Pagou pra ver...(edit)




Harry Potter e o Estranho R.A.B.

Capítulo 3
Pagou pra ver...



O dia seguinte foi bem mais tranqüilo para o trio, souberam que a nova reunião estava marcada para a noite seguinte e que um elfo domestico entregaria secretamente a mensagem a sra. Malfoy. Todos que conheceram o sr. Longbottom pareciam mais felizes que antes, com a exceção de Lupim que parecia envergonhado. Tonks e os Weasleys que não o conheceram na primeira guerra também pareciam meio desconfortáveis. Indiretamente pareciam ter um novo líder agora, que mal sabia o que estava acontecendo. Harry cuidou de falar de suas suspeitas para o sr. Waesley, Tonks e Lupin.


-Harry sinceramente – Lupim continuava meio envergonhado – se Moody não achou necessário, ele deve ter lá suas razões. E se você tivesse conhecido o Frank antes, talvez não estivesse com essas dúvidas agora.

Dizendo isso saiu. Tonks e o sr. Waesley ficaram calados por um tempo, quando Tonks falou.


-Olha Harry, também achei esse homem muito estranho mas contrariar a Ordem eu não vou fazer. Como disse o Remo, eles devem ter as razões deles. Talvez até já tenham averiguado. Não vou dizer que gostei dele ou que acho coerente chamar uma Malfoy até aqui, mas se eles acham apropriado.


-Bem – o sr. Waesley parecia refletir – ele realmente me surpreendeu sabe. Não sabia que ele fora o auror que mandou Malfoy para Azkaban coisa que me deixou até intrigado...


-Por que? – Harry perguntou sem pensar – um auror pega um comensal. Isso é normal, mesmo sendo o Malfoy...


-Não Harry, não é por isso – sr. Waesley falou mais baixo – sabe muitos consideram o Alastor o melhor auror por que ele realmente encheu as selas de Azkaban, deve ter sido quem mais prendeu comensais junto a Dumbledore e Crouch...


-Então porque estão o tratando como se ele fosse o melhor?


-Ah Harry – Tonks parecia meio sombria – porque ele NUNCA se preocupava em prende-los – trocou um olhar com o sr. Waesley – ele não achava que a cadeia era a solução.


-Digamos que ele entregou muitos Comensais ao ministério... mas nunca se preocupou em entrega-los vivos.


Harry guardou aquela informação. Um auror que baixava ao nível dos Comensais e fazia amizade com eles. Não parecia a melhor pessoa para liderar a Ordem.


O resto do dia foi sem graça, ele contou aos amigos o que Tonks e o sr. Waesley disseram, Rony achou que ele era louco, Hermione ficou horrorizada. Gina agora evitava até cruzar com ele nos corredores, como fazia antigamente.


Quando o dia seguinte nasceu todos na Ordem pareciam excitados. Ia haver uma reunião que duraria até a sra. Malfoy chegar. Depois haveria outra em seguida para analizar a entrevista com a ela. A sra. Waesley parecia muito zangada em pensar que uma Malfoy entraria naquela casa que ela estava cuidando com todo o carinho. Moody estava cuidando dos métodos de segurança para que ela não podesse voltar ali ou dizer a alguém como chegar até lá, afinal, continuava a ser a sede da Ordem da Fênix. Carlinhos tinha voltado do exterior e estaria presente assim como Gui. Alem deles o sr. e a sra. Waesley, Lupin e Tonks, Moody e Quim, McGonagal e o estranho sr. Longbottom. A casa era grande sendo que a reunião seria feita na sala de jantar que mais aprecia uma sala de reuniões.


Na hora marcada o sr. Longbottom chegou acompanhado de Neville. Mas parecia bem melhor, a distância do hospital parecia ter lhe dado novas forças. Quando todos estavam na sala ele pediu para o filho se retirar, coisa que este fez sem objeção. Todos sentaram a mesa. Moody em uma ponta, Frank Longbottom na outra.


-Bem – Moody começou – dentro de algum tempo deve chegar Narcisa Malfoy se ela atender nosso chamado. Então temos um tempo curto para levantar umas questões, houve novos atentados aos trouxas...


-Com licença – Harry não foi nada educado, todos olharam para ele – desculpe sr. Moody – disse tentando ajeitar seu pequeno erro – é que eu tinha uma dúvida que gostaria que esclarecessem antes de começarem...


-Pois não Potter – a professora falou como se estivessem na escola – acho que uma reunião não é o melhor momento para se tirar dúvidas...


-Se me permite – o sr. Longbottom falou com aquela foz calma que tanto parecia a do Snape – acho que a dúvida do Potter é sobre mim... na verdade estava esperando algo assim, bem Potter se quer me perguntar alguma coisa, fique a vontade.


Harry pensou se devia voltar atrás e se contentar com o que já havia sido dito, mas estava sendo provocado e não gostava daquilo.


-Estive pensando – começou com a voz mais natural que conseguiu – porque deveríamos acreditar que você é mesmo o sr. Longbottom?


-Isso já foi averiguado – cortou Moody.


-Deixe Alastor, vamos fazer as coisas como devem ser feitas. Bem Potter da mesma maneira que provei a Alastor proverei a você. Usarei o mesmo método. Só um momento diferente. Podemos fazer isso aqui? – perguntou dirigindo-se a Moody.


-Claro, tem uma penseira na biblioteca, mas não acho necessário...


-Eu acho Alastor... afinal não quero que nenhum membro da Ordem da Fênix duvide de minha fidelidade ao lado certo.


O sr. Longbottom pegou a varinha e conjurou um frasco de vidro. Depois usou a varinha para tirar da própria cabeça um fio prateado nem gasoso nem líquido e colocou no fraco.


-Pegue – e jogou o frasco no ar para que Harry o pegasse – vá com sua namoradinha ver, talvez dê tempo antes de Narcisa chegar.


Harry tinha o frasco na mão, era uma boa maneira de provar pensou. Levantou-se, Rony e Hermione o seguiram. A reunião continuou sem eles que foram direto para a biblioteca e sem demoras colocaram a penseira que estava cuidadosamente guardada num armário em cima da mesa de estudos. Não era apropria deixar a reunião para provar uma coisa que Moody já tinha averiguado, mas a curiosidade venceu a razão.


-Bem – Harry estava decidido – vamos ver o que ele tem a nos mostrar.


Os amigos concordaram enquanto Harry colocava o conteúdo do frasco na penseira.


-ótimo – Rony pareceu ligeiramente animado – nunca entrei numa penseira antes!


-Que será que ele quer nos mostrar para fazer questão?


-É isso que vamos descobrir agora Mione...


E entrou na penseira, logo atrás os amigos.


Segundos depois sentiram os pés tocarem o chão e se viram num dos corredores de Hogwarts. Era um dia ensolarado e havia muitos estudantes nos corredores, neste estante passou por eles um com o uniforme da Lufa-Lufa e o distintivo de monitor no peito. Parecia ser mais jovem do que eles, também era muito bonito despertando olhares das garotas por onde passava. Não carregava nada e parecia simplesmente andar a esmo pelo castelo quando viu um certo tumulto na saída.


-O que está acontecendo? – perguntou segurando o primeiro estudante que viu.


-Parece que os Marotos estão dando uma lição naquele Seboso da Sonserina.


Ele soltou o garoto e ficou parado absorvendo a informação. O garoto correu para ver. Depois de hesitar um pouco passou pelos olhos de Longbottom um brilho que Harry estava se acostumando a ver. Ele puxou a varinha e se dirigiu ao lugar da confusão quase correndo.


Quando saíram do castelo o estômago de Harry despencou. Era aquela mesma sena que vira na penseira anos antes. Snape estava no chão tentando se recompor, Sirius estava perto, por trás dele Rabicho e Lupim. Tiago estava discutindo com Lílian ela gritou com ele deu as costas e saiu. Longbottom se aproximou por entre a multidão que ria de Snape. Tiago se virou para Snape e disse:


-Certo! – Snape estava erguido no ar as vestes ao avesso, as pessoas riam, ele parecia desesperado – Quem quer ver eu tirar a cueca do Ranhoso?


A multidão explodiu em gargalhadas, dando vivas a Tiago. Sirius ria. Lupim continuava parado. Mas alguém ali não achava graça nenhuma. Tiago fez menção de executar o feitiço e tirar a roupa de Snape.


-ESTUPEFAÇA!!! – Longbottom gritou e atingiu Sirius em cheio.


Pego de surpresa Tiago se virou para ver quem tinha ousado fazer aquilo. Neste descuido foi pego desprevenido.


-IMPEDIMENTA!!!!! – e Tiago estava no chão a uns 2 metros de distância, Snape despencara do ar, Lupim e Rabicho levantaram mas não fizeram nada. Longbottom manteve a varinha erguida enquanto apanhava a varinha de Snape e devolvia a ele.

Sirius começou a se recompor, Snape também. Tiago ficou em pé.


-Que foi? - Longbottom e sua voz macia – não têm coragem de lutar de homem pra homem ou não são homens o suficiente para isso? – abriu os braços de forma amigável – agora são dois contra dois.


-O que está acontecendo agora? – Lílian voltara.


-O casalzinho, Black e Potter, só atacam quando estão em vantagem de 4 para 1. – informou Longbottom mas Lílian havia voltado com uma professora.


-Sr. Longbottom – a professora estava lívida de raiva – o senhor! Aluno modelo, se envolver nesse tipo de briga é uma vergonha!


-Sim professora é uma vergonha – falou, dessa vez não estava calmo – é uma vergonha Grifinória ter dois monitores presentes e nem um deles tomar uma atitude.


A professora olhou a estranheza da situação, junto a ela Harry viu Rony e Hermione de queixo caído diante da sena. Seu pai e seu padrinho respiravam fundo por causa dos feitiços que os atingiram, Lupim se aproximou muito envergonhado e não disse nada, Rabicho ficou onde estava para não ser envolvido, Snape tremia e mantinha a varinha erguida, lágrimas escapavam de seus olhos molhando o rosto pálido. Chorava de raiva e vergonha. E Longbottom ali ao lado dele, tranqüilamente esperando a reação da professora.


-Os quatro estão de detenção e são 30 pontos a menos por cada um – ela fumaçava de raiva.


-Professora... – interrompeu Lílian – Snape não teve culpa nenhuma, eu vi o começo da situação e tenho certeza que ele foi só vítima...


Todos a olharam admirados. Inclusive o trio.


-Evans!!! – disse Tiago afetado – ele xingou você...


-Bem srta Evans – a professora falou virando-se para olhar a garota – então a detenção dele passa para a srta que é monitora, viu, e como disse o sr. Longbottom nada fez. Quero os quatro na minha sala agora depois do almoço. Sem mais bobagens! - A professora deu as costas e saiu.


Lílian pareceu arrasada. Os outros ainda se olhavam com raiva. Snape olhou Lílian de maneira estranha.

-Ei todo perfeito Longbottom – Tiago já ria – por que não disse a ela que você tentou nos estuporar? Não creio que monitores tenham esse direito...


-Diante do que você planejava fazer, isso é o de menos Potter., aliais você devia agradecer por eu não ter usado uma Maldição Imperdoável, você então conheceria bem o poder de Cruciatus. – falou sem se afetar.


-Ei Ranhoso – Tiago virou-se para Snape – como você se sente agora que descobriu como é ser a “sensação do momento”? Hogwarts vai comentar por anos o que aconteceu aqui...


-Ah... Potter... – Snape ainda tremia e por mais que tentasse não conseguia conter as lágrimas. - ...O que o mundo vai comentar... por séculos... vai ser a sua morte... e pode apostar... que vai ter minha participação nela...


-Ahahahahahahahaah – Tiago riu – por que não lava os cabelos antes? – esperando alguma reação puxou a varinha, Sirius apontava a sua para Snape também, Longbottom ergueu a sua para Sirius.


-CHEGA!!!!! – Lílian estava tão zangada quanto a professora McGonagal as vezes – a brincadeira acabou, agora sumam daqui!!!


Ninguém fez menção de baixar a varinha então ela caminhou até o meio do grupo ficando entre a mira das 4 varinhas.

-EU DISSE CHEGA!!!


Devagar Tiago abaixou a dele olhando para Lílian e fez um sinal para Sirius que também abaixou. Ela olhou para Frank, que ainda encarando-a abaixou devagar. Por último foi Snape que ainda tremia. Ela ergueu a mão e tocou a ponta da varinha dele com os dedos, o rosto banhado em lágrimas ele também abaixou a dele. Começou a recolher suas coisas que tinham caído de sua mochila.


-Evans – ela se virou para Tiago – me é impossível não atender um pedido seu – falou sorridente.


-Mesmo? Atende esse: VAI PRO INFERNO!!!


Deu as costas e saiu assim como Snape. Longbottom o acompanhou a uma certa distância pelos corredores vazios até chegarem nas masmorras, na sala que Snape usava quando era professor em Hogwarts, mas naquele tempo era só um lugar vazio, sem móveis, sem nada. Cheio de poeira e abandonado pelo tempo. Snape jogou a mochila de qualquer jeito e sentou-se no chão de cabeça baixa, seus cabelos ocultavam seu rosto.


-Severo?


Longbottom parou a porta da sala e entrou devagar, aproximando-se. Sentou se perto dele.


-Príncipe Mestiço?


-Eu vou mata-lo Frank – a voz era embargada – eu juro que ele morre por minhas mãos. – ergueu um pouco o rosto, os olhos negros brilhavam – nem que eu tenha que me aliar ao Lord das Trevas para isso!


-Não Príncipe, vai ter que arranjar outro jeito – falou com sua voz calma – por que se não... eu vou ter que te matar também.


Os olhos dos dois se encontraram, pareceu uma eternidade.


-Não Frank, estaremos sempre do mesmo lado.


-Sempre é muito tempo...


-Enquanto precisarmos então! Se podermos contar com alguém, contaremos um com o outro.


-Eu jamais duvidaria da palavra de um Príncipe! – os dois sorriram com isso.


Harry olhou ao redor, estava de volta a biblioteca. Rony e Hermione com ele.


-Era isso que ele queria nos mostrar? – Hermione parecia meio chocada – o que ele planeja afinal, o que ele tem contra você?


-Cara, não acredito que era o Snape chorando... incrível! É o tipo de coisas que você não consegue imaginar.


-Bem uma coisa ficou bem clara para mim – Harry falou engolindo seco – o sr. Longbottom me odeia tanto quanto o Snape odiava. E como ele disse já tinha imaginado que eu pediria uma prova, portanto, ele já tinha uma maneira de deixar isso bem claro. Ótimo, agora temos um inimigo dentro da Ordem também. É melhor sairmos daqui para nossa busca pelos Horcruxes o mais rápido possível, a Ordem não me parece mais um local confiável, principalmente se ele for oficialmente o Líder.


-Eu sei Harry – Hermione parecia confusa – mas não sabemos ainda o que procurar. Vamos terminar esta reunião e decidir o nosso próximo passo com base em alguma coisa! E se Voldemort descobrir que sabemos dos Horcruxes? Não podemos nos isolar da Ordem, as informações serão sempre preciosas. E não podemos sumir, isso chamaria muita atenção, é melhor que ele não saiba o que fazemos, portanto temos que tentar agir normalmente.


-Se demorarmos pode ser tarde demais...


-Ah Harry – ela parecia ter esgotado em argumentos – eu não sei. Só sei que irei com você para onde for.
Rony balançou a cabeça em concordância.


-Então iremos para a casa de meus pais – falou resoluto – onde tudo começou...


Nesse instante a porta se abriu e Neville entrou com Gina.


-Mandaram chamar vocês. – disse Gina.


-A sra. Malfoy acabou de chegar. – completou Neville.


-Claro – Harry consentiu – mas um problema... quando eu tinha me acostumado com a idéia de ter poucos!


Voltaram a sala de reuniões que estava cheia de murmúrios. A sra. Malfoy ainda não tinha entrado então ocuparam seus lugares a mesa e esperaram pelo silêncio. Todos pareciam apreensivos, com exceção claro de Longbottom, que parecia não saber do que a família Malfoy era capaz, pela maneira calma que agia. Mais uma vez Harry pensou que dezesseis anos é muito tempo. O silêncio pairou sobre o ambiente, Longbottom se levantou e começou a andar pela sala. Seu olhar cruzou com o de Harry e ficaram se olhando por algum tempo, talvez ele quisesse saber o que ele achara da cena na penseira. Mas logo desviou o olhar ficando muito sério.


-Que entre! – ordenou, como um legítimo líder.


Todos fizeram silêncio quando a mulher entrou na sala. Vestia uma capa de veludo preto que estava sobre sua cabeça. Tinha um corpo bem delineado e usava vestes coladas deixando suas curvas salientes. Quando chegou diante de Longbottom baixou o capuz deixando o cabelo loiro liso cair nos ombros. Não tinha mais aquele ar superior dos Malfoys. Assim era muito mais bonita, para não dizer linda. A maquiagem preta realçava essa beleza, assim como tentava esconder as olheiras que tinha. Noites mal dormidas, choro. Olhos azuis, tristes. Um orgulho que a mantinha de cabeça erguida, mas a superioridade sumira.


-Há quanto tempo, Frank Longbottom. – falou com sua voz arrastada própria da família.


-Há quanto tempo, Narcisa Malfoy. – a voz calma de sempre – Sente-se! – disse mostrando a própria cadeira vazia – Creio que temos muito o que conversar.


A Ordem da Fênix não fez objeção ou se pronunciou. Os dois se encaravam, pareciam ter esquecido o restante das pessoas ali. Harry não sabia o que pensar quanto o que viria a seguir, só tinha uma certeza, aquela reunião prometia!



N/A 2: Os acontecimentos vistos na Penseira nada mais são do que minha visão de como continuou aquela cena do 5º livro, e pode apostar que essa não será a única cena do passado que eles verão, mas claro vou me prender mais a guerra, então teremos visões deles depois de formados também. Ah, sei que a forma de Harry entrar na Penseira ficou meio forçada.


N/A.3:Próximo cap. Uma conversa e tanto com a Sra. Malfoy com direito a surpresas e dramas (comédia não é minha área) e mais detalhes do passado.


~~~§~~~LARA MALFOY~~~§~~~



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