Última Reunião



Cap. 14
Última Reunião

Passaram cinco dias em Hogwarts e nada parecia ajudar. Hermione tentou fazer a porção Felix Felicis, mas chegou a conclusão que era impossível. Essa porção dava muito mais trabalho que a Porção Polissuco. Não podia passar mais do que 2 horas sem ser mexida ou 4 horas sem acrescentar algum ingrediente, e isso durante meses. Para quem teria que sair em busca das horcruxes, era impossível passar tanto tempo ali.

No sexto dia o Profeta Diário trazia uma noticia que alarmou o mundo mágico e fez o Ministério da Magia entrar num completo caos. O primeiro ministro trouxa havia sido capturado por comensais, o que desencadeou uma crise no mundo trouxa, uma vez que todos pensavam ter sido um ataque terrorista de algum lugar distante. O tempo passava e a crise se agravava, os aurores do ministério estavam morrendo, não havia notícias de Tonks. Todos os dias a Marca Negra aparecia em algum lugar. Alguns dos favoritos de Voldemort, como Bellatrix, Lúcio e Lobo eram vistos ás vezes durante ataques, mas conseguiam ser “invisíveis” para os aurores.

No sexto dia finalmente uma novidade. Haveria uma reunião de suma importância na Ordem e a prof. McGonagal pediu que estivessem presentes. Sem hesitar, prepararam-se para partir no mesmo dia.

Chegaram a sede da Ordem da Fênix pouco depois do almoço. Logo na sala encontraram Neville sentado ao lado do pai que conversava com Moody. Eles deram boas vindas aos recém chegados, que repararam que Longbottom ainda segurava uma capa de viagem, o que indicava que havia acabado de chegar. Neville foi ate o trio.

- Que bom que vocês voltaram. Não agüento mais não ter ninguém com quem conversar. Meu pai só chegou de viagem a pouco...

- E onde está a Gina? – Harry tentou ser indiferente, não conseguiu.

- Na biblioteca, provavelmente.

Eles foram para cozinha, onde uma sra. Weasley muito animada lhes abraçou. Passaram algum tempo conversando, e nem sinal de Gina. Harry pensou se a garota já sabia que haviam voltado. Assim que conseguiu, saiu da cozinha e foi procurar a ruiva na biblioteca. Não podia ficar com ela, disso ele sabia, mas podia ver a garota as vezes...

Ele bateu na porta antes de entrar e ouviu aquela voz muito animada dizer um simples “entre” que iluminou o corredor como se ela tivesse dito “lumus”.

O menino-que-sobreviveu entrou rindo na sala, mas logo o sorriso sumiu. Estava sentada no chão abraçando as pernas enquanto conversava com Malfoy que estava sentado no divã com as pernas confortavelmente estiradas.

- Harry! – ela se ergueu e correu para abraça-lo.

Ele terminou o abraço e olhou para o sue inimigo que parecia achar alguma graça na cena.

- Malfoy. – falou com certa irritação.

- Olá Potter. Fez boa viagem? – perguntou cinicamente, um sorriso brincando em seus lábios – pela sua cara, arrisco dizer que não...

- Não é da sua conta.

- Já vão brigar? – a garota foi ríspida.

Os dois ficaram se encarando. Malfoy infelizmente parecia em perfeita saúde, inclusive mental.

- O Rony e a Mione também querem ver você Gina. Estão na cozinha, você vem ou prefere ficar com o comensal?

- É claro que vou Harry, estou morrendo de saudades. Malfoy, depois terminamos o assunto.

- Tudo bem – ele mantinha o sorriso cínico – vou estar no quarto.

- Certo. – para evitar deixar os garotos sozinhos ela puxou Harry pelo braço em direção a cozinha.

- Já disse que não quero você perto dele Gina.

- E já disse que não tem o direito de me pedir isso. Mas não vamos discutir ok. Estava morrendo de saudades.

Diante da porta da cozinha, ela parou e o beijou. Ele não recusou o beijo, também estava morrendo de saudades. Logo em seguida entraram e foram conversar com os outros.

Algumas horas depois a sala de reuniões estava cheia. Moody, Lupin, sr. e sra. Weasley, Gui (que estava bem melhor, mas mantinha algumas cicatrizes), McGonagal, Quin, Carlinhos, Longbottom, a sra. Malfoy e o trio. A professora começou.

- Bem senhores, esta reunião foi marcada em parte para comunicarmos o futuro de Hogwarts e algumas outras decisões que afetaram diretamente a Ordem da Fênix. Também aproveitaremos para debater algumas coisas que os líderes da Ordem acham necessário.

Ela falou como se estivesse dando aula a uma turma de adolescentes preocupada com a proximidade dos N.O.M.s. ela continuou.

- Como vocês sabem, os ataques aumentaram consideravelmente. O Ministério está perdendo mais aurores do que nunca e no momento estão desesperados com o seqüestro do ministro trouxa. Parece que nem na 1ª guerra enfrentaram tamanha desconfiança por parte dos trouxas. Eles estão começando a acreditar que magia é a única explicação plausível para o que está acontecendo. Isso para o ministério está sendo enfrentado como o maior dos problemas ocasionados pela volta de Você-sabe-quem. Se os trouxas descobrirem a existência do mundo mágico, uma nova Inquisição pode começar. Isso tem que ser evitado a todo o custo.

- Agora que Minerva já explicou a situação, vamos para o que descobrimos. Você-sabe-quem dividiu seus Comensais para ataques separados. Não sabemos quem são as equipes, mas estão muito bem organizados. – Moody falou voltando ao seu posto de líder.

- Não temos uma maneira de descobrir? – perguntou Quin – e se perguntarmos?

- Como assim perguntarmos? – Lupin interveio.

- Era isso que Severo Snape fazia na Ordem. Contar o que acontecia do lado de lá.

- Snape não está mais na Ordem. – Lupin foi ríspido.

- Mas continuamos tendo um Comensal por perto. Porque não perguntamos ao garoto Malfoy?

A sra. Malfoy olhava de Quin para Lupin. Se ela não gostou da idéia, não demonstrou.

- Chamem o garoto Malfoy. – Moody ordenou. Instantes depois a porta se abria e Draco Malfoy entrava em silêncio, parecia muito desconfiado e nervoso. Mandaram-no sentar na ponta da mesa, ao lado de Moody, que Harry lembrava, o garoto destestava. A sra. Malfoy trocou um olhar significativo com o filho e Harry pensou se não estariam se comunicando por Legilimência.

Moody logicamente não explicou ao ex-sonserino o que estava sendo discutido, apenas perguntou o que ele sabia sobre a organização do lado de Voldemort.

- Não sei nada. Eu estava sob a Maldição Imperius.

- Não consegue lembrar de nada? – Lupin estava cético – Muito apropriado.

Malfoy manteve o silêncio, continuava a trocar olhares com a mãe que se mantinha neutra. Ele estava evitando olhar para o trio desde que entrou.

- Duvido que estivesse sob a maldição este tempo todo. – Moody não engoliu a história.

- Infelizmente não posso ajudar – falou desejando encerrar o assunto.

Moody passou um tempo analisando a situação, talvez pensando se ele falaria se o torturassem. Acabou descartando a idéia. Falou frustrado.

- Pode sair garoto. Você não serve para nada.

O rapaz, aliviado, fez menção de se levantar, mas foi impedido por uma voz séria.

- Espere.

Longbottom falara baixo, mas pareceu atingi-lo. Narcisa trocou um olhar com o filho e mudou de posição na cadeira para prestar maior atenção. Mais uma vez a fama de Frank de despertar medo em Comensais era provada. O rapaz ficou mais nervoso que antes. Falou baixo e controladamente.

- Não sei como posso ajudar, mas...

- Eu sei – Longbottom falou no mesmo tom – você não estava sob a maldição este tempo todo, então não me venha com histórias que não sabe o que acontecia lá, porque eu sei você sabe.

Malfoy ficou sem ação. Olhou para a mãe em busca de apoio, mas ela olhava para Frank.

- Mas vou ser bonzinho, vamos analisar as suas opções.

- Minhas opções? – pelo tom assustado de sua voz, Harry reparou que ele deve ter lembrado como Dumbledore tentou lhe dizer a mesma coisa.

- Sim. Porque para mim isso é simples: ou você está do nosso lado e nos ajuda ou... está contra nós! – concluiu com suavidade – você está contra mim?

Sua voz baixa e sempre tão letal deixou no ar aquela estranha sensação de brincadeira. Mas ninguém naquela sala lotada achava que estivesse brincando. Malfoy se recostou na cadeira encarando Longbottom, e muito provavelmente imaginando o que ele seria capaz de fazer para obter uma informação. Baixou a cabeça ainda refletindo.

- Que bom que resolveu cooperar – o auror falou sorrindo, Malfoy que ainda não havia tomado uma decisão ergueu a cabeça para olha-lo. – Você é um garoto inteligente, não ia duvidar de minha palavra e pagar para ver. Nem os mais poderosos Comensais fariam uma coisa dessas. Sabe por que? Porque eles me temem.

Longbottom sorria. Malfoy também sorriu.

- Minha tia Bellatrix não tem medo de você. – falou divertido.

- Não? – ele manteve o sorriso.

- Ela diz que já derrotou o senhor uma vez – falava com a arrogância típica dos Malfoys.

- Mesmo? – ele riu com vontade – Diz uma coisa, como você fez para desarmar Dumbledore?

O sorriso desapareceu do rosto de Malfoy. Todos na mesa ficaram mais tensos. Amargamente Harry lembrou da Torre de Astronomia onde tudo se passou.

- Porque era mais forte que ele? Acha que uma falha do diretor te fez vence-lo? Acha que ele era um velhote que não sabia mais o que fazia? Diga-me Malfoy, o que você acha?

O garoto estava tão nervoso com a súbita mudança de assunto que estava ficando mais pálido que o normal. Os olhos do auror brilharam.

- O que você acha Malfoy? EU sei porque você o desarmou, e porque ele não reagiu. Sei porque ele não fez nada contra você ou contra os comensais ou contra Severo. Eu sei, porque eu também não fiz NADA contra Bellatrix ou Júnior. E eu não fiz nada contra eles pelo mesmo motivo que Dumbledore não fez contra você. E acredite que não foi por covardia ou fraqueza. Muito menos por piedade. Entendeu?

O silêncio na mesa era constrangedor. Longbottom olhava diretamente nos olhos cinzas à sua frente na outra ponta da mesa. Ele sorriu do medo do rapaz e se virou para olhar para Harry.

- Você sabe do que estou falando Potter? Você que estava lá com Dumbledore, sabe o que ele fez fora da escola? Sabe o que foi que o venceu?

Harry permaneceu calado, embora que um leve sorriso amargo se formasse em seus lábios. Então Longbottom também havia tomado aquela porção. E tinha certeza que o diretor tinha feito o mesmo. O garoto preferiu não preferiu não encarar o auror com medo que ele usasse legilimencia. Um sabia dos segredos do outro, estavam brincando de gato e rato.

- Tudo bem então.

Todos se viraram para Draco. Ele falou baixo, mas decidido. Ainda encarava Longbottom, mas não estava mais com medo. Estava tranqüilo até.

- O que disse? – o auror que parecia agora que estava com o pensamento em outro lugar o encarava curioso.

- Disse que estou disposto a cooperar.

- Humm – Frank se espojou na cadeira de forma relaxada. – Posso perguntar o que te fez mudar de idéia?

Draco Malfoy abaixou a cabeça.

- Nada em especial.

E antes de membros da Ordem iniciassem o interrogatório, Harry podia jurar que havia visto aqueles olhos cinzas se fixarem em Hermione Granger.


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N.A.:
tinha q continuar essa fic. Quero muito mostrar os loucos casais q criei como Narcisa e Carlinhos e bem... tenho uma história pra contar!!! não acho justo parar ela na metade quando tenho tanto a dizer. Não gostei do RAB de Reliquias da Morte, senti saudades deste aqui. Senti saudades de Frank... nunca li uma fic em que ele estivesse realmente presente. Ver as pessoas comentando esta fic mesmo depois de tanto tempo, swempre me faz escrever mais um poouquinho.

N.A.2:
Esta fic eh sobre o tempo dos Marotos, mas o Núcleo está mais em Severo e Narcisa como shipper principal e Lilian e Tiago como secundario. Eh digamos o passado de Estranho RAB, pois conta as coisas do jeito que estou mostrando nesta fic.

http://floreioseborroes.net/menufic.php?id=22365

eh... e essa fic tem o Frank
rsrss

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