Início da busca (edit)




Harry Potter e o Estranho R.A.B.

Capítulo 7
Início da busca


As horas passaram rápido, o sol esquentou fora da casa, as pessoas começaram a levantar. Todos comentavam aos sussurros os acontecimentos da noite anterior. Sequer tiveram tempo de aceitar a idéia de que Narcisa Malfoy viveria ali e agora tinha que aceitar também o filho dela, um Comensal da Morte assumido e um dos grandes responsáveis pela morte de Dumbledore. Os murmúrios vinham de todos os lados. Ninguém parecia disposto a aceitar. Moody tentava acalmar os ânimos dos outros afinal, já tinham muitos problemas sem desentendimentos dentro da Ordem. Acabaram por aceitar uma nova reunião para falar com o novo-suposto-líder. No quarto da sra. Malfoy, o curandeiro sr. Smith e Longbottom continuavam a tentar salvar Draco.

Já passava do meio dia e todos já haviam almoçado quando finalmente a porta do quarto se abriu e os três saíram. A sra. Malfoy parecia muito cansada enquanto o curandeiro conversava com Longbottom baixinho. Narcisa sentou-se no sofá no mesmo local onde Hermione estivera durante toda a noite.

- Narcisa, é melhor você comer alguma coisa... – Longbottom parecia preocupado.

- Estou bem Frank – definitivamente não estava. O rosto pálido mostrava as profundas olheiras de noites mal dormidas e choro. Até a voz parecia meio rouca.

- Bem Isaac, só posso agradecer por ter atendido a meu chamado no meio da noite – o auror acompanhava o curandeiro até a porta – Parece que mais uma vez estou em dívida com você.

- Não tem problema Frank. É sempre bom poder ajudar de qualquer forma. Mas não se esqueçam de manter os olhos no rapaz, virei assim que puder para dar outra olhada nele.

- Claro! Ficaremos de olho.

- E se cuide também Frank, como já te disse, não sabemos porque você acordou então não temos certeza que ficara realmente bem.

- Não se preocupe, estou ótimo.

- Até a próxima então.

- Até!

O sr. Smith foi embora, Longbottom voltou para perto de Narcisa. Ela olhava para frente com o olhar perdido no nada.

- Ele não vai ficar bem, não é? – ela falou em um sussurro.

- Não é fácil quebrar a Maldição Imperius.

Fez se silêncio. O auror parecia procurar algo para falar mas as palavras teimavam em não sair.

- Você o teria matado Frank? – ela ainda não olhava para ele – Teria matado meu filho diante de mim?

- Teria.

Mas uma vez silêncio. O clima piorou.

- Narcisa, é melhor você comer alguma coisa e dormir um pouco. Seu filho vai demorar a acordar, você tem tempo. Pode voltar para o quarto onde ele está.

Ela nada disse nem nada fez. Ficou simplesmente parada onde estava como se não estivesse ouvindo. Do corredor que dava para a cozinha surgiu Neville dizendo que Moody precisava falar com o auror. Sem dizer nada o sr. Longbottom fez um carinho no rosto de Narcisa (para desagrado de Neville que estava olhando) e acompanhou o filho para a cozinha deixando a sra. Malfoy sozinha com sua dor.

*

Num canto mais afastado da sala, no auto da escada que dava para os quartos e a biblioteca no nível superior, Hermione se levantou devagar e subiu ainda de costas para o alto sem fazer barulho para não chamar atenção de Narcisa. Quando chegou no fim da escada deu um profundo suspiro de cansaço e virou para o corredor deserto atrás dela. Quer dizer, quase deserto.

- Harry?! – ela quase gritou ao se virar e esbarrar com o garoto bem atrás dela. – O que você está fazendo aqui?

- Fala baixo! – ele a puxou tirando-a de perto da escada para que a sra. Malfoy não os ouvisse. - O que VOCÊ estava fazendo observando a sra. Malfoy, Hermione?

- Nada! – a resposta veio rápida demais – quer dizer – ela se atrapalhou coma palavras – eh... eu estava aqui quando eles chegaram e fiquei sem jeito de sair sabe.

Harry a olhou de lado. Não gostou nem um pouco daquela história, mas preferiu não perguntar. Rony não ia gostar nada-nada de saber que Mione andava se preocupando com o Malfoy.

- A Harry dá licença, eu estou cansada. Não dormi quase nada e acho que vou descansar um pouco. Ate mais tarde!

Hermione sumiu no corredor com uma velocidade impressionante. Mulheres! Harry foi em direção as escadas pensando se havia realmente entendido o que estava acontecendo. Ao chegar a escada ele pode ver a sala inteira e assim viu que a sra. Malfoy não estava mais sozinha. Carlinhos Waesley estava na sala também.

- A senhora está bem? – Carlinhos parecia preocupado.

- Estou. – ela falou sem emoção.

- É um crime deixar uma mulher linda como a senhora chorando.

A sra. Malfoy olhou para ele muito intrigada. Harry não menos surpreso resolveu não aparecer e ficou no alto da escada mesmo, lembrando o que Longbottom havia falado sobre um dos Waesleys estar de olho nela.

- Quero dizer, Longbottom parece ser tão próximo da senhora... que é de admirar que a deixe sozinha num momento difícil como este. – falava a olhando nos olhos. Estava em pé ao lado do sofá.

- eh... – ela parecia meio confusa – ah... tudo bem sabe... – ela sorriu para ele – acho que não tenho muita sorte no campo amoroso, jovem Weasley...

- É Carlinhos – ele sorriu também – não precisa me chamar pelo sobrenome sra. Malfoy.

- Ah, então, acho que você também não precisa me chamar pelo meu... Carlinhos.

- Melhor assim... Narcisa.

O silencio pareceu constrangedor. Ela se levantou do sofá mais animada.

- Bem, eu vou voltar para o quarto, você sabe, meu filho pode acordar. Agente se vê.

- Claro.

Ela se afastou pelo corredor que dava para os quartos do térreo. Carlinhos muito sorridente subiu as escadas em saltinhos dando de cara com Harry no topo dela.

- Harry! Oi, você estava aí faz tempo?

- Faz.

- É? Bem, então... nem uma palavra para a mamãe. Você sabe, ela não ia gostar de ver alguém fazendo amizade com esses Malfoys, não é mesmo?

- Claro. Pode ficar tranqüilo Carlinhos. – falou o mais normalmente possível. Ainda sorrindo
Carlinhos sumiu no corredor com tanta velocidade quanto Hermione havia feito.

Definitivamente aquela casa não estava normal, Harry pensou consigo. O que estava acontecendo? Se tudo continuasse desse jeito as pessoas esqueceriam da guerra e sairiam desenhando corações cor de rosa pela mesa de reuniões! Será que ninguém além de Harry lembrava que tinha uma guerra lá fora? Que Voldemort estava livre e se tornando mais forte? Será que ninguém lembrava que em tempos como esses não há espaço para se pensar na própria vida?

- Harry, eu preciso falar com você.

- Gina... – e lá se vão os pensamentos sobre a guerra.

- Harry, você não pode continuar com essas idéias de ficar longe de mim para me proteger.
Isso é ridículo.

- Não, Gina, não é ridículo é necessário.

- Você não pode escolher por mim Harry Potter!

- Mas você concordou, porque esta mudando de opinião?

- Concordei porque achei que podia viver sem você, mas agora que tentei entendi que estou errada. – ela falava séria, parada diante dele em frente a porta da cozinha.

- Não vou colocar você em perigo.

- Eu sou uma Waesley, metade de minha família está na Ordem. Eu já estou em perigo Harry.
Você não pode mudar isso.

- Nem você pode mudar o fato de que o lugar mais perigoso é a meu lado. Eu não vou ficar com você Gina e isso não é negociável. Já perdi muita gente que não podia, não vou arriscar perder você...

Dizendo isso ele deu as costas a ela e adentrou na cozinha tão rápido quanto Mione e Carlinhos sumiram no corredor deixando-a sozinha no corredor vazio. É, parece que ele também não tem muita sorte no campo amoroso...

Na cozinha a sra. Waesley arrumava as panelas enquanto Moody e Lupin falavam algo que parecia ser importante a Longbottom que ouvia sem comentar. Quando Harry entrou todos se viraram para ele mas voltaram a conversar baixinho. Ele ficou pensando o que estaria acontecendo agora. Ficou muito surpreso quando o chamaram para sentar perto deles, queriam lhe falar algo.

- Harry – Lupin começou – atacaram Azkaban.

- O quê? – ele não acreditou no que estava ouvindo.

- Voldemort mandou buscar aqueles que foram presos durante a luta no Ministério da Magia. O atentado ontem foi para desviar as atenções. Usaram dementadores para render os guardas. Um exército deles. Os mais fortes seguidores de Voldemort estão com ele outra vez. Azkaban só conseguiu dá um alerta para o Ministério agora a pouco.

Harry estava em choque. Estavam soltos outra vez e agora não tinham Dumbledore no caminho. Moody continuou.

- Estamos fazendo o possível para localizar-los mas não creio que conseguiremos. Eu não sei o que Dumbledore planejava, mas vai ficar mais difícil agora.

Difícil só era pouco, pensou Harry. Se antes era impossível agora parecia piada. O desespero começou a nascer dentro dele. Nunca ia achar e destruir os Horcruxes sem ajuda e a tempo. Se o diretor não conseguiu quem conseguiria? E agora os piores Comensais estavam soltos outra vez, e ninguém podia fazer nada. Harry encarou Longbottom que permanecia calado. Onde estava seu espírito de liderança agora? Na hora de tomar as atitudes o silêncio não parecia a melhor delas. Harry se levantou bruscamente.

- Onde vai Harry? – Lupin se assustou com a mudança repentina.

- Não posso mais adiar minha partida. Tenho coisas a fazer.

A sra. Waesley se virou espantada.

- Não vai sair da Ordem, não é Harry? Você está seguro aqui...

- Não se trata mais de segurança sra. Waesley, não posso mais perder tempo. Dumbledore me confiou uma missão e eu tenho que realiza-la. É a única chance que temos nessa guerra.

- Mas você é só uma criança...

- Não sra. Waesley, sou um integrante da Ordem da Fênix e tenho que fazer a minha parte para destruir Voldemort. É a única maneira de isso acabar.

Harry saiu da cozinha com passos apressados. A hora chegara, nem Hermione podia mais convence-lo do contrario. Ele entrou no quarto dele e de Rony e encontrou o amigo jogando xadrez com Neville.

- Rony, eu to indo embora.

- O quê? – o amigo levantou-se preocupado.

- Aconteceu uma fuga em massa de Azkaban, estou indo agora fazer o que nós já devíamos ter feito. Vou falar com a Hermione e volto para trocar de roupa.

Saiu do quarto e se dirigiu para o de Hermione onde esqueceu de bater tamanha era sua pressa. Ao entrar deu de cara com Gina chorando na cama com Mione sentada ao lado dela.

- Harry, o que foi? – a amiga notou que ele não estava bem. Tentando não olhar para Gina ele respondeu.

- Hermione, eu e o Rony estamos saindo para resolvermos aquele assunto que já devíamos ter resolvido. Achei que você ia querer saber. – Gina sentou na cama, Mione ficou preocupada.

- Mas Harry, assim? Já tínhamos decidido que esperaríamos ter mais conhecimento sobre isso antes de ir...

- Atacaram Azkaban! – as garotas soltaram exclamações – os Comensais mais fortes estão livres outra vez. Não posso mais adiar isso Hermione, já adiei bem mais do que devia. Estou saindo, se você quer ir mesmo comigo é agora.

- Eu vou Harry, claro que vou com você!

- Também vou!

- Não Gina. Você não. Lamento mais tem de ser assim. Prepare uma mochila com alguma roupa Mione, não sei quando voltaremos.

Sem falar mais nada voltou para o quarto para arrumar uma mochila para si também. Ainda demoraram cerca de meia hora para arrumar tudo. Harry pegou a Capa de Invisibilidade, trancou o resto de suas coisas no malão, se despediu de Edwirges. Jogou a mochila nas costas e trocando um olhar com Rony foram para o corredor onde Gina e Mione esperavam os dois, Mione com uma mochila nas costas assim como os garotos. Desceram e ao chegar na sala encontraram um leve tumulto.

A sra. Weasley parecia estar brigando com o sr. Weasley, Moody conversava agitado Longbottom que estava colocando uma capa de viagem. Tonks, Lupim, Carlinhos e McGonagal conversavam preocupados entrementes olhavam Moody e Longbottom conversarem. Neville estava a um canto da sala olhando e parecia muito triste. No estremo oposto estava Narcisa Malfoy observando a cena. Quando os garotos chegaram todos se viraram para olha-los. Moody se adiantou.

- Então você vai mesmo Potter?

- Já devia ter ido. Não posso adiar mais.

- Podemos fazer algo para ajudar você? Afinal essa era a vontade de Dumbledore.

- Dessa vez não. Rony e Hermione iram comigo, - a sra. Weasley fez menção de falar mas o sr. Weasley impediu. – Não sei quando voltaremos. Também não posso dizer o que vamos fazer, dessa vez estamos sozinhos. Agradeço pelo apoio e pela compreensão da Ordem, mas isso é tudo o que eu posso dizer agora. Não se preocupem conosco, estaremos bem.

Um silêncio seguiu suas palavras. Harry queria acreditar que estariam bem, mas só falara aquilo para tranqüilizar a sra. Weasley. Onde quer que os Horcruxes estivessem, no mínimo estariam Inferis com eles. Talvez ate coisa pior.

- E você Frank – Moody se dirigiu ao outro – tem certeza que é um bom momento para sair da Ordem? Sair sozinho?

- Alastor – ele falou muito sério olhando para Harry – faz dezesseis anos que quase morri por uma causa... está na hora de retoma-la. – virou se para olhar Moody – não sei quando voltarei então é melhor que fique de olho no garoto por mim, não sei o que o Lord fez com ele mas não foi coisa boa. Na dúvida, não confiem nele, não falem coisas da Ordem diante dele, não deixe ele ver os integrantes, não fiquem sozinhos com ele. Se ele atacar, o matem – todos o olhavam – e não confiem em Narcisa, - ela ainda o olhava e nada disse – quando eu voltar espero trazer algumas respostas.

Depois de um momento de despedidas rápidas eles sairão da casa. O sol da tarde estava forte mais já queria enfraquecer. Quando os quatro se afastaram da casa o sr. Longbottom virou-se para o trio e falou com sua voz mais odiosa.

- Bem Potter, acho que nossos caminhos se separam aqui.

- Parece que sim sr. Longbottom.

Harry não queria ter nenhum tipo de conversa com aquele homem. Longbottom o olhava nos olhos e sorriu cínico, o que aumentou o desagrado de Harry. Olhou o garoto de cima a baixo e falou baixo com o maior desprezo possível.

- Não gosto de você Potter, para mim você não passa de um verme arrogante que adora ser o centro das atenções.

- Ótimo – ele respondeu o mais calmo possível – melhor assim porque também não gosto do senhor, assim como lhe acho muito arrogante e que adora ser o centro das atenções. – Longbottom sorriu divertido.

- Ah Potter, você é igual ao seu pai...

- Mas infelizmente o senhor não é igual ao seu filho.

Longbottom não parou de sorrir. Apenas suspirou.

- Nos vemos quando voltamos Potter – e se afastou – boa sorte!

O auror aparatou.

- Vamos. É a nossa vez.



O trio desaparatou numa rua que parecia muito animada. Algumas pessoas olharam para eles assustados, havia trouxas por todos os lados. Era uma dessas ruas residenciais cheias de crianças e cachorrinhos irritantes. Harry tirou do bolso o endereço que tinha arrumado durante as férias. Rony olhava a rua trouxa muito interessado. Hermione virou-se para Harry esperando que ele toma-se uma atitude.

- Certo! – ele se dirigiu a uma garota de uns 13 anos que ia passando de bicicleta – por favor, sabe onde fica essa casa?

- Claro! É uma casa grande na segunda rua. Você só tem que seguir em frente.

- Obrigada – chamou os amigos e se dirigiram para o lugar indicado – estamos quase lá.

Ao chegarem na segunda rua não restavam duvidas. A casa era de longe a maior da rua, estava abandonada o que dava um ar assombroso. Tinha um bom jardim mal cuidado, as janelas estavam quebradas e a pintura desbotada pelo tempo. O trio parou no jardim diante da casa. Harry sentiu uma sensação estranha, pensou que podia ter sido feliz ali, se não fosse por Voldemort. Suspirou e leu o nome numa placa de madeira meio escondida pelos arbustos que cresciam ao seu redor.

GODRIC’S HOLLOW


*****


N.A.2:
PERGUNTAS:

~§~ Porque “acordar” Frank? ~§~
Bem, eu não fiz uma fic e saí procurando respostas para fundamentar minha história. Eu criei na verdade uma teoria, deixo claro que eu a criei depois da Ordem da Fênix, enquanto eu tentava entender a Profecia, pois como diz o Mestre Jedi Yoda “uma profecia mal interpretada pode ser”. No caso de Star Wars, Anakin devia destruir o Lado Negro mas no fim juntou-se a ele. No caso de Harry Potter eu me prendi a possibilidade de que a descrição da Profecia também se encaixava em Neville, o que indicava que ele devia ser muito mais importante do que todos achavam.


~§~ Se Frank e S. Snape são tão amigos, porque Snape humilhava tanto o Neville? ~§~
Mais uma vez não procurei respostas, ao contrario. Foi dai que o nome Frank me surgiu na mente, essa amizade SERIA o motivo do prof. Snape humilhar o Neville. Veja bem, Severo Snape odiava Tiago Potter (e com razão), e quando Harry chega a Hogwarts ele vê a encarnação de seu inimigo ali, diante de seus olhos, mas ao tentar ver o talentoso (o livro afirma várias vezes que Frank era um ótimo auror) ele não consegue ver nada alem de um garoto que beira a possibilidade de aborto. O que o faz odiar Neville é ver Potter ali e não ter a mesma sorte com Longbottom.


Próximo capitulo: Godric’s Hollow


esses N.A.s são de antes de editar a fic, preferi deixa-los ai...

~~~~~~~~§~~~~Lara Prince Malfoy~~~~§~~~~~~~~~




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