Flores



O universo é formado como as peças de um relógio antigo: mova uma, e as demais se moverão também.

Quase pude ouvir o “claque” breve e grave de uma dessas peças quando se moveu. Não era como o “tique-taque” final de uma bomba, mas sim o cair de uma primeira peça de dominó, que faz as demais peças tombar. Ou seja, uma sucessão de acontecimentos, um puxando o outro, até que a última peça desabe sobre si mesma, dando fim à cadeia sinérgica.

E a primeira peça a cair foi aquela flor. De repente, tudo fez sentido, e pude visualizar com perfeição onde a série de eventos terminaria. Confesso que fiquei um tanto sem fôlego diante da constatação, e mal pude acreditar que tantas coisas pudessem estar ligadas, atando pessoas – e continentes – que antes jamais se imaginariam próximos nestas questões.

Mas para entenderem, primeiro devem saber o que aconteceu ao dia seguinte à volta de Severo Snape à Hogwarts.

Como já era tarde, a Diretora Minerva McGonagall pediu para que todos passassem a noite no castelo. De manhã cedinho, Hermione, Rony e Harry partiram. Gina era a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, sendo que voltaria para casa ao final do dia – louca para rever os filhos gêmeos, agora grandinhos o suficiente para a mãe poder ir trabalhar. Carlinhos ficaria nos primeiros dias das aulas, a fim de ajudar Hagrid a “apresentar” um dragão aos seus alunos de Trato Com As Criaturas Mágicas, e Ana, uma vez que estava de licença por causa da gravidez, ficaria com ele.

Ninguém poderia prever a reviravolta que traria todos à escola novamente.

Após o almoço, nossos cinco marotinhos e “mais um” – Felipe – estavam conversando sob as árvores que circundam o Lago Negro. Tinham pouco tempo para terminarem a conversa sobre o segredo de Corvinal.

- Eu já disse – Mel fazia gestos largos. – Não tem nada entre os celtas e o Brasil!

- Deve ter algo sim! – Hector insistia. – Eu ouvi a conversa entre o meu pai e o Neville Longbotton! A Danna e você descobriram sozinhas a ligação entre Rowena e Avalon. – A última frase saiu um tanto chateada, um resquício de que o menino sentira quando disseram a ele que haviam investigado o símbolo do quadro da fundadora no início do ano, época em que ela e Hector não estavam se falando.

Felipe estava estirado na grama, soprando a pena que usava nas aulas, completamente alheio à conversa.

- Ele é mesmo seu irmão? – Josh sussurrou para Mel.

Apesar dos traços similares e do cabelo aloirado, as diferenças entre os dois brasileiros eram tão evidentes quanto o dia e a noite.

- Bem, eu desconfio que houve uma troca na maternidade... – Ela respondeu em voz alta, esperando que o irmão ao menos se sentisse constrangido.

- É, a Mel sempre foi a estranha da família. – Felipe rebateu. – Mas, liga não, maninha. Eu amo você do mesmo jeito, viu? – Deu uns tapinhas no ombro da irmã, em fingida solidariedade.

Estreitando os olhos enquanto suportava estoicamente as risadinhas abafadas dos amigos, ela respirou fundo, prometendo a si mesma que não perderia a paciência com o irmão.

- Ham... Mas... Pense bem, Mel... – Andy retomou o assunto. – Nenhuma história antiga, uma lenda?

- Lenda? De mil anos atrás? Só se for indígena. – Lipe riu.

- Os europeus não tinham descoberto o Novo Mundo ainda. – Mel explicou. – Sinto muito, mas, tudo o que dizem sobre os índios nas escolas é que vivem em ocas, o chefe é chamado cacique e o curandeiro é o pajé... – A menina franziu o cenho, indicando que as informações não eram lá muito boas.

- E gostam de caçar com arco e flecha. – Lipe acrescentou.

- Flecha? – Os olhos de Hector brilharam.

- Ah, não... – Mel balançou a cabeça freneticamente, como que para enfatizar o absurdo. Josh tinha conseguido ouvir uma conversa entre o pai e Moody sobre Harry sendo ferido com uma flecha. – Há mil anos, os europeus também usavam flechas, Hector.

- E aí, Phil!– Alguns meninos do primeiro ano da Grifinória, que estavam passando, cumprimentaram Felipe.

- Phil?!? – Mel estranhou.

- É, sabe, “Felipe” é “Philippe” em inglês... Daí a Phil foi um pulo. – Ele deu de ombros.

Mel não podia acreditar. Ela estava em Hogwarts há um ano e podia contar nos dedos de uma só mão os amigos que tinha. Sem falar na animosidade das colegas de dormitório e em ter que se manter sempre alerta com Caroline Bothwell e seu séqüito de sonserinas. Por outro lado, seu irmão estava há menos de um dia em Hogwarts e não só já possuía amigos, como esses o chamavam de “Phil” e o seguiam por toda a parte.

- Por quê? “Lipe” é muito difícil para eles? Que ridículo.

- Não é ridículo. Ridícula seria a tradução do SEU nome! Aposto que está é com inveja.

- Ah, é, muito! – Mel fez pouco caso. – Vai ver se estou na esquina, garoto!

- Seu nome significa alguma coisa? – A pergunta de Hector lembrou à brasileira que aquele não era um assunto que queria discutir. Definitivamente, não.

- Achei que “Mel” fosse um apelido para Melaine, ou algo assim. – Josh comentou, indicando que também estava curioso.

Aliás, ao olhar para os rostos dos amigos, percebeu o interesse de todos. Andy tinha um brilho divertido no olhar, embora o rosto permanecesse educadamente impassível. E Danna, tinha uma expressão suave enquanto encarava a amiga, algo como “Vamos, não deve ser tão ruim assim”.

- O quê? – Felipe exibia seu famoso sorriso matreiro. – A Mel não contou o que significa o nome dela em português? – A satisfação por encontrar um ponto de poder sobre a irmã era evidente.

- Não se atreva... – A ameaça sibilou entre os dentes da menina.

- Não precisa ficar nervosinha. – Lipe sentou no chão, ao lado dos demais, muito descontraído. – Você é muito chata, sabia? Deve ter passado duas vezes na fila da “Chatice” antes de nascer.

- E você, três na da “Inconveniência”. – Rebateu.

O silêncio reinou durante alguns segundos, e os irmãos aparentemente haviam concordado com uma trégua nas hostilidades. Mel fingia que não estava ligando para o que o irmão falasse, mas o olhava de esguelha, não acreditando em uma rendição tão fácil por parte dele. Felipe, por sua vez, parecia indiferente e esquecido do assunto que desencadeou toda a polêmica, mas o sorrisinho no canto dos lábios era bem suspeito. Quanto Mel estava quase relaxando...

- Sugar... – Felipe começou a cantarolar. – Oh, HONEY, HONEY! – Cantou um pouco mais forte e devagar, destacando as palavras. (1)

- Este é o seu nome, então? – Josh perguntou, surpreso. – Honey?

- Não consigo imaginar um nome mais distante de você. – Hector deu uma risadinha.

- Ah, que nome lindo, Mel! – Danna foi sincera.

- Não era para tanto alarde... – Andy deu de ombros.

- Vamos ter que mantê-la longe de abelhas. – Hector provocou.

- Ou de ursos. – Josh entrou na brincadeira do amigo.

O olhar que lançou para o seu irmão foi tão mortal, que quando Lipe o viu, engoliu em seco e parou de rir imediatamente. Se tivesse que comparar a irmã a um objeto naquele momento, certamente seria uma panela de pressão, prestes a explodir. O menino considerou seriamente a possibilidade de sair correndo para salvar a própria vida. No entanto, a expressão de Mel se congelou, exibindo em seguida uma grande surpresa:

- Nomes! – O queixo da menina caiu. - Não... – Deu uma risadinha para si mesma, enquanto balançava a cabeça, indicando incredulidade. – Não pode...

- O que não pode? – Hector perguntou ainda rindo.

- Idiota, idiota, idiota! - Bateu com uma das mãos na testa: - Como não pensei nisso antes? – A menina continuou a conjeturar consigo mesma. - Se bem que... Quer dizer... Não seria provável. Na realidade, a história toda é quase uma piada, fantástica demais para ser verdade...

- É sobre o segredo? Vai, fala! – Hector estava impaciente.

Mel não gostou do tom imperativo e demonstrou isso franzindo o cenho para o menino, mas finalmente voltou sua atenção para ele:

- Dizem... Bem, é mais algo que se conta para diversão, não para se acreditar. Uma história sobre a origem do nome do meu país, Brasil. – Ela mordeu os lábios. – Se não me engano, uma lenda européia, mas que foi melhor preservada pelos celtas.

- Hã? – Felipe fez uma careta. – Olha, eu não era o mais interessado nas aulas de História, mas, fala sério... Até onde me lembro, “Brasil”, vem de uma árvore chamada...

- Pau-Brasil. – Mel completou. – E “Brasil” é muito parecido com uma palavra celta para “vermelho”. Como era dessa árvore que se retirava o pigmento vermelho para tingir...

- Estou lembrando! – Dana disse. – “Breazil”. Esta é a palavra. E a lenda... “O´Brazil”, em gaélico, ou a da “Hy Brazil”, em celta. – Danna abaixou um pouco o rosto, o que fez os cabelos negros deslizarem sobre a sua face: - A Terra da Bem-Aventurança.

A esta altura, os garotos já tinham se inclinado para ouvir melhor o que Danna dizia. No entanto, não puderam terminar de ouvi-la, pois um pequeno tumulto começou a se formar em um dos corredores que davam para os jardins.

***

Carlinhos tinha ido até a Floresta Proibida, onde Galton, o dragão especialmente treinado por ele estava. Naquela manhã iriam discutir sobre como apresentá-lo aos alunos de Hagrid. Na opinião de Ana, o meio-gigante se superaria com Galton. Sim, os alunos teriam muito que comentar... Dragões. Nem se compara com explosivins, hipogrifos ou trestálios.

Passeava pelos corredores externos do primeiro andar, que davam para os jardins. A última vez que tinha estado em Hogwarts, a escola estava fechada, não tinha esse charme de centenas de estudantes vivendo ali. As paredes frias do castelo tomavam vida. Somente evitara se aproximar muito dos sobrinhos, para não constrangê-los – afinal, eram pré-adolescentes, e a última coisa que queriam era ter uma tia grudada neles.

Uma dorzinha chata na base da coluna a atormentava desde que acordara pela manhã. Não dissera nada a Carlinhos, imaginando que talvez a culpa fosse dos colchões das camas de Hogwarts, paradisiacamente macios. Uma caminhada lhe faria bem.

- Senhora Weasley! Senhora Weasley! – Ouviu alguém extremamente sem fôlego atrás de si.

Era Archibald Widdenprince, o professor de Transfiguração. Ana o observou correr em sua direção, todo esbaforido, segurando o turbante que teimava em lhe escorregar da cabeça.

- Boa tarde, professor. – Cumprimentou-o. - Desculpe ter demorado a perceber que estava me chamando, mas é que quando as pessoas dizem “Senhora Weasley”, tendo a achar que minha sogra está atrás de mim... – Riu baixinho.

- Tudo... Bem... Não... Há... Problema. – Ele respondeu meio curvado, recuperando o fôlego. Respirou profundamente e endireitou a postura, tentando salvar o restinho de dignidade que sua evidente falta de preparo físico lhe tirara. Com um sorriso franco e sem-graça, continuou: - Vim avisar que o senhor Potter e o senhor Weasley, digo, o senhor Ronald Weasley... estão na sala da Diretora. Pediram-me para chamá-la. Tem outras pessoas também...

- E Gina? – Ana parou de sorrir, preocupada com o fato de tanta gente estar reunida. Isso não era bom sinal.

- Também estou a procura dela. E do irmão dela... Digo, do senhor Weasley... O outro senhor Weasley... – Widdenprince parecia cada vez mais enrolado.

- Meu marido? – Ana resolveu ajudá-lo.

- Sim, isso mesmo! Sabe onde ele está?

- Claro. – Widdenprince sorriu, satisfeito. – Na Floresta Proibida. – Ele já não parecia tão satisfeito. O sorriso sumiu para dar lugar a um olhar apavorado.

- Floresta... Proibida?

- É. – Ana fez ar de pouco caso, fingindo não perceber a mudança de ânimo do professor. – Com Hagrid e o dragão que Carlinhos trouxe.

- Dra...gão? – A voz dele subiu uma oitava, e em seguida sumiu em meio à aterrorizante idéia de ter que entrar na Floresta que, além de todas aquelas coisas perigosas, ainda por cima estava contando com a presença ameaçadora de um dragão.

Antes que tivesse tempo para qualquer outra coisa, Ana se sentiu uma forte pontada no ventre, que a fez dobrar o corpo em um espasmo. Agarrou-se a Widdenprince na tentativa de não cair.

- Acho que a bolsa estourou... – Foi o máximo que conseguiu dizer antes que água escorresse por suas pernas. – O bebê vai nascer.

- Oh, Merlim! Oh, Merlim! – Widdenprince exclamava sem parar, olhando de um lado para o outro, sem saber o que fazer.

Alguns alunos começaram a se aglomerar em torno deles, e Ana visualizou o rosto de Hector e Josh. Logo após eles, viu Danna, Mel, Andy e Lipe.

Enquanto o professor se desesperava como se estivesse no vértice um furacão, Danna e Andy já estavam ajudando os amigos a deitar Ana no chão, pois os espasmos pareciam cada vez mais freqüentes e ela não conseguia se manter em pé.

- Professor. – Andy o chamou calmamente. – Professor! – Falou mais alto para conseguir a atenção de Archibald. – Precisamos buscar alguém para ajudar. – O menino tinha urgência na voz, mas mantinha-se excepcionalmente tranqüilo.

- Alguém... Alguém... – Widdenprince olhava ao redor, até que pegou um segundoanista entre o grupo de alunos. – Aqui! - Apresentou o menino, segurando-o pelos ombros.

- Um adulto, professor... – Andy disse devagar. – Quer dizer, qualquer outro adulto, além do senhor.

- Ah, sim... – Widdenprince finalmente entendeu, ainda que evidentemente atordoado, e saiu correndo em direção às salas.

- Ele não podia conjurar um patrono para avisar alguém? – Hector franziu o cenho. Andy deu de ombros, desistindo de contar com o professor.

- Calma, senhora Weasley. – Danna dizia enquanto segurava a mão de Ana. – Vai dar tudo certo, vai ver.

Danna devia ter algum poder especial sob o espírito das pessoas, porque realmente sentiu-se mais confiante. A voz melodiosa da menina parecia amenizar a dor das contrações. Mel, que sempre tinha algo para dizer, ficou subitamente sem palavras. Preocupada, afastava os cabelos da tia da testa já pontilhada de suor.

- Ana! – Gina apontou no início do corredor. Ela devia estar se dirigindo para as salas de aula. – O quê...

- O bebê... – Ana conseguiu dizer, antes de ser sacudida por outra contração.

- Calma, vamos te levar para a enfermaria. – Gina fez um movimento de varinha e o corpo de Ana começou a levitar. Depois, fez um patrono para avisar Madame Pomfrey de que estavam chegando.

Mais uma contração e, quando Ana recuperou o fôlego, começou a soprar ritmicamente. Eles já estavam a caminho da enfermaria, quando Ana se curvou novamente, recomeçando a respirar de forma forçada e rápida.

- Mas, pelas fontes da magia, porque está soprando, Ana? – Gina perguntou, impaciente.

- Respiração Lamasi. Está em todos os filmes trouxas. Ajuda nas contrações... – Ela se interrompeu por causa de outra onda de dor.

- Trouxas malucos... – Gina resmungou. – E vocês? - Ela falou para a multidão que os seguia. – Está na hora de voltarem para as salas de aula. Vamos, vamos!

Num instante todos se dispersaram, pois Gina tinha a mesma aura de autoridade da mãe. Mel e Lipe a olharam com medo de serem expulsos também, mas Gina disse que eles poderiam ficar. Estendendo a permissão a si mesmos, as outras quatro crianças continuaram a segui-los.

Quando Ana se deu conta, já estava dentro da enfermaria de Hogwarts, com Madame Pomfrey falando sem parar, indo de um lado para o outro e dando ordens.

- Carlinhos... O Carlinhos precisa saber... – Ela puxou a cunhada pela mão.

- Claro! Meu irmão... – A ruiva olhou ao redor. – Acho melhor alguém ir pessoalmente. Não é noticia que se dê por um patrono.

- Eu vou! – Hector se prontificou. Já estava na porta da enfermaria quando Harry e Rony, que tinham acabado de chegar atraídos pela notícia, o seguraram.

- Wow!!! – Rony disse. – Fique aí mesmo, garoto. A Floresta Proibida não é lugar para você ir sozinho.

- Mas você e o Harry... – Hector começou a protestar.

- Não há comparação, filho. – Lupin, que chegou logo depois dos aurores, interveio.

- Harry, o Carlinhos... – Gina voltou-se para o marido.

- Nós mesmos vamos avisá-lo. – Harry declarou. – Pena que não dá para aparatar.

- Vamos usar as vassouras da escola. – Sugeriu Rony. – Assim chegamos mais rápido.

Os dois saíram apressados. Ana sentiu outra forte contração e isso foi suficiente para que Madame Pomfrey tomasse consciência da quantidade de gente que havia na sua enfermaria.

- O que estão fazendo aqui! Fora, fora! Todos vocês! Menos você, Gina. Vou precisar de ajuda e Ana se sentirá mais segura se de alguém da família estiver por perto.

Quando todos saíram, Gina se voltou para a curandeira, preocupada:

- Não é melhor chamarmos um medibruxo?

- Querida, eu até chamei... – Ela falou mais baixo, de forma que só Gina escutasse. – Mas do jeito que as contrações estão vindo uma atrás da outra, acho que não vai dar tempo. Você sabe como é difícil arrancar um medibruxo do St. Mungus...

- E Alicia está viajando, na casa dos pais dela... – Gina lamentou.

***

Os gritos de Ana eram ouvidos do outro lado da porta da enfermaria, assuntando as crianças que esperavam junto com os adultos, os que tinham sido expulsos da enfermaria e os que estavam ali para a reunião não-realizada: Moody (que resmungava a toda hora que tinha sido melhor Agatha não ter vindo), Lupin, além dos gêmeos. Gui não tinha podido vir, por causa de seu trabalho no Gringotes, e o senhor e a senhora Weasley tinham ido visitar parentes. Hermione e Tonks não tinham conseguido se livrar dos compromissos do trabalho quando foram avisadas da reunião, convocada às pressas, em Hogwats.

McGonagall deixara sua sala assim que soube, tendo ela mesma perdido a costumeira compostura britânica e gritado com alguns curandeiros do St. Mungus, pela lareira, exigindo um medibruxo. Poucos segundos depois, um deles apareceu e já estava lá dentro.

- Acho que deveriam voltar para a aula. – Lupin sugeriu suavemente às crianças. – Não podem fazer mais nada, agora é com a natureza. – Tentou lembrá-los que mulheres davam a luz todos os dias, um assunto quase trivial.

- Não... – Mel discordou, sendo apoiada com um vigoroso acenar de cabeça de Felipe. – Queremos ficar aqui...

Os irmãos mantinham-se firmemente abraçados, e com a maior cara de preocupação que Lupin já tinha visto. Nem mesmo Hector, após ser pego em uma travessura, tinha uma expressão assim.

Danna tocou no ombro da amiga, e esta pareceu relaxar um pouco. Hector hesitava, não sabendo se deveria ou não confortar Mel, parecendo que queria, mas não tinha certeza se era uma boa idéia, não sabendo como fazer... Josh foi mais decidido e se adiantou, oferecendo um lenço amarrotado à menina. Andy andava de um lado para o outro, irrequieto, as mãos unidas atrás das costas.

- Bennet, pelo amor de Deus, parece que você é o pai! – Fred reclamou das idas e vindas do garoto, que parou com um baque surdo dos pés sobre o assoalho e se sentou, totalmente vermelho.

Quase que no mesmo instante, um urro poderoso e não-humano foi ouvido lá fora, seguido de muitos gritos e uma confusão generalizada.

- Falando no pai... – Jorge disse.

“O pai” era bem capaz de ter pego seu dragão e ter vindo voando até ali, sem se importar em deixar um bicho daqueles, ainda que manso e treinado, no meio do pátio de Hogwarts. E foi exatamente isso que aconteceu.

Carlinhos entrou a toda velocidade no corredor que levava à enfermaria, e teria entrado nela se Gina não tivesse aberto a porta naquele instante para averiguar que confusão era aquela, fechando a porta com um feitiço.

- Eu mandei te chamar, Carlinhos. Mas vejo que não está em condições.

- Gina, saia da frente... – Carlinhos não deu atenção a irmã e continuou a avançar cego a tudo.

- Expelliarmus!

O feitiço de Gina o fez voar alguns metros longe da porta. A própria moça não acreditava que tinha acabado de atingir o irmão, e abriu a boca em surpresa com a própria atitude. Mas se recuperou rápido, não mudando de idéia quanto a não ser bom um marido nervoso dentro da enfermaria.

- Estou te avisando, ou melhor, mandando: - Ela continuou. - Vai ficar aqui fora até se acalmar um pouco! – Com a expressão determinada, ela retirou o feitiço da porta, e entrou selando a entrada novamente. Tudo com uma rapidez surpreendente, de forma que, por mais rápido que Carlinhos fosse, só conseguiu dar com a cara na porta.

Emudecidos, os outros observaram o tratador de dragões bufar e ameaçar sem obter nenhuma resposta lá de dentro. Quando finalmente entendeu que a irmã não iria abrir a porta, sentou-se ao lado de Mel e Lipe. Ninguém se atrevia a dizer nada, com medo de reavivar a fúria de Carlinhos.

- Carlinhos, você ficou maluco? – Rony apareceu no corredor, seguido de Harry, ambos sujos de terra e com arranhões pelo corpo todo. – Primeiro, sai voando em um dragão sem maiores avisos, e gente no seu encalço, de vassoura. Depois larga um bichão daqueles no meio de uns cem alunos, deixando a gente se ocupar dele e...

Harry lhe deu um cutucão, e Rony se calou. Não era um bom momento para informar que tinham lançado um conjutivictus no dragão favorito dele, estuporando-o em seguida. Galton ficou “um tanto” agitado com tanta gente ao redor dele, e não se sentiu “inclinado” a obedecer às ordens de estranhos.

- Devia ser para daqui a duas semanas... – Carlinhos falou como se não tivesse ouvido uma só palavra do irmão. A frase era mais um gemido do que qualquer outra coisa.

- Isso é assim mesmo, cara. – Harry disse. – Os bebês atrasam ou se adiantam. Você sabe. – Deu de ombros.

Um grito mais forte e apavorante veio lá de dentro, inconfundivelmente um grito de Ana. Foi o bastante para que Carlinhos se levantasse novamente:

- Gina, me deixe entrar! Eu...

O choro agudo de criança arrefeceu toda a sua determinação no mesmo instante.

A mão, erguida para bater com força na porta, parou no meio do caminho, congelada no ar. Carlinhos parecia petrificado, a expressão furiosa e desesperada de antes sendo substituída pelo mais genuíno espanto que qualquer um dos presentes, incluindo os irmãos, jamais tinha visto no rosto do tratador de dragões.

- Parabéns, papai! – Harry foi o primeiro a se manifestar, aliviado e divertido com a mudança súbita do cunhado ao ouvir a voz do filho pela primeira vez.

A porta se abriu, e o rosto de Gina, afogueado e coberto com alguns fios soltos, surgiu no pequeno vão:

- Já se acalmou? – Sorriu quando percebeu a expressão aparvalhada do ruivo. – Sabia que sim. Venha, vamos. – Puxou-o pelo braço para dentro da enfermaria, fechando a porta atrás de si.

***

O ambiente alvo e claro da enfermaria ganhava iluminação especial pelos raios amarelados da tarde. Ao contrário de momentos antes, o silêncio reinava, sendo perturbado apenas por uns barulhinhos vindos de um canto, atrás do biombo. O medibruxo que estivera com elas passara por ele na entrada da enfermaria, mas sequer havia notado a presença do homem com o jaleco do St. Mungus.

- Oi... – Ana o saudou, exausta. Deitada em uma das camas da enfermaria, o rosto banhado em suor, ela exibia um sorriso emocionado. Havia montanhas de panos e lençóis por toda a parte.

Carlinhos se movia lentamente pelo aposento, com cuidado excessivo, como que tomado pela grandeza do que tinha acontecido ali. Subitamente, a enfermaria de Hogwarts tomara a aura de um santuário.

- Você... Está bem? – Conseguiu perguntar, os olhos brilhantes.

- Sim. – O sorriso dela se ampliou. – Parece que nossa garotinha quis nos fazer uma surpresa.

- Nossa... – Ele abriu a boca em uma tomada súbita de ar, emocionado. - É uma menina?

Madame Pomfrey se encarregou de responder quando saiu detrás do biombo com uma trouxinha nos braços. Deslumbrado, Carlinhos viu um bracinho roliço escapar da manta branca e agitar-se no ar.

Tudo parecia estar acontecendo em câmera lenta quando se viu com a filha nos braços, desajeitado pela emoção e surpresa. Quando finalmente fitou o rosto alvo e pequeno, teve certeza que algo maravilhoso tinha acontecido em sua vida: estava apaixonado, pela segunda vez. Apaixonado por aquele pedacinho de gente, e pelo qual sabia que daria a vida.

- Minha Lizzy... – O sorriso espontâneo saiu sem que percebesse, sem que tivesse consciência de que falara em voz alta, ou sequer de onde ou como a idéia lhe veio à cabeça.

- Lizzy? – Ana piscou várias vezes, primeiro de surpresa, depois tentando afastar as lágrimas. – Oh, Carlinhos, como você sabia que eu queria dar o nome de minha mãe a ela? Lizzy é um apelido para Elizabeth, não é?

Eles ainda não tinham se decidido pelo nome do bebê, apesar de já terem cogitado alguns ao longo daqueles meses. No entanto, Ana nunca manifestara o desejo de por o nome de sua mãe, caso fosse menina. Na realidade, aquela foi uma idéia que lhe surgiu quando viu o rosto da filha. Foi como se sentisse a presença da mãe junto dela e soube que gostaria que a criança tivesse o nome da avó.

Carlinhos não se lembrara mais do sonho que tivera. Não até o momento que ouvira o nome “Lizzy” ser pronunciado por seus próprios lábios, quase que inconscientemente. Como explicar para Ana o que tinha ocorrido, se nem mesmo ele entendia? Achou que não valia a pena acrescentar este a lista de mistérios que preocupavam a esposa, e aceitou o “sonho” como tal, colocando uma pedra no assunto.

- Sim. – Ele sorriu, fitando-a com adoração. – Obrigada, amor. Obrigada pela nossa filha. Nunca vou poder te agradecer o bastante.

- Hum... – Ana se recostou nos travesseiros, uma sobrancelha erguida em malícia. - Lembre-se disso quando Lizzy estiver chorando no meio da noite, e alguém tiver que se levantar para cuidar dela.

***

Agora, Harry tinha uma nova sobrinha: Elizabeth Silene Weasley.

“Elizabeth” em homenagem à avó materna, uma mulher que perdeu a vida na luta contra Voldemort na Primeira Guerra Bruxa. “Silene”, conforme explicaram os pais da menina, era uma referência a uma lendária cidade medieval que sofria sob o julgo de um dragão, até que São Jorge o derrotou – santo padroeiro tanto de Portugal quanto da Inglaterra.

- Silene também é uma bonita flor que sobrevive a terrenos inóspitos. – Comentou Neville, que viera para esclarecer algo importante para a Ordem, e se depara com todos na enfermaria, babando por um recém-nascido.

Logo, o nome encaixava com perfeição naquele serzinho com ralos cabelos negros, rosto redondo e boquinha delicada – mas com um choro poderoso. Ainda assim, o nome do meio da menina estava destinado ao segundo plano, já que as pessoas ao redor já a chamavam simplesmente de “Lizzy”.

Hermione e Tonks vieram assim que foram informadas que Ana tivera o “desplante” de dar a luz sem elas por perto. Agatha, por outro lado, estava lá antes mesmo de Moody terminar de lhe contar as boas-novas. Harry observou as mulheres ao redor encherem Ana de conselhos, um atrás do outro (e, às vezes, lhe pareceram até mesmo contraditórios).

- E você? – Ouviu-a perguntar à Gina. – Não vai me dar nenhuma dica?

- Claro... – A ruiva respondeu. – Leia tudo o que a Hermione te der para ler e... – Olhou ao redor, e sussurrou, de forma que só Ana escutasse, mas ele estava próximo o suficiente para ouvir: - E fique surda. (1)

A risada solta de Ana chamou a atenção dos demais, mas, se esperavam uma explicação da brasileira, ficariam decepcionados.

- Desculpem a demora, fui buscar Serenna. – Snape entrou com a irmã.

- Ah, mas que coisa mais lindinha! – Serenna voltou imediatamente a atenção para o bebê, agora no colo do avô. O senhor Weasley sorriu e passou a menina para os braços da moça. – Não acha, Severo?

- Acredito que sim, embora não seja um especialista no assunto... – A voz de Snape soou indiferente, mas... O que era aquilo que Harry vira no olhar de seu ex-professor? Poderia jurar que um brilho de ternura passara por ali...

- Parabéns, Ana! – Serenna disfarçara um suspiro de impaciência pelo jeito do irmão, e se voltara para a amiga com um sorriso sincero. – Uma menina, afinal... – Ela se interrompeu de repente.

Meninos... Meninas. O sonho de Hermione, parecido demais com a visão que Luíza tivera quando tocou no medalhão de Ravenclaw, voltou às mentes das pessoas naquela enfermaria.

Ana não era exatamente excepcional em legilimência, mas seu dom de Mestra dos Sonhos possibilitava um canal aberto que Harry sempre usava quando precisava se comunicar com a auror. Atendendo um pedido seu, ela sorriu para a sobrinha sentada na beirada da cama:

- Por que não apresenta sua priminha aos seus colegas lá fora, Mel? – Havia um grupo de curiosos lá fora. – Acho melhor os outros garotos irem também, para a ajudarem com o bebê.

- Eu posso? – A menina se levantou com um pulo, animada em pegar o bebê no colo. Quando Serenna lhe entregou a criança, sorriu durante alguns segundos para ela, antes de franzir o cenho, desconfiada: - Isso quer dizer que querem que a gente saia daqui?

- Mel... – A tia lhe advertiu, em um tom divertido. Os garotos trocaram um olhar de resignação, e começaram a sair. – Tomem cuidado, viu? Segure bem a cabecinha e... Bem, acho melhor se sentar no banquinho aí fora...

Lupin, que estava mais próximo da saída, sorriu para as crianças, e assim que elas se encontravam do lado de fora, fechou a porta. Hector e Josh se apressaram a colar os ouvidos na madeira, na tentativa de ouvir alguma coisa. Não muito tempo depois, trocaram um olhar decepcionado, avisando para os amigos:

- Feitiço Impeturbável.

Mel sentou-se em um dos bancos de madeira, com a pequena Lizzy nos braços. Não demorou muito para um círculo entusiasmado de meninas se formasse ao redor dela, todas com exclamações e comentários melosos. À certa distância, os meninos as observavam:

- O que há entre as meninas, animais e bebês? – Josh perguntou, estranhando o universo feminino.

- Sei lá... – Hector deu de ombros.

Torceu ainda mais o nariz quando Alan Snape se aproximou com seu amigo, Rupert Bothwell. Sonserinos se interessando por bebês?

- Tem gente que não tem mais o que fazer... – Caroline Bothwell disse para as amigas que sempre a seguiam. – Perder tempo com um bebê chorão...

- O único bebê chorão que estou vendo aqui é você, maninha. – Rupert retrucou.

Furiosa com as risadinhas que o comentário do irmão provocou, Caroline bufou, e, levantando o nariz empinado, marchou para fora dali com as amigas.

Dentro da enfermaria, Ana mordeu os lábios assim que viu a porta se fechar, impedindo-a de ver a filha.

- É melhor serem breves, porque acabei de entregar minha filha recém-nascida para uma menina de doze anos. – Disse preocupada.

- Calma, amiga. – Tonks piscou para ela. – Madame Pomfrey está lá com eles.

- Não, claro... – A brasileira balançou a cabeça, como que dizendo que estava tudo bem. – Não vou me transformar naquele tipo de mãe neurótica, se querem saber. – Dois segundos depois, voltou-se para o marido, que se sentara ao seu lado com um dos braços ao redor de seus ombros: - Não está muito frio lá fora, está?

Rindo, porquê “lá fora” nada mais era do que o corredor, ainda estando dentro de Hogwarts, Carlinhos beijou a esposa nas têmporas e ela relaxou, caindo em si.

- Ham... Já que estamos todos aqui... – Harry puxou o assunto. – Desculpe, Ana.

- Tudo bem, acho que foi ficar realmente mal se não me disserem logo o que descobrirem e... Cadê o Shacklebolt? – Ela franziu o cenho, achando estranha a ausência de um dos principais membros da Ordem.

- Não dava para esvaziar o ministério, não é Ana? – Rony torceu a boca, zombeteiro. – Pelo menos, a gente que é da família teve uma desculpa com o nascimento da Lizzy.

- Nem era para ter tanta gente. – Hermione completou. – Iríamos fazer outra reunião no fim de semana.

- Minha filhinha... Tão pequena, e já tem o senso de oportunidade da mãe. – Ana suspirou propositadamente fundo demais, fazendo os demais rirem.

- Essa reunião era para ser de urgência. – Harry comunicou. – E ainda é. Depois de todo esse tempo sem respostas, parece que temos duas pistas grandes.

Ele olhou para Lupin, que entendeu que deveria continuar a explicação dali:

- O gato de Hector, Ferdinando, pareceu tomado de uma súbita fúria contra a flecha que eu analisava... A flecha que feriu Harry quando fomos a Avalon. Ferdinando atacou-a com um golpe certeiro de suas garras, arranhando-a de cima a baixo.

- Mas ela está intacta! – Observou Carlinhos, que tomara o objeto das mãos de Lupin.

- É. Agora está. Foi isso que me chamou a atenção e revelou a origem da madeira. Olhem. – O ex-professor tomou de volta a flecha e, tirando um canivete do bolso, riscou-a, causando um sulco profundo no artefato.

Lentamente, uma fina camada fibrosa foi crescendo por sobre a linha feita pelo canivete. Tornou-se mais grossa, até que cobriu totalmente o sulco. A superfície ficou lisa, sem um único vestígio que houvera sido arranhada.

- É claro... – Snape murmurou, o olhar concentrado no objeto.

- O que é claro? – Serenna lhe perguntou.

- Se sua entrada no mundo bruxo não fosse tão recente, eu me surpreenderia que você não conhecesse essa madeira, minha irmã.

- Sem dúvida, muito famosa entre os professores de magia do mundo. – McGonagall inclinou a cabeça, impressionada.
.
- E por quê? – Foi a vez de Ana perguntar.

- O seu alheamento e o de minha irmã com relação a coisas de seu país chegam a ser exasperantes, Smith. – Snape levantou uma das sobrancelhas. – Uma escola de bruxaria inteira é feita com essa madeira, cuja forma de entalhamento é um dos segredos mais bem guardados do Mundo da Magia...

- O Centro de Excelência em Educação e Pesquisas Mágicas do Rio Negro. – Harry o interrompeu, já não suportando o suspense imposto por seu ex-professor de Poções (o que obviamente deixou Snape contrariado). – A escola brasileira de magia, na Amazônia.

- E tem mais. – Hermione se manifestou, eufórica com as descobertas. – Neville conseguiu o nome daquela flor que está no medalhão. E até trouxe um espécime...

Longbotton abriu uma pasta de couro. Dentro, uma variedade de flores e folhas estavam presas em diversas páginas de pergaminho. Ele tirou uma delas, desprendendo uma flor delicada e branca:

- Reconhecem? – Dirigiu-se à Ana e Serenna.

A irmã de Snape se adiantou e pegou a flor das mãos de Neville. Franziu o cenho, e chegou a abrir a boca para negar quando, de repente, algo lhe pareceu familiar. Aproximou a planta do nariz, captando-lhe melhor a fragrância. Surpresa, sorriu levemente:

- Olha, a flor eu nunca tinha visto antes, mas... Esse cheiro, é inconfundível. – E estendeu-a para Ana, que a cheirou também.

- Meu Deus!

- Sabe o que é? – Carlinhos perguntou.

- Se eu sei? É praticamente um símbolo nacional! – Brincou.

- Um modo de vida. – Serenna completou, lançando um olhar desafiante para o irmão.

- Realmente, uma filosofia... – Ana entendeu a intenção da outra brasileira, e entrou na brincadeira.

- Por Merlim! Digam logo! – A intenção era atacar Snape, mas foi Gina quem perdeu a paciência primeiro.

Após sorrirem uma para a outra, Ana respondeu:

- É guaraná.

***
Notas
***

(1) Sugar, Sugar. De: “The Archies”. Se alguém se perguntar como é que o Lipe conhece uma música tão “antiguinha”, basta lembrar que ela estava em “Sherek 2”. Ao final desse filme, todos os personagens participam de uma espécie de “show de calouros”, onde se disputa o título de “Novo ídolo” de “Tão Tão Distante”. Aqueles que, como eu, não são “tão jovens assim”, podem se lembrar de uma novela global chamada “Despedida de Solteiro”, cuja música de abertura era esta.

Sugar, ah honey honey
You are my candy girl
And you've got me wanting you.
Honey, ah sugar sugar
You are my candy girls
And you got me wanting you

I just can't believe the lovliness of loving you,
(i just can't believe it's true)
I just can't believe the one to love this feeling to
(i just can't believe it's true)

Sugar, ah honey hiney
You are my candy girl
And you got me wanting you
Honey, ah sugar sugar
You are my candy girl
And you got me wanting you

When i kissed you girl i knew how sweet a kiss could be
(i know how sweet a kiss could be)
Like the summer sunshine pour you sweetness over me
(pour your sweetness over me)

Pour a little sugar on it honey
Pour a little sugar on it baby
I'm gonna make your life so sweet, yeah yeah yeah
Pour a little sugar on it yeah
Pour a little sugar on it honey
Pour a little sugar on it baby
I'm gonna make your life so sweet, yeah yeah yeah
Pour a little sugar on it honey

Ah sugar, ah honey honey
You are my candy girl
And you got me wanting you
Oh honey honey, sugar sugar..............
You are my candy girl


(2) Uma frase de colaboração da Sally Owens, hehehehe.

---------------

(N/A). É... Em breve teremos o livro sete! *Nervosa, ansiosa*. Vai ser maravilhoso, mas, claro, não poderei mudar muito o rumo dessa fic e de outras que (espero que sim) venham por aí. Vou tentar adaptar da melhor forma possível mas, por hora, pretendo esquecer da (que sacrilégio!) JK, e continuar a história... Espero que não desande nada.

Reavivando, portanto: esta e as outras são histórias com spoilers ATÉ O LIVRO SEIS.

Estou postando sem revisão da última parte... Mais na afobação de postar o capítulo. Espero que não tenham grandes incoerências.

Ah! Como a Floreios não mostra mais o e-mail ao lado de quem postou, eu não tenho mais como adicionar o pessoal novo no meu grupo de e-mail “Segredo de Corvinal”, e assim, avisar quando saiu capítulo novo. Quem puder e quiser (do pessoal que apareceu depois de junho/2006) me mande um e-mail pedindo para receber esses avisos.

Sempre lembrando – Leiam “O Paciente Inglês” e “Close To You”, da Regina McGonagall, e “Harry Potter e o Retorno das Trevas”, da Sally Owens.

No mais... Amo vocês! Um abraço, e espero que tenham apreciado o capítulo 18.


Vamos aos comentários individuais:


Pedro Salgado: Atualizado, senhor!

Alessandra Amorim: Ta aqui a atualização, pronto! Hehehe.

Liliane Mangano: Puxa, obrigada pelo comentário! *vermelha* Abraços!

Luisa Lima: Vão vir mais confusões desse “noivado” de conveniência entre a Luíza e o Zacharias. E a Mel não se sentiu exatamente “satisfeita” em defender o Morcegão, hehehe. Sim, o Lipe só faltava ter um carimbo na testa dizendo: “Grifinório”, hehehe. Claro “visivelmente grávida” – com aquele barrigão, ou era gravidez, ou era lombriga!!! Hehehehehe. Myra e Nando terão um papel importante mais a frente. Obrigada, obrigada e obrigada! Beijos!

Gina W. Potter: Continuação oficial da série? Hehehe. Valeu, mas este vai vir é da JK, daqui a pouco... *que meda*. A Sally escreve superbem mesmo, eu fico com síndrome de abstinência quando ela demora muito a atualizar. Bem, aí foi o capítulo 18. Espero que goste.

Charlotte Ravenclaw: Sem problemas! Pane na Internet é o que não falta, por isso, todo mundo já passou por um (eu mesma passo um perrengue todo o dia para abrir o Diário Oficial do Estado de SC, hehehehe). Sim... Agora são só “revelações” (São tantas emoções, como diria Roberto... Hehehehe).

Bruna Perazolo: Ah, vc sabe que sou filiada a “I Stil Belive In Severus Snape”, hehehe. Também era da “BBB” – Bring Black Back, movimento esse que recebeu um soco no estômago com o filme cinco... *chorando copiosamente*. Eu tb gosto da Luíza e do Zach (ainda mais com o “Zach” que escolhi – o Scott Speedman, hehehe). Beijos, querida!

Mimi Potter: Obrigada! Valeu por continuar acompanhando! Beijos!

Nath Black: Pedido de atualização atendido... Hehehhe. Abraços!

Vanessa*Weasley*Potter: Valeu, brigadaço! Atualizei, pronto, hehehe. (Merlim te atendeu, viu?).

Regina McGonagall: Não sei como vc ainda não me matou com essas minhas “intervenções” na Serenna, hehehe. Obrigada por ter passado por aqui também. Beijos!

Grazy DSM: Comédia ou tragédia... Tudo vai depender de como o Zacharias se comporta (as vezes eu tenho vontade de dar um soco nele, mas... Ah, ele é tão bonitinho, vou ter coragem de estragar um rosto daqueles? Hehehehe). Hum... Tem razão. Qual será a atitude do Snape com o Alan? Vai ser favorecedor, como ele fazia com os sonserinos? (Porque, além de ser da mesma casa, é FILHO dele, então...). Ou será que vai ser mais durão, justamente pelo menino levar o sobrenome Snape? Aguardem as cenas dos próximos capítulos... Hehehehe. Aaaaaaaaaaaaah! Seu cabelo roxo iria ficar demais, garota! (Mas não acho que algumas pessoas estejam... “Preparadas” para isso... Hehehe. Acho melhor ficar com as cores tradicionais mesmo, em nome da boa convivência familiar e social, hehehehe. Valeu, valeu e valeu MESMO pelo comentário, ainda mais que saiu em um horário tão tarde... Brigadão mesmo. Beijos!

Alessandra Amorim: Pois é, daquele jeito, o Lipe só podia ser da Grifa, né? (Eu e a Ana, que somos Lufas, não gostamos muito da história, mas fazer o quê? Hehehehe). Eu também não ficaria triste se a J.K. resolvesse dar uma guinada na história e nos surpreender com o Snape. Vamos aguardar. Já, já saberemos a resposta, não é?

Cahh: Obrigada pelo comentário. Beijinhos para vc tb!

Ana Carol Murta: Sobre Luíza e Zach... Bem, vamos ver como a história se desenvolve. Se eles não se matarem antes do final da fic... Hehehehe. Eu também torço para que tenha sido algo assim que tenha acontecido com Dumbledore, naquela noite. Agora, vamos ver o que vai acontecer com o Snape em Hogwarts, novamente. Ah, sobre a Myra e o Nando, tudo o que eu posso dizer é que eles vão ter um papel importante na história, mas isso vai ser visto só lá na frente (prepare-se!).

Ana Carolina Guimarães: Feliz Aniversário!!! (Ainda que atrasado, hehehe). Beijos, e obrigada pelo comentário.

Anna Voig G. Malfoy: Que bom que gostou do capítulo. Não consegui atualizar tão rápido quanto gostaria, mas saiu mais rápido que o último, né? Abraços!

Deby: O Lipe é um personagem fácil de se escrever. Capetinha como ele só, mas o garoto está bem vivo na minha mente, e as ações dele evoluem que é uma maravilha. É... Já deu para perceber que eu ando romântica com todos esses casais se formando, não é?

Sally Owens: Primeirona a comentar, sim! É, eu sei que vc e o Morcegão não se dão bem. Aliás, é bom eu lembrar disso para deixar vc e ele bem longe um do outro em qualquer evento social que venha pela frente... Hehehehe. Ah... Os dragões! Estou em estado de choque até agora. Ainda não acredito. Tenho certeza que mais cedo ou mais tarde alguém vai me dizer que foi um engano, e aquela ilustração do livro sete não é de um dragão... Sei lá... Hehehehe. Nunca fui uma “Trelawney”, hehehe. O Hector é mesmo “suspirável”... E olha que ele ainda tem 13 anos, imagina quando crescer mais um pouquinho, hehehe. Beijos, saudade tb!

http://i26.photobucket.com/albums/c103/Belzinha1/img79.jpg

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.