro saiu de sua boca. Sentiu o corpo inteiro queimar por dentro. Suas costas ardiam como se suas asas tivessem sido arrancadas.

Aquela dor era mil vezes pior do que a conhecida cruciatus, também não seria por menos, ela foi criada e era muito usada para ferir ou matar anjos. Ele por ter uma capacidade de cura muito rápida, conseguiu quebrar a ação da maldição antes que ela chegasse a algum ponto vital. Mas a dor ainda estava presente em seu corpo. Azrael teve que reconhecer aquilo realmente o havia machucado mais e outra coisa que sabia muito bem, ela não ia parar.

Karen concentrou sua energia e recomeçou a atacar usando uma combinação de encantamentos egípcios e mantras de potencialização de magia que havia aprendido. Essa combinação tornava a batalha ainda mais brutal, pois a cada uma delas que era rebatida por Azrael, o local que ela se chocava era destruído imediatamente, desaparecendo. Quando uma daquelas maldições atingiu Azrael, ele teve que ter muito sangre frio para não gritar, mas não conseguiu evitar o gemido de dor.

Apesar de tudo que estava sofrendo, Azrael não deixava barato os golpes que recebia o que eram dirigidos a ele. Simplesmente revidava a altura. Karen havia sido atingida algumas vezes. Menos do que Azrael e sem os gemidos. Sua determinação em matar vencia qualquer sentimento de dor, que pudesse aparecer em seu corpo em batalha. Para desviar de mais uma daquelas maldições, Azrael subiu aos céus abrindo suas enormes asas brancas.

-Menina, de onde você tirou essas maldições e encantamentos?! Está cada vez pior!

Karen deu um sorriso que poderia ser considerado diabólico e falou numa voz sem emoção:

-Eu aprendi algumas coisas na minha passagem pelo inferno.

Um vento frio bateu na clareira. Várias sombras negras se aproximaram das costas de Karen se unindo a ela. O que deixou as pessoas mais surpresas foram às asas que apareceram nas costas da mulher. Eram belíssimas asas. Só que eram negras, mas negras do que de Harry. Sua pele parecia que estava sendo ferida. Um rastro vermelho foi riscado em seu corpo, parecia que ia sangrar a qualquer instante. As mesmas tatuagens que apareciam no corpo de Harry quando este se transformava em sua forma mais terrível estavam agora sendo marcadas no corpo de Karen.

Diferentemente de Harry, a pele de Karen continuou no mesmo tom branco e se possível ficou ainda mais branca do que o normal. Seus olhos estavam negros, até a córnea. Sua roupa preta contrastava com sua pele extremamente pálida. Longas presas saíram de sua boca, suas unhas pareciam pequenas garras afiadas. Sua forma era parecida com a de Harry, mas tinha diferenças bem interessantes.

-Vamos deixar as coisas mais interessantes.

A batalha tornou se alada. Eles cruzavam o céu com uma rapidez impressionante. Como estava de noite só dava para ver nos movimentos as asas de Azrael e o brilho fantasmagórico que a luz da lua fazia ao refletir no corpo de Karen. De vez em quando o sangue dos dois pingava na terra e como se fosse ácido, ela corroia o que tocava. Muitas barreiras tiveram que ser refeitas para poder suportar a ‘chuva ácida’ sangue. Helena comentou:

-Pode ter certeza que depois dessa batalha eu não sei se seria capaz de fazer alguma brincadeira com ela. Tenho até medo de como ela reagiria!

Rafael riu e falou:

-Não se preocupe. Ela só está assim porque foi muito tempo que ela esperou por essa vingança. Agora ela só está libertando um ódio guardado há séculos.

Kira deixou o medo que tinha e falou pausadamente:

-Eu até concordo com vocês, mas tem uma coisa que ainda me deixa confusa.

Helena perguntou:

-O que é?

-A Karen e o Azrael se envolveram naquela época. Pelo que eu entendi, eles eram muito próximos até pelo fato deles terem tido um filho.

Rafael concordou.

-Sim, realmente eles sempre foram muito próximos.

Peter falou despreocupadamente:

-Na verdade eles são casados.

O silêncio se espalhou entre eles, só havia o barulho da luta que ocorria em cima de suas cabeças. Helena era uma das mais surpresas.

-Como assim eles são casados?

-Simples. Eles se conheceram, depois de uns dez anos eles se casaram. Minha irmã era muita apaixonada naquela época.

Kira perguntou uma coisa que deixou todos reflexivos:

-Se ela foi tão apaixonada por ele, mesmo depois da traição dele, como ela vai ficar depois que ela o matar?

Elizabeth se juntou ao grupo e respondeu:

-Tenho a impressão que ela vai ficar triste se ele morrer, mas acho que ela também não vá ficar feliz se ele continuar vivo. Sinto que ela ainda deve gostar dele.

Todos se olharam. Alguns não gostaram daquela idéia e outros pensavam que era possível aquilo ser verdade. Foi então que eles escutam uma explosão. Quando olham para o lugar que havia vindo o barulho, viram uma enorme cratera no chão. O que deixou o queixo deles no chão foi o fato do que foi a causa da cratera.

Azrael havia sido jogado contra o chão por Karen, com tanta força que o impacto dele com o chão produziu aquele enorme buraco no chão. Ele esticou as asas e tossiu um pouco por causa da terra. Mas logo levantou vôo fugindo de um raio roxo que atingiu o chão onde estava provocando um buraco ainda mais fundo no meio da cratera. Eles não conversavam mais. Só falavam quando era necessário recitar algum encantamento e mais nada. Os dois estavam muito concentrados. Karen em matar e Azrael e sobreviver. Ela não estava ligando para nada que estava ao seu redor. Tudo que conseguia pensar era. Matar. Destruir aquele traidor. Mas antes ia faze lo gritar de dor.

A luta estava muito acirrada. Por mais que Karen dominasse, Azrael também era muito poderoso e sabia muito bem como lutar contra ela. Já conheciam o estilo um do outro e isso ajudava na hora de defender, mas atrapalhava na hora de atacar. Quem mais atacava era ela, naturalmente. Enquanto ele só defendia e contra atacava. Usava muito de seus poderes para atacar. Estes eram de cores claras e vivas, o que enganava as pessoas, pois eram maldições e encantamentos fatais. Eles os lançava apela mão, como a própria Rainha fazia.

Ele não agüentava mais ter que lutar contra ela. Antes ele sabia que tudo não passava de uma brincadeira, apesar dos ferimentos. Mas agora era totalmente diferente. Como ele podia ficar calmo ao vê la se machucar e por causa dele. Quando ele a ‘traiu’, teve um motivo muito forte, foi seguir a regra de conduta que lhe foi imposta por tanto tempo, acabou esquecendo de ouvir o coração.

Havia estragado tudo e não sabia como poderia consertar e evitar ser morto pela única pessoa que amou. Ao lembrar de uma coisa tão triste ele olhou para a mulher que o encarava. Podia ver o ódio e a raiva ali, elas dominava a aura dela, mas apesar de tudo isso a mágoa e a dor que estavam no fundo dos olhos dela, era o que o deixava mais triste e culpado.

Viu o cordão que estava no pescoço dela e lembrou de tudo que passaram juntos. Todas as lutas, batalhas, pessoas e criaturas que mataram. Lembrava também dos momentos que tiveram a sós, do casamento inesquecível. Todas aquelas lembranças o fizeram derramar uma lágrima. A lágrima que ele derramava era negra, e escorreu pelo seu rosto branco marcando uma trilha escura. Voltou a atacar ela, mas tinha alguma coisa estranha no ar entre eles.

Ninguém ali soube o motivo daquilo ter acontecido. Os dois tinha resolvido atacar no mesmo momento. Como cada um portava a espada de um jeito, a espada dele entrou no ombro dela, enquanto a espada dela entrou no estomago dele. A dor deles foi compartilhada e então eles lembraram de uma coisa que tinham deixado passar. Karen deu um grito super alto! Afastaram se sangrando muito. As espadas haviam sido envenenadas com alguns feitiços antes deles se atacarem. Karen foi a primeira a se pronunciar.

-Que droga! Porcaria!P. q. p... Só podia acontecer comigo mesmo!

Ela desceu até o chão e recolheu as asas. Azrael ficou do outro lado observando ela andar de um lado para o outro. Ninguém entendia mais nada do que estava acontecendo ali. Aproximaram se de Karen e perguntaram:

-Por que parou tudo? O que aconteceu?

Karen lançou um olhar mortal apara Helena que tinha perguntado, esta se encolheu de medo ao sentir aquele olhar. Karen respondeu irritada:

-Eu não posso matar ele. Por mais que eu queira, eu não posso.

-Por quê?

-Pelo simples fato de que eu fui salva por ele quando nos conhecemos e que fiz um pacto de gratidão com ele. Nesse pacto eu não posso mata lo. É muito complicado de explicar.

Rafael ficou revoltado e falou:

-Isso quer dizer que ele não vai ser punido?  

-Deixe me pensar.

Karen andou de um lado por outro, até que chegou numa idéia. O sorriso sádico que apareceu em seu rosto fez o ânimo deles aumentar. Ela olhou para ele com aquele sorriso. Ele que pensava que poderia ter certa paz para conversar com ela, murchou ao ver aquele sorriso, que ele conhecia muito bem.

-Eu realmente não posso tortura esse filho da mãe. Mas ninguém disse nada que eu não posso continuar com o que eu estava fazendo antes. E com não posso machucar para matar, alguém poderá fazer isso por mim.

Ela sorriu para os amigos, que já estavam ansiosos para saber qual deles ia ter a honra de acabar com a vida do traidor. Karen apesar disso estava triste. Não poderia matar com as suas próprias mãos aquele maldito. Se tentasse fazer isso seria morta no momento seguinte. E ela decididamente não queria morrer tão cedo. Virou para seu amigo, e falou:

-Haluriel, você terminará o serviço.

Os outros ficaram tristes e resmungaram, mas não contestaram a decisão da Rainha. Haluriel ficou super feliz com aquela notícia. Finalmente ia descarregar o ódio que sentia daquele maldito por ter ferido sua pequena.

-É claro minha pequena. Cuidarei dele com muito prazer.

Peter estava emburrado e falou:

-Por que eu não posso cuidar dele?

-Porque eu quero que seja o Haluriel.

Azrael ouviu tudo que estava sendo dito. Ele poderia até pensar em fugir, mas o que isso adiantaria. Nada. Enfrentaria as conseqüências ali mesmo. Mas o que o deixou com mais raiva, foi à preferência que ela deu aquele maldito Haluriel. Os dois se olharam com ódio. Nunca haviam se dado bem, desde o tempo em que Azrael chegou. Este lembrou se de quando a relação deles passou para o estágio do ódio mortal.

Flashback

Azrael estava reunido na sala com alguns dos outros membros do Círculo das Sombras. Estavam todos ‘descontraídos’ se assim poderia dizer que criaturas das sombras ficam. Karen estava conversando com Cailleach num canto da sala. Foi quando a porta se abriu com violência e um homem de um metro e noventa, cabelos loiros e olhos negros entrou no salão sem nenhuma cerimônia. Podia ser considerado muito bonito em vários padrões de beleza. Por seu porte e seu jeito de andar. Além de imponência e poder que emanava de seu corpo.

Karen levantou e deu um belíssimo sorriso para o homem. A alegria no rosto dela era tanta que ela deu um pulo e abraçou o amigo. Este depositou um beijo casto nos lábios dela. -Que bom que finalmente regressaste meu bom amigo, Haluriel.

-Também é muito bom revê la, mina pequena.

Eles se soltaram.

Karen não percebeu mais azrael só faltava soltar fumaça de tanta raiva que estava sentindo. Seus olhos já estavam escuros e só não saiu do lugar por causa dos ciúmes porque Cailleach o segurou. Haluriel falou baixo só para ela ouvir.

-Já tenho as informações que você me pediu. A....

-Não vamos falar aqui. Apesar deu confiar em todos eu quero manter isso em segredo por enquanto

Haluriel concordou com a cabeça. E fez uma pequena reverência para a Rainha. Esta virou para os amigos e falou:

-Podem resolver os assuntos que quiserem, mas se apresentem a noite aqui.

Cailleach e Haluriel me sigam. Azrael termina de resolver aquele assunto que eu comentei outro dia. Azrael sentiu como se o estivessem afastando do local, mas não contrariou, saiu rapidamente do salão só fazendo uma reverência para Karen que ficou um pouco confusa mais logo esqueceu quando foi resolver os assuntos que tinha com Haluriel. O anjo enquanto isso ficava muito desconfiado. Dois dias depois eles descobriu que Karen ia viajar e que estava cheia de segredos com Cailleach e Haluriel.

Foi quando ele ouviu aquele boato que mudou tudo.....

Azrael voltou ao presente ao ouvir aquela voz que ele tanto amava:

-Então vamos recomeçar a nossa brincadeira anjinho. É uma pena que eu só possa torturar você.

Quando Karen ia atacar o anjo, Kira falou preocupada:

-Karen, acho que temos um problema.

A Rainha olhou para a menina sem entender. Foi quando ela viu Harry caído no chão.

-Meu filho....

Karen rapidamente apareceu do lado de Harry segurando sua cabeça.

- O que aconteceu com ele? Karen olhou diretamente para Kira que respondeu rapidamente: -Eu não sei. Ele estava assistindo tudo normalmente, mas ai do nada ele caiu no chão desmaiado. O mais estranho é essa energia que o está envolvendo. Karen olhou de novo para Harry e prestando mais atenção viu a aura que Kira tinha comentado. Ofegou de surpresa ao reparar em como ela estava pulsando. Seriamente ela perguntou para Kira: -Ele foi acertado por algum feitiço da batalha que eu estava tendo com o Azrael? Rafael que respondeu: -Ele quase foi acertado por um feitiço, mas eu o avisei e ele conseguiu desviar. Karen já dar um suspiro de alívio quando Kira falou: -Bem, a barreira dele recebeu feitiços antes de você pararem de lutar. A rainha a fuzilou com os olhos: -E o que aconteceu? Kira respirou fundo antes de responder: - A barreira dele absorveu os feitiços e mudou de cor e falhou um pouco, mas depois continuou firme mesmo depois de ter recebido a combinação dos dois feitiços lançados por vocês. A Rainha quase teve um troço nesse momento. -Combinação?! Dois feitiços?! -Sim. Teve uma hora que os feitiços dos dois se chocaram e se direcionaram para mesma direção, para a barreira de Harry, que fez o que eu te disse. Karen depositou Harry no chão e andou de um lado para o outro. Todos a encaravam curiosos e preocupados. Azrael se mantinha afastado para não ser atacado por nenhum deles, mas estava curioso para saber o que tinha acontecido com o garoto, ainda mais porque ele sentia alguma coisa de diferente nele. Algo familiar. A rainha se aproximou de Harry e começou a lançar vários feitiços. A cada resultado ela franzia mais a cara. Ninguém entendiam mais nada do que estava acontecendo. Somente Helena entendia um pouco. Já havia sido avisada de que aquilo podia acontecer. Depois de lançar tantos feitiços, Karen caiu sentada numa cadeira que tinha conjurado. -Era a última coisa que eu esperava acontecer agora. Realmente eu tinha esperanças que tivesse mais tempo para encontrar as respostas, antes que ele entrasse nesse transe. Kira já estava confusa, ficou ainda mais agora. -Do que a senhora está falando? Karen fez careta pelo senhora mais deixou passar: -Depois eu explico isso com calma vamos voltar para a casa. Ela transportou todo mundo para o salão principal da sua mansão. Em silêncio conjurou uma cama enorme e depositou o afilhado ali. Este parecia dormir tranquilamente. Todos estavam concentrados nas ações de Karen e deram um pulo quando ouviram uma voz perguntar: -Karen porque me trouxe aqui? Os olhares se voltaram imediatamente para o ‘maldito’ anjo. Todos o olhavam com raiva. Menos Kira que não havia tirado os olhos de Harry e estava do seu lado, segurando sua mão quase chorando. Helena que olhava preocupada para a amiga e Karen que em seus olhos só havia uma coisa além da preocupação... -Por mais que eu não queira ver você aqui. Por mais que a minha vontade seja de mata lo. Por mais que todo o meu corpo pulsa por fazer você sofrer antes de morrer. Isso tudo não é importante perto da minha preocupação pelo Harry. Eu não pude cuidar dele uma vez e não vai ser agora que não farei isso. Ela falou isso mostrando muita dor nos olhos. Para Azrael parecia que ela tinha sido privada de alguma coisa muito importante para ela. Mas o que poderia ter sido? Karen olhou para os amigos e falou: -Podem se acomodar nos quartos, Qualquer coisa eu chamo vocês. Eu só quero que fique aqui: Azrael, Helena e Elizabeth. Kira se pronunciou pela primeira vez. -Nem pense em me tirar daqui. Você pode ser a rainha, mas ele é o meu namorado e você não vai me tira de perto dele. A menina estava com os olhos vermelhos e parecia que poderia matar quem ousasse tira la dali. Karen seu um sorriso fraco e respondeu: -Eu nunca faria isso. Mas a parte da ameaça, depois a gente conversa. Kira fez um gesto de indiferença e voltou a olhar para o namorado. Rafael falou: -Nós queremos ficar aqui com você. Seu pai se intrometeu e falou altivo: -Não vamos deixar vocês aqui sozinha na presença desse maldito. Os outros concordaram fervorosamente. Não queriam sair dali. Mas Karen parecia ter outros planos. Ela poderia ter usado o seu poder para lhes impor a sua vontade, mas ela só falou numa voz de quebrar o coração: -Por favor, me deixa resolver isso aqui em paz. Eu só quero que o meu bebê fique bem de novo. Não estou pedindo nada de mais, só que vocês vão para os seus quartos e esperem. Todos ficaram surpresos com o tom que ela falou, parecia que ela ia se quebra na frente deles, nunca tinham visto a Rainha tão frágil. Concordaram em sair, por respeito aquele momento. Karen falou: -Saiam por aquela porta que o meu mordomo lhes indicarão o caminho dos seus quartos. Todos saram em silêncio sem discussão. Karen soltou um suspiro aflito e olhou de novo para Harry. Sua mãe, Elizabeth se aproximou e falou: -Vamos minha filha sente se um pouco para poder descansar. -Sim, mãe. Helena conjurou uma cadeira e colocou Karen sentada ali. Sabia o quanto ela estava abalada naquele momento. Azrael se mantinha afastado para não causar problemas, mas isso não o impediu de perguntar de novo, mas dessa vez com uma voz mais suave: -Você ainda não me respondeu o motivo de me ter trazido aqui. Karen levantou o rosto e falou: -Eu já falei, eu não quero perder o meu bebê de novo. Azrael já tinha entendido essa parte, mas o que ele tinha a ver com isso? -E onde eu entro nessa história? Helena segurou a mão de Karen para lhe dar forças para poder falar. Esta respirou fundo antes de falar. -Só você pode ajudar o Harry nesse momento. Azrael não entendeu mais nada naquele momento. Como assim só ele podia ajudar. Mas antes que pudesse falar ela continuou. -Eu consegui retardar que esse poder aflorasse nele. O certo teria sido que ele despertasse esse poder junto com os outros, mas eu não sabia como lidar com ele, enquanto eu estava só como Kristen. Nem agora eu sei como lidar. Eu nunca tive esse tipo de poder, então ele está acima de meu alcance. -Poderia ir diretamente ao assunto? Elizabeth e helena fizeram cara feia para ele, que se desculpou ao ver à expressão cansada de Karen. -Ele está despertando o Poder do Atziluth. Azrael arregalou os olhos e olhou incrédulo para Karen. -Você só pode estar de brincadeira com a minha cara. Como ele pode despertar esse poder? Ele não é um anjo. -Ele pode não ser um anjo puro, mas ele tem o poder de um. -Mas como isso pode acontecer? Azrael não sabia como isso poderia acontecer. Nunca em todos os seus séculos de vida, nunca tinha visto um humano nascer com o poder de um anjo. Ainda mais aquele poder. Somente a classe mais alta da Nobreza Angelical detinha esse poder. Karen respondeu num sussurro: -Ele tem esse poder, não por ser um anjo, mas por descender de um. E pelo poder desse anjo ser tão poderoso de alguma forma passou para seu herdeiro. O anjo ficou surpreso. Isso era inédito. Então aquele garoto era descendente de um anjo! Era por isso que o poder dele emanava algo familiar. Isso era impressionante. Então um anjo engravidou uma humana..... Azrael arregalou os olhos e falou subitamente: -Espera ai! Os anjos não podem engravidar humanas! Foi lançada uma maldição em todos os anjos que ousaram descer do Reino Celeste. Nenhum pode ter filhos. Como ele pode ser filho de um anjo? Karen olhou seriamente para o anjo e perguntou: -E você não sabe quem é o único anjo que pôde descer na Terra e não ser amaldiçoado? O único que poderia ter filhos com uma humana? Azrael ficou pálido e caiu sentado numa cadeira que tinha ali. -Azrael, você sabe quem é o único que pode ter filhos com uma humana? Azrael concordou com a cabeça e respondeu fracamente: -O Rei do Atziluth. Ele é o único que pode escapar da maldição. -E você deve entender que ele é o único poderoso suficente para deixar que seu poder passasse de geração a geração até chegar a um ponto que um dos herdeiros o despertasse. O anjo concordou de novo. Estava chocado. Sua mente não conseguia funcionar direito com aquela revelação. Não estava entendendo muito bem. Então se lembrou de uma coisa. Atziluth não tinha mais um rei há muito tempo, desde que... Não podia acreditar. Não isso não podia ter acontecido. Sua mente passou a trabalhar em alta velocidade. Montou todo o quebra cabeça, colocou as peças que estavam embaralhadas e sem ligação nos seus devidos lugares. Juntou todas as informações. O choque foi muito pior naquele momento. Não expressava nenhum sentimento até que ele levantou se de um pulo e olhou nos olhos de Karen, que estava chorando lágrimas de sangue. Entendeu tudo que tinha acontecido naquele período. Tudo ficou claro naquele instante. -Ele é o meu herdeiro. Karen confirmou com a cabeça. -Quando você viajou sem me avisar antes foi porque estava grávida, não é? Ela concordou de novo. -Quando eu te capturei e a gente lutou. Você depois se rendeu do nada quando eu destrui a casa. -Eu me rendi porque o bebê estava lá dentro. Só de pensar em viver sem o meu filho acabou com a minha vontade de viver. Azrael sentiu um aperto no peito enquanto Karen chorava ainda mais. -Quando você descobriu que ele ainda estava vivo? -No dia que me mataram. Cailleach me contactou, mas naquele momento eu já não tinha forças para nada. Só para lançar minha última maldição. Azrael tentou chegar perto de Karen mais foi barrado por Elizabeth. -Ela precisa descansar um pouco. Foi muita agitação por hoje. Ele ainda tentou mais uma vez, mas Karen falou: -Agora você sabe o único motivo por ainda estar vivo, então faça o que tem que fazer e em troca o manterei vivo por gratidão. Mas apenas isso. Depois suma daqui. Para o bem de todos. Karen foi amparada por Elizabeth e foi para o próprio quarto. Kira tinha ouvido toda a conversa mais não estava interesada em nada disso, só se preocupava em quando o seu namorado ia acordar. Não queria saber que Harry era herdeiro desse poder ai e nem que ele só pode ser ajudado por aquele anjo, ela queria que ele fosse curado logo. Helena estava sentada na beira da cama e olhava de um jeito enigmático para Azrael que não sabia muito bem o que fazer naquele momento. Azrael pensava em tudo que tinha feito. Quase tinha matado o seu próprio filho. Filho. Sentiu mais uma vez o choque por ter tido um filho. Não sabia como reagir. Não sabia o que pensar. Nem o que sentir. -Só agora você entendeu a quantidade de merda que você fez. Ele saiu do pensamentos dele e olhou para Helena. Esta se encaminhou para porta. -Siga- me. A vampira o levou até um escritório. Ela se sentou numa cadeira e ele foi para perto da lareira. -Então você agora entende as burrices que fez? Azrael continuou olhando para as chamas da lareira e falou: -Como eu pude ter sido tão idiota e não ter percebido? -Você não a imaginava grávida. Nunca pensou que isso pudesse acontecer com ela. Nunca a viu como uma mulher normal. -Mas ela nunca foi uma mulher normal. -Mas vocês se casaram. Nunca havia pensado em ter filhos? -É claro que não. Eu sou um anjo. Filhos nunca estão nos nossos planos, a não ser quando é necessário. Mas isso não vem ao caso. Por que ela não me contou que estava grávida? Isso poderia ter evitado muitos problemas. Helena riu e perguntou: -Você já havia comentado com ela esse lance de filhos? -Já. Mas isso não tem nada a ver com esse assunto. -Esta certo disso? Como Karen se comportava com as crianças? -Elas as tratava muito bem. Adorava brincar com as crianças, até parecia uma quando fazia isso. Ele parou para pensar no que tinha dito e em várias situações que o amor que ela tinha por crianças tinha se mostrado evidente. Helena se levantou rapidamente e falou: -É melhor você se preparar porque vai ter que ajudar o Harry a partir de hoje. Se fizer mal ao garoto, pode ter certeza que será um homem morto. Kira e Karen acabariam com você num segundo se você fizer mal para o menino. E não tente chegar muito perto da Karen. Ela já está muito mal por ter de revirar o passado tendo que te ver. -Ela ainda me ama. -Eu sei. E ela também sabe. Mas isso não a impede de sofrer e desejar a sua morte. Azrael se jogou cansado na cadeira e falou: -Eu a quero de volta. Helena que estava de costas virou se para ele, estava surpresa por ele ter dito isso, mas tinha um brilho nos olhos. -Eu gosto de ver minha amiga feliz. E por sua causa ela anda triste, mas eu sei que sem você seria ainda pior. Ela saiu do escritório e deixou o anjo sozinho olhando para as chamas. Os ferimentos da batalha já estavam se fechando. Teria que esperar só mais uma hora até que conseguisse fazer oq ue tinah que fazer com o garoto. Precisava estar totalmente reestabelecido para poder ajudar o garoto. Mas não era isso que o preocupava mais. Ele gostaria de saber algum jeito de consertar tudo de errado que tinha feito. Sabia que Karen não perdoaria tão facilmente, mas o que custava tentar? Harry estava se sentindo estranho. A última coisa que viu foi Karen indo atacar Azrael, depois apagou. Sentia o corpo todo doer. Ficou sem se mexer durante um tempo até que resolveu abrir os olhos. Quando abriu os olhos pode ver um céu azul muito bonito. Não tinha nuvens e parecia aidna mais azul assim. Ouviu alguém falar com ele. -Finalmente você abriu os olhos garoto. Olhou para o lado e viu um homem sentado numa pedra perto dele. Depois olhou ao redor e viu que estava deitada na grama do que parecia ser um campo enorme. De um lado tinha um rio muito grande e do outro lado ao longe tinha o que parecia o início de uma floresta. -Onde eu estou? -Você está nas terras do rei de Atziluth. Harry olhou para o homem atentamente antes de responder. O homem tinha cabelos loiros e olhos azuis, apesar de aparentar ter no máximo vinte e cinco anos seus olhos demosntravam uma idade ainda mais avançada e um poder sem igual. -Atsuliaheh.. que lugar é esse? E quem é você? E por que esse lugar? O homem riu e falou de novo: -Você está nas terras do rei de At-zi-lu-th. E eu sou Adam. E no momento certo você vai saber. -Não vou nem tentar repetir o nome. Mas o que eu estou fazendo aqui? -É simples. Está na hora de você despertar o seu poder e como agora você já tem alguém para fazer a outra parte do treinamento. Harry não entendeu mais nada. -Como assim despertar o meu poder? O homem sorriu e respondeu: -Você tem mais um poder para despertar. -Então porque não despertou com os outros? -Porque ele é muita mais complicada e você não tinha ninguém para treinar você. -E a minha madrinha? -Por mais que ela seja poderosa, não saberia como treinar você. Ela não tem esse poder. -Por que não? -Porque ela não é herdeira de um anjo. Harry finalmente entendeu o motivo de estar ali. -Então eu vou treinar esse poder que eu herdei do anjo? -Sim. Você vai despertar o seu poder e depois vai treinar na Terra com o seu novo mestre. -Novo mestre?! -Sim. -Quem vai ser? -Você vai descobrir quando voltar. Harry ficou preocupado. -O pessoal vai ficar muito preocupado se eu não estiver lá. -Não se preocupe. Você ainda está lá. -Como assim? -Seu corpo ainda está lá. Seu espírito é que está aqui. De qualquer jeito seu corpo não poderia entrar aqui sem ter despertado seu poder. Seu espírito sim. Harry concordou com o que foi dito, então olhou para os lados e perguntou: -O que eu farei aqui? -Simples. Você vai ter que fazer alguns exercícios para garantir que o seu corpo vai aguentar a carga de poder que vai ser despertada. -E depois? -Você vai aprender algumas coisas sobre nossa cultura e sociedade. -Mas por que isso? Adam olhou para o horizonte e falou misteriosamente: -No momento certo você vai saber. Harry bufou e falou irritado: -Eu acho que você deveria se tornar amigo do Dumbledore e da minha madrinha. Adam olhou intrigado para o garoto que estava ali na frente dele. -Por que você acha isso? -Porque pelo que eu pude perceber os três gostam de um mistério e gostam de irritar as pessoas falando “ no momento certo você irá saber”. Isso irrita. O cara riu e respondeu: -Com certeza nos dariamos bem. Mas quem não gosta de um mistério. Harry revirou os olhos, fazendo o homem rir. -Bem, não podemos érder muito tempo. Quero que você corraa extenção desse rio até o pé da montanha e depois volte. Harry acompanhou o rio com os olhos e falou: -Que montanha? -A que tem no final do rio. -Não estou vendo nada. -Quando você tiver percorrido metade do caminho você consiguirá ver a montanha. Então anda logo pois não temos muito tempo. Harry começou a correr, enquanto era vigiado por Adam. Harry correu correu e correu. Depois de uma hora ainda estava correndo e nem tinha visto a montanha. Parou um pouco respirou e continuou correndo. Foi depois de mais duas horas que conseguiu ver a montanha, e só era uma sombra afastada. -Esse cara precisa aprender melhor a informar distâncias. Harry continuou correndo muito bem. Correr tudo aquilo estava ajudando a treinar um pouco, já que há muito tempo não corria tanto assim. A corrida toda levou doze horas e ele não pode parar para descansar por um longo tempo, pois sempre que parava alguma coisa acontecia ou algum bicho surgia e ele tinha que lutar. Quando voltou para encontrar Adam estava com a roupa um pouco rasgada. Com alguns arranhões que estavam se fechando e todo sujo. -Bem que você poderia ter avisado que eu não poderia me sentar por mais de dez minutos sem ser atacado. Adam deu um sorrisinho e respondeu: -Desculpe eu me esqueci. -Também esqueceu de me avisar para não chegar muito perto do rio e nem tentar beber água dele? -Também esqueci. -E parece que também esqueceu de avisar que amontanha fica a SEIShoras daqui? O homem começou a rir e falou ainda segurando o riso. -Isso tudo tinha que ter acontecido para que você pudesse ganhar resistência no corpo. Harry revirou os olhos de novo e falou sarcástico: -Estou começando a achar que você está se divertindo com tudo isso. Adam respondeu na lata: -É claro que eu estou me divertindo, se você não tivesse aparecido eu não teria nada para fazer hoje. Seria tudo muito chato. -Era o que faltava me tornar o bobo da corte para um maluco que eu nem conheço direito! Adam fez uma cara séria e falou: -Bobo da corte não. Parece mais com um palhacinho de circo. Harry amarrou a cara e antes que pudesse responder o homem falou: -Vamos para a próxima prova. O home se aproximou de Harry e o levou até um lago. -Quero que nade até o outro lado. Harry deu um surpiro e comentou: -Porque eu não estou surpreso ao não ver a outra margem do rio? Adam sorriu e falou: -Comece logo pois quanto mais rápido acabar mais rápido. Harry logo se pois a nadar. Não demorou tanto como na corrida, só levou oito horas de uma margem a outra. E os únicos problemas que enfrentou foram os seres aquáticos que tentaram de tudo para afogar ele e tira lo do objetivo. Na outra margem ainda foi quase atacado por uma criatura que estava tomando água e que achou que ele era um brinquedinho e tentou brincar com ele. O único problema era que a brincadeira envolvia morder e o bichinho tinha uns dentes afiados demais. Quando voltou só falou uma coisa: -Não vou nem reclamar sobre os bichinhos que eu encontrei pois você deve estar se divertindo muito. Então me fale o que eu tenho que fazer para eu poder sair daqui logo. O homem riu e o levou até o pé da mesma montanha que ele tinha ido. -Você só tem que subir nessa montanha e descer do mesmo jeito. Aí nós vamos até minha casa para você aprender a parte teórica. Harry olhou para ele surpreso: -Só isso? -Sim só isso. Apesar de cansado e desconfiado Harry começou a subir a montanha. No começo foi fácil, mas como nem tudo na vida é de graça. Apareceram várias criaturas que lembravam muito águias só que maiores. Muito maiores. Que resolveram atacar ele. Parecia o novo esporte das criaturas ali: atacar o Harry. Harry não soube quanto tempo levou na subida, pois logo depois teve que descer, e enfrentar tudo de novo, com um acréscimo: Parecia que tudo havia ficado ainda mais escorregadio, e ele perdeu a conta de quantas vezes escorregou e quase caiu lá do alto da montanha. Quando chegou ao chão, nem falou nada só esperou que Adam o levasse até a casa dele. Apareceram numa casa enorme e muito bonita. Já estavam dentro da sala, que era muito bem ornamentada e tinha um estilo bem claro e que deixasse bastante luz entrar. Foram direto para um escritório, que tinha milhares de livros que deixaria qualquer um de cabelo em pé. Até Hermione não saberia o que fazer ali dentro. -Vamos começar as aulas. Vou fazer um curso intensivo para você. Forams mais de três horas falando sobre a sociedade e cultura dos anjos e Harry levou muitos tapas por as vezes dormir quando falava sobre a política. Mas em alguns assuntos ele até debateu com professor. Quando Harry não aguentava mais de cansaço. Adam se levantou fechou o livro e falou: -Bem, já está na hora de você voltar. Foram dois dias muito interessantes para mim. -Aleluia!! Já estava na hora!!! Ignorando a comemoração de Harry, Adam prosseguiu: -Agora a parte mais importante. Ele puxou uma espada dourada e apontou para o peito de Harry que estava imobilizado. -Não tem outro jeito melhora para fazer isso não? -Não. Precisa ser assim. Como eu te ensinei somente com a essa espada vou poder despertar o seu poder. Harry soltou um suspiro incorfomado e falou: -Prefiro a minha madrinha, o jeito que ela fez para acordar os meus poderes foram bem mais legais. O homem riu e falou: -Está na hora. Mande um alô para o seu mestre. Antes que Harry pudesse responder. O homem enterrou a epsada no corpo de Harry que soltou um grito e sentiu seu espíruto ser puxado. No salão onde ele estava na casa de Karen, só estava ele e Azrael que tinha tirado Kira dali para poder completar o serviço. Harry se sentou na cama com um grito: -Seu filho da p... isso doeu!!! Quando abriu os olhos viu Azrael na sua frente. Estranhou e perguntou: -Você é o meu mestre? -Sim. -Está brincando? -Não. -Então já que é assim deixa eu descansar porque aquele idiota do Adam quase me mata e ele mandou um alô. Azrael concordou com a cabeça. E deu um sorriro enigmático e falou: -Eu acho que você não vai conseguir descansar agora. -Por que não? Antes que seu mestre falasse, Harry sentiu uma dor no peito. Paracia ue tinha algo tentando sair de. Soltou um grito e apertou o corpo com os braços até que soltou um grito mais forte ao sentir algo rasgando suas costas. Então veio o silêncio. Azrael sorriu e falou antes de se desviar do ataque do garoto: -Agora estamos prontos para treinar. PARTE 3 Azrael deu um pulo rápido para a direita uns três metros atrás da onde estava. No lugar onde estava só havia um buraco e em cima dele o que poderia ser considerado a coisa mais bela e mais hipnotizante que poderia existir. Harry havia mudado de uma forma impressionante. Suas asas continuavam negras como a noite, mas agora eram três pares, iguais aos serafins, as criaturas mais próximas de Deus. Suas asas estavam todas abertas, dando a ele mais de dois metros de altura. Seus pés não tocavam ao chão enquanto somente suas duas maiores asas se movimentavam o mantendo no ar. Um ar angelical era exalado por ele junto com uma sensação boa de conforto, no entanto contrastavam com seus olhos totalmente negros e suas asas negras. Um poder muito grande o envolvia e naquele momento ele poderia parecer um anjo para alguns ou o próprio demônio para outros. Sua aura estava totalmente tomada de desejo por morte e sangue, a aura estava totalmente instável e variava consideravelmente num padrão aterrorizante, pois os únicos sentimentos que tinham ali era raiva, ódio, ira e luxúria por sangue. Harry não estava no controle, seu demônio interior o tinha dominado. Ruim para aquele que estivesse em seu caminho. E no caso era Azrael que estava no caminho. Azrael falou em voz alta: -Era o que me faltava: ter que lutar contra um anjo negro no período da transição. Parece que os deuses resolveram que eu tenho que pagar os meus pecados numa única prestação! Ele deu um salto mortal para frente, subindo dois metros, antes que Harry o alcançasse e o acertasse com um poderoso chute que o tinha direcionado. Pulou nas costas do adolescente e falou para ele: -Harry acorda você tem que voltar a si e tomar o controle de volta. A criatura soltou um rosnado e com um movimento rápido e firme, se soltou da chave de braço e deu um soco no estômago de Azrael, que soltou o ar com a potência do golpe. -Assim complica garoto! Harry partiu para cima de Azrael com mais fúria. Queria matar. Queria brincar um pouco. Somente isso. E podia sentir que não poderia brincar direito se aquele homem continuasse em seu caminho. Tinha que destruí lo. Os golpes que Harry dava em Azrael eram totalmente sem piedade, e com força total. O mestre percebeu que o discípulo estava gastando bastante energia lutando daquele jeito, então era só esperar ele cansar. Mas ele sabia de mais uma coisa: anjos negros não se cansavam com facilidade. Os golpes se tornavam cada vez mais rápidos e parecia que a precisão do garoto aumentava a cada golpe que era dado, o que provocava imensas dores. -Que droga esse garoto está aprendendo muito rápido a usar a força que ganhou. A situação era difícil. A luta ficava cada vez mais acirrada. Quanto mais Harry aumentava sua força, Azrael tinha que acompanhar para poder segurar o garoto por mais tempo. Quanto mais segurasse o garoto ali e mais energia ele gastasse na luta, mais seguro seria para o mundo, pois o garoto só iria parar se alguém o matasse ou se recuperasse a consciência, e isso vai demorar um pouco. Socos e chutes pareciam que eram as únicas coisas que aconteciam naquela luta. Lembrava até uma briga humana, se não levarmos em conta as asas de um dos lutadores. Harry parecia estar se irritando. Até que Harry num momento de irritação sem saber muito bem o que estava fazendo, encostou as palmas das mãos em um movimento de reza. A seqüência desse movimentos foi: ele girou as mãos, uma para cada direção, posicionando a mão direita embaixo com os dedos virados para a esquerda, enquanto a mão esquerda estava em cima voltada para a direita. Seus olhos ficaram mais negros nesse momento, mas havia um brilho a mais. Uma luz preta envolveu as suas mãos, ele arrastou as mãos uma sobre a outra lentamente, provocando faíscas de atrito e um pouco de eletricidade. Quando as pontas da mão direita chegaram ao meio da palma esquerda, a mão direita se fechou, como se estivesse segurando algo. Ele continuou o movimento, revelando o que estava segurando. Uma espada. De dentro da sua mão saiu uma espada belíssima. O punho da espada era branco, com vários desenhos entrelaçados em ouro, o que dava um efeito magnífico. A lâmina da espada era de parta e tinha um brilho imenso. Deu para perceber que havia corte dos dois lados da lâmina, o que a tornava ainda mais perigoso. Mas havia algo nela de encantador e inocente que realmente distraia do quanto ela era fatal e perigosa. Harry quando terminou de puxar a espada, ficou abobado com o que tinha acabado de fazer. Havaí tirado uma espada do próprio braço. Isso com certeza não era normal, muito menos comum. Se alguém disser que vê todos os dias alguém fazendo isso. Era uma mentira absurda. Ele ficou tão distraído com o novo brinquedo que esqueceu de Azrael, que só estava observando até agora. Estava com um brilho indecifrável nos olhos, mas logo mudou para um careta preocupada, que depois de alguns segundos comentou desgostoso: -Agora sim me ferrei. Harry voltou a prestar atenção no homem que estava há alguns metros dele, e começou a avançar em direção a ele. Tinha um brilho demoníaco nos olhos que o fazia lembrar Karen enquanto lutava. Aproximava se cada vez mais empunhando a espada do lado do corpo. Azrael para não ficar para trás puxou também a sua espada. Era um outro exemplar magnífico e só se diferenciava do de Harry pelo fato de a empunha dura ser preta e não branca. Ele aproveitou que Harry tinha parado no avanço, surpreso por ver aquela espada e atacou. Seria um movimento fatal, se o garoto não tivesse acordado e se defendido. O golpe atingiria desde a parte inferior do tronco até sair do lado da cabeça, cortando Harry ao meio. Mas o garoto foi bastante rápido e conseguiu aparar o golpe antes que se encostasse ao próprio corpo. O contra ataque foi ainda mais fascinante. Harry após defender o golpe deu um passo para trás e com um movimento de espada num ângulo de 360° liberou uma grande massa de energia que atingiu Azrael em cheio. -Que porcaria! Eu já tinha lutado antes com anjos em transição, mais nunca tinha visto um que pegasse tão rapidamente os golpes que poderia usar. Harry não tinha falado até agora. Mas havia escolhido esse momento para mudar essa situação: -A cada movimento a brincadeira fica mais divertida. Azrael olhou mais atentamente para o garoto. Havia reparado que a voz do garoto estava meio infantil, mas sem perder o tom demoníaco. O garoto continuou a falar: -Você é um brinquedo muito legal. É muito divertido brincar com você. -Quem é você? -Eu sou o demônio que vive dentro do corpo desse garoto. Desde que ele me acordou desejo poder sair e brincar, mas só agora é que eu pude fazer isso. Aproveitei que ele desligou temporariamente do corpo e lutei para tomar o controle. -Você sabe que não vai ficar aí por muito tempo não é? O sorriso de criança feliz que estava no rosto de Harry sumiu e uma expressão de criança mimada quando escuta algo que não quer apareceu. -Eu não vou sair e não há ninguém que possa me impedir. Sem esperar resposta o adolescente atacou rapidamente, fazendo com que Azrael se defendesse por reflexo antes de quase perder a cabeça. Havia descoberto como irritar o garoto, agora era só jogar com isso. -Você vai ter que voltar a ficar só de espectador. O ataque que recebeu foi ainda mais furioso. -Não poderá ficar por muito tempo aqui. Um rosnado se ouviu antes de uma explosão. Harry tinha descoberto mais uma maneira de atacar. Concentrou se mais uma vez e explodiu de novo o chão embaixo de onde Azrael estava. Mas como o golpe não estava aperfeiçoado e Azrael conhecia muito bem aquele golpe, conseguiu escapar antes que fosse feito em pedacinhos. A fúria de Harry estava se tornando ainda mais visível aos olhos nus. Já não sabia que golpe usar, pois todos que utilizava aquele maldito brinquedo conseguia para. Foi então que por um instinto ele moveu o segundo par de asas que até o momento estava parado. Azrael arregalou os olhos quando viu aquilo. -P.. que p..! Esse garoto aprende muito rápido e isso não é uma boa coisa. Ele logo liberou o par de asas que tinha. Suas asas brancas eram um contraste perfeito com as de Harry. Sabia muito bem que precisaria delas para poder se defender do golpe que viria a seguir. E foi isso que aconteceu. Harry passou a movimentar o segundo par de asas. O vento que começou a se formar com o movimentos foi tomando intensidade. Como se apenas com aquele movimento, o ar ganhasse vida. Uma energia negra passou a rodar envolta de Harry acompanhando o movimento das asas. Um brilho negro se desprendeu da espada, a fazendo brilhar aterrorizantemente. O golpe que veio a seguir fez o salão inteiro estremecer. Harry fez um movimento com a espada. Ele cruzou a lâmina debaixo para cima, num movimento diagonal da esquerda para a direita. Uma energia negra saiu da espada nesse momento. Parecia mais uma extensão da própria espada que havia se separado. O alvo era Azrael. Este simplesmente, levantou a própria espada e colocou-a numa posição cruzada na frente do peito. Suas asas se fecharam num casulo fazendo uma barreira azul surgir envolta dele. Quando a energia lançado por Harry chegou nele, explodiu na barreira azul, empurrando Azrael dois metros para trás. Quando a fumaça da explosão desapareceu, Harry não pode ver nem de onde veio o ataque. Fazendo o mesmo movimento do garoto, só que com mais técnica e estilo, Azrael devolveu o golpe, acertando Harry em cheio no peito, fazendo o garoto cair no chão de costas com um profundo corte no chão. Estava inconsciente. Azrael se aproximou e falou: -Vamos garoto, aproveite que esse demônio está ferido e tente voltar à consciência. Dentro de Harry uma batalha acontecia. Harry tentava a todo custo tomar o controle. Mas aquele demônio que ele tinha dentro dele não queria deixar de jeito nenhum. Ele viu a oportunidade perfeita, quando Azrael o atingiu. -Agora eu tomo o controle. O demônio respondeu: -Nem pense nisso. Eu que vou ficar e reinar sobre esse corpo. -Mas esse corpo é meu. -É nosso agora. Quer dizer, mais meu do que seu. -Você está ferido, não pode fazer nada desse jeito. -É você quem pensa isso. -Eu não vou deixar você ficar livre desse jeito, ainda mais com esse instinto de querer matar tudo. -Que é que tem matar um pouco? Faz parte de a nossa essência matar. Desde que fomos criados matamos, por que você vai querer ir contra a natureza? -Não quero ir contra natureza. Não é porque temos esse instinto que eu vou sair matando por ai. -Você não sabe se divertir. O demônio dentro de Harry soltou um gemido de dor. O ferimento estava muito feio e estava demorando demais para se curar. -Isso dói muito. A voz dele era totalmente infantil. Harry ouvindo isso pensou um pouco e decidiu. -Vamos fazer assim: você me dá o controle do corpo.... -Nem pensar! -Me deixa terminar de falar. Você me dá o controle do corpo e eu deixo você sair de vez em quando. O demônio pensou um pouco e falou desconfiado. -Em que ocasião você vai me deixar sair? Harry pensou mais um pouco e respondeu: -Principalmente na lutas. Os olhos do demônios brilharam. E para dar o golpe final, Harry que já tinha percebido que o demônio parecia uma criança, falou: -Eu vi na sua luta que você é um excelente lutador. Só tem que se controlar mais. Eu tomo o controle do corpo, mais deixo que você fique livre em algumas lutas e em alguns treinos para que você possa aprender a se controlar. O demônio adorou aquela proposta e falou: -Eu aceito. Mas vou continuar a te vigiar, se fizer algo contra mim, eu tomo o controle acabo com tudo. Harry concordou e se aproximou do demônio apertando a sua mão logo em seguida. Depois fez um comentário. -É estranho pensar que o meu demônio interior, tem a minha aparência e tamanho de quando eu tinha cinco anos. O garoto riu e respondeu: -Eu ainda vou crescer ainda mais. Harry com um sorriso cúmplice falou: -Nós vamos cresce ainda mais. Azrael percebeu que Harry estava voltando à consciência. Sem saber quem era que estava no controle se afastou um pouco por segurança. -E aí quem está no controle? Harry abriu os olhos e falou: -Alguém muito irritado por ter sido ferido sem nem ao menos ter feito nada. Azrael riu. E harry lhe lançou um olhar irritado. -Você ri mais não é você que esta com um enorme buraco na barriga. Azrael se aproximou dele e passou a mão por cima do corte sem encostar, mas deixou uma luz azul sair da mão que fechou o corte rapidamente, que fez Harry comentar: -Eu tenho que aprender a fazer isso. -Então como foi que você conseguiu tomar o controle? -Foi simples. Eu fiz um acordo com o meu demônio interior. Azrael olhou para ele surpreso. -Sério? Geralmente os anjos negros destroem esses demônios ou são destruídos por eles. -Tem outros? É claro. Anjo negro é a classe mais alta da hierarquia angelical. Já treinei muitos. Mas você é o primeiro que faz um acordo com o demônio interior e também é o primeiro que consegue me ferir. Ele mostra um corte no braço. Harry olha para o corte e fala: -Isso não foi nada comparado ao que você me fez. -Que bom para mim. Harry amarrou a cara e fez uma careta provocando risadas em Azrael. -Então como foi lá no outro mundo? -Foi horrível! Aquele velho me fez de gato e sapato. Nunca tinha feito tantos exercícios seguidos! Azrael ri, mas depois falou meio triste: -Aquele velho continua igual, mesmo depois de tantos séculos. -Ele te mandou um oi. Azrael perguntou surpreso: -Sério?! -É. Você o conhece? -É claro que sim. Ele fez você correr toda a margem do rio? Com uma cara de quem não gosta da lembrança, Harry respondeu: -Fez. -E a travessia a nado? Escalou a montanha? -Sim e sim. Aquele velho quase me matou daquele jeito! -Ele realmente continua o mesmo. Ele fez à mesma coisa comigo. Mas acho que ainda foi pior. Harry estava escandalizado. -Podia ficar pior do que aquilo? -Podia e ficou. Ainda mais ele sendo o meu pai, ele queria se certificar que eu saísse dali bem forte. Harry ficou com o queixo n chão de tão surpreso que estava. -Aquele velho é o seu pai? -Sim. -Que droga para você! -Eu sei. -Mas porque ele que estava fazendo aquele treinamento? -Por que ele é o responsável por treinar os futuros guerreiros de Atziluth. -Então por que ele me treinou? -Não se esqueça que você é o meu descendente, ou seja, tem tanto direito de treinar lá como qualquer outro anjo. Harry concordou com a cabeça. Até aquele momento tinha esquecido, quem era aquele homem. Quando lembrou fechou um pouco a cara, deixando Azrael confuso. -Minha madrinha realmente deixou você aqui vivo para contar história? Azrael deu um suspiro triste e respondeu: -Ela teve que aceitar que eu sou o único em condições de ter treinar, agora que liberou esse poder. -Ela não vai mais tentar te matar? -Acho que não. Ela decidiu que por eu ter salvado você de uma auto destruição, ela me perdoara e me deixará viver. Harry estava chocado. Não conseguia acreditar no que estava ouvindo. -Ela vai esquecer o desejo de vingança de séculos por minha causa? -Com certeza. Para ela você é mais importante que uma vingança. Ela sempre se preocupou muito mais com quem os amigos do que com qualquer outras coisa. Apesar do que eu fiz, ela resolveu aceitar que a única chance que você tem de sobreviver agora e me tendo como mestre. Harry estava impressionado. Aquilo sim era uma notícia chocante. Agora ele teria aquele que considerava um traidor como mestre. Teria que se acostumar com isso. -Pelo jeito vou ter que me acostumar em te chamar de mestre e em ter você por perto, estou certo? Azrael concordou sem falar nada. Harry continuou a falar depois de alguns minutos pensando: -Bem pelo menos agora, você tem uma boa desculpa de se manter próximo da minha madrinha. O anjo arregalou os olhos e olhou surpreso para o garoto. -O quê?! Eu estou errado por acaso? Não. Você agora vai ter mais possibilidades de tentar se explicar com ela. Apesar de achar que ela não vai querer ouvir. -Você não vai se colocar no caminho, na minha tentativa de conseguir que a Karen me perdoe? -E por que eu faria isso? O problema não é meu. Vocês que se resolvam. Azrael concordou e falou mudando de assunto: -Acho melhor a gente sair daqui. Antes que a sua namorada invada esse lugar e tente acabar com a minha raça. Harry nem respondeu só deu um enorme sorriso e andou rapidamente até a porta. Estava morrendo de vontade de abraçar a namorada. Azrael o acompanhou. Ao abrir a porta, a cena era no mínimo hilária. Karen estava sentada numa poltrona lendo, enquanto Kira estava amarrada numa cadeira por magia e amordaçada. Harry rindo perguntou para Karen: -Por que a Kira está assim? Karen levantou os olhos, sorriu quando viu o menino bem. Kira estava com um brilho nos olhos e tentou se soltar das amarras. -Ela tentou arrombar a porta depois do primeiro dia. Ai a Helena não teve escolha. -Eu estive quanto tempo lá dentro? -Dois dias e meio. -Hum. E por que a mordaça? -helena não agüentava mais ela reclamando e saiu daqui. Como eu não tava com muita paciência eu coloquei a mordaça. Ela estava reclamando demais. Harry riu ainda mais. Karen tinha se levantado e abraçou o menino e falou emocionada: -Que bom que você está bem meu garoto. Ele sorriu e retribui o abraço. Karen se dirigiu a Azrael e falou: -Muito obrigada por ter aceitado cuidar dele. -Não era mais do que a minha obrigação. -Mesmo assim. Obrigada. Serei eternamente grata. Ele concordou e falou: -Não precisa agradecer agora, já que ainda falta o treinamento dos poderes deles. -Eu sei. Eles entraram num silêncio incomodo. Até que se ouviu um barulho de algo quebrando e viram Kira transformada e a cadeira totalmente destruída. Ela voltou logo em seguida ao normal e saiu correndo para pular em cima de Harry e lhe beijar como se fosse o mundo estivesse acabando. O beijo já estava deixando Karen sem graça, pelo simples fato de ainda estar do lado de Azrael e ele estar olhando fixamente para ela. -Crianças, por que vocês não deixam isso para fazer dentro de um quarto e não na presença de platéia? Os dois ficaram mais vermelhos do que um Weasley. O que era muito difícil de acontecer. Ele concordaram e foram saindo da sala. Karen falou antes que tivessem saído completamente: -E você garota, não se esqueça que eu ainda quero conversar com você. Kira estremeceu e parou assustada. Quem respondeu foi Harry: -Vocês vão conversa, mas só depois que eu matar a saudade da minha namorada. Então pode esperando sentada aí. Porque em pé vai cansar. Kira ficou mais envergonhada, enquanto os outros riam. Harry e Kira saíram da sala deixando Karen e Azrael sozinhos. Ela estava incomodada por estar perto dele, então foi se sentar numa poltrona afastada dali. Ele acompanhou o gesto e se sentou num sofá e ficou olhando para ela. Karen pegou o livro para voltar a ler, só que a presença do anjo a impedia de se concentrar. Quando ia abri a boca, ele falou: -Precisamos conversar Karen, e eu não vou aceira um não como resposta. Ela ficou muda por um tempo. -Você sabe muito bem que temos que ter essa conversa. Eu vou treinar o Harry por um bom tempo, e você vai ter que me ver sempre, eu não quero continuar com esse clima ruim. Karen suspirou. Fechou o livro e o colocou em cima da mesinha. Acomodou se melhor na poltrona e virou para olhar Azrael. -Tudo bem. Eu aceito te ouvir, mas só por que eu não quero manter um clima ruim no treinos do Harry. Azrael concordou. Pelo menos já tinha dado uma passo a frente no longo caminho que ia percorrer até ter a confiança dela de novo. -Eu quero começar lhe contando o motivo por eu ter lhe traído. Azrael falou isso seriamente e percebeu quando o brilho de dor apareceu nos olhos de Karen e uma única lágrima escorreu de seu olhos. Respirou fundo e falou: PARTE 4 -Primeiro eu gostaria de esclarecer que eu sempre te amei. Tudo que lhe falei naquele dia foi uma terrível mentira que eu criei, para tentar arranjar uma desculpa mais para mim do que para você. Karen olhou para ele incrédula. Ficou calada, sabia que tinha muito mais coisa pela frente. Não adiantava ela discutir agora. -Vou contar desde o início e peço que você não me interrompa. Ela concordou com um gesto de cabeça e se acomodou na poltrona. Azrael começou a falar. -Quando eu te conheci, foi à coisa mais louca que já havia me acontecido. Nunca nos meus trezentos anos de vida eu poderia ter imaginado que alguém ia aparecer na minha vida daquele jeito e que eu acabaria me apaixonando. Karen não pode deixar de rir naquele momento, se lembrava muito bem de como haviam se conhecido. -Você ainda não era a temida Rainha das Sombras. Naquele tempo eu não imaginava que aquela mulher tão bonita e tão maluca poderia ser tornar a Rainha dos Demônios. Enquanto ele falava sobre isso, a lembrança daquele dia se tornava mais vivida... FLASHBACK Azrael havia tirado uma folga de suas obrigações. Queria se distrair um pouco. Era muito estressante sua posição. Havia resolvido visitar a Terra dos Mortais, como era chamada a moradia dos humanos. Só queria um dia de tranqüilidade. Mas nada o tinha preparado para aquilo... Era de madrugada e tinha acabado de chegar aquela terra. Pensava sobre o que ia fazer. Gostava de passear pela floresta, pelos campos e nos pequenos vilarejos, era sempre muito bom. Ainda estava pensando no que iria fazer quando ouviu um urro. Resolveu não dar atenção, poderia ser só um animal selvagem tentando intimidar a sua presa. Já estava tomando a direção contrária, quando ouviu uma voz trêmula falar: -Madame fique onde está eu vou tentar afasta lo. Por ter ainda muito preso em sua cabeça à educação que seus pais tinham lhe dado, ele seguiu na direção do barulho, cada vez que se aproximava mais alto ficava o barulho da luta. Os urros foram ficando mais altos e os gritos do homem irromperam. Parecia que estava sendo dilacerado. Começou a correr imaginando que a mulher devia estar em perigo, mas quando chegou o que viu o deixou surpreso. Havia um bando de ursos, mas não era qualquer urso, eram ursos amaldiçoados. Percebeu assim que viu os olhos deles. Havia dez ali, o que já era estranho. Esses bichos nunca andavam em grupos. Além dos ursos havia três cavalos mortos no chão, perto da pequena estrada que passava por ali. Também havia o corpo de dois homens que já estavam sendo devorados. Havia um homem tentando evitar que quatro ursos se aproximassem. Os outros seis estavam comendo a carne dos homens que já haviam sido mortos. O homem estava segurando uma espada enquanto a usava para afastar com alguns golpes os animais. Os golpes estavam se mostrando ineficientes. Azrael não conseguia ver a mulher que estava se escondendo atrás do homem, só conseguia ouvir um choramingo. Atrás de onde ela estava tinha um paredão de árvore impenetrável, e isso explicava muito bem o motivo dela ainda não ter fugido. Já se aproximar para ajudar, quando um dos ursos com uma forte patada conseguiu arrancar a mão do homem que estava com a espada. O grito do homem foi muito alto e um pouco agudo. Aproveitando o momento de desespero outro urso deu uma patada no homem que caiu e foi rapidamente mordido por dois dos animais. Agora ele podia ver quem estava atrás do homem e dos ursos. Havia três mulheres ali. As duas da frente estavam desesperadas e tentavam a todo custo se fazerem menor do que eram. A terceira ele não conseguia ver direito, já que parecia estar embaixo das outras. Então ouviu: -Suas idiotas, dá para me soltarem logo antes que a gente morra aqui?! As outras mulheres só ficavam chorando e gritando desesperadas, até que uma delas caiu de cara no chão. A terceira mulher tinha lhe acertado um chute. Esta se levantou, num pulo, ainda com os punhos amarrados. A que caiu de cara no chão conseguiu voltar para o mesmo lugar, enquanto a terceira ia em direção aos ursos que estavam mais próximos. Ela fez um barulho de desagrado ao ver os corpos dos homens ali. -Seus ursos imbecis! Vocês acabaram de comer a minha escolta. Um dos ursos olhou para ela deu um urro. Veio correndo na direção dela, que simplesmente se abaixou um pouco e deu um salto mortal para frente, caiu em cima do urso. Parecia que ela ia montar o animal. Azrael estava surpreso demais para poder emitir algum gesto de apoio. Ele viu a mulher se soltar das amarras e tirar de dentro do vestido um punhal e enfiar na cabeça do urso o matando. Ela pulou de cima do urso antes que esse caísse com ela. Pousando com uma sutileza impressionante no chão ela falou: -Quem vai ser o próximo? Outros dois ursos a atacaram e ela conseguiu se livrar dos dois em dez minutos. Aquela mulher era uma maluca muito habilidosa. Nunca tinha visto uma mulher se livrar tão fácil de um urso amaldiçoado. Nem de tantos ursos. Para falar a verdade ele nunca tinha visto um humano se livrar de um bicho desses. Em meia hora ela tinha matado todos os ursos e parecia muito irritada. -Saiam daí logo suas idiotas! As outras duas mulheres no canto nem se moveram. Estavam chocadas demais. -Vocês não prestam para nada! Ela foi até um dos corpos dos homens e foi puxando eles até formar uma pilha. Ela deu um chute neles e comentou: -E vocês também. Como um bando de guerreiros pode morrer assim tão facilmente? Se é que podem se chamar de guerreiros. Olhou ao redor parecia estar procurando algo, até que viu alguma coisa no chão. Era uma bolsa de couro preta. Ela deu um suspiro de alívio ao ver à bolsa e depois comentou e voz alta: -Bem que você podia ter ajudado com alguns daqueles ursos, eu não me importaria. Ela falou isso e depois olhou para onde Azrael estava. Ele estranhou já que estava no meio das sombras. -Não adianta ficar se escondendo ai. Eu já te vi. Saia daí logo. Azrael saiu das sombras. A mulher o olhou com uma sobrancelha erguida. Ela ajeitou a bolsa por cima do vestido e pegou uma capa de dentro da bolsa. Cobriu se com ela e olhou para as duas mulheres que estavam paradas num canto, com os rostos cobertos pelos braços e choravam que nem crianças. A mulher o encarava divertida e perguntou: -Que eu saiba quando um cavaleiro vir uma dama em perigo era de praxe que ele fosse salva la. -E que eu saiba quando uma dama consegue matar dez ursos amaldiçoados sozinha, ela não precisa de um cavaleiro. A mulher riu e continuou o que estava fazendo. Ela foi até as duas mulheres que estavam sentadas no chão e com movimentos rápidos e precisos as colocou para dormir. Azrael não entendeu o motivo daquilo e perguntou curioso: -Para que isso? Ela respondeu indiferente: -Deu vontade. Ele riu pela resposta da garota. Olhou melhor para ela. Era bonita e parecia ser bem jovem. Devia estar na faixa dos dezoito anos humanos. Tinha belos olhos verdes esmeralda e um cabelo castanho que estava preso de qualquer jeito. Viu que o vestido dela estava cheio de sangue. -Sua roupa esta um pouco suja. Ela olhou para si mesma e com um movimento de mão o vestido se limpou. Azrael ficou surpreso e comentou: -Você é uma bruxa! A mulher o encarou com um olhar entre divertido e sarcástico. -Nem me conhece direito e já vai me ofendendo assim? Primeiro ao ajuda algumas donzelas em apuro agora ofende uma delas. Estou começando a pensar que você não tem educação. Azrael sem saber o motivo ficou super sem graça e falou por reflexo, fazendo uma apequena reverencia: -Desculpe-me senhorita. Não queria parecer tão mal educado. Ela deu um sorriso que na opinião de Azrael foi belíssimo. -Então por que você não me faz um favor? Ele a olhou desconfiado e perguntou: -Que tipo de favor? -É simples. Eu só preciso que você me ajude a carregar essas duas loucas até o vilarejo que fica ao norte. Ele pensou um pouco e concordou. Pegou uma das mulheres e colocou-a no ombro, já ia pegar a outra quando aquela mulher o surpreendeu de novo. Ela pegou facilmente a mulher do chão e acomodou no colo com cuidado. Foi até a pilha de corpos dos homens e colocou fogo. Surpreendendo Azrael. -Pelo visto você é uma caixinha de surpresas. A mulher riu e perguntou: -Qual o seu nome? -Azrael. -Nome legal, bem diferente. Meu nome é Karen. Prazer em conhecer você rapaz. Azrael estava sentado na frente de Karen falando sobre aquele dia. -Naquela época eu não imaginava que existisse uma mulher como você. Tão maluca e ao mesmo tempo tão poderosa. Quando eu te vi matando aqueles ursos e pensei “de onde ela saiu?”. Aquele dia foi muito divertido para mim. Foi o primeiro de muitos dias que me diverti com você. A partir daquele dia eu sempre que tirava uma folga, eu a procurava. Foi muito difícil encontrar você. E quando eu finalmente achava você não estava numa situação muito boa. Sempre no meio de uma briga. Karen revirou os olhos se lembrando daquele tempo. Sempre procurava uma briga para poder se divertir, foi assim até que desenvolveu um ideal. -Eu fazia de tudo para ficar perto de você. -Realmente você nunca escondia isso, apesar das suas desculpas esfarrapadas. Azrael riu e se lembrou das desculpas malucas que inventava para poder ficar ao lado dela. Sabia que não a enganava mais era divertido ouvir o riso dela depois que ele as contava. -Você nunca se deixou enganar pelas desculpas mais mesmo assim me deixava andar com você. Por quê? -Você já me perguntou isso uma vez. E eu respondi que gostava da sua companhia. Sempre foi muito divertido andar com você. Ele lembrou do dia que ela lhe falou isso. Suspirou e continuou contando: -Foram muitas as visitas que lhe fazia. Começamos a marca lugares e dias para ficar mais fácil. Nesses dias me sentia eu mesmo. As visitas ficaram cada vez mais freqüentes. Até que o inevitável aconteceu. Eu me apaixonei por você. Não esperava por isso. Você era só uma humana. Uma simples bruxa. E eu era um anjo. Isso não poderia ter acontecido. Tentei me afastar de você. Parei de ir te ver. Não consegui resistir por muito tempo. Fui te procurar. Pensava em várias coisas para poder te dizer quando te encontrasse, mas todas as palavras fugiram quando eu finalmente te encontrei... FLASHBACK Finalmente a tinha encontrado, mas não imaginava a encontrar desse jeito. Haviam dez vampiros ao redor dela e cinco no chão mortos. Ela estava com ferimento profundo na barriga, o que fazia o sangue dela escorrer e atrair ainda mais a atenção dos vampiros. Eles a atacaram de novo. Ela conseguiu se defender do ataque e matou mais dois, só que ela estava perdendo muito sangue. Percebeu que ela não ia agüentar muito tempo, estava muito pálida e parecia que ela ia desmaiar. E ela desmaiou. Antes que os vampiros se aproveitassem disso, ele apareceu no meio deles e com rápidos movimentos com a espada que tinha invocado e os matou. Logo virou se para Karen e ficou se perguntando o que fazer. Até que se lembrou dos seus poderes de cura. Rapidamente estancou o sangue e limpou o ferimento. Agora ele tinha uma mulher desmaiada em seu colo, com o vestido rasgado na altura da barriga, mostrando mais do que deveria. O que ele ia fazer com ela desse jeito. Sabia que ela tinha uma casa ali perto. Então resolveu levar ela para lá. Transportou se silenciosamente até a cabana que ela mantinha não muito afastada dali. Entrou na cabana e não se surpreendeu ao encontrar tudo uma bagunça. Colocou Karen na cama e ficou velando o seu sono. Percebeu que ela tinha perdido muito sangue e energia. Lembrou se do ataque dos vampiros e analisando, percebeu que aquele ferimento não havia sido feito por deles, devia ter sido feito antes por outra pessoa. Mas quem deve ter feito isso? Karen acordou depois de algum tempo. Estava um pouco confusa e olhou para o teto assim que abriu os olhos. -Como eu vim parar aqui? -Eu te trouxe. Ela balançou a cabeça e se sentou na cama. Tentava clarear os pensamentos sobre o que tinha acontecido. Só lembrava do ataque. -O que aconteceu com os vampiros? -Eu os matei e te salvei quando desmaiou. -Você estava lá? -Eu cheguei quando você desmaiou. Karen olhou para ele agradecida. -Serei eternamente agradecida. -Não precisa agradecer. -Preciso sim. Você me salvou de algo que nem imagina. Devo minha vida a você. Eu fui ensinada a sempre agradecer por algum favor feito a nós. E como minha gratidão não pode ser dita em palavras para lhe demonstrar eu farei um pacto de gratidão com você. Ele ficou surpreso. Um pacto de gratidão era uma coisa muito importante para os humanos, ainda mais os bruxos, pois isso realmente envolvia algo poderoso. -Não precisa fazer isso! -É claro que eu preciso! Minha mãe me deu uma educação muito severa quanto a isso. E tenho certeza que meus irmãos concordariam comigo e se eu não fizesse isso, me forçariam! Azrael percebeu que ela estava muito decidida e determinada, ou seja, percebeu que ela era teimosa e que não tiraria essa idéia da cabeça. -Tudo bem. Já percebi que você é teimosa demais para eu conseguir tirar essa idéia da suas cabeça. Karen riu e terminou de se levantar, estava com o mesmo vestido de quando tinha sido atacada, só que agora ele estava limpo. Ela começou a arrumar a casa com alguns movimentos de mão. Tudo foi sendo organizado numa mala que tinha no pé da cama. -O que você está fazendo? -Arrumando as minhas malas. -Por quê? -Já devem ter percebido que eu ainda estou viva, vou sair daqui para não arranjar mais confusão. -Os vampiros? -Não. Eles são os menores de meus problemas. Eu estou saindo daqui por causa de quem me fez aquele ferimento na barriga. -Quem foi? -Foi um maldito demônio que foi contratado para me matar. Ela falava aquilo com uma calma terrível, enquanto arrumava a casa rapidamente. A mala não era muito grande, mas ela colocava tudo ali dentro. A casa arrumada era bem simples e muito aconchegante. Ele percebeu que ali tinha algumas roupas que ela não colocou na mala. -Aquilo ali, você não vai guardar não? Ela olhou para onde ele estava apontando e respondeu: -Não. Aquilo ali é de uma amiga minha que mora aqui. Ela está viajando com o marido por um tempo e me deixou usar a casa dela. Ela fez rapidamente o pacto de gratidão que era nada mais nada menos que um feitiço muito poderoso, onde ela afirmava lhe gratidão eterna e se comprometia ajuda lo sempre que necessário e que nunca mataria ele. Quando ela falou isso e encerrou o feitiço ele perguntou: -Por que você falou na hora do pacto que nunca me mataria? Por que você iria querer isso? Ela sorriu e respondeu: -Não sei. Mas tenho uma leve impressão que eu poderia tentar fazer isso algum dia. Ela fez um gesto de indiferença e saiu da casa seguida por ele. Azrael não entendeu aquilo mais deixou para lá. -Depois daquele dia eu finalmente consegui confessar o que sentia por você. Mas você tinha que ir fazer aquela viagem com sua família e não consegui ouvir o que você achava daquilo. Você só me disse para lhe esperar e eu esperei. Karen lembrava muito bem daquele dia, quando ele tinha se declarado para ela. Foi um momento mágico para ela, mais não podia deixar de fazer aquela viagem. -Você viajou e ficou dois anos fora. Já estava pensando que não ia voltar ou que estava morta, já que você sempre atraiu muita confusão. Karen riu e respondeu: -Eu não atraiu confusão, elas que se atraem por mim. Azrael revirou os olhos e continuou a falar: -Quando você voltou, qual não foi a minha surpresa ao te ver tão diferente, não fisicamente era mais o brilho nos seus olhos e o seu comportamento que haviam mudado. Estava mais séria. Naquele tempo eu pensava o que teria acontecido com você. Imagina muitas coisas. O tempo foi passando e nossa relação foi ficando mais forte a cada dia. Foi quando você ficou misteriosa, começou a falar com pessoas com uma aparência duvidosa. Comecei a pensar no que você estava se envolvendo. E junto com isso foi à onda de terror que eu percebi que estava rondando a Europa naquele tempo. Quando descobri que você que estava promovendo aquilo fiquei muito surpreso. Foi quando eu percebi que tínhamos muitos segredos entre nós. Karen o interrompe pela primeira vez: -Foi quando decidimos não ter mais segredos entre nós e confessamos um apara o outro o que guardávamos. Eu te contei que estava lutando pelo reconhecimento das criaturas das sombras e você me contou que era um anjo. Ainda me lembro o quanto eu fiquei chocada quando você me disse aquilo. -A primeira coisa que você fez foi pedir para ver minhas asas e ficou acariciando ela e dizendo como elas eram macias. Karen riu com aquele comentário. -Mas realmente eram muito macias. -Entramos num período calmo. Você assumindo o trono como a Rainha das Sombras e eu no meu próprio reino. Foi quando eu percebi que não podia mais agüentar te ver só duas vezes a cada três meses. Resolvi de pedir em casamento e renunciei ao trono. Deixei de ser o Rei de Atziluth por amor a você. -Eu nunca te obriguei a isso e me senti muito culpada por isso. -Eu sei que você não me obrigou mais foi à decisão mais certa a se fazer. Eu te amava e te queria todos os dias. Nós nos casamos e tudo foi acertado. Passamos a viver junto e te acompanhava nos lugares que você e nos divertíamos muito. Estávamos muito felizes. Foi quando pareceu aquele seu amigo. -Que amigo? -Haluriel. -Você sempre teve ciúmes dele. -Claro ele não desgrudava de você. Sempre te abraçando e sempre te beijando nos lábios. Nunca gostei daquilo. Naquela época eu entrei para o Círculo das Sombras e passei a ficar mais tempo por dentro do seu trabalho. Sempre me impressionei com aquilo. Mas nunca gostei dele. Foi depois de um tempo que eu percebi que você estava meio estranha. Primeiro você passa a ficar de segredinhos com a Cailleach e com Haluriel. Estava estranha comigo. Não me deixava toca la de todo. Sempre com aquelas saídas que nunca faziam sentido. Fazia coisas totalmente sem sentido. Foi quando me dissestes que iria viajar. Fiquei totalmente chocado. Você não tinha me dito nada. Nem uma palavra. Nada. E aquele segredo que você parecia ter com Haluriel quando entraram naquela sala depois que ele chegou e te beijou. Aquilo estava me fazendo transbordar de raiva. Mais o que me fez perder totalmente o controle foi quando me contaram seus planos. Aquilo me deixou furioso não podia deixar de lado toda a educação que eu tive por causa de um sentimento. Karen não entendeu muito bem aquilo e perguntou: -Que plano? Azrael olhou para ela indecifrável. -Seu plano para a tomada de Atziluth e para tomar o controle de tudo. Um dos nobres que trabalhavam na defesa de Atziluth veio me informar desse fato. Nunca mais me esquecerei disso. Ele me mostrou várias provas do que você pretendia fazer. Fui dominado por um fúria imensa. Eu percebia que você estava movimentando muitas tropas para aquela área da Europa, mais não imaginava que fosse aquilo. Você me decepcionou tanto. Então eu percebi que não podia deixar que você fizesse isso. Fui cego pelo ódio e pela raiva e fiz o que tinha que fazer. Não havia outra escolha entre defender Atziluth e continuar com o sentimento que eu tinha por você, ainda mais depois dessa facada que você tinha me dado. Fui te capturar. Junto com seus inimigos eu me juntei para que você não cometesse aquilo. E agora estamos aqui. Karen estava chocada. Não se mexia. Não fazia nenhum gesto. Seu rosto oscilava entre incrédulo e surpresa. Ficou muito tempo em silêncio e Azrael ficou irritado. -Você não tem nada para me dizer? Karen olhou para ele e falou: -Você me pede para ouvir o que o levou a me trair e o que eu ouço? Ciúmes. Você se cegou pelo ciúme. Pelo visto você nunca ouviu falar em comunicação. Eu nunca te traria. Haluriel só era meu amigo. -Amigos bem assanhado, ficava sempre te beijando! -Nós éramos irmãos de ligação! Sempre fomos muito próximos, desde que o conheci no meu treinamento com minha mãe. Azrael ficou mudo nesse momento. Não sabia daquele detalhe. -Haluriel sempre foi só um amigo para mim. Ele sempre foi apaixonado por sua mulher. Sempre. Azrael só movia a boca, sem falar nada. -Você não sabia que Haluriel era casado? Nunca soube, não é? Também nunca abriu a boca para perguntar. Foram cinqüenta anos de casamento! Depois desse tempo todo. Depois de tantas batalhas lutando lado a lado, eu esperava mais compreensão de você. Azrael se sentiu um nada naquele momento. Como pudera ser tão cego! -E você ainda me acusa de ter planejado atacar Atziluth. Eu nunca faria isso. Nunca! Você me ensinou a amar aquele lugar sempre que me contava histórias de lá. Meu sonho era poder conhecer aquele lugar e nunca invadir. Eu sempre afirmei e vou falar de novo. Karen se levantou bruscamente e mostrou uma aura muito poderosa ao falar: -Eu, Rainha das Criaturas da Noite, sempre tive um único objetivo. Cuidar de meus irmãos e meus sobrinhos. A única coisa que eu quis foi defender os filhos de minha mãe. Protege los e fazer com eles voltassem as graças de nossa Grande Mãe. Eu os uni e os ofereci proteção e cuidado. Melhorei as condições de vida deles e nunca os deixei na mão. Meu desejo não era a terra dos simples humanos. Meu desejo não era terra dos anjos. Meu desejo sempre foi e sempre será a terra onde nós demônios possamos viver em paz de acordo com nossos instintos. Nunca seria um lugar como seu mundo. Azrael percebeu que ela falava a verdade. Ia falar, mas ela continuou: -Eu queria afastar o meu filho da bagunça e iria cria lo longe da cidade. Num lugar afastado. Minha Mãe tinha aceitado cuidar dele, quando eu não pudesse. Ela ficou do meu lado durante o parto. Precisava manter segredo, ainda mais que eu desconfiava que tivesse um espião entre nós. Discuti com Cailleach e com Haluriel o assunto. Eles tinham resolvido isso para mim. Mas eu nunca pude lhe contar a verdade porque você não acreditou em mim e resolveu me trair sem tirar satisfações. Karen deu uma pausa e suspirou, olhou para ele com um semblante cansado e falou: -Minhas tropas só estavam sendo movimentados para ali, por causa de uma suspeita minha. Haveria o aparecimento de um bruxo das trevas e ele pretendia usar as criaturas como armas para tomar o controle e depois às abandonaria a própria sorte. Eu não podia deixar isso acontecer. Espero que você tenha percebido os meus motivos. Eu escutei os seus motivos, posso não concordar com o que você fez, já que se eu concordasse, eu também aceitaria que foi certo você ter me levado até a morte, mas mesmo assim eu escutei. Não haverá um clima ruim entre você e eu durante os treinos do Harry. Não ficarei presente na maioria deles mesmo. Ela pegou o livro que estava lendo e falou: -Eu vou me deitar para descansar. Essa conversa me esgotou. Azrael se levantou e se aproximou de Karen, ela deu um passo para trás e falou: -Não se aproxime mais. Ele se aproximou de qualquer jeito e fez um carinho rosto dela, seu tom de voz saiu carregado de culpa: -Eu sei que não mereço o seu perdão. Mas vou lutar por ele até o fim dos meus dias. Nunca deixarei de te amar e nunca deixarei de espera que você me perdoe. Karen lhe lançou um olhar triste e falou: -Talvez isso demore tanto que você se canse de esperar. -Não me importo. Karen lhe deu um último olhar antes de sair da sala e ir correndo para o seu quarto. Não sabia o que pensar sobre aquilo tudo. Haviam planejado muito bem aquela situação toda. Armaram para eles. E ela acabaria com eles. Isso ela tinha certeza. Mas o que fazer com Azrael? Essa era a dúvida que a corroia. O dia seguinte foi bem agitado. Todos estavam animados, menos é claro, Dumbledore, Minerva, Lupin e Tonks. Karen foi se desculpar pessoalmente pelo o que tinham feito com eles. Somente Dumbledore conseguiu responder, já que os outros ficaram mudos temporariamente. Estavam arrumando para voltar para a casa do Largo Grimmauld. Já estavam na porta da casa quando Karen perguntou: -Cadê o Sírius? Eu não vi desde que eu acordei. Sempre tive um enorme carinho por ele pensei que ele estaria lá com vocês. Todos ficaram surpresos. Tinham esquecido desse detalhe. Esqueceram de contar o que tinha acontecido com Sírius para Karen. Este havia sido enterrado no dia seguinte a sua morte e foi um dia muito triste. Já que além dele ter sido morto Karen tinha sido capturada. Teve que ser um enterro rápido por causa do que estava acontecendo. -Gente o que aconteceu com ele? Por que vocês estão com essas caras? Harry foi o mais corajoso para falar. -Madrinha. Sírius foi morto naquele ataque que fizeram e onde capturaram você. Os olhos de Karen ficaram escuros e o tempo ficou cinza de repente. Uma onda de ódio atingiu a todos, os deixando atordoados. - O que vocês fizeram com o assassino? Harry demonstrou estar muito irritado também e respondeu: -Ela conseguiu fugir. Karen explodiu de vez: -COMO VOCÊS A DEIXARAM ESCAPAR?!?!? Estremeceram com aquele grito de raiva. Ela jogo se controlou e falou: -Eu não quero saber mais disso. Vamos começar a posicionar as nossas peças. Vamos voltar amanhã apara Hogwarts. Eu quero conversar com o meu Círculo das Sombras e com os Guardiões. Não vamos ficar só na defensiva. Vamos atacar e destruir esse verme que é o Voldemort. Ele que se prepare, pois o fim dele vai ser terrível. Karen olhou para o seu afilhado e falou: -Vou deixar você poderoso. Você vai treinar com os maiores mestres que possa existir nesse e no outro mundo. Você vai ter um poder superior a de qualquer criatura que já foi criada. Você vai ser mais poderoso que eu. Você vai matar aquele verme, você vai abrir as portas do reino da morte e eu quero ter a honra de leva lo pessoalmente e entrega lo para a Morte em mãos e vou garantir que ele seja punido da piro forma possível. Todos ali podiam sentir na pele o ódio que Karen emanava. Era terrível. Podiam perceber que a partir de agora teriam uma aliada poderosíssima. E que os rumos daquela guerra foram mudados totalmente com a chegada dela. Voldemort que se cuidasse. 




Gente eu decidi que essa seria a última parte do capítulo. Agora a guerra vai ficar muito mais impressionante. Vamos ver o que o Tio Voldie irá fazer agora. Do jeito que está a fic já está se encaminhando para o seu fim. Andei pensando vocês gostariam de uma continuação? Vou deixar vocês pensando sobre isso. Espero que gostem do capítulo. Se não gostarem pode falar a vontade. Comentem e me deixem feliz. Já que não vou postar semana que vem nessa fic. Até eu postar o capítulo 23 eu gostaria de ter 220 comentários. Seria uma honra para mim. Enquanto eu não posto aqui, eu vou postar na minha outra fic. Bjs ate. Agradecimentos a todos que lêem minha fic. Outra coisa: Kiran: obrigada pelos comentários. Eu amo quando eles são tão grandes quantos os seus. Q pena q você não gosta do Azrael, eu gosto muito do personagem dele, apesar dele ter sido tão idiota. Tem alguma idéia do que a Karen pode fazer com ele, já que ela não pode mata lo? Poderia por em prática isso. XD (obs: amo suas fics.).

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