Sr Malfoy



O dia seguinte amanheceu como se nada tivesse acontecido, até o sol tropical voltou com força total. Flora se forçou a ir trabalhar, pois alguns de seus pacientes estavam em estado crítico e não poderiam ficar uma semana sem atendimento – tentou justificar para si mesma, quando sabia que, de fato, isto não era verdade, ela estava realmente em busca de coisas para ocupar os pensamentos e tentar retomar sua vida. Estava confusa e queria poder, por alguns momentos, não sentir toda aquela dor. Precisava disso.


Dirigiu seu carro pela cidade no “modo automático” e logo chegou ao seu consultório, que  era bastante modesto, e ficava em uma sala dos fundos de uma clínica muito bem arrumada. Para ela era o que bastava, pois o sucesso de seu trabalho não estava na mobília.


Trabalhou o dia inteiro, com intervalos pequenos para buscar ou levar as crianças na escola, almoçar, ir ao mercado. A rotina intensa lhe faz esquecer a experiência sinistra que teve no cemitério. Sentia-se mais disposta. Na pausa para o café, sentiu falta de sua colega de trabalho, sempre sorridente, que lhe aconselhava a tomar água ao invés de café: mais saudável. Sua morte ainda era um mistério, nem o legista soubera apurar o motivo. Parecia simplesmente ter-se desligado. Flora deixou a xícara de café de lado e se serviu de um grande copo d’água. Sentiria ainda falta da amiga por muito tempo. Então retornou ao trabalho, ainda havia três pessoas para serem atendidas.


O tempo passou sem que ela percebesse. Estava sozinha, havia anoitecido, já havia terminado o último atendimento, quando sentiu novamente uma brisa gélida invadindo o consultório, em seguida escutou a campainha – o que julgou estranho, pois não esperava mais ninguém. Pensou que talvez fosse o guarda noturno, verificando as luzes ainda acesas. Para seu espanto, ao abrir a porta encontrou o homem loiro do dia anterior, que estendeu a mão, esboçando um sorriso e dizendo:


- Dr Flora? I am Lucius Malfoy.


 Flora estremeceu e lhe lançou o mesmo olhar penetrante do dia anterior, tentando intimidá-lo, afinal ela estava sozinha e ele era um desconhecido. Ela sabia que aquele olhar costumava ter efeito devastador nas pessoas, mas também servia para entrar na mente dos pacientes e ajudá-los, quando as técnicas normais não funcionavam, pois com ele conseguia ter acesso a pensamentos íntimos e memórias esquecidas.


Sr. Malfoy perturbou-se por alguns instantes, mas não pareceu querer evitar tal encontro, de fato ele parecia compreender e desejar aquela invasão de privacidade. Flora viu nas lembranças daquele homem que ele vinha de longe para encontrá-la, que soube dela por algum documento e percebeu que ele não faria mal algum a ela. Quando tentou acessar um pouco mais suas memórias, viu uma mulher de cabelos negros como os seus e um homem muito esquisito com feições ofídicas. Neste momento, Lucius desviou o olhar.


Flora supõe que ele a tivesse procurado por sua fama com o trabalho, uma vez que as pessoas que viu nas memórias daquele senhor aparentavam algum tipo de loucura ou demência, tanto pelas feições quanto nas vestimentas pouco usuais.


Curiosa, convidou Lucius para entrar e o acompanhou até o consultório, onde indicou uma poltrona para que ele se sentasse. Pediu licença, pegou o celular na bolsa e, dando as costas para o homem, ligou para o marido, avisando que tinha um atendimento de última hora e que, caso demorasse mais de uma hora, achava conveniente que a viesse procurar, mas que não deveria se preocupar, pois estava bem, emendou rapidamente, sem ter certeza se isso havia, de fato, tranquilizado Felipe.


Serviu um café para ambos e perguntou o que o trazia ali. Sr Malfoy disse acreditar que ela seria filha de Tom Riddle e Bellatrix Lestrange, sua cunhada, e que teria sido dada para adoção logo após o nascimento a uma família de brasileiros, de passagem pela Inglaterra.


Flora sabia que fora adotada por seus pais e trazida da Europa ainda bebê, então escutou a história com atenção, embora chocada com a revelação inesperada, pois há muito tempo havia perdido as esperanças de saber quem eram seus pais biológicos e muito menos esperava que isto fosse revelado para ela assim, de forma tão inusitada. Seu coração estava a ponto de sair pela boca, respirou fundo para conseguir se controlar, não queria que ele percebesse. Fingindo tranqüilidade, pediu que ele continuasse.


Ele explicou que ela fora dada para adoção a mando do Sr Lestrange, o marido traído, que apesar da raiva que sentira pelo bebê – prova viva da traição da mulher – não pode matar a menina, por sentir medo e admiração por Riddle. Sr Lestrange não teve dificuldade em mentir para a esposa, dizendo que a filha havia nascido morta, pois ela era prematura e a mãe perdera a consciência durante o parto. Além disso, contou que sua mãe biológica não queria o bebê, pois achava que era do marido, de modo que nem quis ver a criança morta, facilitando ainda mais o embuste. Os Lestrange, pelo que Flora entendeu, serviam este Sr Riddle, um Lord, trabalhavam para ele. E, após anos de servidão cega e admiração pelo patrão, o marido parecia cada vez mais insignificante aos olhos de Bellatrix.


Sr Malfoy conta ainda que passaram-se anos sem que ninguém da família soubesse da existência de Flora. Até um dia quando a irmã de Bellatrix, Narcissa, esposa do Sr Malfoy, leu um documento  que havia sido encontrado por seu neto, Scorpius e fora escrito por um antigo empregado da família - Flora fica com a impressão de que o Sr Malfoy se refere a este empregado como um elfo doméstico, mas julga ser um mal-entendido, um problema na sua interpretação da língua inglesa. Para compreender melhor, entra novamente na mente do homem, o que ele parece permitir ou novamente desejar. Então ela viu, numa sala de estar ampla e luxuosa, uma mulher loira e alta mostrando-lhe um maço de papéis encardidos.


 Percebeu, ao ver como Narcissa narrava para o marido o que lhe fora contado pelo neto, um desprezo muito grande por tal empregado, Dobby, que novamente é citado como um elfo “Seria só um termo pejorativo?”, pensa Flora:


- Dobby, aquele elfo inútil e traidor, deixou escondido isso (e Narcissa mostra um maço de folhas velhas feitas de embalagem de pão e jornais, amarrado com um cordão estranho, de aparência mágica). Nestas folhas, veja só: eu nem sabia que o elfo sabia escrever, estavam descritos em uma letra medonha fatos que ocorreram em nossa casa. Coisas que havia visto e outras tantas que havia feito, seguindo nossas ordens. Se o ministério tivesse acesso a esses papéis...


- Como você encontrou?


- Scorpius me entregou. Ele brincava no porão quando, sem querer, fez uma magia que revelou um caminho na parede. Ele seguiu este caminho e chegou até o dormitório encardido do Dobby. Lugar asqueroso, nem sabia que existia aqui em casa, com flores horrorosas desenhadas nas paredes e uma cama minúscula. A intenção de Scorpius era usar este como seu esconderijo secreto, para meditar e testar seus poderes mágicos longe das nossas vistas. Ah! Ele é tão inteligente!!! Mas ele errou no feitiço e em vez de aumentar a fatia de torta que levou no bolso, fez aparecer o embrulho de papéis. (Narcissa franze o nariz, com ar de nojo). O que será que pretendia o elfo? Scorpius as achou muito interessantes, acabou se atrasando para o almoço e fui procurá-lo... Mas isso é só o começo. Veja você mesmo.


Narcissa entendeu o braço e entregou as folhas para o marido. Sr Malfoy iniciou a leitura com desdém, depois se sentou na poltrona próxima à janela, procurando mais luz para ler com mais cuidado. A revelação a respeito da sobrinha que nem sabia que existia o deixou excitado, falava palavras desconexas em voz alta:


- Bellatrix e Lord Voldemort... Levada por elfos para uma família de brasileiros... Família enfeitiçada...  viagem de férias para buscar a filha que adotariam. Hum... Interessante...


Sorriu. Narcissa identificou um brilho no olhar do marido, um brilho ensandecido, como se tivesse acabado de ganhar o melhor presente de sua vida, o que a deixou aparentemente apreensiva. Ele anunciou:


 - Vou ao Brasil. Precisamos saber se ela ainda está viva...


Após escrever algumas cartas e pedir para que a esposa despachasse por ele, Lucius avisa que iria até o quarto arrumar suas malas. Narcissa sobe as sinuosas escadas de mármore atrás dele. Então ele comenta com ela que por saber que não poderia contar com a ajuda de seu filho, Draco, que desde a morte do Lord não aprovava algo do tipo e preferia viver como se o passado não tivesse existido, ele entraria em contato com o filho de um velho amigo, Goyle, que era burro e forte o suficiente para aceitar acompanhá-lo em qualquer missão. Flora ainda vê o Sr Malfoy acompanhado pelo homem que ela reconheceu como sendo o que estava com ele no cemitério e seguindo viagem, mas não ia para o Brasil, seguia para o norte, pelo menos era o que ele havia dito para Goyle. Neste momento ele desviouo olhar, para não deixá-la ver mais.


Seu foco volta ao consultório, Flora, estarrecida, teve dificuldade para disfarçar seu choque. Mas nada se comparava ao que o Sr Malfoy estava para lhe contar: ele começou, em voz pausada, perguntando se ela nunca havia feito nada de estranho em sua vida, algo que as outras pessoas não fizessem. Ela não respondeu imediatamente, pois sabia que sim, sempre fazia coisas estranhas, tinha algum poder, mas não comentava com ninguém, a não ser com o marido, a falecida amiga e outras duas amigas que também tinham algo de diferente. Não mencionaria nada a ele sobre sua filha ou seus filhos, os pouparia, pois ainda não sabia quem realmente era o homem e o modo como se referia a Dobby e a naturalidade com que citava a hipótese de matar um bebê a fez crer que não era boa pessoa...


 Neste momento o homem sacou de sua bengala uma varinha de madeira, apontou a varinha para um quadro na parede e a imagem começa a se mover. Flora respirou fundo, sabia que aquilo não era truque, pois o quadro há muito tempo estava naquela parede, não havia como ele ter armado a cena. Então ela respondeu com a cabeça: sim, já havia feito muitas coisas estranhas. Ele perguntou o quê e ela respondeu que a coisa mais estranha que já havia feito foi, durante um acampamento com a família, impedir o ataque de uma cobra coral simplesmente conversando com ela, para que fosse gentil com sua família. O homem ficou novamente com o brilho no olhar de quem acabara de conhecer papai Noel em pessoa. Depois perguntou se ela havia sentido algo estranho no cemitério, e, embalada pelo entusiasmo que sentia com as novidades e deixando a cautela de lado, ela contou que sentiu como se algo a estivesse querendo comandar, mas que ela havia se controlado e desviado aquela sensação.


Ele bateu palmas e disse:


- Fui eu! Eu tentei jogar em você a maldição Império e você resistiu! Você é uma bruxa, e como seu pai, das mais poderosas que já conheci. Você tem o mesmo olhar, digamos, penetrante, dele.


Então Lucius a olhou com uma admiração, uma veneração, que a deixaram incomodada.


Ser chamada de bruxa não era lisonjeiro, mas ela já sabia. Sempre soube, mas nunca ousou usar a palavra “bruxa” para designar seus poderes. Ainda mais que estava acostumada a pensar nas bruxas como as malvadas das histórias infantis. Também sabia que, de certa forma, havia o mal dentro de si. Ímpetos de maldade sempre a rondaram, mas ela os havia aprendido a controlar e não agia fora da ética desde o episódio em que explodira um sapo que a havia assustado na infância (“quem era ela para maltratar o animal?”). Sorriu para o homem, e concordou: “ok, você me pegou”.


Flora não conseguia tirar os olhos da varinha-bengala dele, nunca havia visto nada igual. Achava que varinhas mágicas eram coisas de contos de fadas. Fez menção de tocar a bengala-varinha e Lucius esquivou-se. Disse que era um objeto de uso pessoal e que ela poderia comprar uma, em Londres. (Desde a vez que havia sido obrigado a ceder sua varinha para outro bruxo, no caso o Lord pai de Flora, e ela havia se partido, nunca mais aceitou que ninguém colocasse a mão em sua nova varinha, como se fosse ela que o identificasse como pessoa, mas Flora, naturalmente não sabia disso).


- Varinhas mágicas em Londres? Que ótimo! Em qualquer esquina?


- Não, existe um local específico para se comprar, a loja do Ollivander no Beco Diagonal. Não é um local de acesso permitido a trouxas, pessoas comuns sem poderes mágicos, a não ser que sejam trouxas acompanhados de bruxos. Não está no Google maps. Lá você também pode comprar livros que a ajudem a controlar e usar melhor sua magia. (Sr Malfoy forçava-se a uma certa cordialidade, o que não lhe era comum, mas Flora já não percebe, tamanha sua excitação com a idéia de conhecer seus pais, também com a possibilidade de desenvolver seus poderes de bruxa e comprar apetrechos mágicos).


Ela estava se sentindo realmente muito tentada, nunca havia sequer visto um livro de feitiços antes (um livro sério de feitiços). As únicas coisas que havia feito era seguir velhas receitas de remédios a base de ervas, e que tinham um resultado muito melhor do que as feitas por suas amigas, mesmo que tivessem seguido as mesmas instruções. E por alguns instantes ela perdeu-se em devaneios, imaginando-se com seus filhos em uma loja de departamentos de artigos bruxos, fazendo compras e mais compras de livros dourados de feitiços e objetos exóticos, incluindo caldeirões e vassouras voadoras. Foi então que lhe ocorreu perguntar:


- Meus pais moram em Londres? Desde pequena, quando soube que fui adotada, tive vontade de conhecê-los...


Sr Malfoy disse, com pesar:


- Infelizmente seus pais já faleceram...


Flora perdeu o entusiasmo e o tônus muscular, parecendo que iria afundar na cadeira. Então não conheceria seus pais. Abaixou os olhos, procurando alguma coisa em suas mãos vazias, os olhos começando a encher-se de lágrimas. O tio aguardou por alguns instantes e, por fim, convidou-a:


 - Eus posso levá-la para conhecer o nosso mundo, quando quiser. Volto para casa amanhã mesmo, mas deixo meu endereço. Sua tia, minha esposa, adoraria conhecê-la, meu filho também.


 Flora percebeu nestas últimas palavras a cordialidade forçada, mas estava curiosa e sabia, no seu íntimo, que iria aceitar o convite, ao menos conheceria parte de sua família e seu povo. Sr Malfoy levantou-se e Flora, ainda tentando assimilar tudo o que ele havia contado, demorou um pouco a perceber que ele já estava de partida. Então ela tentou sorrir para ele, levantou-se e o acompanhou até a saída, onde despediram-se e ela agradeceu a visita do “tio”. Ela voltou à sua sala e desabou no sofá, onde permaneceu por alguns minutos, olhando novamente para as mãos vazias. Nunca conheceria de quem herdara aqueles dedos longos de pianista, pálidos como a lua cheia... Então seu pai era um bruxo, lia mentes como ela. Precisava contar para Felipe. Felipe! De repente lembrou-se do marido que estava à sua espera e pegou sua bolsa e vestiu o casaco enquanto apagava as luzes e fechava a clínica rapidamente. Ganhou a rua em poucos instantes e logo estava em seu carro. Ela mal respirava tamanha sua angústia. Pelo caminho foi refazendo a conversa com o Sr Malfoy e a idéia de que era realmente uma bruxa foi lhe contaminando com euforia.


Flora chegou em sua casa sem nem perceber, tão absorta que estava em seus pensamentos. Encontrou o marido na porta, com a chave do carro na mão


- Quem era o paciente de última hora? As crianças já estavam dormindo, por isso hesitei em sair, mas eu estava preocupado com você...


- Ah, querido...


Disse Flora, olhando com carinho para o marido. Ela o abraçou. Ele, que a conhecia tão bem, logo percebeu uma mudança em seus modos: estava eufórica. Flora falou rapidamente:


- Você reparou naquele senhor loiro que estava no enterro da Sophia?


- Não lembro muito bem... Quem era ele? O que queria? Você demorou, eu já estava preocupado.


Então ela tomou a chave dele e o puxou pela mão para dentro da casa, agitada. Suspirou e comentou, a voz ligeiramente mais aguda devido a excitação:


- Meu tio, Felipe! Tio de sangue! Bem, na verdade, casado com a irmã da minha mãe biológica... Ah, Felipe (Disse Flora, baixando a voz e olhando para o chão), meus pais já faleceram...


Ela fez uma breve pausa, ele a abraçou mais forte. Ela então chorou muito, molhando a roupa do marido com suas lágrimas. Sentiu-se só como nunca havia se sentido em toda sua vida. Saber da morte de seus pais, pais com quem ela sonhou por sua vida inteira, pais que nunca conheceriam a cor de seus olhos, ou como ela era uma boa mãe, uma pessoa generosa, nunca sentiriam orgulho dela como sentiam seus pais brasileiros... Pensar em seus pais brasileiros a acalmou. Ela fungou e continuou, voltando a ficar animada:


- E tem mais: o que você diria se eu contasse para você que existem outros como nós, que existe uma espécie de shopping Center para “bruxos”?


Sorriu ao dizer a palavra “bruxo”, seus olhos brilhavam. O marido era um dos poucos a entender sua natureza, pois ele também era estranho, bruxo - professor de computação, ele parecia ter poder sobre aparelhos eletrônicos enguiçados, que sempre funcionavam com seu toque “mágico”. Estas coisas não eram normalmente comentadas, nem com suas amigas bruxas. Mas nenhum deles tinha conhecimento de algum tipo de instrução verdadeira para controlar esses poderes, tudo o que haviam lido não passava de charlatanismo. Felipe levantou uma sobrancelha. Flora tentou explicar:


- Bem, ele me contou que existe esse mundo... E disse que sou filha de sua cunhada, fruto de um romance fora do casamento, uma confusão: parece que o marido dela descobriu e falou à esposa que eu havia nascido morta, mas ele ordenou que um empregado me entregasse para adoção. Meu pai era uma espécie de Lord e minha mãe trabalhava para ele, pelo que entendi. Ambos eram bruxos... Ah! Sabe as varinhas mágicas dos contos de fadas? Elas existem, vi uma!


O marido colocou a mão em sua testa, como quem mede a temperatura... Estava aparentemente normal. Olhou no fundo dos olhos da esposa e perguntou:


- Você bebeu alguma coisa? Isso tudo é verdade mesmo?


Ela sorriu:


- Claro que é, por que seríamos os únicos? Tem mais: ele é um pouco sinistro... Que você acha de tudo isso, meu amor?


Felipe tentou ser racional e fazer Flora acalmar-se um pouco do estado em que se encontrava. Propôs que tomassem um chá de Melissa (para acalmar os nervos), enquanto conversam sobre o assunto. Flora aceitou e eles foram até a cozinha da casa preparar o chá. Felipe pediu que ela contasse a história desde o começo, para que ele entendesse melhor. Felipe também estava curioso com a conversa do Sr Malfoy, e quando ela terminou, eles concordaram que seria interessante averiguar a história. Ela iria sozinha a Londres, para poupar os filhos de uma exposição a estas pessoas, até que tivessem certeza de que não fosse perigoso. E também, se ela viajasse, afastaria essas pessoas de sua família já que, até então, o foco estava nela.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (1)

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.