O Retrato de Ravenclaw



Estava uma pilha. Sentia-se um monte de caquinhos. Como se algo o tivesse atropelado. Rony tinha passado a noite em vigília no hospital, tomando conta dos três amigos. Isso, depois de uma fuga muito bem orquestrada, onde Lucius Malfoy e alguns outros comensais haviam sido libertados de Azkaban. *

Sim, porque ele tinha certeza que os fugitivos tinham tido ajuda externa de algum cretino da mesma laia do Malfoy. Quem? Rony não tinha a menor idéia.

Olhou novamente para o amigo, na cama ao lado. Harry comentara algo sobre saber quem, mas... Apagou antes que pudesse lhe dizer. Aliás, tudo aconteceu muito rápido, desde o princípio. Mal tiveram tempo para pensar.

O chamado do Ministério fora feito no meio da noite, informando que Azkaban passava por sua primeira “rebelião”. Sem os dementadores como carcereiros, outras defesas haviam sido postas na mais famosa prisão dos bruxos. E cada uma delas havia falhado daquela vez.

Todas, exceto a barreira natural da ilha, que a isolava do continente. Ninguém podia chegar até lá aparatando. Não havia como usar a Rede de Pó-de-Flu. Vassouras especiais eram usadas para se chegar até lá, voltando tão logo seu passageiro desembarcasse, e só reapareceriam com um feitiço convocatório devidamente somado a uma senha secreta. Por isso os prisioneiros ainda estavam confinados em Azkaban, sem ter como sair, embora houvessem assumido o seu controle.

Então, os Aurores haviam sido chamados para repelir o plano dos rebelados, qualquer que fosse ele. Sim, porque naquele momento ninguém sabia como pretendiam burlar o feitiço anticonvocatório e sair da Ilha. No entanto, mesmo os Aurores sendo tão bem treinados, mesmo conhecendo muito bem o modo de agir de cada um dos envolvidos – Harry e ele mais do que qualquer outro, graças a experiência que haviam acumulado desde a juventude encarando estes mesmos prisioneiros – ainda assim haviam caído em sua armadilha, sendo atraídos para uma emboscada. Tiveram que assistir, impotentes, enquanto Malfoy e sua corja eram libertados.

E essa era a história de como ele fora parar naquela Ala Hospitalar do St. Mungus, com os três amigos precisando de cuidados médicos. Agora, Ana estava dormindo graças ao efeito colateral de uma poção revigorante; e Tonks e Harry estavam desacordados: a metamorfaga, por causa de uma concussão na cabeça, e o amigo graças à perda de sangue por um ferimento em suas costelas.

Rony estava tão perdido em seus pensamentos, a mente vagando em uma mistura de cansaço e preocupação, que não notou que Ana abrira os olhos lentamente. Quando se deu conta do fato, ela já havia visto a expressão preocupada no rosto dele. Rony tentou disfarçar sua aflição com um ar divertido bem pouco convincente. No entanto, antes que pudesse pensar em algo engraçado para dizer, ela indagou, ainda confusa:

- O que aconteceu?

- Você sofreu uma “Cruciatus”. – não adiantava mesmo, Rony teve que admitir, frustrado: ele só sabia ser direto.

- Azkaban! - um brilho de reconhecimento passou pelos olhos de Ana. E ela suspirou, impaciente, enquanto sentava-se na cama: - Cruciatus, você disse? Detesto quando isso acontece!

Rony abriu um daqueles seus famosos sorrisos enviesados. Se conhecia a cunhada, o que viria a seguir seria a preocupação com os outros amigos.

Bingo! Ela olhou em volta, vendo Tonks com um curativo em volta da cabeça em uma cama, e Harry, parecendo extremamente pálido em outra.

– Eles... – Ana abriu muito os olhos, a face tomada pela preocupação.

- Vão ficar bem – apressou-se a responder. – Os medibruxos que cuidaram deles disseram que Tonks vai acordar daqui a pouco. Harry perdeu muito sangue, vai demorar um pouco mais para se recuperar, mas vai ficar bem.

- Aquela escória... – Ela disse mais algumas palavras baixinho, em português, com um brilho raivoso nos olhos. - E você? Está ferido?

- Ah, você me conhece... – Ele fez aquela expressão cheia de si. – Eu sei me cuidar... Não se preocupe.

- Não me preocupar? – Ela ergueu uma das sobrancelhas, um sorriso zombeteiro começando a aparecer nos lábios. – E quem vai me salvar da Molly se algo te acontecer?

Rony revirou os olhos:

- Ana, peloamordemerlin, põe uma coisa na sua cabeça: a gente não é mais criança. Na verdade, somos até mais velhos que você.

- Detalhes, Rony, detalhes! – Ela balançou a mão displicentemente no ar, como que a realçar o que estava falando. - Para mim vocês sempre serão aquelas crianças viajando no Expresso de Hogwarts, indo para seu primeiro ano escolar. – Então seus olhos pousaram em Harry, e voltou a ficar séria: - Malfoy escapou, não é mesmo?

- Sim – o sorriso sumiu no rosto dele também.

O silêncio foi tamanho que, se não fosse pela movimentação constante das curandeiras no quarto, poderia se ouvir uma agulha caindo no chão.

- Bem... – Rony resolveu quebrar o silêncio. – É melhor eu ir falar com o pessoal lá fora. Devem estar com os nervos à flor da pele. – Um sorriso iluminou novamente seu rosto, antes de acrescentar: - Mas eu é que não ia aparecer na frente do Carlinhos sem ter uma boa notícia sobre você. Aliás, estava só esperando que acordasse para ir até lá. Imagine, até os medibruxos estão tirando a sorte para ver quem vai “se arriscar” a chegar perto dele!

A brasileira abriu um sorriso tímido e ficou vermelha – o que era estranho quando se tratava da cunhada. “Apaixonados!”, Rony pensou enquanto saía, revirando os olhos.

Alguns minutos depois, Carlinhos entrou, trazendo no olhar aquela expressão que poucas vezes Ana tinha tido a oportunidade de ver no marido. Um misto de medo e de coragem forçada, típico de quem não quer que os outros vejam sua fragilidade. Ele manteve esta expressão enquanto procurava por ela no quarto, até que a avistou entre as últimas camas. Então, a expressão se suavizou, e o alívio era evidente ao vê-la sorrindo para ele, realmente bem.

Ana tivera alguma preocupação quanto a eles poucas horas antes? Se a resposta fosse positiva, a lembrança sumira de sua mente no momento que o vira, assim, tão... “seu Carlinhos”. Sim, tinha uma coisinha incomodando, lá no fundo, ela tinha que admitir. Mas, ora bolas, deixaria as preocupações para depois!

- Devia haver uma lei proibindo você sorrir desse jeito, sabia? – Ele perguntou, sentando-se na beirada da cama e tomando-lhe o rosto entre as mãos.

- Por que fariam uma lei assim? – Ela perguntou, abrindo ainda mais o sorriso.

- Minha cara senhora Weasley, não sabe as reações que pode causar em seu marido quando sorri assim?

- Hum... – ela fez um ar de quem agora estava compreendendo – Sei. Mas não tenho certeza de querer evitar tais reações...

- É mesmo? – Ele ergueu uma sobrancelha, fingindo estar surpreso – Se é assim... – aproximou o rosto dela, até que seus lábios se tocassem em um beijo cálido, como se tivesse medo de machucá-la.

Um pigarrear foi ouvido, e eles se separam, deparando-se com uma velha curandeira que os fitava com ar de desaprovação. Ela mostrou surpresa quando viu os rostos deles, como se estivesse achando a cena conhecida. Então, ela viu Harry na cama ao lado (quem não se lembraria de Harry Potter?), e comentou:

- Ah, claro, agora me recordo. – A expressão repreensiva e um tanto irônica poderia ser classificada em “snapeana”.

Carlinhos demorou mais para reconhecer a mulher do que Ana – afinal, para ele, o episódio tinha ocorrido há quase nove anos. Mas finalmente lembrou-se da curandeira que havia interrompido um outro beijo entre eles naquele mesmo hospital. **

- Meus jovens, quando vão aprender que isso é um hospital e não um daqueles barcos cheios de coraçõezinhos que existem nos parques de diversões dos trouxas?

“O Túnel do Amor”, a tal atração dos parques trouxas veio a mente de Ana, fazendo-a ter que se segurar para não rir da comparação feita pela mulher mais velha.

- Era exatamente isso que eu estava tentando explicar para a minha mulher, senhora. – Carlinhos falou, tentando não parecer tão “maroto” quanto estava se sentindo.

Diante da expressão imperturbável da curandeira, ele acrescentou, mais sério:

- Vamos nos comportar, prometo.

A mulher ergueu uma das sobrancelhas, indicando com este simples gesto que não havia acreditado na primeira e muito menos na segunda afirmação do tratador de dragões. Em seguida, virou-se e começou a dedicar sua atenção aos pacientes das outras camas. A forma digna com que caminhava fez Ana pensar que, se Minerva McGonnagal tivesse uma irmã, só poderia ser aquela velha curandeira.

- Talvez Rony tenha razão sobre vocês, sabe? Dá para sentir o cheiro do açúcar vindo de vocês daqui onde eu estou!

Tonks! Evidentemente ela tinha acordado há pouco tempo e presenciara a cena toda. E ainda por cima já estava bem o suficiente para fazer brincadeiras. Mas longe de se incomodar com uma resposta, Ana se apressou a analisar a aparência da amiga procurando sinais de cansaço e fraqueza, e questionou, preocupada:

- Como se sente?

- Além da dor de cabeça, você quer dizer? – Tonks piscou, indicando a atadura que dava voltas em sua cabeça.

“Ótimo, acho que isso responde minha pergunta”, pensou Ana.

Não muito tempo depois, o quarto foi “invadido” pelos Weasleys que já estavam lá fora: Molly, Arthur, Rony, Hermione e Gina. Além deles, Lupin é claro, que estava ansioso para ver a esposa. Apesar de toda a tragédia que acontecera, era muito bom ser paparicada por aquela família barulhenta e incrível. E, no final das contas, estavam todos vivos, graças a Deus! Nem todos os Aurores que haviam entrado em Azkaban naquela noite tinham tido esta sorte. O irônico (ou talvez nem tanto) era que ninguém se lembrou do Richard Oates, o Auror “pé-no-saco” que os tinha acompanhado*. Ele estava vivo, é claro. É impressionante como gente como ele sempre consegue ficar viva.

A única mácula no sentimento de alívio deles era Harry.

Ele ainda não tinha acordado quando Ana foi liberada. Conforme ela ouvira dos medibruxos, Harry provavelmente ficaria assim durante uns dias, mas se recuperaria. Não que Ana desconfiasse da capacidade dos medibruxos, mas, entre os trouxas, ficar inconsciente, ainda mais por tanto tempo, não era bom sinal. E lhe cortava o coração ver Gina, com aquele sorriso forçado, tentando mostrar-se forte e confiante...

Ainda pensava nisso quando Carlinhos e ela encontraram os gêmeos e Gui, com as respectivas esposas e filhos no corredor. Deviam estar indo visitar Harry. Após os cumprimentos “normais” entre adultos da mesma família, Ana se abaixou para cumprimentar as crianças da maneira que “ela” achava normal:

- Beijinho de esquimó! – Ela se aproximou primeiro de Sean, filho de Jorge; e depois de Kenneth, filho de Fred; repetindo em cada um o cumprimento que consistia em esfregar os narizes. As crianças se aproximaram muito seguras e contentes, demonstrando estarem familiarizadas com a saudação. Claro. O “beijinho de esquimó” era a forma especial de cumprimento entre eles.

E ela e Chantal, filha de Gui e Fleur também tinham um:

- Beijinho de borboleta! – Esse era bem mais delicado, bem apropriado para a loirinha: um encostar de narizes, com o piscar muito rápido dos olhos, imitando as asas de uma borboleta.

- Eu gostaria de saber onde você tira estas idéias, Ana! – Alicia, a esposa de Jorge perguntou, divertida.

- Ah! Apreendi com minha tia Helena – ela respondeu, se referindo à irmã mais nova de seu pai. Mas em seguida ela franziu o cenho, buscando uma memória distante: - Ou no programa da Xuxa, não tenho certeza...

Após alguns minutos, despediram-se e, enquanto se distanciavam do grupo, Ana ainda pôde ouvir Fred propor ao irmão apostarem quanto tempo Harry ficaria sem parar em uma Ala Hospitalar. Em seguida ouviu-o exclamar: “AI! Gui, porque você me bateu?” e “UI! Cátia, amor, você também?”.

Carlinhos e Ana sorriram, divertidos, e o olhar que lançaram um para o outro dizia: “Quando é que eles vão crescer?”.

Mas a sensação de felicidade não durou muito. Na recepção do hospital, havia vários familiares dos aurores que haviam morrido. Tristes, abatidos, alguns deles ainda deixando lágrimas caírem enquanto esperavam que as providências para a liberação dos corpos fossem feitas. Viram Quim Shacklebolt no meio deles, ajudando, consolando ou simplesmente dando apoio com a sua presença.

Podia sentir a dor daquelas pessoas, a atmosfera era tão carregada que, se os dementadores não tivessem sido extintos, dir-se-ia que estavam rondando o St. Mungus.

Ela queria se aproximar, ser capaz de dizer algo que os confortasse, ou ser útil de alguma forma, mas... Não podia. Quando pensara que eles tinham tido sorte em estarem vivos, não se conscientizara do impacto que a tragédia de Azkaban provocaria sobre as famílias. Talvez fosse a poção revigorante que ainda estivesse embotando seus pensamentos, ou ainda não estava tão recuperada quanto pensava, mas se sentia fraca e trêmula quando pensava que aquilo podia ser só o começo.

Malfoy escapara. Céus, o mais perigoso Comensal da Morte vivo estava solto. E, lembrando-se da figura obscura que conhecera na Mansão dos Riddle há oito anos, bem podia imaginar qual era o seu objetivo mais imediato e premente: Vingança.

- Vamos para casa – pediu em um sussurro para Carlinhos.

Casa. Tudo que ela queria era a segurança de seu lar agora, mesmo que uma dúvida de que talvez nenhum lugar fosse mais tão seguro assim começasse a se formar em sua mente.

O ruivo havia passado um braço em torno de sua cintura, dando-lhe apoio, tão logo sentiu os pequenos tremores. Abraçou-a protetoramente e lhe murmurou um “Vai ficar tudo bem”, antes de aparatarem.

***

A pequena corvinal faria todo o percurso até a sala de McGonnagal correndo, se não estivesse sendo escoltada por Argo Filch, o sádico zelador de Hogwarts. Mas estava. Infelizmente.

Conforme Filch, sua tia queria falar com ela pela lareira da sala de McGonnagal.

Sentira grande alívio ao ouvir aquilo. Sua tia estava bem e até mesmo iria falar com ela. Mesmo assim, não sabia sobre os outros e não se atrevia a explicar a situação para Filch, a fim de que ele se apressasse. Talvez estivesse sendo injusta com o zelador e ele só estivesse velho demais para se mover mais rápido, mas Mel tinha a impressão que a aflição dela o divertia, e por isso diminuía a velocidade de seus passos.

- Balaço – Filch disse para a estátua que ficava em frente à entrada para a sala da Diretora.

Ela ficou confusa por alguns instantes até perceber que coisas como “gota de limão” e “feijõezinhos de todos os sabores” eram senhas típicas de Dumbledore, mas que McGonnagal iria preferir coisas relacionadas ao quadribol, como grande fã do esporte que era.

Preocupação e ansiedade. Eram as únicas coisas que poderiam explicar porque aquela menina não estava soltando exclamações de admiração e excitamento por percorrer “aquele” caminho. Praticamente não se deu conta da escada girando e subindo, e nem de detalhe algum antes de irromper sala adentro:

- Onde ela está? Estão todos bem?

Filch emitiu um som de desaprovação frente ao comportamento. E também quanto ao fato dela só ter “explodido” fora de sua jurisdição: ou seja, na sala de McGonnagal, que certamente o proibiria de aplicar um castigo. Ainda contrariado, o velho zelador deixou a sala.

Minerva McGonnagal estava sussurrando algo de frente para a lareira, que ficava em um canto mais afastado da sala. Virou-se tão surpresa com a interrupção, que Mel ainda pôde captar o brilho de preocupação em seus olhos antes que a velha senhora tivesse tempo para disfarçar.

- Diretora...? – A menina se aproximou devagar, o tom baixo, como que a perguntar se estava tudo bem.

- Senhorita Warmlling, isto são modos de entrar em uma sala?

- Concordo plenamente com a Direitora McGonnagal, Mel! – Ela ouviu a voz da tia ralhar. – Não foi essa a educação que a sua mãe te deu, tenho certeza!

- Tia! – A corvinal praticamente pulou de felicidade, ignorando as repreensões. As duas mulheres sorriram discretamente, relevando o comportamento daquela vez. A menina tinha razões para se preocupar. – Você está bem?

- Estou sim, querida. Vamos, não fique desse jeito, não aconteceu nada.

- E os outros? No Profeta Diário disseram que Tonks se feriu gravemente e que Harry pode... – ela não conseguiu terminar a frase.

- O QUÊ? Isso não é verdade, Mel. Tonks terá que ficar alguns dias de repouso, mas já está bem. Harry... Harry perdeu muito sangue, vai ficar mais tempo no hospital, mas já está fora de perigo também. Quem escreveu este artigo dizendo estes absurdos?

- Rita Skeeter – McGonnagal respondeu por Mel, um tom de desgosto e reprovação na voz.

- Ah! Isso faz sentido! Admira-me que logo você tenha levado a sério... – a Auror franziu o nariz, em uma atitude de desprezo cômico: - A “Skeeter”!

O jeito de falar da tia foi tão irônico que a menina não pôde deixar de abrir um pequeno sorriso. Sim, ela bem sabia como Rita Skeeter escrevia! Parecia que a jornalista tinha recuperado seu emprego no Profeta Diário e junto a sua reputação. Mas, entre os trouxas conhecedores da saga do “Menino-Bruxo”, o nome “Rita Skeeter” não inspirava confiança... Para dizer o mínimo. Aí estava “mais uma” interessadíssima em manter os livros de J.K. Rowling bem longe do Mundo Mágico!

- Que bom que estão todos bem! – Mel soltou um suspiro de alívio.

Ana sorriu também, e perguntou gentilmente:

- Mas e você? Está parecendo abatida. A Diretora McGonnagal me contou sobre a Harpia...

- É... – a menina limitou-se a dizer.

- Quer que eu peça para eles comprarem uma coruja? – Sugeriu.

- Não! – Ela apressou-se a recusar. A tia iria dizer o motivo e os pais iriam se sentir péssimos ao saberem que tinham feito a filha passar por um momento constrangedor. – Dumbledore vai pousar do lado de fora de agora em diante. – E acrescentou em um sussurro, mas para si mesma: - Só espero que ele se lembre disso...

- Dumbledore? – Ana perguntou.

- O nome da harpia. Idéia do Lipe – explicou, em um tom de implicância bem conhecido entre os irmãos. – Meu irmão é brilhante, não é? Aliás, o conceito dele de me deixar a par do que acontece no mundo trouxa é dizer que eu estou perdendo a “melhor temporada de “CSI” de todos os tempos”.

***

Acomodada no meio de um monte de almofadas no sofá de sua sala, Ana pensava em como era bom ser paparicada. Tia Agatha havia mandado Rampell para ajudá-la com a casa e as refeições, mas o velho elfo doméstico dos Smiths simplesmente não a deixou se levantar.

E, depois do serzinho se desmanchar em lágrimas quando ela tentou pela milésima vez fazer alguma coisa, resignou-se a ficar no sofá descansando. Aqueles olhos elficos cheios de lágrimas sempre a venciam... Merlin, se Hermione a visse sentada como uma sultana enquanto um elfo trabalhava! A grifinória iria querer expulsá-la da F.A.L.E., com certeza.

Carlinhos chegou e se acomodou no sofá com ela, fazendo mil piadinhas sobre pedir conselhos a Rampell de como fazê-la obedecer, enquanto puxava-a para o círculo de seus braços e a apoiando em seu peito.

- E então? Tem notícias? – Ana perguntou depois de algum tempo.

- Papai me mandou uma coruja dizendo que Harry acordou esta manhã, e vai ficar mais alguns dias de repouso no hospital. Tonks continua em casa, de repouso também e...

- Olá! Iuhuuuuuuuu! Tem alguém em casa? – Uma voz totalmente desconhecida para Ana ressoou, vinda da lareira. Corrigindo: uma voz desconhecida, feminina e enjoativamente afetada.

O casal se aproximou da lareira, Carlinhos indo na frente. De onde estava, Ana pôde ver a cabeça de uma loira flutuando entre as chamas verdes e, sentido um baque no estômago, percebeu que era mesma mulher do Beco Diagonal.

- Felícia? – O ruivo disse, um tanto surpreso.

- Ah, olá, Carlinhos, querido!

Ana prendeu a respiração: “Acalme-se, garota. Aqui na Inglaterra eles chamam todo mundo de querido. Suba em um ônibus e até o cobrador vai te chamar de querida, não é nada demais...”.

Abandonou aquela linha de pensamento ao olhar novamente a mulher: um cobrador jamais lhe lançaria aqueles olhares lânguidos, como os que ela estava lançando para Carlinhos!

Deu um passo à frente, a expressão calma encobrindo um súbito impulso assassino dirigido àquela loira que se desmanchava em sorrisos para seu marido. Isso era absolutamente surpreendente: quando se tornara tão ciumenta?

A loira finalmente percebeu Ana ao lado de Carlinhos e seu movimento surpreso ao constatar mais alguém na sala lembrou ao ruivo que deveria apresentá-las:

- Felícia, esta é minha esposa, Ana Weasley. Ana, esta é Felícia Althorp. Felícia e o pai, Gerard Althorp também são estudiosos de dragões e estão no país para visitar a reserva em Gales.

- É um prazer, senhorita Althorp – Ana respondeu o mais polidamente que pôde.

- Igualmente, senhora Weasley. – A outra respondeu, visivelmente decepcionada por encontrar Carlinhos acompanhado pela mulher. – Bem, vejo que vim em má hora... – ela olhava para Ana, que usava um robe.

- Não se preocupe, Felícia. – Carlinhos respondeu, tentando ser gentil. – Ana só está de repouso hoje por ordem médica.

- Ah, nada de grave, eu espero...? – Para Ana, a voz dela dizia justamente ao contrário, e até possuía uma nota de esperança.

- Ah, não, agradeço a preocupação, senhorita Althorp. – Ela respondeu em tom tão afetado quanto a da outra. – Apenas descansando depois de um trabalho especialmente difícil, ontem, em Azkaban.

A loira fitou-a por alguns segundos, tentando entender:

- Azkaban...?

- Minha esposa é Auror, Felícia. Participou da operação de ontem em Azkaban. – Havia uma nota de orgulho e preocupação no ruivo.

Ana sorriu ternamente para o marido, sorriso este que desapareceu ao ouvir Felícia:

- Ah, sei, a tentativa de impedir as fugas... – A loira ressaltou a palavra “tentativa”. – Que pena! Eu vim até aqui justamente para convidar Carlinhos para um jantar que papai vai dar para alguns pesquisadores de nossa área. – Desta vez ressaltou o “nossa”. – Claro que a senhora também está convidada, mas meu pai e eu entenderemos que frente a suas ordens médicas... É uma pena.

O tom de felicidade contida na voz da loira teria sido imaginação sua?

- Não, não há o que sentir, senhorita Althorp. O ataque que sofri não foi forte o suficiente para me afastar de minhas atividades por mais que vinte e quatro horas. – Ana viu com satisfação o sorriso sumir do rosto dela também. – Os fugitivos escolheram a Auror errada para lançar uma Cruciatus.

A última declaração fora dita muito humildemente, mas continha uma mensagem bem clara. Uma espécie de código que as mulheres reconhecem imediatamente.

- Que ótimo! – Felícia disse, com animação forçada. – Então, vejo-os na sexta-feira, no restaurante do hotel em que papai e eu estamos hospedados. Até lá.

Eles despediram-se e, assim que a cabeça de Felícia sumiu da lareira, Ana voltou-se para o marido com uma das sobrancelhas erguidas, indicando que esperava algum comentário explicativo.

- O pai de Felícia foi meu orientador na Romênia. Aliás, ele é o diretor de uma das reservas de lá.

Então Carlinhos a conhecia há muitos anos. Isso explicava a intimidade. Afinal, não estavam no Brasil onde todos se chamam livremente pelo primeiro nome. O encontro com a loira fora bem esclarecedor, tinha que admitir: não devia se preocupar com o marido – como bem imaginava – mas com aquela ave de rapina que respondia pelo nome de “Felícia”.

- Foi impressão minha ou havia uma certa tensão aqui, momentos antes? – O ruivo perguntou, confuso.

- Tensão? Imaginação sua, claro. – Ela desconversou, ignorando o estreitar de olhos dele: - Acho que você é que está tenso, amor. As últimas vinte e quatro horas não foram fáceis. – Ela massageou os ombros dele para reforçar a idéia.

- Hum... – ele sorriu, puxando-a para si. – Acho que está tentando me enrolar.

- Capaz! – Ela respondeu em português, em seu sotaque sulista mais carregado. – Está claro que você precisa de uma boa xícara de chá inglês, meu marido. – Desta vez ela carregou na pronúncia britânica e sorriu, provocativa.

- Rampell pode trazer o chá! Rampell traz!

O casal deu um pulo com a chegada súbita do elfo. Tinham esquecido que ele estava na casa. Felicíssimo, estalou os dedos e uma bandeja com chá fumegante e diversos petiscos apareceu sobre a mesinha da sala.

- Ah, obrigado, Rampell... – Carlinhos disse. – É muita gentileza sua.

- Rampell muito feliz em servir seus senhores! – Os olhos do elfo brilhavam. - Os jovens mestres precisam de mais alguma coisa?

- Não, Rampell... É... – Ana não tinha certeza como dispensá-lo sem ofender a sensibilidade do velho elfo. – Não queremos afastá-lo por mais tempo de Smith House. Tia Agatha pode estar precisando...

O elfo deu um longo suspiro triste:

- Os amos de Rampell não ficam mais tanto tempo em Smith House... Rampell não tem quase nada para fazer! – Choramingou. Então pareceu ter uma idéia: - Jovem mestra deve descansar! Rampell vai fazer o jantar para jovem mestra! – E desapareceu novamente.

Ana e Carlinhos se entreolharam:

- Já percebeu que vai ser um custo fazê-lo voltar para Smith House, não é? – Carlinhos perguntou, mal contendo o riso diante da expressão desolada de Ana.

- Hermione me mata!

***

[Alguns dias mais tarde...]


Ah, que ótimo! Estava perdida... De novo.

Francamente, sabia que aquele negócio de escadas trocando de lugar o tempo todo não seria fácil, mas isso já estava ficando ridículo!

Tudo bem. Era só pegar o corredor ao fim desta escada. Vira Grizel andando por ele instantes antes, e devia ser... Ah, não!

A escada em que estava começara a se mover novamente, e o seu final se dirigia a um corredor totalmente desconhecido para ela.

- Pára! Fica aí! – Ela suplicava enquanto se segurava no corrimão. – Pára! Não, não! Volta para lá! Eu disse para lá!

Quando a escada finalmente parou (no lugar onde “a escada” queria, é claro), Mel desceu os últimos degraus, e firmou os pés no corredor. Voltando-se totalmente injuriada para os degraus, disse, com os lábios e olhos estreitados:

- Sua escada maluca! Você me atrasou para a aula... – terminou com um suspiro entre derrotado e incrédulo: - De novo!

Resolvendo começar a procurar o caminho o mais rápido possível, deu as costas para as escadas, ainda pensando: “Elas pareciam bem mais legais nos livros e no cinema, quando atrapalhavam os OUTROS”. Não estava achando nada engraçado agora.

Nunca tinha andado por aquele corredor do quarto andar antes. Bem, pelo menos, achava que estava no quarto andar... Ficara tão apavorada e depois tão indignada com a escada que não prestara atenção para onde estava indo.

Indignada... Com uma escada. Seria cômico se não estivesse em apuros por causa daquele monte de degraus temperamentais.

Já estava quase no fim do corredor quando se deparou com o retrato de uma jovem morena. Ele era quase do tamanho natural de uma pessoa e ocupava boa parte da parede. Nele, uma mulher morena, de pele alva e muito jovem era retratada. Sentada em frente a uma espécie de escrivaninha antiga, ela segurava um livro aberto sobre o colo e uma varinha. Tanto o livro – uma iluminura – quanto as vestes indicavam alguém de uma época longínqua.

Ela se afastou um pouco para ver melhor aquela mulher que lhe inspirava tanta simpatia, e percebeu que o quadro não estava sozinho. Havia outros quadros de ambos os lados: mais dois bruxos e uma bruxa. Um homem moreno e com uma cobra atrás de si. O outro, com uma armadura, espada e uma bola de cristal nas mãos. E uma jovem senhora loira, escrevendo em um pergaminho, o olhar bondoso a fitar o espectador. Cada um vestindo as cores de diferentes Casas de Hogwarts.

Não havia dúvidas: eram os retratos dos Fundadores.

Maravilhada em descobrir algo que os livros “Harry Potter” não contavam, ficou observando os quadros com um sorriso bobo nos cantos dos lábios, esquecendo-se até mesmo que estava atrasada. Estranho... Os quadros não se moviam. Por que logo os quadros dos Fundadores da escola eram “normais”?

Fixou seu olhar novamente no quadro da moça que vira primeiro. Não precisou de muito para concluir que a jovem morena era Rowena Ravenclaw: o ambiente que a cercava - muitos livros - e a corrente com um pingente em forma de ave que pendia em seu colo eram bem conclusivos. Rowena tinha um sorriso enigmático e o olhar de lado, a encarar o expectador como que indagando o que ele poderia lhe contar sobre o mundo. Era uma moça muito bonita, mas não de uma beleza exótica e impossível de ser alcançada. Era uma beleza serena. Mel sentiu que poderia ser amiga daquela moça de faces rosadas e traços delicados.

Finalmente, os olhos da corvinal pousaram sobre um símbolo em um dos cantos do retrato, quase apagado sobre o que seria a representação de uma folha de papel embaixo de vários livros empilhados na velha escrivaninha.

- Mas... Não é possível! – Ela sussurrou, os olhos arregalados e incrédulos fitando símbolo como que presos por ele.

- Er... Com licença... – uma voz muito suave fez Mel pular de susto.

Viu Danna O´Brian fitando-a de maneira indecisa por baixo do cabelo negro e brilhante que lhe caía sobre o rosto.

- O-oi! – Ainda estava se recuperando do susto, mas disse com sinceridade: - Que bom te ver de novo!

A morena mostrou um sorriso tímido e lançou um olhar rápido sobre o quadro, como que a perguntar o que teria prendido a corvinal ali. Mel entendeu o olhar e, mesmo que a pergunta não houvesse sido feita em voz alta, respondeu:

- É... Estranho. – Ela apontou para o símbolo, que consistia em vários anéis se entrelaçando. – O que o símbolo trouxa para o Átomo está fazendo no quadro de uma bruxa que viveu há mil anos?

- Átomo... – Danna balançou a cabeça, confusa. – Não sei do que está falando. – Lamentou. – Este é o símbolo celta para “Energia Mágica”.

- Tá brincando! – A corvinal arregalou os olhos e voltou rapidamente a cabeça para o quadro, como se esperasse ver ali qualquer outra coisa, algo que inicialmente tivesse confundido com o modelo Atômico. Mas, a não ser pelas extremidades pontiagudas das elipses, quando no símbolo trouxa elas eram curvilíneas, o símbolo era o mesmo. – Quer dizer que Rowena era celta?

- Não sei, mas... Isso não quer dizer nada. Quase todos os bruxos da Grã-Bretanha na época tinham ligação com... – a grifinória se interrompeu, assustada: - Ah, Merlim! A aula! O Professor vai me matar! – E saiu correndo por uma entrada lateral atrás de um enorme tapete persa.

“Como é que eu não vi esta coisa antes?”, Mel pensou. “Bem, pelo menos eu agora sei de um caminho para fora daqui”.

Por mais que tivesse tentado encontrar Danna para agradecer-lhe por ter mostrado a saída (ainda que não intencionalmente), a garota desaparecera novamente. Que coisa! Ela parecia muito boa nesse negócio de “sumir”.

Sua primeira aula era “Feitiços” com Flitwick. Ainda que o Diretor de sua Casa estivesse maravilhado com sua jovem aluna, a quem chamava de “Pequeno Prodígio”, não deixou de avisar que ela estava atrasada... Novamente. E que a Corvinal, por causa disso, perdera cinco pontos.

Era tudo o que ela precisava agora: mais um motivo para as garotas de sua própria Casa a olharem atravessado!

Abriu o livro na página que Flitwick mandara, e começou a ler. Pela primeira vez, não conseguiu se concentrar direito nos dizeres dos feitiços (todos muito fáceis dela memorizar, porque a maioria tinha origem latina). Seus pensamentos estavam em certo retrato no quarto andar e nos motivos que teriam levado o pintor a por um símbolo celta nele.

Aliás: teria sido um pintor? Como os quadros dos bruxos eram feitos, afinal? Mas, aqueles quadros não se moviam... Talvez tivessem sido feitos da maneira trouxa mesmo.

Uma coisa a ser pesquisa na biblioteca mais tarde: junto com símbolos celtas e Rowena Ravenclaw.


-----------
NOTAS
-----------

* Ler Harry Potter e o Retorno das Trevas, da Sally Owens, Capítulo 7. (E eu recomendo a leitura da fic toda, é maravilhosa!).
** Ler Harry Potter e o Segredo de Sonserina, Capítulo 20.

****

(N/A): GENTEEEEEEEEEM! Voltei! Desculpem a demora, mas nem sempre na vida da gente sai conforme o “cronograma”, né?

Obrigada aos que ainda não desistiram da fic, mesmo depois de tamanha demora! Especialmente para os pedidos insistentes de atualização: vocês não existem meninas! Obrigada!

Neste capítulo a história começa a pegar ritmo e entramos na trama central dela. Para aqueles que lêem a fic da Sally: calma, no próximo capítulo teremos a turminha, ok?


Vamos “papear”:


CAROLSHIMI: Primeirona a postar! Eu? Malvada? *risinho sádico*. Magine... (hihi). Mas eu fico muito feliz quando as pessoas postam comentários torcendo para as personagens terem um final feliz. Isso quer dizer que elas conquistaram a simpatia dos leitores, né? Obrigada pelos elogios e pela fan que ganhei!

MORGANA: Adoro estes comentários quilométricos! Sim, é óbvio que sua forma de comentar enumerando pegou (é só dar uma olhada nos últimos comentários para constatar isso, hihi – até eu já me acostumei a fazer assim também!). identificação / A Danna é personagem criada em conjunto com a Sally (na realidade, a menina já estava pronta na cabeça dela, eu só ajudei a batizar... hehe!). Concordo: Morte à Caroline! Agora eu estou “me achando” com a idéia “genial” da Luna e do Colin... Heheh! Ah, bate em mim, não, Morgana! Tudo tem uma razão de ser, e o que está acontecendo com a Mel e com a Ana também, você vai ver. Ah, eu e a Sally sempre estamos trocando e-mails e nos falando pelo MSN, o assunto vcs já sabem, né? Por isso as fics ficam tão bem sincronizadas. Respondendo à pergunta: Hector no próximo capítulo. Beijos, e obrigada pelo comentário “gropesco”!

BRUNA 182: Eu fico supercontente que tenha gostado da fic. Espero que continue assim. Abraços!

GRAZY DSM: Hihiihi! Olha, eu até faço os segredos dos outros Fundadores, mas... De todos os Diretores de Hogwarts? Fantasmas? Alunos? (Hehehe) Nem brinca com isso! Eu morro antes! Obrigada por estar acompanhando e espero te encontrar no MSN estes dias! Beijos!

KIKA: Eu entendo que deve estar com pouquíssimo tempo agora né? Tudo bem, porque eu sei que você “não me abandonou” (Drama! Hehehe). As meninas da Corvinal são o eco dos boatos sobre a presença da Mel em Hogwarts... Elas são malvadas não são? Teve vontade de bater nelas? Que bom, porque era isso que eu queria! Ah, ser a fic da Sally SEMPRE é uma vantagem! A fic é maravilhosa! Bem, respondi parte de suas perguntas com este capítulo, né? Vai ter mais no próximo. Também te adoro!

BRUXICCA: Que bom que gostou! Pois é, o capítulo 5 era aquele problemático que eu estava dizendo para vc, pelo MSN (quando nada dá certo). E a proprósito: vc não disse que ia atualizar a sua fic? Estou esperando, heim? *fazendo pressão, hehehe!*.

TRINITY SKYWALKER: Verdade: uma hora na vida da gente tem que haver problemas. Dor de dente, notas baixas na escola, chefe chato, muito trabalho ou ser sugada por um livro enfeitiçado e voltar oito anos no tempo (esta última coisa tem sido muito comum ultimamente... hihi!). Eu quis trazer um pouquinho da magia do Expresso de Hogwarts de volta, e, pelos comentários, eu consegui um pouquinho, né? O encontro Mel / Danna estava me preocupando, saiu como eu imaginava, ainda bem! Sinceramente, acho que Colin e Luna tem tudo a ver também (tá, eu também gosto do Neville, ele é... FOFO!). Tenho vontade de fazer uma shortfic com a história que eu pus no capítulo ou então inventar outra. Vamos ver, é coisa para o futuro. A respeito da Ana e “as suspeitas”, a Sally comentou a mesma coisa comigo, sobre o porque ela não perguntou de uma vez. Bem, ela nunca se viu como uma pessoa ciumenta e, dar bandeira de que estava “com caraminholas na cabeça” (como diria o Chapéu Seletor) só por ela tê-lo visto com uma mulher e depois dele ter esperado por ela por 8 anos... Enfim, não deu. Mesmo quando ele não comentou nada com ela sobre ter estado no Beco Diagonal, bateu um medo, um daqueles “gritos mudos” que dá na mente da gente e preferimos adiar o confronto, entendeu? Esse negócio de psicologia, aí, sabe? (hihi). Ah, os versinhos consumiram boa parte do meu tempo (sou de prosa, não de verso...). Espero que tenham ficado “aceitáveis”. Vai ter muito mais história por aí! Espere e verá! E por ultimo mas não menos importante: Amo a sua fic!

SALLY OWENS: O primeiro parágrafo do 5 dá um “clima de aventura no Expresso de Hogwarts”, hehehe! Aos poucos, eu vou compondo o quadro com a turminha, né? Tenho que agradecer a você por estes personagens fantásticos e pelo enorme “gancho” com a sua história como paralelo. O resultado está ficando maravilhoso e, mesmo a gente já sabendo dos principais acontecimentos que estão por vir nas fics uma da outra, ainda assim dá aquela empolgação quando sai capítulo novo, né? Ah, nós duas somos malvadas! Mas tudo sempre com uma razão, afinal amamos estes personagens. Eu também me identifiquei com a Mel, acho que assim ela fica bem mais verossímil. Valeu pelo comentário detalhado, pelas leituras prévias dos textos e pelas dicas! Te adoro!

ANDERSON POTTER: Fiquei enternecida com a sua preocupação com a Mel. Mais detalhes, leia os próximos capítulos e a fic da Sally Owens. Valeu pelo comentário!

MARIA LUÍZA: Obrigada! Ai, que bom que as pessoas não reclamaram das “inovações” como a Harpia e o casal Luna/Colin. Eu achei que elas ficariam boas, espero que vocês também gostem! Beijos!

CAROLZINHA: ô, Carolzinha, se já disse que ama meu jeito de escrever... Sempre é bom ouvir de novo, né? (hihi) *to me achando*. Ah, a Danna é demais! Também adoro ela! Ah-há! Ficou com pena da Ana e da Mel, né? *risada ensandecida* Consegui! Consegui o meu intento! *voltando ao normal*: calma, vamos ver em que a história dá. Ah, o nome do filme que eu comentei é “Simplesmente Amor”. O filme é ótimo, recomendo!

CHARLOTTE RAVENCLAW: Amiga, “A verdade está lá fora”! Hehehehe! Sempre fiquei maluca com este título! Ele responde e não responde ao mesmo tempo! Yes: acertou em cheio – lembrei do Peter Parker ao criar um Colin adulto. Ele continua louquinho – e ainda é fã do Harry – mas está menos grudento, hehehe! As explicações para as seleções estão na minha cabeça há séculos! As pessoas fazem as mesmas coisas, às vezes, por motivos diferentes, e assim nasceu a explicação da seleção de casas daquela forma. Bem... eu também adorei seu comentário! Beijinhos! PS: Atualiza sua fic!

VITTORIO: Obrigada! Puxa, seu comentário realmente me deixou feliz. Só espero que esta minhas “inserções” de coisas no mundo de J.K. não descaracterize o universo. Me policio muito nisso. Que bom que consegui “entrar na história”. É o mais importante para mim também, quando leio algo: eu tenho que conseguir me ver na trama, ou pelo menos me identificar... Ah, boa pergunta: o trio vai ter mais participação a partir dos próximos capítulos. Eu tinha que deixar todos bem familiarizados com os novos primeiro, ir “preparando o terreno”. Adorei a sugestão, especialmente porque costumo escrever ouvindo música (agora estou ouvindo “Do The Hippocriff” do Cálice do Fogo). Valeu!

BERNARDO: Eu é que quero mais da sua fic! Menino, ela atingiu um ponto absolutamente empolgante (ta, ela toda é, mas a curiosidade está me matando...). Obrigada pelo comentário!

BRUNINHA: Ai, meus sais! *edição pós-primeira postagem*. Mil perdões Bruninha! Eu li o seu comentário, mas quando eu fui copiar e colar no Word para comentar, acho que acabei apagando e esquecendo, crente que já tinha escrito a resposta lá em cima... *Sorry*. Postei o capítulo na maior correria, é isso que dá! Valeu pó não ter desistido mesmo depois desta gafe, tá?


Obrigada a todos que estão acompanhando, especialmente aos que comentam. Meu obrigado também para aqueles que estavam “vasculhando” alguma coisa para ler e acabaram clicando por aqui... Espero que tenham gostado.

Gente, eu adoraria se comentassem. De verdade. As opiniões de vocês são muito importantes. Se não quiserem deixar um comentário público, podem me mandar um e-mail para: [email protected] (esse também é o e-mail do MSN).

Mas... Comentem, pelas almas dos quatro Fundadores de Hogwarts!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.